a cultura interfere no plano biológico

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A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO

ALUNAS: Cíntia Andrade

Daiany Menezes

Gilciene Marcelino

Letícia Mendes

• Numa situação de crise, os membros de uma cultura abandonam a crença em seus valores e perdem a motivação que os mantêm unidos e vivos.

Quando os africanos foram removidos violentamente de seu ecossistema e do seu contexto cultural para serem escravizados em uma terra de cultura e costumes diferentes, perderam toda a motivação de continuar vivos.

Em decorrência deste acontecimento ocorreram

grandes números de suicídios e outros foram

definhados pelo mal de banzo.

Conceito de banzo:Estado de depressão psicológica que se apossava do africano logo após seu desembarque no Brasil. Geralmente os que caíam nesta nostalgia profunda, acabavam morrendo. Atribui - se tal estado depressivo à saudade da aldeia da qual provinham, de modo que o banzo atingia somente a primeira geração de escravos, isto é, aqueles diretamente importados da África (MOURA; 2004, p. 63).

Índios da população Kaingang de São Paulo ao ter seu território invadido pelos construtores da estrada de Ferro Noroeste também fora acometidos pelo mal de banzo. Ao perceberem que suas tecnologias e seus seres sobrenaturais eram impotentes diante do poder da sociedade branca, os índios perderam a crença em sua sociedade, abandonaram suas tribos, ou simplesmente esperaram pela morte.

Os índios Kaapor acreditava que se uma pessoa visse um fantasma, logo morreria, escritores relataram que no período de filmagens do filme de Darcy Ribeiro, um jovem índio relatou que viu a alma de seu pai na floresta, o jovem deitou em uma rede e dois dias depois estava morto.

Em 1967 foi relatado que uma mulher teria visto um fantasma e confiante nos poderes dos brancos pediu um remédio, eles lhe ofereceram um comprimido de vitaminas que neutralizou de forma eficaz o malefício provocado pela visão de um morto.

Entre os africanos a crença sobre a morte por feitiçaria é tão grande que a vitima crê tanto que acaba morrendo mesmo. Segundo Pertti, é ocasionada como consequência de um choque psicofisiológico. A pessoa acometida por choque psicofisiológico perde o apetite, a sede, a pressão sanguínea cai, o plasma sanguíneo escapa para os tecidos e o coração é afetado. Esses sintomas provocam um choque que fisiologicamente são as mesmas consequências que um choque ocasionados por ferimentos nas guerras ou de acidentes de carro.

As doenças psicossomáticas também são exemplos da atuação que a cultura exerce sobre o biológico.

Doenças psicossomáticas são alterações clínicas detectáveis por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa apresenta danos físicos. É uma doença orgânica, mas com causa psicológica. Em situações de forte estresse emocional o corpo reage como que “informando” que algo não está bem. Alguns exemplos:

Por outro lado a cultura também provoca a cura das doenças reais ou imaginárias. Essa cura ocorre quando existe a fé do doente na eficácia do remédio e no poder dos agentes culturais.

Por exemplo, em um ritual de cura da tribo Xamã o pajé utiliza de danças e defumação do paciente e através de sucção retira objetos estranhos que provavelmente saíra do interior do corpo do paciente.

VÍDEO

ReferênciasMOURA, Clovis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 2004.

http://www.marisapsicologa.com.br/doencas-psicossomaticas.html

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