a bússola do desejo

Post on 07-Jul-2015

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(/) Esta crônica teve o seu início inspirado na bússola do exótico "Capitão Jack Sparrow" (Piratas do Caribe).

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A BÚSSOLA DO DESEJO

A BÚSSOLA DO DESEJO

Parece mesmo título de filme.

Eu assistia ao filme de Johnny Depp(no seu exótico Capitão Jack Sparrow)e fiquei intrigado (aliás, como todos ospersonagens dentro do próprio filme),sem conseguir entender

por que ele andava comuma bússola que tecnicamentenão funcionava..., isto é,não apontava para o norte.

E confessso que terminei por ficarencantado, quando soube que suabússola só apontava para ondese encontrava seu desejo...,no caso, um tesouro.

Puxa! Como eu gostaria de teruma bússola que apontasseem direção ao lugar ondeestaria meu desejo...

Nossas percepções sobre os poderes

São antigas nossas percepçõessobre os poderes do magnetismoou da atração magnéticareferente à bússola...,que, no início, eraapenas uma“agulha”.

Depois, impressionados, os próprios religiososcomeçaram a desenvolver estudos sobre ela...,

enquanto a ciência, pelo seu lado empírico,aprimorava seus desenhos explicativose expunha suas fotos Darwinianas...:

Tivemos sérias razões para nos encucar com isso.

E o fato parece mesmo ser este:todas as criaturas da Terra são dotadas de algum tipo de “bússola mental” :

o “instrumento sensitivo”capaz de satisfazer osprincípios básicos dosquatro elementos desobrevivência nestemundo terrestre:

. abrigo,

. alimentação,

. acasalamento,

. reprodução.

Mas é claro que isso não foi o bastante para nós,estes humanos dotados de uma inteligênciatão ansiosa, ávida por descobrimentos...

E nos dias de hoje procuramos ver comoas forças magnéticas atuam nos corposgalácticos, no espaço sideral...

Não são forças aleatórias. Elas seguem um padrãode acordo com uma estrutura “planejada”, apropriadamentedestinada a construir esta coisa que definimos como “existência”.

A bússola ainda nos impressionaA bússola ainda nos impressionapela certeza que sempre tivemos a respeitopela certeza que sempre tivemos a respeitodas presenças destes quatro elementosdas presenças destes quatro elementosem tudo no grande Universo, e aqui:em tudo no grande Universo, e aqui:

um tempo,um tempo,um ritmo ou movimento,um ritmo ou movimento,uma direção e umuma direção e umpropósito...propósito...

. o desejo de chegar a algum lugar,. o desejo de chegar a algum lugar,

. o desejo de encontrar alguma coisa,. o desejo de encontrar alguma coisa,

. o desejo de conquistar algo que se quer,. o desejo de conquistar algo que se quer,

. o desejo de se unir ou de se completar em algo,. o desejo de se unir ou de se completar em algo,

. o desejo de se transformar em alguma outra coisa,. o desejo de se transformar em alguma outra coisa,

. o desejo de ser algo mais..., ou maior... e novo, enfim.. o desejo de ser algo mais..., ou maior... e novo, enfim.

Propósito este que se refere à “existência”Propósito este que se refere à “existência”e que então corresponde aos “desejos”,e que então corresponde aos “desejos”,não só de se abrigar, de se alimentar,não só de se abrigar, de se alimentar,de se acasalar ou de se reproduzir:de se acasalar ou de se reproduzir:

Mas vamos retornar ao nosso mundoou aos nossos desejos neste mundo,lembrando-nos do que nos disseramos melhores dos nossos religiosos(a meu ver, claro): os taoístas.

“O princípio do vazio”

Parte disso está escrito no meu livro, Teoria da Vida,este que ainda busca o seu natural desejo: ser publicado.-----------------------------------------------------------------------------------Enquanto isso vamos ler o que os monges do Tao escreveram:

“Trinta raios convergentes unem-se no cubo formando uma roda, mas é ovazio central que permite seu sentido de rotação e a sua utilização no carro.

Dessa forma o ser produz o útil, mas é o não-ser, o vazio, que o torna eficaz.”

“O princípio do vazio”

“... Estamos sempre sugando o que observamos para completar nosso vaziointerior... Se o desejo mora em nós, a única coisa que podemos contemplar é

sua forma externa, a casca sem a essência que permanece oculta. Entretanto,é quando cessam nossos desejos que podemos observar a coisa nua, pura,tal como é, sem qualquer contaminação — casca e essência interligadas...”

“O princípio do vazio”

(!) Isso não tem um enredo fácil, embora dimensione a importância dosreligiosos autênticos: que se abstêm de desejos para observarem

a realidade nua, tal como é, casca e essência interligadas...

Mas é claro que isso não se aplica a nós..., aos povosque se relacionam diuturnamente com a Vida para

substanciarem a existência da humanidade junto à existência do mundo,

produzindo o útil...

Para mim não há dúvida de que os religiososprocuraram determinar “a realidade”,

e, nós, os povos, a existência...Por isso somos tão ligados

a estas questões desobrevivência.

Enfim, quanto a mim, ouso dizer que sou diferente,porque a minha “bússola” é diferente.

Ela não só busca por desejo...,busca por sentimento.

Então, eu vou para...,

onde está o meu sentimento...,

seja ele de que natureza for...,

porque, de um jeito ou de outro,porque, de um jeito ou de outro, representará meu desejo de viver...,representará meu desejo de viver..., nos desejos de fazer viver a Vida.nos desejos de fazer viver a Vida.

Considerando como certo quesó nos apegamos ao que nos toca emocionalmente,

precisamos reviver nosso sentimento de amor pela Vidapara definitivamente nos apegar a ela e nos religar ao mundo,este que, pelas suas forças magnéticas, nos manterá orientados.

De fatoprecisamos seguir,percebendo o sentimento,procurando pela compreensão.

E, sempre, quando digo isto,as pessoas me olham desconfiadas,talvez me achando metido.Fico calado.Mas no íntimo eu sei quenão me refiro apenas aosentimento de amor...Falo de todos..., pois,se alguma coisa dói em mim,lá estou eu...

E, outra vez, quanto a mim,por este vaidoso impulso intelectual,volto a dizer isto de que muito me orgulho:eu sempre vou para onde está o meu sentimento.

Não há comonos fechar para a Vidaou nos esconder dela...,pois é algo que nemo molusco dentrode sua conchaconsegue...

Aliás, ele não pensa nisso.

Está plenamente vivo.

Imagens da coleção de fotografiasdo fotógrafo e cineasta canadense Gregory Colbert.

Lanier Wcr

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