9.4.2013
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estado de minas - turismo - p. 2 - 9.4.13Viaje leGal
Moralização do serviço aéreoLuciana Atheniense A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebe
desde o dia 1º as propostas para regulamentar as condições gerais de transporte aplicáveis ao transporte aéreo domésti-co e internacional de bagagem. No dia 22 haverá uma audi-ência pública presencial na sede da agência reguladora em Brasília. A iniciativa é de suma importância, já que a deman-da de passageiros aéreos nacionais e internacionais cresceu de forma acentuada em nosso país, com respectivo aumento de insatisfações a respeito dos serviços aéreos.
As novas medidas buscam harmonizar os dispositivos do Código Brasileiro de Aeronáutica, do Código Civil, da Convenção de Montreal de 1999 e do Código de Defesa do Consumidor, além de ter em vista as melhores práticas adotadas internacionalmente. Uma das propostas é reduzir o prazo que a empresa aérea dispõe para localizar as bagagens extraviadas e para a indenização, caso não sejam localizadas (bagagem perdida). Atualmente, a empresa tem até 30 dias para localizar a bagagem e mais 30 para indenizar o passa-geiro no transporte doméstico. Esses prazos são reduzidos para 7 e 14 dias, respectivamente. A empresa aérea deverá ainda fornecer ajuda de custo em caso de bagagem extra-
viada de no mínimo 100 DES (direitos especiais de saque), cerca de R$ 300.
Outra inovação é o dever da empresa aérea de informar de forma clara, no momento da compra do bilhete, os limites de peso, dimensão e número de volumes aceitos no contra-to de transporte, seja em relação à bagagem de mão (5kg), seja ou em relação às malas despachadas. A agência preten-de estabelecer um monitoramento trimestral dos eventos e reclamações. Após aprovação do texto final, as novas regras entrarão em vigor em 90 dias.
A coluna “Viaje Legal” defende que essas novas mu-danças devem ser adotadas com intuito de proteger o pas-sageiro, parte mais vulnerável dessa relação de consumo e obrigada a se submeter a cláusulas contratuais impostas pe-las companhias aéreas por desconhecimento de seus direitos consumeristas e por não saber a quem recorrer, quando se sente lesado pela companhia aérea. Quem quiser contribuir com sugestões pode fazê-lo por meio de formulário eletrô-nico disponível em: http://www.anac.gov.br/transparencia/audienciaspublicas.asp. Para maiores informações acesse: http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=934
o tempo - economia - p. 12 - 10.4.13casada
Empresas ainda não regularizaram vendas de garantiaProcon de Minas, que suspendeu vendas na semana passada, tenta solução
JULIANA GONTIJOAs empresas de eletrodomésticos que foram punidas
pelo Procon-MG com a suspensão da venda de seguros, en-tre eles os de garantia estendida, ainda não regularizaram a situação. A informação é do promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Amauri Artimos, que acompanha as apu-rações de irregularidades e anunciou a punição no final de março. "O Procon estadual vem conversando com as empre-sas que o procuram para tentar resolver a situação de forma amigável", diz ele.
A medida entrou em vigor no dia 1º deste mês para os estabelecimentos físicos de 13 revendedores de eletrodo-mésticos. As lojas virtuais não foram afetadas.
A decisão foi tomada depois de investigações sobre as condições de oferta e contratação de seguros no mercado por revendedores de eletrodomésticos e seguradoras, e constata-ção de diversas irregularidades, como a venda casada. Além da suspensão da venda, o Procon determinou a abertura do processo administrativo contra as empresas do Estado.
De acordo com o promotor, a Viavarejo S/A, controla-dora das lojas Casas Bahia e Ponto Frio, buscou a Justiça e impetrou um mandado de segurança, que foi negado pelo juiz no último dia 3. O grupo, em nota, informa que analisou os pontos apresentados pela promotoria na decisão da últi-ma semana e que apresentará ao Procon, nos próximos dias, uma proposta de negociação.
Irregularidades. O promotor explica que foram verifi-cadas 17 irregularidades. Entre elas, a prática adotada pelas seguradoras ao vender seguro de garantia estendida na hora da compra de produtos eletrodomésticos, infringindo os di-reitos do consumidor, já que não dá oportunidade para que ele conheça a garantia do fabricante ou o seguro ofertado pela concorrência.
Outro problema verificado foi a confecção do contrato de seguro de garantia estendida com vícios de informação, além de não mencionar todas as obrigações da seguradora.
Também se enquadra como irregularidade a remunera-ção paga às empresas de eletrodomésticos pelas segurado-ras, baseada no número de seguros vendidos, incentivando a prática de venda casada. A investigação também verificou que é vendido serviço diverso como se fosse seguro.
Conforme informações do Procon-MG, também res-pondem ao processo administrativo as corretoras de seguros, que, de acordo com o entendimento do órgão, participaram de contratos coletivos de seguros que não deram assistên-cia aos consumidores no momento da oferta dos produtos, transferindo a sua obrigação aos vendedores das lojas de eletrodomésticos.
Para o promotor, isso seria incorreto, por violar o códi-go do consumidor e a lei do corretor de seguros.
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