a consolidação das correspondências letra – som no (1)

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PNAIC - 3º ENCONTRO COM PROFESSORES ALFABETIZADORES

O ÚLTIMO ANO DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO:

CONSOLIDANDO OS CONHECIMENTOS

3ºano

LEITURA DE DELEITE

ESCLARECIMENTOS SOBRE O SISTEMA; 

Avaliação- Informar até que data que eles devem avaliar este encontro, pois temos menos tempo devido ao sistema simec.

critérios para avaliação – o professor que faltar meio período terá que ser avaliado com falta meio período e ainda menor cumprimento das atividades, portanto a nota ficará abaixo da média e o professor perderá a bolsa do mês, dessa forma não é vantagem faltar meio período.

Retomar a questão das tarefas combinadas, pois o não envio das mesmas pelo professor, implica na redução da nota da avaliação,

TAREFA ( 2º ENCONTRO)

Leitura do texto “Materiais Didáticos no Ciclo de Alfabetização, da seção Compartilhando”, e fazer um levantamento dos materiais descritos no texto que estão na sua escola. (Listar os materiais a serem usados nas turmas de 3 º Ano)

Reler o texto 1 – Planejamento do ensino: princípios didáticos e modos de organização do trabalho pedagógico. Refletir sobre a questão: “Considerando os 10 princípios didáticos apresentados, como você avalia a sua prática?

INICIANDO A CONVERSANesta unidade, discutiremos sobre a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA). Entendendo que o ano 3 é o final do ciclo de alfabetização, o foco maior do ensino será o de garantir os processos de consolidação da alfabetização no sentido de que a criança, ao dominar o SEA, seja capaz de produzir e ler com autonomia textos de gêneros distintos. Contudo, é fato que algumas crianças ainda podem necessitar, nesse momento da escolarização, de alguma intervenção mais sistemática para avançar na apropriação do Sistema de Escrita Alfabética. Por essa razão, ainda traremos algumas reflexões sobre este aspecto. Para finalizar, abordaremos o planejamento de situações didáticas destinadas à exploração de algumas regularidades da norma ortográfica, a fim de levar o aluno a perceber, de forma consciente, algumas relações regulares letra/som que já estão sendo compreendidas/percebidas por ele, à medida que vai aprendendo a usar as letras convencionalmente. Entretanto, não se pretende esgotar a discussão sobre ortografia, até mesmo por compreendermos que a aprendizagem desse conhecimento acontece, progressivamente, ao longo do ensino fundamental.

OS OBJETIVOS DESTE CADERNO SÃO: entender a concepção de alfabetização na

perspectiva do letramento, compreendendo que a aprendizagem da escrita alfabética constitui um processo de compreensão de um sistema de notação e não a aquisição de um código;

analisar as contribuições da teoria da psicogênese da escrita para compreensão do processo de apropriação do Sistema de Escrita Alfabética;

entender as relações entre consciência fonológica e alfabetização, analisando e planejando atividades de reflexão fonológica e gráfica de palavras, utilizando materiais distribuídos pelo MEC;

analisar diferentes alternativas didáticas para o ensino do Sistema de Escrita Alfabética com uso de diferentes materiais distribuídos pelo MEC, identificando os objetivos a elas associados.

A CONSOLIDAÇÃO DAS CORRESPONDÊNCIAS LETRA – SOM NO ÚLTIMO ANO DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

Unidade 03 – Ano 03

DE ACORDO COM OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM...

Ao iniciar o Ano 3, os alunos já poderiam ter compreendido o SEA e seu funcionamento, neste sentido, o foco do trabalho do Professor estaria voltado à consolidação desse processo;

Mas não é difícil encontrarmos situações em que o Professor se depara com alunos chegam ao ano 3 sem o domínio do SEA.

U3 – PÁG.06

É IMPORTANTE ...

Desenvolver estratégias de trabalho que possibilitem o avanço dessas crianças, a fim de que, ao término do ano, estejam pelo menos no nível Alfabético de escrita e tenham aprendido muitas das correspondências letra-som de nossa língua.

U3 – Pág.07

O PROFESSOR PRECISA SER UM FACILITADOR DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DO SEA

É importante que ele diagnostique o que a criança já sabe sobre a escrita e que saiba o que fazer para desenvolver uma metodologia de ensino para propiciar o avanço do pequeno aprendiz.

U3 – Pág. 07

AS CONCEPÇÕES DAS CRIANÇAS A RESPEITO DO SISTEMA DE ESCRITA – EMÍLIA FERREIRO

As primeiras escritas infantis aparecem do ponto de vista gráfico como, linhas onduladas ou quebradas (ziguezague), contínuas ou fragmentadas ou então como uma série de elementos discretos repetidos. A aparência gráfica não é garantia de escrita, a menos que se conheça as condições de produção.

Do ponto de vista construtivo, a escrita infantil segue uma linha de evolução regular, através de diversos meios culturais, de diversas situações educativas e diversas línguas.

Podem ser distinguidos três grandes períodos no interior dos quais cabem múltiplas subdivisões:

distinção entre o modo de representação icônico e não-icônico: diferenciação entre marcas gráficas figurativas e não-figurativas.

a construção de formas de diferenciação (controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo)

Eixo quantitativo - a criança estabelece uma quantidade mínima de letras, geralmente 3, que uma escrita deve ter para que diga algo.

Eixo qualitativo - a variação interna necessária para que uma série de grafias possa ser interpretada (se o escrito tem o tempo todo a mesma letra, não se pode ler ou seja, não é interpretável).

EXEMPLOS:

D I E L N - CADERNO

H M F S O - LIVRO

T D I C X - GIZ

HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA

A criança ainda não compreende que existe relação entre a escrita e a pauta sonora, podendo usar letras, pseudoletras, números, rabiscos e até mesmo desenhos para escrever.Nesta hipótese, as crianças começam a diferenciar letras de desenhos, de números e demais símbolos, e elaboram representações mentais próprias sobre a escrita Alfabética.

EXEMPLOS:

U L M A H N M P BICICLETA

HIPÓTESE SILÁBICA

A criança estabelece uma correspondência entre a quantidade de letras utilizadas e a quantidade de sílabas orais das palavras, podendo usar letras com ou sem o valor sonoro convencional.Mesmo quando ainda não apresentam uma escrita silábica estrita, usando rigorosamente uma letra para cada sílaba, algumas crianças, apesar de não anteciparem quantas letras irão usar ao escrever, tentam ajustar com a pauta sonora e realizam correspondências som- grafia no início e final das palavras.

EXEMPLOS:

E A B R BRI GA DEI RO

I A O RI CAR DO

Os conflitos vão desestabilizando progressivamente a hipótese silábica, até que a criança tem coragem suficiente para se comprometer em um novo processo de construção.

O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em via de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos.

EXEMPLO:

B ONEA - BONECA

HIPÓTESE SILÁBICO - ALFABÉTICA

A criança começa a perceber que uma única letra não é suficiente para registrar as sílabas e recorre, simultaneamente, às hipótese Silábica e Alfabética, isto é, ora usa apenas uma letra para notar as sílabas orais das palavras, ora utiliza mais de uma letra, estabelecendo relação entre fonema e grafema.

E a partir daí descobre novos problemas: quantitativo (não basta uma letra por sílaba, não se pode estabelecer nenhuma regularidade duplicando a quantidade de letras).

Qualitativo:enfrentará problemas ortográficos (a identidade de som não garante identidade de letras, nem a de letras a de sons).

HIPÓTESE ALFABÉTICA

A criança compreende que se escreve com base em uma correspondência entre sons menores que as sílabas (fonemas) e grafemas.Nesta hipótese, o aprendiz passa a compreender que para som pronunciado é necessário uma ou mais letras para notá-lo, mesmo que inicialmente, ainda não tenha se apropriado de muitíssimos casos de regularidade e irregularidade da norma Ortográfica.

EXEMPLOS:

BONECA

PASARO

BICIKETA

BIBLIOGRAFIA

Ferreiro, Emilia .”Reflexões sobre a Alfabetização” .São Paulo: Cortez, 1981.

Ferreiro, Emilia & Teberosky, Ana. A psicogênese da língua escrita.Porto Alegre: Artes Médicas, 1984

PRINCÍPIOS QUE NECESSITAM SER COMPREENDIDOS/DOMINADOS PELA

CRIANÇA PARA QUE SE APROPRIEM DA ESCRITA

1. Escreve-se com letras que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e de outros símbolos.

2. As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças em sua identidade (p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos variados (P, p, P, p).

3. A ordem das letras no interior da palavra não pode ser mudada.

4. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras.

5.Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras.

6. As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem.

7. As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que pronunciamos.

8. As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra.

9. Além de letras, na escrita de palavras, usam-se, também, algumas marcas (acentos) que podem modificar a tonicidade ou o som das letras ou sílabas onde aparecem.

10. As sílabas podem variar quanto às combinações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV (consoante –vogal), e todas as sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.

U3 – Pág.08

ANÁLISE DE ESCRITASSolicitar que ao analisar as escritas considerem: o eixo quantitativo; o eixo qualitativo; letras fora de ordem com valor sonoro; o que a criança nos informa ao escrever; se utiliza letras do próprio nome; identifique se existe regularidades presentes

nessas escritas. Qual é a hipótese de escrita dessa criança?

INFELIZMENTE...

Em algumas salas de aula, o ensino das relações som- grafia tem ficado em segundo plano.Para alguns docentes, existe uma questionável compreensão de que ter momentos dedicados ao ensino daqueles temas pode significar uma abordagem tradicional de Alfabetização.

U3 - Pág. 08

Como as correspondências letra – som podem ser ensinadas de forma reflexiva e prazerosa?

U3 – Pág 08

DESSE MODO, A CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA DE ALFABETIZAÇÃO...

Levou a uma mudança do foco da discussão sobre a Alfabetização, antes reduzida a “como ensinar”, para uma melhor compreensão da construção do conhecimento pelo aluno e suas implicações na prática educativa.A partir dessa abordagem passou-se a questionar sobre “o como fazer”, o “por que fazer” e o “para que fazer”, levando –se em consideração como o aluno processa o conhecimento sobre o SEA e como o Professor pode intervir nessa situação.

U3 – Pág.09

ATIVIDADES FUNDAMENTAIS PARA QUE OS ALUNOS AVANCEM NOS SEUS CONHECIMENTOS SOBRE AS RELAÇÕES SOM- GRAFIA:

1-Atividades envolvendo a sistematização das correspondências som- grafia.

2-Atividades envolvendo a consciência fonológica.

3-Atividades para desenvolver a fluência de leitura.

U3- Pág. 09

4-Atividades envolvendo leitura e produção de texto.

5-Atividades para o ensino da norma ortográfica.

U3 – Pág. 09

1- ATIVIDADES ENVOLVENDO A SISTEMATIZAÇÃO DAS CORRESPONDÊNCIAS SOM- GRAFIA

Algumas atividades podem permitir aos alunos pensarem nas letras e nos sons que estas notam, sem que tais exercícios se voltem para as questões da norma ortográfica, permitindo que o aluno volte sua atenção para as similaridades e diferenças nas relações letra/som, no momento da escrita ou leitura das palavras, como por exemplo, atividades que envolvem a escrita de palavras que iniciam com uma determinada letra ou sílaba.

U3 – Pág. 10

ATIVIDADES QUE PODEM AJUDAR OS ALUNOS A PENSAREM NA SEQUÊNCIA DE LETRAS QUE SERÃO UTILIZADAS:

Cruzadinhas; Caça – palavras; Exploração da ordem Alfabética; Escrita de palavras com o uso do alfabeto

móvel, silabário e de textos que permitam a reflexão de uma determinada letra ou sílaba (trava-lìnguas, parlendas, cantigas);

Jogos envolvendo leitura e escrita de palavras ex. “Quem sou eu”.

U3 – Pág. 10

Atividades de composição e decomposição de palavras.

Atividades de montagem de textos que foram trabalhados em sala ( palavras, frases).

Escrita de palavras que possuam uma determinada letra (adedonha, lista de palavras).

U3 – Pág. 10

2- ATIVIDADES ENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

“a consciência fonológica é um conjunto de habilidades metalinguísticas que permitem refletir sobre os segmentos sonoros das palavras em diferentes níveis:silábico, intra silábico e fonêmico.

As atividades auxiliam tanto os alunos que ainda não compreenderam que existe relação entre a escritas e a pauta sonora, como para os alunos que já compreenderam o SEA, mas apresentam dificuldades em estabelecer relação som grafia.

U3 – Pág. 11

Jogos que desenvolvem a consciência fonológica:Bingo dos Sons iniciais, Caça- rimas, Dado Sonoro, Trinca Mágica.

Atividades que trabalham diferentes habilidades em diferentes níveis das palavras, como por exemplo:identificar, adicionar, subtrair e produzir unidades similares de diferentes palavras.

U3- Pág. 12

Atividades de exploração de textos que trabalham o extrato sonoro da língua (cantigas de roda, parlendas, trava- línguas, textos poéticos) permitem aos alunos explorarem palavras que apresentam sons parecidos, bem como sobre algumas letras e seus valores sonoros.

U3 – Pág.12

3- ATIVIDADES PARA DESENVOLVER FLUÊNCIA DE LEITURA

Leitura livre ou em pequenos grupos com gêneros diversos em que a Professora pode organizar um Cantinho de Leitura, com variados textos (disponibilizar um horário dentro da rotina).

Escolher o livro e ler para os colegas em pequenos ou no grande grupo,ouvir leitura pelo professor, realizar pesquisas.

U3 – Pág. 14

Recital de Poemas. Hora da Notícia ou da reportagem.

U3 – Pág. 15

4-ATIVIDADES ENVOLVENDO LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

É importante destacarmos que a reflexão sobre o SEA não pode estar distanciada das atividades de leitura e produção de texto.Um bom recurso didático para conciliar os diferentes eixos são as “Obras complementares”.

U3- Pág. 15

Sobre as letras do Alfabeto e reflexão sobre as correspondências som/grafia (exs de obras: Adedonha, Alfabeto de Histórias, ABC doido, o Jogo das palavras.

Reflexão sobre as semelhanças sonoras das palavras a partir de textos que exploram rimas, aliterações, repetições de palavras como a obra: Bicho que te quero livre , Jogo da Parlenda e Um sapo dentro do saco.

U3 – Pág. 16

Sobre o vocabulário (formação de palavras, reflexão sobre significados de palavras ou expressões, ex. Falando pelos cotovelos, Zig, Zag e As paredes têm ouvidos.

Recursos linguísticos utilizados para a construção da textualidade (onomatopéias, repetição de frases e expressão ao longo do texto e presença de textos cumulativos), como por ex. PLOC e Choro e Choradeira: risos e risadas.

U3 – Pág. 16

SUGESTÃO DE LEITURA

Relato da Professora com o uso da obra “O guarda-chuva do guarda”- Leitura.

Pág. 17

VÍDEO EM DEBATE

Alfabetização: apropriação do Sistema de Escrita Alfabética - partes 1 e 2

(disponível em www.ufpe.br/ceel);

CAIXA DE JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO

Bingo dos Sons Iniciais; Caça-rimas; Dado Sonoro; Trinca Mágica; Quem escreve sou eu

ALMOÇO

VÍDEO

Coisas que eu sei- Dani Carlos

VÍDEO EM DEBATE

Ortografia na sala de aula - partes 1 e 2 (disponível em www.ufpe.br/ceel)

ESTUDO

Texto 2: O ensino da ortografia no 3º ano do 1º ciclo –: o que devemos propor aos alunos no “último” ano da alfabetização?

ANÁLISE DE ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA NO LIVRO DIDÁTICO.

O que esta atividade ensina? Qual é o desafio que ela apresenta? É uma atividade que apresenta reflexão para

os alunos? Para qual aluno serve esta atividade?

TAREFA

Analisar as atividades do livro didático utilizado na sala de aula e adequar conforme as propostas estudadas;

Estudo do capítulo 03 do livro “Ortografia: Ensinar e Aprender” – Artur Gomes de Morais.

  Próximo encontro: 31 de agosto de 2013

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