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7/24/2019 ARQUITETURA SAPATAS
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ARQUITETURA
Fundao em Sapatas7 DE OUTUBRO DE 2010 IRENESLOPES3 COMENTRIOS
INTRODUO
A construo de uma edificao comea pela sondagem do terreno sobre o qual ela
ser erguida. A sondagem, uma espcie de radiografia do terreno, identifica as
camadas do solo e sua resistncia, alm de detectar a presena do lenol fretico
(gua), informaes fundamentais para que o calculista projete adequadamente as
fundaes.
Essas devem alcanar a camada de solo de resistncia mdia. Se essa camadasurgir at 1,5m de profundidade, possvel utilizar fundao direta, cujos principais
tipos so as sapatas.
A fundao de uma edificao destina-se a transmitir as cargas do edifcio ao solo.
Existem diversos sistemas de fundao, cuja utilizao depende do tipo e resistncia
do terreno sobre o qual as cargas da construo sero distribudas.
As sapatas so a parte da fundao que firma-se diretamente no solo, que, por sua
vez, devem apoiar-se em camada resistente.
Assim, devem ser evitadas cargas em terrenos instveis ou orgnicos, argilas
midas, ou aqueles com drenagem deficiente.
Tendo em vista que a umidade do solo pode penetrar no alicerce e alvenaria,
danificando a construo, de fundamental importncia que a fundao seja
corretamente impermeabilizada.
FUNDAO EM SAPATAS
1. Noes gerais
1.1. Conceio!as"ecos gerais
Fundao em Sapata um elemento de fundao de concreto armado, de altura
menor que o bloco, utilizando armadura para resistir a esforos de trao. Tambm
chamada de fundao rasa ou direta, transmite a carga do edifcio ao terreno atravs
das presses distribudas sob a base da fundao. As fundaes superficiais esto
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assentadas a uma profundidade de at duas vezes a sua menor dimenso em
planta.
Sua funo suportar com segurana as cargas provenientes do edifcio.
Convencionalmente, o projetista estrutural repassa ao projetista de fundao as
cargas que sero transmitidas aos elementos de fundao. Confrontando essas
informaes com as caractersticas do solo onde ser edificado, o projetista de
fundaes calcula o deslocamento desses elementos e compara com os recalques
admissveis da estrutura, ou seja, primeiro elabora-se o projeto estrutural e depois o
projeto de fundao.
Quando o projeto estrutural elaborado em separado do projeto de fundao,
considera-se, durante o dimensionamento das estruturas, que a fundao ter um
comportamento rgido, indeslocvel. Na realidade, tais apoios so deslocveis e
esse fator tem uma grande contribuio para uma redistribuio de esforos nos
elementos da estrutura. Essa redistribuio ou nova configurao de esforos nos
elementos estruturais, em especial nos pilares, provoca uma transferncia das
cargas dos pilares mais carregados para os pilares menos carregados.
Sapatas podem ser:
circulares (B =)
quadradas (L = B)
retangulares (L > B) e (L 3B ou L 5B)
corridas (L > 3B ou L > 5B)
1.1. Par#$eros "ara a esco%&a 'a ()n'a*o
So diversas as variveis a serem consideradas para a escolha do tipo de fundao.
Numa primeira etapa, preciso analisar os critrios tcnicos que condicionam a
escolha por um tipo ou outro de fundao. Os principais itens a serem considerados
so:
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To"ogra+a 'a ,rea-
* dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;
* necessidade de efetuar cortes e aterros
* dados sobre eroses, ocorrncia de solos moles na superfcie;
* presena de obstculos, como aterros com lixo ou mataces.
Caracersicas 'o $acio 'e so%o-
* variabilidade das camadas e a profundidade de cada uma delas;
* existncia de camadas resistentes ou adensveis;
* compressibilidade e resistncia dos solos;
* a posio do nvel dgua.
Da'os 'a esr))ra-* a arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um
edifcio, torre ou ponte, se h subsolo e ainda as cargas atuantes.
/. PROCESSO E0ECUTIO
Ao contrrio dos blocos, as sapatas no trabalham apenas compresso simples,
mas tambm flexo, devendo, neste caso, serem executadas incluindo material
resistente trao.
/.1. Sa"aas iso%a'as
So aquelas que transmitem para o solo, atravs de sua base, a carga de uma
coluna (pilar) ou um conjunto de colunas.
Para construo de uma sapata isolada, so executadas as seguintes etapas:
1. frma para o rodap, com folga de 5 cm para execuo do concreto magro;
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2. posicionamento das frmas, de acordo com a marcao executada no gabarito de
locao;
3. preparo da superfcie de apoio;
4. colocao da armadura;
5. posicionamento do pilar em relao caixa com as armaes;
6. colocao das guias de arame, para acompanhamento da declividade das
superfcies do concreto;
7. concretagem: a base poder ser vibrada normalmente, porm para o concreto
inclinado dever ser feita uma vibrao manual, isto , sem o uso do vibrador.
Obs.: a etapa 3 compreende a limpeza do fundo da vala de materiais soltos, lama, o
apiloamento com soquete ou sapo mecnico e a execuo do concreto magro, que
um lastro de concreto com pouco cimento, com funo de regularizar a superfcie
de apoio e no permitir a sada da gua do concreto da sapata, alm de isolar aarmadura do solo. A vala deve ser executada com pelo menos 10 cm de folga a mais
da largura da sapata para permitir o trabalho dos operrios dentro dela.
/./. Sa"aas corri'as
So elementos contnuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes
transmitem a carga por metro linear. Para edificaes cujas cargas no sejam muito
grandes, como residncias, pode-se utilizar alvenaria de tijolos (neste caso,
confunde-se com o alicerce). Caso contrrio, ou ainda para profundidades maioresdo que 1,0 m, torna-se mais adequado e econmico o uso do concreto armado.
/.2. Sa"aas associa'as
Um projeto econmico deve ser feito com o maior nmero possvel de sapatas
isoladas.
No caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas
isoladas se superponham, deve-se executar uma sapata associada. A viga que une
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os dois pilares denomina-se viga de rigidez, e tem a funo de permitir que a sapata
trabalhe com tenso constante.
/.3. Sa"aas a%a4anca'as
No caso de sapatas de pilares de divisa ou prximos a obstculos onde no seja
possvel fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de
carga do pilar, cria-se uma viga alavanca ligada entre duas sapatas, de modo que
um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posio do outro pilar.
Conro%e 'e E5ec)*o
Locao do centro da sapata e do eixo do pilar; cota do fundo da vala; limpeza do
fundo da vala; nivelamento do fundo da vala; dimenses da forma da sapata;
armadura da sapata e do arranque do pilar.
/.6. Sa"aa In7ea'a
A construo de grandes conjuntos residenciais tem sido sempre planejada levando-
se em considerao prazos cada vez mais exguos.
Esses conjuntos residenciais so normalmente projetados sobre fundaes diretasrasas, que sejam sapatas ou blocos.
A fim de atender s exigncias dos clientes, foi estudada um tipo de fundao
econmica e de rpida execuo, a qual foi denominada de SAPATA INJETADA.
Esse tipo de fundao especial tem como origem a estaca Franki j consagrada
mundialmente. Devido as suas caractersticas especiais, decorrente de processo
executivo peculiar, as estacas Franki, tm uma capacidade de carga muito elevada,graas, sobretudo sua base alargada.
Assim, a SAPATA INJETADA consiste em uma base de concreto executada
pequena profundidade, sobre a qual se molda um fuste que receber diretamente o
cintamento do prdio. O dimetro do fuste fixado em funo da carga a ser
transmitida ao terreno.
A SAPATA INJETADA elimina os servios de escavao e de reaterro,
consequentemente elimina servios de rebaixamento do nvel dgua requerido nas
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escavaes; garante o assentamento de fundao na profundidade conveniente,
dispensa formas e armaes. Da sua rapidez de execuo e baixo custo.
(mm)
Carga
(KN)
!"#m$ %$ &a'$ a"arga%a
(I)
300 300 10
30 *0 270
*00 +00 3+0
*0 70 *0
20 100 +00
+00 1200 70
2. CONDI8ES DE UTI9I:AO
Quando o peso da casa grande (como em sobrados) ou quando a casa
construda em terrenos fracos dever ser adotada a sapata como fundao. A
sapata pode ser do tipo SAPATA CORRIDA ou SAPATA SIMPLES.
Sa"aa Corri'a
A sapata corrida contnua, isto , percorre todo o comprimento da parede.
A vantagem da sapata corrida que ela pode ser confeccionada em alvenaria e no
necessita de vigas e pilares para a sustentao do peso da parede e do telhado.
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CAPACIDADE DE CAR;A DA SAPATA CORRIDA EM FUNO DO TIPO
DE SO9O
C,P,CID,DE DE C,R-, LINE,R (.#a/!
ag#$/a !r m$r! "/$ar)
Saaa !rr%a $m'!"! %$ ,rg"a DUR,4 3 5g6 m28
Saaa !rr%a $m'!"! %$ ,rg"a RI9,4 2 5g6 m28
Ba"%ram$ !m a":$/ara %$ ;!"!%$ &arr! maa%! !m $'r##ra %$ ma%$ra $ $">a !/%#"a%a
%$ ?&r!@m$/!= *0 5g6 m
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A!rr! %$ $'##$= 220 5g6 m
Par$%$ $m a":$/ara %$ ;!"! %$ Barr! a''$/a%! $m
12 ;!"! !m r$:$'m$/! /!' 2 "a%!'= +7 5g6 m
Par$%$ $m a":$/ara %$ ;!"! %$ Barr! a''$/a%! $m
1 ;!"! !m r$:$'m$/! /!' 2 "a%!'= 1=30 5g6 m
La;$ %$ '! !m arga %$ $''!a' $ m:$' %$ 1+0
5g6 m2= 1=**0 5g6 m
E0EMP9O 1 = Casa T>rrea-
P,REDESETERN,S
P$'! %! T$">a%! 1=0+*
P$'! %! E'##$ 220
P$'! %a Par$%$%$ 1 ;!"! 1=30
TOT,LF 2=+7* 5g6 m
P,REDESINTERN,S
P$'! %! T$">a%! 0
P$'! %! E'##$ 220
P$'! %a Par$%$%$ 12 ;!"! +7
TOT,LF 5g6 m
E0EMP9O / =
So
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%$ 1 ;!"!
TOT,LF =0* 5g6 m
P,REDES
INTERN,S
P$'! %! T$">a%! 0
P$'! %! E'##$ 220
P$'! %a Par$%$%$ 12 ;!"! +7
P$'! %! P'! 1=**0
P$'! %a Par$%$%$ 12 ;!"! +7
TOT,LF 3=010 5g6 m
2 Verificar se o terreno onde vai ser construda a casa possui um Solo de Argila
DURA ou um Solo de Argila RIJA. A resposta pode ser sim ou no.
2.1 A resposta SIM, isto , o terreno alto, firme e seco:
1 A fundao pode ser em Sapata Corrida.
2.2 A resposta NO, isto , o terreno no seco, mas no chega a empossar
gua.
1 A fundao pode ser em Sapata Simples:
2 Chame um Engenheiro Civil para calcular a Sapata ou prefira a fundao sobre
Estacas.
Ta
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&)
R!>a' "am/a%a'J !m $#$/a' ?''#ra'J
$'ra?a%a'J a' !m!F '!' $ ar%'a'= 3
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r$'$/
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execuo das peas. Apesar disso a suposta simplicidade dos blocos e sapatas
preciso cuidado ao projetar e executar esses elementos que so a base da estrutura.
Como usam camadas superficiais do subsolo para transferir as cargas da
construo, as fundaes rasas esto mais suscetveis a mudanas na composio
do solo do que as profundas. Alm disso, as sondagens no varrem todo o terreno,
podendo ocorrer alteraes superficiais no detectadas. No se pode menosprezar o
risco. S d para saber exatamente o que estar abaixo de uma sapata na hora de
execut-la.
importante lembrar que, se o solo no for adequado, no adianta mudar as
caractersticas da pea, por exemplo, aumentar a resistncia do concreto. O que
condiciona o desempenho da fundao a resistncia do solo, que , no final das
contas, o elo fraco do sistema. Por isso, no caso de sapatas, a liberao da
concretagem de cada elemento deve ser feita pelo projetista/consultor das
fundaes.
Caiu por terra o conceito de que todas as sapatas devem receber a mesma presso,
muito comum no meio tcnico algumas dcadas atrs. O que deve ser uniforme odesempenho da edificao, no as cargas sobre cada sapata.
Ainda na fase de projeto, o contato entre projetista de fundaes e estruturas deve
ser constante. Afinal, no d para dissociar os funcionamentos da infra e da
superestrutura.
Outro motivo a possibilidade de nem todas as sapatas terem a mesma
profundidade.
Se uma pea estiver mais profunda que as demais, o pilar dever ser mais esbelto.
A possvel mudana na flambagem do pilar deve ser considerada no projeto
estrutural.
Os cuidados no devem se limitar ao projeto, mas tambm execuo. Alguns so
de ordem estritamente prtica ou econmica, como o formato retangular e piramidal
para a sapata em pontos que no apresentem nenhuma limitao de espao. O
principal motivo a reduo no consumo de concreto, pois, ao contrrio de uma
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sapata com altura regular, no haveria subaproveitamento do material. Alm disso,
sapatas em outros formatos, como arredondado ou escalonado, costumam exigir
mais trabalhos com frmas.
Um cuidado importante o de garantir que a umidade do solo no atacar a
armadura da sapata. Para isso, feito um lastro de 5 cm de concreto magro sob a
sapata. Outro cuidado manter o fundo da vala limpo, sem lama ou materiais soltos.
Como a sapata espraia as tenses de toda a estrutura para o solo, um concreto com
problemas pode prejudicar o desempenho de todo o sistema.
Dependendo das dimenses da sapata e da especificao do concreto, pode ser
necessrio colocar gelo na mistura, evitando elevao de temperatura em excesso
durante a hidratao e a conseqente fissurao da pea.
Sa"aas a%a4anca'as
Caso o projeto preveja uma sapata em divisa de terreno ou com algum obstculo, a
pea no consegue ter o centro de gravidade e o centro de cargas coincidentes.
Para compensar a excentricidade das cargas, necessrio transferir parte dos
esforos para uma sapata prxima por meio de uma viga alavancada.
Sa"aas corri'as
Recebem as cargas direto das paredes. A transferncia de carga feita linearmente.
As sapatas corridas so sucedneas dos alicerces, para paredes mais carregadas
ou solos menos resistentes.
Sa"aas iso%a'as
Recebem as cargas de apenas um pilar. a soluo preferencial por ser, em geral,mais econmica porque consome menos concreto. As sapatas podem ter vrios
formatos, mas o mais comum o cnico retangular, pois consome menos concreto e
exige trabalho mais simples com a frma. No caso de pilares de formato no-
retangular, a sapata deve ter seu centro de gravidade coincidindo com o centro de
cargas.
Sa"aas associa'as
Utilizadas quando h pilares muito prximos e as sapatas isoladas se sobreporiam.
Alm disso, podem ser necessrias quando as cargas estruturais forem grandes.
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Como nas sapatas isoladas, o posicionamento da pea de fundao deve respeitar o
centro de cargas dos pilares.
CAPACIDADE DE CAR;A E TENSO ADMISSE9
Aqui sero apresentadas as principais teorias a respeito da estimativa da capacidade
de carga de fundaes superficiais, bem como as consideraes a serem realizadas
para a determinao da tenso admissvel.
Segundo a NBR 6122, tenso admissvel a carga que, aplicada sapata, provoca
recalques que no produzem inconvenientes estrutura e, simultaneamente, oferece
segurana satisfatria ruptura ou escoamento da fundao. A determinao da
tenso admissvel do solo pode ser feita por tabelas (normas ou cdigos), por
frmulas de capacidade de carga e suas correlaes. A NBR 6122 traz uma tabela,
que se aconselha unicamente para obras de pequena importncia, ou para
anteprojetos de fundaes. A obteno da tenso admissvel por meio de testes de
carga somente possvel para obras de grande importncia, devido aos custos do
referido teste. A NBR fixa as condies gerais a satisfazer nas provas de carga sobre
o terreno, para fins de fundao sobre sapatas. As frmulas de capacidade de carga
so hoje um instrumento bastante eficaz na previso da tenso admissvel,destacando-se dentre as inmeras formulaes a de Terzaghi, de Meyerhof, de
Skempton, e de Brinch Hansen (com colaboraes de Vesic). As frmulas de
capacidade de carga so determinadas a partir do conhecimento do tipo de ruptura
que o solo pode sofrer, dependendo das condies de carregamento.
TIPOS DE RUPTURA
Ao se aplicar uma carga sobre uma fundao, pode-se provocar trs tipos de ruptura
no solo, considerado como meio elstico, homogneo, isotrpico, semi-infinito:RUPTURA GERAL, RUPTURA LOCAL e RUPTURA POR PUNCIONAMENTO.
R)")ra ;era%
Na ruptura geral, ocorre a formao de uma cunha, que tem movimento vertical para
baixo, e que empurra lateralmente duas outras cunhas, que tendem a levantar o solo
adjacente fundao. A ruptura geral ocorre na maioria das fundaes em solos
pouco compressveis de resistncia finita e para certas dimenses de sapatas.
R)")ra 9oca%
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Neste tipo de ruptura, forma-se uma cunha no solo, mas a superfcie de
deslizamento no bem definida, a menos que o recalque atinja um valor igual
metade da largura da fundao. A ruptura local ocorre geralmente em areias fofas.
R)")ra "or P)nciona$eno
Quando ocorre este tipo de ruptura nota-se um movimento vertical da fundao, e a
ruptura s verificada medindo-se os recalques da fundao. A ruptura por
puncionamento ocorre em solos muito compressveis, em fundaes profundas ou
em radiers.
6. DIMENSIONAMENTO
Como as tenses admissveis compresso do concreto so muito superiores s
tenses admissveis dos solos em geral, as sees dos pilares, prximas
superfcie do terreno, so alargadas, de forma que a presso aplicada ao terreno
seja compatvel com sua tenso admissvel, formando ento a sapata.
O valor da adm pode ser obtida das seguintes maneiras:
Fr$)%as TericasFGRMU9AS DE CAPACIDADE DE CAR;A
Existem vrias frmulas para o clculo da capacidade de carga dos solos, todas elas
aproximadas, porm de grande utilidade para o engenheiro de fundaes, e
conduzindo a resultados satisfatrios para o uso geral.
Para a utilizao dessas frmulas, necessrio o conhecimento adequado da
resistncia ao cisalhamento do solo em estudo, ou seja, S = c + tg
FGRMU9A ;ERA9 DE TER:A;HI B132
Terzaghi, em 1943, props trs frmulas para a estimativa da capacidade de carga
de um solo, abordando os casos de sapatas corridas, quadradas e circulares,
apoiadas pequena abaixo da superfcie do terreno (H < B).
Mediante a introduo de um fator de correo para levar em conta a forma da
sapata, as equaes de Terzaghi podem ser resumidas em uma s, mais geral.
r = c Nc Sc + q Nq Sq + B N S
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coeso sobrecarga atrito
onde:
c = coeso do solo
Nc, Nq, N = coeficientes de capacidade de carga f ()
Sc, Sq, S = fatores de forma (Shape factors)
H . q = presso efetiva de terra cota de apoio da sapata.
= peso especfico efetivo do solo na cota de apoio da sapata.
B = menor dimenso da sapata.
Terzaghi chegou a essa equao atravs das seguintes consideraes:
Que R depende do tipo e resistncia do solo, da fundao e da profundidade deapoio na camada.
As vrias regies consideradas por Terzaghi so:
PQP Zona em equilbrio (solidria base da fundao)
PQR Zona no estado plstico
PRS Zona no estado elstico
Terzaghi introduz o efeito decorrente do atrito entre o solo e a base da sapata, ou:
sapata de base rugosa.
Os coeficientes da capacidade de carga dependem do ngulo de atrito do solo e
so apresentados no quadro a seguir.
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Para solos em que a ruptura pode se aproximar da ruptura local, a equao
modificada para r = c Nc Sc + q Nq Sq + B N S ,
onde:
c = coeso reduzida (c = 2/3 c)
= ngulo de atrito reduzido, dado por tg = 2/3 tg
Nc, Nq, N fatores de capacidade de carga reduzida, obtidos a partir de .
Os fatores de forma so apresentados no quadro abaixo.
FGRMU9A DE SJEMPTON B161 = AR;I9AS
Skempton, analisando as teorias para clculo de capacidade de carga das argilas, a
partir de inmeros casos de ruptura de fundaes, props em 1951 a seguinte
equao para o caso das argilas saturadas ( = 0), resistncia constante com a
profundidade.
r = c Nc + q
onde,
c = coeso da argila (ensaio rpido)
Nc = coeficiente de capacidade de carga, onde ( ) B / f N H
c = considera-se a relao H/B,
onde:
H profundidade de embutimento da sapata.
B menor dimenso da sapata.
Para sapatas retangulares deve-se utilizar a seguinte equao:
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Pro4a 'e Carga
Para a realizao deste ensaio, deve-se utilizar uma placa rgida qual distribuir as
tenses ao solo. A rea da placa no deve ser inferior a 0,5 m2.
Comumente, usada uma placa de= 0,80 m.
A prova de carga executada em estgios de carregamento aplicados 20% da
taxa de trabalho presumvel do solo.
Em cada estgio de carregamento, sero realizadas leituras das deformaes logo
aps a aplicao da carga e depois em intervalos de tempos de 1, 2, 4, 8, 15, 30
minutos, 1 hora, 2, 4, 8, 15 horas, etc.
Os carregamentos so aplicados at que:
ocorra ruptura do terreno
a deformao do solo atinja 25 mm
a carga aplicada atinja valor igual ao dobro da taxa de trabalho presumida para osolo.
ltimo estgio de carga pelo menos 12 horas, se no houver ruptura do terreno. O
descarregamento dever ser feito em estgios sucessivos no superiores a 25% da
carga total, medindo-se as deformaes de maneira idnticas a do carregamento. Os
resultados devem ser apresentados como mostra a figura abaixo.
Geralmente, para solos de alta resistncia, prevalece o critrio da ruptura, pois asdeformaes so pequenas.
Para solos de baixa resistncia, prevalece o critrio de recalque admissvel, pois as
deformaes do solo sero sempre grandes.
Os casos extremos, descritos por Terzaghi como de ruptura geral e ruptura local, so
indicados na figura abaixo.
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Tenso admissvel de um solo deve ser fixada pelo valor mais desfavorvel entre os
critrios:
No quadro abaixo so apresentadas presses bsicas (0) de vrios tipos de solos
de acordo com a NBR6122/1996.
C"a''$ D$'ra' a"$ra%a' !# $m %$!m!'
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c) Valores Tabelados (NBR 6122)
C"a''$ D$'ra' a"$ra%a' !# $m %$!m!'
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a) Distribuio Uniforme de Tenses: o centro de gravidade da rea da sapata deve
coincidir com o centro de gravidade do pilar, para que as presses de contato
aplicadas pela sapata ao terreno tenham distribuio uniforme.
b) Dimensionamento Econmico: as dimenses L e B das sapatas, e l e b dos
pilares, devem estar convenientemente relacionadas a fim de que o
dimensionamento seja econmico. Isto consiste em fazer com que as abas
(distncia d da figura abaixo) sejam iguais, resultando momentos iguais nos quatro
balanos e seco da armadura da sapata igual nos dois sentidos. Para isso,
necessrio que L-B=l b.
Sabe-se ainda que L x B = A'aaa, o que facilita a resoluo do sistema.
c) Recalques Diferenciais: as dimenses das sapatas vizinhas devem ser tais que
eliminem, ou minimizem, o recalque diferencial entre elas. Sabe-se que os recalques
das sapatas dependem das dimenses das mesmas.
d) Sapatas apoiadas em Cotas Diferentes: No caso de sapatas vizinhas, apoiadas
em cotas diferentes, elas devem estar dispostas segundo um ngulo no inferior a
com a vertical, para que no haja superposio dos bulbos de presso. A sapatasituada na cota inferior deve ser construda em primeiro lugar. Podem ser adotados,
= 60 para solos e = 30 para rochas.
d) Dimenses mnimas: sapatas isoladas = 80cm e sapatas corridas = 60cm.
e) Pilares em L: A sapata deve estar centrada no eixo de gravidade do pilar.
SAPATAS ASSOCIADASCasos em que as cargas estruturais so muito altas em relao tenso admissvel
do solo ou haver superposio de reas. A sapata dever estar centrada no centro
de carga dos pilares. Quando h superposio das reas de sapatas vizinhas,
procura-se associ-las por uma nica sapata, sendo os pilares ligados por uma viga.
Sendo P1 e P2 as cargas dos dois pilares, a rea da sapata associada ser:
O centro da gravidade das cargas ser definido por
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7/24/2019 ARQUITETURA SAPATAS
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A sapata associada dever ser centrada em relao a este centro de gravidade das
cargas.
SAPATAS DE DIISA
Quando o pilar est situado junto divisa do terreno, e no possvel avanar com a
sapata no terreno vizinho, a sapata fica excntrica em relao ao pilar. A distribuio
das tenses na superfcie de contato no mais uniforme.
Para fazer com que a resultante R na base da sapata fique centrada, so
empregadas vigas de equilbrio ou vigas alavancas, de maneira que fique
compensado o momento proveniente da excentricidade e.
Observaes:
O CG da sapata de divisa deve estar sobre o eixo da viga alavanca.
As faces laterais (sentido da menor dimenso) da sapata de divisa devem ser
paralelas a da viga alavanca.
O sistema pode ser calculado para a viga sobre 2 apoios (R1 e R2), recebendo as
duas cargas P1 e P2, sendo R1 > P1 e, portanto R2 < P2.
Tomando-se os momentos em relao ao eixo P2 R2, tem-se:
Como a rea da sapata AS funo de , devemos conhecer R1. Porm, pela
equao acima, R1 funo da excentricidade e; que por sua vez depende do lado
B, que uma das dimenses procuradas. um problema tpico de soluo portentativas.
Como sabido que R1 > P1, toma-se um valor estimado de R1 (> P1), para uma
primeira tentativa. Geralmente, procura-se tomar L/B=2 a 3; e a 1 tentativa para R1
de 1,10 P a 1,30 P.
CONC9USO
Podemos perceber que, para realizar a escolha adequada do tipo de fundao,
importante que a pessoa responsvel pela contratao tenha o conhecimento dos
tipos de fundao disponveis no mercado e de suas caractersticas. Somente com
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esse conhecimento que ser possvel escolher a soluo que atenda s
caractersticas tcnicas e ao mesmo tempo se adeque realidade da obra. H
situaes em que uma soluo mais custosa oferece um prazo menor.
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