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AGENDA 21
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAPLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAPLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAPLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA
BACIA DO RIO PIRAPAMABACIA DO RIO PIRAPAMABACIA DO RIO PIRAPAMABACIA DO RIO PIRAPAMA
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICASSISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICASSISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICASSISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS
E AMBIENTAIS DA BACIA DO RIO PIRAPAMA E AMBIENTAIS DA BACIA DO RIO PIRAPAMA E AMBIENTAIS DA BACIA DO RIO PIRAPAMA E AMBIENTAIS DA BACIA DO RIO PIRAPAMA ---- SISAP SISAP SISAP SISAP
P U B L I C A Ç Õ E S PROJETO PIRAPAMA
DFID Recife/2001
ii
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Governador: Jarbas de Andrade Vasconcelos
SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE
Secretário: Cláudio José Marinho Lúcio Secretária Adjunta: Alexandrina Sobreira Moura
COMPANHIA PERNAMBUCANA DO MEIO AMBIENTE - CPRH
Presidente: Edrise Aires Fragoso Diretor Administrativo e Financeiro: Hubert Hirschle Filho
Diretor de Recursos Hídricos e Florestais: Aldir Pitt M. Pimentel Diretor de Controle Ambiental: Geraldo Miranda Cavalcante
Diretora de Planejamento e Integração: Berenice Andrade Lima
Cooperação Técnica Brasil - Reino Unido PROJETO PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA BACIA DO PIRAPAMA
Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRH/Department for International Development - DFID/Environmental Resources Management - ERM
Coordenadores: Ana Maria Cardoso de Freitas Gama (CPRH) e Amim Melville Gajraj/Tim Smith (DFID/ERM)
Telefone: (081) 32671842 Fax: (081) 32671843
e-mail: anagama@cprh.pe.gov.br pirapama@nlink.com.br
www.cprh.pe.gov.br
Instituições participantes do Projeto Pirapama:
Secretaria de Recursos Hídricos - SRH Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRH Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco - ITEP
Companhia Pernambucana de Saneamento - COMPESA Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife - FIDEM
Secretaria de Produção Rural e Reforma Agrária -SPRRA Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho Prefeitura Municipal da Escada
Prefeitura Municipal de Jaboatão dos Guararapes Prefeitura Municipal do Moreno
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E
AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
Coordenação: Ana Maria Cardoso de Freitas Gama
P U B L I C A Ç Õ E S
PPRROOJJEETTOO PPIIRRAAPPAAMMAA
DFID
Recife, 2001
Copyright © 1999 by CPRH É permitida a reprodução parcial da presente obra, desde que citada a fonte
Conselho Editorial da CPRH: Evângela Azevedo de Andrade, Francicleide Palhano de Oliveira e Madalena Barbosa de Albuquerque
Consultores: Rômulo Paes de Sousa, Alex Shankland e Rosa Maria do Nascimento Amorim
Analista de Sistema: João Maria Rodrigues Soares
Equipe Técnica
Coordenação: Ana Maria Cardoso de Freitas Gama Denise Jorge Cavalcanti, Walter José Ferreira, Marcos José Lacerda, Fábio Ramos, Antônio Rodrigues e Álvaro José
Cardozo de Freitas
IMPRESSO NO BRASIL
Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRH Rua Santana, 367, Casa Forte, Recife - PE
Pabx (081) 3267-1800 Fax (081) 32671843 e-mail: pirapama@nlink.com.br
2001
Gd Companhia Pernambucana do Meio, Sistema de Informações
Socioeconômicas da Bacia do Prapama - SISAP. Recife - CPRH/DFID, p.
ISBN:
Bacia do Pirapama 2. Sistema de Informações, 3. Agenda 21 4. Recursos Hídricos, Recursos Naturais, 5 Dados demográficos. Título II. Autor CDU
CDU: XXX.XXX
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E
AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA – SISAP
“A mudança de como o governo opera e que
serviços ele presta está de mãos dadas com
a transformação de sua cultura, abordagem
e estrutura” (Lawson 1998:16).
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 2
1. APRESENTAÇÃO DO SISTEMA................................................................... 5
2. ESTRUTURA DO SISAP................................................................................ 8
3. AS BASES DE DADOS................................................................................ 11
3.1 Base Cartográfica Automatizada – CA ................................................... 11
3.1.2 Códigos ............................................................................................ 12
3.2 Camada de Dados de Localidades da Bacia - Loc ................................. 13
3.3. Camada de Dados da Agenda 21 - A21 ............................................ 15
3.3.1 Composição ..................................................................................... 15
3.3.2 Códigos ............................................................................................ 18
3.4 Camada de Dados Hidrológicos - Hid..................................................... 18
3.4.1 Informações Hidrométricas .............................................................. 18
3.4.2 Dados de Qualidade da Água .......................................................... 20
3.5 Banco de Dados de Recursos Naturais - RN.......................................... 21
3.6 Camada de Dados de Interessados Primários - Pri................................ 23
3.7 Camada de Dados de Interessados Secundários - Sec ......................... 26
3.7.1 Conteúdo.......................................................................................... 26
3.8 Camada de Dados Sócio-Demográficos - Dem ................................. 28
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 30
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 31
PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
INTRODUÇÃO
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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INTRODUÇÃO
Na última década tornou-se evidente o desafio proposto pelas Tecnologias de
Informação e Comunicação para o gerenciamento público e o governo. O
problema do governo eletrônico tem sido discutido até mesmo na imprensa
internacional. As transformações causadas pela disseminação da Internet no
setor público são consideradas o começo de uma profunda revolução da
governança e da administração pública em geral (The Economist, 24/06/2000).
Podemos distinguir duas abordagens básicas de estratégias da governança
eletrônica, que podem – ou deveriam poder – andar de mãos dadas, mas que
na prática nem sempre o fazem.
Como as tecnologias de informação e comunicação podem melhorar a
velocidade técnica e a eficiência na prestação de serviços públicos (Dutton
1999: 189), a primeira abordagem enfatiza a necessidade de oferecer serviços
públicos online. Seu objetivo é colocar na prática o princípio de “governar em
um só lugar”. A idéia principal constitui em tornar disponíveis todos ou a maior
parte dos serviços públicos e informações a partir de um único ponto de
entrada, a qualquer hora do dia ou da noite via PC’s, quiosques públicos ou até
mesmo pelos aparelhos de TV das pessoas. O objetivo principal é o aumento
da eficiência administrativa: “O governo se torna menor, mais barato, mais
rápido e mais fácil de gerenciar” (Lawson 1998:190).
A segunda abordagem surge justamente a partir desse ponto de vista. As
Tecnologias de Informação e Comunicação oferecem uma oportunidade única
de ligar as estratégias para serviços online às reformas administrativas que são
tão urgentemente necessárias às administrações públicas para lidar com os
desafios de um ambiente cada vez mais complexo, incerto e mutante. Um
desses desafios tem a ver com a crise de legitimidade que afetou a democracia
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
INTRODUÇÃO
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
e o governo em tempos recentes e a busca de novas formas de cooperação
entre governos, setor privado e sociedade civil. As Tecnologias de Informação
e Comunicação podem ser um catalisador não apenas para mudar o foco dos
serviços públicos para uma maneira de prestar serviços que seja mais dirigida
ao povo, com maior qualidade, mais personalizada, holística, efetiva e criativa;
mas, também, oferecer possibilidades para sustentar novos modos de criação
de redes sociais e políticas e novas formas de participação democráticas.
Desta forma as tecnologias de informação e comunicação podem ser uma
ferramenta fundamental para dar apoio a estratégias de alocação de poder, ao
fortalecimento de comunidades locais e, por fim, na luta contra a pobreza.
Não pode haver dúvidas de que redes eletrônicas transformam as dimensões
de tempo e espaço. A informação é transmitida em tempo real e os contatos
podem ser estabelecidos imediatamente e independentemente da distância
espacial. Entretanto, o potencial democrático específico da Internet baseia-se
em sua estrutura não - hierárquica e cibernética que, em princípio, favorece a
interatividade (Sfez 2000:52).
Neste contexto, a formação de um banco de dados informatizado e
georrefenciado que sistematize o significativo número de dados e informações
sócio-ambientais e cartográficas, produzidos pelo Projeto Pirapama, que dada
a sua importância no contexto da gestão da bacia, devem ser socializados.
Nesse sentido, a Agenda 21- Pirapama traz o projeto 2.2.2 - Desenvolvimento
e implantação de um sistema de informações ambientais, que objetiva gerar,
sistematizar, registrar e disponibilizar informações atualizadas para apoiar na
tomada de decisão e o monitoramento em suas diversas formas (Gama, Ana
1999:58).
Objetivando a implementação da Agenda 21 do Pirapama, apoiado pelo DFID -
Department for International Development, do Reino Unido o Sistema de
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
INTRODUÇÃO
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
Informações Socioeconômicas e Ambientais da Bacia do Pirapama -SISAP
servirá de base para fundamentar outros projetos e de modelo para ser
aplicado em outras bacias.
PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
APRESENTAÇÃO DO SISTEMA 1
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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1. APRESENTAÇÃO DO SISTEMA
O Sistema de Informações Socioeconômicas e Ambientais da Bacia do
Pirapama – SISAP é um sistema informatizado que integra bases de dados
multi-disciplinares referentes à bacia do rio Pirapama. O SISAP tem como
objetivo geral subsidiar o planejamento e gestão dos recursos hídricos e
ambientais e da implantação da Agenda 21/Plano de Desenvolvimento
Sustentável (PDS) da Bacia do Pirapama. O SISAP foi desenvolvido pela
equipe do Projeto Planejamento e Gerenciamento Ambiental da Bacia do
Pirapama, com assessoramento técnico da Environmental Resources
Management. A construção do SISAP foi financiada pelo Department for
International Development (DFID) do Reino Unido e pelo Governo do Estado de
Pernambuco.
No desenvolvimento do SISAP, buscou-se preservar o registro de sua
metodologia de modo a servir enquanto subsídio no desenvolvimento de
sistemas de informação de bacias com características semelhantes.
O SISAP tem os seguintes objetivos específicos:
• Elaborar diagnóstico socioeconômico e ambiental do período inicial do
Projeto Planejamento e Gerenciamento Ambiental da Bacia do Pirapama
(marco zero), visando elaboração de séries históricas e estudos
longitudinais.
• Identificar áreas prioritárias para intervenções sociais, econômicas ou
ambientais na bacia, para embasar as decisões do Comitê de Bacia –
COBH e de outros órgãos sobre a definição de investimentos e ações.
• Monitorar as mudanças na qualidade de vida em diferentes localidades e na
bacia como um todo.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
APRESENTAÇÃO DO SISTEMA 1
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
• Monitorar as mudanças na situação ambiental e dos recursos hídricos em
diferentes localidades e na bacia como um todo.
• Avaliar os impactos sociais, econômicos e ambientais das intervenções
contempladas na Agenda 21 da Bacia do Pirapama.
• Monitorar a implementação das estratégias, programas, projetos e
subprojetos que compõem a Agenda 21 da Bacia do Pirapama.
• Estudar os interesses e o envolvimento dos grupos e dos atores sociais
(primários e secundários) em cada componente da Agenda 21 da Bacia do
Pirapama.
• Auxiliar a definição de políticas de parceria e apoiar a consolidação dos
mecanismos de colaboração e gestão interinstitucional na implementação
da Agenda 21 da Bacia do Pirapama.
• Integrar e disponibilizar as bases de dados socioeconômicos e ambientais
da bacia para: o COBH, os órgãos públicos competentes (federais,
estaduais e municipais) e a sociedade civil; contribuindo para a
democratização do acesso as informações.
O SISAP possui as seguintes características: fácil acessibilidade e
compatibilidade com os formatos mais usados de bancos de dados, tais como:
MS Access, MS SQL Server e Oracle e desenvolvido em Arcwiew GIS.3.1. O
seu conteúdo poderá ser acessado parcialmente através de intranet, internet,
CD-Rom e publicações. As informações nele armazenadas são apresentadas
enquanto: tabelas, gráficos, textos, mapas e imagens, permitindo tabulações e
filtros especiais de acordo com as diversas demandas dos usuários finais e
interessados diversos.
O passo seguinte é interconectar-se com os demais sistemas da Companhia
Pernambucana do Meio Ambiente - CPRH e ainda com os sistemas dos outros
órgãos afins do Governo do Estado de Pernambuco, como Secretaria de
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
APRESENTAÇÃO DO SISTEMA 1
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
Recursos Hídricos e Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Social e
com o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Pirapama.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
ESTRUTURA DO SISAP 2
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
2. ESTRUTURA DO SISAP
O princípio articulador das bases de dados do SISAP é o georreferenciamento
das informações, ou seja, a possibilidade de se interligar informações dos
diferentes bancos de dados para analisar as relações entre variáveis sociais,
econômicas, hidrológicas, ambientais e organizacionais, apoiando-se em uma
referência geográfica. Dessa forma, cada camada de dados tem uma
correspondência geográfica assinalada na base cartográfica automatizada.
Como conseqüência, o SISAP veio a adquirir a seguinte conformação
estrutural:
1. Base Cartográfica Automatizada – CA
2. Camadas:
2.1 Camada de Dados Localidades da Bacia - Loc
2.2 Camada de Dados da Agenda 21 – A21
2.3 Camada de Dados Hidrológicos - Hid
2.4 Camada de Dados de Recursos Naturais – RN
2.5 Camada de Dados de Interessados Primários - Pri
2.6 Camada de Dados de Interessados Secundários - Sec
2.7 Camada de Dados Sócio-demográficos - Dem
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
BASE CARTOGRÁFICA AUTOMATIZADA - CA
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
A Tabela 1 apresenta um exercício de cruzamento de informações das Bases
de Dados constantes no SISAP. Por se tratarem de informações
georreferenciadas, as consultas dirigidas ao Sistema podem quase sempre
ensejar mapas temáticos.
TABELA 1. VARIÁVEIS DE ESCOLHA E BASES DE DADOS DO SISAP
VARIÁVEIS DE ESCOLHA CA LOC A21 HID RN PRI SEC DEM
Qual estratégia/programa da Agenda 21 que o projeto faz parte?
√
Qual é seu estágio atual de implementação? √ Em quais localidades da Bacia está sendo implementado o projeto? √ √
Quais são as características sócio-econômicas destas localidades? √ √
Quais organizações (órgãos públicos, empresas, ONG’s, OCB’s, etc.) participam do projeto?
√
Quais são os grupos sociais (interessados primários) que devem ser beneficiados ou prejudicados pela implementação do projeto?
√
Quais são as características (em termos de quantidade e qualidade) dos corpos de água na área de influência do projeto?
√
Quais são as vazões outorgadas, seus usos e respectivas localidades?
√
Quais são os ecossistemas e/ou áreas de preservação ambiental que se encontram na área de influência do projeto e qual a situação atual destes?
√ √
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
BASE CARTOGRÁFICA AUTOMATIZADA - CA
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
A seção seguinte apresenta uma descrição da base cartográfica e três
camadas do SISAP. Elas foram selecionadas de modo a representar as várias
dimensões do Sistema, quais sejam: a Agenda 21, a gestão hidrológica e a
redução da pobreza.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
BASE CARTOGRÁFICA AUTOMATIZADA - CA
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
3. AS BASES DE DADOS
3.1 BASE CARTOGRÁFICA AUTOMATIZADA – CA
A base CA registra as informações cartográficas sobre os locais e espaços
sociais onde a Agenda 21 está sendo implementada. A base cartográfica
dispõe também de dados vetoriais referentes aos recursos hidrológicos e
ambientais. Os elementos cartográficos presentes constituem-se, basicamente,
de pontos, linhas e polígonos. Em abril de 2001, a base possuía 3.624 objetos.
A base dispõe ainda de 30 imagens (fotos convencionais e fotos de satélite) de
interesse do projeto.
A Tabela 2 apresenta uma amostra de temas, topologias, definição e referência
dos dados contidos na base Cartográfica Automatizada, em junho de 2001.
TABELA 2 EXEMPLOS DE TEMA, NOME, TIPO DE ENTIDADE, DEFINIÇÃO,
FONTE E DATA DE ATUALIZAÇÃO DOS DADOS DA BASE CARTOGRÁFICA DO
PROJETO PIRAPAMA (JUNHO DE 2001)
TEMA NOME FÍSICO
TIPO DE ENTIDADE DEFINIÇÃO FONTE DATA DE
ATUALIZAÇÃO Assentamento assentam ponto Locais de assentamento na
Bacia do Rio Pirapama INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e FUNTEPE
1999
Comércio comerc ponto Locais de comércio na Bacia do Rio Pirapama
Cadastro Empresarial do Município do Cabo de Santo Agostinho/ SEBRAE-PE
1995
Bacia bacia polígono Limites da Bacia do Rio Pirapama
Mapa 4.2., Cartas da SUDENE – Esc. 1:25.000
1999
Setores setores polígono Limites dos setores censitários contidos, parcial ou completamente, na poligonal da Bacia do Rio Pirapama
Mapas da FIDEM e levantamento da UTIN-GEO/CPRH
1996
Malha de coordenadas
malha.dxf linha Malha de coordenadas geográficas da Bacia do Rio Pirapama
Mapa 3.1, Cartas da SUDENE – Esc. 1:25.000
1999
Texto da malha de coordenadas
malha.dxf notação Texto da malha de coordenadas geográficas da Bacia do Rio Pirapama
Mapa 3.1, Cartas da SUDENE – Esc. 1:25.000
1999
Rios principais riosprin linha (arc) Rios principais da Bacia do Rio Pirapama.
Mapa 3.1, Cartas da SUDENE – Esc. 1:25.000
1999
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
BASE CARTOGRÁFICA AUTOMATIZADA - CA
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
3.1.2 Códigos
As divisões espaciais adotadas nas diversas bases de dados acompanham a
seguinte hierarquia: Unidade de Planejamento de Recursos Hídricos, Bacia,
Município, Setor Censitário e Localidade. Excetuando-se esta última, todas as
demais divisões compreendem malhas de polígonos. A localidade compreende
em geral um ponto em coordenadas UTM, e designada por um símbolo. As
Localidades podem ser classificadas enquanto: engenho, sítio, vila, bairro,
fábrica, etc. Excepcionalmente, uma localidade de grande adensamento
populacional pode abranger mais de um setor censitário. Neste caso, a menor
unidade geográfica passa a ser o setor censitário.
A ligação das bases de dados será feita através das variáveis chaves que estão
presentes em todas as bases de dados do SISAP, quais sejam:
1) Coordenadas geográficas
2) Código do município
3) Códigos dos setores censitários de 1996 e 2000
4) Código da localidade.
Os códigos dos municípios e dos setores censitários são os mesmos utilizados
pelo IBGE. O código da localidade foi indicado pelo Projeto Pirapama.
Para efeito de comparação futura com regiões de outras bacias hidrográficas, o
Sistema ainda contém o Código da Unidade de Planejamento de Recursos
Hídricos e o Código da bacia. Estes códigos correspondem aos utilizados pela
Secretaria de Recursos Hídricos - SRH. O Quadro 1 indica o método utilizado
na construção do código da localidade de Arariba de Baixo.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE LOCALIDADES DA BACIA - LOC
QUADRO 1 CÓDIGO, DEFINIÇÃO E ORIGEM DA CODIFICAÇÃO APLICADA EM
1996 A LOCALIDADE ARARIBA DE BAIXO: GL2-PIRAPAMA-260290-111-111
CÓDIGO DEFINIÇÃO ORIGEM
GL2 Código da Unidade de Planejamento de Recursos Hídricos Secretaria de Recursos Hídricos
Pirapama Bacia do Pirapama Secretaria de Recursos Hídricos
260290 Código do Município de Cabo de Santo Agostinho IBGE 111 Código do Setor Censitário IBGE 111 Código da localidade. Projeto Pirapama
3.2 CAMADA DE DADOS DE LOCALIDADES DA BACIA - LOC
Esta Camada contém as informações referentes aos equipamentos e
indicadores de saúde e de educação das localidades situadas na área do
projeto. As informações sobre saúde e educação são coletadas junto às
administrações municipais.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
As informações referentes a variável “Grupo(s) social(is) presente(s)” são
detalhadas na Camada de Dados de Interessados Primários – Pri (Seção 3.6).
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE LOCALIDADES DA BACIA - LOC
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O processo de identificação dos grupos sociais presentes e a atribuição de
peso se dão com base na consulta as organizações de base e a própria
comunidade. Diferentes informantes são ouvidos e suas informações cruzadas,
buscando-se captar as perspectivas de diferentes grupos: mulheres e homens,
mais ricos e mais pobres, líderes comunitários e moradores simples, etc.
Outros dados socioeconômicos poderão ser incluídos. Contudo, os principais
obstáculos para o crescimento desta camada de dados devem-se a
heterogeneidade dos municípios quanto à cobertura, completude e
confiabilidade de suas bases de dados. Problemas referentes à compatibilidade
geográfica das bases de dados municipais com as do SISAP também podem
dificultar o uso dessas bases.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DA AGENDA 21 – A21
3.3. CAMADA DE DADOS DA AGENDA 21 - A21
3.3.1 Composição
A base dados A21 consolida as informações do Plano de Desenvolvimento
Sustentável/ Agenda 21 da Bacia do Pirapama, e acrescenta as informações
necessárias ao monitoramento de sua implementação. Está organizada
hierarquicamente, seguindo a lógica da própria Agenda 21, com os seguintes
níveis: Estratégia, Programa, Projeto e Sub-Projeto/Projeto Piloto. As
informações são colocadas no nível de maior detalhamento (Sub-Projeto/Projeto
Piloto), sendo progressivamente agregadas nos níveis superiores. Assim, o
número pessoas que estão sendo beneficiadas por determinado Programa será
obtido a partir da soma das pessoas atingidas pelos Sub-Projetos/Projetos Piloto
de todos os Projetos que compõem o Programa em questão.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DA AGENDA 21 – A21
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
As variáveis presentes são as seguintes:
• Códigos: da estratégia, do programa, do projeto e do sub-projeto/projeto
piloto;
• Nomes: da estratégia, do programa, do projeto e do sub-projeto/projeto
piloto;
• Objetivos: da estratégia, do programa, do projeto;
• Recursos aplicados: na estratégia, no programa, no projeto e no sub-
projeto/projeto piloto;
• Beneficiários (Mulheres, Homens e Total): da estratégia, do programa, do
projeto e do sub-projeto/projeto piloto;
• Número de programas básicos contidos na estratégia;
• Número de projetos contidos em um programa;
• Variáveis exclusivas de projeto:
− Ano de referência
− Justificativa do objetivo
− Medidas e ações necessárias para a consecução do objetivo
− Meios de implementação de medidas e ações necessárias para a
consecução do objetivo
− Ações existentes relacionadas às medidas e ações necessárias para
a consecução do objetivo.
• Variáveis exclusivas de sub-projeto/projeto piloto:
− Projeto piloto (sim/não)
− Órgão executor
− Objetivos e metas
− Data de início
− Duração prevista (meses)
− Estágio atual de implementação (não iniciado, em execução,
executado ou interrompido)
− Resultados alcançados relativos aos objetivos e metas (pleno, parcial
e nulo)
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DA AGENDA 21 – A21
− Observações
− Orçamento
− Fonte de recursos
− Grupo social afetado
− Tipo de impacto sobre o grupo social (positivo/negativo)
− Justificativa do tipo de impacto sofrido pelo grupo social
− Outras organizações envolvidas
− Tipo de participação de outras organizações envolvidas
− Mapas e Fotos.
A re-alimentação da Base de Dados da Agenda 21 é necessária ao
monitoramento da implementação da Agenda 21. Dessa forma, relatórios
periódicos poderão ser gerados e apresentados ao COBH - Pirapama,
indicando o nível de implantação dos projetos, grau de investimento em cada
Programa ou o impacto na comunidade da implementação das Estratégias da
Agenda 21.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS HIDROLÓGICOS - HID
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
3.3.2 Códigos
O Código do Sub-Projeto/Projeto Piloto acompanha a estrutura da Agenda 21.
Assim, o Projeto Marisqueira Cidadã, por exemplo, possui o código 1.1.6.1, que
o identifica como o primeiro projeto piloto do Projeto 1.1.6 (Desenvolvimento e
Implementação das Atividades Econômicas Exercidas pelas Mulheres), este
por sua vez faz parte do Programa 1 (Dinamização das Atividades
Econômicas) da Estratégia 1 (Melhoria da Qualidade de Vida).
3.4 CAMADA DE DADOS HIDROLÓGICOS - HID
A base Hid registra informações hidrológicas de duas naturezas: aquelas
geradas de campanhas hidrométricas para estudo do escoamento e
informações resultantes de campanhas de monitoramento da qualidade da
água. Os dados primários de campo foram tratados e sintetizados em
indicadores chave, capazes de representar tanto aspectos quantitativos, quanto
qualitativos da água na bacia do Pirapama.
Dentre as utilizações da base de dados, pretendem-se que as informações
hidrológicas constituam indicadores representativos das disponibilidades
hídricas e da qualidade da água. O Sistema permitirá a identificação de
conflitos de uso, focos de poluição e aspectos socioambientais.
3.4.1 Informações Hidrométricas
Constituem-se de registros de níveis de água e medições de descargas
líquidas feitas em três estações localizadas no rio Pirapama: Cachoeira
Tapada; Laísa e Pirapama. Estas têm colhido os dados hidrométricos primários
desde outubro de 1998. A partir de janeiro de 2000, mais três estações
hidrométricas foram instaladas na bacia do Pirapama: Destilaria JB e Ponte
PE-35 no rio Pirapama e Bom Jesus no rio Gurjaú.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS HIDROLÓGICOS - HID
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
Os dados primários de campo são previamente transformados em séries de
descargas médias diárias, antes de entrarem no SISAP. A determinação das
séries de vazões médias diárias é feita preliminarmente pela Companhia
Pernambucana de Saneamento - COMPESA com base em séries de níveis de
água observados nas estações hidrométricas e em "relações cota-descarga"
obtidas a partir de medições de vazão realizadas nas respectivas estações.
A COMPESA é responsável, tanto pela fiscalização e manutenção dos
aparelhos registradores de níveis de água das estações hidrométricas, quanto
pela coleta e análise dos dados. Enquanto que as medições de vazão e leituras
de níveis de água estão sob a responsabilidade da Companhia de Produção
Mineral - CPRM empresa a serviço da Agência Nacional de Energia Elétrica -
ANEEL. A síntese dessas informações está a cargo da COMPESA, enquanto
que a supervisão e a alimentação desses dados no SISAP é atribuição da
CPRH.
As variáveis disponibilizadas para o público são:
• Dados de medição de vazão
• Cota média diária
• Relação cota-descarga
• Séries cronológicas de vazão
• Hidrogramas de dados diários
• Cálculo das freqüências estatísticas de vazões igualadas ou excedidas em
5% (representando valores máximos), em 50% do tempo (representando
medida de tendência central) e em 95% (representando valores mínimos)
• Tabelas e gráficos isolados por estação hidrométrica com intervalo de
dados solicitados pelo usuário e mapas das referidas estações
hidrométricas.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS HIDROLÓGICOS - HID
3.4.2 Dados de Qualidade da Água
As informações referentes à qualidade da água provêm de coletas sistemáticas
realizadas pela CPRH com freqüência mensal em 5 localidades na bacia do
Pirapama e de campanha especial realizada pela COMPESA e CPRH com
freqüência de duas vezes por semana em três pontos no rio Pirapama
denominados Cacho1, Laísa e Matapagipe.
As informações de qualidade da água estão sintetizadas em termos de
parâmetros classicamente adotados tais como OD, DBO, pH, temperatura,
coliformes fecais, Amônia e etc. Referidos a padrões de qualidade previamente
definidos conforme as funções e objetivos de uso dos mananciais.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE RECURSOS NATURAIS - RN
3.5 BANCO DE DADOS DE RECURSOS NATURAIS - RN
Este banco registra informações qualitativas e quantitativas referentes aos
ecossistemas remanescentes de mata atlântica e manguezais, localizados na
área de abrangência do Projeto Pirapama. Contém informações referentes as
dez áreas de mata, declaradas “reservas ecológicas” segundo a Lei estadual
no. 7.990/87: Bom Jardim, Camaçari, Caraúna, Gurjaú, Contraçude, Cumaru,
Duas Lagoas, Serra do Cotovelo, Uruçu e Zumbi. Contém ainda informações
sobre os manguezais do estuário Pirapama – Jaboatão, protegidos pela Lei
estadual no. 8990/86. As informações se referem às condições das áreas
protegidas ao ano de 1995, quando foi realizada a última avaliação pela
Fundação de Desenvolvimento Municipal - FIDEM. O Sistema deverá
incorporar novos levantamentos que deverão englobar verificações qualitativas
e quantitativas do estado de conservação da vegetação e dos fatores
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
responsáveis por sua degradação.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE RECURSOS NATURAIS - RN
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
Exemplos de variáveis contidas nesta camada de dados:
• “Ecossistema” comporta três categorias não excludentes, quais sejam:
mata, mangue e restinga. Esta condição ocorre em decorrência da
possibilidade de uma mesma área conter mais de um ecossistema. As
áreas são dimensionadas e classificadas de acordo com sua condição
de degradação ou recuperação. Em se tratando de uma área em estado
de degradação, as categorias aplicáveis aos três ecossistemas são:
degradado ou suprimido. Esta última refere-se a um grau extremado de
degradação. Em se tratando de recuperação, têm-se para mangue e
restinga as categorias: inicial e avançado. Já para mata, têm-se: inicial,
médio e avançado.
• “Condição fundiária” comporta quatro categorias: público, privado,
combinado e desconhecido.
• “Proprietário” admite a inclusão de vários nomes, se for o caso.
• “Ações existentes em 1999” refere-se as ações de recuperação
ambiental que existiam na área da bacia antes do início do Projeto
Pirapama.
• “Projetos da agenda 21 do Pirapama” indica quais projetos e em que
situações se encontram os projetos na bacia. Esta última variável
comporta as seguintes categorias: em andamento e programado.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
3.6 CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
A base de dados Pri registra as informações sobre os grupos que são
beneficiados ou prejudicados pela implementação dos projetos da Agenda 21:
interessados primários. Subsidia o monitoramento do impacto social da
implementação da Agenda 21, com ênfase nas variáveis necessárias ao estudo
da qualidade de vida dos grupos sociais prioritários. Subsidia as análises da
representação dos grupos sociais no COBH e demais fóruns de interesse. Auxilia
as iniciativas de capacitação de OCB’s e de representantes dos grupos.
A seguir algumas variáveis presentes nesta camada de dados:
• Denominação do grupo social (“marisqueiras”, “empresas de mineração”, etc.)
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
• Organização que o representa junto ao Comitê de Bacia
• Organizações que representam seus interesses
• Interesses do grupo social, relativos a Agenda 21
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
• Projetos da Agenda 21 que podem ter impacto associado a cada interesse
• Tipo de impacto (positivo ou negativo)
• Localidades da Bacia onde o grupo tem presença significativa
• Classificação de prioridade social quanto ao nível de pobreza/vulnerabilidade
social do grupo (grupos mais vulneráveis, outros grupos pobres/marginalizados
e grupos não pobres)
• Mapas e Fotos.
A classificação da variável “Denominação do grupo social” baseia-se na
listagem revisada da Análise de Interessados da Agenda 21. A revisão é executada
com o apoio de consultas aos representantes dos interessados primários no COBH
e as próprias comunidades. A classificação desta variável é consistente em todas
as camadas do SISAP em que a variável está presente.
Os indivíduos podem participar de mais de um grupo social. Por exemplo, uma
única mulher pode ser ao mesmo tempo “marisqueira”, “moradora de bairro
periurbano” e “membro de grupo cultural”, e assim pode ter interesses que são
relevantes tanto para ações de proteção do mangue como para projetos de
saneamento básico como para iniciativas de educação ambiental que buscam a
participação de grupos culturais locais.
Os grupos sociais incluídos nesta camada de dados são aqueles interessados
nos projetos da Agenda 21, como por exemplo: marisqueiras, trabalhadores rurais
assentados, moradores de bairros periurbanos, catadores de lixo, comerciantes
urbanos informais, agricultores irrigantes, criadores de camarão, veranistas,
madeireiras, especuladores imobiliários, fornecedores de cana, empresas de
mineração e usineiros. Grupos interessados no objetivo geral da Agenda 21, i.e.,
o desenvolvimento sustentável da bacia do Pirapama, mas que não são
contemplados por nenhum dos projetos do PDS estão também incluídos nesta
base de dados. Compreende este último grupo: trabalhadores rurais sem terra,
crianças de rua ou pessoas idosas.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
A variável “Grau de pobreza/vulnerabilidade” serve para identificar os grupos
prioritários. Os critérios aprovados pelo COBH para a definição de projetos
piloto da Agenda 21 especificam que os projetos devem beneficiar (1)
comunidades mais pobres e (2) grupos sociais mais pobres/vulneráveis dentro
destas.
A classificação e codificação da variável segue a utilizada pela Análise de
Interessados da Agenda 21: grupos mais vulneráveis = 1, outros grupos
pobres/marginalizados = 2 e grupos não pobres = 3.
A variável “Interesses” é preenchida a partir dos dados da Análise de
Interessados. No entanto, essas informações são, rotineiramente, confrontadas
com a opinião dos representantes dos interessados primários no COBH e das
próprias comunidades. As opiniões de diferentes grupos de uma mesma
comunidade são consideradas. Os interesses são re-classificados na medida
em que a implementação da Agenda 21 vai revelando os interesses de outros
grupos no interior da comunidade.
Um grupo social pode ter interesses diferentes e um projeto da Agenda 21. A
implementação de alguns itens pode ter um impacto positivo para o grupo,
enquanto que a implantação de outros pode produzir o efeito inverso. Por
exemplo, os catadores de lixo podem ser beneficiados por projetos de apoio à
formação de cooperativas, e ao mesmo tempo prejudicados por outros projetos
de manejo de resíduos sólidos que restringem seu acesso ao material
reciclável. E ainda um projeto pode favorecer um interesse de determinado
grupo, enquanto prejudica outro interesse do mesmo grupo a cobrança de água
afeta positivamente o interesse das empresas em assegurar o abastecimento
adequado, enquanto afeta negativamente seu interesse em reduzir os custos
de produção.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS SECUNDÁRIOS - SEC
3.7 CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS SECUNDÁRIOS - SEC
3.7.1 Conteúdo
A base de dados Sec registra informações sobre as organizações que
participam da implementação da Agenda 21 e/ou cuja área de atuação está
relacionada com os objetivos desta. Estas organizações são consideradas
como “interessados secundários” na Agenda 21. Esta camada de dados
contém informações referentes à Análise de Interessados do PDS, podendo
subsidiar a identificação de parcerias para sua implementação.
Algumas variáveis presentes nesta camada de dados:
“Grupo social que representa” distingue-se da variável “Grupo(s) social(is)
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
com os quais trabalha”, porque a primeira situação pressupõe a representação
legal de determinado grupo. Por exemplo: a FIEPE é uma organização da
sociedade civil (sindicato patronal) que representa as indústrias, enquanto o
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
SEBRAE é um órgão do setor público que trabalha com as microempresas; a
Associação das Mulheres de Escada é uma OCB que representa as mulheres
do município de Escada, enquanto o Centro das Mulheres do Cabo é uma
ONG que trabalha com as mulheres do município de Cabo de Santo Agostinho.
“Abrangência desta representação” indica a área geográfica de determinado
grupo social que a organização pretende representar. Por exemplo, a
Associação Terra, Trabalho e Liberdade pretende representar a categoria
“trabalhadores rurais assentados” apenas na localidade Assentamento Arariba
de Baixo; já a Colônia de Pescadores Z-8 busca representar as categorias
“marisqueiras”, “pescadores de rio e mangue” e “pescadores de mar aberto”
nos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes.
“Grau de organização” e “Grau de comprometimento com a questão
ambiental” contém uma escala de valores discretos referentes ao gradiente de
envolvimento das organizações com os temas relativos as variáveis, quais
sejam:
Ausente 1
Pequeno 2
Médio 3
Grande 4
A metodologia para categorização das organizações quanto às últimas
variáveis é a seguinte: 5 técnicos do projeto que conhecem as atividades da
organização a classificam quanto as duas variáveis em questão. A moda obtida
vigora enquanto valor de referência para classificação da organização.
Os valores referentes “Valor do patrimônio” são agrupados nos seguintes
intervalos de classe.
• Menos de R$5.000
• Entre R$5.000 e R$20.000
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA – SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS - DEM
• Entre R$20.000 e R$100.000
• Entre R$100.000 e R$1.000.000
• Acima de R$1.000.000
3.8 CAMADA DE DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS - DEM
A camada de dados Dem contém informações demográficas e
socioeconômicas das populações residentes no interior da Bacia. O nível
mínimo de agregação espacial é relativo ao setor censitário. O SISAP contém
simultaneamente duas codificações para os setores censitários, quais sejam: a
referente à Contagem Populacional de 1996 e a do Censo Populacional de
2000. As informações referentes ao Censo Populacional de 2000 serão
lançadas nesta base de dados assim que disponibilizadas pelo IBGE.
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
AS BASES DE DADOS 3
CAMADA DE DADOS DE INTERESSADOS PRIMÁRIOS - PRI
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
CONSIDERAÇÕES FINAIS 4
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que o SISAP seja útil ao planejamento, ao acompanhamento e à
avaliação da implementação da Agenda 21 da Bacia do Pirapama, ele terá de
ser ao mesmo tempo completo e atualizado. Isto significa que todas as
informações geográficas, hidrográficas, sociais e organizacionais já coletadas
pelo Projeto Pirapama devem ser incorporadas ao SISAP, e também que se
deve estabelecer rotinas de alimentação regular dos Bancos de Dados com
informações novas coletadas no decorrer das atividades. Isto fará com que o
conhecimento acumulado pelo Projeto seja colocado à disposição dos atores
sociais da bacia do Pirapama (COBH, prefeituras, órgãos estaduais, grupos da
sociedade civil, etc.) de forma sistemática.
O SISAP deve evoluir ao longo do tempo para melhor atender às necessidades
dos atores sociais da bacia. A quantidade e qualidade dos dados nele
armazenados também devem evoluir: mais dados socioeconômicos se tornarão
disponíveis a partir do Censo 2000 e poderão ser incluídos no Banco de Dados
de Localidades, etc.
Modificações técnicas serão necessárias para assegurar a integração do
SISAP com os demais sistemas de informações da CPRH e de outros órgãos
relevantes.
No entanto, não se deve esperar que o sistema evolua ou passe por todos os
ajustes técnicos antes de se começar a utilizá-lo. Não é possível que um
sistema desse tipo alcance a perfeição, mas ele sempre poderá ser
aperfeiçoado e a melhor forma de aperfeiçoá-lo é através da experiência de
sua utilização.
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PROJETO PIRAPAMA: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS DA BACIA DO PIRAPAMA - SISAP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5
PUBLICAÇÕES CPRH/DFID
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CPRH/DFID. Recife - PE, 1999.
GAMA, Ana Maria. Coord. Agenda 21: Bacia do Pirapama/Plano de Desenvolvimento
Sustentável. CPRH/DFID – Recife - PE, 1999.
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Oxford University Press, 1999.
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IBGE (2001) Censo demográfico 1991. <http: www.sidra.ibge.gov.br/bda/acervo/>.
Acessado em 5 de janeiro de 2001.
IBGE (2001) Contagem populacional 1996. <http: www.sidra.ibge.gov.br/bda/acervo/>.
Acessado em 5 de janeiro de 2001.
IBGE (2001) Censo demográfico 2000. <http: www.sidra.ibge.gov.br/bda/acervo/>.
Acessado em 6 de fevereiro de 2001.
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PAES-SOUSA, R.,2000. Socio-Economic And Environmental Differentials, And
Mortality In A Developing Urban Area (Belo Horizonte-Brazil). PhD Thesis, Londres:
London School of Hygiene and Tropical Medicine, University of London.
SFEZ, Lucien: Internet et la domination des esprits. In: Le Monde diplomatique: Penser le
XXI e siècle; Manière de voir, 52, Juillet-Août 2000, pp50-54.
SHANKLAND, A. e PAES-SOUSA, R (2001) Poverty profile of the river basin of
Pernambuco state, Brazil: summary report. Londres: ERM/CPRH/DFID
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