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6. Estabelecimento de Prioridades: tomada

de decisão de preservação

• Priorizar é o processo de decidir que ações

terão impacto mais significativo, quais são as

mais importantes, quais são as mais factíveis

• Atualmente trabalha-se de forma mais

pragmática, através da Análise e

Gerenciamento de Risco

Estabelecer prioridades de preservação é tomar

decisões quanto a:

• O que tratar - Trato toda a coleção? Parte?

• Como tratar - Método: substituo? mudo o

suporte? Qual processo?

–Merecem um tratamento de

conservação?

• Quem vai tratar

–Alguém da instituição?

–Treino técnico?

–Contrato uma empresa?

–Trabalho de forma cooperativa?

• Onde tratar

–Monto laboratório? (para encadernar,

digitalizar, microfilmar ou outros?)

–Contrato firma?

Critérios de priorização

(Sherelyn Ogden)

• IMPACTO: em que medida uma ação irá

melhorar a preservação das coleções da

instituição.

• VIABILIDADE NA IMPLEMENTAÇÃO:

considera fatores como nível de conhecimento

da equipe, implicações financeiras, mudanças

na política institucional

• URGÊNCIA DA AÇÃO: uma ação pode ser

considerada urgente se a espera para

implementá-la causar problemas

• Fatores que influenciam na priorização:

– uso,

– acondicionamento,

– estado de conservação e valor do material na

coleção

Impacto x Viabilidade

1.

alto impacto

pouca dificuldade

2.

pouco impacto

pouca dificuldade

3.

alto impacto

difícil implementação

4.

pouco impacto

difícil implementação

Ter em mente que

a preservação nunca é uma tarefa terminada:

• nada já foi preservado:

• tudo está sendo preservado.

• Seleção é um processo imperfeito. Não podemos predizer, em segurança, o que acontecerá amanhã – o que torna as decisões mais difíceis.

• Vamos errar. Mas nossas escolhas conformarão o futuro.

7. Políticas e Rotinas Institucionais

POLÍTICA: instrumento responsável pela definição de princípios e objetivos institucionais; contém explicações lógicas e convincentes das posições, perspectivas e intenções institucionais.

Política de preservação: define os propósitos e objetivos institucionais visando à preservação a longo prazo dos seus documentos.

Não existe um modelo fechado de política, a ser

adotado por qualquer instituição: cada uma tem

seu perfil,

suas necessidades,

variam em tamanho, tipo de materiais,

mídias, suportes, equipes.

Portanto: cada uma terá sua política.

Alguns requisitos fundamentais para uma política institucional bem sucedida:

1. declaração dos objetivos institucionais

2. Resultado do diagnóstico apontando as necessidades de preservação da coleção, levando em conta valor e raridade, quantidade e tipo de uso, maneira como é mantida, condições físicas.

3. responsabilidades: identifica qual pessoa (s)na

instituição é responsável pela implementação

da política e dos procedimentos. Em

instituições menores, uma pessoa pode ser

responsável por muitas funções, inclusive

preservação.

4. definição de termos

Para que uma política seja implementada e bem sucedida, deverá:

1. estar escrita

2. ser conhecida por todos: corpo diretivo e equipes.

3. estar escrita de maneira clara, realista. A clareza é fundamental para que ela seja implementada sem erros.

4. no caso de política de preservação, estar integrada às políticas gerais da instituição e seus procedimentos estratégicos

5. deve ser revisada e atualizada com

regularidade,

6. deve poder contar com o envolvimento do corpo

diretor, comprometido com sua

implementação, ou estará fadada ao

insucesso.

• ROTINAS: delineiam os passos para

implementação de uma política.

• Elas dão forma ao dia-a-dia institucional.

• Definir rotinas de:

1. Higiene:

- Manutenção periódica dos depósitos e

áreas de exposição

- Limpeza externa de objetos, caixas e livros

2. Acondicionamento e guarda:

- Procedimentos

- Materiais a serem empregados

3. Transporte e manuseio:

- carrinhos seguros

- devolução de livros

4. Segurança:

- dos profissionais

- da coleção

8. Criação e implementação de Programa de

Prevenção e Resposta a Situações de

Emergência

Situações de emergência: desde roubo e

vandalismo, às infestações de pragas ou

ataque de fungos.

O que pode ser considerado desastre?

naturais: causados pela água ou fogo,

provocados pelo homem, voluntária ou

involuntariamente.

• O que fazer para que uma

emergência não se transforme em

desastre? – Prevenção

– Resposta durante emergência

– Atuação após emergência

Emergências em pequena escala podem

ser contidas por equipe bem treinada,

capaz de reagir com rapidez.

Mesmo no caso de desastres de grandes

proporções os danos podem ser limitados.

Planejamento e treinamento do pessoal são

fatores fundamentais na prevenção de

emergências.

• Estágios do planejamento:

– ANTES: medidas preventivas. Visam

assegurar a segurança das pessoas, dos

acervos, dos edifícios. Elaboração e

implantação de Planos de Emergência.

– DURANTE/DEPOIS: respostas a

emergências. Medidas a serem tomadas

quando já ocorreu a emergência ou desastre.

E lembre-se: uma emergência não

precisa transformar-se em desastre

9. Elaboração e implementação de

Programa de Treinamento

• EQUIPE

• USUÁRIOS

• Deve ser planejado e conduzido de forma a

motivar e envolver os funcionários.

• As apresentações não devem ser muito

técnicas. Devem ser ensinados VALORES e

não regras.

• Treinamento, integração e acompanhamento

são fundamentais para garantir a qualidade do

desempenho.

• Deve-se dividir o treinamento por temas e por

ordem de prioridade. P.ex. manuseio;

identificação de riscos (pragas, vazamentos,

etc.);

• Deve-se reunir a equipe regularmente e dar

feedback. Pode-se criar metas, para que

processos e situações sejam melhorados a

cada dia. Engajar todos nas mudanças e

processos.

Métodos:

–Palestras

–Utilização material audiovisual

–Utilização material bibliográfico em sites ou

impresso

–Visitas a outras instituições

–Exposições

–Apresentação de itens danificados –

descrevendo as causas.

F

Referências

• ANDRADE, Mário. Anteprojeto Elaborado por Mário de Andrade. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN. Nº 30, 2002.

• BECK, Ingrid. A Importância do Planejamento de Preservação. In: Arquivo & Administração, v.4, n.1, Rio de Janeiro, Jan/Jun.2005, pp 19-30.

• CASTRO, Aloísio Arnaldo Nunes de . A trajetória histórica da conservação-restauração de acervos em papel no Brasil. 2008 (Dissertação) Mestrado em História. Universidade Federal de Juiz de Fora.

• CHILD, Margaret S. Considerações Complementares sobre ‘Seleção para preservação – uma abordagem materialística. In: Caderno Técnico - Planejamento de preservação e gerenciamento de programas. Rio de Janeiro, CPBA, 1997

• FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em Processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ/IPHAN, 1997.

• GÜICHEN, Gäel de. La conservation preventive:un changement profond de mentalité. In: ICOM Cahiers d'étude N. 1, 1995, p. 4-6. Disponível em http://icom.museum/study_series_pdf/1_ICOM-CC.pdf. Acesso: 29 mar. 2010

Referências (cont.)

• HOLLÓS, Adriana Cox e PEDERSOLI JR. José Luiz. Gerenciamento de Riscos: Uma abordagem interdisciplinar. In: Ponto de Acesso, Salvador, v.3, n.1, p.72-81, abr. 2009. Disponível em www.pontodeacesso.ici.ufba.br. Acesso: 15 junho 2012

• MERRIL-OLDHAN, Jan e Jutta Reed-Scott. Programa de Planejamento de preservação: um manual para auto-instrução de bibliotecas. Rio de Janeiro: CPBA, Arquivo Nacional, 1997.

• MICELI, Sergio. SPHAN: refrigério da cultura oficial. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, SPHAN/MinC, 1987

• MUÑOZ VIÑAS, Salvador. Teoría contemporánea de la Restauración. Madrid: Editorial Síntesis, 2003

• OGDEN, Sherelyn. "Planejamento para preservação". In: Caderno técnico - planejamento e prioridades. Rio de Janeiro: CPBA, Arquivo Nacional, 1997. p.3-10

• ZÚÑIGA, Solange Sette G.de . A importância de um programa de preservação em arquivos públicos e privados. In REGISTRO: Revista do Arquivo Público Municipal de Indaiatuba/Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. V.1, Nº1, Julho 2002 – Indaiatuba (SP): Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, 2002. p.71-88.

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