3 nov - pÚblico
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rui dias
Cadernos do Vinho7.º vol. TejoHOJE Por + 4,90€Na Fugas, aproveiteos vales de descontospara a região Tejo
ho
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EDIÇÃO LISBOA
Número de divórcios diminui pela primeira vez em cinco anosCrise pode ser uma das razões para esta diminuição, apesar de aumentar a confl itualidade dentro dos casais. Total de primeiros casamentos está a descer e sobe o número de divorciados que voltam a casar-se Portugal, 4/5
Jardim foi reeleito líder do PSD-Madeira por uma margem mínima p6
Falta talento aos políticos portugueses para usarem o humor como nos EUA p20/21
MNE investiu na diplomacia económica, mas descurou questões europeias p10/11
Plano para recuperar a pista de Portimão foi apresentado ontem em tribunal p12
Eurico Dias explica as razõesdo PS. Seguro diz que a resposta é “dura” p3 e Opinião
Alberto João Jardim reeleito à tangente no PSD/Madeira
Humor e eleições: os americanos levam este assunto a sério
Balanço do Governo: onde está a política europeia de Portas?
Crise irlandesa afundou autódromo do Algarve
Por que o PS recusa a proposta de Passos Coelho
DESPESA DO ESTADOFMI TEM POUCA MARGEM PARA MEXER NOS APOIOS SOCIAISDestaque, 2/3
PEDRO CUNHA
SÁB 3 NOV 2012EDIÇÃO LISBOA
Ano XXIII | n.º8244 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos
BARRETO XAVIERUM GESTOR NA SECRETARIA DE ESTADO QUE PARECE REUNIR O CONSENSO NA CULTURAPerfil, 24/25
Martínez e James bisam na vitória do FC Porto sobre o Marítimo (5-0) p40
PERU
EM LIMA, À PROCURADO MELHOR CEVICHEDO MUNDO
TURA
2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
DESPESA DO ESTADO
FMI terá pouca margem para mexer nos gastos com apoios sociais
Amissão técnica do Fundo
Monetário Internacional
(FMI) e do Banco Mundial
(BM) que está em Portugal
para avaliar onde se pode
cortar na despesa pública
tem um calendário apertado e
escolhas difíceis para fazer. Uma
das dores de cabeça são os apoios
sociais. Em termos funcionais, são
o maior agregado de despesa do
Estado, logo, um forte candidato
ao plano de reduzir a despesa em
quatro mil milhões de euros em 2014.
Contudo, apesar de terem crescido
vertiginosamente nos últimos anos,
os gastos de protecção social estão
abaixo da média da zona euro. E não
só foram uma das principais áreas de
corte este ano como voltarão a sê-lo
em 2013, deixando pouca margem
de manobra à equipa de especialistas
do FMI e do Banco Mundial para ir
ainda mais além neste domínio.
Esta missão tem por objectivo dar
apoio técnico no trabalho de cortar
quatro mil milhões de euros à des-
pesa pública em 2014, que o Gover-
no se comprometeu a fazer quan-
do anunciou o “enorme aumento
de impostos” do próximo ano. A
primeira parte exploratória desse
trabalho terá de ser apresentada já
este mês, no âmbito do sexto exame
regular da troika. E, em Fevereiro,
na sétima avaliação, o Governo te-
rá de apresentar um relatório mais
pormenorizado, já com propostas
de redução dos gastos por área, que
servirá de base ao início dos traba-
lhos de preparação do Orçamento
do Estado de 2014.
Contudo, este processo fi cou nos
últimos dias marcado por uma forte
polémica. Na quarta-feira à noite, o
ex-presidente do PSD Luís Marques
Mendes disse à TVI24 que a missão
do FMI e do Banco Mundial já estava
em Portugal e que já tinha havido
reuniões com alguns ministérios,
como a Administração Interna e a
Defesa. Marques Mendes deu ainda
mais pormenores. Disse que a refor-
ma passará por várias concessões a
privados, nas fl orestas, centros de
saúde e transportes públicos e que
implicará rescisões com funcioná-
rios, o aprofundamento da mobi-
lidade especial na função pública
e um aumento dos co-pagamentos
dos cidadãos na Saúde e na Edu-
cação.
O social-democrata referiu, inclu-
sive, como seria feita a distribuição
dos cortes: cerca de 3500 milhões
nas áreas sociais (Educação, Saúde e
Segurança Social) e 500 milhões na
Defesa, Segurança e Justiça.
Do Ministério das Finanças, ape-
nas veio o esclarecimento de que o
apoio do FMI e do BM já tinha sido
anunciado e é um “exercício autó-
nomo” ao programa de assistência
fi nanceira. Mas o mal-estar com o PS
já se tinha instalado. O facto de os
trabalhos sobre o corte da despesa
já estarem a avançar quando ainda
esta semana o primeiro-ministro
apelou aos socialistas que colabo-
rassem na reforma do Estado levou
o deputado do PS Pedro Marques a
acusar o Governo de “farsa”.
Educação e Defesa em riscoO executivo já deixou claro que este
novo plano tem em vista um corte
estrutural na despesa pública, im-
plicando uma revisão profunda das
funções do Estado e dos serviços pú-
Despesas com protecção social subiram quase quatro vezes mais do que na zona euro, mas continuam abaixo da média, sobretudo depois dos cortes recentes
Ana Rita Faria
Defesa é uma das áreas onde Portugal gasta mais do que a média dos países da zona euro
18,7É a despesa que Portugal tem com apoios sociais em percentagem do PIB. Está abaixo da média da zona euro (20,5%).
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | DESTAQUE | 3
blicos. “O Estado só deve fazer o que
faz bem e deve fazer muito melhor
aquilo que não pode deixar de fazer
porque só a ele cabe a responsabi-
lidade de providenciar” foram as
palavras que Passos Coelho deixou
no Parlamento.
Se este princípio vai ditar cortes
na saúde ou na educação, não se sa-
be. Mas a comparação com a Europa
revela onde parece haver margem
para mexer e onde não há, como é
o caso da protecção social.
Os dados mais recentes do Euros-
tat mostram que, em 2010, o Esta-
do português gastava 18,7% do seu
Produto Interno Bruto (PIB) com
apoios sociais – de longe o maior
agregado de despesa (ver gráfi co).
Na última década, o peso destes gas-
tos no PIB aumentou em quase sete
pontos, praticamente quatro vezes
mais do que o crescimento regista-
do, em média, na zona euro na mes-
ma altura. Ainda assim, a protecção
social é uma das poucas áreas – a
par, por exemplo, da saúde – onde
o Estado gasta abaixo da média dos
países da moeda única e da União
Europeia (UE). Uma tendência que
se terá mantido, ou mesmo agra-
vado, no ano passado e este ano,
na sequência de medidas como os
cortes dos subsídios de férias e de
Natal dos pensionistas, os cortes na
duração e no valor do subsídio de
desemprego, bem como as altera-
ções das condições de recurso deste
benefício e do Rendimento Social de
Inserção (RSI).
No próximo ano, haverá, aliás, no-
vos cortes, com uma redução entre
3,5% e 10% nas pensões acima de
1350 euros (e uma sobretaxa maior
nas pensões acima de 5000 euros)
ou com a nova contribuição extraor-
NUNO FERREIRA SANTOS
dinária de 6% sobre o subsídio de de-
semprego e de 5% sobre o subsídio
de doença. Além disso, o Governo
está a preparar novas mexidas no
RSI e no Complemento Solidário de
Idosos.
Sem grande margem para cortar
mais na protecção social, a compa-
ração europeia revela, contudo, que
há várias áreas onde Portugal con-
tinua a gastar mais do que a zona
euro. É o caso da Defesa e da Se-
gurança, da Cultura e da Educação,
onde o Estado gasta mais 1,4% do
PIB do que os outros países.
Já na Saúde, onde o ministro Paulo
Macedo disse esta semana que vol-
taria a ser analisada a divisão entre
público e privado, Portugal gasta
7% do PIB, menos do que a média
da zona euro. O mesmo acontece
com a habitação e com a protecção
ambiental.
O Governo cometeu um erro político enorme, ao não explicar a verdadeira situação do país Eduardo Catroga, presidente do Conselho Gerale de Supervisão da EDP
Olíder do PS, António José
Seguro, enviou, ontem
à tarde, a Pedro Passos
Coelho, uma carta em
“tom duro”, cujo conteú-
do os socialistas ainda não
quiseram revelar. Em resposta à mis-
siva enviada pelo primeiro-ministro
durante o debate do Orçamento do
Estado para 2013, e, numa interven-
ção no Porto, onde se encontrou
com militantes do PS ontem à noite,
Seguro seguiu essa mesma linha,
acusando o Governo de ter falhado
“em toda a linha” na execução orça-
mental para 2012. E voltou a defen-
der que a única “atitude inteligente”
era “mudar de política”.
“Vêm-nos pedir ajuda para quê?”,
perguntou o líder socialista, numa
intervenção onde insistiu que o PS
continuará “na linha da frente” do
combate pelo Estado social. Mas na-
da mais adiantou sobre o conteúdo
da resposta socialista à carta enviada
por Passos Coelho. No documento,
o primeiro-ministro terá concretiza-
do um pedido de consenso com os
socialistas em torno da “refundação
do memorando” que o chefe do Go-
verno propôs há uma semana, nas
jornadas parlamentares conjuntas
do PSD e do CDS.
Mas logo na quarta-feira à noite,
o conselheiro de Estado e ex-presi-
dente do PSD Luís Marques Mendes
anunciou, no seu comentário na
TVI24, que o Governo já está a es-
tudar essa reforma do Estado, tendo
pedido ajuda a técnicos do Fundo
Monetário Internacional para esse
fi m. Informação que foi entretanto
confi rmada pelo Ministério das Fi-
nanças e pelo próprio FMI.
O objectivo, precisou Marques
Mendes, é cortar 4000 milhões de
euros em despesa já em 2014, dos
quais 3500 milhões nas áreas sociais
e 500 milhões em Defesa, Segurança
e Justiça.
No discurso de ontem, António
José Seguro lamentou que, depois
de Passos Coelho ter enviado a carta
apelando ao diálogo, Marques Men-
des tivesse revelado onde iriam ser
feitos os cortes e que tinham ocor-
PS responde em “tom duro”, mas sem dizer em que termos
rido reuniões com alguns ministé-
rios.
Estas revelações já tinham desen-
cadeado uma onda de grande per-
plexidade junto do PS, que conside-
rou o convite do primeiro-ministro
“uma farsa”. Os socialistas questio-
nam-se o que fez o Governo tomar
uma iniciativa que recusou durante
16 meses. E consideram, em surdi-
na, que se trata de tentativa de sal-
var a própria pele no momento em
que o executivo se sente afl ito.
Vários dirigentes socialistas, como
Pedro Duarte, João Ribeiro e Eurico
Dias (em artigo publicado na pág. 47
desta edição do PÚBLICO) já deixa-
ram claro que a direcção do PS está
cada vez mais contra o princípio da
austeridade a todo o custo. E que
recusam pôr em causa as funções
sociais do Estado. Nesse artigo, Eu-
rico Dias acusa o presidente do PSD
de, com “a reforma gizada com os
técnicos do FMI”, parecer querer
“atacar os pilares da solidariedade e
da igualdade de oportunidades”
Mas a conversa entre os dois maio-
res partidos sobre esta matéria ain-
da não acabou. Ontem, o PS apenas
confi rmou ofi cialmente o envio de
uma resposta a Passos Coelho. O de-
putado socialista Miguel Laranjeiro
explicou que o conteúdo se manti-
nha reservado até esta ser lida pelo
presidente do PSD. Só depois o PS
aceitaria revelar a carta.
Ontem, o sociólogo Bruto da Cos-
ta também criticou a “refundação
do Estado” proposta pelo primeiro-
ministro. “A fi nalidade última do Go-
verno não é reformar o Estado, mas
arranjar quatro mil milhões de euros
até 2014. Portanto, o objectivo não é
reformar o Estado, não é fazer com
que o Estado desempenhe melhor
as funções que a sociedade quer
que lhe pertençam, mas é obter um
certo dinheiro”, disse o presidente
da Comissão Nacional Justiça e Paz
(CNJP) e antigo presidente do Con-
selho Económico e Social (CES), em
entrevista à rádio TSF.
Bruto da Costa criticou também
o envolvimento da troika. Lembrou
que uma reforma era, “antes de
mais, uma escolha da própria so-
ciedade, em que não deve haver a
intromissão de pessoas que não são
membros da sociedade”.
Leonete Botelho Nuno Sá Lourenço
As despesas do Estado
Fonte: Eurostat
2010, em % do PIB
Onde gastamos acima da média… …e onde gastamos abaixo da média
Despesa total
Educação
Cultura, recreação e religião
Assuntos económicos
Segurança e ordem pública
Defesa
Serviços públicos gerais
Protecção social
Saúde
Habitação
Protecção ambiental
* No caso da EU e da zona euro, os valores são provisórios. ** Face a 2000
PortugalZona Euro
Variação Variação
6,7
7
1,4
1,7
1,8
4,9
5,6
1,2
1,3
2,4
5,1
1,2
-0,7
0,2
0
0,7
0,2
1,7
1,1
0,2
0,1
0,1
0,3
6,5
0
0,1
-0,4
-0,1
0,8
1,2
6,7
2
0,9
0,7
1
0,6
7,5
7
20,5
18,7
PortugalZona Euro
10,4
50,9
4,7
51,4
(face a 2000) (face a 2000)
Variação** Variação**
4 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Número de divórcios caiu pela primeira vez em cinco anos
Pela primeira vez em cinco anos o
número de divórcios regista uma di-
minuição. Em 2011, verifi caram-se
27.098 casamentos dissolvidos por
divórcio, o que representa uma di-
minuição de quase 3% face a 2010,
ano em que se registaram 27.903
divórcios, segundo os dados mais
recentes do INE, disponibilizados
no início deste mês. Em cada 100
casamentos, pelo menos 74 acaba-
ram em divórcio. Do total de divór-
cios em 2011, o INE contabiliza seis
referentes a casamentos antes ce-
lebrados entre pessoas do mesmo
sexo. Desde 1996, ano em que se
registaram 13.429 separações, que
o número de divórcios não parou
de aumentar até 2000. Entre 2001
e 2006 houve oscilações pontuais,
ainda que se registasse uma tendên-
cia de crescimento. Em 2007 foram
contabilizados 25.411 divórcios, indi-
cador que foi aumentando até 2010.
Anália Cardoso Torres, investiga-
dora e socióloga que esteve envolvida
na elaboração na nova lei do divórcio
em 2008, acredita que o número de
divórcios está a diminuir, ao mesmo
tempo que estará a aumentar o nú-
mero de casais que vivem na mesma
casa e que, na prática, estão separa-
dos. “Há cada vez mais pessoas que,
não tendo meios económicos para
se divorciarem e depois subsistirem
em altura de crise, decidem continu-
ar a viver na mesma casa. Não estão
formalmente divorciados, mas estão
efectivamente separados”, diz a soci-
óloga. A crise pode ser, por isso, uma
das razões que estão a fazer diminuir
o número de divórcios formalizados.
“Momentos de crise como o que vive-
mos aumentam muito a confl ituali-
dade nos casais, nomeadamente por
difi culdades económicas e por um
fi car desempregado”, explica.
Anália Torres admite, por outro
lado, o efeito contrário. “É possível
que, em alguns casos, a crise poten-
cie um efeito de coesão. Os casais, em
alguns casos, podem dar mais algu-
mas oportunidades à relação face à
pressão da crise”, refere a socióloga,
que sublinha que “os divórcios e as
separações são uma causa importan-
te do empobrecimento dos agregados
e, por isso, nestas alturas, é natural
que se pense mais nisso”, refere.
Ao mesmo tempo que os divórcios
estão a diminuir, o número de pri-
meiros casamentos estará também
a apresentar uma “redução”, refere
a socióloga. “Está a aumentar o nú-
mero de divorciados que se voltam a
casar e a diminuir o número de pri-
meiros casamentos. Em 2011, 1359
homens e 1123 mulheres divorciados
voltaram a casar. Por outro lado, as
gerações mais novas têm outra con-
cepção de casamento. Continuam-
se a juntar e a ter fi lhos, mas muitos
não casam. Têm uma concepção
mais centrada nos sentimentos e
nos papéis igualitários do homem e
da mulher”, explica.
Também a advogada Rita Sasset-
ti, jurista com vasta experiência no
Direito da Família, não tem dúvidas
de que a crise está a fazer diminuir
o número de divórcios verifi cados.
“As pessoas querem o divórcio, mas
depois não têm dinheiro. Não há
dinheiro para pagar os emolumen-
tos dos processos”, diz a advogada,
que recorda que se o processo passar
apenas por uma conservatória, sen-
do por mútuo consentimento, terá
um custo de 250 euros, enquanto
a passagem pelos tribunais já sobe
para 610 euros. “O que digo a muitos
é que não se divorciem se não têm
dinheiro. Fiquem a morar na mesma
casa. Isso representa uma poupança.
Não têm outra hipótese. Sou eu pró-
pria que lhes digo isso”, reconhece a
advogada. Avisa, contudo, que essa
solução pode representar o aprofun-
damento de outros problemas, como
a continuidade da violência domés-
tica no campo psicológico.
Segundo o INE e da base de da-
dos Pordata, a Região Norte (9257)
concentrou, em 2011, um terço dos
divórcios do país. A maioria dos ca-
samentos dissolvidos referiu-se a
uniões pela forma católica (15.990),
enquanto 11.102 divórcios foram rela-
tivos a casamentos civis. Foi entre os
30 e os 39 anos que a maior parte das
mulheres (10.242) se divorciou, tal
como a maioria dos homens (9451).
Especialistas dizem que pessoas não têm dinheiro para se divorciarem formalmente devido à crise. Ficam a morar na mesma casa, mas têm vidas separadas
Justiça Pedro Sales Dias
Região Norte concentra um terço dos divórcios no país
Fontes: Instituto Nacional de Estatística e Pordata
Divórcios por ano Divórcios por 100 casamentos
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011 27.09827.903
26.46426.394
25.41123.935
22.85323.348
22.81827.960
19.04419.302
17.88115.278
14.07813.429
74,268,9
64,860,4
54,247,8
46,447,1
42,149,1
32,330
25,722,7
21,220,8
Por n.º de casamentos anteriores Em 2011
Por grupo etário dos cônjuges Em 2011
Por forma de celebração do casamento dissolvido
Por regiãoEm 2011
346
698768
1089
1850
7465
5619
9257
Estrangeiro
MadeiraAçores
Algarve
Alentejo
Lisboa
Centro
Norte
1341
19273280
945110.242
88578508
47803627
20601393
41
25.824
1123
125
18
2
25.532
1359
175
22
4
HomensMulheres
HomensMulheres
15.990Católica
11.102Civil
Por duração do casamento dissolvidoEm 2011
Ignorado30e mais
25-2920-2415-1910-14987654321Menosde 1 ano
71
28602135
32564044
5017
108010789901044114211691013967786440
Idade ignorada
60 e mais anos
50-59 anos
40-49 anos
30-39 anos
20-29 anos
Menos de 20 anos
Quatro ou mais
Três
Dois
Um
Zero
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | PORTUGAL | 5
“Os casais podem dar mais algumas oportunidades à relação face à pressão da crise”Anália TorresInvestigadora
O número de casais que recorre aos
tribunais para obter o divórcio tam-
bém está a diminuir. De acordo com
os dados mais recentes da Direcção-
Geral da Política de Justiça, em 2011
verifi caram-se 10.594 processos de
divórcio e separação judicial de pes-
soas e bens fi ndos nos tribunais ju-
diciais de 1.ª instância.
A socióloga Anália Torres reco-
nhece que a nova lei do divórcio
poderá ter infl uenciado esta dimi-
nuição do movimento de processos
relativos a divórcios que passam pe-
los tribunais. “O que a lei pretendia
era precisamente diminuir os pro-
cessos litigiosos”, recorda.
A lei passou por um processo
conturbado de aprovação até entrar
em vigor em Dezembro de 2008. O
Presidente da República, Aníbal Ca-
vaco Silva, decidiu, numa primeira
fase, vetar a lei. Acabou depois por
a promulgar, mas deixou um aler-
ta para as situações de “profunda
injustiça” a que o regime jurídico
iria conduzir. “O novo regime do
divórcio irá conduzir a situações
de profunda injustiça, sobretudo
para aqueles que se encontram em
posição de maior vulnerabilidade,
como é mais frequente, as mulhe-
res de mais fracos recursos e os
fi lhos menores”, avisou. Cavaco
Silva alertava mesmo que o novo
diploma iria fazer “aumentar a li-
tigiosidade”.
Os dados mais recentes revelam,
porém, precisamente o contrário.
“Era isto que se pretendia”, grace-
ja Anália Torres, satisfeita com a
redução desses casos. A socióloga
faz questão de sublinhar que “as
críticas, vindas de um quadrante
conservador da sociedade, que se
fi zeram ao novo diploma, foram um
disparate”. “Dizer que as mulheres
são a parte mais fraca que precisa
de ser protegida é um disparate,
quando, na maior parte das vezes,
em 60 a 70% dos casos, é precisa-
mente a mulher que desencadeia
o divórcio”, ilustra. A especialista
recorda que Portugal mantinha, na
altura, o conceito de culpa no di-
vórcio que já tinha sido retirado há
quase 30 anos noutros países. “Na
altura, assistiu-se a uma discussão
ideológica que em nada ajudou”,
salienta.
Já a advogada Rita Sassetti diz
que a actual lei necessita de altera-
ções. A jurista critica que o diploma
preveja o pagamento de prestação
de alimentos apenas à criança e
não à mulher se o ex-cônjuge não
tiver meios sufi cientes e discorda
de que o tribunal possa impor, ca-
so não haja acordo, a regra de que
“as responsabilidades parentais
relativas às questões de particular
importância para a vida do fi lho são
exercidas em comum por ambos os
progenitores”.
Rita Sasseti lembra ainda que,
Pedro Sales Diasapesar do novo diploma ter retira-
do a culpa no divórcio, “algumas
pessoas continuam a recorrer à Jus-
tiça Cível para exigir indemnizações
por danos morais. Nesses processos
estabelecem-se responsáveis”, diz.
A advogada defende também que
“as mulheres continuam a ser a par-
te mais desprotegida, situação que
se agudiza em alturas de crise”.
Em altura de difi culdades eco-
nómicas, o Governo aumentou
recentemente os preços dos pro-
cessos de divórcio no Regulamen-
to Emolumentar dos Registos e do
Notariado. O registo de processos
de divórcio e separação de pessoas
e bens por mútuo consentimento
subiu para 280 euros. Valores que
ascendem a 625 euros se se tratar
de um processo de divórcio e de
separação de pessoas integrando a
partilha e o registo de património
conjugal.
Presidente da República alertou que a nova lei do divórcio iria fazer aumentar a “litigiosidade”
6 Dos casamentos dissolvidos em 2011 foram de pessoas do mesmo sexo. Nesse ano casou-se em Portugal um total de 324 casais homossexuais
Total de casais que recorrem aos tribunais também diminuiu
6 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
O governo regional dos Açores, anun-
ciado ontem pelo seu indigitado presi-
dente, Vasco Cordeiro, tem uma nova
estrutura orgânica, menor do que a
do executivo cessante. Na sua consti-
tuição revela também uma grande re-
novação, pois apenas transitam dois
membros, o vice-presidente Sérgio
Ávila e, como subsecretário para as
Relações Externas, Rodrigo Oliveira.
Relativamente ao governo de Car-
los César, verifi ca-se uma redução
de mais de 35% do número global
de secretarias e subsecretarias, que
passam a ser sete. É, ainda, o mais
novo executivo açoriano, com uma
média de idades de 44 anos, acima
dos 39 do seu presidente.
Reiterando o que prometera na
campanha eleitoral, Vasco Cordeiro
considerou “essencial, nas presentes
circunstâncias, ter um governo mais
pequeno, mais ágil e no qual se refor-
ça a articulação entre políticas e entre
departamentos”. O próximo governo
“tem a consciência nítida dos desafi os
que se colocam à região”, declarou,
depois de apresentar o elenco ao re-
presentante da República. De entre
os seus desafi os, revelou, “assumem
prioridade os relativos à criação de
emprego e à competitividade das
empresas, bem como o de apoio às
famílias para fazer face às consequên-
cias sociais da conjuntura fi nancei-
ra e económica que atravessamos”.
Com tomada de posse marcada
para terça-feira, o XI Governo dos
Açores, presidido pelo economista
Vasco Cordeiro, tem a seguinte com-
posição: vice-presidente, Sérgio de
Ávila, 43 anos, economista; secretá-
ria da Solidariedade Social, Piedade
Lalanda, 51 anos, doutorada em Ciên-
cias Sociais, professora universitária
e deputada regional nas duas últimas
legislaturas; secretário da Saúde, Luís
Cabral, 33 anos, médico e actual res-
ponsável clínico do Serviço de Pro-
tecção Civil e Bombeiros; secretário
da Educação, Ciência e Cultura, Luiz
Fagundes Duarte, 38 anos, professor
universitário e ex-deputado na As-
sembleia da República; secretário do
Turismo e Transportes, Vítor Fraga,
42 anos, engenheiro electrotécnico
e actual vogal do conselho de admi-
nistração da SATA; secretário dos Re-
cursos Naturais, Luís Neto Viveiros,
54 anos, engenheiro zootécnico; sub-
secretário regional da Presidência
para as Relações Externas, Rodrigo
Vasconcelos de Oliveira, advogado,
36 anos.
Vasco Cordeiro muda e reduz Governo
AçoresTolentino de Nóbrega
DANIEL ROCHA
Apesar do confronto com Miguel Albuquerque, Jardim promete “passar uma esponja sobre tudo e todos”
Alberto João Jardim foi ontem reelei-
to presidente do PSD-Madeira pela
diferença mínima de dois pontos
percentuais. Obteve 51% da votação,
derrotando Miguel Albuquerque com
49%. Nas mais disputadas eleições
internas, em que pela primeira vez
teve um concorrente, Jardim obte-
ve apenas mais 88 votos que Miguel
Albuquerque, cuja votação é consi-
derada bastante expressiva atenden-
do às adversidades encontradas na
campanha.
Reconduzido desde 1976 com
percentagens superiores a 90%, o
presidente do PSD madeirense dis-
se ontem que depois do novo escru-
tínio é tempo “de curar as mazelas”
provocadas pelo aparecimento, pela
primeira vez, de duas listas candida-
tas à liderança. E ameaça desenca-
dear o processo de revisão constitu-
cional, no Parlamento, através dos
deputados sociais-democratas eleitos
pela região, caso sejam rejeitadas as
suas propostas de alteração ao OE.
“O partido foi, de certo modo, pe-
nalizado por toda esta palhaçada e
vão fi car algumas mazelas, mas, ago-
Jardim consegue vitória à tangente e mantém-se na liderança do PSD-Madeira
ra, a nossa função é curar as maze-
las”, declarou Jardim, que promete
passar “uma esponja sobre tudo e to-
dos”. No decurso da campanha, em
que utilizou meios ofi ciais e partidá-
rios para atacar o adversário interno
e seus apoiantes, com os caracterís-
ticos excessos de linguagem usados
nas campanhas eleitorais regionais
contra políticos da oposição, o líder
insular tinha ameaçado expulsar Mi-
guel Albuquerque do partido, sob a
acusação de desferir “facadas nas
costas” e de “tentar destruir o parti-
do por dentro”. Jardim tinha também
ameaçado demitir-se da liderança do
executivo madeirense se não fosse
reeleito presidente do partido nestas
eleições, a que teve de se recandida-
tar, contrariando o que considerava
irreversível, para travar a crescente
vantagem do presidente da Câmara
do Funchal, Miguel Albuquerque,
em relação ao seu candidato, Ma-
nuel António Correia, que teve de
substituir.
Referendo na Madeira?Na moção Realizar a Esperança com
que se apresentará ao XIV Congres-
so regional, a realizar a 24 e 25 de
Novembro, Jardim sustenta que o
PSD-M só é “derrotado através da di-
visão interna”. E, referindo-se direc-
tamente a Albuquerque, que acusa
de “deslealdade”, questiona: “Cabe
perguntar à consciência dos fi liados
no PSD, vamo-nos suicidar politica-
mente só para seguir as leviandades
e oportunismos? Vamos entregar o
PSD-M a um testa-de-ferro dos nossos
inimigos políticos?”
Jardim diz na moção esperar que,
“quando derrotados, os que provo-
caram tudo isto ao partido que os
propôs, ajudou e trabalhou para os
eleger, se demitam dos cargos para
que foram eleitos em nome do PSD”,
porque, em 2013, o “PSD-M tem de
enfrentar as difi culdades da con-
juntura, trabalhar tranquilamente
para preparar e ganhar as eleições
autárquicas e preparar o congresso
regional de fi nais de 2014, princípios
de 2015”. E deixa “muito claro que
se os derrotados agora continuarem
a tentar rebentar o PSD por dentro,
devem ser afastados nos termos es-
tatutários”.
Em termos de revisão constitu-
cional, com que ameaça recorren-
temente quando trava, como agora,
complexas negociações para ultra-
passar as crónicas difi culdades fi nan-
ceiras da sua governação, Jardim de-
fende a “separação” da Madeira de
Portugal se não forem ampliadas as
competências legislativas regionais.
“Esclarecemos que ante a recusa de
uma maior autonomia no seio da
pátria portuguesa, que desejamos
fortemente, optamos pela separa-
ção”, realça. E desafi a o Estado pa-
ra, em caso de dúvidas, “ter a cora-
gem para permitir um referendo na
Madeira que, de uma vez por todas,
demonstre a vontade do povo ma-
deirense, reforce a coesão nacional
e fi nalmente encerre o contencioso
das autonomias”.
Partidos Tolentino de Nóbrega
Pela primeira vez com dois candidatos, Jardim obteve 51% dos votos e Miguel Albuquerque 49%, ou seja, apenas mais 88 votos
O presidente da Associação Sindi-
cal dos Juízes Portugueses, Mouraz
Lopes, foi ontem ao Parlamento di-
zer que a independência, nomeada-
mente a fi nanceira, dos magistrados
“começa a ser posta em causa”. O
juiz foi ouvido na comissão de Orça-
mento e Finanças sobre a proposta
de Orçamento do Estado de 2013. Na
audição, Mouraz Lopes classifi cou
a redução de rendimentos aplica-
da aos juízes como “preocupante,
para não dizer perigosamente pre-
ocupante”. O representante sindical
lembrou as limitações impostas aos
magistrados e o regime de exclusivi-
dade que os impede de obter outras
remunerações para alertar sobre a
importância da independência fi nan-
ceira. E deu a entender que via como
necessário aplicar aos juízes um re-
gime de excepção nos cortes sala-
riais tal como tinha sido feito para os
responsáveis do Banco de Portugal.
Do lado da maioria, o deputado
Hugo Velosa (PSD) respondeu ao
alerta lembrando a crise e argumen-
tando que os cortes nos salários são
um problema que “toca a todos”.
“Não é a única actividade no Estado
português que deve gozar de auto-
nomia fi nanceira que, infelizmente,
desde 2010 tem vindo a ser posta em
causa”, reconheceu Velosa. E deu
como exemplo as reduções nos ren-
dimentos dos deputados.
O deputado comunista João Olivei-
ra aproveitou o alerta para questio-
nar se “um juiz alvo de um proces-
so de execução por uma instituição
fi nanceira decidirá com isenção e
imparcialidade se estiver perante um
processo sobre essa instituição”. Pe-
dro Filipe Soares, do BE, lembrou
que as preocupações de Mouraz
Lopes são uma realidade em países
como a Grécia.
Juízes querem ser excepção nos cortes do Orçamento
JustiçaNuno Sá Lourenço
Mouraz Lopes, líder da ASJP
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | PORTUGAL | 7
Queques e bolos de arroz deixam de estar à vista nas escolas
Se as escolas seguirem as recomen-
dações da Direcção-Geral de Saúde
(DGS), os alunos vão deixar de ter
à vista guloseimas aparentemente
inofensivas, como pastéis de nata,
queques, bolos de arroz, croissants
ou bolachas maria. Apesar de não
saírem dos bares, saem dos expo-
sitores, que fi cam reservados para
os alimentos “a promover”, os mais
saudáveis.
Esta é a principal novidade do
documento que ontem foi colocado
na página electrónica da Direcção-
Geral de Saúde, em substituição do
anterior, que fora elaborado em
2007. “Parece insignifi cante, mas
não é: cada vez mais estudos vêm
comprovar que, mesmo a nível das
escolhas conscientes (e não só das
impulsivas, que fazemos quando
estamos cansados, por exemplo)
somos infl uenciados por este factor.
Por exemplo: aproximamo-nos de
um bar com intenção de comprar
uma sandes, mas temos tendência
para a trocar por um bolo, se este
estiver à vista e aquela não”, aponta
Pedro Graça, especialista em nutri-
ção da DGS e responsável científi co
pelo manual.
Entre os alimentos saudáveis
por que os estudantes vão poder
passear os olhos estão sandes en-
riquecidas com hortícolas, leite
branco, iogurtes sólidos ou líqui-
dos sem edulcorantes, água e fruta,
por exemplo. Os que são expulsos
dos expositores fazem parte da lista
dos alimentos “a limitar”, ou seja,
“não são os mais saudáveis, mas são
admitidos, sob o risco de os alunos
rejeitarem o bar e recorrerem ao
café mais próximo para comprar
guloseimas”, explica Pedro Graça.
São estes que, a partir de agora, os
consumidores vão ter de pedir.
As listas são iguais às de há cinco
anos e isso aplica-se àquilo que os
estudantes não devem ver nem co-
mer. A DGS não usa a palavra proi-
bição, mas carrega no vermelho do
título dos alimentos “a não disponi-
bilizar”. Desta lista fazem parte cro-
quetes e pastéis de bacalhau, bolas-
de-berlim e mil folhas e chouriço
e mortadela, entre muitos outros.
Listas de verifi caçãoOs directores das escolas vão rece-
ber listas de verifi cação para po-
derem “auto-avaliar” os procedi-
mentos, explicou Pedro Graça, que
apelou às famílias para que ajudem,
também, nas visitas às escolas, a
garantir que as recomendações
são cumpridas. “Dado que o bufete
escolar constitui um serviço com-
plementar ao refeitório, de forneci-
mento de refeições intercalares aos
alunos e restante comunidade edu-
cativa, deve observar os princípios
de uma alimentação equilibrada e
promotora de saúde”, pode ler-se
na introdução do documento.
Passou também a constar hoje da
página DGS um outro documento
sobre alergias alimentares. O princí-
pio é o mesmo: defi nir linhas orien-
tadoras úteis a quem confecciona e
serve refeições aos estudantes.
EducaçãoGraça Barbosa Ribeiro
No manual da alimentação saudável, a lista dos alimentos não mudou, mas as regras para a sua exposição são outras
Guloseimas vão deixar de estar à vista nas escolas
Breves
Saúde
Utentes têm 90 dias para manterem médico de famíliaOs centros de saúde começaram a contactar os utentes que não vão a consultas com o seu médico de família há três anos para dizerem se pretendem manter o seu lugar na lista do médico. Estes utentes vão receber cartas dos respectivos centros ou USF, tendo então um prazo de 90 dias para responder se quiserem manter o seu lugar na lista. Os que não o fizerem são colocados numa lista paralela e só voltarão ao médico original desde que este tenha vaga.
O actual embaixador português em
França, Seixas da Costa, abandona em
breve as suas funções por atingir, em
Fevereiro próximo, o limite de idade.
Esta questão, bem como outras
relacionadas com alterações nas re-
presentações diplomáticas portu-
guesas no estrangeiro, foi o tema de
um encontro ontem, no Palácio de
Belém, entre o chefe da diplomacia
e o Presidente da República.
Francisco Manuel Seixas da Cos-
ta é um dos mais experimentados
diplomatas portugueses. Em 1995,
foi nomeado secretário de Estado
dos Assuntos Europeus, tendo sido
Embaixador Francisco Seixas da Costa abandona funções em Paris
o principal negociador português
dos tratados de Amesterdão e Nice e
presidido ao comité de ministros do
Acordo de Schenghen. Foi, depois,
embaixador junto das Nações Uni-
das, da Organização para a Seguran-
ça e Cooperação da Europa, Brasil e
está, desde 2009, em Paris.
Na reunião de ontem, Paulo Por-
tas abordou também com Cavaco
Silva a próxima estada de seis horas,
no dia 12, da chancelar alemã Angela
Merkel a Portugal.
A visita de Estado do Presidente
da Colômbia ao nosso país, entre 14
e 15 deste mês, foi outro dos temas
tratados. Juan Manuel Santos estará
dois dias no nosso país a caminho da
cimeira ibero-americana de Cádis,
em Espanha, que se realiza a 16 e
17. O encontro de chefes de Estado
e primeiros-ministros ibero-ameri-
canos foi, aliás, outra das questões
que também foi ontem abordada
por Cavaco Silva e Paulo Portas.
DiplomaciaNuno Ribeiro
MIGUEL MANSO
Ministro dos Negócios Estrangeiros reuniu-se ontem com Cavaco Silva
Número Nacional/Chamada Local
8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
NOS BASTIDORES DA POLÍTICA
O desafi o de Passos Coelho a
António José Seguro, em plena
discussão do Orçamento do
Estado, para a reforma do Estado
soou a tiro de partida para um
debate político profundo sobre
o aparelho da administração
e os seus desperdícios sem a
pressão de uma campanha
eleitoral evidente. Parecia ser o
regresso da política. Exauridas
as soluções fi scais e congelada a
despesa do Estado, restava passar
à difícil tarefa de defi nir — “com
sensibilidade e bom senso”,
aconselhou Marques Mendes —
aquilo que o Estado tem de deixar
de fazer para poder manter o
essencial.
Deveríamos estar a discutir
modelos, co-pagamentos,
concessões, partilha de
responsabilidades e de esforço.
Os principais partidos conhecem
bem os aparelhos e os seus
monstrinhos para saber onde
cortar, quando realmente se
decidirem a isso.
Mas afi nal foi uma falsa partida.
Foi um tiro de pólvora seca.
Afi nal não é bem para haver
debate, nem para nos pormos
agora a discutir “corta aqui corta
acolá”. Há formas mais simples,
rápidas e indolores. Há técnicos
especializados com modelos
prefabricados, que ajustam o fato
ao corpo com a mestria de um
alfaiate de Veneza.
Que papel resta ao PS neste
casamento a que foi convidado
para padrinho, quando os
noivos já estavam no altar? Tem
duas alternativas. Ou vira as
costas, fazendo o que Passos
fez a Sócrates quando soube
tardiamente das negociações do
PEC IV com a senhora Merkel. Ou
vem a jogo, trazendo o seu know-how, os seus quadros, os seus
estudos, as propostas. E as suas
condições.
Falsa partida
ComentárioLeonete Botelho
Público e notório
Não é de agora o debate sobre o divórcio entre eleitos e eleitores. Há muito que os estudiosos e os políticos reconhecem o problema, na maior parte das vezes, quando se vai a votos e a abstenção atinge percentagens assustadoras. Mas o debate do Orçamento na generalidade na Assembleia da República revelou caricaturalmente, ao vivo e a cores, a degradação de outra relação marital: a do Governo com a maioria que o suporta. Em dois dias sucederam dois episódios que deixam tristes todos os que são obrigados a ver um processo de separação em curso. O primeiro passou-se na terça-feira durante a interrupção dos trabalhos para almoço. O ministro das Finanças, sozinho e abandonado, no Plenário durante 40 minutos, à espera que o debate recomeçasse. Vítor Gaspar ficou sentado na bancada do Governo tendo por companhia o seu computador, enquanto os deputados da maioria almoçavam antes de regressarem à lide parlamentar. Não foi, contudo, a única situação deprimente. No dia seguinte, já aprovado na generalidade o Orçamento, a presidente da AR quis despedir-se do executivo, ao atirar da mesa o habitual “aproveito também para cumprimentar o Governo” antes de encerrar os trabalhos.Seria mais um momento parlamentar banal não tivesse já o Governo saído de fininho do hemiciclo sem que a segunda figura do Estado se tivesse apercebido. N.S.L.
Desencontros improváveis
Caso da semanaO valor das palavras
Foi uma semana dura para o ministro da Defesa. Em discurso, no domingo, nas Caldas da Rainha, no Dia do Exército, José Pedro Aguiar-Branco lamentou, com razão, a errada citação de números de despesa do seu ministério por comentadores. Conseguiu a indispensável rectificação. Aguiar-Branco criticou, também, militares que a propósito da austeridade e da sua condição socioprofissional se reúnem em hotéis. Encontros legítimos, no âmbito das associações que os representam. Tudo isto aconteceu antes de ser divulgado que as despesas militares estão na agenda dos técnicos do FMI, o que o ministro conhecia. E num ambiente compreensível de discussão sobre a dimensão das Forças Armadas. Afinal, o
preâmbulo do debate que o Governo e a assessoria técnica internacional convidada estão a desenvolver. Assim sendo, é de difícil compreensão o enfado ministerial. O gabinete do ministro desdobrou-se em iniciativas. Queixou-se da Lusa à ERC. Em causa, o título de uma notícia segundo a qual o ministro acusava comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa. O comunicado do ministério relembra que o titular da Defesa considerou que o discurso da inutilidade das Forças Armadas (de alguns comentadores) “é tão corrosivo, tão arriscado e tão perigoso para a segurança nacional como qualquer outra ameaça externa”. É este o valor das palavras para José Pedro Aguiar-Branco. Nuno Ribeiro
RUI GAUDENCIO
VERSO E REVERSO
“Vale pouco a Constituição proteger direitos sociais se o Estado não tem dinheiro para os pagar”
“Isso dos brandos costumes é uma treta. De vez em quando este país passa-se”
Pedro Passos CoelhoPrimeiro-ministro
Manuel AlegreMilitante do PS
DIAS 3 E 4 DE NOVEMBRO
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10 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
GOVERNO EM BALANÇO
O ministro anunciou ao que vinha.
Se Portugal, por via do resgate da
troika, se tornou num quase “pro-
tectorado”, a missão principal da di-
plomacia era criar as condições para
que essa situação termine. A diplo-
macia económica foi transformada
em prioridade das prioridades. A re-
cuperação da credibilidade externa
foi defi nida como objectivo central.
O controlo da AICEP (Agência para
o Investimento e Comércio Externo
de Portugal) um dos instrumentos
principais. Um ano e alguns meses
depois, a primeira constatação é
que Paulo Portas, o novo ministro
de Estado e dos Negócios Estrangei-
ros, não saiu deste guião. A segunda
é que, apesar dos resultados positi-
vos, o ministro exagerou na dose.
É esta a opinião generalizada. Agiu
como uma espécie de “ministro da
Economia”, descorando a dimensão
de chefe da diplomacia portuguesa,
numa altura em que os desafi os eu-
ropeus não a dispensam.
A chamada “diplomacia económi-
ca” já existia com uma prioridade
desde o tempo de António Martins
da Cruz (2002-2003). A grande pre-
ocupação deste ministro foi transfor-
má-la na prioridade das prioridades
e dar-lhe muito maior visibilidade. As
embaixadas passaram a ter como ob-
jectivo criar as melhores condições
para a atracção de investimento e
Falta uma diplomacia europeia a Paulo Portas
Não chega ao MNE remeter-se ao papel de “ministro da Economia”. A diplomacia europeia é fundamental. Tanto no plano interno como no externo
macia”, incluindo as pontes com
os outros governos europeus. E há
ainda uma frente interna que esteve
sempre descurada. “Só agora o mi-
nistro veio tratar dela publicamente
com o seu discurso aos deputados,
quando disse, pela primeira vez, que
Portugal tem de ter uma posição mais
pró-activa na frente europeia”, acres-
centa Maria João Rodrigues.
A generalidade das fontes contac-
tadas pelo PÚBLICO — na diploma-
cia e nas relações internacionais —
concorda. “Mais valia a Paulo Portas
bater o pé ao ministro das Finanças
na frente europeia do que fazê-lo na
frente interna”, diz uma fonte diplo-
mática altamente colocada. “Devia
ter aproveitado alguma credibilidade
externa de Vítor Gaspar para acres-
centar a sua parte. Preferiu sobrepor-
se ao ministro da Economia, quando
devia ter feito o contraponto do titu-
lar das Finanças.”
Carlos Gaspar, investigador do
IPRI, também considera que o mi-
nistro podia e devia ter tido outro
papel na política europeia e que o ar-
Negócios EstrangeirosTeresa de Sousa
para a melhoria das exportações.
Os mercados emergentes, em expan-
são, passaram a prevalecer sobre os
mercados europeus, em recessão. A
coreografi a das suas vistas ao exte-
rior confi rma este objectivo: Ango-
la, Brasil, China, Emiratos, Estados
Unidos. Quando prestou contas aos
deputados da maioria nas jornadas
parlamentares do PSD e do CDS, enu-
merou algumas das suas “vitórias”.
Conseguiu garantir que o vinho por-
tuguês não será abrangido pelo au-
mento das taxas impostas pelo Brasil
às importações da UE. Começou a
resolver o problema da dupla tribu-
tação em mercados importantes.
Preocupou-se em garantir facilida-
des mútuas de vistos de residência
para investidores.
Tudo isto é louvável. Mas a política
externa não se esgota aqui. O Tra-
tado de Lisboa não é desculpa que
chegue para justifi car o apagamento
do ministro em matéria de política
europeia. Foi esta uma das justifi ca-
ções que Paulo Portas apresentou
nas jornadas da maioria.
“É inegável que o essencial da
política europeia se deslocou do
Conselho de Ministros dos Negó-
cios Estrangeiros para o Conselho
Europeu — quer se trate das políticas
europeias, quer da própria política
internacional”, diz Maria João Rodri-
gues, uma observadora privilegiada
do que se passa em Bruxelas. “Mas há
um trabalho preparatório que é feito
pelas outras formações do Conselho
e, sobretudo, pelos chefes da diplo-
gumento do Tratado de Lisboa é uma
pobre justifi cação. “Há um desequilí-
brio manifesto na política europeia,
reduzindo-a à contabilidade, e isso
é da sua responsabilidade”.
Berlim e os outros A segunda grande crítica à política
europeia do país é o seu excessivo ali-
nhamento com Berlim, que o minis-
tro não praticou mas também quase
nunca contrariou. Aqui, as opiniões
dividem-se. Carlos Gaspar considera
que “uma estratégia de aliança pre-
ferencial com a Alemanha no con-
texto da crise é justifi cada”. Não só
porque é a nossa principal credora,
mas porque “é a principal responsá-
vel pela construção europeia, nesta
fase.” O que não quer dizer que “as
pontes com Paris não sejam igual-
mente importantes”. O investigador
critica sobretudo a tese que defende
“a frente das periferias”. Primeiro,
porque é uma aliança entre fracos;
segundo, “porque a experiência já
mostrou que estão preparados para
se traírem uns os outros”.
Paulo Portas pode exibir a sua
participação nos encontros organi-
zados pelo seu homólogo alemão
para debater o futuro da zona euro,
que envolveu 11 chefes da diplomacia
europeus. É mesmo um dos subscri-
tores do documento fi nal desse gru-
po de refl exão, redigido por Guido
Westerwelle. O problema é que essa
participação quase passou desaper-
cebida no debate interno. Porquê?
“Porventura, há uma inibição ideo-
lógica do ministro, que nunca foi um
europeísta entusiasmado, ao ver-se
agora confrontado com uma acelera-
ção da integração num sentido qua-
se federal com o qual está pouco à
vontade”, diz uma fonte diplomática
em Lisboa. Portas tem insistido sem-
pre numa abordagem “pragmática”.
O Governo, incluindo ele próprio,
ainda não se manifestou claramente
sobre as decisões cruciais que vão
ter de ser tomadas na governação da
UEM já na cimeira de Dezembro. A
Alemanha quer uma união política.
E Portugal?
Finalmente, o palco internacional.
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | PORTUGAL | 11
POSITIVO E NEGATIVO
▲ Alguns resultados conseguidos na diplomacia económica.
▼ A ausência de um discurso europeu.
YVES HERMAN/REUTERS
Portugal preside ao Conselho de Se-
gurança e nota-se pouco. Procurou
ter um protagonismo na crise da
Guiné-Bissau. Sem consequências.
As missões militares no estrangeiro
no quadro da NATO e da EU são hoje
quase residuais e ninguém fala nelas.
Recuperar a autonomia fi nanceira
é importante. Abdicar da diploma-
cia europeia e mundial é contrapro-
ducente. Se Paulo Portas diz que “a
Europa é a nossa casa e o mundo o
nosso destino”, tem de dizer de que
casa queremos partir e a que mundo
queremos chegar.
POSITIVO E NEGATIVO
▲ A redução dos descontos para aceder ao subsídio de desemprego e o diálogo estabelecido com as IPSS.
▼ O corte transversal nas prestações sociais.
Até domingo, o PÚBLICO faz um balanço do Governo, ministério a ministério. Amanhã: Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território
O ministro é criticado por tirar com uma mão e depois dar menos com a outra, mas argumenta que não tem opção ao cumprimento do memorando
O ministro que tem no Ministériodas Finanças o principal entrave
O ministro da Solidariedade e da Se-
gurança Social, Pedro Mota Soares,
tem cumprido à risca o caderno de
encargos do memorando da troika
– cortando nas despesas e reduzin-
do apoios sociais –, que depois tem
tentado colmatar com medidas ci-
rúrgicas para responder aos casos
mais problemáticos.
Mas estes apoios pontuais são
considerados insufi cientes face à
redução do número de benefi ciá-
rios de algumas prestações sociais
– o rendimento social de inserção
(RSI), por exemplo, caiu perto de
9% face a Agosto do ano passado
–, ao aumento do desemprego e ao
elevado número de situações de ca-
rência detectadas pelas instituições
que trabalham no terreno.
Quem olha de fora critica esta
política de tirar com uma mão pa-
ra depois dar menos com a outra.
O ministro, por seu turno, não se
cansa de sublinhar que o Governo
não tem outra opção senão cumprir
o memorando da troika e destaca
as medidas que têm sido aprovadas
para apoiar as situações mais críti-
cas – como a majoração do subsídio
para casais desempregados.
Para o investigador Alfredo Bruto
da Costa, a actuação de Mota Soares
está muito condicionada pelo Minis-
tério das Finanças, cujo principal
objectivo “é reduzir despesas”. “As
grandes medidas de redução das
despesas sociais e de aumento de
impostos são tomadas por via do
Ministério das Finanças. As medi-
das sociais são um remendo assis-
tencialista, muito longe do que seria
necessário”, realça.
Desde que este Governo tomou
posse, a resposta ao aumento do de-
semprego para níveis históricos tem
passado pelo corte signifi cativo na
duração e no valor do subsídio.
sempregados com fi lhos, um sub-
sídio de desemprego para alguns
trabalhadores independentes e au-
mentou as pensões mínimas. Mui-
tas destas medidas para colmatar
os cortes efectuados inserem-se no
Programa de Emergência Social.
Mas se em alguns casos as medi-
das têm expressão no terreno, nou-
tras o ministério tarda em fazer um
balanço. Ninguém sabe ao certo
como está a correr a “bolsa de ar-
rendamento”. Em Junho de 2012,
a “bolsa” foi lançada com cerca de
mil fogos em 108 municípios. O PÚ-
BLICO já pediu elementos para fazer
um balanço sobre quantas famílias
benefi ciaram do mercado social,
mas não obteve resposta.
Já a rede de cantinas sociais não
tem deixado de estar na agenda da
equipa de Mota Soares: 500 proto-
colos assinados em seis meses. Ou-
tra das medidas anunciadas (e fran-
camente aplaudidas pelas institui-
ções sociais) foi a fl exibilização das
regras de funcionamento de alguns
serviços, como creches e lares de
idosos. Uma fl exibilização destina-
da a permitir um maior número de
crianças por sala e mais idosos por
quarto – 30 mil novas vagas.
José Augusto Oliveira, da comis-
são executiva da CGTP, lamenta que
o principal objectivo deste Governo,
“independentemente do ministro
que tutela a pasta”, seja lançar “uma
forte ofensiva ao Estado social” e
critica as políticas assistencialistas
que surgem como alternativa. O
dirigente não tem dúvida de que o
objectivo do executivo é pôr em cau-
sa o sistema público de Segurança
Social para “depois justifi car a sua
passagem para o sistema privado”.
O plafonamento foi uma ideia lan-
çada para cima da mesa em fi nal de
Abril pelo Governo, mas acabou por
não ir além de uma declaração de
intenções, face ao coro de críticas
que gerou.
A aposta num modelo assistencia-
lista é uma crítica recorrente a que
Mota Soares está sujeito. O ministro
responde que o objectivo é focar a
resposta do Estado “nas necessida-
des concretas das pessoas” e traba-
lhar em conjunto com as instituições
que estão no terreno.
Jorge Bravo, professor da Uni-
versidade de Évora, considera que
é forçada a ideia de que este Gover-
no está a caminhar no sentido do
assistencialismo. “Não há uma mu-
dança profunda do elenco de pres-
tações sociais”, justifi ca, e lembra
que o país atravessa uma situação de
emergência que justifi ca alguns ajus-
tamentos nas prestações sociais.
Também Bruto da Costa diz que
ainda “não é sufi cientemente claro”
que o objectivo das medidas vá no
sentido de mudar radicalmente o
Estado social. Mas, alerta, “temos
de estar atentos para saber o que sig-
nifi ca a refundação do Estado agora
anunciada pelo primeiro-ministro”.
com Andreia Sanches
Enquanto corta nos apoios sociais, o Governo tenta colmatar as necessidades com medidas consideradas “insuficientes”
O RSI também teve mudanças sig-
nifi cativas, tanto ao nível do acesso
como do montante. A baixa por do-
ença até 30 dias baixou para 55% do
salário. As pensões acima de 600
euros tiveram cortes nos subsídios
de férias e de Natal e as reformas
antecipadas foram suspensas até ao
fi nal do programa de ajustamento.
Na calha estão novas reduções no
RSI e no complemento solidário
para idosos, além da suspensão do
complemento por dependência a
quem recebe pensões acima de 600
euros. O Orçamento do Estado para
o próximo ano prevê ainda que os
desempregados e trabalhadores de
baixa passem a descontar 6% e 5%,
respectivamente.
Ao mesmo tempo, o Governo re-
duziu o tempo de descontos neces-
sário para aceder ao subsídio, criou
uma majoração para os casais de-
Solidariedade SocialRaquel Martins
RITA BALEIA
Mota Soares é acusado de recorrer a “remendos assistencialistas”
12 | ECONOMIA | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Autódromo do Algarve afundou-se com a crise no imobiliário irlandês
Plano de viabilidade da empresa apresentado ontem pede aos credores que perdoem 40 milhões e estejam dispostos a só receberem os 160 milhões de dívida, num prazo que pode chegar aos 15 anos
NUNO FERREIRA SANTOS
Autódromo Internacional do Algarve está ameaçado pelas dívidas
A Parkalgar, empresa que gere o
Autódromo Internacional do Al-
garve, apresentou ontem em tri-
bunal um plano para recuperar o
projecto, que só será viabilizado se
os credores estiverem dispostos a
perdoar 40 milhões e, nalguns ca-
sos, disponíveis a esperar 15 anos
até que a dívida seja liquidada. A
aceitação, ou recusa, do Plano Es-
pecial de Revitalização (PER), está
dependente da homologação pelo
juiz do processo, que tem 20 dias
para se pronunciar. Ao fi m de qua-
tro anos de funcionamento, o pro-
jecto acumula dívidas de mais de
160 milhões de euros.
O que afundou este projecto de
Potencial Interesse Nacional (PIN),
reconhecem, foi a crise no sector
imobiliário. Por concluir fi cou um
hotel de cinco estrelas, com 194
quartos e 160 apartamentos, mais
um parque tecnológico que não se
construiu. A falência do grupo irlan-
dês Harte Holding, com que a em-
presa tinha assinado um contrato de
compra e venda dos apartamentos
e hotel, deixou a Parkalgar numa si-
tuação periclitante. Ainda recebeu
de sinal dois milhões de euros, em
2009, mas o negócio de 34 milhões
e 350 mil euros pela venda dos apar-
tamentos, mais sete milhões pela
venda do terreno do hotel, não se
concretizou.
O circuito automobilístico, apesar
de o aluguer ser dos “mais elevados
da Europa”, diz o plano, tem conse-
guido obter taxas de ocupação “ele-
vadíssimas”, sempre superiores a
85%. Para o futuro, a empresa reto-
ma a ideia de desenvolver o projecto
como “um todo”, compaginando a
área do desporto automóvel com os
negócios do imobiliário, tendo no
sector imobiliário/turístico “uma
das peças fundamentais desta estra-
tégia e deste plano de viabilidade”.
O hotel, construído com recurso a
uma linha de crédito do BCP, parou
as obras em Março. A dívida acumu-
lada a credores (bancos e fornece-
dores) “impede a gestão da empresa
em moldes que permitam sustentar
a sua viabilidade económica”.
A estratégica para recuperar a em-
presa passa pela “ocupação perma-
nente” da pista, captando eventos e
marcas internacionais. Mas há um
“pressuposto fundamental”, lê-se
no documento, que é a “conclusão
imediata” do complexo turístico
(hotel e apartamentos). O sector
imobiliário representa “um poten-
cial de receitas brutas de cerca de
38 milhões de euros”.
Além do autódromo e de um kar-
tódromo, o projecto prevê ainda a
construção de um parque tecnoló-
gico, com dez lotes de terrenos que
no total possuem uma capacidade
de construção de 60 mil metros
quadrados, mais um lote para um
complexo desportivo com dez mil
metros quadrados.
15 anos de esperaO Plano Especial de Revitalização-
prevê para 2013 e anos seguintes al-
cançar um volume de negócios de
10,1 milhões de euros pelo aluguer
do autódromo e do kartódromo,
mais 13,5 milhões com a venda de
apartamentos. Num cenário de crise
no imobiliário, uma das peças fun-
damentais da estratégia passa pela
“fi nalização da construção dos apar-
tamentos”, sendo também “neces-
sário que o hotel previsto para o
complexo esteja terminado e apto
a ser explorado”.
O empreiteiro que arrisque avan-
çar com a obra não terá um “prazo
fi xo” para o retorno do investimen-
to, mas estima-se que o reembolso
poderá ocorrer num período de
dois anos. No que diz respeito aos
credores comuns, é-lhes proposto
um prazo máximo de 15 anos para
serem ressarcidos da dívida. Em al-
ternativa, poderão optar pelo pa-
gamento através do recebimento
de apartamentos e lotes do futuro
Parque Tecnológico. O Estado pode-
rá vir a liquidar a dívida num prazo
até 12,5 anos. O fi sco terá a receber
mais de 318 mil euros euros, a Segu-
rança Social 295 mil euros e o maior
credor – o Millennium BCP – 117,35
milhões de euros.
InvestimentoIdálio Revez
160Valor em milhões de euros da dívida acumulada pela Parkalgar. O principal credor é, de longe, o BCP, com quase 120 milhões
PIN falhado
Projecto longe das expectativas
Apresentado pelo presidente da Câmara Municipal de Portimão como “um dos maiores
projectos jamais realizados” no Algarve, “determinante” para o futuro “económico e turístico” da região, o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) teima em não corresponder às expectativas quatro ano depois da sua abertura ao público.
Propriedade da Parkalgar – constituída em finais dos anos de 1990 pelo grupo Bemposta, de Portimão –, o complexo do AIA só seria inaugurado em Novembro de 2008. Pelo caminho, o Governo de José Sócrates atribuiu-lhe o estatuto de projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN), não faltando à sua inauguração o então ministro da Economia Manuel Pinho.
Com um custo estimado de 200 milhões de euros, ocupando 310 hectares, o AIA apresentou-se como o mais moderno equipamento europeu do género. Paulo Pinheiro, administrador executivo da Parkalgar, garantia que o empreendimento não seria um “elefante branco”, ao contrário do que dizia acontecer com o autódromo do Estoril.
Inaugurada a componente desportiva, foi-se adiando a vertente imobiliária do projecto.
Entretanto, os problemas financeiros foram-se avolumando. Bernie Ecclestone, patrão da Fórmula 1, apresentou uma acção de arresto dos bens por dívidas superiores a 3,2 milhões de euros e, mais recentemente, um consórcio liderado pela Siemens pediu a insolvência do AIA, acabando por chegar a acordo com a Parkalgar. Paulo Curado
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | ECONOMIA | 13
Breves
Combustíveis
Gasóleo pode descer um cêntimo, gasolina fica inalterada O preço do gasóleo deve descer cerca de um cêntimo e o da gasolina ficar inalterado na próxima semana, como reflexo da evolução das cotações nos mercados internacionais. Segundo adiantou à Lusa fonte do sector, a evolução das cotações dos dois combustíveis permite antecipar a manutenção do preço da gasolina, que nas duas últimas semanas baixou cerca de dez cêntimos, e uma quebra ligeira no gasóleo.
Quando viajam no país, os turistas
residentes em Portugal procuram
sobretudo dormida onde não têm
de pagar para pernoitar, fi cando em
casa de familiares ou amigos. Com o
aperto de cinto imposto pela dimi-
nuição do rendimento disponível,
essa tendência foi mais clara na pri-
meira metade do ano.
Comparando com o mesmo pe-
ríodo de 2011, o peso das dormidas
em hotéis e pensões perdeu terreno
para as dormidas no chamado alo-
Mais turistas trocam o hotel pela casa de amigos ou de família
jamento particular gratuito, revelou
esta sexta-feira o Instituto Nacional
de Estatística (INE). Quase três quar-
tos das dormidas aconteceram neste
meio de alojamento.
De Janeiro a Junho, registaram-se
21,9 milhões de dormidas turísticas
por parte de residentes em Portugal,
mais 11,9% do que no mesmo perío-
do do ano passado.
O aumento não signifi cou, porém,
mais dormidas na hotelaria. Os da-
dos do INE indicam que os turistas
passaram a fi car mais vezes em casa
de amigos e familiares, evitando as-
sim pagar para pernoitar, uma vez
que há um crescimento do peso do
alojamento particular gratuito.
As dormidas em hotéis e pensões
representaram 18,6% das dormidas
turísticas nos primeiros seis meses
de 2012, quando no mesmo período
do ano passado a sua expressão che-
gava a 24,9% do total, ou seja, qua-
se um quarto do total. Esta quebra
contribuiu para que o alojamento
particular gratuito passasse agora
a representar 74,5% do total das
dormidas.
Seja em lazer, recreio ou férias,
seja quando o motivo é a visita de
familiares ou amigos, a opção pelo
alojamento particular gratuito é, de
longe, a que soma o maior número
de dormidas.
De acordo com o INE, 97,4% das
dormidas associadas a deslocações
para visita a familiares e amigos fo-
ram em alojamento particular gra-
TurismoPedro Crisóstomo
O efeito da perda de rendimento disponível das famílias portuguesas nota-se na escolha de alojamento em tempo de férias
tuito (quase nove mil até Junho). No
caso das deslocações em férias e por
motivos de lazer, o peso não foi tão
grande, mas representou mais de
metade do total (59,8%).
Os hotéis e pensões só foram
maioritários nas dormidas associa-
das a viagens de trabalho ou de ne-
gócios (48,5%). Na primeira metade
do ano, foram feitos 7,1 milhões de
deslocações turísticas por pessoas
a residir em Portugal.
O sector do turismo é um dos que
carregam neste momento a “respon-
sabilidade” de conseguir limitar a
dimensão da contracção económica
em Portugal. No entanto, para que
isso aconteça, as empresas do sector
contam essencialmente com os tu-
ristas provenientes do estrangeiro.
A capacidade de conquistar clientes
nacionais está fortemente limitada
pela quebra do rendimento disponí-
vel que se tem vindo a registar.
Sector do turismo também é afectado pelos efeitos das medidas de austeridade nas famílias
14 | ECONOMIA | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Bolsas
PSI-20 Última Sessão Performance (%)Nome da Empresa Var% Fecho Volume Abertura Máximo Mínimo 5 dias 2012
PSI-20 INDEX 0,12 5383,840 78897340 5384,530 5416,280 5366,380 -0,25 -2,01ALTRI SGPS SA 1,02 1,388 102412 1,369 1,388 1,364 1,33 15,67BANCO BPI SA -0,46 0,863 889987 0,867 0,879 0,863 -1,59 83,35BCP 0 0,071 50923478 0,071 0,072 0,070 -4,05 -19,39BES -1,03 0,771 14977378 0,783 0,789 0,766 1,43 -5,29BANIF-SGPS 0,69 0,145 732560 0,146 0,149 0,143 -10 -57,35COFINA SGPS -2,09 0,469 63483 0,467 0,470 0,456 -3,43 -38,29EDP 0,05 2,075 4666069 2,083 2,093 2,071 -0,05 -13,22EDP RENOVÁVEIS 0,3 3,710 286523 3,690 3,754 3,671 -0,13 -21,53ES FINANCIAL 0,59 5,434 10535 5,435 5,440 5,420 -0,86 5,51GALP ENERGIA -0,89 12,240 1279557 12,380 12,450 12,150 -1,67 7,56J MARTINS SGPS 0,33 13,745 421716 13,740 13,770 13,650 0,07 7,47MOTA-ENGIL -0,98 1,310 127731 1,319 1,341 1,309 -6,44 26,57PT 1,01 3,905 2101929 3,878 3,920 3,851 -0,49 -12,25PORTUCEL -0,46 2,154 165243 2,160 2,165 2,142 1,5 17,13REN -0,05 1,999 62844 1,995 2,000 1,991 0,2 -5,26SEMAPA -1,72 5,357 31724 5,450 5,477 5,351 4,43 -0,24SONAECOM SGPS 0,14 1,400 190280 1,403 1,420 1,395 3,56 15,23SONAE IND. -0,19 0,521 94679 0,531 0,531 0,520 -4,22 -17,95SONAE -0,52 0,578 807542 0,582 0,585 0,578 0,17 25,93ZON MULTIMÉDIA 3,4 2,554 961670 2,470 2,565 2,462 4,44 9,99
O DIA NOS MERCADOS
Acções PSI20Euro Stoxx 50Dow Jones
Variação dos índices face à sessão anterior
Divisas Valor por euro
Diário de bolsa
Dinheiro, activos e dívida
Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares
MercadoriasPetróleoOuro
ObrigaçõesOT 2 anosOT 10 anos
Taxas de juro Euribor 3 mesesEuribor 6 meses
Euribor 6 meses
Portugal PSI20
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Obrigações 10 anos
Mais Transaccionadas Volume
Variação
Variação
Melhores
Piores
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Europa Euro Stoxx 50
BCP 50.923.478BES 14.977.378EDP 4.666.069PT 2.101.929GALP Energia 1.279.557
ZON Multimedia 3,4%ALTRI SGPS SA 1,02%PT 1,01%
Cofina SGPS -2,09%Semapa -1,72%BES -1,03%
Euro/DólarEuro/LibraEuro/IeneEuro/RealEuro/Franco Suíço
7
8
9
10
11
1,28360,8004
103,222,60531,2065
0,197%0,385%
107,841677,46
5,868%8,613%
0,12%0,52%
-1,05%
2200
2300
2400
2500
2600
4300
4600
4900
5200
5500
0,350
0,475
0,600
0,725
0,850
NUNO FERREIRA SANTOS
Fitch ainda duvida que Vítor Gaspar consiga evitar novo resgate
A agência de rating Fitch deu ontem
duas notas aparentemente distan-
tes sobre Portugal – uma de alento
sobre o sector bancário, outra mais
negativa em relação ao programa
da troika. Mas o tom da análise que
as une é o mesmo – o reequilíbrio
da banca e o plano de ajustamento
estão ligados por um cordão umbi-
lical, e do sucesso de um e outro de-
penderá mutuamente o regresso de
Portugal e dos bancos aos mercados
fi nanceiros.
Posto de outra forma: a agência de
notação norte-americana acredita
que os mercados podem voltar a
abrir-se aos principais bancos por-
tugueses, o que permitiria diminuir a
dependência das instituições face ao
Banco Central Europeu (BCE); mas
avisa que o programa de ajustamento
enfrenta riscos e duvida que Portugal
consiga sobreviver sem um segundo
resgate antes de voltar a fi nanciar-se
em pleno nos mercados, o que con-
taminaria o sector bancário.
O Banco Espírito Santos (BES) fez,
esta semana, um primeiro ensaio de
regresso ao mercado de dívida. Pela
primeira vez desde o pedido de assis-
tência, um banco português emitiu
750 milhões de euros em dívida sé-
nior sem garantia. Para a Fitch, esta
operação é um sinal de que outros
bancos portugueses poderão seguir-
lhe os passos.
A emissão do banco liderado por
Ricardo Salgado, diz numa nota a
agência internacional, pode ser um
impulso para as instituições começa-
rem a “reduzir a grande dependên-
cia” junto do BCE. Isso signifi caria
que, ao diversifi carem os seus ca-
nais de fi nanciamento, diminuíam
a utilização de linhas de liquidez
da autoridade monetária europeia,
deixando de estar dela totalmente
dependentes.
O fi nanciamento da banca junto
do BCE voltou a aumentar em Setem-
bro, ascendendo a 55,6 mil milhões
de euros no fi nal desse mês, de acor-
do o Banco de Portugal.
A Fitch, uma das três maiores agên-
cias de rating mundiais, deixa uma
mensagem de optimismo quanto ao
reequilíbrio da banca, nomeadamen-
Fitch já acredita no regresso dos bancos ao mercado mas prevê novo resgate para o Estado
te ao processo de recapitalização,
que diz contribuir para a estabilida-
de do sector. Mas é clara num ponto:
se o Estado “não regressar ao fi nan-
ciamento de mercado em 2013, os
bancos continuarão a enfrentar res-
trições e desequilíbrios, dependentes
do fi nanciamento do BCE”.
A questão é que, enquanto vê si-
nais positivos na banca, a agência
admite que o Estado precise de “re-
ceber apoio ofi cial adicional antes de
regressar ao mercado”, ou seja, um
segundo resgate fi nanceiro.
O Governo e a troika mantêm a
previsão de que Portugal regressa
aos mercados em Setembro de 2013.
A agência duvida desse horizonte e
vê riscos “signifi cativos” no progra-
ma de ajustamento fi nanceiro.
O Tesouro tem realizado emissões
de títulos de dívida de curto prazo
e, no início de Outubro, trocou 3757
milhões de euros de obrigações que
venceriam em Setembro de 2013 por
outras com o mesmo valor que só
vencem em 2015, numa operação
que o ministro das Finanças, Vítor
Gaspar, considerou “o verdadeiro
regresso aos mercados”.
Com esta operação, bem-sucedida,
pois convenceu os credores a adiar
por dois anos o reembolso do dinhei-
ro emprestado, o Governo pôde fazer
um teste à confi ança dos investido-
res. Efectivamente, Portugal “está
fora do mercado” – nos termos em
que esta expressão é comummente
entendida – desde o início da inter-
venção externa, garantindo as neces-
sidades de fi nanciamento através do
empréstimo de 78 mil milhões de eu-
ros da União Europeia e do FMI.
BancaPedro Crisóstomo
Emissão de dívida do BES pode beneficiar outros bancos, diz a agência. A dúvida está no regresso do Tesouro aos mercados
Não se pode falar de um regresso das tensões aos mercados, mas os últimos dias confirmaram
a volatilidade a que a dívida pública portuguesa continua sujeita no mercado secundário (de revenda de títulos). Depois de três dias seguidos em alta, as taxas de juro das obrigações com prazo de dez anos tocaram ontem nos 8,6%. A tendência ascendente registou-se também nos títulos italianos e espanhóis com o mesmo prazo e foi ainda repetida nos títulos portugueses com maturidades de cinco e três anos. Os juros da dívida nacional a dez anos (o prazo de referência no mercado) seguiam em queda até 19 de Outubro, altura em que a taxa recuou para o valor mais baixo desde Março de 2011: 7,6%. Essa trajectória de correcção foi invertida ao longo das últimas três semanas, apenas com descidas pontuais. Nas últimas três sessões, os juros mantiveram-se sempre em alta, subindo ontem para níveis idênticos aos observados dias antes do pedido de resgate financeiro a Bruxelas, a 6 de Abril de 2011. P.C.
Juros da dívida a dez anos nos 8,6%
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | ECONOMIA | 15
Breves
Crise
Não há “luz ao fundo do túnel” na zona euro, diz Stiglitz Não é verdade que a Europa esteja próxima de superar a crise e sem mudanças na resposta não haverá “luz ao fundo do túnel”, adverte o economista norte-americano Joseph Stiglitz. Numa entrevista à revista Capital, o prémio Nobel afirma que “se as actuais políticas continuarem a ser as mesmas, e não apenas em Espanha, mas na Europa em geral, não há luz ao fundo do túnel”. “E todos os túneis têm um fim”, avisa.
O número de desempregados que
anulou a inscrição nos centros de
emprego para emigrar entre Janeiro
e Setembro disparou 45,4% face a
igual período do ano passado, de
acordo com os registos do Instituto
de Emprego e Formação Profi ssio-
nal (IEFP).
Segundo os dados enviados
ontem à agência Lusa pelo IEFP,
até Setembro, o número de de-
sempregados anulados por emi-
gração subiu para os 24.689, dos
16.977 observados em 2011 e dos
Número de desempregados a optar pela emigração sobe 45% este ano
10.962 em 2008 (início da crise).
Só em Setembro, o número de
desempregados que se apresenta-
ram nesta situação disparou 48,9%
em termos homólogos, num total
de 2766 pessoas.
Os registos do IEFP sugerem as-
sim que a opção pelo estrangeiro
Trabalho
Dados dos centros de emprego revelam que a saída para o estrangeiro é uma opção mais frequente entre desempregados
está cada vez mais em cima da
mesa dos trabalhadores que se
encontram numa situação de de-
semprego.
No entanto, o instituto público
lembra que as anulações com base
em emigração “são um apuramento
realizado pelo IEFP com base nu-
ma indicação dos próprios inscri-
tos”, pelo que devem ser tidas em
consideração as limitações destes
dados.
De acordo com os dados mais re-
centes do Eurostat, o desemprego
em Portugal situou-se nos 15,7% em
Setembro, um recuo de 0,1 pontos
percentuais em relação a Agosto,
enquanto entre os jovens diminuiu
0,6 pontos para os 35,1%.
A CGTP e a UGT consideram que
a única justifi cação para esta dimi-
nuição da taxa de desemprego é a
“grande emigração”, especialmente
entre os jovens. Lusa
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Desemprego está a crescer, opção pela emigração também
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111 ANOS
16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
A empresa norte-americana Anadar-
ko prevê vir a produzir 50 milhões
de toneladas de gás natural lique-
feito, no seu projecto do Niassa, no
Norte de Moçambique, cujas recei-
tas poderão duplicar o Produto In-
terno Bruto (PIB) do país.
Com esse valor, Moçambique
poderá tornar-se no terceiro maior
produtor mundial de gás natural,
atrás do Qatar e da Austrália.
“Fizemos uma maciça descoberta
em Moçambique”, disse, em Lon-
dres, o porta-voz da Anadarko, Jo-
hn Christiansen, em declarações à
Agência de Informação de Moçam-
bique (AIM).
“Olhando para todos os recursos
que encontrámos na Área 1 da Bacia
do Rovuma, estamos próximos dos
100 triliões de pés cúbicos de gás
natural, com um volume recuperá-
vel entre 35 a 65 triliões de pés cúbi-
cos”, concretizou Christiansen.
A Anadarko, com sede no Texas,
EUA, considera que existem reser-
vas sufi cientes que justifi cam a insta-
lação de 10 unidades de liquefacção,
correspondente a uma produção
anual de 50 milhões de toneladas
de GNL nos próximos anos.
Segundo Christiansen, a Ana-
darko e seus parceiros tencionam
investir cerca de 15 mil milhões de
dólares em Moçambique, incluindo
o desenvolvimento do projecto e a
instalação de unidades de liquefação
de gás natural. A produção deverá
arrancar em 2018.
O consórcio liderado pela Anada-
rko (36,5%) integra a japonesa Mit-
sui & Co. (20%), as indianas Bharat
Petroleum Corp. e Videocon Indus-
tries (com 10% cada), a tailandesa
PTT (8,5%) e a moçambicana Em-
presa Nacional de Hidrocarbonetos
(15%).
Actualmente, a Anadarko empre-
ga cerca de mil trabalhadores mo-
çambicanos e este número poderá
aumentar para atingir 10.000 du-
rante a fase de construção.
Num relatório ontem publicado,
o Fundo Monetário Internacional
(FMI) antecipou ontem que a eco-
nomia moçambicana vai terminar
o ano com uma variação de 7,5% no
PIB. Lusa
Gás pode fazer disparar PIB de Moçambique
Energia
Empresa norte-americana prevê que Moçambique se pode vir a tornar no terceiro maior produtor de gás natural do MundoEconomia norte-americana tem vindo a dar sinais positivos
A taxa de desemprego nos Esta-
dos Unidos manteve-se estável em
termos globais em Outubro, com
mais 170 mil novos desemprega-
dos, o equivalente a uma subida de
0,1 pontos percentuais, fi xando-se
agora nos 7,9%. Actualmente, o nú-
mero de desempregados norte-ame-
ricanos é aproximadamente de 12,26
milhões, de acordo com os dados
tornados públicos ontem pelo De-
partamento do Trabalho americano.
No mesmo sentido, a população ac-
tiva também aumentou, neste caso
em 578 mil pessoas.
O mês de Outubro registou mais
158 mil desempregados de longo
termo (há 27 semanas ou mais),
totalizando cerca de 5 milhões, o
que representa cerca de 40,6% do
total da população desempregada
nos Estados Unidos. A saúde (32,5
mil), os serviços profi ssionais e de
negócios (51 mil) e o comércio de
retalho (36,4 mil) foram os sectores
que mais novos trabalhadores ab-
sorveram em 2012.
“Este é um bom relatório”, dis-
se James Glassman, economista do
banco JP Morgan, numa entrevista
que deu à Bloomberg Radio. “Irá
fi car melhor à medida que a eco-
nomia começar a disparar. O mais
importante este ano é o facto de
termos deixado para trás os exces-
sos do sector imobiliário, que têm
Desemprego estável nos EUA reforça hipóteses de retoma
sido um grande obstáculo à econo-
mia”. Estes dados ultrapassaram
as previsões mais optimistas feitas
antes da divulgação dos dados por
analistas à Bloomberg, apresentan-
do-se como um sinal positivo para
a economia.
A quatro dias das eleições ameri-
canas, estes dados podem ainda ter
um pendor positivo para o lado de
Obama, no que toca aos eleitores
indecisos.
Reeleição apoiadaNos últimos meses, vários dados
económicos têm vindo a revelar o
seu “apoio” à reeleição de Barack
Obama. Os indicadores de confi ança
dos consumidores (que aumenta-
ram em Outubro, aproximando-se
de um máximo histórico de cinco
anos), a taxa de desemprego e o
nível de produtividade do país têm
vindo a dar uma ajuda à campanha
do actual Presidente. Com estes da-
dos, Obama ganha argumentos para
refutar as acusações republicanas de
que as suas políticas têm sido dano-
sas para o povo americano.
Ainda ontem, numa visita a um
“recém-falido” negócio no Estado
de Virgínia, Mitt Romney afi rmou
que o slogan da campanha de Oba-
ma deveria ser Forewarned (Despre-
venidos), em vez do Forward (Em
Frente) escolhido pelo actual Pre-
sidente. Estas declarações surgem
como uma crítica à prosposta de
Obama em criar um Departamento
de Negócios, para lidar com os pro-
blemas económicos do país.
No próximo dia 6 de Novembro,
os americanos vão decidir se pre-
ferem a continuação de Obama na
Casa Branca ou se as propostas re-
publicanas são mais vantajosas para
o país.
KEITH BEDFORD/REUTERS
Estados UnidosAndré Jesus
A taxa de desemprego dos Estados Unidos manteve-se estável no mês de Outubro, confirmando dados positivos na economia
DOMINGO
ESPECIAL CHINANuma década a economia
quadriplicou e muitos milhões saíram da pobreza. Mas não foi uma “sociedade
harmoniosa” que o jornalista Paulo Moura encontrou nos
mais de oito mil quilómetros que percorreu, ao longo de
um mês, em vésperas de transição da liderança. Do
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18 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Só Sheldon Adelson, dono de casinos, prometeu 100 milhões de dólares para Romney “esmagar” Obama
JUSTIN SULLIVAN/AFP
Milionários conservadores fi nanciam último fôlego de Romney
Pagar 40 milhões de dólares por dia
em anúncios televisivos a favor de
Mitt Romney e contra Barack Oba-
ma? Por que não? Chegou a altura
de dar tudo por tudo. De atirar di-
nheiro para o fogo, para alimentar
as chamas dos últimos dias da cam-
panha eleitoral mais cara da história,
na esperança de desempatar umas
eleições em que os candidatos se têm
mantido teimosamente taco a taco.
Tudo isto alimentado pelo dinheiro
de alguns dos homens mais ricos dos
Estados Unidos.
Quem paga os 40 milhões diários
é a Restore Our Future, um dos su-
per-PAC (Comité de Acção Política)
— organizações que podem fazer
campanha contra ou a favor de um
candidato, sem limite nos gastos —
que apoia Mitt Romney e se opõe a
Barack Obama. Outros grandes su-
per-PAC conservadores são a Ame-
rican Crossroads, a Crossroads GPS,
criadas sob a orientação de Karl Ro-
ve, ex-conselheiro de George W. Bush
e estratego do Partido Republicano,
que criou uma rede de grandes fi nan-
ciadores do Partido Republicano.
Do lado de Obama, há apenas um
grande super-PAC — a Priorities USA
Action —, que desde o fi m da conven-
ção democrata, no início de Setem-
bro, passou a ser dirigida por Rahm
Emanuel, actual mayor de Chicago e
ex-chefe de gabinete de Obama.
Um gráfi co do site Open Secrets
mostra como os super-PAC ligados ao
candidato Mitt Romney dispararam a
partir da última semana de Outubro
— um último tudo por tudo.
Mas quem mantém cheia a maré
de dinheiro que tem inundado esta
campanha? A lista dos maiores con-
tribuintes tem sempre no topo mi-
lionários ligados a causas conserva-
doras e ao Partido Republicano (ver
infografi a).
O maior contribuinte até agora é
Bob J. Perry. O proprietário da em-
presa de construção Perry Homes foi
o maior fi nanciador do grupo que,
em 2004, fez uma campanha de di-
famação contra o candidato demo-
Os grandes fi nanciadores vêm da área da construção, do petróleo e do carvão e votam republicano. Maioria das doações para a campanha de Obama vem de pequenos contribuintes
crata John Kerry, acusando-o de ter
mentido sobre o serviço militar no
Vietname. Foi um dos principais fi -
nanciadores da candidatura (falhada)
do governador do Texas Rick Perry à
nomeação republicana.
Petróleo, carvão, casinosSheldon Adelson é o fi nanciador re-
publicano que se tornou mais visível,
porque o seu negócio é sem dúvida o
mais mediático: é o milionário dos ca-
sinos de Las Vegas e Macau e, talvez
num futuro próximo, do Eurovegas
de Madrid. Começou por ser a força
por trás da candidatura à nomeação
republicana de Newt Gingrich e, fa-
lhada a tentativa do ex-speaker da Câ-
mara dos Representantes, passou-se
para o campo de Romney.
Este indefectível de Israel prome-
teu 100 milhões à campanha de Rom-
ney para ajudar “a esmagar a abor-
dagem económica de estilo socialista
do Presidente Obama”, segundo o
Washington Post relata serem as su-
as palavras. Mas a sobrevivência de
Israel é a sua maior preocupação —
acompanhou Romney na viagem ao
Médio Oriente e será uma infl uência
na política polémica do candidato.
Outras fi guras importantes são os
irmãos Koch — David e Charles, das
Koch Industries, têm refi narias no
Alasca, no Texas e no Minnesota, on-
de tratam mais de 800 mil barris de
crude diariamente. Filantropos das
artes e das ciências em Nova Iorque,
têm mais de 6000 quilómetros de
pipelines e interesses na construção
do polémico oleoduto Keystone XL,
que traria crude do estado canadia-
no de Alberta para o Texas — e que
Romney prometeu que terminaria,
nem que tivesse que construí-lo com
as próprias mãos.
Entre os grandes fi nanciadores de
Romney há ainda um outro irmão
Koch — William, desavindo nos negó-
cios da família, mas um nome impor-
tante na extracção do carvão.
Media, ciência e HollywoodJá entre os grandes fi nanciadores de
Obama — com valores muito diferen-
tes dos dos principais doadores de
Romney (ver infografi a) — nota-se
uma predominância das indústrias
Presidenciais nos EUAClara Barata
liberais ou criativas. Um dos maiores
contribuintes é Fred Eychaner, um
milionário de Chicago que fez fortu-
na nos media — primeiro nos jornais
e depois na rádio e televisão — mas
não gosta sequer de ser fotografado.
Vive numa mansão, mas desloca-se
de transportes públicos, como um
vulgar cidadão.
Outro dos campeões de Obama
é James Simons, o matemático fun-
dador do fundo de investimento de
alto risco Renaissance Technologies,
e um dos grandes fi nanciadores pri-
vados da investigação sobre autis-
mo. Hollywood, como não podia
deixar de ser, está também do lado
do Presidente: Jeff rey Katzenberg,
director executivo do estúdio de
animação DreamWorks, é o maior
contribuinte.
O furacão passou e Obama ganha apoios de repu
O furacão passou e os dois principais candidatos à Presidência dos Estados Unidos voltaram à
campanha porque a eleição é já na terça-feira. Nas últimas horas que têm para convencer os eleitores (sobretudo os indecisos), Barack Obama (democrata e actual chefe de Estado) regressa ao discurso da defesa da classe média, Mitt Romney (republicano) à promessa de que salvará a economia.
Do ponto de vista mediático,
Obama ganhou pontos nos dias da tempestade. Conseguiu o apoio de republicanos famosos, como Colin Powell (foi secretário de Estado de George W. Bush, entrou agora na campanha) e de um independente, o presidente da Câmara de Nova Iorque, o milionário Michael Bloomberg, que já foi republicano e democrata. Teve ainda elogios do republicano que ganhou mediatismo na catástrofe, o governador de New Jersey, Chris Christie. Os apoios valem votos, nos Estados Unidos. E para
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | MUNDO | 19
“Mitt Romney e Paul Ryan nem sequer sabem fi ngir compaixão”Ted StricklandGovernador do Ohio
ublicanos de peso
Obama o mais importante terá sido o de Bloomberg, por apelar aos independentes.
Mas Obama não conseguiu, ontem, descolar de Romney nas sondagens — nem perante o anúncio de que em Outubro a taxa do desemprego voltou a descer devido a 170 mil novos postos de trabalho – passou de 8,7% para 7,8%. A equipa de Romney fez logo um comunicado a dizer que este número prova o fracasso da política Obama, culpando-a por a taxa de desemprego ser tão elevada.
Obama escolheu o Winsconsin e o Ohio para retomar a campanha. Fez um discurso a apelar ao fim da polarização ideológica: “Sabemos o que é a mudança e o que o governador [Romney] nos oferece não é uma mudança”. Romney, que aproveitou para ir a estes estados enquanto Obama esteve nas zonas da tempestade, vai amanhã à Pensilvânia, um estado democrata por tradição. Falará de escolhas: “Terça-feira escolheremos entre a estagnação e a prosperidade”.
Agentes da polícia começam
a procurar corpos na frente
marítima conhecida como Jersey
Shore, mas primeiro têm de
recolher os animais de estimação
que foram deixados para trás.
“Quando morrem, conseguimos
perceber pelo cheiro que há
ali um corpo”, diz o chefe da
polícia Thomas Boyd, enquanto
os funcionários dos serviços de
protecção dos animais percorrem
ruas e casas de Verão desertas, à
procura de animais de estimação
abandonados pelos seus donos
durante a fuga ao furacão Sandy.
Ao longo da frente marítima —
onde o divertimento é uma fonte
de receitas —, muitos habitantes
afi rmam que nada voltará a
ser o mesmo. Três dias depois
de o furacão ter destruído as
localidades construídas na ilha-
barreira ao largo do continente, as
águas começam a recuar, deixando
à mostra a destruição.
Em Seaside Heights — cuja
população varia entre 3000
pessoas na época baixa e 100.000
nos fi ns-de-semana de Verão —, o
passeio marítimo fi cou reduzido
a escombros. Uma montanha-
russa que funcionava no parque
de diversões Casino Pier parece
agora um conjunto de peças de
metal dobrado sobre o oceano
Atlântico. Camiões desapareceram
em enormes buracos. As ruas estão
atulhadas com barcos e com o que
resta de muitas habitações.
Para prevenir pilhagens, a
polícia selou as pontes em direcção
às povoações localizadas na ilha
e apenas permite a passagem de
visitantes acompanhados por
agentes. Na quinta-feira à tarde,
o único som que se ouvia era o
“bip-bip” de uma retroescavadora
bairro em que as águas subiram
tanto que chegaram a inundar as
banheiras das casas. “Eles dizem
que só vêm ver. Mas o que há para
ver, a não ser a nossa desgraça?”
Bob Stewart, um bombeiro
voluntário que salvou várias
pessoas que se refugiaram nos
sótãos das suas casas, perdeu o
salão de jogos que geria há cinco
anos no parque de diversões
Casino Pier. “Estava sempre a ir
lá ver como estavam as coisas, até
que desapareceu por completo”,
diz, enquanto caminha pela praia
onde as instalações, construídas há
120 anos, ruíram. “Aqui era o meu
escritório”, descreve, enquanto
apanha com a mão pouco mais do
que destroços.
Stewart decidiu contratar
um seguro mais barato após a
passagem do furacão Irene, no
ano passado. Como o parque de
diversões aguentou os ventos e as
ondas do Irene, o empresário não
viu necessidade de continuar a
pagar 15.000 dólares por ano em
prémios. “Tudo o que tinha foi
investido aqui”, diz.
Muitas das pessoas que
perderam tudo estão agora na
Escola Secundária de Toms River,
transformada num abrigo para 300
desalojados, muitos habitantes
de Seaside Heights. Os residentes
que têm dinheiro estão em hotéis;
os que estão no abrigo são pobres
ou da classe trabalhadora. Viviam
em modestas cabanas na ilha-
barreira porque pagavam rendas
mais baixas do que as pedidas por
apartamentos no continente.
“Tenho 53 anos e tenho de
começar tudo de novo”, diz Mark
Young, um colador de cartazes
reformado. Young fi cou no seu
apartamento, na praia de Forked
River, durante a passagem do
Sandy, na segunda-feira. Só saiu
na quinta-feira de manhã. “Tenho
a minha pensão do sindicato. E
tenho a minha família. Mas vou
viver para outro sítio. Estou farto.
Depois do que passei desta vez,
não tenho nenhum desejo de voltar
a viver perto da água”, afi rma.
Exclusivo PÚBLICO/Washington Post
Os habitantes da frente marítima do estado de New Jersey perderam as casas e os negócios. Muitos vão ter de começar tudo de novo
que removia toneladas de areia da
praia que o furacão depositou nas
estradas.
À medida que prosseguem os
trabalhos nos estados afectados
pelo Sandy, o balanço de vítimas
mortais subiu para, pelo menos,
90. As autoridades da cidade de
Nova Iorque têm registo de 38
mortes, incluindo duas crianças
de Staten Island, de dois e quatro
anos de idade, cujos corpos foram
encontrados na quinta-feira.
Mais de 4,6 milhões de casas
e empresas continuam sem
electricidade, mas o sistema de
transportes públicos voltou a
funcionar, pelo menos em parte.
Muitas pessoas já conseguiram
regressar a casa, mas muitas outras
continuam retidas ou têm de
enfrentar longas fi las para comprar
combustível e outros bens.
A polícia de Seaside Heights
estima que mais de 50% dos
residentes permaneceram na
região para protegerem as suas
propriedades. Na quinta-feira,
as autoridades vasculharam as
ruínas em busca de habitantes,
para convencer os mais resistentes
a partirem para o continente.
Nenhum residente será forçado a
abandonar as suas casas desde que
se mantenha em terrenos elevados
e que tenha acesso a geradores.
Equipas de vigilantesNo continente, habitantes de
bairros que estão sem electricidade
desde segunda-feira formaram
equipas de vigilantes, depois de
terem visto pessoas a levarem
consigo bens que foram arrastados
pelo furacão.
“Estão a vir para cá pessoas que
não moram neste estado”, diz Pat
Shields, de 53 anos, um camionista
reformado por invalidez que vive a
dois quarteirões das margens, num
ReportagemCarol Morello
90é o último balanço, ainda provisório, dos mortos provocados pelo Sandy nos EUA
Costa de New Jersey começa a acordar para os efeitos do Sandy
A campanha eleitoral mais cara de sempre
Fonte: www.washingtonpost.com
Fundos obtidos e gastos pelas duas campanhas
Obama apoiado pelos menos abonados, Romney pelos mais ricosO valor máximo de uma doação individual é de 2500 dólares
Maiores contribuintes para os comités de apoio eleitoral(super PAC, que podem ser contra ou a favor de um candidato), em dólares
200
150
100
50
0
Milhões de dólares
Milhões de dólares
1.ºT.2011
J2012
F M A M J J A S O2.ºT. 3.ºT. 4.ºT.
Barack Obama e Partido Democrata
Angariaram
Mitt Romney e o Partido Republicano
Gastaram
400
300
200
100
0
Fred Eychaner 3.500.000James Simons 3.500.000Jeffrey Katzenberg 3.000.000Irwin Jacobs 2.100.000Jon Stryker 2.000.000
Bob Perry 17.250.000Sheldon & Miriam Adelson 10.000.000Robert Rowling 5.100.000William Koch 4.000.000Joe Craft 3.950.000
200 a 1000 1000 a 2000 Acima de 2000
Obama angariou mais dinheiro com doações até 200 dólares
Romney obteve mais dinheiro com doações acima de 2000 dólares
Ao dinheiro da campanha dos candidatos soma-se o dos super PAC(organizações que fazem propaganda contra ou a favor de um dos concorrentes, sem limite de gastos)
1 dólar = 0,7785 euros
1080milhões dólares
887milhões dólares
Angariaram
Gastaram
1130milhões dólares
777milhões dólares
Obtidos
Gastos
Obama Romney
ObamaRomney
Obtidos
Gastos
Doações até 200
20 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Humor
As piadas também têm graça quando são contadas pelos políticos?
Fazer uma campanha eleitoral nos EUA sem passar pelas cadeiras de Jon Stewart ou Jay Leno teria a sua piada, mas o humor é hoje em dia um assunto muito sério. Um jogo que interessa a ambas as partes e que está longe de ser improvisado
Os candidatos às
presidenciais nos
EUA não dispen-
sam passagens
pelos talk shows
de apresentado-
res com carreira
feita no humor,
como Jon Stewart
ou Jay Leno. O fe-
nómeno não é de agora, mas vem
ganhando relevância à medida que
os líderes políticos se sentem quase
obrigados a mostrar aos eleitores
que também eles são cool e conse-
guem rir-se de quase tudo.
É um jogo que agrada a todos —
apresentadores/humoristas e polí-
ticos. Por exemplo, a ida de Barack
Obama ao The Tonight Show de Jay
Leno, na semana passada, deu ao
programa a melhor audiência des-
de o regresso do apresentador, em
Março de 2010, após um interreg-
no preenchido com pouco sucesso
comercial por Conan O’Brien. Uns
dias antes, o Presidente Obama sen-
tou-se na cadeira reservada aos con-
vidados de Jon Stewart e o resultado
foi a melhor audiência do The Daily
Show desde Janeiro.
Dos talk shows de Stewart, Leno ou
O’Brien, aos vídeos mais provocató-
rios de Sarah Silverman, passando
pelas declarações de voto de Doug
Stanhope, os humoristas norte-ame-
ricanos são hoje importantes para a
escolha de um candidato, especial-
mente entre o eleitorado mais jovem.
Mais uma vez, o fenómeno não é no-
vo: já em 2006, um estudo da Univer-
sidade de East Carolina, na Carolina
do Norte, intitulado The Daily Show
Eff ect, mostrou que os efeitos das pia-
das de Stewart sobre George W. Bush
e John Kerry fi zeram com que os par-
ticipantes “tendessem a classifi car
ambos os candidatos negativamente,
mesmo depois de controladas vari-
áveis como a inclinação partidária e
características demográfi cas”.
SIC, porque a Clara de Sousa tinha
estacionado no lugar do Ricardo.
Se, por causa desta pergunta, um
espectador pensar que, de facto, Jo-
sé Sócrates quis acabar com o Jornal
de Sexta da TVI, não é simpático pa-
ra a imagem dele. E se isso tivesse
acontecido tinha sido por causa do
Esmiúça, porque não me lembro de
outro entrevistador, mesmo num
programa não-humorístico, lhe ter
perguntado sobre esse tema”.
O que Quintela admite é que “a
ida ao programa pode transmitir
uma imagem mais descontraída,
uma vez que são vistos fora do am-
biente formal em que costumam
aparecer às pessoas. O primeiro-
ministro até foi de jeans.”
Para Luís Pedro Nunes, direc-
tor do suplemento satírico Inimigo
Público, “a experiência americana
acaba por ser o paradigma, mas a
experiência portuguesa não conse-
gue replicar de maneira nenhuma a
experiência americana”, porque “os
políticos portugueses vivem numa
Em Portugal, não é hábito chegar-
se tão longe. A experiência mais pró-
xima foi protagonizada pelos Gato
Fedorento, nas legislativas e nas
autárquicas de 2009. O programa
Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios,
apresentado por Ricardo Araújo Pe-
reira e inspirado no The Daily Show,
teve como convidados os candidatos
dos principais partidos de então, co-
mo José Sócrates e Manuela Ferreira
Leite. Um dos autores do programa,
José Diogo Quintela, reconhece os
benefícios para as audiências: “No
Esmiúça não estávamos a participar
numa lavagem de imagem. Mas sa-
bíamos que o programa teria mais
audiência se tivesse lá os protagonis-
tas. Daí termos convidado todos.”
O humorista lembra apenas uma
excepção: “Só não convidámos Mi-
guel Relvas porque nos avisaram
logo que ele não iria, por ser épo-
ca de exames.” Mais a sério, José
Diogo Quintela recorda que José
Sócrates foi questionado sobre se
poderia “acabar com o telejornal da
pequena armadilha na maneira co-
mo reagem ao humor, que começou,
por exemplo, com o Contra-Infor-
mação”.
“Falta talento”Apesar da recente participação de
alguns políticos em programas como
o 5 para a Meia-Noite, na RTP1, Luís
Pedro Nunes considera que o humor
durante as campanhas Presidenciais
nos EUA “é uma coisa diferente”,
porque está “no campo do debate
com entrevistadores que usam o hu-
mor para poderem ter um debate ao
mesmo nível”. E salienta que muito
do que passa nos talk shows norte-
americanos está previamente prepa-
rado. “Quando o Obama vai ao Jon
Stewart, leva um tipo de mensagem
para perguntas que, convenhamos,
estão previamente preparadas. Não
há ali um improviso total. Aliás, em
todos aqueles programas, seja o Jon
Stewart, seja o Jay Leno, as pessoas
sabem do que vão falar”, frisa.
O que falta então aos políticos
Alexandre Martins
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | MUNDO | 21
portugueses para seguirem o exem-
plo dos políticos norte-americanos
e aproveitarem o humor como ar-
ma eleitoral? A resposta é taxativa:
“Falta talento.” Ao contrário de
Portugal, “os Estados Unidos têm
um tipo que é imbatível. Não me
parece que exista um tipo com a
capacidade do Obama no resto do
mundo. Para além de tudo, é um
performer, um entertainer. Quanto
mais ele for encostado e desafi ado,
mais conseguirá reconquistar esse
tipo de pessoas que perdeu. Há ali
profi ssionalização, mas também há
talento”, afi rma Luís Pedro Nunes.
Já o humorista Rui Sinel de Cordes,
conhecido pelo seu humor negro,
considera que nos talk shows norte-
americanos não há uma relação de
igualdade entre candidatos e apre-
sentadores. “Todos os candidatos po-
líticos que vão a programas como os
do Jay Leno, Conan O’Brien ou Jon
Stewart sabem que é importante pa-
ra eles. E quando eles lá vão, a sensa-
ção de superioridade está do lado do
apresentador. ‘Tu vieste aqui porque
tens de vir aqui e o público está comi-
go; e ou tu fazes aquilo que eu quiser,
ou tu é que te lixas’. Cá, quando um
político vai a um programa — e é raro
ir —, ele é muito maior. O apresenta-
dor está contente por ele lá ter ido.
A gestão de poder é completamente
alterada e é por isso que cá isso não
funciona tão bem.” Falamos de uma
questão cultural, mas também das di-
ferenças de dimensão dos mercados.
“Cá, se metes a pata na poça, fi cas
sem trabalhar na televisão e estás li-
xado. Como é que pagas as coisas?
Lá, não. Lá vendes um DVD e podes
viver só disso. É mais fácil ser-se cam-
peão lá do que cá”, afi rma.
Mas o humor nas campanhas nos
EUA não vive só de talk shows para
grandes audiências, onde é preci-
so respeitar limites. O que acontece
quando a actualidade política é vis-
ta por humoristas que não têm talk
shows para apresentar, nem limites
para respeitar?
Uma das mais conhecidas frases
do humorista norte-americano Ge-
orge Carlin (1937-2008) — “O dever
de um comediante é descobrir on-
de estão os limites e ultrapassá-los
deliberadamente” — é posta à prova
todos os dias nas televisões, nas re-
des sociais ou nos espectáculos de
stand-up, mas ganha especial impor-
tância durante as campanhas para as
presidenciais. Uma das comediantes
que põem à prova a frase de George
Carlin é Sarah Silverman. Em Julho,
Silverman fez uma “proposta inde-
cente” a Sheldon Adelson, o magna-
ta dos casinos que se comprometeu
a doar 100 milhões de dólares para
ajudar a derrotar Barack Obama.
Num vídeo patrocinado pelo Con-
selho Judaico para a Educação e In-
vestigação dos EUA, a comediante
lançou o desafi o, que difi cilmente se-
ria possível replicar em Portugal: “Se
deres esses 100 milhões ao Obama e
não ao Romney... Bem, não vou ‘fa-
zer sexo’ porque não somos casados
e eu sou uma rapariga decente, mas
prometo fazer uma tesoura contigo,
vestida apenas com um biquíni.” Sa-
rah Silverman ilustra depois o que é
uma tesoura, deitada num sofá, ves-
tida apenas com um biquíni e com a
ajuda do seu cão.
Declarações de apoioÀ semelhança de Sarah Silverman,
o comediante Doug Stanhope anun-
ciou publicamente o nome do seu
candidato preferido nas eleições
deste ano — o antigo governador
no Novo México Gary Johnson, do
Partido Libertário. Na lista dos pon-
tos negativos, Stanhope salienta um:
“Ele é honesto de mais.” E explica:
“Por que não há-de ele mentir sobre
uma merda qualquer que queira fa-
zer? É um modelo que tem resulta-
do para os políticos desde que me
lembro, mas só é usado pelos mais
perversos. Por que é que um tipo
não há-de ser contra os pretos du-
rante a campanha e depois liber-
tar os escravos quando for eleito?
As tretas têm uma taxa de suces-
so tão elevada que não deveriam
ser postas de lado, especialmente
se forem uma oportunidade para
implementar mudanças drásticas
a favor da liberdade.”
O apoio declarado de humoris-
tas a candidatos em eleições é mal
visto por Rui Sinel de Cordes, ele
que foi processado pela Entidade
Reguladora para a Comunicação
Social, por causa do programa
Especial de Natal, na SIC Radical,
emitido em 2011. O humorista pas-
sou a poder incluir no seu currí-
culo “referências com incidência
na dignidade humana e direitos,
liberdades e garantias” e “lingua-
gem grosseira”, mas diz que “ja-
mais participaria numa campanha
política”. A razão é simples: “Eu
nunca votei e não tenho proble-
mas em dizer isso. Não me estou
a ver um dia levantar-me e ir a um
sítio desses votar, por isso também
não me envolvo.” Mas admite que
pode haver outras razões para que
outros humoristas também evitem
envolver-se em campanhas eleito-
rais. “Cá os humoristas cortam-se
um bocado, não sei porquê. Não
querem perder público, não sei
bem qual é o motivo”, diz.
Seja num talk show ou num qual-
quer obscuro clube de stand-up,
a frase de George Carlin sobre os
limites do humor é relativizada
por Luís Pedro Nunes e José Diogo
Quintela. Para o director do Inimi-
go Público, “é claro que há limites”,
mas “é natural e saudável que os
humoristas queiram ultrapassar
esses limites”. Apesar de não se
considerar um humorista — “Eu
sou o mete-nojo que não deixa as
coisas passar” —, Luís Pedro Nunes
sabe bem o que se passa na cabeça
dos humoristas: “A ideia muitas ve-
zes é abrir os jornais e fazer piadas,
mas os jornais estão cheios de tra-
gédias. Só que na cabeça de um hu-
morista isso não existe. Não existe
a tragédia, não existe a desgraça;
existe apenas um objectivo, que é
uma boa piada. Não existe o lado
humano, vale tudo.” José Diogo
Quintela é um humorista, mas tem
bem defi nido o seu limite: “A linha
é a traçada pela lei que protege a
liberdade de expressão e ao mes-
mo tempo protege o bom-nome
das pessoas, impedindo a injúria e
a calúnia. Pode-se escrever e dizer
o que se quiser, desde que não se
esteja a difamar alguém.”
Do outro lado do Atlântico, ouve-
se a voz de Bill Hicks (1961-1994),
numa resposta a uma jornalista da
BBC2, que se confessou chocada
com as suas piadas: “Não, não há
limites. Defendo a eliminação dos
limites. Quer que lhe recomende
uns malabaristas de que é capaz
de gostar?”
JASON REED / REUTERS
A passagem de Barack Obama pelo The Daily Show, em Outubro, deu a Jon Stewart a maior audiência desde Janeiro
22 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Quando aprovaram um “código de
conduta”, os rebeldes do Exército
Livre, que agrega vários grupos
armados da oposição a Bashar al-
Assad, queriam evitar que os seus
combatentes cometessem as mes-
mas atrocidades de que acusavam as
forças leais ao regime. Mas um vídeo
que mostra vários soldados a serem
sumariamente executados veio re-
lançar a questão. As Nações Unidas,
a Amnistia Internacional e a oposi-
ção política condenaram ontem os
rebeldes pelo que aparenta ter sido
um crime de guerra. Mais um.
“É muito provável que isto seja um
crime de guerra”, disse o porta-voz
da alta-comissária das Nações Uni-
das para os Direitos Humanos, Navi
Pillay, que acrescentou que aquele
vídeo poderá ser usado como pro-
va para uma futura acusação. Num
dos seus relatórios, a ONU já tinha
há meses concluído que também os
rebeldes cometiam crimes contra
a humanidade, embora em muito
menor escala do que as forças leais
ao regime de Damasco.
O vídeo dura poucos minutos.
Uma dezena de soldados alinhados
no chão são agredidos por rebeldes.
Depois, a câmara desvia-se e ouve-se
uma metralhadora. Segundo activis-
tas da oposição, foram 28 os solda-
dos sírios mortos às mãos dos rebel-
des anteontem, quando o Exército
“Se ficarmos em silêncio, as violações vão aumentar”
Livre tomava, ao fi m de semanas de
combates, vários postos de controlo
de Saraqeb, uma cidade no Noro-
este da Síria de enorme importân-
cia estratégica. Uns morreram em
combate, outros executados, como
fazem crer as imagens divulgadas
no YouTube.
É em Saraqeb que se cruzam as
principais estradas que ligam Da-
masco a Alepo, a segunda cidade
do país, onde as forças do regime
travam uma importante batalha
com os rebeldes, e ainda às cida-
des costeiras. Ontem, os rebeldes
já controlavam todos esses check-
points, segundo o Observatório Sírio
dos Direitos Humanos, uma ONG da
oposição.
Radif Moustapha, do Conselho
Nacional Sírio (CNS), principal co-
ligação da oposição ao regime, no
exílio, apelou tanto ao Exército Livre
como à comunidade internacional
que tomassem medidas para resol-
ver o problema e responsabilizar os
culpados. “Se fi carmos no silêncio,
estas violações graves vão aumen-
tar”, disse à AFP o responsável pe-
los assuntos de direitos humanos no
CNS. Lembrou ainda que o respeito
pelos direitos humanos, como a li-
berdade e a dignidade, foi um dos
princípios da revolução.
Também a Amnistia Internacio-
nal condenou a actuação daquele
grupo rebelde (que se acredita ser
a Frente al-Nusra, um grupo islamis-
ta), pelo “total desrespeito pelo di-
reito humanitário internacional”. À
Al-Jazira, o presidente do Observa-
tório Sírio dos Direitos Humanos,
Rami Abdul Rahman, disse que se
o que mostra o vídeo for verdade,
“é inaceitável”. Os combatentes da
oposição, afi rma, não podem “usar
as mesmas tácticas que o regime”.
SíriaCláudia Sobral
Depois das notícias da execução de soldados de Assad, a oposição política apelou à responsabilidade dos rebeldes
A partir de quinta-feira, a liderança
do Partido Comunista Chinês será
feita por uma equipa mais peque-
na composta por membros da ala
mais conservadora. A revelação foi
feita ontem pelos jornais de Hong
Kong, com o South China Morning
Post (SCMP) a considerar que se de-
ve esperar que o rumo económico
se mantenha como até aqui, mas
que não haverá reformas no siste-
ma político.
De acordo com os jornais e tele-
visões desta região administrativa
especial, o Comité Permanente do
Politburo, que é o centro do poder
na China, passará a ter sete membros
em vez dos tradicionais nove. A sua li-
derança pertencerá a Xi Jinping, que
a partir do 18.º Congresso do Partido
Comunista da China (a reunião que
tem lugar a cada cinco anos começa
quinta-feira) será o novo secretário-
geral e, em Março de 2013, passará a
ser Presidente, quando o Congresso
do Povo confi rmar a escolha.
Os outros membros do Comité
Permanente serão Zhang Dejiang
(65 anos), Yu Zhengsheng (67 anos),
Zhang Gaoli (65 anos), Wang Qishan,
Li Keqiang (57 anos) e Liu Yunshan
(65 anos) — este último deverá as-
cender de vice-primeiro-ministro a
primeiro-ministro.
O SCMP dizia que a decisão foi
tomada no Verão, numa reunião
de alto nível na estância balnear de
Beidaihe. As facções em luta pelo po-
der defrontaram-se e, como acontece
nestas ocasiões, uma facção saiu ven-
cedora, outra foi derrotada. “Pode-
mos confi rmar que [o Presidente ces-
sante] Hu Jintao foi um líder fraco e
não conseguiu fazer frente [à facção]
do antigo Presidente Jiang [Zemin]”,
disse ao SCMP o especialista em polí-
tica chinesa Kerry Brown, da Univer-
sidade de Sydney, na Austrália.
Liderança chinesa será mais conservadora
Transição Ana Gomes Ferreira
As facções em luta pelo poder reuniram-se no Verão numa estância balnear. Dos vencedores não se devem esperar reformas políticas
Xi Jinping vai assegurar a liderança do Comité Permanente do Politburo, o centro do poder
A violência na Síria já fez mais de 36 mil mortos desde Março de 2011
JAVIER MANZANO/AFP
Lisboa
Mulembeira II
Centro Comercial Portela, Lj. 33
2685-223
Tel. 219 431 359
Lisboa
Quiosque República
Assembleia da República,
2.º Andar
1249-068
Tel. 966 044 599
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | MUNDO | 23
Breves
Rússia
Medvedev defende fim da prisão das Pussy RiotO primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, disse ontem que, se “fosse o juiz, não teria posto [as Pussy Riot] na prisão” e que “elas não devem ser privadas de liberdade”. As jovens da banda “já passaram tempo suficiente na prisão, já chega”, defendeu. Uma das três Pussy Riot foi libertada depois de apreciado o recurso; as outras duas viram confirmada a pena de dois anos de prisão a que foram condenadas por terem feito uma “oração” anti-Vlamidir Putin numa catedral de Moscovo.
O Presidente iraniano, Mahmoud Ah-
madinejad, foi obrigado a um novo (e
humilhante) recuo na luta de poder
que mantém há meses com os fi éis
do Supremo Líder iraniano. Repre-
endido em público pelo ayatollah Ali
Khamenei, o Presidente comprome-
teu-se a abandonar as quezílias com
os opositores.
A luta entre as duas facções da ala
dura do regime, desencadeada logo
após a reeleição de Ahmadinejad, em
2009, faz-se cada vez mais em públi-
co, pondo a nu fracturas nunca vistas
Presidente Ahmadinejad humilhado publicamente e obrigado por Khamenei a um novo recuo político
na cúpula do regime. Amparado pe-
lo Supremo Líder após as polémicas
eleições, o Presidente viria a desafi ar
a sua autoridade, reclamando pode-
res que Khamenei considera seus,
como o de nomear o ministro dos
Serviço Secretos. Uma ousadia que
lhe valeu o repúdio dos fi éis do guia
espiritual, que o acusam de querer
pôr em causa os pilares do regime.
O último episódio da saga aconte-
ceu no mês passado quando o pro-
curador-geral negou o pedido do
Presidente para visitar a prisão de
Evin, reputada por albergar a maio-
ria dos opositores políticos, e onde
se encontra detido o seu ex-assessor
de imprensa. Ali Akbar Javanfekr foi
condenado por publicar informações
consideradas insultuosas para Kha-
manei, tornando-se o último mem-
bro do círculo do Presidente a ser
preso por acusações idênticas.
Ahmadinejad reagiu numa car-
ta, citada por vários sites iranianos,
IrãoAna Fonseca Pereira
Ahmadinejad foi impedido de visitar prisão de Evin por facção leal ao Supremo Líder. Luta pelo poder mais visível do que nunca
alegando que ninguém tem poderes
constitucionais para barrar a sua en-
trada na prisão. E foi mais longe, ao
acusar o chefe do sistema judicial
iraniano, o ayatollah Sadegh Larija-
ni, de proteger “certos indivíduos”
acusados de corrupção.
O chefe do sistema judicial, cargo
de nomeação pessoal do Supremo
Líder, e o irmão Ali Larijani, presi-
dente do Parlamento e potencial
candidato às presidenciais de 2013,
são os rostos mais visíveis da facção
leal a Khamenei, tendo repetidas ve-
zes acusado Ahmadinejad de não se
dedicar como devia ao Governo do
Irão, afectado por um desemprego
e uma infl ação recordes, agravados
pelas sanções internacionais contra
o programa nuclear do país.
A humilhação pública do Presi-
dente — depois de a sua facção ter
sido esmagada nas legislativas de
Março — é mais um indício da per-
da de infl uência de Ahmadinejad.
Ainda assim, Khamenei teme que
a visibilidade da disputa reanime a
oposição reformista, silenciada após
os protestos de 2009.
Terá sido por isso que quarta-feira
fez o mais claro aviso para o interior
do regime, dizendo que “quem de
agora em diante explorar as emoções
do povo cometerá traição contra o
país”. Um discurso dirigido “aos che-
fes dos três poderes” do país, mas
visando sobretudo Ahmadinejad, um
político populista que, apesar de im-
pedido de se recandidatar, tenta ain-
da que um dos seus apoiantes entre
na corrida às presidenciais.
Numa carta conhecida quinta-fei-
ra, o Presidente acata a ordem, pro-
metendo “não se envolver em quere-
las internas e tolerar pacientemente
os comportamentos desagradáveis”
de que tem sido alvo. Promete ainda
“dedicar as suas energias” a recupe-
rar a economia e “confrontar as cons-
pirações” dos inimigos do país.
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24 | CULTURA | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Foi a 16 de Julho de 2010: à
vontade por entre a oposição PSD
ao Governo Sócrates de então,
Jorge Barreto Xavier foi ouvido
numa comissão parlamentar
enquanto director-geral das
Artes demissionário. Nesse dia,
responsabilizou frontalmente
a então ministra da Cultura,
a deputada do PS Gabriela
Canavilhas, pelo polémico
esgotamento das verbas de
todo um ano para apoio às artes
num único dos dois concursos
semestrais previstos por lei. “Não
sou nem fui ministro”, disse,
ironicamente, Barreto Xavier,
chutando certeiramente para o
topo da hierarquia a bomba que
tinha aos pés.
Apesar da tensão no ar, Barreto
Xavier entrou no Parlamento a
sorrir e saiu a sorrir. Era óbvio
que o seu percurso não acabava
entre os estilhaços daquele
episódio. Dois anos volvidos,
é o novo secretário de Estado
da Cultura, parecendo reunir
consenso numa área pouco dada
a unanimidades. Porquê? O que
é que Barreto Xavier tem que o
escritor e editor Francisco José
Viegas ou outros antecessores
não tinham num cenário de
tão drástica descapitalização e
desestruturação sectorial que
leva muitos agentes a afi rmar ser
irrelevante quem ocupa o cargo?
“É ambicioso, vai querer
mostrar que faz, que consegue”,
diz uma antiga colaboradora que
prefere manter o anonimato.
“Provavelmente, as estruturas
que agora estão paradas vão ver
as suas vidas resolvidas. Nessa
lógica, o que pode servir o país
é a sua vontade de acontecer.
Vai querer mostrar já que é o
salvador.”
Segundo esta fonte, há
um reverso da medalha para
o que se poderão afi gurar
como qualidades operativas:
Jorge Barreto Xavier“Dentro do caos, algum alívio”
Ambicioso, determinado, sensível, com boas capacidades de diálogo e gestão. O novo secretário de Estado da Cultura parece reunir consenso numa área pouco dada a unanimidades e tendencialmente alérgica à direita. Mas a oposição deixa-lhe uma pergunta: será este o PSD de Barreto Xavier?
“Fará também tudo o que for
necessário para subir até ao cargo
seguinte.”
É um dos problemas da pasta
da Cultura: tende a passar
sucessivamente da mão de agentes
sem músculo político, como
Viegas, para tutelares sem grande
conhecimento do tecido cultural
e que encaram o cargo como mais
uma missão partidária ou como
trampolim para outras posições.
Uns e outros tenderão a fazer
concessões incompreensíveis para
os agentes da área. Acontece que
Barreto Xavier, que já tem algum
traquejo político, construiu todo o
seu percurso como gestor cultural,
tendo do sector um conhecimento
raro. Com ainda outra vantagem:
formação em Direito. “Uma mais-
valia inestimável”, como refere
outro ex-colaborador, que há
alguns dias antevia: “A maior parte
dos artistas vai fi car contente com
a nomeação.”
Mal o anúncio foi feito, o
realizador Fernando Vendrell
e o coreógrafo Rui Horta
confi rmaram esta previsão.
“Tem”, disse Vendrell,
“uma capacidade de gestão,
organização e efi cácia totalmente
distinta da demonstrada até
agora.”
“No terreno, o que temos
exigido é uma interlocução
com conhecimento de causa,
e isso não tem nada a ver
com um artista no poder”,
diz o coreógrafo e bailarino
João Fiadeiro, que começou a
contactar com o novo secretário
de Estado da Cultura em 1986,
primeiro ano do Clube Português
de Artes e Ideias (CPAI), de que
Barreto Xavier foi fundador e
primeiro presidente. Cruzaram-
se também no Lugar Comum
— Centro de Experimentação
Artística, que Barreto Xavier
dirigiu e programou (1999-2002)
em Barcarena, concelho de
Oeiras. “Fui construindo dele a
imagem de uma pessoa curiosa,
sensível, próxima do pensamento
dos agentes no terreno e que, ao
mesmo tempo, tem competências
de gestor”, diz Fiadeiro.
Como refere, o sector vive
hoje “a ressaca de um biénio
de cortes de quase 50%”: “É
preciso sangue-frio, clareza
e não deixar o edifício ruir
completamente.” Será um
momento “contracorrente para
alguém com ambição de deixar
obra”. Fiadeiro, porém, diz fi car
“mais aliviado com uma pessoa
como Barreto Xavier”: “Dentro
do caos, algum alívio.”
Um secretário de Estado
da Cultura “de carácter mais
executivo”, com “assertividade
e pragmatismo”, “que saiba do
que o terreno precisa”: “Houve
momentos em que se tratava
de concordar ou não com as
políticas. Nos últimos tempos não
havia política. Já não há a perder
muito mais do que serviços
mínimos, mas é fundamental
criar estratégias que levem as
pessoas a não desistir.”
Oeiras na agendaBarreto Xavier tinha 21 anos
na altura da fundação do CPAI.
Nascido em Goa em 1965 e
licenciado pela Universidade de
Lisboa, assumia aí o primeiro
cargo público num percurso
que, nos anos seguintes, passaria
pela coordenação do programa
Paideia — Arte nas Escolas (1991-
1997) e consultorias na cultura e
pedagogia, nomeadamente para
o XV Governo Constitucional
(2002-2004), de Durão Barroso.
Pedro Roseta era então
ministro da Cultura e recorda
uma “relação profícua” ainda
que “muito ocasional”. Aponta-
lhe as “boas ideias”, “exequíveis
face às condições que existiam”:
“Assumia trabalho, cumpria
prazos, sabia o que estava a
fazer.”
Na altura do último desses
projectos, Barreto Xavier era já
vereador da Câmara Municipal
de Oeiras com os pelouros da
Cultura, Juventude e Defesa do
Consumidor (2003-2005). O seu
PerfilVanessa Rato
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | CULTURA | 25
ENRIC VIVES-RUBIOdesfavor, mas a nosso favor.”
Nas artes plásticas, a crispação
à volta de Veneza acabou por se
dissipar. Caminhava-se, porém,
a passos largos para o mais
complexo momento que Barreto
Xavier enfrentaria na DGA.
Em Julho de 2010, Gabriela
Canavilhas, que entretanto
sucedera a Pinto Ribeiro, anuncia
o esgotamento de todas as
verbas para apoio às artes, 800
mil euros que deveriam ter sido
divididos por dois concursos. “O
senhor director-geral abriu [o
concurso] do primeiro semestre
com os 800 mil euros”, disse a
então ministra. A versão depois
defendida por Barreto Xavier,
já demissionário, foi distinta:
“A senhora ministra sabia que a
verba seria esgotada.”
No terreno, a responsabilidade
última de Canavilhas não foi
escamoteada. Mas, hoje, a
deputada diz que esta questão foi
“uma desculpa” e que a demissão
se deveu, na verdade, ao então
anunciado corte de 10% em
valores já contratualizados pelo
Estado com agentes e estruturas.
Barreto Xavier classifi cou
a medida como “perigosa” e
passível de suscitar uma “crise
de confi ança no Estado”. “Tinha
toda a razão”, diz Canavilhas,
mas sublinhando que, antes do
primeiro-ministro e Finanças
terem encontrado alternativas,
“não havia outra solução”. “Ele
preferiu afastar-se da medida,
tudo o resto é construção
narrativa. Quem é que quer
fi car ligado a cortes à sua gente?
Ninguém, e ele também não quis;
optou por pôr-se a salvo para
desafi os futuros”, diz a deputada.
Canavilhas cruzou-se pela
primeira vez com Barreto
Xavier “há mais de 20 anos”, via
CPAI. “Ele está num Governo
que defende o contrário de
tudo o que conhecemos como
organização social desde o pós-
guerra.” Enfrenta, assim, diz
Canavilhas, um “grande desafi o”:
“Como é que alguém que
reconhece o papel do Estado na
Cultura lidará com a ideologia de
um primeiro-ministro que acha
que o Estado deve sair da Cultura,
que deve sair de tudo? Este não é
o PSD de Jorge Barreto Xavier.”
Respostas, só mais tarde: no dia
da sua tomada de posse, Barreto
Xavier disse ao PÚBLICO que
dará entrevistas apenas depois de
estudar os dossiers.
da nomeação e a da substituição”.
“Hoje não se faz Cultura com
muito dinheiro, faz-se com
criatividade e parcerias. Barreto
Xavier é dos poucos vereadores de
que tenho saudades.”
Em 2005, Teresa Zambujo
não conseguiu ser reeleita.
Barreto Xavier voltou a assumir
consultorias, nomeadamente
para a Casa Pia, Serralves, a
Gulbenkian e o XVII Governo
Constitucional, de José Sócrates,
com o jurista José António Pinto
Ribeiro na Cultura. O mesmo
que, em 2008, o apontaria para a
Direcção-Geral das Artes (DGA).
Como sempre, a DGA foi uma
prova de fogo. Em Dezembro de
2008, a apenas seis meses da
inauguração da mais importante
bienal de artes plásticas do
mundo, a de Veneza, Barreto
Xavier não tinha equipa para
a representação portuguesa. E
multiplicavam-se as pressões
interministeriais para que a
escolha do artista português fosse
directa, do Ministério da Cultura,
via DGA, em vez de caber a um
comissário convidado — a escolha
seria Joana Vasconcelos.
“O Jorge foi o único que fez
fi nca-pé para que as coisas
fossem mais honestas, ética e
intelectualmente”, diz a curadora
italiana Antonia Gaeta, que
trabalhou na DGA entre 2008 e
2011. “A ingerência do processo
de escolha era palpável”, recorda.
“Não sei se fi quei ou não com boa
impressão [de Barreto Xavier],
sei que, sem ele, não teríamos
tido uma real representação em
Veneza.”
Natxo Checa recorda que,
quando foi convidado para a
curadoria da participação, sentiu
o mesmo tipo de pressões sobre
Barreto Xavier. Diz ter imposto
como condição autonomia de
escolha. Diz também que só
passado um mês a condição
foi aceite, bem como os nomes
que apresentou: a dupla João
Maria Gusmão/Pedro Paiva, os
mais jovens artistas de sempre a
representar Portugal na bienal.
Checa já conhecia Barreto
Xavier “há muito tempo” e a sua
opinião sobre ele não mudou
aí: “Há muito tempo que o Jorge
assume postos ligados a uma
responsabilidade colectiva. É
fruto do seu trabalho. Tem ideias,
sabe como fi nanciar a Cultura, é
inteligente, não é um fantoche,
pensa por si, o que jogará a seu
primeiro contacto fora Isaltino
Morais, mas acabara por entrar
na lista de Teresa Zambujo,
sucessora deste na presidência.
“O trabalho dele até então
falava por si”, diz Teresa
Zambujo. O objectivo era “pôr
Oeiras na agenda cultural”: “Dei-
lhe uma liberdade grande porque
acreditava nele. Em boa hora o
fi z.”
“No terreno há sempre
obstáculos”, refere a ex-autarca,
“a postura dele foi sempre
ultrapassá-los da melhor forma.
Contribuiu sempre com um
olhar diferente para a Cultura.
Normalmente, deixamo-la como
um parente pobre, em Oeiras
fi cou bem vincada a aposta.”
Entre outros exemplos, Teresa
Zambujo aponta a criação de
uma rede de bibliotecas, bem
como programações regulares
de cinema em vários espaços,
parcerias com institutos de
línguas e a primeira edição do
Oeiras: Encontro de Culturas,
“ponto alto” de cruzamentos
interdisciplinares.
“Acho que está sem dúvida
preparado [para a SEC]. A
experiência local e a sua visão
de proximidade são muito
importantes para estar na
administração central. É um
salto, e sabemos que são tempos
difíceis, mas ele tentará dar o
seu melhor com os recursos
que tem”, diz a ex-autarca sobre
um profi ssional que vê como
“uma pessoa determinada, um
corredor de fundo”.
A perspectiva da oposição
autárquica poderia ser distinta,
mas não é. “Confi rmo com
naturalidade”, diz Marcos Sá,
durante anos líder da assembleia
municipal e presidente da
comissão política do PS Oeiras.
“Se houve Cultura na Câmara
Municipal de Oeiras, foi com
Barreto Xavier”.
Marcos Sá guarda do novo
SEC a imagem de “uma pessoa
afável, com grande capacidade de
diálogo, empreendedor”, capaz de
“traçar prioridades, estabelecer
parcerias estratégicas e procurar
consensos numa perspectiva
integrante”: “Sabe ouvir e retirar
o melhor das diferentes opções
e visões. Tem o perfi l adequado
para evitar que a Cultura se
desgaste ao ponto de afundar.”
Marcos Sá sublinha que “não há
comparação possível” com Viegas,
de quem “houve duas notícias: a
“Fui construindo dele a imagem de uma pessoa curiosa, sensível, próxima do pensamento dos agentes no terreno e que, ao mesmo tempo, tem competências de gestor”João FiadeiroCoreógrafo
“Sabe ouvir e retirar o melhor das diferentes opções e visões. Tem o perfi l adequado para evitar que a Cultura se desgaste ao ponto de afundar”Marcos SáDirigente socialista
Barreto Xavier na tomada de posse como secretário de Estado no Palácio de Belém
26 | CULTURA | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Os Alt-J ganharam o prestigiado Mercury. E se fosse em Portugal?
Quatro letras apenas, e um símbolo
que desde Maio começou a ser visto
na capa do álbum e nos concertos. Os
Alt-J, quatro estudantes da cidade in-
glesa de Leeds, saíram da obscurida-
de com An Awesome Wave, primeiro
álbum de beleza siderante suportada
por um rock desconstruído, tortuoso,
sem regras nem limites, e anteontem
receberam o prémio Mercury, galar-
dão da indústria musical britânica
que ao longo dos anos tem catapulta-
do várias carreiras. Tem um modelo
credível e prestígio a condizer — em
Portugal não há nada assim.
Eram favoritos, apesar da concor-
rência de Michael Kiwanuka, Plan
B, Django Django, Jessie Ware ou
Richard Hawley, que constavam da
lista fi nal de candidatos. Os quatro
músicos, que actuam no Vodafone
MexeFest a 7 e 8 Dezembro, estive-
ram em Julho no Milhões de Festa,
onde disseram ao PÚBLICO que a sua
reputação, nessa altura, era relativa.
“Pergunte-nos daqui a seis meses”,
argumentavam. “Por agora lemos os
elogios dos críticos ao nosso álbum,
tocamos em concertos e aparece
muita gente. Mas não fazemos par-
te do estrelato de grande estatura,
não somos os The xx. Daqui a um
ano, talvez, quem sabe.”
Não foi preciso um ano. Nem seis
meses. Bastaram quatro. No universo
dos mais atentos às movimentações
da música popular, os Alt-J não são
desconhecidos. Mas para o grande
público são-no. É esse o objectivo do
Mercury: premiar o melhor álbum do
ano do Reino Unido, independente-
mente de serem fenómenos de suces-
so ou não. Por norma, quem o recebe
vê a sua carreira ser impulsionada.
Foi isso que aconteceu com Antony,
The xx, Portishead, Arctic Monkeys,
Dizzee Rascal ou Franz Ferdinand,
hoje conhecidos do grande público,
mas apenas em vias de o ser quando
foram premiados com o Mercury. E
quando a lógica não é essa, trata-se
de galardoar quem ainda está na fase
ascendente do seu percurso criativo,
apesar de já ser conhecido. Foi isso
que aconteceu, o ano passado, com
PJ Harvey.
Os Alt-J levaram para casa um
cheque de mais de 25 mil euros, ao
mesmo tempo que agradeceram
aos Césares franceses no cinema,
passando pelos Brit Awards ou pelo
Polaris canadiano (de modelo muito
semelhante ao Mercury) na música.
E esses prémios têm uma dimensão
global.
Portugal é uma das excepções.
Com impacto fora de portas, natu-
ralmente, não há prémios do género.
Mas mesmo com impacto interno,
apesar de uma profusão de galardões
— entregues por canais de TV, festi-
vais ou pelas mais diversas entidades
ou associações — é difícil vislumbrar
um que consiga associar infl uência,
prestígio e legitimação por uma co-
munidade de entendidos e uma per-
cepção geral de credibilidade junto
do grande público.
Falando com profi ssionais da mú-
sica, todos alegam que fazem falta
prémios com essas características.
“Claro que faz falta”, diz o radialista
Henrique Amaro, “desde que se sai-
ba o que queremos premiar exacta-
mente”. Para ele, os Prémios Blitz e,
antes deles, os Se7e de Ouro, foram
os mais credíveis, impulsionados pe-
la imprensa. O modelo do Mercury
faria sentido para Amaro, premian-
do apenas um artista em vez de inú-
meras categorias que rapidamente
tendem a ser esquecidas.
O músico Paulo Furtado (Legenda-
ry Tigerman e Wray Gunn) diz que ga-
nhar prémios não é fundamental em
nenhuma carreira, “principalmente
em Portugal, onde o que existe não é
muito credível”. Mas argumenta que
para uma indústria em crise “seriam
certamente um incentivo”. Mais do
que um modelo tipo Mercury, agra-
dar-lhe-ia um protótipo com muitas
categorias. “E um cuidado extremo
na escolha do júri”, diz.
Tiago Palma, principal responsável
pelos artistas e reportório da editora
mais activa em Portugal, a Universal,
recorda que os prémios “são um re-
conhecimento público” e ao mesmo
tempo ajudam “ao desenvolvimento
de carreiras”. Concorda que em Por-
tugal não há prémios com expressão
europeia, mas os álbuns nomeados
para os Prémios Blitz “tinham um
destaque importante”, diz, recor-
dando que a fadista Ana Moura teve
proveitos depois de ter recebido um
Prémio Amália.
Do que todos estão de acordo é
que o essencial existe: produção
discográfi ca, em quantidade e qua-
lidade, em Portugal. Falta o resto.
A credibilidade do galardão da indústria britânica constrói-se há 20 anos com a escolha de um só nome por um júri que aposta na novidade. Portugal tem muitos prémios, mas nenhum é consensual
Música Vítor Belanciano
PAULO PIMENTA
Os Alt-J (foto de cima) são os vencedores de 2012 e candidatam-se ao mesmo que aconteceu a anteriores vencedores, como os The xx (foto abaixo): obter maior visibilidade
OLIVIA HARRIS/REUTERS
aos pais, especialmente por estes
não os terem obrigado a procurar
emprego logo depois de terem ter-
minado o curso universitário onde
se conheceram.
O presidente do prémio, o sociólo-
go e especialista em cultura popular
Simon Frith, justifi cou que An Aweso-
me Wave “é um álbum com uma so-
noridade fresca e o Mercury sempre
tentou premiar coisas com potencial
de novidade”. O álbum dos Alt-J é o
13.º álbum de estreia a ser premiado
ao longo dos 20 anos dos prémios, o
que mostra que estes não são regidos
por uma lógica conservadora.
Os últimos estreantes a receber o
galardão foram os The xx, em 2010,
com consequências imediatas ao ní-
vel do número de discos vendidos
nas semanas seguintes à cerimónia
e dos concertos efectuados.
Um nome, um júri credívelDa responsabilidade da indústria fo-
nográfi ca e da associação de comer-
ciantes discográfi cos, o Mercury é o
prémio mais credível do sector no
Reino Unido. Não é entregue numa
longa cerimónia, como os Óscares
para o cinema, ou os Grammys ame-
ricanos na música, nem tem inúme-
ras categorias, apostando apenas
num nome. A credibilidade é-lhe ga-
rantida por um painel de 60 pessoas,
entre músicos, executivos, jornalistas
e personalidades ligadas à música. Os
objectivos do prémio são claros e os
procedimentos simples.
Na maior parte dos países com
uma indústria cultural amadurecida
há galardões de cinema e de música
para os artistas locais — dos Óscares
americanos aos Goyas espanhóis ou
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | CULTURA | 27
Breves
Globos de Ouro
Cosmic Underground
Prémio Cecil B. DeMille 2013 para Jodie Foster
Um comboio de artistas estacionado em Santa Apolónia
A actriz e realizadora americana Jodie Foster, de 49 anos, vai receber o Prémio Cecil B. DeMille pela sua carreira na cerimónia dos Globos de Ouro, a 13 de Janeiro. A presidente da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood, Aida Takla O’Reilly, classifica a actriz de O Silêncio dos Inocentes como “uma personalidade multifacetada”, “verdadeiramente única” com uma carreira de êxitos. Foster, cujo trabalho em O Deus da Carnificina (2011) lhe valeu a 6.ª nomeação de melhor actriz nos Globos, sucede a Morgan Freeman, o premiado em 2012.
Cosmic Underground é um comboio artístico que arrancou a 20 de Setembro da Estónia e que chegou agora a Lisboa. Hoje e amanhã, há exposições e espectáculos de mais de 40 artistas e cientistas de vários países europeus que viajaram de comboio até à Estação de Santa Apolónia, na linha 1, às 20h, 21h30, 23h. Os bilhetes são grátis e devem ser levantados no átrio da estação entre as 19h e as 23h. O Cosmic Underground segue viagem, com espectáculos diferentes, para as Caldas da Rainha e para Guimarães em data a anunciar.
JOANA PATITA
A Viagem já esteve em Guimarães e agora chegou ao Rio de Janeiro
À hora de fecho desta edição, a co-
reógrafa portuguesa Filipa Francis-
co preparava-se para ensaiar, pela
segunda e última vez, as 47 pessoas
que iam fazer o espectáculo de aber-
tura do Festival Panorama, o mais
importante do Brasil para a dança
contemporânea.
A Viagem, com dois bailarinos e 45
membros de um rancho folclórico
português dos subúrbios do Rio de
Janeiro, estreou ontem e repete ho-
je, no Teatro João Caetano, em plena
Praça Tiradentes, centro da cidade.
É a versão carioca do projecto mos-
trado em Março, em Guimarães.
“A Catarina Saraiva [co-directora
portuguesa do Panorama, com os
brasileiros Nayse Lopez e Eduardo
Bonito] foi ver o espectáculo em Gui-
marães e achou que tinha força por
fazer a ponte entre dança tradicio-
nal e contemporânea e por ter não-
profi ssionais”, conta a coreógrafa ao
PÚBLICO.
A ideia apareceu a Filipa em Ra-
mallah, Palestina, durante uma re-
sidência com um grupo de dança
tradicional. “Às vezes temos de ir
para fora para ver coisas sobre o
nosso país. Quando vim da Palesti-
na, fi zemos uma residência com um
rancho de Alcanena.” Seguiram-se
meses de investigação, mergulhando
nas recolhas de Michel Giacometti,
o pesquisador que, nos anos 1960
e 70, se dedicou à tradição popular
portuguesa.
“As danças de trabalho já não exis-
tem. Mas hoje é uma coisa de comu-
nidade. Na ditadura, era para elevar
a nação, o que subsiste agora é as pes-
soas quererem estar juntas. Eu queria
ter imagens disso no espectáculo.”
Acabou por estrear com outro grupo.
“A nossa investigação é contínua. De
cada vez que vamos a um local, a um
país, trabalhamos com um grupo. A
estrutura é tão aberta que em cada
momento é criado um objecto.”
Como foi o processo do Rio? “En-
saiámos três semanas com o grupo
da Casa de Viseu, na Vila da Penha.”
Zona Norte carioca. “Dormíamos na
Glória [centro], próximos do escritó-
rio do Panorama, onde tínhamos um
Maior festival de dança do Brasil abre com Filipa Francisco e um rancho folclórico carioca
gueses durante o festival. Já hoje,
Ana Borralho e João Galante estreiam
no Rio World of Interiors, instalação
performativa ao ar livre com 50 pes-
soas, no belo Parque Lage. Repete
espaço para ensaiar com o compo-
sitor António Pedro e os bailarinos,
Antonia Buresi e David Marques.” Es-
colhidos por audição, em Portugal.
Quotidiano carioca: “Íamos cin-
co vezes por semana para a Penha,
ensaiar das nove à meia noite com o
Rancho. Filhos de emigrantes e mais
velhos que ainda nasceram em Por-
tugal e vieram de barco para o Brasil.
Começámos por ver as danças deles,
porque no espectáculo primeiro é
apresentada uma dança tradicional
pura. Escolhemos uma ‘Chula de
Paus’, típica da zona de Viseu, pelo
seu virtuosismo e pela ligação emo-
cional que eles têm com ela. Incor-
pora passos rápidos e os pares quase
não se tocam, é muito alegre. E é par-
tir dela que o espectáculo se cons-
trói.” Incluindo “imagens que vieram
dos outros espectáculos do projecto,
numa acumulação de memórias.” E
Filipa descobriu vocações no rancho.
“Há pessoas com um talento nato pa-
ra a dança contemporânea.”
“A Viagem resume bem os dois
eixos do festival”, diz a co-directo-
ra Catarina Saraiva. “Por um lado,
a memória, por outro a comunida-
de. O que a Filipa propõe é que a
comunidade pense nas regras que
a regem, que o passado faz parte de
um presente que evolui. Depois, pen-
sámos neste espectáculo para abrir
também pelo foco do Ano de Portu-
gal no Brasil. Estamos a falar de uma
comunidade que continua a seguir
as tradições mas é brasileira.” Não é
um trabalho evidente num festival
com um cunho experimental como o
Panorama. “Põe em cena a tradição.
Mas também por isso é um desafi o e
uma metáfora de como se trabalha a
contemporaneidade.”
Além dos 45 voluntários do ran-
cho, mais 150 voluntários vão actuar
em espectáculos criados por portu-
Artes do palcoAlexandra Lucas Coelho, no Rio de JaneiroAna Borralho/João Galante, Victor Hugo Pontes e Lula Pena são os outros portugueses no Panorama, que ontem começou no Rio
amanhã. E daqui a uma semana, a
mesma dupla apresenta Atlas, peça
com 100 pessoas de 100 profi ssões
em palco. “Um questionamento so-
bre a sociedade em que se inserem”,
diz Catarina. “Uma representação
da cidade.”
Victor Hugo Pontes traz Ballet
Story, coreografi a para sete jovens
bailarinos portugueses, um exemplo
“da criação actual” na dança portu-
guesa, segundo Catarina Saraiva. E
porquê um concerto de Lula Pena
amanhã no Parque Lage (depois de
um primeiro para convidados, na re-
sidência do cônsul português)? “Por-
que o Panorama tem de ser enten-
dido como um festival que põe em
palco várias vertentes fora da dança,
um festival em que o centro é o cor-
po enquanto meio de comunicação.
Nessa perspectiva, a Lula entra muito
bem: o violão como extensão do cor-
po.” O Panorama acontece no Rio de
Janeiro até dia 18.
Ver fotogaleria emwww.publico.pt/cultura
28 | LOCAL | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Parques de Sintra afasta director e fundador da Escola de Arte Equestre
Depois de três décadas a dirigir a Escola Portuguesa de Arte Equestre, Filipe Figueiredo foi dispensado. Integrada há dois meses na Parques de Sintra, a EPAE está a ser alvo de uma reestruturação profunda
MIGUEL MANSO
“Debilitados e mal aproveitados” é como António Lamas descreve os cavalos da EPAE, escola que integra a Monte da Lua desde Setembro
O cavaleiro e veterinário do Ministé-
rio da Agricultura que dirigiu a Es-
cola Portuguesa de Arte Equestre
(EPAE) desde a sua formação, em
1979, Filipe Figueiredo (Graciosa),
foi afastado do seu cargo. A decisão
coube à sociedade Parques de Sintra-
Monte da Lua, que detém desde o
início de Setembro a gestão da EPAE,
que antes pertencia à Fundação Al-
ter Real.
António Lamas, presidente da so-
ciedade Parques de Sintra-Monte da
Lua, explica que a decisão do afas-
tamento de Filipe Figueiredo era
inevitável face à reestruturação da
escola. “O Filipe Figueiredo dirigia a
escola há mais de 25 anos e na minha
opinião ninguém deve estar à fren-
te de uma instituição tanto tempo”,
justifi ca António Lamas. Além disso,
defende a utilidade de “ser alguém
novo que integre esta renovação de
que a EPAE está a ser alvo”.
A derradeira razão que terá le-
vado à decisão reside no estado de
“desorganização e degradação das
instalações da escola”. Esta situação,
explica, “não poderia deixar de ser
associada e atribuída às responsabi-
lidades de quem estava na direcção
da escola”.
Depois de mais de três décadas a
dirigir a EPAE, Filipe Figueiredo foi
surpreendido pela decisão. “Não
estava à espera de ser totalmente
afastado. Esperava que contassem
ao menos com algum tipo de apoio,
como director artístico, por exem-
plo”, declara, acrescentando que a
auditoria realizada em Setembro foi
favorável à continuidade do seu tra-
balho. António Lamas desvaloriza o
afastamento do director. “Há toda
uma equipa a trabalhar, a escola não
era só o Filipe Figueiredo.”
Por seu turno, o cavaleiro acredita
que o seu contributo poderia ainda
ser útil para a instituição. “Conheço
as pessoas todas do meio, tenho re-
lações pessoais e conhecimentos no
mundo inteiro.” “Algumas vezes, os
cavalos só tiveram que comer porque
era eu a fazer os pedidos”, sustenta
o ex-director da EPAE. Segundo An-
tónio Lamas, esta era uma situação
que acontecia com uma regularidade
assustadora. “A escola já não tinha
sequer condições para garantir a
alimentação dos cavalos, os animais
estavam absolutamente debilitados
quando a administração nos foi en-
tregue.”
Actualmente, a escola tem a seu
cargo 44 cavalos lusitanos, mas este
número poderá diminuir, uma vez
que, explica António Lamas, “alguns
animais estão tão diminuídos que te-
rão de ser devolvidos” à Coudelaria
de Alter do Chão. Outros, acrescenta,
poderão, eventualmente, ser “rea-
bilitados”. Este responsável garante
que, seja a fundação ou outra enti-
dade a fi car com a gestão da coude-
laria (onde são criados os cavalos da
escola, fundada em 1748 por D. João
V), o acordo que existe entre esta e
a EPAE é independente dessas deci-
sões. “Pior do que o que estava não
pode fi car”, garante, uma vez que “a
relação no que se refere a efectivos
equestres era péssima e a escola já
não recebia cavalos desde 2007”.
Para António Lamas, a EPAE cons-
tituía um peso para a Fundação Alter
Real. Por sua vez, Filipe Figueiredo
acusa a fundação de se ter “demitido
das suas funções” e acredita que a
decisão será a sua extinção. Para o
cavaleiro, os problemas remontam à
sua criação, em 2007, quando passou
a desempenhar as funções de vários
serviços do Ministério da Agricultura.
O fi m, sustenta, era inevitável.
O Governo deu até fi nal de Outu-
bro para que os parceiros privados
da Fundação Alter Real apresentas-
sem propostas de viabilização eco-
nómica para a instituição. No entan-
to, na quarta-feira, o Ministério da
Agricultura ainda não tinha recebido
nenhuma proposta, mas não confi r-
ma o fi m da fundação. Na próxima
segunda-feira haverá uma reunião
entre os membros da fundação em
que se prevê que seja tomada uma
decisão fi nal.
Monte da LuaLiliana Pascoal Borges
EPAE negoceia novo espaço
Novas instalações permitirão mais espectáculos
Adirecção da Parques de Sintra está convencida de que conseguirá rentabilizar a EPAE aumentando e
regularizando a frequência dos espectáculos de equitação por ela organizados. “É preciso renovar as instalações, para isso estamos em negociações com o Ministério da Agricultura para termos um picadeiro em Belém.” A escola pretende mudar-se para o Picadeiro Henrique Calado, na Calçada da Ajuda, em Lisboa, onde existem espaços cobertos, o que permite a realização de espectáculos ao
longo de todo o ano, evitando assim o actual carácter sazonal dos espectáculos. A EPAE, sob a direcção de Filipe Figueiredo, retomou há 33 anos as tradições equestres do tempo de D. João V e adquiriu reputação internacional.
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | LOCAL | 29
Breves
Avenidas Novas
Distrito judicial de Lisboa
Açores
Mais estacionamento e alteração nos autocarros
Há consultas jurídicas gratuitas na próxima quinta-feira
Derrocada de grandes dimensões no Corvo criou ilhéus
A Associação de Moradores das Avenidas Novas considerou “positivos” os resultados obtidos na discussão com a câmara para alterações naquela zona, como o aumento de estacionamento e circulação de autocarros. Haverá um aumento do estacionamento à superfície na Av. Defensores de Chaves para 130 lugares e os autocarros passam a circular nas avenidas Duque d’ Ávila e Miguel Bombarda.
O Dia da Consulta Jurídica Gratuita, promovido pela sexta vez pelo Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, cumpre-se na próxima quinta-feira, com advogados e estagiários presentes em 19 gabinetes do distrito judicial de Lisboa.Advogados e estagiários vão prestar gratuitamente consulta jurídica e informação jurídica aos cidadãos, no período compreendido entre as 10h e as 17h.
Uma derrocada de grandes dimensões na costa noroeste do Corvo, provocada pelo mau tempo, fez deslocar uma enorme massa de sedimentos, originando a formação de pequenos ilhéus com 200 metros de comprimento junto à mais pequena ilha dos Açores. Durante o temporal, registou-se a deslocação de 150 mil toneladas de material geológico, afirmou o director regional dos Assuntos do Mar.
RUI SOARES
O terminal fluvial continua encerrado e cheio de andaimes
Desenhada por Cottinelli Telmo em
1932, a estação fl uvial Sul e Sueste,
junto ao Terreiro do Paço, em Lis-
boa, tornou-se ontem monumento
de interesse público.
O edifício modernista enfrenta,
num entanto, um dos períodos mais
difíceis da sua longa existência. De-
pois de ter benefi ciado de fundos co-
munitários para levar a cabo a cons-
trução de uma nova estação fl uvial
e para reabilitar a antiga, o Metropo-
litano de Lisboa diz que não tem os
11 milhões de euros necessários para
fazer reviver a obra de Cottinelli Tel-
mo. Por isso, mantém o terminal fl u-
vial encerrado e cheio de andaimes,
num cenário de degradação pouco
consentâneo com o estatuto de mo-
numento ontem conferido por porta-
ria publicada em Diário da República.
“Isto não pode continuar mui-
to tempo assim”, declarou o vice-
presidente da Câmara de Lisboa,
Manuel Salgado, à RTP há menos de
um mês. Só que, na mesma altura,
Ricardo Machado, director de infra-
Deixada ao abandono, estação fluvial Sul e Sueste tornou-se monumento
estruturas do Metro de Lisboa, disse
que a intenção era “abandonar defi -
nitivamente a obra”. Contactada on-
tem pelo PÚBLICO, a transportadora
remeteu-se ao silêncio.
A arquitecta encarregada do pro-
jecto de reabilitação, Ana Costa, por
sinal neta de Cottinelli Telmo, diz que
surgiu, no entanto, “uma luzinha ao
fundo do túnel”: a possibilidade de
a Associação de Turismo de Lisboa,
organização liderada pela câmara
da qual fazem parte várias entida-
des públicas e privadas, assumir a
exploração do terminal fl uvial para
fi ns turísticos. Nesse sentido, foi pe-
dido a Ana Costa que reformulasse
o seu projecto, no sentido de reduzir
signifi cativamente os custos previs-
tos de 11 milhões.
Arrancados para que pudessem
ter lugar as obras que nunca come-
çaram, os enormes painéis de azule-
jo com os brasões de várias cidades
alentejanas e algarvias que decora-
vam o átrio da estação encontram-
se algures em parte incerta. “Parece
que estão na [empresa do Metropo-
litano] Ferconsult, guardados em
caixas. Onde, exactamente, isso não
sei”, refere a arquitecta.
Juntamente com o edifício fl uvial,
foram ontem também classifi cados
como monumentos de interesse
público as muralhas, torres, portas
e baluartes do centro histórico de
Setúbal. Idêntico grau de protecção
patrimonial foi conferido à Casa Ro-
que Gameiro, na Amadora, cujo pro-
jecto de ampliação é atribuído ao
arquitecto Raul Lino.
A igreja de Nossa Senhora da Pie-
dade, no concelho de Vila Viçosa, foi
outro dos imóveis classifi cados no
Diário da República de ontem.
PatrimónioAna Henriques
“Há uma luzinha ao fundo do túnel”, diz neta de Cottinelli Telmo perante projecto de reabilitação do edifício para fins turísticos
O diploma que reduz de 53 para 24
o número de freguesias da capital e
cria a freguesia do Parque das Na-
ções foi ontem aprovado pelo Pre-
sidente da República. O diploma da
reforma administrativa havia sido
vetado em Julho por erros de defi -
nição de limites de freguesias e do
município.
O PS e o PSD acusaram o Bloco de
Esquerda e o PCP de tentarem blo-
quear a correcção do mapa antes de
este ser enviado para o Presidente
da República. Por sua vez, os dois
partidos negaram estas acusações e
acusaram os sociais-democratas e os
socialistas de fazerem uma reforma
sem ouvirem as populações. Depois
do veto e da devolução do diploma
à Assembleia da República, Cavaco
Silva alertou para a necessidade de
qualidade e rigor na produção das
leis.
Depois de toda a polémica, o ma-
pa acabou por ser promulgado com
uma parte do território de Loures a
fazer agora parte da nova freguesia
do Parque das Nações.
“Tínhamos consciência de que es-
te era um processo mais bem traba-
lhado do ponto de vista das pessoas,
da autarquia, do debate”, afi rmou
o líder da bancada parlamentar do
PS, Miguel Coelho, em declarações
à Lusa. O deputado socialista subli-
nhou ainda que a reforma estava a
ser construída há 25 anos e desvalo-
rizou as incorrecções: “Nem um erro
como o que aconteceu — de o mapa
estar mal delimitado — iria retirar o
brilho da nossa satisfação e a sua pro-
funda importância para Lisboa”.
Por sua vez, o PSD afi rma que a
reforma modernizará a cidade e o
país. António Prôa, deputado social-
democrata, destaca que os partidos
“conseguiram convergir numa ma-
téria que era estrutural para Lisboa
e que esse exemplo pode e deve ser
seguido na reforma do poder local
que está em curso no país”.
António Prôa sublinhou ainda que
o acordo entre PSD e PS na defi nição
do novo mapa de freguesias em Lis-
boa, “é, sobretudo, modelo de ins-
piração para as questões nacionais
que estão em cima da mesa neste
momento”.
Cavaco aprova reforma das freguesias
Lisboa
Lisboa tem agora 24 freguesias, o que contribui, segundo o PSD, para a “modernização da cidade e do país”
Coliseu classificado
O Coliseu é nosso!” A frase, muitas vezes repetida, marcou, em 1995, a contestação à entrega
do edifício histórico do centro do Porto à Igreja Universal do Reino de Deus. Desde ontem, com a publicação do despacho que classifica o edifício como monumento de interesse público, o Coliseu deixa de ser apenas dos portuenses para se tornar um pouco mais de todos os portugueses. O edifício inaugurado em 1941, e a que Cassiano Branco imprimiu a sua singularidade, recebe a distinção de cara lavada depois da intervenção de que foi alvo em Agosto do ano passado. A classificação foi assinada a 22 de Outubro pelo ex-secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas. Patrícia Carvalho
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N.º do Processo: 796/08.1TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): BANCO ESPÍRITO SAN-TO, S.A., e outrosExecutado(s): JOSÉ MARIA TAVARES MASCARENHAS e outrosValor: 110.976.14 €Referência interna: PE/37/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “N”, correspon-dente ao R/C direito, destinada a habi-tação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta Leonor Afonso N.º 20 e 20 A, lugar e freguesia de Monte Abraão, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 349 e inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo 464.
Valor-base: 95.122,41 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 66.585,68 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado José Maria Tavares Mascarenhas, com resi-dência na Praceta Leonor Afonso, n.º 20, r/c Dt.º, em Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedi-do de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
Cédula 1563
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante
propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 542/08.0TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: Banco Espírito Santo, S.A Executado(s): MÁRIO SEBASTIÃO SERROTE AUGUSTO e outrosValor: 71.305,04 €Referência interna: PE/144/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 22 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução, da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: 1/2 da Fracção au-tónoma designada pela letra “AJ”, correspondente ao nono andar direito, destinada a habitação do prédio urba-no em regime de Propriedade Horizon-tai, sito na Rua Melquíades Marques, 37 a 37 C, Quinta da Barroca, freguesia do Cacém, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva-Cacém sob o n.º 283 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1473.
Valor-Base 50.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas pro-postas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque vi-sado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancá-ria no mesmo valor.O bem pertence aos executados Mário Sebastião Serrote Augusto e Maria Te-reza Semedo, com residência na Rua Melquíades Marques, lote 7-B, 9.º an-dar Dt.º, Agualva-Cacém, fi éis deposi-tários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
Cédula 1563
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante
propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 1952/11.0TBCTBCastelo Branco - Tribunal Judicial - 1.º JuízoExequente: BANCO ESPÍRITO SAN-TO, SAExecutado(s): MARIA TAVARES CAS-TANHEIRA CARDOSO e outrosValor: 47.817,37 €Referência interna: PE/662/2011Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 10 de Janeiro de 2013, pelas 13.45 horas, no Tribunal Judicial de Castelo Branco - 1.º Juízo, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “N”, correspon-dente ao quinto andar esquerdo, destinada a habitação e arrecadação n.º 11 no sótão do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Tapada João de Almeida, Lote 17, e (Rua Engenheiro Pires Marques N.º 17) lugar e freguesia de Castelo Branco, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castelo Branco sob o n.º
2634 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11751.Valor-base: 127.329,63 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 89.130,74 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque vi-sado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor-base do bem, ou garantia bancá-ria no mesmo valor.O bem pertence aos executados Júlio Neves Cardoso e Maria Tavares Casta-nheira Cardoso, com residência na Rua Direita, n.º 12, Oledo, fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pe-dido de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintra • e.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax. 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
Cédula 1563
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante
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N.º do Processo: 7149/08.0TMSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: Caixa de Crédito Agríco-la Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.Executado(s): Bemposta e Pires - Co-mércio de Marisco, Lda. e outrosValor: 31.920,36 €Referência interna: PE/452/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álva-ro de Vasconcelos, 8. 3.º C. em Sintra, faz saber que nos autos acima indica-dos, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013 pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostasBEM A VENDER: Usufruto da Fracção autónoma designada pela letra “T”, correspondente ao segundo andar direito, destinada a habitação do pré-dio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av.ª Via Láctea N.º 31, Serra das Minas, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 391 e inscrito na res-
pectiva matriz sob o artigo 5998.Valor-base: 25.000,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 17.500,00 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Ana Maria Rosa das Graças Pinto, com residência na Av.ª Via Láctea, n.º 31, 2.º Dt.º, Ser-ra das Minas, Rio de Mouro, fi el depo-sitária do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
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N.º do Processo: 645/06.5TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Credor(s): Ministério Público e outrosExecutado(s): JOSÉ MANUEL MAR-QUES DA SILVA MENDES e outrosValor: 116.272,84 €Referência interna: PE/340/2007Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “I”, correspon-dente ao segundo andar direito, des-tinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av.ª Creche Pedro Folque N.º 7, lugar e freguesia de Belas, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 1581 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7657.Valor-base: 100.000,00 euros
Será aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 70.000,00 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados José Manuel Marques da Silva Mendes, com residência na Rua Conselheiro Tarouca, 207, 2.º Dt.º, em Alcoentre, e Cláudia Maria Moreno Seita com residência na Rua Escritor Aquilino Ribeiro, n.º 9, 2.º Esq.º, em Beja, fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintra • e.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax. 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15:00 às 17:00 horas
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Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
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Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroes-te Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2 - Execu-ção Comum; Processo n.º 1965/04.9TCSNT; Valor: 83.770,45 €; Ref. Interna - PE 639/2004; Nos autos acima identifi cados, em que é exe-quente CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., e executados Miguel Manuel Inácio António e Francisco António Matias, encontra-se desig-nado o dia 06 de Dezembro de 2012, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propostas, que se-jam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos inte-ressados na compra do seguinte bem: verba única - prédio urbano, designado pela fracção “C”, sito na Rinchoa na Rua Madressilva, n.º 14, correspondente ao r/c direito, Freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 6334 descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 215.VALOR-BASE DA VENDA: 70.000,00 €. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário do imóvel o executado Mi-guel Manuel Inácio António, o mesmo deve mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados, e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional pelo montante de 422,49 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, até às
14h00m do dia 05 de Dezembro de 2012, em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do proponente, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido,Caução e depósito do preço: No acto da ven-da deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totalidade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906445, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anún-cios consecutivos no jornal Público.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: 1389@solicitador.netPúblico, 03/11/2012 - 1.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389
EDITAL DE VENDA DO IMÓVEL ABERTURA DE PROPOSTAS
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Processo n.º 3006/06.2TBSXLTribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/62/2006Exequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executado(s): Adérito Martins Alves e outrosAlexandra Gomes, Agente de Execução, CP 4009, com ende-reço profi ssional em Praça M.F.A. n.º 7, 3.º esq.º, Sala - A, 2800-171 Almada.A CITAR: Adérito Martins Alves, com última residência co-nhecida na Rua Casal do Marco, n.º 38 - 2.º Direito, Torre da Marinha, Seixal.QUANTIA EXEQUENDA: € 66.686,31OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃO:Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss, do C. P. Civil, correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data e última publicação do anúncio, citando o ausente Adé-rito Marins Alves, casado, nascido em 25/06/1961, natural de Massarelhos, Porto, contribuinte fi scal n.º 175246262, com última residência conhecida na Rua Casal do Marco, n.º 38 - 2.º Direito, Torre da Marinha, Seixal, para no prazo de 20 (vinte) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução, nos termos n.º 6 do art.º 812.º e art.º 813.º, n.º 1 do C. P. Civil.O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos docu-mentos encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo Cível.MEIOS DE OPOSIÇÃONos termos do disposto no artigo 60.º do C.P.C. é obrigatória a constituição de Advogado quando o valor da execução seja su-perior à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,98 €).COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, segue-se a PENHORA dos bens necessários para garantir o pagamento da quantia exequenda, juros e acréscimo das despesas previsíveis a que se refere o n.º 3 do art. 821.º do C.P.C.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESSendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes
autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notifi cação do apoio judiciário. O prazo processual, estabelecido por lei ou fi xado por despacho do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias judiciais (que decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro, do domingo de Ramos à segunda -feira de Páscoa e de 16 de Julho a 31 de Agosto) salvo se a sua duração for igual ou supe-rior a seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a lei considere urgentes. Quando o prazo para a prática do acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Os tribunais consideram-se encerrados quando for concedida tolerância de ponto (Conferir artigos 143.º e 144.º do Código Processo Civil e o artigo 12.º da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, com a redacção dada pela Lei n.º 43/2010 de 3 de Setembro). Artigo 252.º-A do CPC (Dilação) 1. Ao prazo de defesa do citando acresce uma dilação de cinco dias quando: a) A citação tenha sido realizada em pessoa diversa do réu, nos termos do n.º 2 do artigo 236.º e dos n.ºs 2 e 4 do artigo 240.º; b) O réu tenha sido citado fora da área da comarca sede do tribunal onde pende a acção, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2. Quando o réu haja sido citado para a causa no território das regiões autónomas, correndo a acção no con-tinente ou em outra ilha, ou vice-versa, a dilação é de 15 dias. 3 - Quando o réu haja sido citado para a causa no estrangeiro, a citação haja sido edital ou se verifi que o caso do n.º 5 do artigo 237.º-A, a dilação é de 30 dias. 4 - A dilação resultante do disposto na alínea a) do n.º 1 acresce à que eventualmente resulte do estabelecido na alínea b) e nos n.ºs 2 e 3.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOSPoderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, juros e despesas prováveis no escritório da Agente de Execução, ou por transferência bancária através do NIB 0033.0000.45299621286.05 - Millennium BCP. Os honorários e despesas da Agente de Execução ascendem, no momento, a 450,00 euros, sem prejuízo de posterior revisão.
A Agente de Execução - Alexandra GomesPraça M.F.A., n.º 7 - 3.º Esq.º, Sala A - 2800-171 AlmadaE-mail: 4009@solicitador.netTelf.: 210 833 058 - Fax: 212 743 259 Público, 03/11/2012 - 1.ª Pub .
Alexandra GomesAgente de Execução
CPN 4009
ANÚNCIO DE EDITALCitação de ausente em parte incerta(artigos 244.º e 248.º do C. P. Civil)
Processo n.º 3006/06.2TBSXLTribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/62/2006Exequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executado(s): Beatriz da Conceição Andrade Miranda Costa e outrosAlexandra Gomes, Agente de Execução, CP 4009, com ende-reço profi ssional em Praça M.F.A. n.º 7, 3.º esq.º, Sala - A, 2800-171 Almada.A CITAR: Beatriz da Conceição Andrade Miranda Costa, com última residência conhecida na Rua Casal do Marco, n.º 42 - r/c Direito, Torre da Marinha, Seixal.QUANTIA EXEQUENDA: € 66.686,31.OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃO:Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss, do C. P. Civil, correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data e última publicação do anúncio, citando a ausente Beatriz da Conceição Andrade Miranda Costa, casada, nascida em 15/03/1977, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, contribuinte fi scal n.º 213982846, com última residência co-nhecida na Rua Casal do Marco, n.º 42 - r/c Direito, Torre da Marinha, Seixal, para no prazo de 20 (vinte) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução, nos termos n.º 6 do art.º 812.º e art.º 813.º, n.º 1 do C. P. Civil.O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos docu-mentos encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo Cível.MEIOS DE OPOSIÇÃONos termos do disposto no artigo 60.º do C.P.C. é obrigatória a constituição de Advogado quando o valor da execução seja su-perior à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,98 €).COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, segue-se a PENHORA dos bens necessários para garantir o pagamento da quantia exequenda, juros e acréscimo das despesas previsíveis a que se refere o n.º 3 do art.º 821º do C.P.C.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESSendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes
autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notifi cação do apoio judiciário. O prazo processual, estabelecido por lei ou fi xado por despacho do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias ju-diciais (que decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro, do domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de Julho a 31 de Agosto) salvo se a sua duração for igual ou superior a seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a lei considere urgentes. Quando o prazo para a prática do acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Os tribunais consideram-se encerrados quando for concedida tolerância de ponto (Conferir artigos 143.º e 144.º do Código Processo Civil e o artigo 12.º da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, com a redacção dada pela Lei n.º 43/2010 de 3 de Setembro). Artigo 252.º-A do CPC (Dilação) 1. Ao prazo de defesa do citando acresce uma dilação de cinco dias quando: a) A citação tenha sido realizada em pessoa diversa do réu, nos termos do n.º 2 do artigo 236.º e dos n.ºs 2 e 4 do artigo 240.º; b) O réu tenha sido citado fora da área da comarca sede do tribunal onde pende a acção, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2. Quando o réu haja sido citado para a causa no território das regiões autónomas, correndo a acção no con-tinente ou em outra ilha, ou vice-versa, a dilação é de 15 dias. 3 - Quando o réu haja sido citado para a causa no estrangeiro, a citação haja sido edital ou se verifi que o caso do n.º 5 do artigo 237.º-A, a dilação é de 30 dias. 4 - A dilação resultante do disposto na alínea a) do n.º 1 acresce à que eventualmente resulte do estabelecido na alínea b) e nos n.ºs 2 e 3.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOSPoderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, juros e despesas prováveis no escritório da Agente de Execução, ou por transferência bancária através do NIB 0033.0000.45299621286.05 - Millennium BCP. Os honorários e despesas da Agente de Execução ascendem, no momento, a 450,00 euros, sem prejuízo de posterior revisão.
A Agente de Execução - Alexandra GomesPraça M.F.A., n.º 7 - 3.º Esq.º, Sala A - 2800-171 AlmadaE-mail: 4009@solicitador.netTelf.: 210 833 058 - Fax: 212 743 259Público, 03/11/2012 - 1.ª Pub.
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ANÚNCIO DE EDITALCitação de ausente em parte incerta(artigos 244.º e 248.º do C. P. Civil)
Processo n.º 3006/06.2TBSXLTribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/62/2006Exequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executado(s): José Alexandre Neto Costa Miranda e outrosAlexandra Gomes, Agente de Execução, CP 4009, com ende-reço profi ssional em Praça M.F.A. n.º 7, 3.º esq.º, Sala - A, 2800-171 Almada.A CITAR: José Alexandre Neto Costa Miranda, com última resi-dência conhecida na Rua Casal do Marco, n.º 42 - r/c Direito, Torre da Marinha, Seixal.QUANTIA EXEQUENDA: € 66.686,31. OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃO:Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss, do C. P. Civil, correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data e última publicação do anúncio, citando o ausente José Ale-xandre Neto Costa Miranda, casado, nascido em 22/01/1974, natural da freguesia e concelho de Almada, contribuinte fi scal n.º 201861577, com última residência conhecida na Rua Casal do Marco, n.º 42 - r/c Direito, Torre da Marinha, Seixal, para no prazo de 20 (vinte) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução, nos termos n.º 6 do art.º 812.º e art.º 813.º, n.º 1 do C. P. Civil.O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos docu-mentos encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal de Família e Menores e de Comarca do Seixal - 2.º Juízo Cível.MEIOS DE OPOSIÇÃONos termos do disposto no artigo 60.º do C.P.C. é obrigatória a constituição de Advogado quando o valor da execução seja su-perior à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,98 €).COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, segue-se a PENHORA dos bens necessários para garantir o pagamento da quantia exequenda, juros e acréscimo das despesas previsíveis a que se refere o n.º 3 do art.º 821º do C.P.C.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESSendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da
apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notifi cação do apoio judiciário. O prazo processual, estabelecido por lei ou fi xado por despacho do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias ju-diciais (que decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro, do domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de Julho a 31 de Agosto) salvo se a sua duração for igual ou superior a seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a lei considere urgentes. Quando o prazo para a prática do acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Os tribunais consideram-se encerrados quando for concedida tolerância de ponto (Conferir artigos 143.º e 144.º do Código Processo Civil e o artigo 12.º da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, com a redacção dada pela Lei n.º 43/2010 de 3 de Setembro). Artigo 252.º-A do CPC (Dilação) 1. Ao prazo de defesa do citando acresce uma dilação de cinco dias quando: a) A citação tenha sido realizada em pessoa diversa do réu, nos termos do n.º 2 do artigo 236.º e dos n.ºs 2 e 4 do artigo 240.º; b) O réu tenha sido citado fora da área da comarca sede do tribunal onde pende a acção, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2. Quando o réu haja sido citado para a causa no território das regiões autónomas, correndo a acção no con-tinente ou em outra ilha, ou vice-versa, a dilação é de 15 dias. 3 - Quando o réu haja sido citado para a causa no estrangeiro, a citação haja sido edital ou se verifi que o caso do n.º 5 do artigo 237.º-A, a dilação é de 30 dias. 4 - A dilação resultante do disposto na alínea a) do n.º 1 acresce à que eventualmente resulte do estabelecido na alínea b) e nos n.os 2 e 3.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOSPoderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, juros e despesas prováveis no escritório da Agente de Execução, ou por transferência bancária através do NIB 0033.0000.45299621286.05 - Millennium bcp. Os honorários e despesas da Agente de Execução ascendem, no momento, a 450,00 euros, sem prejuízo de posterior revisão.
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ANÚNCIO DE EDITALCitação de ausente em parte incerta(artigos 244.º e 248.º do C. P. Civil)
Tribunal Judicial de Braga2.º Juízo Cível
Anúncio de VendaInsolvência de “ADRIANO J. SILVA, LDA”FAZ-SE SABER, que pelo Administrador da Insolvência, nos autos de Liquidação do Activo, Apenso ao Processo de Insolvência n.º 4141/11, 0TBBRG - E - 2.º Juízo Cível de “ADRIANO J. SILVA, LDA”, a correr ter-mos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga. foi ordenada a VENDA, por negociacão particular dos bens móveis arrolados a favor da massa insolvente.Ficam por este meio convidados todos os interessados a entregarem as suas propostas, por correio, POR CARTA FECHADA, o envelope deverá mencionar “Proposta de Compra para o Processo n.º 4141/11.0TBBRG” e para a morada do Administrador da Insolvência na Rua S.Tiago n.º 879 - 2.º Esq.º 4835-247 Guimarães, mais informa só serão aceites propostas emitidas até ao dia 16 de Novembro de 2012.Estas propostas serão abertas no dia 20 de Novembro de 2012 pelas 14.00 horas, na Rua São Cristóvão de Boaventura n.º 309, em Guimarães podendo estar presente qualquer interessado.O Administrador da Insolvência reserva-se a faculdade de não aceitar, ou rejeitar, qualquer proposta que considere não se adequar aos interesses da massa insolvente.Sendo o valor a anunciar de 99.785,00 € (noventa e nove mil, setecentos oitenta cinco euros), valor-base para o lote de bens móveis no estado físico em que se encontram:- Máquina de corte tipo ponte automática - Ref.ª Giro 75 “Radufi l, Lda.”; Máquina de corte tipo ponte automática - Ref.ª “Construal, Lda.” 1998, tipo CAOI; Máquina Multifunções Ecostone - Modelo RF30 Mas-ter X de 2010; Polidora de topos automática de tapete - Ref.ª “Radufi l, Lda.” - PT 64; Máquina de corte manual - “Bóia & Irmão, Lda.” - n.º fa-brico 61-1230-21; Máquina de corte manual - “Bóia & Irmão, Lda.” - n.º fabrico 628600-13; Máquina de polir manual - Ref.ª “Fernando Graça, Lda.”; Máquina de corte eléctrica para cortar madeira tipo: SA 2500 n.º 217-220; Máquina fi xa de furar; Máquina eléctrica de gravar letras com abecedários e afi ador de brocas; Duas bandeiras de transporte de material Radufi l: U Mega - 1 Tonelada; Braço grua exterior de ele-vação com coluna (8 Mts) Radufi l: U: Mega - 1 Tonelada; Empilhadora Nissan; Carrinha de caixa aberta Toyota Dyna - Matrícula QO-80-44; Veículo ligeiro Renault Clio Diesel (2 lugares) - Matrícula 81-89-FX; Material de escritório; Dezanove máquinas rebarbadoras/lixadoras portáteis; Três berbequins portáteis; Aspirador de pó “Radufi l, Lda.”; Conjunto de vários compactos de várias qualidades e espessuras. Cerca de 100; Doze jazigos completos 2.00 x 7.00 x 20, mais um jazi-go completo duplo 2.00 x 2.00 x 20; Conjunto de chapas em mármore de várias qualidades e espessuras. Cerca de 268.00 m2; Conjunto de chapas em granito de várias qualidades e espessuras. Cerca de 279 m2. Conjunto de fi guras de carácter religioso; Silo 20 mr da Radufi l; Seis grampos de fi xar (fi xadores de pedra).Os proponentes têm preferência se juntar à sua proposta, como caução, um cheque, à ordem da massa insolvente, no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.º 1 do art.º 897.º do CPC).No acto de abertura das propostas, uma vez aceite, o seu proponente, num prazo de 15 dias, deverá depositar na conta da massa insolvente a parte restante do preço. Mostrando-se integralmente pago o preço e satisfeitas as obrigações fi scais inerentes à transmissão, os bens serão adjudicados e entregues ao proponente.Os interessados poderão ver os bens imóveis no dia 13 de Novembro pe-las 11.00 e 12.00 horas na sede da empresa em Pinheiro da Gregória, S. Lázaro, na cidade de Braga. Nesta visita serão fornecidos aos interessa-dos os elementos necessários à apreciação dos bens objecto de venda.Qualquer esclarecimento deve ser solicitado ao Administrador da Insol-vência. via telefone 253536200, ou consultar o processo de Insolvência.
O Administrador da InsolvênciaANTÓNIO FILIPE MENDES E MURTA
Público, 03/11/2012 - 1.ª Pub.
LisboaRua Viriato, n.º 13
1069-315 Tel. 210 111 010/020
Novo Horário:Loja aberta até às 19h00
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Tel. 222 407 833
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Tel. 234 316 201
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www.alzheimerportugal.orgContactos
Sede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 21 361 04 60/8 - Fax: 21 361 04 69 - E-mail: geral@alzheimerportugal.org Delegação do Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nas-cente, N.º 47A - R/C, 4455-301 Lavra - Tel.: 229 260 912 / 226 066 863 - E-mail:
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Intermarché) - Pombal, 3100-389 Pombal - Tel.: 236 219 469E-mail: geral.centro@alzheimerportugal.org
Delegação da Região Autónoma da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 FUN-
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rim - Tel.: 24 300 00 87 - E-mail: geral.ribatejo@alzheimerportugal.org Núcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social
da Quinta da Moita - Oliveirinha, 3810 AveiroTel.: 23 494 04 80 - E-mail: geral.aveiro@alzheimeportugal.org
31PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 CLASSIFICADOS
PIANOLIÇÕES AO
DOMICÍLIO OU EM STUDIO PRÓPRIO
916360700 / 214676723
N.º do Processo: 651/07.2TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): Banco Espírito Santo, S.A. e outrosExecutado: RUTE ALEXANDRA PIN-TO DE CAMPOS BORGESVaor: 36.399,00 €Referência interna: PE/157/2007Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: 1/2 da fracção autó-noma designada pela letra “M”, cor-respondente ao terceiro andar frente, destinada a habitação do prédio ur-bano em regime de Propriedade Ho-rizontal, sito na Av.ª Almirante Gago Coutinho, N.ºs 5, 5A e 5C, lugar e freguesia de Mem Martins, descrito na 1.º Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 554 e inscrito na
respectiva matriz sob o artigo 3920.Valor-base: 31.199,14 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 21.839,40 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Rute Alexandra Pinto Campos Borges, com residência na Avenida Almirante Gago Coutinho, 5, 3.º Frente, Mem Martins, fi el depositária do imóvel, que o deve mos-trar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
Cédula 1563
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante
propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo 430/05.1TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Credor(s): Ministério Público e outrosExecutado(s): CÉLIA MARIA DOS SANTOS MENDES e outrosValor: 110.213,43 €Referência interna: PE/73/2005Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C. em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 15 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução, da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “G”, correspon-dente ao terceiro andar esquerdo, destinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av. Miguel Bom-barda N.º 120, 122, 124, 126 e 128, lugar e freguesia de Queluz, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 1890 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 889.
Valor-Base: 93.715,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 65.600,50 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Fran-cisco Fernando Costa Santos, com residência na Avenida Miguel Bom-barda, 124, 3.º Esq.º, Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer inte-ressado.
A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto
Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: 1563@solicitador.netTelf. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
Adelaide Maria BaútoAgente de Execução
Cédula 1563
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante
propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)
ANÚNCIOCITAÇÃO EDITAL
Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quantia CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €
CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)
A CITAR: Susana Margarida Domingues FerreiraObjecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Susana Margarida Domingues Ferreira, com última residência na Urbanização das Trigueiras, lote vinte e cinco, freguesia das Caldas da Rainha, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos artigos 812.º, n.º 6 e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a có-pia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.sEste edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.
O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho
Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10
Público, 03/11/2012 - 2.ª Pub.
VILHENA GAVINHOAgente de Execução
Cédula 3580
ANÚNCIOCITAÇÃO EDITAL
Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quantia CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €
CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)
A CITAR: Compbit - Distribuição Informática, Lda.Objecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publi-cação do anúncio, citando Compbit - Distribuição Informática, Lda., com última residência na Rua dos Romeiros, lote 1 A/B, freguesia de Leiria, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos artigos 812.º, n.º 6, e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.Este edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.
O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho
Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10
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VILHENA GAVINHOAgente de Execução
Cédula 3580
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Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quanta CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €
CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)
A CITAR: Luís Manuel Deira de Sousa.Objecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Luís Manuel Deira de Sousa, com última residência na Urbanização das Trigueiras, lote vinte e cinco, freguesia das Caldas da Rainha, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decor-rido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos arti-gos 812.º, n.º 6, e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.Este edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.
O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho
Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10
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VILHENA GAVINHOAgente de Execução
Cédula 3580
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Câmara Municipal de Castelo de Vide
AVISOPROCEDIMENTO CONCURSAL COMUM
António Manuel Grincho Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide:Faz saber, em cumprimento do disposto na alínea d) do n.° 1 do art.° 19.° da Portaria n.° 83-A/2009, de 22 de Janeiro, que na sequência de deliberação favorável da Câmara Municipal de 05 de Setembro de 2012, e de meu des-pacho de 09 de Outubro de 2012, se encontra aberto pelo prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da publicação no Diário da República, Procedimento con-cursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público em contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para preenchimento de:- 1 Posto de trabalho da carreira/categoria de Técnico Superior - área de Engenharia Civil.Habilitação académica:- Licenciatura na área de engenharia civil.
Para efeitos de candidatura deverão os interessados consultar o Aviso de abertura do Procedimento Concursal publicado na 2.ª Série do Diário da República, n.º 211 , de 31 de Outubro de 2012.
Paços do Concelho de Castelo de Vide, 31 de Outubro de 2012
O Presidente da Câmara Municipal - Dr. António Manuel Grincho Ribeiro
CARLOS PAZAgente de Execução
Cédula 2186
ANÚNCIOTribunal Judicial de Penafi el4.º JuízoProcesso: 975/07.9TBPNFExecução Comum (Sol. Execução)N/Referência PE/251/2007Exequente: Caixa Económica Mon-tepio GeralExecutada: Fernanda Maria Loureiro da Silva e outrosNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ausente Joaquim Martins Loureiro, com a última residência conhecida em Rua da Portela, n.º 38 - Bitarães - Parede, para no prazo de 20 dias, decorri-do que seja o dos éditos, pagar ao exequente ou deduzir oposição à execução.O duplicado do requerimento execu-tivo e a cópia dos documentos estão à sua disposição na secretaria do Tribunal Judicial de Amadora.Findo esse prazo, seguir-se-ão os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens ne-cessários para garantir o pagamento da quantia exequenda, acrescida das despesas da execução, nos ter-mos do disposto no art.º 821.º, n.º 3 do mesmo Código.É ainda advertido:- Que o prazo acima indicado sus-pende-se, no entanto, durante as férias judiciais e que terminando em dia que os tribunais estiverem encer-rados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte.- Que é obrigatória a constituição de mandatário judicial, nos termos do art.º 60.º do CPC.- Sendo requerido nos Serviços de Segurança Social o benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando, juntar aos presentes autos, no prazo da oposição, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notifi cação da decisão do apoio judi-ciário (n.º 4 e 5 do art.º 25.º da Lei n.º 30-E/2000, de 20/12).Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afi xados.
O Agente de ExecuçãoCarlos Paz
Rua Actor Isidoro, n.º 28 CV - 1900-019 LisboaTel. 218452640 - Fax 2184750952186@solicitador.net
Público, 03/11/2012 - 1.ª Pub.
Faz-se saber que nos autos identifi ca-dos, encontra-se designado o dia 16 de Novembro de 2012, pelas 14:00h no Tribunal Comarca Família e Menores de Cascais – 4.º Juízo Cível, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribu-nal, pelos interessados na compra dos seguintes bens:LOTE 1: Prédio urbano destinado a habi-tação, correspondente ao 2.º piso, 1.º an-dar esquerdo, composto por hall, casa de banho, sala comum, kitcnete e uma vaga para estacionamento na cave, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração Q, fre-guesia de Cascais, concelho de Cascais, artigo matricial 11329, localizado na Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Valor-base do bem: 750.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 525.000,00 €, corres-pondente a 70% do valor-base, os pro-ponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado no valor de 150.000,00 € (correspondente a 20% do valor-base do bem), à ordem do Agen-te de Execução. LOTE 2: Prédio urbano destinado a ha-bitação, correspondente ao 2.º piso R/C Dto, composto por hall, casa de banho, sala comum com varanda, kitcnete de utili-zação comum com as frações H-I-J-L e M, terraço virado a poente e sul com área de 470.65 M² e uma vaga para estacionamen-to, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração G, freguesia de Cascais, concelho de Cas-cais, artigo matricial 11329, localizado na Avª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, cor-respondente ao 2.º piso R/C Esq.º, com-posto por hall, casa-de-banho, sala comum com varanda, kitcnete de utilização comum com as frações G-I-J-L-M, terraço virado a poente e sul com área de 470.65 M² e uma vaga para estacionamento na cave, descri-to na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração H, fre-guesia de Cascais, concelho de Cascais, artigo matricial 11329, localizado na Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, correspondente ao 2.º piso R/C Esq.º, composto por hall, casa de banho, sala comum com varanda, kitcnete de utiliza-ção comum com as frações G-H-I-L-M, terraço virado a poente e sul com área de 470.65 M² e uma vaga para estacionamen-to na cave, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração I, freguesia de Cascais, concelho de Cascais, artigo matricial 11329, localizado na Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, correspondente ao 2.º piso R/C Esq.º, composto por hall, casa de banho, sala comum com varanda, kitcnetede utilização comum com as frações G-H-I-J, terraço vi-rado a poente e sul com área de 470.65 M² e uma vaga para estacionamento na cave, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração J, freguesia de Cascais, concelho de Cas-cais, artigo matricial 11329, localizado na Avª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, correspondente ao 2.º piso R/C Esq.º, composto por hall, casa de banho, sala comum com varanda, kitcnetede utilização comum com as frações G-H-I-J, terraço vi-rado a poente e sul com área de 470.65 M² e uma vaga para estacionamento na cave, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração L, freguesia de Cascais, concelho de Cas-cais, artigo matricial 11329, localizado na
Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, cor-respondente ao 2.º piso R/C Esq, compos-to por hall, casa de banho, sala comum, kitcnete e uma vaga para estacionamento na cave, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração N, freguesia de Cascais, concelho de Cascais, artigo matricial 11329, locali-zado na Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Prédio urbano destinado a habitação, correspondente ao 2.º piso R/C Esq, composto por hall, casa de banho, sala comum e Kitcnete, descrito na 1ª Con-servatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração O, freguesia de Cas-cais, concelho de Cascais, artigo matricial 11329, localizado na Avª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;Valor-base do bem: 750.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 525.000,00 €, corres-pondente a 70% do valor-base, os pro-ponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado no valor de 150.000,00 € (correspondente a 20% do valor-base do bem), à ordem do Agen-te de Execução. LOTE 3: Prédio urbano destinado a ha-bitação, correspondente ao 2.º piso R/C Dto, composto por hall, casa de banho, sala comum, varanda, kitcnete de e terra-ço virado a poente com área de 73.68 M², descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais, fi cha n.º 5477, fração A, freguesia de Cascais, concelho de Cas-cais, artigo matricial 11329, localizado na Av.ª Manuel Júlio de Carvalho e Costa n.º 15 Bairro do Rosário, 2750-423 Cascais;O bem pertence a Joseph Francis Giattini casado com Jacquelin Goeller Giattini no regime de separação de bens, e com residência em 5270, Indian Court, Sanibel Island Florida 33957 Estados Unidos da América. Valor-base do bem: 200.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 140.000,00 €, corres-pondente a 70% do valor-base, os pro-ponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado no valor de 40.000,00 € (correspondente a 20% do valor-base do bem), à ordem do Agente de Execução. É fi el depositário, que os deve mostrar, a pedido, a Agente de Execução Maria Emília Catrau, com cédula profi ssional 2865 e do-micílio profi ssional em Av.ª Defensores de Chaves n.º 23 .º Esq.º 1000-110 Lisboa.Mais se informa que foram reclamados créditos e os mesmos estão graduados da seguinte forma:- Em relação ao produto da venda das fracções autónomas G, H, I, j, L, M, N, O e Q, no prédio sito na Costa da Guia serão pagos em primeiro lugar:1 - Crédito Reclamado pelo Estado e Título de IMI;2 – Crédito Exequendo.- Em relação ao produto da venda da fra-ção autónoma A no prédio sito na Costa da Guia serão pagos em primeiro lugar:1 – Crédito Reclamado pelo Estado a Títu-lo de IMI relativo a essa fracção;2 – Direito de retenção de que benefi cia Maria Felisbela Tirapicos pelo Crédito resultante do não cumprimento imputável ao executado nos termos do art.º 442.º do CC no montante reclamado;3 – Crédito Exequendo.
A Agente de ExecuçãoMaria Emília Catrau
Rua Adelaide Cabete, 7, 3.º D - 1500-023 LISBOA - PortugalTel. 21 715 52 56 - Fax. 21 715 52 582865@solicitador.netDias úteis das 14:00 às 16:00Público, 03/11/2012 - 1.ª Pub.
Maria Emília CatrauAgente de Execução
Cédula 2865
EDITALTribunal Comarca Família e Menores de Cascais– 4.º Juízo Cível Acção Executiva sob a forma de processo comumProcesso n.º 5604/04.0TBCSCExequente: Little Turbilhão Unipessoal LdaExecutado: Joseph Francis GiattiniValor da Acção: 1.398.476,18 €PE/18/2004
Santarém
Graça Faustino
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32 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
FICAR
CINEMAChe - O ArgentinoTítulo original: The Argentine - Che: Part OneDe: Steven SoderberghCom: Benicio Del Toro, Julia Ormond, Pablo GuevaraFRA/ESP/EUA, 2009, 133 min.TVC2HD, 22h00A primeira parte (de duas) da
biografi a recriada por Steven
Soderbergh da mítica fi gura
de Che Guevara (encarnado
por Benicio del Toro, prémio
para melhor actor no Festival
de Cannes). Na Cuba de 1952,
o general Batista toma o poder
e anula as eleições. Fidel
Castro, jovem advogado, decide
confrontar o poder e depois de
uma tentativa de levantamento
popular, em 53, que o leva
dois anos à prisão, exila-se no
México. Durante estes anos,
um jovem médico argentino,
Ernesto Guevara, luta também
pelos seus ideais e acaba por
ter de se refugiar no México,
onde vai conhecer o grupo
revolucionário cubano. De um
encontro em 55, entre Fidel e
Che, nasce o momento chave na
história de Cuba. Em 56, Fidel
chega à ilha com 80 homens e o
objectivo de derrotar a ditadura
de Batista. Apenas 12 guerrilheiros
sobrevivem, entre os quais Che.
Justiça [Seeking Justice]TVC1HD, 21h30Após a mulher ter sido assaltada
e violada, Will Gerard (Nicolas
Cage) é contactado por Simon
(Guy Pearce), o representante de
uma misteriosa organização que
se propõe a ajudá-lo na sua ânsia
de vingança. Este grupo secreto
é formado por um grupo de
cidadãos de todas as classes que,
perante as autoridades policiais
pouco efi cazes no combate aos
crimes violentos, se reúne com
o intuito de fazer justiça pelas
suas próprias mãos. Porém, tudo
tem o seu preço e o que Will
não poderia prever era que em
troca daquele favor ele teria de
matar outra pessoa... Um thriller
de acção realizado por Roger
Donaldson (O Cume de Dante).
Saw 4 - A Revelação [Saw IV] FOX MOVIES, 22h00Jigsaw e a sua aprendiz Amanda
já estão mortos, mas a polícia
continua a juntar peças dos
crimes e jogos macabros
anteriores, que ceifaram a vida a
várias pessoas. Agora, o detective
Riggs, o único elemento da polícia
que ainda não tinha sentido a
maldade de Jigsaw, é raptado.
E terá de tentar sobreviver às
diabólicas armadilhas do vilão.
Terror por Darren Lynn Bousman.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban [Harry Potter and the Prisoner of Azkaban]AXN, 22h20É o 3.º ano de Harry Potter em
Hogwarts e o pequeno feiticeiro
e cia. vivem novas aventuras e
enfrentam novos desafi os. Um
perigoso assassino chamado Sirius
Black fugiu da prisão de Azkaban
e pretende destruir Harry que vai
descobrir quais os segredos sobre
o assassino e também um pouco
mais da sua história e da vida dos
seus pais. De Alfonso Cuarón.
Noite Stanley KubrickRTP2, 22h40Sessão dupla assinada pelo
mestre Kubrick. Arranca com
Shining (1980), uma primorosa
incursão do cineasta no cinema
de terror, a partir de um livro de
Stephen King. Um escritor ( Jack
Nicholson) vai tomar conta, com
a família (a mulher protectora e o
fi lho com poderes mediúnicos),
de um hotel gigante que fecha
durante o Inverno. O isolamento
associado a algo que vive naquele
espaço irá dominá-los a todos...
Um dos mais gelados e cerebrais
fi lmes do cineasta, que elabora
um estudo implacável sobre
a paranóia e o desprezo. Às
00h42, 2001: Odisseia no Espaço
(1968), obra-prima a partir de um
argumento de Arthur C. Clarke.
Uma experiência de tempo e
espaço, orquestrada num bailado
de silêncios, começando na
pré-história da Humanidade e,
num salto quântico, passando
para uma nave espacial que
navega rumo a Júpiter. Beleza
kubrickiana, expressa no
fl utuar de uma estação orbital
ao som do Danúbio azul ou
na personagem de Hal, o
computador tirano.
DESPORTOFutsal: Rússia x Ilhas SalomãoRTP2, 11h52Directo. Jogo da fase de grupos do
Campeonato do Mundo de futsal,
que se realiza na Tailândia até 18.
Rússia e Ilhas Salomão integram
o grupo F que junta ainda
Guatemala e Colômbia.
Futebol: Benfica x Vit. GuimarãesSPTV1, 20h30Directo. Jogo da 8.ª jornada da
I Liga. Os encarnados recebem
na luz um Vitória de Guimarães
aguerrido, na luta pelo 4.º posto.
Já a equipa de Jorge Jesus luta,
taco a taco, com o FC Porto pela
primeira posição na tabela.
DOCUMENTÁRIOS
António Soares Franco (José Maria da Fonseca)RTP1, 11h37
Em mais um Construtores de
Impérios aponta-se a câmara a
António Soares Franco, presidente
da José Maria da Fonseca, a mais
antiga empresa de produção de
vinhos de mesa do país que, com
negócios na Europa, Brasil e EUA,
é um dos maiores exportadores
nacionais de vinho.
The Choice 2012Os CandidatosRTP2, 21h06Uma viagem aos lugares, pessoas
e momentos decisivos que
determinaram as diferentes
visões do mundo dos dois
candidatos à Casa
Branca: o democrata
Barack Obama
e o republicano
Mitt Romney.
Curiosamente, o
ponto de partida de
ambos é o
mesmo:
uma
Che - O Argentino
ecebem
uimarães
4.º posto.
us luta,
Porto pela
bela.
visões do mundo dos dois
candidatos à C
Branca: o dem
Barack Obam
e o republica
Mitt Romney
Curiosament
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u
Barack Obama
Os mais vistos da TVQuinta-feira, 1
FONTE: CAEM
SICSICTVITVISIC
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RTP1
2:
SICTVI
Cabo
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3,1
25,5
22,1
24,1
Dancin' DaysGabrielaSecret Story 3 - DiárioJornal das 8Jornal da Noite
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 33
derrota precoce que os obrigou,
cada um à sua maneira, a retirar
aprendizagens das experiências
de gosto amargo.
Eureka!RTP2, 19h01Jovens empreendedores,
capazes de fazerem valer as
suas ideias no mercado. Neste
episódio, conhece-se Marco Neiva
que, através de óculos a três
dimensões, desenvolveu o sistema
de cirurgias oftalmológicas mais
inovador do país; Catarina, que
abriu a única mercearia que
fornece bens na sua terra; e Joana
Correia, que revela o seu dia-a-
dia num ateliê de conservação e
restauro.
Ondas de DevastaçãoHistória, 21h00O que aconteceria se todos os
seres humanos desaparecessem
do planeta? Que mundo
deixaríamos para trás? Uma
série documental catastrófi ca
que, numa semana marcada pela
passagem do furacão Sandy nos
grandes centros urbanos dos EUA,
deixando atrás de si um rasto de
devastação, nos mostra como
uma onda enorme de água pode
ameaçar tudo o que foi sendo
construído pelo Homem ao longo
dos tempos.
Os Profetas da Ficção Científica: Philip K Dick Discovery, 21h00Philip K. Dick (1928-1982) levou a
sua vida como se esta se inserisse
num contexto semelhante ao que
descrevia nas suas histórias de
fi cção científi ca. Histórias que
inspiraram Blade Runner e que até
infl uenciaram o desenvolvimento
da robótica.
ENTRETENIMENTO
Top ChefRTP1, 21h36Depois de na semana passada os
concorrentes terem enfrentado
uma prova de estafetas, esta
semana os chefs vão levar a
alta cozinha aos locais mais
improváveis num Prova de Fogo
que os levará de Sesimbra à
Ericeira.
Herman 2012RTP1, 00h01Mais uma leva de conversas
com o humorista. No sofá dos
convidados sentam-se Pedro
Tochas e Marta Gautier, dois
nomes incontornáveis da stand-up
comedy que se faz em Portugal. A
música está a cargo dos Nu Soul
Family de Virgul (Da Weasel) e
Dino (Expensive Soul).
SÉRIES
Família Mata SIC, 23h55Paulo (André Nunes) sonhava
com uma vida a dois com a sua
amada Susana (Maya Booth). Mas
o que acaba por lhe calhar é um
quotidiano delirante junto da sua
nova família que inclui os pais de
Susana, Artur Mata ( José Pedro
Gomes) e Glória (Rita Blanco), o
avô Alfredo (Vítor Espadinha), a
tia Mónica (Maria João Abreu) e o
cunhado Marco (Marco Horácio).
E como numa casa com tanta
gente cabe sempre mais alguém,
entram em cena ex-namorados e
amigos.
INFANTIL
Baby Looney TunesPanda, 11h00 / 18h00Estreia de novos episódios. Bugs
Bunny, Piu-Piu, Silvestre, Taz… Os
loucos heróis da banda desenhada
com o selo Warner (e dedo de , de
Steven Spielberg) em versão bebé
sempre em mil aventuras. Aos
sábados e domingos, ao longo de
13 semanas.
Descarreguei Um FantasmaDisney, 20h30Filme. Em plena época de
Halloween, a jovem Stella
descarrega um programa no seu
computador que traz agarrado
o fantasma de um comediante
recém-falecido. Mas ao invés de a
assombrar, o espectro vai acabar
por a ajudar a ver-se livre de dois
bandidos. Um fi lme para toda a
família, com
Ellen Page,
nomeada
para um
Óscar
pelo seu
papel
em
Juno
(2007).
RTP106.30 Brinca Comigo 08.00 Bom Dia Portugal Fim-de-Semana 11.00 Código de Bairro - Tróino 11.37 Construtores de Impérios - António Soares Franco – José Maria da Fonseca 12.07 BBC Terra: Bebés Milagrosos 13.00 Jornal da Tarde - Inclui O Tempo 14.18 TOP + 15.26 Portugal no Coração - Especial Sábado - Directo 19.08 O Preço Certo 20.00 Telejornal 21.15 Voz do Cidadão 21.36 Top Chef 22.57 Decisão Final 00.01 Herman 2012 01.09 Sem Rasto - 6.ª série 01.53 Planeta Música 03.00 Janela Indiscreta com Mário Augusto
RTP207.00 Fórum África 07.31 África 7 Dias 08.03 Zig Zag 11.52 Futsal: Rússia x Ilhas Salomão 13.31 Quem Fala Assim 14.02 Parlamento 15.00 Desporto 2 19.01 Eureka! 19.29 Santos de Portugal - São João de Deus 20.00 Family Guy 20.46 Nativos Digitais 21.06 The Choice 2012 - Os Candidatos - As experiências formativas e visões divergentes de Barack Obama e Mitt Romney 22.00 Hoje 22.40 Filme: Shining 00.42 Filme: 2001: Odisseia no Espaço 02.58 Desporto 2
SIC06.30 LOL@SIC 08.40 Disney Kids 10.00 Tween Box: As Surfistas do Outro Mundo 10.35 Floribella 2 12.15 O Nosso Mundo: Wild Pyrinees 13.00 Primeiro Jornal 14.10 Alta Definição 15.00 E-Especial 15.50 Filme: Falsas Aparências 2 - Com Bruce Willis no papel de um assassino 17.55 Filme: A Troca - de Clint Eastwood 20.00 Jornal da Noite 21.40 Nas Ruas (Sorteio do Totoloto ao intervalo) 22.30 Gosto Disto! 23.55 Família Mata 00.40 Dr.White 01.45 Filme: Torturado - Um agente do FBI infiltra-se num gang
TVI 06.30 Animações 08.25 Campeões e Detectives 09.14 Glee - 2.ª série 09.55 Inspector Max 13.00 Jornal da Uma 14.00 Filme: O Menino de Ouro 15.56 Filme: A Conspiração da Aranha - O psicólogo forense Dr. Alex Cross (Morgan Freeman) investiga o rapto da filha de um senador 18.15 Não Há Bela Sem João 20.00 Jornal das 8 22.00 Casa dos Segredos 3 - Diário de Sábado 22.48 Doce Tentação 23.55 Casa dos Segredos: Fim de Semana 01.20 Filme: Espírito do Mal - Terror por David S. Goyer, 02.58 Mistura Fina
TVC1 9.30 Green Lantern - Lanterna Verde 11.25 Griff - O Invisível 13.00 Diário de um Banana: As Regras de Rodrick 14.40 O Rio Revelador 16.25 A Lista dos Ex 18.10 Green Lantern - Lanterna Verde 20.00 Griff - O Invisível 21.30 Justiça 23.20 The Mechanic - O Profissional 0.50 O Rio Revelador 2.35 A Lista dos Ex 4.20 The Mechanic - O Profissional 5.55 Justiça
FOXMOVIES10.58 Uma Noite com o Presidente 12.48 Amigas 14.28 A Verdade Escondida 16.34 Palmetto - Tiro Pela Culatra 18.25 Táxi de Nova Iorque 20.00 A Mexicana 22.00 Saw IV - A Revelação 23.34 A Ilha do Dr. Moreau 1.08 A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
HOLLYWOOD10.40 Annie 12.45 Legalmente Loira 14.20 Gladiator 16.55 O Mentiroso Compulsivo 18.25 Quebra de Confiança 20.20 Elizabeth 22.25 Hannibal 0.40 Missão Impossível: M: I-3 2.50 Super Troopers
AXN14.33 Mentes Criminosas 15.23 Mentes Criminosas 16.13 Mentes Criminosas 17.03 Mentes Criminosas 17.53 O Mentalista 18.43 O Mentalista 19.33 O Mentalista 20.23 Mentes Criminosas 21.20 C.S.I. 22.20 Filme: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban 0.52 Filme: Decisão Crítica
AXN BLACK14.52 Whitechapel 15.43 Boardwalk Empire 16.44 Filme: Está Tudo Iluminado 18.29 Filme: O Grande Peixe 20.33 Whitechapel 21.24 Boardwalk Empire 22.19 Filme: Comportamento Perturbado 23.46 Boardwalk Empire 0.41 Whitechapel 1.32 Filme: O Grande Peixe
AXN WHITE14.47 Becker 15.11 Becker 15.35 Becker 15.59 Becker 19.40 Os Incríveis Powell 20.30 Regras do Jogo 21.00 Pequenas Mentirosas 23.32 Pequenas Mentirosas
FOX 14.51 Os Simpson 15.38 Ossos 19.41 American Dad 20.28 Family Guy 20.52 Os Simpson 21.41 Foi Assim Que Aconteceu 22.05 Foi Assim Que
Aconteceu 22.30 The Killing 23.20 The Killing 0.13 The Killing 1.05 The Killing 1.56 Lei & Ordem: Unidade Especial 2.45 Lei & Ordem: Unidade Especial
FOX LIFE 14.30 Anatomia de Grey 15.15 Nurse Jackie 15.44 Nurse Jackie 16.12 As Leis de Kate 16.57 As Leis de Kate 17.42 As Leis de Kate 18.26 Revenge 19.11 Medium 19.53 Medium 20.38 Rizzoli & Isles 21.25 Downton Abbey 22.40 Downton Abbey 23.33 Downton Abbey 0.24 Masterchef USA 1.10 Masterchef USA 1.55 Masterchef USA
DISNEY15.30 Skylar Contra Monstros 17.25 Mickey e Os Seus Amigos: Donald e Margarida 17.50 Zack e Cody: Todos A Bordo 18.15 Par de Reis 18.45 Jessie 19.10 Austin & Ally 19.35 Boa Sorte, Charlie! 20.00 Boa Sorte, Charlie! 20.30 Descarreguei Um Fantasma 22.10 Minnie & You 22.14 Art Attack
DISCOVERY18.20 Lenhadores: Dores de crescimento 19.10 Como fazem isso? 19.35 Como fazem isso? 20.05 Trabalho Sujo: Tapa-Minas 21.00 Os Profetas da Ficção Científica: Philip K Dick 22.00 Truques de Cinema: A Magia de Henson 22.55 Fanáticos por Armas: Peça Chave 23.20 Fanáticos por Armas: Arma da Guerra Civil / Silenciador Espingarda 23.45 A Colónia: Chegada e Sobrevivência
HISTÓRIA 16.00 América, a História dos EUA.: II Guerra Mundial 17.00 Assim se Fez a Terra: O Grand Canyon 18.00 A Lei Seca. Ébrios, Contrabandistas e Sufragistas 20.00 Estranhos Rituais: Canibais 21.00 Ondas de Devastação 22.00 Os Maus da História: Calígula 23.00 Caçando Múmias: Os Túmulos Selados 0.00 América, a História dos EUA: II Guerra Mundial
ODISSEIA16.30 Crescer num Zoo Ep. 2 17.00 Caminho para a Glória Desportos Aquáticos 18.00 Paraísos Verdes III Bahamas: O Coração dos Oceanos 19.00 Materiais de Última Geração O Mais Forte 20.00 O Reino da Suricata IV Episódio 1 20.30 O Reino da Suricata IV Episódio 2 21.00 Criaturas do Mar 22.00 Alimentos em Movimento 23.00 Tudo sobre o Trânsito
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com
ge,
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Baby Looney
Tunes
SIC, 17h55
A Troca
34 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
SAIR
CINEMALisboa Castello Lopes - LondresAv. Roma, 7A. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h45, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 14h, 16h30, 19h, 21h45 CinemaCity Campo PequenoCentro Lazer Campo Pequeno. T. 217981420Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h25, 15h50, 17h40, 19h30, 21h40, 24h; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h30, 16h15, 19h, 21h30, 21h45, 00h30; Madagáscar 3 M6. Sala 3 - 11h20 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 21h50, 00h20; Manteiga M12. Sala 3 - 13h20, 15h35, 17h25, 19h15, 21h35, 23h50; As Palavras M12. Sala 4 - 13h25, 15h30, 17h35, 19h40, 22h, 00h05; Brave - Indomável M4. Sala 5 - 11h30, 13h40, 17h50 (V.Port.); Impy na Terra da Magia M4. Sala 5 - 11h40, 15h45 (V.Port.); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 19h55, 22h10, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 11h25, 13h50, 16h10, 18h30 (V.Port./3D); Terapia a Dois M12. Sala 7 - 19h50; ParaNorman M6. Sala 7 - 11h35, 15h30 (V.Port./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 17h30 (3D); Frankenweenie M12. Sala 7 - 13h35, (3D); A Advogada M12. Sala 8 - 13h35, 15h40, 17h45, 19h50, 21h55, 24h CinemaCity Classic AlvaladeAvª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; A Advogada M12. Sala 2 - 13h25, 15h30, 17h35, 19h45, 21h50, 23h55; Para Roma com Amor M12. Sala 3 - 23h50; Orquestra Geração M12. Sala 3 - 13h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 11h20, 13h40, 16h, 18h20 (V.Port.), 21h30, 23h40 Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200Amarcord M12. Sala Félix Ribeiro - 21h30; Homem Até ao Fim Sala Félix Ribeiro - 15h30; Passarinhos e Passarões Sala Félix Ribeiro - 19h; Nascimento de Uma Nação Sala Luís de Pina - 19h30 Espaço NimasAv. 5 Outubro, 42B. T. 213574362Bellamy M12. Sala 1 - 18h30; Shut Up And Play The Hits - O Fim dos LCD Soundsystem M12. Sala 1 - 21h30 Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088007 Skyfall M12. Sala 1 - 14h30, 18h30, 21h45; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 14h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 2 - 16h45, 19h15, 22h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 14h45, 18h15, 21h30 Medeia KingAv. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808Linhas de Wellington M12. Sala 1 - 13h, 16h, 19h, 21h45; O Gebo e a Sombra M12. Sala 2 - 14h, 16h, 18h, 20h; A Loucura de Almayer Sala 2 - 22h, 00h30 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72 - Edifício Monumental. T. 213142223007 Skyfall M12. Sala 4 - Cine Teatro - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 1 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h15; As Palavras M12. Sala 2 - 13h15, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 13h, 15h45, 18h30, 21h30, 00h15 UCI Cinemas - El Corte InglésEl Corte Inglés, Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 -
14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h25; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h50, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 14h10, 16h40 (V.Port./3D), 19h05, 23h55 (V.Orig./3D), 21h30 (Versão Orig./2D); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 4 - 21h55; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h10, 18h55, 00h25; Manteiga M12. Sala 5 - 14h20, 16h25, 18h45, 21h25, 23h45; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Galinha Com Ameixas M12. Sala 7 - 19h; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 21h40, 24h; Elas M16. Sala 7 - 14h05, 16h30; Linhas de Wellington M12. Sala 8 - 15h, 18h10, 21h15, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 9 - 15h, 18h30, 21h30, 00h30; César Deve Morrer M12. Sala 10 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 24h; Para Roma com Amor M12. Sala 11 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h45, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 12 - 14h, 17h, 21h15, 00h15; As Palavras M12. Sala 13 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h45, 00h05; A Advogada M12. Sala 14 - 14h15, 16h40, 19h05, 21h40, 00h10 ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade, Cpo Grande. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 13h45, 16h40, 19h10, 21h35, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 10h45, 13h15 (V.Port.),15h50, 18h20, 21h, 23h35 (V.Orig.); Dos Homens Sem Lei M12. 13h35, 16h15, 18h55, 21h30, 00h10; 007 Skyfall M12. 13h20, 16h30, 20h50, 24h; 007 Skyfall M12. 13h50, 17h, 21h20, 00h25; A Moral Conjugal M12. 13h55, 16h50, 19h10, 21h40, 23h55; Balas e Bolinhos - O Último Capítulo M16. 21h15, 00h05; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 11h, 13h40, 16h20, 18h50 (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. 13h25, 15h30, 17h40, 19h45, 21h50, 23h55; Manteiga M12. 13h30, 15h40, 18h, 21h10, 23h30; Taken - A Vingança M16. 14h, 16h25, 18h40, 21h25, 23h40; A Casa do Fim da Rua M16. 13h35, 16h, 18h30, 21h25, 23h45; Looper - Reflexo Assassino M16. 13h30, 16h10, 18h45, 21h45, 00h20 ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996007 Skyfall M12. 14h, 17h20, 21h, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h30 (V.P./3D), 16h10, 18h50, 21h40, 00h25 (V.O./3D); Dos Homens Sem Lei M12. 13h, 15h40, 18h20, 21h20, 24h; Linhas de Wellington M12. 12h50, 16h; Um Feliz Evento M12. 19h10, 21h30, 00h20; As Palavras M12. 13h20, 16h20, 18h40, 21h10, 23h50; Para Roma com Amor M12. 13h, 15h20, 18h, 20h50, 23h30; A Moral Conjugal M12. 13h50, 16h40, 19h30, 21h50, 00h10 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996As Palavras M12. 13h25, 16h05, 18h40, 21h40, 00h15; Looper - Reflexo Assassino M16. 13h, 15h40; A Advogada M12. 18h35, 21h10, 23h45; A Casa do Fim da Rua M16. 13h15, 15h50, 18h15, 21h35, 24h; 007 Skyfall M12. 13h20, 16h30, 21h, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h50, 15h45, 18h50, 22h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h30, 15h55, 18h10, 21h30, 23h50; A Moral Conjugal M12. 13h10, 16h, 18h20, 21h05, 23h35; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 12h55 (V.Port.), 15h30, 18h05, 20h55, 23h55 (V.Orig.); Taken - A Vingança M16. 13h05, 15h25, 18h, 21h15, 23h40; Dos Homens Sem Lei M12. 12h45, 15h35, 18h30, 21h20, 00h05 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Dos Homens Sem Lei M12. 12h50, 15h30, 18h10, 21h20, 24h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h20, 17h30, 19h40, 22h, 00h30; Manteiga M12. 13h10, 15h50, 18h20, 21h10, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h40,
A Moral ConjugalDe Artur Serra Araújo. Com Maria João Bastos, José Wallenstein, São José Correia, Catarina Wallenstein. POR. 2012. 99m. Drama. M12.
Manuela é uma sensual delegada
de propaganda médica,
constantemente envolvida em
fugazes casos com os médicos
com quem trabalha. Até que
as suas acções escapam ao seu
controlo e, entre mentiras,
vê-se numa luta desesperada
por evitar as consequências
conjugais.
Actividade Paranormal 4De Henry Joost, Ariel Schulman. Com Katie Featherston, Kathryn Newton, Matt Shively. EUA. 2012. 95m. Terror. M16. Há cinco anos, Katie matou a
irmã Kristi e o cunhado Daniel,
levando consigo o sobrinho.
Agora, ela vive com o pequeno
Robbie. Do outro lado da rua,
mora a adolescente Alice,
que não consegue deixar de
observar a estranheza de Robbie.
E quando o rapaz começa a
arrastar o irmão mais novo de
Alice para outro universo, o
terror regressa.
As PalavrasDe Brian Klugman, Lee Sternthal. Com Bradley Cooper, Jeremy Irons, Dennis Quaid. EUA. 2012. 97m. Drama, Romance. M12. A fama chega quando o jovem
Rory Jansen publica um romance
que depressa atinge o estatuto
de best-seller. O problema é que
não é ele o autor das palavras
que compõem o bem-sucedido
livro. E a verdade persegui-
lo-á à medida que acumula um
prestígio que não lhe é devido.
César Deve MorrerDe Paolo Taviani, Vittorio
Taviani. Com Cosimo Rega, Salvatore Striano. ITA. 2012. 76m. Drama. M12. Na prisão de segurança máxima
de Rebibbia, Roma, um grupo de
prisioneiros encena a peça “Júlio
César“, de William Shakespeare.
Pelos corredores, fala-se de
morte, liberdade, vingança.
Realidades presentes no texto
shakespeariano, mas também
nas suas próprias histórias.
UCI - El Corte Inglés
Dos Homens Sem LeiDe John Hillcoat. Com Tom Hardy, Shia LaBeouf, Guy Pearce, Mia Wasikowska. EUA. 2012. 116m. Drama, Western. M12. A história dos infames irmãos
Broadabent, contrabandistas
de bebidas alcoólicas no estado
da Virgínia durante os tempos
da Lei Seca nos Estados Unidos.
As origens familiares, a relação
fraternal e uma lealdade
constantemente posta à prova.
ManteigaDe Jim Field Smith. Com Olivia Wilde, Jennifer Garner, Ashley Greene, Hugh Jackman, Alicia Silverstone. EUA. 2011. 90m. Comédia. M12. Laura Pickler vive à sombra do
sucesso do marido Bob, campeão
de esculturas de manteiga
do Iowa. Até que ele é levado
a abandonar a competição.
Decidida a manter na sua casa o
troféu das melhores esculturas
de manteiga, Laura ingressa
na prova. Mas pela frente tem
adversários à altura: uma menina
de 10 anos, uma stripper e
pretendente a amante de Bob e
ainda a sua fã número 1.
Shut Up And Play The Hits - O Fim dos LCD SoundsystemDe Will Lovelace, Dylan Southern. GB. 2012. 108m. Documentário, Musical. M12. O último concerto dos LCD
Soundsystem, a 2 de Abril de
2011 em Madison Square, que
durou quatro horas e que incluiu
participações de Arcade Fire ou
Reggie Watts, num documento
que pretende traçar também
o retrato íntimo de James
Murphy e sublinhar todas as
consequências da sua decisão em
terminar com a banda.
Nimas
Em estreiaagenda@publico.pt lazer@publico.pt
15h40, 18h40, 21h50; 007 Skyfall M12. 13h20, 17h, 21h, 00h10; Looper - Reflexo Assassino M16. 21h30, 00h20; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 11h, 13h30, 16h, 18h30 (V.Port./3D)
Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal, 1011 T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h15, 17h30, 21h30, 00h20; 007 Skyfall M12. 12h50, 16h, 21h, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h25, 18h10, 21h10, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h40, 18h50, 22h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h50 (V.Port.), 18h30, 21h20, 24h (V.Orig.); ParaNorman M6. 13h20, 15h40 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. 18h40, 21h15, 23h50; Looper - Reflexo Assassino M16. 13h, 15h45, 21h30, 00h15; Frankenweenie M12. 19h (3D); Para Roma com Amor M12. 12h55, 15h35, 21h30, 00h10; Linhas de Wellington M12. 18h15; As Palavras M12. 12h50, 15h10, 17h35, 21h05, 23h30; Taken - A Vingança M16. 12h50, 15h20, 17h45, 21h40, 24h; A Casa do Fim da Rua M16. 13h05, 15h40, 18h25, 21h20, 00h10; A Moral Conjugal M12. 13h30, 16h, 18h45, 21h55, 00h20; Manteiga M12. 13h40, 16h20, 18h55, 22h, 00h25; A Advogada M12. 13h05, 15h55, 18h35, 21h20, 00h15
Amadora CinemaCity Alegro AlfragideC.C. Alegro Alfragide. T. 214221030007 Skyfall M12. Cinemax - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; As Palavras M12. Sala 2 - 13h40, 15h40, 17h45, 19h55, 22h, 24h; A Advogada M12. Sala 3 - 13h25, 15h30, 17h40, 19h45, 21h50, 23h55; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 18h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 11h30, 13h50, 16h10 (V.Port./3D), 21h40 (V.Orig./3D); Frankenweenie M12. Sala 4 - 23h50; Resident Evil: Retaliação M16. Sala 5 - 19h50; A Casa do Fim da Rua M16. Sala 5 - 13h35, 15h35, 21h50, 00h20; Impy na Terra da Magia M4. Sala 6 - 11h25, 17h55 (V.Port.); Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 19h55, 21h55, 23h45; A Possuída M16. Sala 7 - 00h25; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 7 - 17h35, 21h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 11h20, 13h20, 15h40, 18h (V.Port.); Brave - Indomável M4. Sala 8 - 11h35 (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 14h, 16h, 17h50, 19h40, 21h40, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 9 - 13h35, 16h05, 18h40, 21h35, 00h05; Terapia a Dois M12. Sala 10 - 19h50; ParaNorman M6. Sala 10 - 11h40, 15h45, 17h50 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 10 - 21h50, 00h15 UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, 249/1, T. 707232221ParaNorman M6. Sala 1 - 13h55, 16h15, 18h45 (V.Port./3D); Linhas de Wellington M12. Sala 1 - 21h10, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h, 18h30, 21h30, 00h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 14h15, 16h40, 19h15 (V.Port.), 21h50, 00h15; Encomenda Armadilhada M12. Sala 4 - 19h, 21h25, 23h50; Impy na Terra da Magia M4. Sala 4 - 14h25, 16h30 (V.Port.); Brave - Indomável M4. Sala 5 - 13h45 (V.Port.); Patrulha de Bairro M12. Sala 5 - 16h40, 19h05, 21h55, 00h15; Morangos com Açúcar - O Filme M6. Sala 6 - 14h05; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 6 - 16h20, 19h05, 21h35, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h35, 00h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 23h50; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 9 - 14h, 16h40, 19h10,
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 35
Mónica Calle junta-se à Companhia Maior e, a partir de vários autores, coloca o envelhecimento do ser humano em palco. O objectivo é “pôr a nu o que há de mais secreto na vida de um indivíduo, o que contém
o valor supremo, o que aos olhos do mundo pode parecer irrisório, mesquinho, pobre”. Nos próximos quatro dias há sessões às 21h (sábado, segunda e terça) e às 16h (domingo). Bilhetes de 11€ a 14€ (com descontos).
Iluminações no Centro Cultural de Belém
21h40, 00h05; 007 Skyfall M12. Sala 10 - 14h, 17h, 21h10, 24h; Taken - A Vingança M16. Sala 11 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h45, 00h10
Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroFórum Barreiro, Campo das Cordoarias. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 13h, 15h40 (V.P./3D), 18h40, 21h40, 24h (V.O./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 12h45, 15h20, 18h10, 21h20, 23h50; Patrulha de Bairro M12. Sala 3 - 12h50, 15h50, 18h20; Para Roma com Amor M12. Sala 3 - 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 12h40, 15h30, 18h30, 21h30, 00h20
Cascais Castello Lopes - Cascais VillaAvenida Marginal. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 13h20, 15h40, 18h40 (V.P./3D), 21h; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 13h10, 15h50, 18h10, 21h10; Até que o Fim do Mundo nos Separe M12. Sala 3 - 12h50, 15h20, 18h, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 12h40, 15h30, 18h30, 21h30; Linhas de Wellington M12. Sala 5 - 12h30, 15h25, 18h25, 21h20 ZON Lusomundo CascaiShoppingCascaiShopping-EN 9, Alcabideche. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 12h50, 15h10, 18h40, 21h30, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h20, 15h50, 18h20; A Casa do Fim da Rua M16. 21h50, 00h05; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h30, 18h10, 21h10, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h35, 15h40, 18h45, 22h; 007 Skyfall M12. 13h, 16h15, 21h, 00h20; Taken - A Vingança M16. 13h10, 15h20, 18h, 21h40, 24h; A Moral Conjugal M12. 13h05, 16h, 18h30, 21h20, 23h40
Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h40, 15h45, 18h, 21h30, 24h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 13h30, 15h50, 18h10, 21h25, 23h55; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h20, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h20, 15h45 (V.Port.), 18h20, 21h15, 23h50; Taken - A Vingança M16. Sala 5 - 13h45, 16h, 18h10, 21h30, 23h45
Carcavelos Atlântida-CineR. Dr. Manuel Arriaga, C. Com. Carcavelos (Junto à Estação de CP). T. 214565653007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h15, 21h30; Elas M16. Sala 2 - 15h45, 18h30, 21h45
Sintra CinemaCity Beloura ShoppingEst. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643007 Skyfall M12. Cinemax - 13h30, 16h15, 19h, 21h30, 21h45, 00h30; Manteiga M12. Sala 1 - 13h50, 15h50, 17h40, 19h30, 21h50, 23h40; As Palavras M12. Sala 2 - 13h35, 15h35, 17h35, 19h35, 21h35, 23h35; A Advogada M12. Sala 3 - 13h35, 15h40 17h45, 19h50, 21h55, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 11h20, 13h40, 16h, 18h20 (V.Port./3D), 21h40, 00h05 (V.Orig./3D); Brave - Indomável M4. Sala 5 - 11h25, 15h30 (V.Port.); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 13h25, 15h30, 17h35,
19h40, 22h, 00h10; Madagáscar 3 M6. Sala 6 - 11h35, 17h55; ParaNorman M6. Sala 6 - 11h45, 13h45, 15h45 (V.Port./3D); Para Roma com Amor M12. Sala 6 - 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 23h50; Impy na Terra da Magia M4. Sala 7 - 11h40, 15h55, 17h50 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 7 - 13h40, 00h15 Castello Lopes - Fórum SintraC. C. Forum Sintra, Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 12h50, 15h40, 18h20 (V.Port./3D); Frankenweenie M12. Sala 1 - 21h, 23h30 (3D); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 13h40, 16h10, 18h30, 21h40, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h30, 16h, 18h50, 21h20, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Linhas de Wellington M12. Sala 5 - 12h40, 15h35, 18h25, 21h25; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 6 - 13h15, 15h40, 18h20, 21h10, 23h40; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 13h20, 15h30, 18h10, 21h50, 00h25
Leiria Castello Lopes - Leiria ShoppingCC Leiria Shopping, IC2. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h10, 16h, 18h50, 21h40; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 13h15, 15h40, 18h10, 21h50, 00h20; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 21h10, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h, 15h20, 18h30 (V.Port./3D); Terapia a Dois M12. Sala 4 - 12h50, 15h10, 18h, 21h, 23h30; Taken - A Vingança M16. Sala 5 - 13h20, 15h30, 18h40, 21h15, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 13h30, 15h50, 19h, 21h30, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 12h40, 15h, 18h20, 21h20, 00h10
Loures Castello Lopes - Loures ShoppingQuinta do Infantado, Loja A003 - Centro Comercial Loures Shopping. T. 760789789Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h30, 16h20, 18h30, 21h30, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 2 - 13h20, 16h, 18h10 (V.P./3D); Frankenweenie M12. Sala 2 - 21h40, 23h35 (3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h40, 16h10, 18h55, 21h25, 23h50; Taken - A Vingança M16. Sala 4 - 13h25, 16h30, 18h40, 21h15, 23h25; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20, 00h10; 007 Skyfall M12. Sala 6 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 13h10, 15h40, 18h; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 7 - 21h10, 23h45
Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996007 Skyfall M12. 13h30, 17h30, 20h50, 00h10; 007 Skyfall M12. 13h, 16h30, 20h40, 24h; Dos Homens Sem Lei M12. 13h05, 15h40, 18h15, 21h, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h25, 15h50 (V.P./3D), 18h30, 21h10, 23h40 (V.O.); Actividade Paranormal 4 M16. 13h15, 16h, 18h10, 21h30, 00h05; Taken - A Vingança M16. 13h20, 16h10, 18h20, 21h20, 23h45
Odivelas ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h20, 18h40, 21h10, 23h30; 007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço
de Sua Majestade M6. 13h40, 16h, 18h30 (V.Port./3D), 21h20, 23h50 (V.Orig.); Taken - A Vingança M16. 13h20, 15h30, 18h20, 21h30, 23h50; ParaNorman M6. 13h30, 15h40, 18h10 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. 21h15, 24h
Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 12h50, 15h20, 18h10, 21h15, 23h55; 007 Skyfall M12. 14h, 17h15, 21h, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. 12h55, 15h40, 18h30, 21h30, 00h15; As Palavras M12. 13h, 15h25, 18h20, 21h20, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h30, 18h40, 21h50; Taken - A Vingança M16. 18h45, 21h40, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h45 (V.Port./3D); Manteiga M12. 13h15, 15h50, 18h15, 21h10, 23h45
Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresC. C. Dolce Vita - Av. Túlipas. T. 707 CINEMAAstérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h10, 18h10 (V.P.), 21h10, 00h10 (V.O.); ParaNorman M6. 15h, 18h (V.P.); Para Roma com Amor M12. 21h, 24h; 007 Skyfall M12. 15h20, 18h20, 21h20, 00h20; Dos Homens Sem Lei M12. 15h30, 18h30, 21h30, 00h30
Torres Novas Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Encomenda Armadilhada M12. Sala 2 - 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 12h40, 15h30 (V.P./3D), 18h20, 21h10, 24h (V.O./3D)
Torres Vedras ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 13h45, 16h15, 18h30, 21h20, 23h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h30, 16h, 18h45 (V.Port./3D), 21h45, 00h25 (V.Orig./3D); Taken - A Vingança M16. 13h15, 15h45, 18h15, 21h35, 23h45; Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h10, 00h15; 007 Skyfall M12. 14h40 , 17h45, 21h, 00h20
Torre da Marinha
Castello Lopes - Rio Sul ShoppingQta. Nova do Rio Judeu. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 12h35, 15h30, 18h25, 21h20, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 12h55, 15h50, 18h45, 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 12h50, 15h10, 18h10, 21h25, 23h50; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 4 - 13h10, 15h40, 18h40, 21h30, 24h; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 21h10, 23h40; Astérix e Obélix M6. Sala 5 - 13h, 15h30, 18h30 (V.Port./3D); Astérix e ObélixM6. Sala 6 - 13h15, 16h, 18h50, 21h50, 00h10; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 12h45, 15h20, 18h20, 21h, 23h30
Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Patrulha de Bairro M12. Sala 1 - 13h40, 16h10, 19h, 21h40, 24h; Taken - A Vingança M16. Sala 2 - 13h20, 16h20, 19h10, 21h50, 00h20; Terapia a Dois M12. Sala 3 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 23h50; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 4 - 21h, 23h30; Astérix e ObélixM6. Sala 4 - 16h, 18h20 (V.Port./3D); Astérix e ObélixM6. Sala 5 - 13h10, 15h30, 18h50, 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 6 - 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10
Setúbal Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446007 Skyfall M12. Sala 1 - 16h, 21h30 Castello Lopes - SetúbalC. Comercial Jumbo, Loja 50. T. 707220220Encomenda Armadilhada M12. Sala 1 - 13h10, 15h30, 18h20, 21h10; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h, 15h50, 18h50, 21h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h20, 16h (V.Port./3D), 18h40, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 13h30, 15h40, 18h30, 21h20
Tomar Cine-Teatro Paraíso - TomarRua Infantaria, 15. T. 249329190Para Roma com Amor M12. Sala 1 - 21h30
Faro SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212
Impy na Terra da Magia M4. Sala 1 - 10h50 (V.P.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 1 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h40, 00h20; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 13h45, 16h10, 18h35, 21h05, 23h30; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 12h, 15h, 18h, 21h, 24h; Frankenweenie M12. Sala 4 - 11h10, 13h10, 15h10, 19h10 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 16h25; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 4 - 13h55, 19h25, 21h55, 00h20; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 21h40, 00h15; Astérix e Obélix M6. Sala 5 - 10h30 (V.P./2D), 12h15 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 5 - 17h20; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 5 - 14h45; Madagáscar 3 M6. Sala 6 - 11h (V.Port.); Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 13h10, 15h15, 17h20, 19h25, 21h30 , 23h45; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 12h40, 15h40, 18h40, 21h40; Ted M12. Sala 8 - 14h45, 19h10; Madagáscar 3 M6. Sala 8 - 10h15, 12h35 (V.P.); Encomenda Armadilhada M12. Sala 8 - 17h05, 21h30, 24h; Brave - Indomável M4. Sala 9 - 11h20 (V.P.); Selvagens M16. Sala 9 - 21h, 23h50; Patrulha de Bairro M12. Sala 9 - 14h, 16h20 18h40
Albufeira Castello Lopes - Algarve ShoppingEstrada Nac. 125 - Vale Verde. T. 760789789Astérix e Obélix Contra César M6. Sala 1 - 12h45, 15h20, 18h (V.P./3D); Frankenweenie M12. Sala 1 - 21h05, 23h30; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20, 00h10; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 12h55, 15h40, 18h10, 21h, 23h35; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h45, 18h25, 21h15, 23h40; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 12h50, 15h25, 18h05, 21h, 23h35; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 6 - 13h15, 15h55, 18h30, 21h30, 24h; As Palavras M12. Sala 7 - 13h10, 16h, 18h35, 21h25, 23h55; 007 Skyfall M12. Sala 8 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Taken - A Vingança M16. Sala 9 - 13h20, 15h40, 18h10, 21h35, 23h50
Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332007 Skyfall M12. Sala 1 - 18h30, 21h30, 23h55; Desafio Total M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h20, 23h50; Magic Mike M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15, 23h50
Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h15, 21h30, 24h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h45, 18h15, 21h45, 00h15 Castello Lopes - PortimãoQuinta da Malata, Lote 1 - Centro Comercial Continente. T. 760789789Arbitrage - A Fraude M12. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h50, 21h40, 00h05; Taken - A Vingança M16. Sala 2 - 13h30, 16h15, 19h, 21h50, 23h55; Terapia a Dois M12. Sala 3 - 13h40, 16h20, 19h10, 22h, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h40, 18h30, 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 6 - 21h20, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 13h20, 16h10, 184h5 (V.Port./3D)
Tavira Zon Lusomundo TaviraR. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996007 Skyfall M12. 12h10, 15h10, 18h15,
AS ESTRELAS DO PÚBLICO
JorgeMourinha
Luís M. Oliveira
Vasco Câmara
a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente
Adeus, Minha Rainha mmmmm – mmmmm
Bellamy mmmmm mmmmm mmmmm
Cirkus Columbia – mmmmm mmmmm
Elas mmmmm a –Frankenweenie mmmmm mmmmm –Galinha com Ameixas mmmmm – mmmmm
O Gebo e a Sombra mmmmm mmmmm mmmmm
Looper, Reflexo Assassino mmmmm – mmmmm
Para Roma, com Amor mmmmm mmmmm mmmmm
007 Skyfall mmmmm mmmmm mmmmm
36 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
SAIRCarminho apresenta Alma no Coliseu dos Recreios
21h20, 00h20; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h05, 17h10, 19h15, 21h30, 23h50; Arbitrage - A Fraude M12. 13h10, 15h35, 18h20, 21h10, 23h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h20, 15h50 (V.Port./3D), 18h30, 21h, 23h30 (V.Orig.); Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h05, 00h15
TEATROLisboaTeatro da ComunaPraça de Espanha. T. 217221770 Agonia Irreversível De Juan Benet. Com João Tempera, Carlos Paulo, Hugo Franco. De 1/11 a 16/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Anne Frank, um diário De Anne Frank. Enc. Ricardo G. Santos. Com Marta Pessoa. De 27/10 a 4/11. Sáb às 21h30. Dom às 16h30.Teatro da Cornucópia - Bairro AltoRua Tenente Raúl Cascais, 1A. T. 213961515 Os Desastres do Amor Enc. Luis Miguel Cintra. De 1/11 a 25/11. 3ª a Sáb às 21h. Dom às 16h. M/12. Teatro da PolitécnicaRua da Escola Politécnica, 56. T. 961960281 O Festim - Do fim das coisas nada sabemos De Cláudia Lucas Chéu. Enc. Catarina Vieira, Solange Freitas, Tiago Cadete. De 2/11 a 3/11. 6ª e Sáb às 21h (Festival Temps dImages 2012). M/16. Raso Como o Chão Com Ana Deus, João Sousa Cardoso. De 31/10 a 3/11. 4ª às 21h. 5ª a Sáb às 19h (Festival Temps dImages 2012). Teatro Municipal de S. LuizR. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Dança da Morte Enc. Marco Martins. Com Miguel Guilherme, Isabel Abreu, Sérgio Praia. De 25/10 a 17/11. 4ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30 (na Sala Principal). Teatro Municipal Maria MatosAv. Frei Miguel Contreiras, 52. T. 218438801 Mundo Maravilha De 2/11 a 17/11. 4ª às 19h. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 18h. Teatro Nacional D. Maria IIPraça D. Pedro IV. T. 800213250 Gil Vicente na Horta Enc. João Mota. De 20/10 a 2/12. 4ª, 5ª e 6ª às 11h. Sáb às 21h15.
Dom às 16h15 (na Sala Estúdio). M/12. Teatro TurimEstrada de Benfica, 723A. T. 217606666 Martírios Grupo: Arena de Feras. Enc. Afonso Guerreiro. De 25/10 a 4/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Os Cozinheiros d’Oz Grupo: Teatro Cubo. De 6/10 a 24/11. Sáb às 16h. M/4. Duração: 50m. Teatro VillaretAv. Fontes Pereira Melo, 30A T. 213538586 Commedia à la Carte De Carlos M. Cunha, César Mourão, Ricardo Peres. Com Carlos M. Cunha, César Mourão, Ricardo Peres. De 6/9 a 4/11. 5ª a Dom às 21h30. M/12. Villaret Comedy Club De 8/9 a 3/11. Sáb às 23h59 (no Átrio). Stand up. M/16.
EXPOSIÇÕESLisboaCulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Flagrante Deleite - Rosemarie Trockel De 13/10 a 6/1. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h (útlima admissão às 18h30). Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h (útlima admissão às 19h30). Colagem, Cerâmica, Instalação. Espaço Fundação PLMJR. Rodrigues Sampaio, 29. T. 210964103 Na Boca do Povo De Lino Damião. De 10/10 a 8/12. 4ª a Sáb das 15h às 19h. Pintura. Outras Coisas De Jorge Días. De 10/10 a 8/12. 4ª a Sáb das 15h às 19h. Escultura. Fundação Arpad Szenes - Vieira da SilvaPraça das Amoreiras, 56. T. 213880044 100 Obras, 10 Anos: Uma Selecção da Colecção da Fundação PLMJ De Ângela Ferreira, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, João Louro, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Miguel Palma, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, Rui Chafes. De 27/9 a 27/1. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Outros. Galeria Torreão NascenteAvenida da Índia - Edifício da Cordoaria Nacional. T. 213646128 Cultura Magra (Bolsa 2011 Estação Imagem Mora) De Paulo Alegria (Paulgi).
De 19/10 a 20/12. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Fotografia. Prémio Fotojornalismo Estação Imagem/Mora 2012 De António Pedrosa, João Carvalho Pina, Nelson d’Aires, Mário Cruz, Miguel Proença, José Ferreira, Rui Gaudêncio, Rui M. Oliveira, Paulo Pimenta, Tommaso Rada, Filipe Branquinho, entre outros. De 19/10 a 20/12. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Fotografia. MUDE - Museu do Design e da ModaRua Augusta, 24. T. 218886117 Design Brasileiro: Mobiliário Moderno e Contemporâneo De Joaquim Tenreiro, Jerzy (Jorge) Zalszupin, José Zanine Caldas, Sérgio Rodrigues, Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Oscar Niemyer, entre outros. De 22/9 a 4/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Design. Mostra Nacional Brasileira: Personagens e Fronteiras: Território Cenográfico Brasileiro De 22/9 a 4/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Design. Único e Múltiplo. 2 Séculos de Design A partir de 27/5. 3ª a Dom das 10h às 18h. Design. Exposição permanente. Museu Rafael Bordalo PinheiroCampo Grande, 382. T. 218170667 A Viagem. Caricaturas de António para a estação Aeroporto do Metropolitano De 26/7 a 29/12. 3ª a Sáb das 10h às 18h. Desenho, Ilustração, Outros. Palácio Nacional da AjudaLargo da Ajuda. T. 213637095 Diogo Navarro De 16/10 a 16/11. 3ª a Dom das 10h às 17h30. Pintura, Escultura, Vídeo.
MÚSICALisboaA Barraca - Teatro Cine ArteLargo de Santos, 2. T. 213965360 Noite Fetra n’A Barraca Hoje às 22h. Centro Cultural de BelémPraça do Império. T .707303000 Venus 3 Adonis Com André Godinho, Paula Garcia. De 1/11 a 4/11. Sáb e Dom às 19h (na Sala de Ensaios. Festival Temps d´Images). Cinema São JorgeAvenida da Liberdade, 175. T. 213103400 Ovelha Negra Hoje às 19h (Misty Fest). Supernada Hoje às 22h (Misty Fest). Coliseu dos RecreiosR.Portas de Santo Antão, 96. T. 213240580 Carminho Hoje às 21h30.Galeria Zé dos BoisR, 59 - Bairro Alto. T. 213430205 Guitarras Variáveis + Pinkdraft Hoje às 22h. MusicBoxRua Nova do Carvalho, 24. T. 213430107 Black Bombaim + Cuzo Hoje às 23h30. Ramboiage + Mr Beat Hoje às 02h. Teatro do BairroRua Luz Soriano, 63 (Bairro Alto). T. 213473358 Atma Hoje às 23h30 (Musidanças 2012). Teatro Nacional D. Maria IIPraça D. Pedro IV. T. 800213250 Bibi Ferreira Com Bibi Ferreira (voz), Flávio
Mendes (guitarra e violão), Itamar Assiere (piano). De 1/11 a 3/11. 5ª a Sáb às 21h (Ano do Brasil em Portugal - Mostra de Teatro do Brasil). Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 Don Pasquale Com Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Orq. Sinf. Portuguesa. Enc. Italo Nunziata. Até 10/11. 3ª, 5ª e 6ª às 20h (dias 6 e 8). Sáb e Dom às 16h (dias 4 e 10).
AlmadaIncrível ClubRua Capitão Leitão, 1. T. 212742900 Capitão Fantasma + Dead Combo Hoje às 23h.
SintraCentro Cultural Olga CadavalPraça Dr. Francisco Sá Carneiro. T. 219107110 A Naifa Hoje às 22h (Misty Fest 2012).
DANÇALisboaCulturgestRua Arco do Cego - Edifício Sede da CGD. T. 217905155 A Peça Vermelha Coreog. Lígia Soares. Hoje às 21h30 (Ciclo Celebração). Nada do que dissemos até agora teve a ver comigo Coreog. Rita Natálio. Hoje às 20h30 (Ciclo Celebração). M/12. Um Espanto não se Espera Coreog. Elizabete Francisca, Teresa Silva. Hoje às 22h30 (Ciclo Celebração). Teatro CamõesParque das Nações. T. 218923470 Anne Teresa De Keersmaeker Orq. Metropolitana de Lisboa. Comp. Nacional de Bailado, Companhia Rosas. Coreog. Anne Teresa De Keersmaeker. De 26/10 a 10/11. 6ª e Sáb às 21h (dias 2, 3, 9 e 10 Novembro). Dom às 16h (dia 4 Novembro - tarde família). M/12.
FARMÁCIAS
LisboaServiço PermanenteAlves Carvalho (Caminhos de Ferro) - Rua do Vale de Santo António, 7-9 - Tel. 218140125 Colonial (Anjos) - Rua do Forno do Tijolo, 40 - Tel. 218141122 Gomes (Parque Eduardo VII) - Rua Rodrigo da Fonseca, 101 - A - Tel. 213882333 Lys (D. Carlos I) - Rua da Esperança, 17-19 - Tel. 213960913 Probidade (Alcântara) - Rua de Alcântara, 15 - A -B - Tel. 213638589 S. João de Deus (Hotel Lutécia - 2ª Transv. à Av. Frei) - Rua Pedro Ivo, 1 A - B Miguel Contreiras - Tel. 218485140 Soc. Higilux (Pedrouços) - Rua de Pedrouços, 50-52 - Tel. 213110280 Vitex (S. Domingo de Benfica) - Estrada de Benfica, 373 - B - Tel. 217782113
Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Santos (Rossio ao Sul do Tejo) Alandroal - Santiago Maior Albufeira - Alves de Sousa Alcácer do Sal - Alcacerense Alcanena - Correia Pinto Alcobaça - Campeão, Alves (Benedita) Alcochete - Cavaquinha Alcoutim - Caimoto Alenquer - Varela Aljezur - Furtado, Odeceixense
(Odeceixe) Aljustrel - Dias Almada - Vaz Carmona, Central, Pepo (Vila Nova da Caparica) Almeirim - Correia de Oliveira Almodôvar - Ramos Alpiarça - Aguiar Alter do Chão - Portugal (Chança) Alvaiázere - Pacheco Pereira (Cabaços) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Carlos, Gaspar Pote, Heleno Amareleja - Duarte Arraiolos - Vieira Arronches - Batista Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Nova Barrancos - Barraquense Barreiro - Roldão, Piçarra, Marques Cavaco (Stº Antº da Charneca) Batalha - Ferraz Beja - Silveira Belmonte - Costa Benavente - Central (Samora Correia), Martins (Samora Correia) Bombarral - Hipodermia Borba - Central Cadaval - Misericórdia Caldas da Rainha - Caldense Câmara de Lobos - Moderna Campo Maior - campo Maior Cartaxo - Central do Cartaxo Cascais - Central (Carcavelos), Marginal, Aisir (Parede) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Higiene (Amatus Lusitanus) Castelo de Vide - Roque Castro Marim - Moderna Castro Verde - Alentejana Chamusca - Joaquim Maria Cabeça Constância
- Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Almeida Covilhã - Crespo, Moderna Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericórdia Elvas - lux Entroncamento - Carlos Pereira Lucas Estremoz - Costa Évora - Infante Sagres Faro - Alexandre Ferreira do Alentejo - Singa Ferreira do Zêzere - Soeiro Figueiró dos Vinhos - Serra Fronteira - Costa Coelho Fundão - Avenida Gavião - Pimentel Golegã - Moderna (Azinhaga), Oliveira Freire Grândola - Costa Idanha-a-Nova - Monsantina (Monsanto/Beira Baixa) Lagoa - Lagoa Lagos - Telo Leiria - Caixa Prev. da E.C.L. (Maceira), Oliveira (Marrazes) Loulé - Pinheiro, Maria Paula (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Das Colinas, Das Olaias, Nova Charneca (Charneca), Soares (Sacavém), Pedro Santos (Vale Figueira), Até às 23h - Do Prior Velho, Até às 22h - Valente (Fanhões), Santa Iria (Santa Iria da Azoia), Faria (Santo António dos Cavaleiros) Lourinhã - Quintans (Foz do Sousa) Mação - Saldanha Mafra - Ericeirense, Costa Maximiano (Sobreiro) Marinha Grande - Central Marvão - Roque Pinto Mértola - Maktub, Nova de Mértola Moita - Teixeira (Baixa da Banheira), Parque Monchique -
Higya Monforte - Jardim Montijo - Moderna Mora - Canelas Pais (Cabeção) Moura - Rodrigues Mourão - Mourão Nazaré - Ascenso Nisa - Ferreira Pinto Óbidos - Vital (Amoreira/Óbidos) Odemira - Confiança Odivelas - Do Casal Novo, Aniceto Ferronha (Urb. Bons Dias - Odivelas), Até às 22h - Santa Rita, Silva Monteiro (Ponte da Bica/Odivelas) Oeiras - Maria, Santarita, Seixas Martins, Trindade Brás, Alegro (Dafundo), Silva Branco (Dafundo), Central, Até às 22h - De Lavadeiras, Nova de Queijas Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros) Olhão - Brito Ourém - Beato Nuno, Fátima, Moderna Ourique - Nova (Garvão) Palmela - Tavares de Matos (Pinhal Novo) Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proença Pombal - Albergariense (Albergaria dos Doze), Barros Ponte de Sor - Cruz Bucho Portalegre - Elvas Portel - Misericordia Portimão - Pedra Mourinha Porto de Mós - Mirense (MIRA DE AIRE), Lopes Unipessoal Proença-a-Nova - Roda Redondo - Xavier de Cunha Reguengos de Monsaraz - Martins Rio Maior - Almeida Salvaterra de Magos - Carvalho Santarém - Francisco Viegas, Sucrs., Santos Real
Santiago do Cacém - Jerónimo, Mendes (Santo André) Sardoal - Passarinho Seixal - Do Vale, Romana, São Bento Serpa - Central Sertã - Lima da Silva Sesimbra - Cotovia, Nurei, Quinta do Conde, Leão Setúbal - Santiago, Cunha Pinheiro Silves - Algarve, Cruz de Portugal, Dias Neves, Sousa Coelho Sines - Atlântico, Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Cristina, Pinto Leal, São Francisco Xavier, André (Queluz), Dumas Brousse (Rinchoa), Valentim, Até às 22h - Idanha (Idanha) Sobral Monte Agraço - Costa Sousel - Andrade Tavira - Maria Aboim Tomar - Ribeiro dos Santos Torres Novas - Pereira Martins (Pedrogão) Torres Vedras - Quintela Vendas Novas - Nova Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila do Bispo - Sagres (Sagres), Vila do Bispo Vila Franca de Xira - Central de Alhandra, Mercado (Alverca), Higiénica (Póvoa de Santa Iria), Roldão, Até às 21h - Sequeira (Sobralinho) Vila Nova da Barquinha - Tente (Atalaia) Vila Real de Santo António - Pombalina Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Monte Montemor-o-Novo - Sepúlveda
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 37
CRIANÇASA Coisa PerdidaTexto e ilustração Shaun Tan
Tradução Gabriela Rocha Alves
Edição Kalandraka
36 págs., 15€
O narrador começa por perguntar se os leitores querem escutar uma história. E diz que não se lembra das mais “divertidas” nem das mais “terríveis” que sabia dantes. Mas dispõe-se a contar uma: “A daquela vez em que encontrei uma coisa perdida.” Era Verão e o narrador estava a cuidar da sua colecção de caricas, junto ao mar. “(…) a certa altura parei para olhar em redor, sem nenhum motivo em particular. Quando vi a coisa pela primeira vez.” A forma que Shaun Tan dá “à coisa” faz lembrar uma cafeteira gigante com pernas viscosas, portas e gavetas a toda a volta, uma espécie de chaminé lateral e, às costas, uns suportes, tipo mochila, com uns sininhos nas pontas. Em linguagem coloquial: “Não se parece com nada.” É esse “não encaixar” que faz pensar que está perdida e não pertence a lugar nenhum. Por isso está triste, mas ninguém quer saber. Os livros de Shaun Tan revelam sempre preocupações sociais e políticas, traduzidas numa linguagem subtil e numa expressão plástica envolvente. Aqui mistura atmosfera futurista com grafi smo algo retro. As guardas de A Coisa Perdida, com a montagem da colecção de caricas, hipnotizam o leitor. O fi lme baseado nesta obra, The Lost Thing, venceu o Óscar de Melhor Curta de Animação em 2011. No mesmo ano, Shaun Tan recebeu o Astrid Lindgren Memorial Award. Ambos merecidos. Rita Pimenta
Livros
TEATROLisboaO Reino Dó Ré MiTeatro Rápido (R. Serpa Pinto, 14). Tel.: 213479138Sáb. e dom. às 11h35, 12h e 12h25. Sala 2. Até 25/11. 3€Uma micropeça para crianças com Bandolina, a princesa que vive no Reino Dó Ré Mi e que, tal como os restantes habitantes, gosta de música e quer aprender a tocar um instrumento. Mas qual deles há-de escolher? M/4
Viagem pelo Corpo HumanoTeatro Tivoli BBVA (Av. da Liberdade, 182 – 188). Tel.: 707234234Sáb. e feriados às 16h. 2ª a 6ª às 11h e 14h30 (escolas). Até 2/02. 10€ (8€ para escolas)O musical infantil da Plano 6 que, com texto de Ana Rangel e encenação de Claudio Hochman, conta a história de Maria. No dia em que se faz a árvore de Natal lá em casa, Maria adoece. Está com febre e sem energia. Esse é o ponto de partida para uma viagem pelo seu corpo, com paragens em diversos órgãos, com o objectivo de dar cabo do vírus que fez Maria adoecer. M/2
Peter PanTeatro Politeama (R. Portas de Santo Antão, 109). Tel.: 213405700Sáb. e dom. às 15h. 3ª a 6ª às 11h e 14h (escolas). Bilhetes de 7,50€ a 12,50€Quem nunca desejou viver na Terra do Nunca? Quem nunca quis ser criança para sempre? Filipe La Féria traz a sua versão da história escrita por James Matthew Barrie num musical sobre o menino que não queria crescer. M/3
A Flauta MágicaTeatro Armando Cortez – Casa do Artista (Estrada da Pontinha, 7). Tel.: 217154057Sáb., dom. e feriados às 15h. 3ª às 11h. 4ª a 6ª às 11h e 15h (escolas). Até final de Junho. Bilhetes a 10€ e 12€ (7€ para escolas)Com adaptação e encenação de Fernando Gomes, reposição da versão da ópera de Mozart pelo Teatro Infantil de Lisboa. A história de Tamino e Papageno, dois amigos muito diferentes que têm em comum o sonho de encontrar amor e felicidade. M/4
A Bela e o MonstroAcademia de Stº Amaro (R. da Academia Recreativa de Stº Amaro, 9). Tel.: 213636637
Sáb. às 15h. Dom. às 11h. Até 29/12. Bilhetes de 5€ a 12€A versão de Miguel Dias do conto clássico de Madame LePrince de Beaumont. Um príncipe é transformado em monstro por uma feiticeira, permanecendo nessa horrenda forma até ao dia em que encontre quem se apaixone por ele. Será Bela a sua salvação? M/6
PinóquioSoc. de Instrução Guilherme Cossoul (Av. Dom Carlos I, 61 - 1º). Tel.: 213973471Dia 10 às 18h. Bilhetes de 5€ a 7,50€O boneco de madeira, esculpido a partir de um tronco de árvore, que sonha ser um menino de verdade. Uma produção adaptada e encenada por Pedro Wilson. M/6
OdivelasA Bela AdormecidaCentro Cultural Malaposta (R. Angola – Olival Basto). Tel.: 219383100Sáb. às 16h. Dom. às 11h. 3ª a 6ª às 10h30 e 14h30 (escolas). Bilhetes a 6€Magia, humor e música nesta versão de Fernando Gomes do clássico de Charles Perrault sobre a história da bela princesa Aurora que, depois de adormecida durante cem anos, desperta para a felicidade. M/3
SeixalAs Bruxas de OzCinema São Vicente (Av. General Humberto Delgado, 20 – Paio Pires). Tel.: 214099896Amanhã às 16h. Bilhetes a 4€. O Teatro Reflexo inspira-se num dos famosos musicais da Broadway para contar a história anterior à chegada de Dorothy à Terra de Oz. A partir de Wicked, esta produção adapta a história protagonizada pela Bruxa Boa do Norte e pela Bruxa Má do Oeste à actualidade, abordando temas como o bullying ou os maus-tratos aos animais.
PortoHistória de um SegredoTeatro da Vilarinha (R. da Vilarinha, 1386). Tel.: 226108924Sáb. às 16h e 21h30. Dom. às 16h. 3ª a 6ª às 11h e 15h (escolas). Até 18/11. Bilhetes a 10€Uma história contada pelo Teatro Pé de Vento, com texto de Álvaro Magalhães e encenação de João Luiz, sobre um rei poderoso não consegue guardar um segredo de infância e conta-o ao seu criado, pedindo-lhe sigilo. Mas
como este segredo quer deixar de sê-lo, vai ser complicado guardá-lo. M/4
A Pequena SereiaTeatro Sá da Bandeira (R. de Sá da Bandeira, 108). Tel.: 222002550 Dom. às 11h30. Bilhetes de 6 a 10€ (grátis até aos 3; descontos para famílias)Musical da Vivonstage, baseado no conto de Hans Christian Andersen e co-organizado em parceria com o SeaLife. Ariel é uma pequena sereia descontente com a sua vida no mar. Anseia por ser como os humanos que vê à superfície. Por isso, discute muito com o pai por causa desses “bárbaros comedores de peixe”.
A Menina Verde e o Dr. Tutti-FruttiRivoli Teatro Municipal (Pç. D. João I). Tel.: 223392219Dom. às 11h, 16h e 17h. Bilhetes grátis para crianças; 17€ para adultosTeatro para bebés que conta a história da Quica, uma menina que fica doente e que perde o apetite. E a mãe pede ajuda ao Dr. Tutti-Frutti que, na companhia da Menina Verde, conduz a Quica numa viagem pelo saudável mundo das cores e dos frutos. Para meninos e meninas até aos 4 anos.
TondelaÁrvore que SomosCine Tejá - Novo Ciclo ACERT (Assoc. Cult. e Recreativa de Tondela). Tel.: 232814400Amanhã às 21h45; dom. às 16h . GratuitoProdução da Trigo Limpo Teatro Acert que, com encenação de José Rui Martins, celebra o “apego à terra” e reflecte sobre a sua “gente”. M/4
EXPOSIÇÕESAmadoraAmadora BD - Festival Internacional de Banda DesenhadaFórum Luís de Camões (R. Luís Vaz de Camões - Brandoa). Tel.: 2149486422ª a 5ª, dom. e feriados das 10h. às 20h. 6ª e sáb., das 10h. às 23h . Até 11/11. GratuitoCentrado na autobiografia, o 23.º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora inaugura várias exposições com alguns dos mais importantes nomes da banda desenhada contemporânea. Como habitualmente, o AmadoraBD
Júnior proporciona actividades para os mais miúdos, com oficinas, modelagem de balões e pinturas faciais que decorrem durante o fim-de-semana.
T. Rex: Quando as Galinhas Tinham DentesPavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (Parque das Nações). Tel.: 218917100Sáb., dom. e feriados das 11h às 19h. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Até final de Agosto. Bilhetes de 3€ a 7€ (15€, bilhete família)Será que o T. Rex viveu em Portugal? Era um caçador ou alimentava-se de animais mortos? E teria escamas ou o corpo coberto de penas? T. Rex: Quando as Galinhas Tinham Dentes, a nova exposição do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, é uma viagem ao tempo dos dinossauros onde os visitantes podem tocar num fóssil de pegada de um saurópode, sentir como era a sua pele ou descobrir um dos maiores e mais antigos ninhos de dinossauro do mundo.
PortoInsectos em OrdemJardim Botânico do Porto (R. Campo Alegre, 1191). Tel.: 2260021533ª a dom. das 10h. às 17h30 . Até 22/12. Na Casa Andresen. Bilhetes a 1,50€ Parte integrante da iniciativa O Mundo na Escola, apresentam-se 50 espécies de insectos e um desafio ao visitante: embarcar numa caça ao tesouro do reino animal. O objectivo é encontrar a ordem do insecto que é atribuído a cada visitante à entrada.
MÚSICASanta Maria da FeiraAs Canções da MariaEuroparque – Centro Cultural e de Congressos (Espargo de Baixo). Tel.: 256370200 Hoje às 11h00 e 16h. Bilhetes de 10 a 12€. Grátis até aos 2 anos.A Maria e os seus amigos - a Mathilde, a Manon e o Mathias - convidam todas as crianças a cantar e aprender com os temas didácticos saídos da imaginação de Maria de Vasconcelos. O livro/CD respectivo tem sido um sucesso de vendas.
PortoFantasia sobre a Fantasia - O FilmeCasa da Música (Av. da Boavista, 604/610). Tel.: 220120220A 10/11 às 11h. Sala 2. Bilhetes a 2.50€Fantasia, o filme de animação que, em 1940, pôs Mickey a conviver com as grandes obras da música clássica, inspirou um cine-concerto em 2010, que é agora reposto.
ACTIVIDADESLisboaMercadinho dos TalentosCentro Cultural de Belém – Jardim das Oliveiras (Pç. do Império). Tel.: 213612899Dom. das 11h às 17h. GratuitoO Jardim das Oliveiras recebe mais um mercadinho de talentos (música, dança, teatro, magia, poesia ou artes plásticas) e de traquitanas que já não se querem lá por casa. Para vender tudo até 1 euro. Esperam-se pequenos compradores.
agenda@publico.pt / lazer@publico.pt
Amadora BD
38 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
JOGOSCRUZADAS 8244
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Braga13º 18º
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Bragança9º 15º
Guarda9º 15º
Penhas Douradas7º 12º
Viseu11º 16º
Aveiro15º 19º
Coimbra15º 19º
Leiria14º 20º
Santarém14º 21º
Portalegre12º 18º
Lisboa17º 21º
Setúbal14º 21º Évora
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Beja16º 20º
Castelo Branco12º 19º
Sines17º 21º
Sagres17º 21º
Faro18º 20º
Corvo
Graciosa
FaialPico
S. Jorge
S. Miguel
Porto Santo
Sta Maria
15º 17º
15º 17º
Flores
Terceira14º 17º
20º 25º
22º 25º
15º 18º
17º
19º
07h06
QuartoMinguante
17h34
00h367 Nov.
1,5-2,5m
3m
18º
3m
22º2-3m
22º2-3m
04h56 3,117h18 2,9
11h09 1,023h16 1,1
04h31 3,116h53 2,9
10h43 1,122h47 1,2
04h37 3.016h54 2.8
10h31 1.0 22h37 1.1
2,5-3,5m
2,5-3,5m
3m
17º
19º
Horizontais 1. Em tempo algum. Lavrar. 2. Preposição designativa de substitui-ção. Peça transversal do arado em que o lavrador assenta as mãos. 3. Operário. Pessoa amada. 4. Deus do Amor entre os Gregos. Género de macaco nocturno da América Tropical. 5. A ti. Nome vul-gar extensivo a uns mamíferos noctur-nos, pertencentes a algumas espécies da família dos Tapirídeos. 6. Realizares. 7. Foguete que, ao rebentar a grande al-tura, larga fogos de cor. Avançavam. 8. Segmento de tronco de árvore. Doutora (abrev.). Contracção da prep. “de” com o pron. dem. “o”. 9. Nome da letra M. Sociedade Anónima (abrev.). Neste lu-gar. 10. Ardósia. Interjeição que designa cansaço. 11. Com muitos anos. Imaginar.
Verticais 1. Vate. Assunto. 2. De descen-dência ilustre. Benéfico. 3. Bramido de certas feras. Resíduos que ficam depois de peneirada a farinha. 4. Maneira es-pecial ou característica de dizer, escre-ver, compor, pintar, esculpir, etc. Eles. 5. Tomba. Oportunidade. Transpiro. 6. Retractes. 7. Contracção de “a” com “o”. Irritar. Suspiro. 8. Avenida (abrev.). Centésima parte do hectare. Autores (abrev.). 9. Pedra tosca. Sétima nota mu-sical. O qual. 10. Asa do nariz. Anteparo de madeira colocado por fora da janela. 11. Divisão ou subdivisão de um caule. Avaliar em moios.
Depois do problema resolvido encon-tre o provérbio nele inscrito (7 pala-vras).
Solução do problema anterior:Horizontais 1. Caspa. Mimar. 2. Raiar. Rima. 3. Cair. Ensoar. 4. Arranca. Pra. 5. Ma. Tio. Fio. 6. Lacraia. 7. DESERTO. CI. 8. Mas. Neutral. 9. Unido. Leiva. 10. Lavo. Oh. Par. 11. Aro. Isolar.Verticais 1. Cama. Mula. 2. Arara. Danar. 3. Sair. Lesivo. 4. PIRATAS. DO. 5. Aa. Niceno. 6. Recorre. OS. 7. Na. Atulho. 8. IRS. Fiote. 9. Miopia. Ripa. 10. Amaro. Cavar. 11. Rara. Vilar.Nome da obra: Os Piratas do Deserto.
Oeste Norte Este Sul 1 ♥passo 3 ♥ (1) passo 4 ♥Todos passam
Leilão: Qualquer forma de Bridge. (1) Apoio Bergen – 10-11 pontos de figura e fit de quatro cartas a copas.
Carteio: Saída: K ♣. Qual a melhor for-ma de cartear este jogo?
Solução: Sul conta com cinco perden-tes possíveis: o Rei de espadas, o Rei de copas, um ouro e dois paus. Depois da saída a paus, a defesa terá em aberto pelo menos duas vazas nesse naipe por encaixar, logo que tiver a mão. A única hipótese de nos livrarmos de uma das perdentes a paus é através das espadas, após tentarmos a passagem ao Rei. Essa passagem terá de resultar, porque se assim não for teremos sempre de ceder dois paus, uma espada e um ouro pelo
Dador: SulVul: Ninguém
Problema 4478 Dificuldade: Fácil
Problema 4479 Dificuldade: Difícil
Solução do problema 4476
Solução do problema 4477
NORTE♠ Q3♥ A872♦ A754♣ 853
SUL♠ AJ10♥ QJ1093♦ J2♣ A72
OESTE♠ 9654♥ 54♦ Q983♣ KQJ
ESTE♠ K872♥ K6♦ K106♣ 10964
João Fanha/Luís A.Teixeira (bridgepublico@gmail.com) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com
menos. Portanto, há que ter em conta que fazer a passagem a copas não fará sentido nesta altura, se estiver mal a defesa te-rá a oportunidade de encaixar desde lo-go dois paus e um ouro para um cabide. Mesmo que resulte, o declarante conti-nuará a ter o seu contrato dependente da passagem a espadas. No entanto, se a passagem a espadas resultar, Sul pode até vir a ceder uma vaza a copas, uma vez que nessa altura já só terá uma perdente a paus , e, só poderá perder um pau, um ouro e uma copa. Optando por começar pela passagem a espadas, o declarante assegurará o contrato mes-mo que o Rei de copas esteja mal colo-cado. Em suma: Sul toma a vaza de saída com o Ás de paus da mão, vai ao morto no Ás de ouros e põe a Dama de espadas a correr. De pouco importa se Este cobre esta vaza com o Rei, Sul poderá sempre alinhar três vazas rápidas a espadas para baldar um pau perdente do morto, para assegurar o contrato. A passagem a co-pas virá depois, se resultar passará a ha-ver uma vaza a mais.
Considere o seguinte leilão:Oeste Norte Este Sul 1ST passo?
O que marca com a seguinte mão?♠ 542 ♥ 96 ♦ K5 ♣ KJ10982
Resposta: Desta vez temos apenas se-te pontos de figura mas, esta mão vale mais do isso. O excelente naipe de paus oferece fortes possibilidades de se vir a realizar cinco ou seis vazas só nesse nai-pe, o Rei de ouros também é forte can-didato para uma vaza. Para um bom en-tendedor uma voz basta: 3ST!
MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 39
PESSOAS
Fotografia de Kate Moss na Face foi abusoA fotografia de Kate Moss nua na revista Face em 1990 lançou a sua carreira. Agora, à Vanity Fair, o supermodelo contou como a sessão fotográfica, realizada quando tinha 16 anos, foi um abuso. “Hoje em dia, pedir a uma rapariga de 16 anos que tire as roupas é algo que soaria muito esquisito”, disse Moss. “Mas eles foram muito claros: se não o fizeres, nunca mais te daremos trabalho. Por isso, fechei-me na casa de banho a chorar. Depois saí e fiz o que era preciso fazer. Mas nunca me senti muito confortável com isso”.Dois anos mais tarde, contou ainda Moss, teve de pedir ajuda médica, para curar a ansiedade. “Ninguém toma conta de nós sob o ponto de vista mental. E há uma enorme pressão para que façamos o que querem”.A sessão da Face, a revista que na época ditava as tendências na Europa, foi da autoria da fotógrafa Corinne Day, que, por sua vez, ficaria também famosa por ter descoberto Kate Moss. Day, no entanto, lutaria até à sua morte, aos 48 anos, de um tumor cerebral, contra esse rótulo.
HOJE FAZEM ANOS
Eduardo Ferro Rodrigues, deputado do PS, 63; Pablo Aimar, futebolista do Benfica, 33; Dolph Lundgren, actor, 55; Roseanne Barr, actriz, 60; Adam Ant, Músico, 58; Anne Wintour, editora da Vogue, 63
PAUL HACKETT/REUTERS
Lady Gaga ganzadano Halloween
Charlie Sheen ganzado sempre
Muitos famosos se disfarçaram
para aparecerem nas festas de
Halloween. Lady Gaga levou
o momento mais a sério do
que a maioria: disfarçou-se se
marijuana, mas fê-lo por dentro
e por fora. “Fui ganzada para o
Halloween”, disse ela no Tweeter,
depois de se ter exibido com
folhas de cannabis a cobrir-lhe os
seios. “Sou a Princesa Ganzada,
a Rainha da Cannabis”. Num
espectáculo em Amesterdão no
mês passado, já tinha mostrado a
sua posição quanto às drogas leves
fumando um grande “charro” em
palco, entre duas canções.
Segundo revelações de vários
amigos à prestigiada revista Radar,
o actor Charlie Sheen voltou às
drogas. A actriz Denise Richards,
uma grande amiga, declarou:
“Ele fuma, bebe e assiste a fi lmes
pornográfi cos. Quando não está
a ver esse tipo de fi lmes, contrata
prostitutas”. Segundo outro
amigo, que se disse muito íntimo,
Sheen anda a gastar 2 mil dólares
por dia em drogas e mulheres.
Numa entrevista à Rolling Stone,
há meses, o actor tinha garantido
que mudara de vida e estava
recuperado. Mas fez uma ressalva:
“Só não abdico da bebida”.
Life&StyleVer mais emlifestyle.publico.pt/pessoas
40 | DESPORTO | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
REACÇÕES
Foi um jogo excepcional. As individualidades surgem naturalmente quando o jogo colectivo é forte
Tudo falhou, não estivemos ao nosso nível. O FC Porto foi superior em todos os aspectos
Vítor PereiraFC Porto
Pedro MartinsMarítimo
FC Porto 5Jackson Martínez 4’; Varela, 34’; Jackson Martínez, 60’; James Rodríguez, 73’; James Rodríguez, 77’
Marítimo 0
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência 27.609 espectadores
FC Porto Helton (Fabiano, 74’); Danilo a79’, Maicon, Abdoulaye (32’), Otamendi a64’ e Mangala; Lucho González, Fernando (Defour, 28’) e João Moutinho; James, Jackson e Varela. Treinador Vítor Pereira.
Marítimo Ricardo; Briguel, Roberge a64’, João Guilherme, Ruben Ferreira; João Luiz a66’, Rafael Miranda, Semedo (Olberdam, 46’); Heldon, Sami (Fidélis, 46’) e Danilo Dias. Treinador Pedro Martins.
Árbitro João Capela, Braga.
Marítimo foi presa muito fácil paraum FC Porto esfomeado e dinâmico
Pela terceira vez em quatro jogos no
campeonato no Estádio do Dragão, o
FC Porto ganhou com uma goleada.
Contra o Marítimo, ao qual marcou
cinco golos sem resposta, conseguiu
a sua vitória mais dilatada e a melhor
exibição da temporada.
Jackson Martínez juntou mais dois
golos à sua colecção (falhou outros
dois) e facturou pela sétima jornada
consecutiva. Varela marcou pelo ter-
ceiro jogo seguido. E James Rodríguez
fez os últimos dois. Muito pouco Ma-
rítimo para demasiado FC Porto, que
continua a brincar ao jogo do gato
e do rato com o Benfi ca. Desta vez,
são os portistas que estão isolados à
condição, à espera do que fazem os
“encarnados”.
A única má notícia para Vítor Pe-
reira foi que a sua equipa teve quase
tantas lesões como golos. Fernando,
FÁBIO POÇO/NFACTOS
Jackson Martínez continua em grande forma e ontem marcou dois golos pelo FC Porto. Há sete jogos consecutivos que o colombiano marca
ro toque. O Marítimo passou grande
parte do jogo atrás da bola, prova-
velmente porque desta vez o FC Por-
to, ao contrário de outras ocasiões,
não baixou o ritmo. Não se limitou a
marcar uma vez e tentar controlar o
jogo, desacelerando. Desejou marcar
mais. Varela fez o 2-0 ainda antes do
intervalo, com um remate fantástico
em arco.
Em todas as deslocações anteriores
que fez ao recinto portista no campe-
onato, o melhor que o Marítimo tinha
conseguido foram dois empates. On-
tem, rapidamente se percebeu que
difi cilmente conseguiria arrecadar
pelo menos um ponto. Pedro Martins
tentou alterar o rumo do jogo e co-
locou Fidélis e Olberdam em campo
no início da segunda parte. A equipa
esboçou uma pequena reacção, mas
o terceiro golo dos locais, o segundo
de Jackson (59’), fez regressar a par-
tida ao local de partida. Até ao fi m,
ainda houve tempo para James mar-
car duas vezes.
Os “dragões” marcaram cedo e acabaram por golear. Jackson Martínez e James Rodríguez bisarame Varela fez o outro golo dos “azuis e brancos”, que fi zeram três substituições por lesão
Crónica de jogo Manuel Assunção
Maicon e Helton foram todos substi-
tuídos devido a lesão – o guarda-redes
provavelmente por o jogo já estar re-
solvido —, enquanto Lucho terminou
a partida com problemas. Os dois pri-
meiros saíram com o jogo ainda por
resolver, mas ontem para os “azuis
e brancos” nada foi um problema.
Entrou Defour e depois os estreantes
na Liga Abdoulaye e Fabiano, que di-
fi cilmente poderiam ter desejado um
jogo mais calmo para se apresenta-
rem aos adeptos.
Uma entrada forte no encontro
facilitou a vitória portista. Aos 3’, já
Jackson festejava novo golo, o décimo
em 12 jogos ofi ciais. O colombiano,
que ainda chegou depois ao golo n.º
11, foi assistido pelo compatriota Ja-
mes Rodríguez, que também voltou a
fazer uma grande exibição. De resto,
todos os jogadores do campeão esti-
veram em bom nível. Esse primeiro
golo revelou as qualidades da equipa
neste jogo: dinamismo, vontade, sim-
plicidade e prioridade pelo primei-Positivo/Negativo
Jackson e JamesO ponta-de-lança soma 11 golos nos primeiros 12 jogos oficiais com a camisola portista. O esquerdino também marcou duas vezes depois de assistir o compatriota no primeiro golo.
Meio-campo portistaFernando fez quase tudo bem até sair lesionado, Lucho foi eficaz e João Moutinho fez duas assistências para golo.
OtamendiBrilhou no início e controlou no resto do jogo.
MarítimoO 5.º classificado da época passada não conseguiu fazer nada de jeito no Dragão.
SamiO guineense simbolizou o truque de desaparecimento que o Marítimo fez especialmente na primeira parte. Foi substituído ao intervalo. Passou ao lado do encontro, mas não foi o único da sua equipa.
spectos
ns
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | DESPORTO | 41
II LIGAJornada 12Belenenses-Penafiel 2-0FC Porto B-Marítimo B hoje, 16h, Porto CanalTrofense-Oliveirense amanhã, 11h15, SP-TV1Feirense-Sp. Covilhã amanhã, 15hTondela-Portimonense amanhã, 15hFreamunde-Arouca amanhã, 15hBenfica B-Sporting B amanhã, 16h, Benfica TVNaval-V. Guimarães B amanhã, 16hU. Madeira-Leixões amanhã, 16hSanta Clara-Atlético amanhã, 16hSp. Braga B-Desp. Aves amanhã, 16h
J V E D M-S PSporting B 11 9 1 1 21-9 28Belenenses 12 9 1 2 20-11 28Oliveirense 11 6 4 1 17-9 22Marítimo B 11 7 0 4 15-7 21Arouca 11 6 3 2 20-10 21Penafiel 12 6 2 4 14-13 20Benfica B 11 5 4 2 25-14 19Tondela 11 5 3 3 17-16 18Desp. Aves 11 4 5 2 10-9 17Leixões 11 4 4 3 12-13 16V. Guimarães B 11 3 4 4 8-8 13Portimonense 11 3 4 4 13-14 13U. Madeira 11 3 4 4 10-13 13Sp. Covilhã 11 2 6 3 7-9 12Atlético 11 4 0 7 10-17 12Santa Clara 11 2 4 5 10-14 10Trofense 11 2 4 5 8-15 10Naval 11 2 3 6 11-17 9FC Porto B 11 1 5 5 8-15 8Feirense 11 2 2 7 10-18 8Sp. Braga B 11 0 6 5 10-16 6Freamunde 11 1 3 7 7-16 6
Próxima jornadaOliveirense-Benfica B, Sporting B-Naval, Atlético-Feirense, Sp. Covilhã-Sp. Braga B, Marítimo B-Santa Clara, Trofense-Freamunde, Arouca-FC Porto B, Portimonense-Desp. Aves, Leixões-Tondela, Penafiel-U. Madeira e V. Guimarães
MELHORES MARCADORES
I Liga8 golos Jackson (FC Porto)6 golos Éder (Sp. Braga)5 golos Ghilas (Moreirense), James Rodríguez (FC Porto)4 golos Cardozo, Lima e Rodrigo (Benfica), Luís Leal e Steven Vitória (Estoril), Meyong (V. Setúbal), Tarantini (Rio Ave)II Liga10 golos Esgaio (Sporting B), Joeano (Arouca)7 golos Ivan Cavaleiro (Benfica B), Barry (Oliveirense)
CLASSIFICAÇÃOI LIGA
Jornada 8FC Porto-Marítimo 5-0Sp. Braga-Gil Vicente hoje, 18h30, SP-TV2Benfica-V. Guimarães hoje, 20h30, SP-TV1Nacional-Beira-Mar amanhã, 16hP. Ferreira-Olhanense amanhã, 16hMoreirense-Rio Ave amanhã, 16hAcadémica-Estoril amanhã, 18h, SP-TV1V. Setúbal-Sporting amanhã, 20h15, SP-TV1
J V E D M-S PFC Porto 8 6 2 0 22-5 20Benfica 7 5 2 0 19-6 17Sp. Braga 7 4 2 1 17-10 14Rio Ave 7 3 2 2 9-9 11V. Guimarães 7 3 2 2 7-10 11P. Ferreira 7 2 4 1 10-7 10Gil Vicente 7 2 3 2 6-8 9Académica 7 1 5 1 9-8 8Marítimo 8 2 2 4 4-13 8Sporting 7 1 4 2 5-7 7V. Setúbal 7 1 4 2 5-10 7Olhanense 7 1 3 3 12-14 6Moreirense 7 1 3 3 10-11 6Estoril 7 1 3 3 11-13 6Nacional 7 1 2 4 9-15 5Beira-Mar 7 0 3 4 7-16 3
Próxima jornadaRio Ave-Benfica, Marítimo-V. Setúbal, Sporting-Sp. Braga, Estoril-Moreirense, FC Porto-Académica, Olhanense-Beira-Mar, V. Guimarães-Nacional e Gil Vicente-P. Ferreira.
PEDRO CUNHA
Luís Filipe Vieira viu a SAD benfiquista aumentar o prejuízo
Os proveitos totais do Benfi ca em
2011-12 rondaram os 128 milhões de
euros, com a venda de passes de jo-
gadores a representar a maior fatia
do bolo: 30,6 milhões de euros (24%).
Uma rúbrica que ainda não inclui as
receitas geradas pelas transferências
de Witsel e Javi Garcia, de 56 milhões
de euros, que só irão surgir no exer-
cício da presente temporada, segun-
do revela o relatório e contas da SAD
(Sociedade Anónima Desportiva),
apresentado esta semana.
Logo atrás das transferências,
surgem os proveitos referentes à
participação da equipa de Jorge
Jesus na Liga dos Campeões, que
proporcionou uma receita recorde
para o clube nas competições euro-
peias, ao atingir os quartos-de-fi nal
da prova: 22,4 milhões de euros. No
terceiro lugar do pódio, surgem os
20,3 milhões referentes a patrocí-
nios e merchandising. Seguem-se as
receitas de bilheteira, que atingiram
os 9,4 milhões; as transmissões te-
levisivas, 8,5 milhões; a quotização,
8,4 milhões, e a venda de camarotes
e lugares executivos, 7,5 milhões,
para além de outros itens de menor
expressão.
Custo com pessoal sobe 13,7%O problema é que as despesas totais
do Benfi ca também impressionam,
aproximando-se perigosamente dos
140 milhões de euros. Os custos com
pessoal são os grandes contribuin-
tes para este número, com 48,1 mi-
lhões de euros, representando sozi-
nho 57,6% dos custos operacionais.
Um valor que aumentou cerca de
13,7% em relação ao exercício ante-
rior, devido ao aumento da massa
salarial do plantel, resultante dos
investimentos feitos para o seu re-
forço, mas também pelos prémios
por objectivos que foram distribuí-
dos aos jogadores ao longo da épo-
ca, particularmente pela boa pres-
tação na Liga dos Campeões. Já os
encargos fi nanceiros do Benfi ca (on-
de se incluem os juros respeitantes
da dívida à banca) rondaram os 23
milhões de euros.
O saldo negativo do exercício
de 2011-12, contribuiu para que os
Receitas totais do Benfica atingiram128 milhões de euros em 2011-12mas despesas subiram aos 140 milhões
capitais próprios consolidados da
Benfi ca SAD (que revelam o valor lí-
quido patrimonial que uma empresa
detém em determinado momento)
registassem um valor negativo de
aproximadamente 14,2 milhões de
euros a 30 de Junho de 2012. Um
decréscimo de 16,6 milhões de euros
em relação a igual período de 2011.
Uma situação desdramatizada pe-
los responsáveis da sociedade que
gere o futebol, considerando que a
mesma seria facilmente invertida
se a estratégia tivesse passado pela
alienação dos direitos económicos
de alguns dos principais activos do
plantel.
Fora do presente relatório em con-
tas, fi caram 3,6 milhões de euros re-
sultantes das transferências de Yar-
tey (Sochaux), Capdevilla (Espanyol)
e Emerson (Trabzonspor) que, tal
como as de Witsel e Javi Garcia, se-
rão apenas registadas no primeiro
trimestre de 2012-13. Também fora
da contabilidade do último exercí-
cio fi caram 16,7 milhões de euros de
investimento em reforços para esta
temporada, de onde se destacam as
contratações de Sálvio (Atlético de
Madrid) e Lima (Sp. Braga).
FinançasPaulo Curado
Custos com pessoal lideram a lista das despesas, representando 57,6% do total dos custos operacionais da SAD
140Milhões de euros, são aproximadamente os custos totais da Benfica SAD no exercício de 2011-12, com as depesas com pessoal a somarem 48,1 milhões de euros.
14,2Milhões de euros negativos é o valor dos capitais próprios da sociedade que gere o futebol “encarnado” a 30 de Junho de 2012.
56Milhões de euros resultantes das transferências de Witsel e Javi Garcia serão registados apenas nas contas de 2012-13.
Benfica 4-1-3-2
V. Guimarães 4-3-3
MelgarejoJardelGarayMaxi
Pereira
Artur
Douglas
El Adoua
Toscano
AlexN’DiayeDefendiAddy
MarcoMatias
JoãoRibeiro
Matic
Lima
Salvio
Estádio da LuzLisboa
Árbitro: João Ferreira Setúbal
20h30Sport TV1
André Gomes
Cardozo
Gaitán
Ricardo LeonelOlímpio
Termina em 2013
Jesus não pensaem novo contrato
O contrato de Jorge Jesus com o Benfica termina no final da presente temporada, mas o técnico
“encarnado”, a cumprir o seu quarto ano no clube, garante que não está a pensar na renovação e que esta não depende do que conseguir conquistar até ao fim da época. “A minha avaliação tem que ser feita tendo em conta o que era antes de eu chegar ao Benfica. A valorização do meu trabalho não se coloca só este ano, mas nestes três anos. O que era o Benfica antes de eu chegar, a nível dos títulos e o que era na Liga e na Champions, que não existia”, afirmou ontem o técnico. O Vitória de Guimarães é hoje o próximo adversário do Benfica na liga portuguesa, um jogo que será disputado no Estádio da Luz. “É um adversário difícil, uma equipa que tem prestígio e valor no campeonato português”, considera Jorge Jesus, que não vai poder contar com os castigados Enzo Perez e Luisão, nem com o lesionado Aimar, enquanto o defesa Melgarejo está em dúvida. M.V.
42 | DESPORTO | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
É relativamente curta a história dos
duelos entre Sporting de Braga e Gil
Vicente, que coabitam no escalão
principal do futebol português pe-
la 16.ª vez. Se em Barcelos o saldo
é equilibrado (cinco triunfos para
cada lado e cinco empates no cam-
peonato), em Braga tem dominado
o anfi trião, vencedor em oito oca-
siões e derrotado em duas. Hoje, a
equipa de José Peseiro, 3.ª na I Liga
com mais cinco pontos do que o ad-
versário, é novamente favorita, co-
mo de resto admitiu António Fiúsa,
presidente do clube visitante.
No primeiro jogo em Braga, na I
Liga, entre os dois emblemas foi,
contudo, o Gil Vicente o mais feliz.
Na época de 1990-91, depois de um
nulo em Barcelos, os “galos” ganha-
ram 1-2 no Estádio 1.º de Maio, com
Nogueira a bater Regis no início e
no fi m da primeira metade antes
de Forbs reduzir perto do fi m. Em
Janeiro de 1993, o Gil Vicente voltou
a surpreender, através de um golo
solitário de Ljubinko Drulovic, num
jogo em que, segundo as crónicas
de então, o guarda-redes Fernando
Brassard foi um dos melhores em
campo e ajudou os visitantes a se-
gurarem a vantagem.
Na temporada seguinte, o Spor-
ting de Braga, no entanto, con-
seguiu uma goleada por 4-0 — o
resultado mais desnivelado de
sempre neste clássico minhoto,
independentemente do palco em
que foi disputado —, com golos
de Toni (2) e Fernando Pires (2),
e depois disso somou seis triun-
A última vez queo Gil surpreendeu o Braga tinha Drulovic
fos e cinco empates em 11 jogos.
Para o jogo desta noite, José Pe-
seiro terá de estrear uma nova du-
pla de centrais nesta temporada,
pois Paulo Vinicius, presente em
todos os jogos do Braga desde o
início da época, não está ainda em
condições. Douglão, que regres-
sa de lesão, deverá ser o escolhi-
do para acompanhar Nuno André
Coelho, embora a proximidade da
recepção ao Manchester United
possa valer uma oportunidade ao
alemão Maximilian Haas, um dos
três centrais da equipa com pelo
menos 1,90m.
Do lado do Gil Vicente, depois da
exibição pouco conseguida frente ao
Benfi ca, é natural que César Peixoto,
que regressa após castigo, recupere
a titularidade no meio-campo.
Ismaily, Paulo César, Djamal, Pau-
lo Vinicius e Carlão (Braga) e Daniel,
Luan e Tiero (Gil Vicente) estão le-
sionados.
FutebolManuel Assunção
Um golo do sérvio valeu uma das duas vitórias do Gil Vicente no estádio do Sporting de Braga, que tem dominado este duelo
Sporting de Braga 4-2-3-1
Gil Vicente 4-3-3
EldersonDouglãoN.A. CoelhoSalino
Beto
Adriano
C. Peixoto
Rafa
P. ArantesHalissonCláudioL. Amaral
Luís CarlosBrito
Custódio
Alan
Estádio AxaBraga
Árbitro: Rui Silva Vila Real
18h30SP-TV2
H. Viana
R. Micael
ÉderH. Barbosa
Luís Manuel
André Cunha
Breves
Atletismo
Futebol
Maratona de Nova Iorque adiada por causa do Sandy
Mourinho imaginao Real Madrid sem elee sem Ronaldo
Apesar dos desejos do mayor Michael Bloomberg, a maratona de Nova Iorque, agendada para amanhã, já não se vai realizar. O cancelamento de uma das mais importantes maratonas mundiais, que recebe anualmente cerca de 50 mil participantes, é mais uma das consequências da passagem na segunda-feira do furacão Sandy pela cidade, que ainda sofre com inundações e falta de luz em várias zonas. No entanto, ainda não é certo que a edição deste ano seja cancelada em definitivo ou apenas adiada.
José Mourinho imagina o Real Madrid sem ele como treinador e sem Cristiano Ronaldo no plantel. A visão do treinador português surgiu depois de ter sido questionado sobre um hipotético interesse do Paris-SG na sua contratação e na do avançado português, por quem o emblema francês estaria disposto a gastar cem milhões de euros. “Sim, imagino o Real Madrid sem qualquer um de nós. Se dependesse de algum jogador ou treinador, mal estaria e não seria o clube que é”, vincou. O polaco Janowicz está perto da
final do torneio de Paris
Jerzy Janowicz continua a surpreen-
der no BNP Paribas Masters. O po-
laco que abriu a época num torneio
future (a categoria mais baixa do cir-
cuito profi ssional) discute hoje um
lugar na fi nal do derradeiro Masters
1000 do ano.
Com a eliminação dos cabeças de
cartaz da prova, resta ao público do
Palais Omnisports Paris-Bercy a hi-
pótese de celebrar o triunfo de um
jogador da casa. Gilles Simon ainda
está na corrida.
Mas o dia de ontem foi de Janowi-
cz, que ganhou ontem o sexto en-
contro em Bercy ao eliminar Janko
Tipsarevic (9.º ATP), que abando-
nou a 4-6, 6-1, 4-1. Com dois breaks
de desvantagem, Tipsarevic pediu
assistência médica, mas pouco de-
pois comunicou a desistência. Des-
portista, apontou para o adversário,
Bercy estáa confirmara qualidadede Jerzy Janowicz
pedindo ao público um aplauso me-
recido para o vencedor.
Após o nervoso inicial, Janowicz
começou a largar winners, tanto de
direita como de esquerda, com al-
guns amorties pelo meio e serviços
bem acima dos 200km/h, aprovei-
tando bem a sua altura (2,03m). O
seu estilo agressivo, mas igualmente
criativo, apoiado numa grande ligei-
reza de movimentos e uma enorme
entrega e determinação, cativou os
adeptos parisienses, conhecidos por
preferirem um ténis mais técnico.
“Nos segundo e terceiro sets, jo-
guei o melhor ténis da minha vida.
Não sabia que podia jogar assim tão
bem. Não tem sido fácil para mim
lidar com o que me tem acontecido.
A minha família chorava. Mas não
quero parar aqui”, afi rmou Janowi-
cz, que abordou 2012 como 221.º do
ranking, mas com uma nova raqueta
e um novo preparador físico.
Mais tarde, conquistou três títulos
em challengers e, no primeiro tor-
neio do Grand Slam em que acedeu
ao quadro principal, em Wimble-
don, foi até à terceira ronda. No mês
passado, estreou-se nos quartos-de-
fi nal de um torneio do ATP World
Tour, em Moscovo e na próxima se-
mana surgirá no top 50. Mas o po-
laco de 21 anos já tinha criado ex-
pectativas quando júnior, ao atingir
as fi nais do escalão em Wimbledon
(2007) e Roland Garros (2008).
Gilles Simon (20.º) estreia-se nas
meias-fi nais do BNP Paribas Masters,
após afastar Tomas Berdych (6.º),
com um duplo 6-4. Tanto Berdych
como Tipsarevic tem garantido um
lugar na próxima semana, no Bar-
clays ATP World Tour.
Eliminado fi cou Jo-Wilfred Tsonga
(7.º), diante do espanhol David Fer-
rer (5.º), que venceu, por 6-2, 7-5. A
hipótese de uma fi nal cem por cento
francesa continuava de pé, antes da
realização do duelo entre Michael
Llodra (121.º) e o norte-americano
Sam Querrey (23.º).
TénisPedro Keul
David Ferrer continua discreto como sempre, mas é agora o mais cotado ainda em prova no BNP Paribas Masters
TM& © 2012 Marvel & Subs.
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COM O PÚBLICO
44 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
ESPAÇOPÚBLICO
EDITORIAL
O dono da autonomia
Ademocracia é o melhor de todos
os regimes, excepto quando existe
um adversário. Esta parece ser a
visão que Alberto João Jardim tem
da democracia. Há décadas que
desrespeita os oponentes do PSD-Madeira
e que desafi a a República com incontáveis
tomadas de posição em que mostra o maior
desprezo pelas regras democráticas – algo
que a República, para mal dos seus pecados,
foi sempre mais ou menos tolerando.
Ontem, o líder dos sociais-democratas
madeirenses teve pela primeira vez que
enfrentar um adversário interno na corrida
à liderança do partido, o presidente da
Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque.
A diversidade não foi bem-vinda. Alberto
João Jardim não teve escrúpulos em usar
actos e meios públicos como instrumentos
A Madeira não pode continuar a ser refém de um homem que julga ser o dono da autonomia regional
de campanha. Ao mesmo tempo que o site
do PSD-Madeira não publicava, sequer,
a moção do homem que desafi ou o líder.
Usado entre membros do mesmo partido,
o tom habitual de Alberto João Jardim é
ainda mais revelador de uma incapacidade
absoluta em abrir mão do poder. O líder dos
sociais-democratas madeirenses argumenta
que deu 45 vitórias ao partido, algo que
lhe deveria dar direito a uma espécie de
estatuto de líder vitalício. Sugerindo que
só por ingratidão os militantes poderiam
votar contra ele. Mas como a gratidão não
é um critério em democracia, Alberto João
Jardim terá de se render à evidência de
que o seu adversário, mesmo sem ganhar,
terá condições para reunir à sua volta um
núcleo que poderá ser o ponto de partida de
uma alternativa futura. Alberto João Jardim
devia pôr os olhos nos Açores, onde tanto
o social-democrata Mota Amaral como o
socialista Carlos César deixaram o poder
aos seus sucessores. A Madeira é a principal
prejudicada pela eternização de Alberto
João Jardim no poder. E a região só atingirá
verdadeiramente a autonomia quando
deixar de ser refém de um homem que
acredita que é o dono da autonomia.
As faces ocultas da crise
Acrise económica não é apenas um
desafi o à capacidade das famílias em
fazer esticar os seus rendimentos
perante um quotidiano cada vez
mais difícil. É também um factor de
desgaste psicológico. O agravamento das
condições económicas e o desemprego são
factores que aumentam a confl itualidade
dentro dos casais, como explica a socióloga
Anália Torres nesta edição do PÚBLICO. No
entanto, em 2011, o número de divórcios
diminuiu pela primeira vez, invertendo
uma tendência que se verifi cava há cinco
anos. E que tem sido uma constante desde
1996, ainda que com algumas excepções.
A razão é simples: a crise inibe os casais
de se divorciarem, devido aos custos.
Muitos vivem sob o mesmo tecto, ainda
que estejam de facto separados. Essas
famílias pagam, na verdade, um custo
lateral da situação do país. A crise em que
nos encontramos não se reduz a dados
económicos, afecta pessoas. Ela tem lados
ocultos cujo preço é muito difícil avaliar.
Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores
CARTAS À DIRECTORA
PÚBLICO ERROU
Estado social
Na primeira década do século
(Governos PS e Durão Barroso) a
economia cresceu, em Portugal,
0,68% e as despesas com a
Segurança Social cresceram 147%
e 80%com o Sistema Nacional
de Saúde. Portugal foi o país
que mais verbas recebeu, em
termos relativos, da UE, apesar
de só ter utilizado 39% dessas
verbas. As importações foram
de 565.475 milhões de euros e as
exportações de 356.918 milhões
de euros. A dívida pública
aumentou 269%, tendo atingido
os 107,4% do PIB. Para um PIB
médio (nos 17 Estados do euro,
incluindo os ex-comunistas)
de 4700 euros per capita, nós
fi camo-nos pelos 2800 euros.
Há quem diga, com muita
convicção, que o crescimento
próximo futuro da nossa
economia, uma vez decretado o
As cartas destinadas a esta secção
devem indicar o nome e a morada
do autor, bem como um número
telefónico de contacto. O PÚBLICO
reserva-se o direito de seleccionar
e eventualmente reduzir os textos
não solicitados e não prestará
informação postal sobre eles.
Email: cartasdirector@publico.pt
Contactos do provedor do Leitor
Email: provedor@publico.pt
Telefone: 210 111 000
fi m da austeridade e expulsa a
troika, aguentaria o nosso Estado
social. Em vez de nos fi armos
em milagres, melhor seria
sentarmo-nos civilizadamente a
estudar, em conjunto, o assunto,
sem parti-pris ideológicos ou
políticos, pelo menos aqueles
que querem continuar com este
tipo de sociedade e que são
poder hoje ou amanhã.
Artur Carvalho, Lisboa
Refundar a maratona
A coisa aqui está preta: eleitores
distraídos não viram, quando
foram votar, que a luz estava
apagada. Assim colocaram a
cruzinha num “partido” que
sempre tinha apostado directa
e indirectamente no apoio
a políticas que não estavam
a resultar em países aqui da
nossa Europa. Euforicamente
celebraram a “vitória” e
num instante fi zeram uma
coligação para fortalecer uma
frente “agora é que vão ver
como Portugal dobra a União
Europeia”
Para encurtar razões,
aglutinaram muitas áreas em
poucos ministérios e entregaram
a jovens tenrinhos que, da
vida, apenas sabiam parte de
teorias que vêm nos livros. E
de disparate em disparate lá
foram deitando cá para fora leis
a mando de outros. Agora, e
apesar do número de assessores
ter aumentado para ajudar,
andam todos às aranhas a ver se
encontram caminhos que tirem
o nosso país do atoleiro em que
está.
Parece que a salvação está
na refundação da maratona:
se se encurtarem os 42.195 m
para 27 km, talvez se consiga
chegar à meta a tempo de
não sermos cilindrados pelo
aumento dos impostos e cortes
nas remunerações, tanto mais
que uma grande maioria dos
portugueses está já a sobreviver
com as sopas das Misericórdias.
E haverá outras soluções? Claro
que há e é do conhecimento
deles, pois já foram gritadas nas
ruas e estão escritas, mas como
eles estão a correr e a refundar…
Maria Clotilde Moreira, Algés
Devido a um erro de paginação,
o nome do autor da recensão
do ensaio Caminhada, de Henry
David Thoreau, ontem publicada
no Ípsilon, não apareceu na
edição impressa do suplemento.
Aos leitores e ao visado, o crítico
Gustavo Rubim, as nossas
desculpas.
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 45
Afinal, houve feminismos
Jerónimo de Sousa subestimou a
importância das manifestações
nacionais de 15 de Setembro, que
em Lisboa juntaram mais de 400
mil pessoas. Subestimou estas
manifestações, que se dirigiram
contra a governação do PSD de
Passos Coelho, mas também a
manifestação que a 12 de Março
de 2011 expôs o descontentamen-
to da população com a governação do PS
de José Sócrates. E fê-lo ao declarar numa
entrevista que “o capital tem medo é da luta
organizada e não de protestos”. (Diário de
Notícias, 28/10/2012).
A posição de Jerónimo de Sousa é
expectável vinda de alguém que é líder de
um partido, para mais de um partido que se
afi rma como vanguarda da classe operária.
Daí que defenda que as acções de protesto
e luta só têm efi cácia política quando
organizadas em partidos e orientadas pelas
direcções iluminadas sobre como conquistar
os amanhãs que cantam.
Mas esta ideia de suposta superioridade
moral que está subjacente nas palavras de
Jerónimo de Sousa desfaz-se ao embater na
realidade dos factos. E Jerónimo de Sousa
sabe disso, por mais que queira engrandecer
a imagem do PCP. Sabe que as manifestações
de 15 de Setembro contribuíram de forma
determinante para o fi m do aumento da
TSU. Como sabe que a manifestação de 12 de
Março de 2011 foi determinante para o fi m do
consulado de José Sócrates.
Assim com sabe que houve muito de
espontâneo nas manifestações de rua
em 1974/75, quer contra quer a favor do
Processo Revolucionário em Curso. E sabe
ainda como essa espontaneidade contribuiu
para que o PCP nunca conseguisse ter de
facto o controlo do processo. Tal como
sabe que historicamente a importância de
manifestações espontâneas é grande, sejam
motins ou revoltas populares.
E sem querer subestimar o papel dos
partidos enquanto enquadradores políticos
das populações – pelo contrário, o papel
deste é, aliás, vital para a democracia –,
é sabido que muito do que pode ser o
imprevisto de uma revolta ou de acções
descontroladas surge precisamente dos
protestos espontâneos, exactamente porque
não são controlados por ninguém.
O que torna as manifestações de 15 de
Setembro importantes, enquanto sinal
social e político, é precisamente o salto
qualitativo que elas representam – tal como
já acontecera a 12 de Março, mas numa
manifestação com metade do tamanho.
Ou seja, uma sociedade que estava amorfa
ou pelo menos adormecida, despertou
e decidiu participar, protestar, ter uma
palavra a dizer na vida democrática, para
além de votar e depositar nos partidos a sua
representação de quatro em quatro anos.
Um dos aspectos mais importantes do
perfi l destas manifestações não enquadradas
apenas por partidos e sindicatos é o que elas
revelam. Não só a diversidade profi ssional e
de estatuto social das pessoas como outros
sinais importantes que mostram como a
sociedade portuguesa mudou nos últimos
30 anos. Um desses sinais de mudança
é a participação das mulheres. É imensa
a diferença na sociedade portuguesa
do que é o estatuto, a autonomia e a
autodeterminação das mulheres de hoje
para o que era há 30 ou mesmo há 20 anos.
E isso vê-se na participação política.
Não falo de alguns episódios mais
mediatizados protagonizados por mulheres.
Isso sempre houve na história. E agora
repetem-se como quando a 15 de Outubro a
artista plástica, actriz e argumentista Maria
Archer se despiu da cintura para cima frente
à Assembleia da República. Ou quando,
a 5 de Outubro, Luísa Trindade irrompeu
nas cerimónias ofi ciais da implantação da
República, em protesto por não ter trabalho,
nem futuro e uma pensão de cerca de 200
euros. Ou quando a cantora lírica Ana Maria
Pinto cantou a Firmeza de Fernando Lopes
Graça, por cima do fi m da intervenção do
Presidente, nas mesmas cerimónias.
O que se vê de novo é a forma inteira,
absoluta, igualitária, paritária até, como
as mulheres participam nos movimentos
sociais que estão na origem destas
manifestações que não obedecem ao
enquandramento
político clássico
feito por partidos
e sindicatos. Elas
desfi lam nas
manifestações com a
mesma visibilidade
e presença dos
homens. E estão ao
lado deles na sua
convocação, nas
sua organização e
na intervenção em
reuniões e debates.
Esse é uma das
grandes conquistas
da democracia
portuguesa.
Apesar do muito
que está por fazer
na sociedade
portuguesa para
combater a discriminação das mulheres,
há uma mudança imensa e que mostra que
afi nal houve feminismos em Portugal, que
afi nal as mulheres lutaram, ganharam e
ocuparam o espaço público. Mesmo quando
os partidos e os sindicatos – de esquerda e de
direita – os ignoram e tentam que não sejam
reconhecidos, afi nal, os feminismos e a sua
luta silenciosa foi sendo feita. E desagua
também nas ruas de forma espontânea e
livre, ocupando a cidade.
Jornalista. Escreve ao sábadosao.jose.almeida@publico.pt
É imensa a diferença do estatuto, a autonomia e a autodetermina-ção das mulheres
A superioridade moral que está subjacente nas palavras de Jerónimo de Sousa desfaz--se ao embater na realidade
São José AlmeidaA semana política
Rádiode veludo
Talvez o melhor programa de rá-
dio de todos os tempos tenha si-
do o Theme Time Radio Hour with
Bob Dylan. Já os ouvi todos mais
de duas vezes. Ninguém está à
altura de Bob Dylan, mas Jarvis
Cocker continua a divertir-nos
e a surpreender-nos com o seu
Sunday Service, todos os domin-
gos na Radio 6 da BBC. A semana
passada, a convidada dele era Edna O’Brien.
Os bons cantores-compositores fazem
bons programas de rádio. No caso de
Bob Dylan, as escolhas dele são mais
reveladoras do que a autobiografi a dele. A
Radio 6, tal como todos os outros canais
da BBC, ouve-se grátis em Portugal,
através da Internet, em casa ou no
telemóvel, às horas que se quiser, através
do iPlayer Radio. A última sensação é o
programa de Lou Reed e do produtor
Hal Wilner, chamado New York Shuffl e.
Ambos conhecem muita música e, de
vez em quando, conversam, nas calmas,
sobre fi lmes e canções. São duas horas
encantadoras, em que dois amigos se
põem a mostrar músicas um ao outro.
No último episódio disponível, o terceiro,
tocou-se, por exemplo, Etta James, Henry
Mancini, Van Dyke Parks, José González e
Leonard Cohen, com o qual Lou Reed diz
ter estado numa numa festa dada pela neta
dele. Dele, Cohen.
Se está farto de ouvir aplicar mal a
palavra “ecléctico”, rume à BBC Radio 6
para ouvir o New York Shuffl e e redescubra
o verdadeiro sentido dela. Reed é soberbo,
claro, mas Wilner é um mestre. A abertura e
a memória musical de ambos é espantosa e,
curiosamente, agradável.
Miguel Esteves CardosoAinda ontem
BARTOON LUÍS AFONSO
46 | PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012
Ofício de caça e recolecção
Antes da caça, e mesmo nos
primeiros tempos da caça, os
homens dedicavam-se à reco-
lecção. Como os outros prima-
tas, seus parentes próximos, o
homem andava pela terra reco-
lhendo frutos, bagas, pequenos
animais, talvez insectos, o que
havia. Andava de bosque em
bosque, de rio em rio, e tinha
sempre que andar sem parar para obter
novo alimento. Os teóricos dizem que a
maioria destas comunidades primitivas não
era hierarquizada, porque não havia exce-
dentes cuja distribuição implicaria retenção
e poder para reter e distribuir, mas nem
sempre é assim.
Ainda hoje há caçadores recolectores e
essa é a minha tribo. Como eles, também
faço parte de uma espécie em extinção:
os caçadores e recolectores da memória
numa sociedade em que a memória está
por muito baixa conta. Memória física de
papéis, livros, revistas, jornais, gravuras,
objectos, manuscritos, efémera. No meio da
selvajaria dos tempos de hoje, direi, como
ontem se dizia e hoje está em desuso, que
esta actividade tem sido um lenitivo para
a exibição de presunção ignorante e pura
patetice em que estamos mergulhados.
Mas tinha prometido a mim próprio que
esta semana deixava a miséria quotidiana
em paz e o mal à solta. Tenho que parar,
para não voltar sempre à mesma coisa,
fundida, ou refundida que esteja, nestes
dias indignos.
Voltemos à caça e recolecção. Todos os
dias, é sempre bom repeti-lo, milhares de
documentos únicos desaparecem, sejam
papéis pessoais, um livro de actas, um
relatório colonial com fotografi as únicas,
um objecto icónico de um tempo, uma
organização ou uma ideia. Hoje, em cada
manifestação de rua, vai-se embora no lixo,
um cartaz, um papel, uma imagem única
que não fi cou gravada em nada. Nos últimos
meses, salvei, com muita alegria e gosto,
várias peças dessa memória em acelerada
destruição, um longo manuscrito, escrito
a lápis, sobre o quotidiano da logística
da guerra na Guiné, uma relatório com
fotografi as originais sobre as inundações
de 1967, notícias sobre os portugueses no
Havai no início do século XX, umas actas
socialistas do fi nal do século XIX e início do
século XX, notas de reuniões estudantis do
tempo da crise de 1962, alguns jornais de
muito pequena tiragem do tempo do PREC,
e por aí adiante. Já não é a primeira vez
que falo disto, mas esta é uma publicidade
que faço intencionalmente, para impedir
mais destruições na morte de um pai,
numa mudança de casa, num divórcio
complicado, ou pura e simplesmente, na
gigantesca incúria administrativa de muitas
instituições, na insensibilidade de outras e
na falta de recursos generalizada.
Salvo raras excepções, esta é uma
actividade mal vista por muitas das
instituições ofi ciais, e por alguns
profi ssionais que deveriam ter um papel
deste tipo e não têm. Por um lado, é sempre
uma competição que não desejam, por
outro é muitas vezes a demonstração
de que é possível fazer muito mais
com pouco dinheiro, mas mais gosto e
diligência. Desconfi am dos que consideram
“amadores”, com muita arrogância
corporativa, e já uma vez tive que lembrar
que sem os amadores não tinha havido
a recolha musical de Giacometti, nem a
obra do abade de Baçal, nem o Dicionário
Bibliográfi co de Inocêncio, e que, com
muitos defeitos, cada uma destas obras
salvou muito mais da nossa memória do
que a burocracia académica e corporativa.
Giacometti veio para Portugal não para
fazer qualquer tese de doutoramento, mas
porque estava tuberculoso. Vinha de uma
vida errática de muitos empregos e de
uma expulsão do ensino por causa do seu
envolvimento na causa da independência
argelina. Em
Portugal, registou
o som do nosso
povo, em riscos de
se perder pelo fi m
do mundo rural, e
pela competição da
televisão. Francisco
Manuel Alves, abade
de Baçal, era um
pároco de aldeia,
nas profundezas
de Bragança, típico
caçador-recolector,
desorganizado
e nem sempre
rigoroso, mas
sem ele muito
se teria perdido
das Memórias
arqueológico-
históricas do distrito
de Bragança:
repositório
amplo de notícias
corográfi cas,
hidro-orográfi cas,
geológicas,
mineralógicas,
hidrológicas,
biobibliográfi cas,
heráldicas.
Inocêncio da
Silva tinha apenas
uma educação comercial. Na sua Carta
apologética (…) prevenindo as increpações
que possam ser-lhe dirigidas de futuro,
escreve que “os esclarecidos estadistas,
por felicidade do país incumbidos do
governo supremo da república”, o mais
que lhe permitiam era deixá-lo consumir-
se “no expediente maquinal e subalterno
das minúcias administrativas”, ou seja,
mandar a juízo “um ratoneiro, que sacara
algum lenço das algibeiras alheias”, ou um
vendedor clandestino da lotaria espanhola,
ou a passar o dia a escrever editais para
impedir que se deitem no S. António bichas
de rabiar.
Inocêncio a seguir explica que, depois
disto tudo, voltava a casa para continuar a
trabalhar muitas horas no seu dicionário,
cujas despesas suporta, visto que o
máximo que a Imprensa Nacional lhe dá é
a possibilidade de vendar alguns volumes.
Inocêncio queixa-se de como a sua obra
merece elogios estrangeiros e “vitupérios
da casa” e mesmo um “lorpa” chamou-lhe
“trapeiro de folhetos”. A sua conclusão
é de enorme actualidade: “cada dia mais
me convenço de que para a nossa geração
actual livros da índole do Dicionário
Bibliográfi co são trastes não só dispensáveis,
mas também completamente inúteis.”
Depois de construir o meu “Ga-
binete de Curiosidades”, que
fazer dos frutos da caça e re-
colecção? Deixar de herança
não é solução, porque uma
vez atingida uma certa dimen-
são, só uma dedicação quase
absoluta pode continuar este
trabalho. Nenhuma destas co-
lecções aguentou mais do que
duas gerações e raras chegaram às três, e
compreende-se que assim seja. Havia de-
pois três alternativas: vender, doar ao Esta-
do, criar uma fundação.
Vender está para mim fora de causa, mas
às vezes apetece e compreendo que alguns
o façam: perante a incúria do Estado e a
hostilidade corrente. Apetece pegar nas
coisas e melhorar a vida com a recompensa
não só dos gastos como do trabalho de
organização, que, como se sabe, é um dos
principais valores incorporados. E claro
que há mercado, a começar por muitas
instituições estrangeiras que estão aí bem
presentes no país, a comprar espólios
únicos, cujos donos, por necessidade ou
raiva com a sua terra e as suas instituições,
os preferem vender. Não é o meu caminho.
Doar ao Estado é contrário ao espírito
deste tipo de caça-recolecção, que é
suposto ser uma actividade da sociedade e
na sociedade, complementar mas diferente
daquela que realizam instituições que têm
meios e recursos muito maiores, mas que
também paralisam mais facilmente. De
igual modo, a sensibilidade arquivista do
Estado é demasiado conservadora e não é
Eu, que fui estúpido em não querer nunca criar uma fundação enquanto tive funções políticas, e que sou igualmente estúpido em vir falar disto em público, vejo-me agora a braços com uma lei absurda
Historiador. Escreve ao sábado
por acaso que instituições como a BDIC, a
Hoover e o Instituto de História Social de
Amsterdão começaram de forma diferente
e evoluíram de forma diferente. Para além
disso, o Estado não cuida dos seus bens, e
muito menos vai fazê-lo nos tempos mais
próximos. Espólios doados ao Estado,
quando este os aceita, visto que muitos
são recusados, estão por tratar, fechados e
inacessíveis.
Sobra a criação de uma funda-
ção, que até há uns meses era
uma actividade benemerente,
vista positivamente pela comu-
nidade, hoje passa por ser uma
actividade criminosa. Há cada
vez mais difi culdades e não é
pelas razões moralizadoras que
por aí circulam. Dois grandes
responsáveis por esse processo
de ignomínia das fundações são os que abu-
saram do seu estatuto, incluindo grandes
empresas que usaram e usam as fundações
para operações fi scais, e o Estado, que per-
mitiu esses abusos e cometeu ele próprio o
maior, ao usar o estatuto das fundações pa-
ra desorçamentação e para alargar o campo
dos jobs for the boys.
É interessante verifi car que, depois de
um relatório feito com os pés, a maioria das
aberrações continua a funcionar e a única
coisa que vai fi car é uma lei mal feita, cheia
de erros, estatista e prepotente, assente na
desconfi ança do Estado em relação a tudo o
que seja privado, e obrigando as fundações
a gastar os seus recursos mais para manter
uma burocracia interna do que para
prosseguir os fi ns que os seus doadores
pretendiam.
Sim, porque o acto inicial de uma
fundação privada é uma oferta a todos de
bens até então privados, e muitas fundações
podem viver sem dinheiros do Estado.
Podiam, mais do que o que podem, porque
o Estado, em vez de usar a concessão da
utilidade pública como mecanismo de
distinguir quem a tem, de quem apenas a
quer para obter benefícios fi scais, prefere
destruir esse mecanismo de doação aos
portugueses, que é a criar uma instituição
de serviço público, que actua em áreas
onde ou não há dinheiro do Estado, ou
onde a centralização desertifi cou recursos e
oportunidades.
Eu, que fui estúpido em não querer
nunca criar uma fundação enquanto tive
funções políticas, e que sou igualmente
estúpido em vir falar disto em público, vejo-
me agora a braços com uma lei absurda
que só atinge quem quer, como antes se
dizia e agora não se usa, “fazer o bem”, sem
impedir qualquer abuso quer do Estado,
quer daqueles que por aí passam com um
olho, em terras de cegos. Vamos ver como
as coisas evoluem.
Que fazer ao “Gabinete de Curiosidades”? Vender? Doar ao Estado? Criar uma fundação?
José Pacheco Pereira
PÚBLICO, SÁB 3 NOV 2012 | 47
OE, refundação e carta: uma peça em três actos
A política da austeridade, custe o
que custar, falhou. Desde o fi m
do primeiro trimestre de 2012
que se sabia que a execução
orçamental corria mal; as
margens orçamentais iam
caindo a cada nova informação
sobre a queda de receita fi scal.
A receita de IVA, orçamentada
a crescer mais de 12%, caía; o
IRC, o ISP, o IABA, o ISV, entre outros, todos
caíam. Foi sobrevivendo durante algum
tempo a cobrança de IRS. A despesa com
o subsídio de desemprego fi cou quase 23%
acima do executado em 2011. O falhanço
colossal adivinhava-se. Os subsídios de férias
e de Natal dos funcionários públicos e dos
pensionistas emergiram como o instrumento
excepcional para estancar a despesa; o
défi ce sem medidas extraordinárias atinge
praticamente o mesmo valor que em 2011
(também sem medidas one-off ).
A fábula seguinte — o ajustamento do
saldo estrutural primário — cai pela base ao
primeiro solavanco: para além das medidas
do memorando, mais 4 mil milhões de euros
de ajustamento (1,75% do PIB). Depois do
Governo ter aumentado os impostos aos
portugueses em 4 mil milhões de euros. Ou
seja, a expectativa de que o empobrecimento
seja permanente; que a queda de receita
seja estrutural e não conjuntural. Que o
desemprego continue bem acima dos 15%
— que a geração de emprego no futuro não
volte a fazer recuar de forma substantiva a
taxa de desemprego.
A espiral recessiva acentua-se; a estratégia
de empobrecimento procura atingir um
ponto de não-retorno: os pobres, os mais
pobres dos pobres, são os que se seguem
depois da classe média ter sido esmagada
por impostos.
O OE13 é o refl exo do falhanço. E a falta de
credibilidade do cenário macroeconómico
leva-nos a pensar que o Plano B – 0,5% do
PIB – está em marcha. Mais 850 milhões de
euros de ajustamento (do lado da despesa
diz o Governo; veremos). Os impostos
aumentam para tapar o buraco orçamental
e a espiral recessiva. A despesa que cai no
OE13, para além da inscrita no memorando
e constante no Documento de Estratégia
Orçamental apresentado ainda em Maio no
Parlamento, é um conjunto de prestações
sociais (1000 milhões de euros). Que sinal
tão prometedor para o futuro!
Depois do falhanço orçamental, o regresso
aos mercados depende mais do BCE do que
de nós; o falhanço colossal ata-nos, mais que
nunca, a uma solução europeia. O Governo
sabe-o, e confessa-o: fala, pela boca do sr.
primeiro-ministro, do 2.º resgate. Esbraceja,
atolado no falhanço, (já) grita: recomecemos
e refundemos o
memorando. Mas o
quer mesmo dizer é:
o 2.º resgate está em
marcha. Até porque
ninguém acredita
que um primeiro-
ministro responsável
faça uma evocação
do 2.º resgate sem
mais nem menos.
A fuga para frente
tem esta fase de
encenação: dorido
das lutas fratricidas
em torno do OE13,
o Governo lançou
a refundação e
mandou uma carta
ao PS. Será porque
quer adoptar o
outro caminho que
o PS tem proposto?
Ou será que quer
companhia para
insistir na receita
que o trouxe até
aqui? Se for para
insistir no mesmo
caminho, vai
sozinho; como aliás tem estado sozinho
em todas as escolhas fundamentais de
implementação do MoU. Agora, nesta fuga
em frente, chegou a vez do Estado social:
a reforma gizada com os técnicos do FMI
parece ir atacar os pilares da solidariedade e
da igualdade de oportunidades. A educação,
a saúde e as prestações sociais. E aí o
Governo volta a aproximar-se perigosamente
da linha que separa a austeridade da
imoralidade.
A fuga para frente tem esta fase de encenação: dorido das lutas fratricidas em torno do OE13, o Governo lançou a refundação e mandou uma carta ao PS
Secretário Nacional do Partido Socialista
Debate Política de austeridadeEurico Brilhante Dias
O regresso do Povo, com P grande
Para além da origem bíblica
da ideia de povo (o Povo de
Deus), os processos históricos
de secularização progressiva
das sociedades europeias
deram origem a diferentes
conceções acerca do “povo” e
da cultura “folk” (que lhe serviu
de suporte). Pensar o “povo”
enquanto categoria sociológica
implica refl etir sobre a sua relação —
ambígua ou confl itual — com as “elites”.
É claro que essa relação evoluiu ao longo
das épocas, mas, nos dias que correm, e
perante a crise que hoje enfrentamos, a
ideia de povo enquanto sujeito coletivo
ganha uma nova aura e força sociopolítica.
Pode dizer-se que, durante muitos séculos,
fora da “sociedade de corte”, praticamente
só existia o povo — apesar da sua diversidade
e das revoltas pontuais —, que era, em geral,
conotado com “ralé”, miséria, trabalho,
gente “sem eira nem beira”, mas visto
como passivo e submisso (dependendo do
“pão e circo”). Só em ocasiões especiais
(como o carnaval, por exemplo) eram
tolerados às classes populares alguns atos
transgressivos, onde se podiam inverter
pontualmente os papéis. A irreverência
corrosiva do “riso carnavalesco” (bem
retratados por Rabelais e analisados por
Mikhail Bakhtin) podia ainda estender-se
a outros meios populares da Idade Média.
A resistência à ordem vigente e às elites
exprimia-se na blasfémia e no obsceno, na
exibição apoteótica e desregrada do corpo
grotesco, o “corpo baixo” da impureza e
da desproporção, na bebida intoxicante
e na promiscuidade sexual, presentes em
ambientes como a taberna e o bordel, que
nas principais capitais europeias do século
XIX se tornaram atrativos para artistas e
intelectuais, alguns oriundos da aristocracia
decadente, em rutura com as convenções
da boa sociedade burguesa.
Porém, à medida que se consolidou a
modernidade e o Estado burguês, a visão
“exótica” ou bucólica da cultura popular
alternou-se substancialmente. Além da
imagem suja e desbragada, segundo o olhar
da burguesia triunfante, o povo passa a
confundir-se com a “classe trabalhadora” e
cresce-lhe a fama de violento e desordeiro,
pelo que a preocupação principal passou
a ser “localizar, conter e incorporar
as multidões perigosas” (P. Burke). A
Revolução Industrial e as lutas sociais do
século XIX deram um novo protagonismo
à classe operária, erigida em vanguarda
do povo. Do ambiente rural aos centros
urbanos, da pequena tradição às grandes
convulsões de massas e concentrações
fabris, do povo passivo e humilde
ao operariado reivindicativo, com a
institucionalização das nações modernas o
“Povo” afi rma-se como sujeito da história.
Mas foi sobretudo ao longo do século
XX, depois de duas guerras mundiais
que tiveram a Europa como palco, que se
assistiu a uma rápida e nova segmentação
social, com o crescimento do Estado social
e das classes médias assalariadas, o que
signifi cou um esforço de demarcação destas
em relação ao povo, tentando imitar as
elites, em busca de modos de vida urbanos
marcados pela cultura de massas. Embora
nas democracias avançadas as elites políticas
modernas também tenham promovido
novas formas de legitimidade fundadas
na defesa dos mais desfavorecidos e em
melhores padrões de bem-estar e justiça
social para o povo, é sabido que os velhos
desígnios do Iluminismo e da ideologia
social-democrata (que deram corpo a
tais promessas) há muito entraram em
degenerescência, dando lugar a novas
cliques dirigentes que, em pleno século
XXI, recriaram o
desprezo ancestral
para com o povo.
A diferença é que
a displicência
aristocrática foi
substituída pela
arrogância do “novo-
riquismo”, ou seja,
ressurge um novo
ethos elitista, mas
paradoxalmente,
sem verdadeira elite.
A hostilidade
desta nova “casta”,
que alcançou o
poder político
ao colo do poder
económico e
das redes de
interesses, tornou-
se insuportável para quem trabalha. Os
seus tiques, os gestos e desabafos de
ocasião expostos nas imagens televisivas,
são bem ilustrativos do seu absoluto
desprezo pelos “de baixo”. Perante o
acelerado desmantelamento da classe
média e o seu regresso ao rol dos pobres
e precarizados, é bem provável que esteja
iminente o reerguer de um novo sujeito da
mudança, já não o proletariado do século
passado, mas a revolta de uma grande
variedade de camadas sociais — mulheres
e homens de todas as idades, funcionários,
professores, militares, jovens precários,
estudantes, artistas, pensionistas, polícias,
empresários, desempregados, sindicalistas,
domésticas, agricultores, agentes culturais,
sindicalistas, etc. —, ou seja, 38 anos depois
do 25 de Abril, é de novo o Povo (com P
grande) que se ergue, a marcar a distância
abissal que o separa da elite privilegiada.
É bem provável que esteja iminente o reerguer de um novo sujeito da mudança
Sociólogo, Centro de Estudos Sociais – Universidade de Coimbra
Debate Crise e sociedadeElísio Estanque
MIGUEL MANSO
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ESCRITO NA PEDRA
“Toda a instituição passa por três estágios – utilidade, privilégio e abuso”François René de Chateaubriand (1768-1848), escritor francês
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SÁB 3 NOV 2012
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Agência está optimista em relação à banca, mas diz que haverá novo resgate p14
Obra de Cottinelli Telmo, em Lisboa, já é monumento, mas não foi reabilitada Local
Coreógrafa portuguesa leva ao Rio peça que começou a ser criada na Palestina p27
Fitch acredita no regresso dos bancos aos mercados
Estação Sul e Sueste foi classificada e está ao abandono
Filipa Francisco abre maior festival de dança do Brasil
Euromilhões
3 6 10 11 44 3 4
119.000.000€1.º Prémio
SOBE E DESCEJackson Martínez
O avançado colombiano está a fazer esquecer rapidamente Hulk e a
eclipsar recordes no FC Porto. Ontem, frente ao Marítimo, Jackson Martínez bisou, mantendo uma inspiração goleadora que o faz festejar golos há sete partidas consecutivas. Ficou assim por terra o registo de Hulk, que tinha alcançado seis jogos seguidos a marcar. Agora, pela frente, o avançado vai tentar bater o recorde de Jardel e Pena, de nove jogos consecutivos a facturar pelos “dragões”. (Pág 40)
Alberto João Jardim
Habituado às vitórias sem contestação, o líder madeirense não estava à
espera de ser reeleito presidente do PSD/Madeira pela margem mínima. Sobretudo por ser esta a primeira vez que enfrentava um
adversário na corrida interna. Miguel Albuquerque resistiu a uma campanha negativa ao melhor estilo de Jardim. Eleito com apenas 51% dos votos, Jardim conheceu a vitória mais amarga de toda a sua carreira política. (Pág. 6)
Xi Jinping
Xi Jinping ainda não foi nomeado como novo líder da China, o que
acontecerá no 18.º Congresso do Partido Comunista, na próxima semana, mas já há notícias de que o seu consulado será dominado pelos conservadores. Segundo o jornal South China Morning Post, de Hong Kong, na luta entre as duas principais facções do partido, a que é mais avessa à mudança já se declarou vencedora. Num desfecho decidido desde o Verão, o actual líder, Hu Jintao, não conseguiu convencer os partidários do seu antecessor, Jiang Zemin. (Pág. 22)
Ahmadinejad
O Presidente iraniano quis visitar na prisão o seu ex-assessor de
imprensa, mas foi proibido pelo procurador-geral. Acabou por acatar a ordem, dizendo que vai “tolerar pacientemente comportamentos desagradáveis”. Foi mais uma humilhação pública e uma derrota na luta que o opõe ao líder espiritual do país, Ali Khamenei. (Pág. 23)
OPINIÃO
Falta um salvador
O dr. Cavaco Silva, que,
segundo corre por aí, é o
Presidente da República,
desapareceu. Não se vê na
televisão. Os jornais não
falam nele. Anda calado
como um rato e escondido atrás
de uma cortina. A populaça supõe
que o bom do homem continua
em Belém a olhar para o Tejo e
a contar navios. Mas não tem a
certeza. Há gente, armada de
binóculos, que o tenta descobrir
sem o mais vago resultado. E há
Vasco Pulido Valente
gente que perde o seu tempo e a
sua paciência a especular sobre
o que lhe sucedeu, se de facto
lhe sucedeu alguma coisa. Já se
demitiu sem ninguém saber?
Emigrou? Caiu num poço? É um
grande mistério. Por assim dizer,
um mistério histórico. Um facto é
certo: Portugal elegeu um senhor
magrinho para resolver os sarilhos
da pátria e, agora que precisa
dele, ele não está cá.
Isto inquieta sobretudo o
número crescente de políticos
que lhe pedem com fervor a
demissão do governo e nomeação
de outro igualzinho ao da Itália.
De um governo que fosse e não
fosse de “iniciativa presidencial”.
De um governo que fosse e não
fosse uma espécie indígena de
ditadura. De um governo que
tirasse os partidos de cena, sem,
no fundo, os tirar. De um governo
que fascinasse a esquerda e a
direita. E, fi nalmente, um governo
que por muito tempo impedisse
eleições, sem tocar ao de leve na
democracia. Consta que em Itália
o sr. Monti fabricou um governo
desses e que pela Itália inteira só
se ouvem gritos de alegria. Nós
também gostávamos de andar
alegres. Mas, por azar, o sr. Monti,
sendo italiano, não pode vir salvar
Portugal, nem nós, com o nosso
orgulho, nos deixávamos salvar
por um estrangeiro, excepto se
ele pertencesse à troika a que o sr.
Monti não pertence.
Quem irá então ajudar os
portugueses nesta afl ição? O dr.
Soares, que semanalmente suspira
pela chegada desse redentor,
ou guarda muito bem o segredo
ou imagina que o Altíssimo, sob
o pseudónimo de prof. Cavaco,
o escolherá a ele. O general
Ramalho Eanes, agora com um
doutoramento e, portanto, duas
vezes general, anda na cabeça
de alguns profetas. E presumo
que não existem multidões
reclamando o auspicioso
regresso do dr. Jorge Sampaio.
Infelizmente, fora estes, não
se consegue arranjar um chefe
providencial que nos leve sem dor
à felicidade. O que não desanima
os sábios que diariamente oram
por ele na televisão e nos jornais.
Se alguém encontrar D. Sebastião
numa manhã de nevoeiro, por
favor escreva para este jornal.
PEDRO CUNHA
E é amar-te assim, perdidamente … E é amar-te assim, perdidamente …E é amar-te assim, perdidamente … Quarta-feira, dia 14 de Novembro, por mais 12,50€, com o Público.
Uma história de muitos amores.
Qupo
Ud
Edição limitada ao stock existente. A aquisição do produto implica a compra do jornal.
INÉDITO
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