a multidão e jesus

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Spiritual

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A MULTIDÃO E

JESUS

RODEADO PELO POVO

• Ao saber que João Batista fora preso, Jesus

deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum à

beira do lago de Genesaré, talvez residindo

em casa de Pedro.

• Reuniu seus discípulos e começou a percorrer

a Galiléia, pregando, afastando espíritos

obsessores, fazendo curas.

• Sua fama se espalhou e de toda parte vinha

gente procurá-lo (não só da Galiléia, como

de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de

além Jordão) e muitos o seguiam.

• A partir de então, Jesus sempre estará

cercado por multidões que o procuram com

insistência, como vemos nestas passagens:

• -quando voltou a Cafarnaum e ficaram

sabendo que ele estava na cidade, juntou

tanta gente na casa que não cabiam nemjunto à porta (Mc. 2 v.l);

• -dirigindo-se noutra vez à casa, aí afluiu de

novo tanta gente que Jesus e os discípulos

nem podiam tomar alimento (Mc. 3

v.20.21);

• -à beira do lago, pediu aos discípulos para

terem sempre pronto um barquinho, paraque a multidão não o comprimisse,

porque todos que padeciam de algum mal searrojavam a ele, para o tocar (Mc. 3

v.9.10);

• -"E, levantando-se de manhã muitocedo, fazendo ainda escuro, saiu e foi para

um lugar deserto e ali orava. E seguiram-no

Simão e os que com ele estavam. E,

achando-o, lhe disseram: Todos teprocuram (Mc. lv. 35/37);

• “... seus discípulos se aproximaram dele e lhe

disseram”: O lugar é deserto, e o dia jáestá muito adiantado, despede-os (Mc.

6.v. 35/36).

• A qualquer hora, pois, e em qualquer lugar,

a multidão rodeava Jesus, não lhe deixando,

às vezes, tempo nem condições para

meditação, repouso ou alimentação.

COMO SE SENTIA JESUS

• Narra Mateus (9 v. 36) que Jesus "Vendo a

multidão, teve grande compaixão deles,

porque andavam desgarrados e errantes

como ovelhas que não têm pastor".

• Narra, também, que certa ocasião Jesus

exclamou: "Ó geração incrédula e perversa!

Até quando estarei convosco? Até quando

vos sofrerei ainda?" (Mt. 17 v. 17).

• Jesus, pois, tinha compaixão do povo (pela

desorientação espiritual em que se

encontrava) e sofria pela incredulidade e

maldade com que agiam.

• Era para ajudá-los a sair da incredulidade

e ignorância espiritual que Jesus dizia

certas coisas e produzia fenômenos, como

vemos nas seguintes passagens:

E O QUE FAZIA?

• -em oração a Deus: "Eu bem sei que sempreme ouves, mas eu disse isto por causa damultidão que está em redor, para que creiamque tu me enviaste" (Jo. 11 vs. 42);

• -quando uma voz do céu lhe responde,

esclarece ao povo: "Não veio esta voz por

amor de mim, mas por amor de vós" (Jo. 12

vs. 30);

• -"vendo que a multidão afluía, repreendeu o

espírito imundo", o qual se afastou (Mc. 9

vs. 25/26);

• -"para que saibais que o filho do Homem

tem sobre a terra autoridade", curou o

paralítico (Mc. 2 vs. 10).

COMO O POVO SE SENTIA ANTE

JESUS E O QUE FAZIA

• A multidão ficava "impressionada de sua

doutrina" (Mt. 7 vs. 28) e" se alegrava por

todas as coisas gloriosas que eram feitas por

ele" (Lc. 13 v. 17).

• Recebiam-no com alegria (Lc. 8 vs. 40) e

com demonstrações de apreço. Era

convidado para banquetes, onde aproveitava

para ministrar ensinos. (Lc. 5 vs. 27/32, 14

vs. 1/24).

• Várias vezes foi ungido com perfumes e

bálsamos por mulheres do povo (Mt. 26 vs.

6/13, Lc.7 vs. 36/50).

• Alguns cooperavam com ele, atéfinanceiramente como Joana, mulher deCusa, procurador de Herodes, e Suzana, emuitas outras que o serviam com seushaveres (Lc. 8 vs. 1/3).

• Mas se o procuravam reter, ele esclarecia:

"Também é necessário que eu anuncie a

outras cidades o evangelho do reino de Deus,

porque para isso fui enviado" (Lc. 4 vs.

42/45).

• Foi rejeitado em Nazaré, terra de sua

infância e mocidade (Mt. 13 vs. 54/58) e

na Samaria, onde, por preconceito tribal,

alguns samaritanos não o quiseram

hospedar (Lc. 9 vs. 52/53).

NEM TODOS O ACEITAVAM

• Em Gadara (ou Gerasa), libertou um

homem da "legião" de espíritos que o

obsidiava terrivelmente e os gadarenos

"começaram a rogar-lhe que saísse da terra

deles", porque sentiam "grande medo". De

quê? Da ação espiritual de Jesus? De

perderem mais rebanhos de suínos? (Mc. 5

vs. 17).

AS OPINIÕES SOBRE ELE SE DIVIDIAM:

• "Não é este o filho de Davi?", perguntavam

alguns, quando Jesus curou obsediado que

passou a ver e falar. Mas os fariseus

contestaram: "Ele não expulsa os demônios

senão por Belzebu, príncipe dos demônios"

(Mt. 12 vs. 23/24).

• -"Ele é bom", diziam alguns. Outros

redarguiam: "Não, antes engana o povo."(Jo. 7 vs. 12/13).

• E havia muitas suposições sobre quem Jesus

de fato seria. Achavam uns que era João

Batista de volta, ou Elias, ou, ainda, um

dos antigos profetas ressurgido. Dúvida

que ficou dirimida com a afirmação

mediúnica de Pedro: "Tu és o Cristo, o

Filho do Deus Vivo"(Lc.9 vs. 18/20).

• Os adversários (sacerdotes, escribas, anciãos

do povo, etc.) continuavam a achar que ele

era (Jo. vs. 18, Mt. 11 v. 19):

• -violador da lei de Moisés (trabalhava no

sábado);

• -blasfemo (dizia ser Deus seu Pai; o que, na

opinião deles, era querer se fazer igual a

Deus);

• -glutão e bebedor de vinho, amigo de

publicanos e pecadores.

• E queriam apanhá-lo em falta. Por isso, ao

curar pessoas, Jesus ordenava "que não o

descobrissem". Mas nem sempre as pessoas

mantinham discrição e os fatos divulgados

mais expunham Jesus aos seus adversários.

A INCONSTÂNCIA DA MULTIDÃO

• Narra João que havia uns judeus que

pareciam aceitar Jesus mas Jesus "não

confiava neles, porque a todos conhecia. E

não necessitava de que alguém testificasse do

homem, porque ele bem sabia o que havia no

homem" (2 vs. 23/25).

• E que, ante a multiplicação dos pães e peixes, a

multidão quis proclamar rei a Jesus mas o Mestre

se retirou deles. Quando o alcançaram depois, na

outra margem do lago, Jesus disse: "...me buscais,

não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do

Pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que

perece mas pela que permanece para a vida eterna"

(6 vs. 22/27).

• Provam essas passagens que Jesus nunca se

iludiu com a multidão e, de fato, ela

demonstraria sua inconstância no

posicionamento em relação ao Mestre:

• -na última páscoa, ao entrar em Jerusalém,

uma multidão o aplaudia (Mt. 21 vs.

8/11);

• -mas também a uma multidão Jesus perguntaria

no Horto: "Saístes, como para um salteador, com

espadas e varapaus, para me prender? Todos os

dias me assentava junto de vós, ensinando no

Templo, e não me prendestes" (Mt. 26 v. 55);

• - e uma multidão se deixou persuadir pelos

sacerdotes a libertar Barrabás e pedir a

crucificação de Jesus, de modo que quando Pilatos

se declarou inocente da morte de Jesus, o povotodo respondeu: "O seu sangue caia sobrenós e sobre nossos filhos" (Mt. 27 v. 25).

• -Mas a dedicação de Jesus pela humanidade não

se arrefeceu. Caminhando para o Gólgota, sob o

peso da cruz, seguido por grande multidão de povo

e de mulheres as quais batiam no peito, e o

lamentavam, Jesus ainda alertou e aconselhou

espiritualmente: "Filhas de Jerusalém, não choreis

por mim; chorai antes por vós mesmas e por vossos

filhos. Porque se ao madeiro verde fazem isto, que

se fará ao seco?" (Lc. 23 v. 26/32).

• -E quando ressurgiu, foi para servir ainda

à humanidade, recomendando aos seus

apóstolos: "Ide por todo o mundo, pregai o

Evangelho a toda a criatura" (Mc. 16 v.

15).

A MULTIDÃO E NÓS

• A multidão, ainda hoje, continua

procurando o Cristo:

• -ávida de fenômenos, curiosa de seus

ensinos;

• -querendo usá-lo para solução imediatista

dos seus problemas;

• -aplaudindo se as coisas vão bem, apupando

se vão mal.

• Mas Jesus avisou: "Quem não tomar a sua

cruz e não me seguir não pode ser meu

discípulo".

• Porque o discípulo tem de dar continuidade

ao ideal do Cristo na Terra. Jesus diz ao

Pai, em oração: "Assim como tu me enviaste

ao mundo, também eu os enviei ao mundo".

Por isso Paulo diz que somos "cartas vivas"

do Cristo.

• Se, esclarecidos pelo Espiritismo, quisermos

ser um verdadeiro seguidor de Jesus

tenhamos compaixão da multidão e

ajudemo-la, mesmo que a ignorância e a

incredulidade das pessoas acaso nos façam

sofrer.

• Porque somente através do amor ao próximo

podemos alcançar nosso progresso e redenção

espiritual.

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