agente etiológico: toxoplasma gondii€¦ · toxoplasmose congênita somente durante a fase aguda...

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Profa. Carolina G. P. Beyrodt

Agente etiológico: Toxoplasma gondii

(Protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa)

Histórico

• Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii

• 1923 – descrição do primeiro caso humano

• 1937 – documentada a transmissão congênita humana

• 1940 – demonstrada a transmissão adquirida

• 1965 – observou-se a transmissão pelo contato de fezes de gatos infectados

• 1976 – foi descrito o ciclo sexuado do parasita

Ciclo EvolutivoHospedeiro definitivo (gato doméstico) fase sexuada

enteroepitelial.

Hospedeiro intermediário (aves e mamíferos, incluindo o homem) fase assexuada extra-intestinal.

Ciclo Evolutivo

Fase Sexuada

Oocistos

maduros

Cistos

(bradizoítas)

Trofozoítas

Esquizontes

Merozoítas

Oocistos

imaturos

Gametócitos M e F

Ciclo Evolutivo

Fase Assexuada

Oocistos

maduros

Cistos

(bradizoítas)

Taquizoítas

Bradizoítas

Reagudização

E outros animais

Transmissão

transplacentária

Reprodução assexuada : endodiogenia

Taquizoítas: trofozoítas de divisão rápida; formampseudocistos (8-16 parasitas). Característicos da faseaguda da infecção.

Bradizoítas: trofozoítas de divisão lenta; formam cistos.Característicos da fase crônica da infecção.

Taquizoíta

polo anterior destacando microtúbulos em espiral

pseudocistos

taquizoíta invadindoA celula hospedeira MeT

taquizoíta MeV

taquizoítas livres

Bradizoíta

Cistos contendo bradizoítas

Bradizoítas

Bradizoítas

Bradizoítas

Relação parasita / célula hospedeira

Células hospedeiras : células do sistema fagocítico

mononuclear (fase aguda ou proliferativa) e células teciduais

em geral (fase crônica)

Mecanismo de entrada : penetração ativa

Vacúolo intracelular : formado pelo próprio parasita

Fusão com lisossomas : não ocorre

Transmissão

Ingestão de cistos contendo bradizoítas (carne contaminada)

Ingestão de oocistos esporulados (alimentos ou água

contaminada)

Via transplacentária em casos congênitos

Transfusão sanguínea e transplante de órgãos

Acidentes laboratoriais

Toxoplasmose no imunocompetente

Maioria dos casos assintomáticos.

Período de incubação de 5-20 dias.

Casos sintomáticos (Fase aguda): Febre, adenopatia e mialgia

Formas viscerais ou disseminadas são raras

Toxoplasmose congênita

Somente durante a fase aguda de infecção da infecção maternaos parasitas são passados para o feto.

Das mães infectadas, 40% a 60% terão RN infectados.

Quanto menor o tempo de gestação, menor o risco detransmissão do parasita para o feto e mais o feto écomprometido.

O curso da doença depende da idade gestacional e dacapacidade protetora dos anticorpos maternos (IgG).

Principais sintomas: retinocoroidite; calcificações cerebrais;perturbações neurológicas e hidrocefalia (Tétrade de Sabin)

Comprometimento fetal

Retinocoroidite

Hidrocefalia

Calcificações cerebrais - RX

Calcificações cerebrais - Tomo

Toxoplasmose no imunodeprimido

Ocorre em pacientes com AIDS, câncer, transplantados,indivíduos em uso de drogas imunossupressoras.

Sintomatologia mais pronunciada noscasos de reagudização.

Entre 30% a 50% dos pacientes com AIDS irão apresentar lesõesintracerebrais difusas, associadas a sintomas como febre,cefaléia, alteração do estado mental, convulsão e déficitsneurológicos - encefalite aguda.

Pode se apresentar de forma específica em órgãos diversos oudisseminada.

Profilaxia

Cuidados quanto à procedência e manipulação dos alimentos.

Cozimento adequado de carnes.

Evitar contato com gatos e locais onde eles se encontram.

Acompanhamento de gestantes e pacientes imunodeprimidos.

Diagnóstico

Imunológico:

Reação de Sabin-Feldman

Hemaglutinação indireta

Imunofluorescência indireta (IgM e IgG)

ELISA (IgM, IgG e teste de avidez de IgG)

ELISA de captura (IgA e IgE)

IgM

Indica infecção recente ouem fase aguda

Pode desaparecer oupermanecer em níveisresiduais na fase crônica dainfecção

IgG

Indica infecção crônica outardia em títulos altos

De baixa avidez - FA

De alta avidez - FC

IFI +

IFI +

taquizoítas de lavado peritoneal

Diagnóstico

Parasitológico:

Cultura de fibroblastos humanos

(à partir de sangue total, líquido amniótico e macerado de

tecidos obtidos por biópsia)

Exame de lavado broncoalveolar

(para imunodeprimidos)

Inuculação em animais de laboratório

Cultura de fibroblastos humano +

Lavado broncoalveolar +

Diagnóstico

Molecular:

PCR (Reação de polimerase em cadeia)

(à partir de sangue total, líquido amniótico e macerado de

tecidos obtidos por biópsia)

Produto de PCR amplificadode 183 pb

Diagnóstico da toxoplasmose

SITUAÇÃO RESULTADOS INTERPRETAÇÃO CONDUTA

Sorologia Negativa IgG e IgM

negativas

Suscetível Orientação

higiênico-dietética

Repetição da

sorologia 2/2 meses

Sorologia Positiva IgG positiva IgM

negativa

Imune Seguimento pré-

natal rotineiro

Sorologia Positiva IgG negativa ou

positiva / IgM

positiva

Infecção recente

ou Cicatriz

Sorológica

Proceder diagnóstico

da transmissão

vertical. Encaminhar

para Medicina Fetal

www.fiocruz.br/ipec_novo/media/toxol1f3.gif

www.sciencedaily.com/.../03/090311085151.jpg

www.nature.com/.../n8/images/nrmicro1465-f1.jpg

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