andragogia márcia thomé jacobovicz rene cavalcanti. outubro de 2008. programa de mestrado...
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ANDRAGOGIAANDRAGOGIA
Márcia Thomé JacoboviczRene Cavalcanti. Outubro de 2008.
Programa de Mestrado ProfissionalPsicologia do Adulto
Programa de Mestrado ProfissionalPsicologia do Adulto
Orientação:Profª Drª Esméria Rovai
Apresentar e discutir as principais tendências que definem as práticas de educação e formação de adultos.
OBJETIVO DA APRESENTAÇÃOOBJETIVO DA APRESENTAÇÃO
Quais as convergências e divergências entre os
conceitos pedagógicos e o ensino de adultos?
QUESTÕES RELACIONADAS AO TEMAQUESTÕES RELACIONADAS AO TEMA
PEDAGOGIAPEDAGOGIA
Pelos Pedagogos: “educação para a cidadania”Também coerente à lógica funcionalista Subjugada à esfera produtiva. Educar para a cidadania é disciplinar:
O trabalhador para bem desempenhar sua funçãoO cidadão para não representar ameaça à ordem capitalista.
Peres, Marcos A.C. Peres. A ANDRAGOGIA NO LIMIAR DA RELAÇÃO ENTRE VELHICE, TRABALHO E EDUCAÇÃO. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.20, p. 20 - 27, dez. 2005 - ISSN: 1676-2584 20.. Faculdade de Educação da USP. http://www.histedbr.fae.unicamp.br/art03_20.pdf. 25/10/2008.
“Educação para a cidadania”/“educação para o trabalho”
Instrumentos do Estado capitalista para a formação de “corpos dóceis” ao sistema, no sentido dado por Michel Foucault (1997).Formar seres humanos disciplinados e facilmente controláveis, simples de conduzir pelos mecanismos de poder.
Peres, Marcos A.C. Peres. A ANDRAGOGIA NO LIMIAR DA RELAÇÃO ENTRE VELHICE, TRABALHO E EDUCAÇÃO. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.20, p. 20 - 27, dez. 2005 - ISSN: 1676-2584 20.. Faculdade de Educação da USP. http://www.histedbr.fae.unicamp.br/art03_20.pdf. 25/10/2008.
PEDAGOGIAPEDAGOGIA
Aprender a conhecer;
Aprender a fazer ;
Aprender a ser;
Aprender a viver juntos.
* Mezirow (1994) e Knowles (1998). Em 1998 a Unesco adotou esses princípios
andragógicos, denominando-os “aprendizagens essenciais”, indispensáveis em
todo e qualquer processo educativo para os profissionais do século XXI.
RELATÓRIO UNESCO RELATÓRIO UNESCO
COMISSÃO INTERNACIONAL
EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI
Princípios da aprendizagem de adultos*:
APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE ADULTOAPRENDIZAGEM DO ESTUDANTE ADULTO
Experiência vivida Motivação interna
Mediação
Professor Estudante adulto
Auto-avaliaçãoAutogestão
Resolução de problemas
Trabalho em grupo
Interesses profissionais
Relação horizontalRelação horizontal
NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO DE NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO DE ADULTOSADULTOS
Diferentes Papéis
do Professor
EspecialistaEspecialista
Membro deMembro de EquipeEquipe
ConselheiroConselheiro
EducadorEducador
DidataDidata
AprendizAprendiz
DiagnosticadorDiagnosticadordede
NecessidadesNecessidades
AdministradorAdministrador
NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO DE NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO DE ADULTOSADULTOS
Illeris (2000) considera que atualmente são três as tendências dominantes que definem as práticas de educação e formação de adultos:
a andragogia (Knowles, 1975, 1980, 1992),
a reflexão crítica (Brookfield, 1986, 1987), e Freire(1970)
a aprendizagem transformativa (Mezirow, 1991, 1996, 1998, 1999).
PERSPECTIVAS DE EDUCAÇÃO E PERSPECTIVAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOSFORMAÇÃO DE ADULTOS
Conceito andragogia na educação de adultos anos 60.
Alemão Alexandre Kapps primeira vez em 1833 (Rachal, 2002),
Eduard C. Lindeman (1885-1953) – 1926 e Malcolm S. Knowles (1913-1997) – 1970 - teóricos mais conhecidos,
Termo generalizou-se rapidamente e as
concepções de educação e formação de
adultos, perspectivas andragógicas.
ANDRAGOGIAANDRAGOGIA
o Um caminho educacional compreender o adulto componentes humanos,
o Ente psicológico, biológico e social;
o Promover o aprendizado através da experiência,
o A vivência estimula e transforma o conteúdo, para a assimilação;
o A experiência, não a verdade, dá sentido à educação.
o Educamos para transformar o que sabemos, não para transmitir o que é sabido.
ANDRAGOGIAANDRAGOGIA
Knowles: adultos sofrem transformações
que afetam predisposições para a
aprendizagem.
Existência de indicadores de diferenciação dos adultos perante os processos de aprendizagem.
Intervenção educativa contempla e se acomoda a essas diferenças.
ANDRAGOGIAANDRAGOGIA
*MORAIS, M.L.Andragogia – uma concepção filosófica e metodológica de ensino e aprendizagem. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Rua Teodoro Sampaio, 417 . conj.11 Pinheiros . CEP 05405-000 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3085-7567 / 3085-2716 - email: psicoped@uol.com.br
CRITÉRIOS PEDADAGOGIA ANDRAGOGIA
AUTOCONCEITO Dependência Autodireção crescente
EXPERIÊNCIA De pouco valor. Aprendizes como fontes de
aprendizagem.PRONTIDÃO Pressão social de
desenvolvimento biológico
Tarefas de desenvolvimento de papéis sociais
PERSPECTIVA TEMPORAL
Aplicação adiada Aplicação imediata
ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Centrada na matéria Centrada nos problemas
PEDAGOGIA X ANDRAGOGIAPEDAGOGIA X ANDRAGOGIA
Andragogia – uma concepção filosófica e metodológica de ensino e aprendizagem. Maria de Lourdes Cysneiros de Morais*Associação Brasileira de Psicopedagogia. psicoped@uol.com.br
CRITÉRIOS PEDAGOGIA ANDRAGOGIA
CLIMA Orientada para autoridadeFormalCompetitivo
Mutualidade / RespeitoInformalColaborativo
PLANEJAMENTO Pelo Professor Compartilhado
DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES
Pelo Professor Autodiagnóstico mútuo
FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS
Pelo Professor Negociação mútua
PEDAGOGIA X ANDRAGOGIAPEDAGOGIA X ANDRAGOGIA
CRITÉRIOS PEDAGOGIA ANDRAGOGIA
DESIGN Lógica da MatériaUnidade de Conteúdos
Seqüência em termos de prontidãoUnidade de problemas
ATIVIDADES Técnicas de transmissão
Técnicas de ExperiênciaVivências / indagações
AVALIAÇÃO Pelo Professor Rediagnóstico conjunto de necessidadeMensuração conjunta do programa
PEDAGOGIA X ANDRAGOGIAPEDAGOGIA X ANDRAGOGIA
PEDAGOGIA X ANDRAGOGIAPEDAGOGIA X ANDRAGOGIA
Andragogia (Lindman, Knowles)
Pedagogia: Abordagens
Tradicional (Igreja, Militar)Humanista (Carl Rogers)
Socio/Psicodramática (Jacob Levi Moreno)
Cognitivista (Piaget, Vigotsky, Bruner)
Sócio-Cultural (Paulo Freire)
Na democracia participativa está a capacidade :
-dos cidadãos para questionarem ações, explicações e decisões,
- para imaginarem e proporem alternativas que sejam mais justas e adequadas.
A Reflexão Crítica
Para Paulo Freire (1970) o objetivo da reflexão crítica é o de levar as pessoas a "profundamente darem-se conta da realidade sociocultural que molda as suas vidas, bem como da capacidade de transformar essa mesma realidade agindo nela“
Refletir criticamente significa ser capaz de dar-se conta dos seus pressupostos, estando disponível para analisar outras perspectivas alternativas de interpretação da realidade. (Garrison, Brookfield, Cranton)
A Reflexão Crítica
Freire e Brookfield propõem que nas práticas de educação e formação de adultos seja dada prioridade ao desenvolvimento da capacidade de pensar de forma crítica.
A reflexão crítica pode ser perspectivada tanto em termos do “processo” como do “propósito”.
A Reflexão Crítica
Como processo, a reflexão crítica envolve o adulto no reconhecimento e na investigação dos princípios, das convicções que ele tem sobre o mundo (e o lugar que ocupa) , e dos pressupostos em que se baseiam os seus pensamentos e as suas ações.
A Reflexão Crítica
Desconstrução dos paradigmas
A Reflexão Crítica
Reflexão crítica
Idéias e ações (senso comum) – aceitas de forma acrítica
Idéias
Para Brookfield (2000) a reflexão crítica é um processo social, pois aprende-se a pensar criticamente.
A competência de pensar criticamente é mais facilmente adquirida quando se recruta a ajuda de alguém que ajuda a ver de forma diferente as nossas idéias e as nossas ações.
A Reflexão Crítica
Se a prática da reflexão crítica for concebida como um processo social, então os pares tornam-se importantes “espelhos críticos”.
Quem são os espelhos críticos? Qual o papel deles? Como podem atuar?
A Reflexão Crítica
Ouvir a percepção dos outros ajuda a adquirir uma perspectiva descontaminada sobre a natureza e a dimensão das ações.
Falar com os outros ajuda os indivíduos a tornarem-se mais conscientes de como assumem como certas as suas idéias e ações.
Quais técnicas devem ser utilizadas para viabilizar este tipo de pedagogia?
A Reflexão Crítica
O formador passa a ser um desses “espelhos críticos” que ajudam o formando a analisar as suas concepções prévias, ou alguém que proporciona condições para que esses processos de análise aconteçam.
A Reflexão Crítica
Influências:
Construtivismo
O indivíduo tem uma visão ativa da realidade. A construção da realidade é uma atividade constante que é marcada pela novidade e mudança e não por condições pré definidas.
A Aprendizagem Transformativa
“A aprendizagem é o processo de utilizar as interpretações anteriores, com vista a construir uma interpretação nova ou alterada acerca do sentido da experiência pessoal paraguiar a ação futura.” (Mezirow).
A Aprendizagem Transformativa
A Aprendizagem Transformativa
Quadro de referência
interpretações
Aprendizagens condicionadas
"A reflexão é o processo de avaliar criticamente o conteúdo, o processo, ou as premissas dos nossos esforços de interpretar e dar sentido à experiência." (Mezirow).
pressupostosdistorcidos inadequados inválidos
Não respondem à realidade
Nova Perspectiva
transformadora
Mezirow chama de “perspectivas de sentido” as idéias assumidas acriticamente pelo indivíduo. Estas são fruto de distorções de diferente natureza:- epistêmica – que influenciam o modo de conhecer e a forma como o conhecimento é usado; - sociolingüística – que se referem aos mecanismos pelos quais a sociedade e a linguagem limitam as percepções dos indivíduos;- psicológica – que foram assimiladas durante a infância, no processo de aculturação, e que, por não corresponderem à percepção que o indivíduo possui do que gostaria de ser enquanto adulto, produzem formas de estar e de agir inconsistentes.
A Aprendizagem Transformativa
Tanto para o construtivismo quanto para a aprendizagem transformativa , o sujeito é parte ativa no seu processo de desenvolvimento e que constrói significados acerca da realidade que o envolve.
A Aprendizagem Transformativa
Assim, pelo fato de existir uma potencial capacidade do indivíduo moldar a percepção da realidade ao seu referencial enquanto pessoa, esta perspectiva destaca a competência do indivíduona construção de significados, sendo este um paradigma que acentua a capacidade de autonomia do sujeito.
A Aprendizagem Transformativa
Meta-cognição: pensar sobre o pensar, reavaliar, reestruturar.
Também designada por educação cívica de adultos ou de educação para a cidadania (Boggs, 1991): implica aprender sobre direitos e deveres dos cidadãos e também sobre como cada um pode, através do diálogo, da reflexão e da deliberação, participar na construção da sociedade.
A Responsabilidade Social
A educação e formação de adultos entendida numa perspectiva de responsabilidade social parte do pressuposto de que, por meio da participação, os adultos desenvolvem ou adotam atitudes e valores e fazem julgamentos morais relacionados com os seuspapéis enquanto cidadãos.
A Responsabilidade Social
Os conceitos que são transversais as propostas de educação de adultos são:
-o auto-direcionamento na aprendizagem, - a aprendizagem experiencial
- a aprendizagem contextual.
Conceitos transversais às propostas de educação de adultos
“O adulto aprende por meio da solução de problemas e possui um raciocínio mais dialético: Tese, Antítese e Síntese. “
“Para Piaget, a construção da inteligência se dá pelo processo contínuo de equilíbrio e desequilíbrio”.
“O adulto não aceita nada como pronto e acabado. Questiona o que existe”.
“Aprender é modificar um comportamento. Respostas novas para problemas novos”.
“Somente podemos desenvolver a capacidade crítica do adulto com o conhecimento.”
Resgatando nossas aulas anteriores...
A Andragogia, a Reflexão Crítica e a Aprendizagem Transformativa
possuem pontos de convergência com a pedagogia sócio-construtivista. Portanto, alguns métodos e técnicas utilizados por esta linha são validos para a educação de adultos.
Resgatando nossas aulas anteriores...
MÉTODOS DE ENSINO PARA PÚBLICOS ADULTOS
•A aprendizagem colaborativa
•O método do debate
•O método dos estudos de caso
“ Onde quer que haja mulheres e homens há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o quer aprender ”
Paulo Freire
TORRES, C.A. Política para Educação de Adultos.Currículo sem Fronteiras, v.3, n.2, pp.60-69, Jul/Dez 2003.
TREVELIN, Ana Teresa Colenci. A relação professor aluno estudada sob a ótica dos estilos de aprendizagem: uma análise na Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga – Tese de Doutorado. FATEC. USP São Carlos. 2007) – pg. 16 a 18, 64 a 72.
MOREIRA, D. Elementos para um plano de Melhoria do ensino universitário ao nível de instituição. Revista IMES, São Caetano do Sul: ANO III, nº 9, p.28-32, mai/ago.1986.
SANTOS, S.C. O processo de ensino-aprendizagem e a relação professor-aluno: Aplicação dos Sete Princípios para a Boa Prática na Educação Superior. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v.8]1, jan/mar, 2001.
QUINTAS, H.L.M. Educação de Adultos: vida no currículo e currículo na vida. Agência Nacional para a Qualificação, I.P.1ª edição, Agosto 2008.
Fontes
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