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JORNADA INTERDISCIPLINAR DO PPGCOM/UFT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE
Palmas, TO, 8 a 11 de novembro de 2016
A educação musical como estratégia didática para construção e desenvolvimento
social e individual de crianças e adolescentes 1
Romário Milhomem da CRUZ2
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Resumo
A presente pesquisa foi elaborada objetivando uma análise de como a educação musical,
inserida no currículo escolar, pode ser utilizada como estratégia didática para facilitar a
construção social e individual de crianças e adolescentes, propiciando habilidades como a
criatividade e o raciocínio lógico, facilitando assim o processo de ensino aprendizado
desses educandos. Este estudo, é o resultado de uma pesquisa realizada em parceria com a
Associação Sul Maranhense de Música – ASMU e profissionais de educação de municípios
da região de Imperatriz, a qual utilizou-se de um questionário para o levantamento de
dados. A pesquisa traz dados positivos e favoráveis a educação musical, justificando a sua
inserção no currículo escolar, e sua influência no desenvolvimento de características
socioculturais dos alunos. Assim, a música apresenta-se como um instrumento facilitador
do processo de ensino e aprendizado, que pode ser utilizado como propulsor de melhores
índices da educação brasileira.
Palavras-Chave: Educação. Música. Aprendizagem. Sociocultural.
Abstract
This research was developed with objective analysis of how music education, included in
the school curriculum can be used as a teaching strategy to facilitate the social and
individual construction of children and adolescents, providing skills like creativity and
logical thinking, thus facilitating the process of teaching learning of these students. This
study is the result of a survey conducted in partnership with the Southern Association
Maranhense Music - AsMu and municipalities education professionals Empress region,
which was used a questionnaire to survey data. The research brings positive data and
favorable music education, justifying its inclusion in the school curriculum, and its
influence on the development of socio-cultural characteristics of students. So, music is
presented as a facilitator of the teaching and learning process, which can be used as
propellant best indexes of Brazilian education.
Key-words: Education. Music. Learning. Sociocultural.
1 Trabalho apresentado ao GT 3 – Comunicação, Cultura e Território, da I Jornada Interdisciplinar do PPGCom/UFT. 2 Aluno do Curso de Especialização em Educação, Pobreza e Desigualdade Social da Universidade Federal do Tocantins - UFT. E-mail: romariocruz-adm@outlook.com.
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Palmas, TO, 8 a 11 de novembro de 2016
Resumen
Esta investigación se desarrolló con el objetivo de un análisis de cómo la educación
musical, incluido en el plan de estudios de la escuela puede ser utilizado como una
estrategia de enseñanza para facilitar la construcción social y los niños y adolescentes
individuales, proporcionando habilidades como la creatividad y el pensamiento lógico, lo
que facilita proceso de enseñanza aprendizaje de estos estudiantes. Este estudio es el
resultado de una encuesta realizada en colaboración con la Asociación del Sur Maranhense
Música - ASMU y municipios profesionales de la educación emperatriz región, que se
utilizó un cuestionario de datos de la encuesta. La investigación aporta datos positivos y
favorables educación musical, lo que justifica su inclusión en el plan de estudios de la
escuela, y su influencia en el desarrollo de las características socio-culturales de los
estudiantes. Así, la música se presenta como un facilitador del proceso de enseñanza y
aprendizaje, que puede ser utilizado como mejores índices de propulsor de la educación
brasileña.
Palabras claves: Educación. Música. El aprendizaje. Sociocultural.
Introdução
Buscando compreender como a educação musical, está sendo utilizada como
estratégia didática para construção e desenvolvimento social e individual de crianças e
adolescentes da rede educacional, foi que surgiu a proposta deste trabalho dos autores em
parceria com professores de música e com a Associação Sul Maranhense de Música –
ASMU. Foi realizada uma pesquisa através de formulários eletrônicos com alguns alunos
de projetos musicais da rede pública e privada presentes nas cidades de Davinópolis, João
Lisboa, Imperatriz, Porto Franco, São João do Paraíso e Sítio Novo.
Muitos são os resultados positivos apresentados por pesquisas de diversos outros
autores em relação aos efeitos provocados pela música na construção do intelecto e da
personalidade da humanidade, pois conforme Góes (apud GARCIA; SANTOS, 2012), o
envolvimento da criança com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento.
(GÓES apud GARCIA; SANTOS, 2012).
Não se pode visualizar a música somente como uma ferramenta auxiliadora no
aprendizado de crianças e adolescentes, mas podemos coloca-la como um excelente
instrumento de cidadania, e nessa linha de pensamento, Góes (apud GARCIA; SANTOS,
2012) diz que projetos que envolvem músicas, integração social e esporte, especialmente
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com crianças e adolescentes carentes ou de rua, espalham-se pelo país e são cada vez mais
populares pela sua eficácia.
Na observação de Chiarelli; Barreto (apud GARCIA; SANTOS, 2012), fez a
seguinte colocação sobre a música;
Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam pressões nem
cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança, auxiliando
na desinibição, contribuindo para o envolvimento social, despertando noções de
respeito e consideração pelo outro, e abrindo espaço para outras aprendizagens.
Então como não tem um caráter de cobrança, mas sendo um ambiente de alivio e
relaxamento, a música envolve todos os aspectos necessários à abertura de caminhos
facilitadores do trabalho do educador, garantindo maiores índices de aprendizado e retorno
dos conteúdos apresentados em sala de aula.
Portanto, este trabalho traz como objetivos a compreensão do papel da música como
um instrumento estratégico e facilitador do ensino aprendizado, fortalecendo o
desenvolvimento pessoal, social e cultural desses educandos e aumentando a autoestima e o
rendimento escolar dos mesmos.
1 A Educação Musical no Currículo Escolar
O homem, é um ser que transborda de sentimentos e consegue transferi-lo para o
seu exterior por meio da arte e sensibilidade, e um do meios utilizado desde os primórdios
da civilização para a expressão do sentimento é a música, uma arte de combinar sons. O
homem em qualquer época de sua existência, em qualquer cultura de nossa civilização fez e
faz música (ARTEN; ZANCHETA; LOURO, 2007, p. 18), e ela está presente em todos os
níveis e dimensões da sociedade.
A música tem uma capacidade de direcionar vários aspectos da vida e da razão
humana, que tornou-se uma grande aliada na educação de crianças e adolescentes de todas
as culturas, A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão,
do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de grande meio de integração social
(BRASIL, 1998, p.49). Por isso, é que facilita a aplicabilidade de uma educação
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diferenciada, fomentando à ampliação de aspectos cognitivos e reduzindo a capacidade de
aprendizagem dos educandos.
Como a música pode ser inserida em todos os universos e dimensões da educação,
Silveira e Andrade (2012) afirma ser possível trabalhar todos os eixos educacionais, além
de ser lúdico e prazeroso para as crianças e adolescentes se expressarem através das
canções, das cantigas de roda, das danças, entre outros atos. E sendo um caminho prazeroso
de se trabalhar, adquiri propriedade para justificar a sua inserção no currículo educacional.
Conforme afirmam Weigel (1988) e Barreto (2000) apud Garcia; Santos (2012), a
participação da educação musical no ensino de crianças e adolescentes, pode contribuir de
modo duradouro no desenvolvimento de aspectos cognitivos, linguísticos, psicomotores e
sócio afetivos destes, minimizando os obstáculos que são apresentados na aplicação do
currículo escolar básico.
Mais por que o educador deve utilizar a música na aplicação do currículo escolar?
Porque segundo Silveira e Andrade (2012), ao recorrer a essa ferramenta, o educador tem
uma forma privilegiada de alcançar seus objetivos, podendo explorar e desenvolver
características no aluno. (SILVEIRA e ANDRADE, 2012). O que traz um reforço a
afirmação anteriormente realizada, onde a música tem uma capacidade de reforçar
capacidades de aprendizagem por ser uma matéria prazerosa.
Na análise de Lima (apud GARCIA; SANTOS, 2012), o indivíduo com a educação
musical cresce emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, desenvolve coordenação
motora, acuidade visual e auditiva, bem como memória e atenção, e ainda criatividade e
capacidade de comunicação. Ou seja, a educação musical ultrapassa barreiras invisíveis que
foram estabelecidas entre a escola, comunidade e as políticas públicas, podendo até
contribuir com a formação de pessoas mais críticas, humanas e sociais, formadoras de
opinião.
Quando o professor passa a entender o poder e o efeito que as atividades lúdicas
têm sobre crianças e adolescente, poderá explorar mais desses recursos para a garantia do
sucesso da aprendizagem, e a música como um recurso auditivo pode contribuir com a
proposta de ensino do professor, de maneira interativa com as disciplinas.
(GÓES apud GARCIA; SANTOS, 2012). E essa interatividade vem acompanhada de uma
dinamicidade que prende a atenção e o esforço dos alunos dentro da sala.
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A educação musical já provou em diversos projetos educacionais que tem uma
infinidade de vantagens para a aprendizagem principal na construção cognitiva das crianças
e dos adolescentes. Silveira e Andrade (2013) afirmam que, a linguagem musical deve estar
presente no contexto educativo, envolvendo atividades e situações desafiadoras e
significativas que favoreçam a exploração, a descoberta e a apropriação de conhecimento.
Por oportunizar um universo de sensações e descobertas, a música atrai e envolve as
crianças, serve como motivação, eleva a autoestima, estimula diferentes áreas do cérebro,
aumenta a sensibilidade, a criatividade, à capacidade de concentração e fixação de dados.
(GÓES apud GARCIA; SANTOS, 2012). Então, por que esta ferramenta tão útil para a
formação de cidadãos ainda não está concretamente sendo utilizada dentro das instituições
de ensino?
Muito já se progrediu, recentemente o governo brasileiro lançou dentro do pacote
do programa Mais Educação, fomento para a inserção da pratica musical na sala de aula.
Cada vez mais instituições educacionais estão utilizando a música como eixo norteador do
processo de alfabetização. (SILVEIRA e ANDRADE, 2012). E por que não consorciar a
educação musical com outras disciplinas? Tornando as aulas mais dinâmicas e interativas?
Por que ainda não se propagou a ideia entre os educadores de todas as redes e modalidades,
criando uma ligação multidisciplinar com a música?
Já foi provado que a presença da educação musical contribui com muitos aspectos
da construção humana, Silveira e Andrade (2012) diz que ela auxilia a percepção, estimula
a memória e a inteligência, relacionando-se ainda com habilidades linguísticas e lógico-
matemáticas ao desenvolver procedimentos que ajudam o educando a se reconhecer e a se
orientar melhor no mundo.
Silveira e Andrade (2012), dizem que a música não substitui o restante da educação,
e nem poderia, mas tem função de atingir o ser humano em sua totalidade. Aqui cabe
recordar que o objetivo da educação de crianças e adolescente, é proporcionar o
desenvolvimento do indivíduo em todos os aspectos e dimensões, e a educação musical se
apresenta como uma forte aliada para se alcançar esse objetivo, pois como disse Silveira e
Andrade (2012), nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música
atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia,
atinge a afetividade. (SCAGNOLATO apud GARCIA; SANTOS, 2012), e como resposta,
fomenta pessoas sociáveis e desenvolvidas em plena formação.
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2 O perfil sócio-educacional dos beneficiários da educação musical na região sul
maranhense
Na tentativa de compreender aspectos didáticos e sociais ofertados pela educação
musical ao currículo escolar, é que surgiu a proposta deste trabalho, uma pesquisa realizada
mostra que essa reflexão reforça o que já vem tomando espaço nos círculos de debates
sobre as estratégias educacionais facilitadoras do desenvolvimento cognitivo de crianças e
adolescentes por meio de atividades lúdicas, e o crescimento pessoal através de uma maior
compreensão social e cultural do universo em que o educando está inserido.
A faixa etária dos alunos inseridos nesses projetos foram identificados sendo como
12% dos alunos com idade de 10 anos, 5% com idade de 11 anos, 9% com idade de 12
anos, 11% com idade de 13 anos, 12% com idade de 14 anos, 12% com idade de 15 anos,
13% com idade de 16 anos, 12% com idade de 17 anos, e os outros 14% com idade entre
18 a 20 anos. Observando esses dados, é notório uma regularidade no índice médio de
participação, ou seja, a uma procura igualitária entre crianças e adolescentes, independente
de uma faixa etária especifica.
Fora constatado que há uma democracia de gêneros em relação à procura da prática
de educação musical, onde a participação feminina é de 53,8%, um pouco à frente da
presença masculina que é de 46,2%, conforme o levantamento realizado.
Em relação a escolaridade observou que os alunos do ensino fundamental que
apresentam maior interesse nos projetos de educação musical são aqueles que estão nas
series finais, onde o 9º ano saiu a frente com 24,6% de participação, o 8º ano com 12,3%, o
7º ano com 9,2%, o 6º ano com 3,1% e em último colocando foi o 5º ano com 1,5% de
participação. O Ensino médio também apresentou forte participação com 49,3% de
participação nos projetos e programas de educação musical.
Como a maioria dos projetos implantados surgiram com o fomento realizado pelo
programa Mais Educação, constatou-se que os alunos da educação musical não apresentam
grandes períodos de participação, sendo que 26,9% tem menos de dois meses frequentando
as aulas de música, 25,4% tem entre dois a seis meses, 29,8% de seis meses a um ano,
11,9% de um a três anos e 6% acima de três anos de prática musical.
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3 Perfil financeiro dos beneficiários de projetos de educação musical
Em relação a renda per capita das famílias dessas crianças e adolescentes não
apresenta um resultado tão favorável a uma vida em plena dignidade, 67% afirmam ter
renda média de até 1,5 salário, 29% de um e meio a três salários, 3% de três a cinco salários
e apenas 1% tem acima de cinco salários mínimos como renda. Esse perfil de renda dos
alunos frequentadores justifica facilmente porque 97% dos alunos estão inseridos em
projetos de educação musical gratuitos e ligados a rede pública de ensino, apenas 3%
frequentam aulas pagas, dos entrevistados apenas 28,4% afirmaram ter condições de pagar
para fazer aula de música.
Figura 01: Alunos com capacidade de comprar seu instrumento pessoal
Uma das maiores dificuldades encontrada pelos educadores para inserir a música no
currículo dos seus alunos é a falta de recursos materiais e humanos, principalmente pelo
fato das instituções não terem orçamento suficiente para a aquisição desses instrumentos e
material didático, e somando a esse fator quase dois terços das famílias dessas crianças e
adolescentes tem renda per capita de até um salário mínimo, por esse mesmo motivo 63%
destes não teriam como adquirir seu próprio instrumento.
4 O contexto cultural e os efeitos da educação musical nas dimensões intelectual,
cultural e social dos alunos
Ao questionar os alunos sobre o seu desenvolvimento pessoal após ingressarem nas
aulas de música, unanimemente os mesmos afirmaram ter se beneficiado social e
individualmente como pessoa. Com isso percebeu-se durante a pesquisa que 96%
adquiriram uma postura mais sociável, considerando-se pessoas mais responsáveis e éticas.
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Figura 02: Alunos que demonstraram um senso de responsabilidade social com as aulas de música.
Vindo agregado a esse senso de responsabilidade social, os alunos beneficiados
pelos projetos e programas de educação musical participantes da pesquisa, reafirmou-se a
capacidade que a mesma tem de facilitar o processo de aprendizado escolar, onde 70,4%
dos alunos apresentaram melhoria no rendimento e desempenho escolar. E associado a esse
fator 98,6% dos entrevistados afirmaram que a música tem uma influência positiva na
autoestima individual, colocando em evidência que pelo seu caráter prazeroso, a educação
musical desenvolve uma sensação de positividade nas ações do educando.
Dentre as muitas possibilidades encontrada na consorciação da música com o
currículo educacional, encontra-se o desenvolvimento de habilidades e virtudes, e
justamente nesse aspecto que os entrevistados apresentaram-se como pessoas criativas e
com maior capacidade de raciocínio lógico, o que ampliou o entendimento e absolvição do
conteúdo programático das outras disciplinas.
Figura 03: Desenvolvimento de habilidade como a criatividade e o raciocínio lógico.
Por todas essas vantagens que a educação musical agrega no currículo escolar, é que
93,1% dos alunos vem a necessidade dela ser inserida como uma disciplina obrigatória,
porém os mesmos apresentam algumas dificuldades para que essa inserção seja de fato
eficiente, conforme gráfico abaixo, são essas as dificuldades apresentadas:
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Figura 04: Fatores que dificultam a inserção da educação musical no currículo estudantil.
Outro obstáculo não apresentado no gráfico anterior, mas presente é a falta de apoio
familiar para que esses alunos consigam extrair e absorver todos os proveitos que a música
pode propiciá-los, segundo 94,4% dos entrevistados não recebem esse apoio de seus
parentes.
Porém, com todas as dificuldades expostas, 91,5% dos entrevistados acreditam na
possibilidade de terem a música como uma profissão, que sem dúvida, tem uma
característica vantajosa para o mercado, quase a totalidade de seus profissionais tem a
música como uma profissão prazerosa de se exercer.
Conclusão
Durante a construção deste trabalho, observou-se como a música ganha notoriedade
dentro do espaço educacional, a sua capacidade de envolver as crianças e adolescentes de
maneira prazerosa facilita o processo de ensino e aprendizado, por isso que a educação
musical é uma ferramenta estratégica para a construção das diversas dimensões que
envolvem o indivíduo e a sociedade, e constrói um universo favorável à aquisição de
habilidades e princípios.
Conforme os dados mostram, ao inserir a educação musical na rotina de crianças e
adolescentes da rede educacional, proporcionou-se um novo cenário ao currículo escolar,
com a autoestima do educando elevada e a ampliação da capacidade cognitiva, seus
beneficiários demonstraram ter desenvolvido capacidades como a criatividade e raciocínio
lógico.
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Então, pode-se notar que a educação musical consorciada com o currículo escolar só
traz benefícios a construção multidimensional das crianças e adolescentes, e reduz os
obstáculos que há muito perseguem a educação brasileira, rendendo assim melhores índices
e benefícios para a gerações musicalmente educadas.
Referências
ARTEN, Alessandro de Oliveira; ZANCHETA, Sérgio Luiz; LOURO, Viviane dos
Santos. Arte e Inclusão Educacional. São Paulo: Didática Brasil, 2007.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da
Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. _ Brasília: MEC/SEF,
1998.
GARCIA, Vitor Ponchio; SANTOS, Renato dos. A importância da utilização da música
na educação infantil. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 169,
2012. http://www.efdeportes.com/efd169/a-musica-na-educacao-infantil.htm
SILVEIRA, Renato Silva; SANTOS, Daiana Silva dos; SILVA, Milton Cezar da. Análise
Psicomotora em Crianças de dois anos de um CEMEI de Luís Eduardo Magalhães –
Bahia. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 172,
2012. http://www.efdeportes.com/efd172/analise-psicomotora-em-criancas-de-dois-
anos.htm
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