aprese. ecleticocapixaba

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slide xx onde se vê escrito Largo da Conceição é o Largo da Misericóridia ou do Colégio

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Ecletismo capixaba Clara Miranda

DAU/UFES

Aspectos da Arquitetura capixaba da colônia à independência

Igreja e Colégio São Tiago. Vitória, foto 1907

Colégio São Tiago, 1907

Simplificação de modelos eruditos: renascimento - barroco

Aspecto maciço do edifício, volumetria nítida, superfícies lisas

•Adequação de modelos tradicionais e empíricosde assentamento urbano

Detalhe do mapa da Baía de Vitória. Cap. José Antônio Caldas, 1767

Paisagem Pinturesca

Serafim Derenzi dizia que Vitória foi “tipicamente uma cidade colonial

portuguesa”, que teimou em “ignorar os princípios da arte de construir (...)

e de viver. A geometria só apareceu com a república”.

Início da república

Largo da Conceição, atual Praça Costa Pereira início do Séc. XX

Os primeiros aterros

Na república a cidade busca progresso:

Aterro Porto de Vitória, 1918

O governo republicano

incentiva as ferrovias, a

navegação e os portos

Aterro Porto de Vitória, 1918

Engenheiro Francisco Saturnino de Brito plano de

melhoramentos, o Novo Arrabalde, 1896

O plano indica o crescimento da cidade em direção ao mar

Muniz Freire, Jerônimo Monteiro e seus

sucessores transformaram radicalmente a

aparência do centro histórico com

intervenções que nascem do simbolismo do

higienismo e do progresso.

Reprodução ou adaptação de modelos internacionais: Neoclássico. Beaux Arts

Casa do Comércio, 1820, G. Montigny

Casa do Comércio, 1820, G. Montigny

traçados reguladores : Ordem = Estrutura

Casa do Comércio, 1820, G. Montigny

Academia Militar, 1818, P. J. Pézerat Candelária séc. XVIII, Rocio

Ecletismo

Avenida Central,

1910

Tão logo chegou ao Rio de Janeiro, em 1889,

Morales colocou à sua disposição os

conhecimentos adquiridos na École des Beaux

Arts de Paris, onde estudou, transpondo para esta

cidade de feições ainda coloniais as “vantagens do

progresso” que havia experimentado no continente

europeu. Claudia Ricci

Adolfo Morales de los Rios desejava no ato projetual de

concretizar uma história.

A edificação era para ele suporte das manifestações humanas,

história cinzelada na pedra, impossibilitando não só seu

esquecimento, mas principalmente perpetuando-a como

linguagem tectônica.

Como afirma, “Com os estilos foram criados os caracteres

peculiares, os traços próprios, [...] o cunho com que os povos

marcam seus costumes nos edifícios por eles levantados.”

RICCI, Claudia Thurler. Sob a inspiração de Clio: O Historicismo na obra de

Morales de los Rios. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 4, out. 2007. Disponível

em: <http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_mlr_ctr.htm>.

Projetos de Morales de Los Rios

Projetos de Morales de Los Rios

Projetos de Morales de Los Rios

Projetos de Morales de Los Rios

Projetos de Morales de Los Rios

• Arquitetura como opção de estilo.

Historicismo e Ecletismo

• É difícil demarcar os limites entre o

historicismo e o ecletismo, que podem ser

abordados dentro de um mesmo conjunto

de experiências culturais que possuem

continuidade histórica e ideológica.

• Luciano Patetta, 1989

Avenida Central

• O historicismo e o ecletismo resultam de um ato de escolha do projetista (um ato crítico, subjetivo) “cujo ponto de chegada é o conceito” (ARGAN, 1992).

• Possibilidade de liberdade de interpretação e de caracterização

Avenida Central

– Distinguem-se três correntes de acordo com arelação entre produto e modelo: “composiçãoestilística”, recurso da imitação correta de umestilo do passado; “historicismo tipológico”,baseado em procedimentos de caracterizaçãoanalógica da arquitetura; e “pastichescompositivos”, com toda liberdade de criar

soluções “estilísticas”. Luciano Patetta, 1989

Ilha Fiscal, RJ, 1884

As condições para o surgimento do historicismo-ecletismo

Transformações territoriais e técnicas -Keneth Frampton (1987) mostra do aumento da capacidade humana em exercer controle sobre a natureza, produzir e travar contatos: movimento e comunicação.Transformações culturais dadas pela ascensão da burguesia. A nova consciência humana produz novas categorias de conhecimento - Historicista, reflexivo.Segundo Argan (1992) O Romantismo e oclássico são interações que dão base aonascimento da arte moderna.

Quadro da arquitetura capixaba da Primeira República

O historicismo-Ecletismo criticados pela vanguarda

moderna, aqui tornaram-se símbolo da nova ordem

republicana, metáfora da beleza e serviram para

representar a modernidade emergente.

Vitória, anos 1910

Quadro da arquitetura capixaba da Primeira República

A expectativa de riqueza da burguesia local com a

produção do café tem a ver com um estilo retórico,

seja o Historicismo ou o Ecletismo.

Os projetos dessas gerações consolidaram Vitória

como uma cidade capital. Não houve apego em manter

o preexistente, mas preocupação em construir, renovar

e em deixar a marca destas gerações no espaço.

Quadro da arquitetura capixaba da Primeira República

• Historicismo-eclético séc. XIX- anos 1930

• Reforma urbana ênfase no embelezamento, no

higienismo e geometrização

• Expansão urbana por aterros

• Predomínio de práticos na concepção e

construção

Jerônimo Monteiro, séc XIX-XX. Composição estilística

Fórmula neoclássica-brasileira: platibandas, frontões triangulares, vergas retas, arcos plenos/ Marcação de pórtico com colunas ou pilastras, colunas colossais ou acima do térreo: embasamento com

arcada (rusticado/ bossagem)

Historicismo tipológico

tratamento rusticado, elementos típicos da arquitetura militar: platibanda em ameia, torre de menagem e tiro

Quartel da Polícia Militar, fundado em 1894-6

Historicismo tipológico

Teatro de partido neoclássico, a partir de modelos do classicismo francês e italiano; forma simples e clara articulação de volumes

Teatro Melpômene, 1896

Interior do Teatro Melpômene, a estrutura de ferro foi reciclada na construção do Teatro Carlos Gomes

Historicismo tipológico

Comparação proporcional dos esquemas volumétricos dos teatros São João RJ; União, São João de Salvador; São Luis MA

Embaixo, Teatro Santa Isabel , Recife; Scala, Milão

“As cidades latino-americanas renunciaram a si

mesmas para identificarem-se com a metrópole

européia” Roberto Segre

Palácio do Governo, Arq. Norbert Justin

1910

A fachada principal simula a simetria, dividida em

três faixas horizontais, coroadas por uma platibanda

rematada por um frontão pontuado por uma águia. A

modenatura porém tem uma modulação falsa.

A fachada resolve-se sobre

um envasamento rusticado,

sobrepondo a ordem dórica,

mais robusta e simples pela

ordem coríntia, mais

complexa e rica de

ornamento. Mantém o

preceito vitruviano da

“aparência de função

sustentadora” da base

Estilo Luis XIV, procedimento enquadrado no historicismo tipológico,

quer expressar um caráter monumental e institucional

Acima cidade alta em 1895

Antigo Largo da Conceição

O tratamento da escadaria provê uma

nova perspectiva para a baía

Os lances curvos da escadaria e

seus patamares intermediários,

fontes ornadas por estátuas em

mármore com figuras que

representam as estações do ano

dão dinamismo ao espaço

1918

1940

A praça do Palácio passa a ser

o centro social da cidade, local

das festividades cívicas

Rua Pedro Nolasco, anos 1924-8

Palácio Domingos Martins, readaptação da igreja da Misericórdia por André Carloni em 1912

Caráter de solidez e beleza dado pelo decoro

Procedimentos de composição partido volumétrico e modenaturas

Antiga Matriz

Aterro do Campinho

O projeto Paisagístico, para o Bairro e Parque Moscoso, 1910

Parque Moscoso, Paulo Motta

Antiga Matriz

Aspecto pinturesco e denso do bosque

O Parque Moscoso pertence

a linha Eclética do

paisagismo brasileiro,

superpondo características

do estilo pinturesco,

romântico e do estilo

geométrico clássico.

Casa Sarlo, projeto Paulo Motta, 1920

Fachadas projeto (abaixo), realizada, acima

O caráter das funções trabalho e moradia são demarcadas pelo ornamento, pela espacialidade e implantação

A habitação situa-se recuada em relação à rua

A geometria se estabelece

Com a prosperidade do café (1924-28) o projeto

de modernização de Vitória é ajustado e

realizado. A ilha perde a condição de

isolamento, depois da construção de pontes

metálicas, ligando a ilha de Vitória à ilha do

Príncipe e ao continente.

Um Plano Geral de Melhoramentos foi a base

das intervenções de Florentino Avidos.

Av Capixaba, Jerônimo Monteiro, 1924-28

O discurso universalizante se implanta entre as elites locais, que buscam referência na imagem do Rio de Janeiro e Paris.

Mercado da Capixaba, 1926

A intervenção da nova avenida é hausmaniana: utiliza da demolição, resulta num espaço urbano ordenado, homegeneizado no alinhamento e na linguagem eclética

Fafi, antigo Grupo Escolar Gomes Cardim. Projeto Josep Ptilik, 1926

Foto aérea anos 30

Estudos dos possíveis partidos

Edifício das Repartições, Josep Pitilk, atual MAES

Antigo Banco de Londres Arquiteto Robert Prentice, 1925

Embora o caráter possa ser evidenciado no recursos compositivos deste prédio, há uma simplificação ornamental e maior pureza plástica e geométrica

Demolição do casario do antigo largo da Conceição para construção da nova praça, projeto de Paulo Motta

Praça Costa Pereira, anos 20

O Cine Teatro Glória pode ser considerado o primeiro edifício em altura de Vitória

Teatro Carlos Gomes x Scala de Milão - relação tipológica de planta (ferradura)

Planta do térreo e do segundo pavimento

tipologia do teatro italiano (em ferradura)

Plantas anteriores e reforma contemporânea do Teatro Scala/ Mario Botta

Teatros como o Carlos Gomes e Municipal do Rio de Janeiro tomam como modelo a Ópera de Paris, possuem estilo eclético. Construídos no início do século XX, atestam o mundanismo e a hierarquização da sociedade burguesa.

A posição do teatro no ambiente urbano é destacada

Estudo de volumetria, detalhe do relevo escultórico

Antiga Matriz em 1884

Catedral construída sobre a antiga Matriz, reforma de 1918-1970

Cidade Capital: Paris de Hassmann

Av. Central

Av. Rio Branco

Belo Horizonte Aarão Reis, 1894

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