a contracultura no brasil dos anos 1960 e 1970

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A CONTRACULTURA NO BRASIL DOS ANOS 1960 E 1970

Prof. Esp. Fábio Leonardo Castelo Branco Brito(fabioleobrito@hotmail.com)

A emergência da contracultura

• Uma nova revolução em curso: os jovens em cena como transformadores sociais.

• Contracultura: desreferencialização dos padrões socioculturais estabelecidos – quebra com os valores da geração de seus pais (ROSZAK, 1972).

A emergência da contracultura

• “Para o bem ou para o mal, a maior parte do que atualmente ocorre de novo, desafiante e atraente na política, na educação, nas artes e nas relações sociais (amor, corte sentimental, família, comunidade) é criação dos jovens que se mostram profundamente, até mesmo fanaticamente alienados da geração de seus pais”. (ROSZAK, 1972, p. 15)

A emergência da contracultura

• “A invasão dos centauros ao Templo de Zeus” (ROSZAK, 1972, p. 54) – bêbados e enfurecidos, irrompem contra as festividades civilizadas em andamento.

• Principais referências ideológicas: a “dialética da libertação” (Herbert Marcuse e Norman Brown), a experiência psicodélica, a sociologia visionária (Paul Goodman), as quebras de padrões literários pela geração beat (Allen Gibsberg, Jack Kerouac, William Burroughs).

• O rompimento com os padrões da política partidária de seu tempo – o não alinhamento com as esquerdas, tampouco com as direitas, consideradas ambas reacionárias.

Estética e comportamentos juvenis no Brasil dos anos 1960 e 1970

• Década de 1960 – condições históricas para a emergência da pós-modernidade brasileira (CASTELO BRANCO, 2005, p. 94-95).

• O ié-ié-ié dos Beatles, o novo som de Bob Dylan, os concertos e festivais de rock – nos quais se destacam figuras como Jimi Hendrix e Janis Joplin – passam a influenciar ações culturais no Brasil da época (PEREIRA, 1984, p. 10).

• Movimentos musicais e artísticos de diversas frentes – Hélio Oiticica, Lígia Clark, Torquato Neto, José Agripo de Paula, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jomard Muniz de Brito – e a invenção da Tropicália (CASTELO BRANCO, 2005).

Estética e comportamentos juvenis no Brasil dos anos 1960 e 1970

• A subjetivação da vida e do corpo – minissaias, cabelos longos, drogas e pílulas anticoncepcionais como dispositivos de novas realidades (CASTELO BRANCO, 2005).

• A presença hippie no Brasil e no Piauí – tensões entre o tradicionalismo social e as transgressões comportamentais (BRANDÃO JÚNIOR, 2011).

Arte e (contra)cultura no Brasil e no Piauí: experimentalismos e guerrilhas

semânticas• Arte experimental e guerrilhas semânticas no Brasil e no

Piauí: as dicas existenciais de Torquato Neto aos seus contemporâneos.

• Desconstruindo a “sociedade disciplinar” (LIMA, 2007): a contracultura como maneira de oposição juvenil no Piauí.

• A invenção da “Geração Torquato Neto” em Teresina (BRITO, 2013): jornalismo alternativo, super-8 e literatura menor.

Referências bibliográficas• BRANDÃO JÚNIOR, Ernani José. Um formigueiro sobre a grama: a

produção histórica da subjetividade underground em Teresina-PI na década de 1970. 2011. 188 p. Dissertação (Mestrado em História do Brasil) – Centro de Ciências Humanas e Letras, Universidade Federal do Piauí.

• BRITO, Fábio Leonardo Castelo Branco. Torquato Neto e seus contemporâneos: vivências juvenis, experimentalismo e guerrilha semântica em Teresina. 2013. 210 p. Dissertação (Mestrado em História do Brasil) – Centro de Ciências Humanas e Letras, Universidade Federal do Piauí. [no prelo]

• CASTELO BRANCO, Edwar de Alencar. Todos os dias de Paupéria: Torquato Neto e a invenção da Tropicália. São Paulo: Annablume, 2005.

• LIMA, Frederico Osanan Amorim. Curto-circuitos na sociedade disciplinar: super-8 e contestação juvenil em Teresina (1972-1985). 2007. 121 p. Dissertação (Mestrado em História do Brasil) – Centro de Ciências Humanas Letras, Universidade Federal do Piauí.

• PEREIRA, Carlos Alberto M. O que é contracultura. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Primeiros Passos)

• ROSZAK, Theodore. A contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição juvenil. Petrópolis: Vozes, 1972.

Referências bibliográficas

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