apresentação inês rugani cba-agroecologia2013

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Soberania alimentar X corporações

O que (não) estamos comendo

(Alimentação no contexto contemporâneo)

Inês Rugani Ribeiro de Castro

Alimentação sob cinco

perspectivas

• Direito humano

–Acesso físico e econômico a alimentação adequada

• Biológica (nutricional / sanitária)

– Benefícios para a saúde, prevenção de doenças

• Sócio-Cultural

– A comida e seus significados e rituais

– Alimentação e contemporaneidade

• Econômica

– Relações de trabalho

– Economia capitalista

• Ambiental

– Formas de produção e consumo (cadeia)

• Saúde / Doença

• Cultura

• Iniquidades sociais

• Sustentabilidade

Alimentação no contexto

contemporâneo:

complexidade

•Sistema agroalimentar e seus impactos ambientais,

econômicos e sociais (alguns destaques)

• Premissas que embasam o modelo agroalimentar não

são mais aplicáveis (clima estável, água abundante, energia

barata)

• Globalização

• Insegurança sanitária (venenos, aditivos, contaminates)

• Política de financiamento dos setores envolvidos

• Concentração de etapas da cadeia alimentar em mega-

corporações

• Ineficiência na produção, transporte, armazenamento,

distribuição e manuseio doméstico

• Movimentos contra-hegemônicos : mudança estrutural

• Urbanização/globalização: identidade cultural

• Feminização do mundo do trabalho

• Mudanças na estrutura e nas relações familiares

• Modificações nos espaços físicos de compartilhamento das refeições e nas práticas de preparação das refeições

• Diminuição da freqüência do compartilhamento da refeição em família

• Mudanças na alocação do tempo nas atividades diárias

• Profunda deterioração das culturas alimentares

• Obesidade e outras DCNT

• Consumo como ação política

• Mídia e consumo

– Estratégias e recursos alocados

– Criança e mídia (ex: estudos Liverpool)

– Medicalização (discurso científico)

• Crescente consumo de produtos ultraprocessados em detrimento de alimentos in natura e mininamente processados

– Disponibilização de uma enorme gama de produtos “de

conveniência” (ex: calorias EUA)

– Comida X produto

– Hiperpalatabilidade e consumo excessivo

– O QUE (não) comemos e COMO comemos (ex: estudo EUA/ Fr)

– Nova proposta de classificação de alimentos

Monteiro CA et al. A new classification of foods based on the extent and purpose of their processing. Cadernos de Saúde Pública, v. 26, p. 2039-2049, 2010.

Políticas públicas

Ampliar o horizonte de análise da

questão alimentar no contexto

contemporâneo

e

Inovar no desenho e nos processos de

trabalho das políticas públicas

Viabilizar um sistema alimentar seguro,

produtivo, equitativo e sustentável, que

atenda às necessidades sociais, culturais e de

saúde das pessoas, que contribua para o

aumento da biodiversidade e, ainda, que

colabore para a consolidação do processo

democrático.

saudável + justo + sustentável

Desafio

Produção, comércio, consumo

Processo saúde-doença da população

+

Esgotamento ambiental

+

Iniquidades sociais

Redefinição do escopo das PAN

• Papel do Estado e das redes de política

• Políticas públicas que incentivem e facilitem as escolhas saudáveis

• Agravo comportamento prática social

• Sistema alimentar influencia escolhas

• Indivíduo / ambientes (macro / micro)

• Atuação nos diferentes tipos de ambiente

• Físico: “o que está disponível”

• Econômico: custo, renda, subsídios

• Político: regras (leis, normas)

• Sócio-cultural: valores e atitudes

Swinburn et al. Preventive Medicine, 29: 563-70, 1999

• Ações regulatórias: relação Estado-sociedade

• Debate filosófico X contexto

• Indivíduos, corporações

• Perspectiva intergeracional

• Medidas regulatórias em alimentação e nutrição

– Taxação / subsídios

– Regulação de propaganda (mídia, ambientes)

– Regulamentação de cantinas escolares

– Composição dos alimentos industrializados

– Rotulagem nutricional

– Regulação nos programas sociais

– Cobertura

– Composição das refeições

Relação público-privado

Relação público-privado

• Os conflitos entre interesses privados e públicos

existentes na implementação das políticas de

alimentação, nutrição e saúde não são reconhecidos

nem tratados explicitamente nas políticas públicas;

• Os esforços governamentais de regular as ações

nocivas do setor privado são ainda muito

incipientes; e

• A forte e sistemática resistência política por parte

do setor privado às medidas regulatórias tem sido

um importante obstáculo para o avanço das

políticas públicas.

Para assinar o manifesto: cdwnrio2012@gmail.com

http://regulacaopublicoprivado.blogspot.com.br/

Promoção da alimentação

saudável

Integração de vertentes de ação

• Incentivo: estimular a adesão a práticas saudáveis

(informação / motivação).

• Apoio: facilitar opções saudáveis entre pessoas que

já estejam motivadas.

• Proteção: evitar a exposição da população a fatores

que dificultam as escolhas saudáveis.

Monitoramento

(ex: amamentação, tabagismo)

Educação alimentar e

nutricional

• Democratização do conhecimento / informação

• Valorização da cultura alimentar como elemento da

identidade coletiva

• Ressignificação da comida e do comer: sentidos

existencial e político

• Empoderamento: autonomia e protagonismo

• Consumo como ação política / direitos do

consumidor

• Culinária como elemento chave para a promoção

de práticas alimentares adequadas, saudáveis e

sustentáveis

Culinária como elemento

chave para a SAN

Segurança Alimentar e Nutricional é a

“realização do direito de todos ao acesso regular a

alimentos de qualidade, em quantidade suficiente,

sem comprometer o acesso a outras necessidaes

essenciais, tendo como base práticas alimentares

promotoras de saúde que respeitem a diversidade

cultural e que sejam social, econômica e

ambientalmente sustentáveis”.

(LOSAN, 2006)

• Sustentabilidade social, ambiental e econômica

• Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade

• Valorização da cultura alimentar local e respeito à

diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a

legitimidade dos saberes de diferentes naturezas

• A comida e o alimento como referências;

valorização da culinária equanto prática

emancipatória

• A promoção do autocuidado e da autonomia

Princípios

• Educação enquanto processo permanente e gerador de

autonomia e participação ativa e informada do sujeitos

• A diversidade nos cenários de prática

• Intersetorialidade

• Planejamento, avaliação e monitoramento das ações

Guia Alimentar para a População Brasileira

(em revisão: consulta pública em breve)

Princípios (cont.)

A culinária como eixo

Estruturante das ações de EAN

• Foco na comida e no prazer

• Propicia:

• Convergência entre os saberes popular e técnico: trazer

preceitos e conceitos para o dia a dia

• Vivenciar e refletir

• A arte, o lúdico, o sensorial, a criatividade, o

partilhamento no processo de aprendizagem

• Descoberta e desenvolvimento de habilidades

• Quebra de tabus (sobre si, alimentos e preparações)

• Encorajamento à experimentação

• Ampliação da consciência sobre a relação com a comida,

a culinária e seus significados: auto-conhecimento

• Resgate e valorização da comensalidade

• Experimentação de que “é possível”

Desafios para a culinária na

perspectiva da EAN

• Conhecer práticas culinárias e outros aspectos das

práticas alimentares

• Reconhecimento da culinária como prática contra-

hegemônica

• Prática em si e a prática educativa

• Alimentação fora de casa e demais aspectos da

contemporaneidade

• Ampliação/ reformulação dos referenciais teóricos que

embasam a abordagem educativa: prática social

• Desenvolvimento e difusão de materiais e estratégias

para diferentes públicos, fases do curso da vida

• Facilitação do acesso a insumos

• Formação de formadores de opinião

• Formação do nutricionista

• …

Caminhos para as políticas

públicas

• Valorizar a importância tanto das ações coletivas quanto das atitudes individuais (protagonismo).

• Consolidar relações que sejam mais horizontais, parceiras e democráticas: novos arranjos.

• Identificar processos e mecanismos integrativos que consolidem políticas públicas abrangentes, que respondam ao mesmo tempo a vários problemas da agenda de alimentação e nutrição.

Interdisciplinaridade + intersetorialidade!

Sugestões para

aprofundamento

do tema

Semana de Educação Alimentar

2006

2007

2008

2009 2010

2011

http://inad-smsdc.blogspot.com.br/publicacoes.html

2013

2012

Alimentação e

Sustentabilidade

Vídeo documental

http://www.telessaude.uerj.br/site/noticia/?seq=93

Castro IRR., Castro LMC, Gugelmin SA. Ações educativas, programas e políticas envolvidos nas mudanças alimentares Rotenberg S, Marcolan S, Tavares EL, Castro IRR. Oficinas culinárias na promoção da saúde

Castro IRR, Souza TSN. Formação de Multiplicadores para a Promoção da Alimentação Saudável: Projeto Culinária, Saúde e Prazer

“Crianças do Consumo –

a infância roubada”

Suzan Linn

www.criancaeconsumo.org.br

http://www.theendofovereatingbook.com/

“Sustentabilidade ambiental,

consumo e cidadania”

Fátima Portilho

Cortez Editora

http://www.theendoffood.com/

23/04/2013 www.michaelpollan.com

www.waterwise.org.uk

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