as cartas do novo testamento - faculdade dehoniana · 2019-06-11 · v cartas deuteropaulinas,...

Post on 26-Apr-2020

3 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO, Bloco 5: AS CARTAS DO NOVO TESTAMENTO

Memória de Maria, Mãe da Igreja Em pleno Concílio Ecumênico Vaticano II, no dia 21 de novembro de 1964, Papa Paulo VI deu solenemente a Maria o título de “Mãe da Igreja”. Os Bispos do mundo inteiro acabavam de assinar a Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, e o Papa acabara de promulgar, em sessão pública, o novo documento, que implantaria os rumos futuros da eclesiologia e da prática pastoral. “Para a glória da Virgem e para o nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores, que a chamam de Mãe amorosíssima. E queremos que, com este título suavíssimo, seja a Virgem doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão”. Alguns anos mais tarde, no dia 15 de março de 1980, João Paulo II fez acrescentar o título à Ladainha Lauretana, logo depois da invocação “Mãe de Jesus Cristo”. O Sumo Pontífice Francisco, considerando atentamente quanto a promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana, estabeleceu que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os anos. Esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos.

Ano Paulino No dia 28 de junho de 2007, Bento XVI anunciou a celebração de um "especial ano jubilar" dedicado ao grande apóstolo Paulo, por ocasião dos 2000 anos do seu nascimento. O Ano Paulino aconteceu entre 28/06/2008 e 29/06/2009.

Apóstolo Paulo [ Paulo é, tradicionalmente, apresentado com a Escritura e a Espada. Os dois símbolos complementam-se bem a são adequados a Paulo. Παύλος (“Páulos”, Paulo, pequeno) é o ,(Shaúl”, Saulo, querido“) שול ]homem da Palavra, grande pregador e o primeiro evangelizador a escrever

cartas. No NT a Espada é comparada à Palavra (Ef 6,17; Hb 4,12; Ap 1,16; 2,12.16; 19,15.21; Lc 2,35). Além disso, Paulo foi decapitado pela espada.

Cartas Paulinas u Cartas protopaulinas ou autênticas: 1Ts, 1Cor, Fl, Fm, 2Cor, Gl, Rm; v Cartas deuteropaulinas, atribuídas a Paulo pela Tradição: Cl, Ef, 2Ts, 1Tm, Tt, 2Tm, Hb. j As Cartas protopaulinas de Fl e Fm, bem como as Cartas deuteropaulinas de Cl e Ef são conhecidas por Cartas da Prisão ou do Cativeiro. k Já as Cartas deuteropaulinas de 1Tm, 2Tm e Tt são conhecidas como Cartas Pastorais ou Cartas Tritopaulinas.

Uso da pseudonímia As comunidades cristãs atribuíram a Paulo as chamadas Cartas deuteropaulinas por três motivos (a “pseudonímia” era comum, na época): ⓐ Para honrar e homenagear o grande apóstolo; ⓑ Porque se consideravam, com suas reflexões, herdeiras e atualização de Paulo; ⓒ A fim de dar autoridade aos próprios escritos para que, assim, fossem melhor acolhidos. As 14 Cartas Paulinas comportam um total de 100 capítulos:

Três influências presentes na pregação de Paulo u História pessoal: fariseu e cidadão romano (2Cor 11,21b-29; Fl 3,7-8; At 22,25-29); v Martírio de Estevão (At 7,51 – 8,3); w Encontro com Jesus ressuscitado e sua conversão (At 9,1-22; 22,1-21; 26,2-29).

A centralidade de Jesus, na vida de Paulo

j “Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo!” (1Cor 3,11); k “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20); l “Não proclamamos a nós mesmos, mas Cristo Jesus, Senhor. Quanto a nós mesmos, apresentamo-nos como vossos servos por causa de Jesus” (2Cor 4,5); m “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada?... Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida... Poderá nos separar do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,35.38-39).

A centralidade de Jesus Cristo em nossa vida u “Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada – absolutamente nada – do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida” (DAp 15, cf. João Paulo II e Bento XVI). v “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe e cada um de seus habitantes” (DAp 18).

As grandes fases da vida de Paulo u Saulo, judeu observante: do nascimento aos 28 anos; v Paulo, convertido fervoroso: dos 28 aos 41 anos; w O missionário itinerante: dos 41 aos 53 anos; x O prisioneiro, organizador das comunidades: dos 53 anos até a morte.

Paulo, judeu entre judeus... Paulo, judeu. Em vários testemunhos Paulo apresenta as características do seu ser judeu (cf. Fl 3,4-8): j circuncidado no oitavo dia; k da raça de Israel; l da tribo de benjamim; m hebreu, filho de hebreus; n quanto à Lei, fariseu; o quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; p quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível.

Todo este “luxo”, porém, é “lixo” diante do amor e do conhecimento de Cristo (Fl 3,7-8). A grandeza dos judeus. Paulo reconhece o privilégio de seus concidadãos. Eles têm (cf. Rm 9,1-5): j a adoção filial; k a glória; l as alianças; m a legislação; n o culto; o as promessas; p os patriarcas. Deles vem Jesus Cristo.

Paulo, o homem de comunidade “Evitamos dar qualquer motivo de escândalo, a fim de que o nosso ministério não seja sujeito à censura. Ao contrário, em tudo recomendamo-nos como ministros de Deus...” (2Cor 6,3-4). “... Livre em relação a todos, fiz-me servo de todos... Tornei-me tudo para todos” (1Cor 9,19.22). Imitar Paulo, imitar Cristo: � “Vocês se tornaram imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar das numerosas tribulações” (1Ts 1,6); � “Exorto-os, portanto: sejam meus imitadores” (1Cor 4,16); � “Sejam meus imitadores, como eu mesmo o sou de Cristo” (1Cor 11,1); x “Sejam meus imitadores, irmãos, e observem os que andam segundo o modelo que vocês têm em nós” (Fl 3,17).

Paulo, o líder criativo: o homem dos contatos humanos µ At individua ao menos 32 pessoas (3 mulheres) com quem Paulo manteve contato personalizado, sem contar os fiéis de, ao menos, 10 comunidades; µ Sua última Carta (aos Romanos) apresenta um elenco com nada menos de 29 pessoas (com qualificativos), entre as quais 11 mulheres, além de 08 irmãos que estão com o Apóstolo (cf. Rm 16). “... Vocês são uma carta de Cristo, entregue ao nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo...” (2Cor 3,3).

1. 1Ts a) A divisão de 1Ts

(1Ts, escrita em Corinto, durante a 2ª viagem missionária, entre os anos 50-52)

Ü Destinatários (1,1); Ü I parte: inícios da comunidade (1,2 – 3,13); Ü II parte: recomendações para a vida comunitária (4,1 – 5,22); Ü Oração final e despedida (5,23-28).

b) Chaves de leitura para 1Ts G Conflitos: com o império, com os gentios, com a sinagoga (judeus); G Escatologia: fim dos tempos, vinda próxima de Cristo; G O trabalho necessário.

2. 1Cor (Paulo escreveu 1Cor em Éfeso, na 3ª viagem missionária, Páscoa de 57)

A divisão de 1Cor

Introdução: 1,1-9; A. Informações da Família de Cloé: divisões e abusos (1,10 – 4,21; 5 – 6); B. Resposta à Carta da Comunidade:

- Vida cristã no mundo (7 – 10); - Vida cristã na comunidade (11 – 14); - Ressurreição de Jesus e nossa (15); Conclusão (16).

b) Principais temas de 1Cor u Conflitos; v A loucura da Cruz x sabedoria do mundo; w Ressurreição de Cristo e nossa; x Comunidade: unidade na diversidade.

3. Fl (Fl foi escrita na prisão de Éfeso, em torno de 55)

a) Esquema de como atualmente se apresenta Fl

u Saudação inicial: 1,1-2; v Ação de graças e contentamento: 1,3-11; w Vicissitudes de Paulo: 1,12-26; x Exortação à comunidade: 1,27 – 2,18 (Hino Cristológico: 2,6-11); y Elogio a Timóteo e Epafrodito: 2,19 – 3,1; z Advertência contra os judaizantes: 3,2 – 4,1; { Exortações a agradecimentos: 4,2-20; | Saudação final: 4,21-23.

b) Principais aspectos de Fl j Alegria; k Opção radical por Jesus Cristo; l Perseverança na luta; m Hino Cristológico (Fl 2,6-11).

4. Fm (Fm também foi escrita na prisão de Éfeso, em torno de 55)

a) Esquema de Fm (O texto de Fm pode ser apreciado em forma de quiasmo)

A Endereço e saudação (1-3) B Agradecimento e elogios à �γάπη (agápe), amor/solidariedade (4-7) C A “agápe” supera e abole a escravidão (8-14) D A κοινωνία /comunhão instaura a fraternidade (15-17) C’ A χάρις está acima do valor de troca (18-19) B’ Confiança e elogio da “agápe” de Filêmon (20-22) A’ Saudações finais (23-25) NB. No centro está a comunhão que estabelece novas relações. A isso chega-se pelo amor solidariedade que erradica as relações de dominação e constrói a comunhão. Em consequência, a compensação do débito ou valor de troca é absorvida pela solidariedade ou amor, que é o cerne do Evangelho, capaz de instaurar uma nova sociedade, fraterna e igualitária.

b) Temas de Fm j Ágape, amor gratuito; k Koinonía, comunhão; l Escravidão, libertação.

5. 2Cor (A atual 2Cor também foi escrita em Éfeso, pelo ano 57)

a) Divisão de 2Cor

u Introdução (1,1-7). v Desavenças e reconciliação (1,8 – 7,16): G Defende-se das acusações de inconstância e de leviandade que lhe fazem (1,12 – 2,17); G sublinha a grandeza do ministério apostólico (3,1-6,10); G termina com um apelo à confiança afetuosa dos seus destinatários (6,11 – 7,16). w Instruções relativas à coleta em favor da igreja de Jerusalém (8,1 – 9,15). x Apologia de Paulo, em tom polêmico e irônico, defende a autenticidade do seu ministério contra uma minoria de agitadores que trabalham e atrapalham a comunidade (10,1 – 13,10). y Conclusão (13,11-13).

b) Principais temas de 2Cor u Apologia: tristeza e alegria do missionário; v A inspiração da Escritura;

w A mística do apóstolo: resistência na tribulação; x A difícil e necessária tarefa da inculturação; y O aprendizado com os problemas da comunidade.

5. 2Cor (A atual 2Cor também foi escrita em Éfeso, pelo ano 57)

a) Divisão de 2Cor

u Introdução (1,1-7). v Desavenças e reconciliação (1,8 – 7,16): * Defende-se das acusações de inconstância e de leviandade que lhe fazem (1,12 – 2,17); * sublinha a grandeza do ministério apostólico (3,1-6,10); * termina com um apelo à confiança afetuosa dos seus destinatários (6,11 – 7,16). w Instruções relativas à coleta em favor da igreja de Jerusalém (8,1 – 9,15). x Apologia de Paulo, em tom polêmico e irônico, defende a autenticidade do seu ministério contra uma minoria de agitadores que trabalham e atrapalham a comunidade (10,1 – 13,10). y Conclusão (13,11-13).

b) Principais temas de 2Cor u Apologia: tristeza e alegria do missionário; v A inspiração da Escritura; w A mística do apóstolo: resistência na tribulação; x A difícil e necessária tarefa da inculturação; y O aprendizado com os problemas da comunidade.

Sete acusações contra Paulo.... * Não é dos Doze e “não pertence a Cristo” (cf. 2Cor 10,7); * Acusado de destruir a comunidade (2Cor 10,8); * Humilde quando presente, ousado quando distante (2Cor 10,1.10); * Decepciona pela presença fraca e não impressiona pela aparência (2Cor 10.10.12); * Invade o terreno de outros (2Cor 10,14); * Não ama os coríntios (2Cor 11,7-11); * É “esperto” e aproveitador (2Cor 12,16).

6. Gl (Gl foi escrita por volta de 57/58, em Éfeso)

a) Divisão de Gl

Introdução (1,1-10); u Origem divina do Evangelho (1,11 – 2,21); v O Evangelho faz-nos filhos de Deus (3,1 – 4,7);

w O Evangelho faz-nos livres (4,8 – 5,12); x Vida cristã, caminho de liberdade (5,13 – 6,10); Conclusão (6,11-18).

b) Temas importantes de Gl * Paulo defende seu apostolado; * A justificação pela fé em Cristo e não pelas obras; * A liberdade cristã.

7. Rm (Rm é a última carta de Paulo, provavelmente escrita em Éfeso, em 57/58)

a) Divisão de Rm

b) Temas importantes de Rm

* Pagãos e judeus sob o domínio do pecado (Rm 1,18 – 3,20); * A humanidade salva pela Graça de Cristo (Rm 3,21 – 4,25); * Solidariedade humana em Adão (Rm 5,1-14); * Possível solidariedade humana em Cristo (Rm 5,15 – 6,23); * Humanidade escrava da Lei (Rm 7,1-2); * Humanidade liberta pelo Espírito (Rm 8,1-39); * Israel rejeita Jesus Cristo (Rm 9,1 – 10,21); * Israel tem acesso à salvação em Cristo (Rm 11,1-36).

8. Comparação de Cl e Ef

Cl Ef Saudação: 1,1-2 Saudação: 1,1-2

Parte doutrinal (1,3 – 3,4): A riqueza da fé em Cristo Hino: o projeto salvífico de Deus (1,15-20) A comunidade: entre o Apóstolo e os falsos profetas (1,24 – 3,4).

Parte doutrinal (1,3 – 3,21): Parte doutrinal (1,3 – 3,21) O mistério de Cristo e da Igreja Hino: louvor a Deus pela redenção (1,3-14) O mistério da vida: união com Cristo e o ministério do Apóstolo (1,15 – 3,21).

Exortações práticas (3,5 – 4,6): A vida ativa e o testemunho cristão

Exortações práticas (4,1 – 6,20): A vida cristã na militância eficaz

Conclusão (4,7-18): Comunicações e saudações finais

Conclusão (6,21-23): Recado e saudação final

b) Temas importantes de

Cl e Ef u Vigilância e ascese; u O combate da fé; v Centralidade de Cristo; v Cristologia cósmica; w Nova convivência. w Igreja e família.

9. 2Ts

a) Divisão de 2Ts Saudações iniciais (1,1-2). O justo juízo vem de Deus (1,3-12). Ensinamentos sobre a vinda do Senhor e consequências para a vida cristã (2,1 – 3,15): A vinda do senhor e o combate final (2,1-12); A comunidade não deve temer: firmeza na fé (2,13-17); Solidariedade através da oração (3,1-5); Quem não quer trabalhar, que não coma (3,6-15). Saudações finais (3,16-18).

a) Temas de 2Ts Reflete uma situação posterior à 1Ts, principalmente no que se refere à expectativa da parusia. Os primeiros cristãos, inclusive Paulo, acreditavam na vinda eminente de Cristo (1Cor 7,29; 1Ts 4,15-18). Nos anos 80, todos os apóstolos já haviam morrido, e Jesus ainda não retornara. A Carta é escrita para esclarecer dúvidas sobre a demora. O tema do trabalho é uma das riquezas em ambas as cartas. Traz o sentido

cristão do trabalho, o trabalho com as próprias mãos (1Ts 4,11; 2Ts 3,6-12). A Carta dignifica o valor do trabalho manual e rompe com o sistema escravagista romano.

10. Cartas Pastorais (1Tm, 2Tm, Tt)

Estrutura de 1Tm

Temas de 1Tm

1. Cuidar e guardar o “Depósito” vivo da fé, defendendo-o contra o sincretismo judeu-helenista; 2. A verdadeira religião, vivida na simplicidade e convicção; 3. Organização pastoral.

Estrutura de 2Tm (De acordo com a tradição cristã, Timóteo foi Bispo em Éfeso)

Temas de 2Tm Podemos resumir os temas de 2Tm em três: 1. Perseverança no testemunho; 2. Fidelidade à sã doutrina; 3. Firmeza na adesão à Sagrada Escritura.

Esquema de Tt (Segundo a tradição cristã, Tito foi Bispo em Creta)

Temas importantes de Tt

1. A fé comum e vigorosa; 2. A Salvação (apresentada em termos gregos: σωτηρία/sotería, salvação; Σωτήρ/Sotér, Salvador), já inculturada no ambiente greco-romano; 3. A graça amorosa de Deus pela humanidade, manifestada em Cristo.

11. Texto de Hebreus

Temas de Hb 1. Jesus, humano: em tudo igual a nós, menos no pecado; 2. Fidelidade e eternidade absolutas de Jesus para nossa felicidade plena: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (13,8); 3. Perseverança e resistência na perseguição e no martírio; 4. Comunidade na caridade; 5. Sacerdócio vital de Jesus, único e suficiente; 6. Releitura do AT, na fidelidade criativa e dinâmica.

CARTAS CATÓLICAS, UNIVERSAIS ou GERAIS (Tg, 1Pd, Jd, 2Pd, 1Jo, 2Jo, 3Jo)

Conteúdo das Cartas Católicas

O que estas Cartas têm de comum é a temática: j Cuidados a ter com os falsos mestres: 2Pd 2,1-3.10-22; 3,3-4.16-17; 1Jo 2,18-23.26; 4,1-6; 2Jo 7-11; Jd 4-19.

k Necessidade de guardar a integridade da fé: Tg 2,14-26; 3,13; 4,3-12; 5,7-11; 1Pd 2,11-12.13-17; 4,1-4; 2Pd 3,1-7.14-18; 1Jo 2,18-29; 4,1-6; 2Jo 7-11. l Exortação à fidelidade na perseguição: Tg 1,2-4.12; 4,7; 1Pd 1,6-7; 2,11-17; 3,13-17; 4,12-19; 5,6-10; 1Jo 2,24-28. m Proximidade do fim dos tempos: Tg 5,3.7-9; 1Pd 1,5; 4,7; 2Pd 3,3-4.8-10; 1Jo 2,18-19; Jd 18.

Divisão do texto de Tg

O Autor de Tg parece um cristão muito próximo a Mt. Local de redação: Roma? Alexandria? Antioquia? Referências sacramentais: * Batismo (2,7); * Unção dos enfermos (5,14-15; cf. Mc 6,13); * Reconciliação (5,16): se lido em sequência de 5,14-15, pode referir-se à unção; se visto independentemente, vai referido à reconciliação.

Temas das principais exortações de Tg * A atitude cristã perante as provações: 1,2-18; * Pôr em prática a Palavra: 1,19-27; * Caridade para com todos: 2,1-13; * Fé com obras: 2,14-26; * Domínio da língua: 3,1-12; * Verdadeira sabedoria: 3,13-18; * Origem das discórdias: 4,1-12; * Evitar a presunção: 4,13-17; * Advertências aos ricos: 5,1-6.

Chaves de leitura para compreender 1Pd a) Comunidade acolhedora: casa que não exclui mas acolhe; b) Comunidade: Novo Povo de Deus; c) Comunidade consciente: integrar-se sem entregar-se; d) Comunidade realista: encarar o sofrimento, lutar pelo bem; e) Comunidade perseverante: fiel numa evangelização nova. Reflexão sobre o Povo Sacerdotal: 1Pd 2,4-10; Reflexão sobre o Ministério presbiteral: 1Pd 5,1-4.

Temas principais de Jd 1) Problemas de vida comunitária; 2) Releitura das Escrituras;

3) Valorização da religiosidade popular; 4) Virtudes Teologais?

Temas importantes das Cartas Joaninas Problemas Cristológicos e eclesiológicos; Desvios éticos e comportamentais; Contestação da escatologia e do julgamento.

top related