2010 uma equipa - 15 nações · do sul e zimbabwe. os estados-membros ... formação de um governo...

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O MUNDO está virado para aÁfrica Austral este ano, uma vezque região se prepara paraacolher a final da Copa do Mundoem futebol, que vai decorrer deJunho a Julho na África do Sul.

Uma abordagem coordenadafoi adoptada para gerir asactividades relacionadas aodesporto, numa tentativa deaprofundar a integração regional,neste período, e garantir quetodos os Países da região tirembenefícios desta exposiçãointernacional.

O tema é “Uma Equipa - 15Nações”.

Os países vizinhos têm estadoactivamente envolvidos namodernização de uma série deinfra-estruturas, hotéis e renovaçãode estradas e aeroportos paraatender a um aumento súbito donúmero de visitantes.

O programa de promoção deinvestimento, "SADC 2010",fornece uma estrutura paraaproveitar esta oportunidade demercado de activos da região, epara orientar, informar e coordenaras actividades de preparação paraa Copa do Mundo.

Espera-se que esta abordagemcoordenada ajude a região a atrairturistas e investimentos através doreforço de projectos conjuntos,como Áreas de ConservaçãoTransfronteiriças.

Mais de 90.000 fãs efuncionários, principalmente dePaíses qualificados, são esperadosna região, durante a fase final, deacordo com o organismo que regeo futebol mundial, a FIFA. Isto é,além de mais de 400.000 turistasde todo o mundo, que sãoesperadas para visitar a ÁfricaAustral durante o torneio.

O ano começou com um grandeevento continental, o CampeonatoAfricano das Nações, acolhido porAngola, apresentando alguns dosmelhores jogadores de futebol deÁfrica.

O impacto dos novos estádiosem quatro cidades diferentes e oespectáculo de abertura, forammarcados pela emboscada doautocarro que transportava aselecção nacional do Togo do seuacampamento em Pointe Noire, noCongo, para Cabinda, em Angola.

Este ataque ocorreu numaregião remota e não afecta ospreparativos para o eventoprincipal que decorrerá nalongínqua África do Sul, masrepresenta um sinal de aviso paraa necessidade de se estarpreparado para o imprevisto.

continua na página 2...

POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4-5

INFRA-ESTRUCTURAS 6

SEGURANÇA ALIMENTAR 7

ENERGIA 8-9

RUMO A 2010 10-11

GÉNERO 12

ÁFRICA 13

ELEICÕES 14

EVENTS 15

HISTÓRIA HOJE 16

SADC HOJE Vol. 12 No 2 Fevereiro 2010

2010 Uma Equipa - 15 Nações

2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

continuação da página 1...

2010 Uma Equipa - 15 Nações

Mutharika Preside a União Africana

Quatro países da ÁfricaAustral qualificaram-se para acompetição - Angola, Malawi,Moçambique e Zâmbia -, que foiganha pelo Egipto, pela terceiravez consecutiva. Para a Copa doMundo deste ano, o únicoqualificado da África Austral é aÁfrica do Sul.

O o u t r o m o m e n t oimportante para a região é oesperado lançamento, no finaldo ano, da União Aduaneiraregional que visa promover acirculação de bens, serviços einvestimentos através dasfronteiras da SADC.

O lançamento de uma UniãoAduaneira daria início a uma dasmaiores Zonas de ComércioLivre (ZCL) em África, com umapopulação combinada de mais de250 milhões de habitantes. Hádois anos, a SADC lançou umaZona de Comércio Livre, umpasso antes de uma UniãoAduaneira, que permite aosEstados Membros a realização detrocas comerciais entre si, semrestrições, tais como tarifas oucotas aos produtos originários daprópria região.

O ano de 2010 marca um anoapós a crise financeira mundial,cujos efeitos negativos sefizeram sentir em toda a região.A maioria das economiasregionais tem estado a mostrarsinais de recuperação e esperampoder tirar benefícios da Copado Mundo e da UniãoAduaneira.

O esforço para promover acooperação regional através deum amplo acordo de comérciolivre com o Mercado Comum daÁfrica Oriental e Austral(COMESA) e com a Comunidadedos Estados da África Oriental(EAC) poderá melhorar aindamais o comércio da SADC e oambiente de investimento.

A SADC, COMESA e EACiniciaram o processo de criaçãode uma ZCL até 2012,envolvendo 26 países, com vistaa instituição de uma única uniãoaduaneira.

Quanto ao desenvolvimentode energia, o ano de 2010 serácrucial para a região uma vez queo Grupo de Empresas de

Electricidade da SADC (SAPP)vai intensificar a implementaçãode projectos de geração de curtoprazo para garantir arecuperação plena de energia até2013.

Esperava-se que em 2009fossem adicionados um total de2200 megawatts (MW) à rede daSAPP, enquanto que 1000 MWforam projectados para este ano.

Os Estados Membros daSADC esperam aumentar acaptação de mais fontes deenergia limpa que resultam naredução das emissões de carbonoa luz das novas tendênciasglobais no sector de energia.

A energia limpa surge como amais lucrativa fonte de"financiamento de carbono" e aSADC tem um potencial paraimpulsionar a produção deenergia, caso sejam aproveitadosrecursos energéticos como aenergia eólica, solar e hídrica.

A reunião dos Ministros deEnergia da SADC marcada paraAbril, em Angola, deverá darum novo impulso para a regiãono sentido de acelerar ostrabalhos de reabilitação epromoção da eficiência, umavez que antecede a Copa doMundo, num altura em que aregião, especialmente a naçãoanfitriã, pode diminuir as falhasde energia.

Um plano global deverá seraprovado pelos ministros aassegurar que África do Sul e oresto da região tenha umabastecimento adequado deenergia durante a Copa doMundo.

Na frente ambiente, a ÁfricaAustral, juntamente com o restoda África, continuará a negociarum acordo melhor sobre o climadepois de se ter falhado chegara um consenso na recenteCimeira de Copenhaga,Dinamarca.

A África privilegia umaabordagem em que os países emdesenvolvimento beneficiem detransferência de tecnologia,capacitação e financiamento de200 biliões de dólares por ano até2012, em vez dos 100 biliões porano propostos até 2020. (verpágina 3)

O ano de 2010 também servirápara a África Austral se prepararpara a Convenção sobreComércio Internacional deEspécies Ameaçadas da Florestae Fauna Bravia (CITES).

O longo debate global sobreos elefantes Africanos incidesobre os benefícios que a rendada venda de marfim pode trazerpara a conservação e para ascomunidades vivendo lado alado com os elefantes,especialmente nos países quetêm uma grande população deelefantes como Botswana, Áfricado Sul e Zimbabwe.

Os Estados-Membros estãoainda a preparar e a domesticar aratificação do Protocolo da SADCsobre o Género eDesenvolvimento aprovado pelacimeira de Beijing, em 2008, eirão se juntar ao resto do mundona revisão de Plataforma deAcção (PFA) de Beijing +15, quevisa promover a igualdade degénero.

O ANO de 2010 já viu o Malawia assumir a presidência da UniãoAfricana (UA), que estava comLíbia, na Cimeira da UA,realizada na Etiópia.

A presidência da UA érotativa de acordo com as regiõese os líderes da SADC aprovarama candidatura do Presidente doMalawi, Bingu wa Mutharika,antes da cimeira. Ele disse que omandato do Malawi terá comofoco a segurança alimentar, infra-estruturas e energia.

A última revisão, em 2005,mostrou que apesar de marcosimportantes os governos daSADC ainda enfrentam váriosdesafios no cumprimento dasmetas PFA, embora tenham sidofeito um progresso significativo.

A União Africana, na cimeirarealizada o ano passado,declarou que a Década Africanasobre Género iniciava em 2010, ea SADC vai se juntar ao resto docontinente na comemoração dasconquistas alcançadas pelasmulheres ao longo dos anos, bemcomo acelerar a implementaçãode políticas que promovam aigualdade.

No campo político, o ano de2010 traz eleições para pelomenos dois Estados Membros daSADC. A República Unida daTanzania está a preparar-se parair às urnas em Outubro,enquanto as Ilhas Maurícias vãorealizar a sua eleição daAssembleia Nacional, em Julho, eas eleições dos Governos Locaisem Outubro.

As negociações iniciadas pelaSADC para um acordo queobriga o Madagáscar a realizareleições deste ano estão emcurso, mas as partes envolvidasainda não conseguiram honrar osseus compromissos.

No Zimbabwe, um dosprincipais alvos para este ano é aelaboração de uma novaConstituição para substituir a quevigora há 30 anos, um documentoalterado diversas vezes e queresultou das negociações para aindependência em 1980. Oprocesso constitucional estáprevisto no acordo políticoglobal, assinado em 2008 sob amediação da SADC, que levou aformação de um governoinclusivo em 2009.

Angola escreveu a suaprópria página histórica, quandoo Parlamento aprovou a sua novaConstituição a 21 de Janeiro de2010.

O Presidente da RepúblicaDemocrática do Congo, JosephKabila, actual Presidente daSADC, vai entregar a presidênciarotativa ao Presidente daNamíbia, Hifikepunye Pohambana cimeira anual que terá lugarem Windhoek, ainda este ano.(sardc.net) r

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

Expectativas não satisfeitas em CopenhagaAS EXPECTATIVAS para ÁfricaAustral e para o resto docontinente não foram satisfeitasna conferência de Copenhagasobre as Mudanças Climáticas,em Dezembro de 2009.

A Conferência sobre aConvenção Quadro das NaçõesUnidas sobre as MudançasClimáticas terminou sem umacordo juridicamente vinculativo,mas sim um acordo políticodenominado Acordo deCopenhaga.

A África Austral manifestou asua insatisfação com o conteúdodo Acordo uma vez que asexpectativas não foram satisfeitas,especialmente em relação àsmetas de emissão obrigatóriae vinculativa contribuiçõesfinanceiras para enfrentar osimpactos das mudanças climáticascausadas pelo aumento global dastemperaturas médias.

O Acordo que determina queos países desenvolvidos secomprometeram a mobilizarconjuntamente 100 biliões dedólares por ano até 2020 e umaquantia adicional de 30 biliões dedólares para o período 2010-12,para adaptação e mitigação nospaíses vulneráveis, ficou muitoaquém das expectativas daÁfrica.

A África favoreceu umaabordagem em que os paísesem desenvolvimento seriambeneficiários de transferênciade tecnologia, capacitação efinanciamento de 200 biliões dedólares por ano até 2020.

O Acordo faz referênciaaos 50 por cento de reduçãodas emissões dos Paísesdesenvolvidos até 2050,relativamente aos níveis de 1990,sem compromissos imediatos em2020.

"Não dá compromissosjuridicamente vinculativos paraos países industrializados e nãotem metas de médio prazo", dissea Ministro do Meio AmbienteZâmbia, Cathrine Namugala.

A África e o resto dos paísesem desenvolvimento queriamque os países ricos reduzissem asemissões para pelo menos 40 porcento abaixo dos níveis de 1990até 2020.

A África também queriaque os países desenvolvidosefectuassem cortes maisprofundos para atingir pelo

menos 80 por cento abaixo dosníveis de 1990 até 2050.

Embora o Acordo reconheça anecessidade de manter oaumento da temperatura globalabaixo de 2 graus, a África afirmaque novos estudos do climamostram que os perigos sãoainda maiores do que se pensavahá alguns anos atrás.

As elevadas taxas dederretimento dos glaciares,incluindo os do Monte Kilimanjaro- mais rápido do que o registadopelo Painel Intergovernamentalsobre Mudanças Climáticas (IPCC)- são provas evidentes. Como tal, aÁfrica defende que o aumento datemperatura global, deve sermantida abaixo de 1,5 graus.

O acordo também não ofereceum caminho credível paraalcançar o objectivo. O Acordodeixou as promessas nacionaissobre as emissões para seremapresentadas até o final deJaneiro de 2010.

Na tentativa de apaziguar asexigências das nações emdesenvolvimento e dos pequenosEstados insulares, o Acordo, quedeverá ser revisto em 2016,poderia incluir o reforço da metade longo prazo para limitar oaumento da temperatura médiaglobal para 1,5 graus.

O acordo também obriga ospaíses em desenvolvimento parareduções de emissões, mas apenasno contexto do desenvolvimentofuturo. Esses países deveriamreportar os ses cortes de emissõesa cada dois anos.

"Os países desenvolvidosfornecerão as percentagens deredução de emissões, enquantoos países em desenvolvimentofornecerão a acção nacional demitigação. Em Fevereiro [2010],teremos uma ideia justa do queos países estão dispostos aefectuar", disse o presidente doIPCC, Rajendra Pachauri.

Ele também disse que serãotomadas medidas imediatas parausar a apresentação de propostascomo a base para a criação de umacordo juridicamente vinculativodentro de um período razoávelde tempo.

Enquanto o Acordo évoluntário, há um incentivo quepoderia incentivar muitas naçõesem desenvolvimento a aderir,uma vez que há promessas definanciamento para ajudar as

nações pobres a lidarem com asmudanças climáticas.

Batilda Burian da RepúblicaUnida da Tanzânia, disse que aconferência alcançou um estágiopromissor e tem uma boa basepara a Cimeira sobre o Clima queserá realizada no México emDezembro de 2010, apesar de terfalhado acolher a maioria dasrecomendações Africanas.

O Dr Burian disse que paraalém do dinheiro, os paísesAfricanos pediram que deveriamser habilitados tecnologicamentepara que eles possam lidareficazmente com os efeitos dasalterações climáticas, mas nadafoi acordado.

Embora a África do Sul,juntamente com a Índia, Brasil,China e os EUA, tenhamcontribuído para elaboração doAcordo, o negociador da África doSul, Alf Wills, disse que o acordoresultante foi limitado, não só emtermos do que ele fez para salvar oplaneta, mas em termos denúmero de nações que aceitaramque não foram para além dos 28representados nas negociaçõesque se prolongaram pela noite.

Ele porém, disse que o acordopossui elementos positivos quepodem ser aproveitados napróxima ronda de negociações.A África do Sul está emnegociação para reduzir as suasemissões em 34-42 por cento até2020, dependendo do montanteda ajuda concedida.

O acordo também reconheceua necessidade de fornecer fundospara salvar as florestas comoamortecedores de carbono e criarmecanismos de mercado - umareferência aos sistemas decomércio de carbono - parapromover a redução das emissões.

Este compromisso foiconfirmado pela formação doFundo de Mudança ClimáticaCopenhaga que visa patrocinarprojectos ambientais tais como osde reflorestamento.

O Acordo define que apenas ospaíses em desenvolvimento queaceitam o apoio financeiro para osseus projectos de redução devemaceitar a monitoria internacional eo controlo da sua redução.

Embora os resultados deCopenhaga não tenham sidosatisfatórios, alguns delegados aconferência disseram um fracassototal de acordos teria sido pior.

As partes decidiram "tomarnota" do Acordo, em vez deadoptá-lo formalmente eresolveram se reunir novamenteem Bona, na Alemanha, por voltade Junho para uma reuniãopreliminar em preparação para apróxima Conferência das Partes(COP 16), que deverá decorrer noMéxico em Dezembro de 2010. r

P O L Í T I C A

Principais pontos doAcordo de Copenhaga

l As mudanças climáticas são um dosmaiores desafios do nosso tempo.

l Cortes profundos nas emissõesglobais são necessárias de acordocom a ciência e como Foidocumentado pelo QuartoRelatório de Avaliação do IPCCcom vista a reduzir as emissõesglobais de modo a manter oaumento da temperatura globalabaixo de 2 graus Celsius, e tomarmedidas para atingir este objectivoem consonância com a ciência ecom base na equidade.

l Adaptação aos efeitos adversosdas alterações climáticas e aspotencialidades impactos dasmedidas de resposta é um desafiode todos os países.

l Partes do Anexo I comprometem aimplementar individualmente ouem conjunto, o as emissõesdefinidas como meta para 2020

l As Não-Partes do Anexo I para aConvenção vão implementar acçõesde mitigação, incluindo aquelas queserão apresentadas ao secretariadopelas não-Partes do Anexo I.

l O papel crucial de reduzir asemissões, o desmatamento edegradação da floresta foireconhecido.

l Necessidade de realizar váriasabordagens, incluindo asoportunidades de utilizar osmercados e aumentar a relaçãocusto-eficácia para promoveracções de mitigação.

l Adopção de novos e adicionaismecanismos de acesso aosfinanciamentos deve ser fornecidosaos países em desenvolvimento,incluindo um financiamentosubstancial para reduzir asemissões, desmatamento edegradação floresta (REDD-plus].

l Um Fundo Verde de MudançaClimática de Copenhaga paraapoiar projectos, programas,políticas e outras actividades dospaíses em desenvolvimentorelacionados à atenuação, incluindoa REDD-plus , adaptação ,capacitação, desenvolvimento etransferência de tecnologia. r

4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

A REDUÇÃO das importaçõesde Botswana tem levado a umaredução na sua partilha dereceitas anuais da UniãoAduaneira da África Austral(SACU). Embora o Botswanamantenha o seu estatuto desegunda maior economia apósa África do Sul, a sua quotaanual caiu para 5.6 biliões deRands.

O Ministro das Finançase P l a n e a m e n t o d oDesenvolvimento, KennethMatambo, indicou que o din-heiro, embora não o suficiente,será usado para financiar oorçamento do país 2010/2011.

Um funcionário do min-istério disse que a receita actualda SACU anos fiscais 2008/09foram inferiores ao previsto, ouseja, existe um défice na ReceitaExterior comum.

A África do Sul diz ter pro-posto uma revisão da partilhade receitas da SACU durante oConselho de Ministros emSetembro último. A fórmulamostra que o país com a maioreconomia recebe a maiorfatia, quando a receita é dis-tribuída.

A SACU, cujo objectivoprincipal é facilitar a circu-lação transfronteiriça de mer-cadorias entre os Estados-Membros, bem como pro-mover condições de concor-rência leal, é descrita comoestando em ameaça de umcolapso depois da África doSul ter ameaçado retirar-se.

Isso ocorreu depois doBotswana , Lesotho eSwazilândia terem rubricadoum acordo interino de ParceriaEconómica (APE) com a União

um acordo total, quando asquestões pendentes estiveremresolvidas. Essas questõesincluem a cobertura docomércio do acordo, ascláusulas de não discriminação,os impostos de exportação, asgarantias e regras de origem.

As negociações sobre asmedidas sanitárias e padrõesfitossanitários (SPS) e BarreirasTécnicas ao Comércio (TBT),assim como as relativas à

facilitação do comércioestão próximas de umacordo.

F o r a m f e i t o sprogressos significativosna agricultura e serviços.Discussões sobre ocomércio de outras áreasrelacionadas, tais comoi n v e s t i m e n t o s ,propriedade intelectual,compras governamentais,o desenvolv imentosustentáve l ou aconcorrência estão emcurso. r

NEGOCIAÇÕES ENTRE ospaíses da África, Caraíbas ePacífico (ACP) e a UniãoEuropeia, sobre Acordos deParceria Económica (APE),ainda estão em curso, emboracom alguns desafios sobre umasérie de questões.

Os APE estão sendonegociados pela ComissãoEuropeia (CE), em nome daUnião Europeia (UE), com seisgrupos regionais de África,Caraíbas e do Pacífico (ACP).Quatro dos grupos estão naÁfrica.

Os grupos africanos são aSADC, a Comunidade dosEstados da África Austral eOriental (ESA) ou o MercadoComum da África Orientale Austral (COMESA),Comunidade Económica dosEstados da África Central(CEMAC) e da ComunidadeEconómica dos Estados daÁfrica Ocidental (CEDEAO).

A participação nestesgrupos africanos de negociaçãonão é exactamente a mesmocomo a das ComunidadesEconómicas Regionais (CER),conhecidos por esses nomes.

Por exemplo, o grupo daSADC não é constituído portodos os Estados-membros daCER. O grupo de negociaçãoda SADC é constituído porAngola, Botswana, Lesotho,Moçambique , Namíbia ,Swazilândia e da RepúblicaUnida da Tanzânia - agoradesignado por "SADC Sete"por parte da equipe denegociação da CE.

A África do Sul participa domesmo grupo da "SADC Sete",no entanto, apenas como umobservador, uma vez que o paísjá tem acordos comerciais coma Europa.

O Malawi, Maurícias,Madagáscar, Zâmbia eZimbabwe negoceiam atravésdo grupo ESA/COMESA,enquanto a Repúbl icaDemocrática do Congo está nogrupo CEMAC.

Alguns membros doCOMESA não estão a negociaros APE, como o Egipto e aLíbia, que também têm acordoscomerciais com a Europa.

Os especialistas atribuemesta abordagem fragmentadados APE, como um grandeobstáculo para o processo denegociação. Eles argumentamque um acordo pode seralcançado se a África negociarcomo um bloco único.

Eles argumentamainda que os APEdevem apoiar a integraçãoregional e continental,entre os países Africano enão prejudicá-las.

Iniciados há algunsanos atrás, os APEsão projectados parapromover o comércio livreentre a UE e os países daACP.

Os APE oferecemisenção aduaneira ,quotas livres e o acessode todas as exportações

Botswana reduz partilha receitas da SACU

C O M É R C I O

de África, com períodos detransição para produtos comoarroz e açúcar. Emcontrapartida, o continentetambém deve liberalizar o seumercado às importações daUE.

Um número de países daÁfrica, incluindo a África doSul, bem como as ilhasMaurícias e o Zimbabwe,assinou os APE interinamente,indicando que eles iriam apoiar

Europeia (UE) em que a UE iráoferecer a SADC quotas deacesso ao mercado livre paratodos os produtos. A África doSul e Namíbia, atrasaram aassinatura do acordo.

Segundo um estudo recentedo Instituto para oDesenvolvimento de AnálisesPolíticas do Botswana(BIDPA), os APE podem dis-solver a SACU uma vez quetodos os membros da SACUsão também membros daSADC.

Isto surge após o Acordo deComércio Livre da SADC terentrado em vigor em Janeiro de2008 com 85 por cento de todoo comércio de mercadorias tersido liberalizado, devendo-seeliminar linhas tarifáriasremanescentes até 2012.(Botsuana Gazette) r

Negociações África-UE sobre Acordos de Parceria Económica

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

OS PAÍSES da África Australdefendem a Convenção sobre oComércio Internacional deEspécies Ameaçadas deExtinção (CITES), prevista paraMarço, em Doha, no Qatar.

A CITES tem provocado umlongo debate global sobre oselefantes Africanos comdestaque nos benefícios que asreceitas provenientes da vendade marfim podem trazer para aconservação e para ascomunidades que vivem lado alado com os elefantes.

O debate centra-se tambémnas preocupações sobre se alimitação das vendas demarfim pode encorajar a caçafurtiva. Na última reunião daCITES, quatro países da ÁfricaAustral com populaçõesde elefantes - Botswana,Namíbia, África do Sul eZimbabwe - receberam

A ECONOMIA das Mauríciasdeverá crescer 4,5 por cento em2010, contra uma previsãoanterior do governo de 4,3 porcento, salvo qualquer mudançapolítica ou choques externosimportantes, afirmou o chefedo Canco Central.

O Governador RundheersingBheenick disse que uma revisãoem alta para a economia global,feita pelo Fundo MonetárioInternacional (FMI), vaiproporcionar um grandeempurrão à ilha do OceanoÍndico com cerca de 10 biliões dedólares para a economia.

"Parece que o recuperação[global] será robusta e nós sópodemos beneficiar com isso",disse Bheenick.

"Embora haja algumaspreocupações sobre o tempo e a

coordenação de estratégias desaída nos mercados maisimportantes, não acreditamosque haja qualquer risco de umdeclínio ou estagnaçãoprolongada".

O Crescimento do produtointerno bruto caiu para 2,8 porcento em 2009, uma médiaacima de 5 por cento m relaçãoaos três anos anteriores, umavez que a procura dasprincipais exportações caíram ea demanda do consumidorlocal reduziu.

A Ilha do Oceano Índocoexporta têxteis e açúcar e é umdestino turístico popular paraos visitantes da Europa,África, Médio Oriente e Ásia.Ela também tem umsector financeiro próspero.(Allafrica.com) r

direitos restritos ao comérciode produtos de marfim, comoalternativa a uma proibiçãototal, em reconhecimento dosseus esforços de conservação.

Falando antes da convenção,a Namíbia, República Unida da

Tanzânia e a Zâmbia, disseramque também devem serpermitidos a efectuar ocomércio de marfim. O negócioé limitado a um único leilão demarfim.

"Vamos apoiar a proposta daTanzânia e da Zâmbia, porqueestá em linha com a nossafilosofia de utilizar os nossosrecursos naturais de formasustentável", disse o Secretário

Economia das Maurícias vaicrescer 4,5 por cento este ano

Debswana pretende atingir 20milhões de quilates em 2010

Permanente da Namíbia para oMeio Ambiente e Turismo,Kalumbi Shangula disse.

Os três países pediram aCITES para considerar alistagem das suas populaçõesde elefantes do Anexo I até oApêndice II.

O Apêndice I, proíbe todo ocomércio de animais e espéciesde plantas, enquanto que oapêndice II permite o comérciocaso seja monitorado.

Tal como nas reuniõesanteriores, alguns paísesAfricanos, como Quénia e Mali,poderão se opor à proposta deÁfrica para o comércio demarfim, argumentando quequalquer re tomada docomércio de marfim poderiaresultar em mais elefantes deserem abatidos.

Se países da África Australconseguirem ter uma únicavenda, seria a terceira vezdesde que a proibição mundialentrou em vigor em 1989, apóso extermínio dos elefantes naÁfrica Oriental em 1980. r

Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES)

África Austral procura leilão de marfim

C O M É R C I O

O GIGANTE do Botswana na mineração de diamantes, DebswanaDiamond Company, diz que o seu plano é produzir pelo menos 20milhões de quilates de diamantes em 2010, o que representa cercade 60 por cento da sua produção normal.

A Gestora para Assuntos Públicos e Corporate, KanaimbaEsther-Senai, disse que apesar do mercado de diamantes continuarem recuperação com a desaceleração económica global, a empresaestá pronta para responder à demanda de mercado e aumentar aprodução.

Ela disse que a empresa produziu cerca de 17,1 milhões dequilates de diamantes em 2009, o que equivale a cerca de 50 por centode seu nível normal em comparação com os 33,6 milhões quilates que

produziu em 2007, e está prontopara responder à demanda domercado.

Indicou, no entanto, que,com base nas tendênciasactuais, a produção poderáatingir uma capacidade plenasomente no ano de 2012.(Mmegi) r

A população de elefantes deve ser mantida a níveis administráveis

Teste de Gautrain previsto para Março

OPERAÇÕES EXPERIMENTAIS do sistema ferroviário deGautrain estão previstas para começar em Março, no troço entre aEstação de Sandton, em Joanesburgo, e o Aeroporto InternacionalOR Tambo.

Segundo a porta-voz, Dra. Barbara Jensen, o consórcio Bombelaesperado concluir as 10 semanas de teste Maio.

Embora, nos termos do contrato, a data de conclusão daprimeira fase seja 27 de Junho, Bombela disse que essa data poderáser antecipada por um mês, de modo a permitir que linha esteja aodo serviço público muito antes do início da Copa do Mundo emFutebol, prevista para Junho.

Todos os trabalhos de instalação eléctrica e mecânica foram con-cluídos, faltando apenas alguns equipamentos de colecta automáti-ca de tarifas.

A terminal do Gautrain em Midrand, deverá ser concluída emFevereiro. Estações no aeroporto, Rhodesfield, Marlboro e Sandtonestão previstas para a sua conclusão antes do final de Maio.

A faixa de instalação para a segunda fase deve ser concluída atéo final de 2010, bem como o fornecimento de energia e trabalho dedistribuição.

A totalidade da linha da estação Park, em Joanesburgo, Hatfield,em Pretória, juntamente com todas as infra-estruturas está previstapara conclusão em 2011. (Railways Africa)r

6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

A SADC está aberta a iniciativasde investidores do sectorprivado interessados emconstruir infra-estruturasbásicas, tais como corredores detransportes, projectos deabastecimento de água e energia,tecnologia de informação ecomunicação e áreas deconservação transfronteiriça.

Falando numa reunião deinvestimento em Luanda, oSecretário Executivo Adjunto daSADC, João Caholo, disseque aqueles que querem investirem qualquer um dos 15 paísesda Comunidade devem visitaro Secretariado da SADCem Botswana para obtermais informações sobre osprojectos.

Ele disse que a região tem umpotencial para ser um produtor

de excedente de energia eléctricae outros sectores, mas hánecessidade de se criarcondições legais adequadas paraatrair investimentos.

No que diz respeito aoturismo, Caholo disse que o

I N F R A - E S T R U C T U R A S

A UNIÃO Africana anunciouplanos para criar um bancod e i n v e s t i m e n t o p a r afinanciar empreendimentos dosector privado no interiordo continente, como partedos esforços para colocaro continente no caminhod o c r e s c i m e n t o eindustrialização.

O Comissário da UA paraos Assuntos Económicos,Maxwell Mkwezalamba, disse

que as negociações sobre aformação do banco dedesenvolvimento continentalestavam em andamento parapermitir o acesso do continentepara os investidores de capitalmuito necessário para financiariniciativas de desenvolvimento.

" O s o n h o d aindustrialização de Áfricaseria impensável na ausênciado sector privado", disseMkwezalamba na sessão deabertura do Fórum Africanodo Sector Privado, convocadopara explorar iniciativasc o n t i n e n t a i s p a r a aindustrialização de África.

Líderes africanos da áreacomercial, incluindo osbanqueiros, financeiros, chefesde empresas de telefonia móvel,executivos das companhiasaéreas e especialistas emsegurança, se reuniram nocentro da UA para discutiroportunidades de investimentodisponíveis em África.

O fórum teve comoobjectivo sensibilizar apopulação Africana sobre osesforços anti-corrupção, umdos aspectos necessários paraacelerar o processo deindustrialização, além de tentardinamizar a integraçãoeconómica da África, criandorelações de trabalho com osector privado de África.

Mkwezalamba disse que asempresas do sector privado docontinente, são incapazes decompetir em escala global porcausa de sua incapacidade deproduzir bens industrializadosem grande escala.

Além disso, segundo ele, asindústrias Africanas são muitasvezes afectadas por políticas deinvestimento mais pobres.

"O sector privado temum papel fundamental na

industrialização de África. Opotencial para o sector privadop a r a e m p u r r a r aindustrialização de África,através de investimentos eminfra-estrutura e educação podetornar África mais competitiva ".

Ele disse que a África estápronta para beneficiar do direitoa políticas de investimento, dosinvestimentos para a prevençãode impactos da mudançaclimática como a seca e combateà corrupção , caso osrepresentantes do sector privadodo continente direccionem osseus investimentos em assuntosde responsabilidade socialrelacionados com as alteraçõesclimáticas.

O Ministro da Indústria daEtiópia, Tadesse Haile, disseque o sector privado era a únicaesperança da África para aindustrialização, devido à faltade investimentos crescentesque a maioria dos estadosAfricano enfrenta, deixandop o u c o o u n e n h u mfinanc iamento para osinvestimentos adicionais emestradas, energia e educação.

"Os const rangimentosorçamentais tornam mais difícilpara a África investir em infra-estrutura, é por isso queexigimos que o sector privadotrabalhe connosco formandoparcerias público-privadas",disse o ministro etíope disseaos delegados.

Ele disse que sector privadode África, na sua forma actual,é "fraco e fragmentado"e incapaz de competir,acrescentando que isso poderiaser resolvido se os governostrabalhassem juntos paraeliminar os procedimentosfiscais e assegurar regrasd e i n v e s t i m e n t o n ã odiscriminatórias (Africanews) r

trabalho está sendo feitopara atrair os turistas que vêmpara a África para oCampeonato Africano dasNações em Angola e para aCopa do Mundo, na África doSul.

A reunião de investimentofez parte da "SADC 2010"programada para assegurarque a região tire benefícios deexposição internacional com arealização dois grandes eventosem 2010. (Angola Press) r

Região aberta a investimentos

União Africana cria banco de investimento

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

Por Egline Tauya

AS PREVISÕES climáticasdivulgadas para Janeiro a Marçode 2010 mostram a ocorrência demuita chuva na maior parte daÁfrica Austral do que naprimeira metade da épocaOutubro a Dezembro de 2009.

As previsões são aindalargamente consistente com aprevisão do 13º FórumRegional de Previsão Climática(SARCOF-13), realizado emAgosto de 2009.

Como previsto peloSARCOF 13, é esperada chuvanormal para acima de normalem toda a metade norte daSADC continental, Madagáscare Ilhas Maurícias, com algumasáreas que recebem precipitaçãoacima do normal para normal.

Isto abrange partes do nortede Angola, Botswana ocidental,República Democrática doCongo, sul do Lesotho, Malawi,regiões mais setentrionaisde Moçambique, partes daNamíbia oriental, partes do sulda África do Sul, RepúblicaUnida da Tanzânia, Zâmbia emetade do norte do Zimbabwe.

Os peritos do clima nessasr e g i õ e s j á e f e c t u a r a madvertências do risco deinundações.

No entanto, no resto da sub-região poderão ocorrer chuvasabaixo do normal ao normal.

Em consonância com aprevisão anterior, isto abrangeoriental Botswana, norte doLesotho, sul de Moçambique,Norte da África do Sul,Swazilândia e sul doZimbabwe.

As áreas com uma altaprobabilidade de chuva normalpara abaixo do normal incluemo sudoeste de Angola, Namíbiae ocidente e sudoeste da Áfricado Sul.

Do ponto de vista agrícola, otempo seco ocorre quando aschuvas são mais necessáriaspelas culturas, nomeadamentecereais, afectando assimnegativamente a produçãoagrícola.

Especialistas em climasalientam que esta actualizaçãosó é relevante para prazosde três meses e áreasrelativamente grandes.

Podem ocorrer variaçõespor isso os usuários destaprevisão são aconselhados acontactar os serviços nacionaisde meteorologia e hidrologiapara a sua interpretação (omapa abaixo apresenta algunsdetalhes).

A previsão de chuvas foielaborada por cientistas doclima de serviços nacionais demeteorologia e hidrologia daregião da SADC, bem comodo Centro de Monitoramentode Secas e do InstitutoInternacional de Pesquisa parao Clima e Sociedade.

Ao desenvolver asperspectivas, os peritos tem emconta as anomalias detemperatura da superfície domar sobre o Oceano Pacífico,Índico e Atlântico, bem comooutros factores que afectam oclima da região da SADC,incluindo os processos decirculação atmosférica doOceano ,Indico que trazemhumidade para a região.

Tendo em conta estesfactores, o tempo pode ser maishúmido do que em condiçõesnormais, em algumas partes daregião e mais seco que o normalem outras partes, tudo istoassociado aos efeitos dofenômeno El Niño.

O impacto do El Niño naregião da SADC tem variado deforma significativa em suagravidade , a inda quegeralmente tem um impacto namaior parte do sul da região.

El Niño, historicamentecria condições meteorológicasextremas na África Austral, istoé, inundações e secas.

Condições médias maisquentes que persistiram noPacífico tropical desde Junhode 2009 e as condições de ElNiño estão bem estabelecidascom os modelos de projecçãode persistência até Abril / Maiode 2010.

Anomalias de temperaturada superfície do mar tornou-sepositiva desde 2009, emconsonância com os anos de ElNiño.

El Niño se refere à fasequente da oscilação natural datemperatura da superfície domar no Oceano Pacífico tropical,enquanto o La Niña refere-se àfase de resfriamento da mesmaoscilação de temperatura dasuperfície do mar.

Estudos de dados históricosdo clima mostram que avariação recente de El Niño éprovavelmente ligados aoaquecimento global.

Os dados mostram quedurante as últimas quatrodécadas, o número de eventosEl Niño aumentou, enquanto onúmero de eventos La Niñadiminuiu.

O fenômeno normalmenteocorre aproximadamente a cadaquatro a sete anos, mas osúltimos quatro El Niños,incluindo o actual, têm ocorridoa cada dois ou três anos.

S E G U R A N Ç A A L I M E N T A R

Previsão climática aponta para uma época de chuva melhorEspecialistas em clima

notam que a actual condiçãode El Niño é bastante fraca enão apontam necessariamentepara uma seca no sul daÁfrica.

Também há previsão deuma diminuição das condiçõesde El Nino 90-50 por cento atéJunho de 2010, quando ascondições de La Niña estãoprevistas para começar aaumentar.

Os peritos do climaobservam que chuva abaixo denormal não significa uma seca etambém acima do normal nãosignifica inundações. Hámuitos factores climáticos queentram em jogo.

Chuvas acima do normalsão definidas como sendoo terceiro período mais chuvosono prazo de quantidadesd e c h u v a s r e g i s t r a d ohistoricamente, enquanto abaixodo normal é o mais seco noterceiro volume de chuvanormal e sendo o terço médio.(sardc.net) r

January-February-March 2010 SADC rainfall outlook

Os números de cada zona indicam as probabilidades de chuvas. O número superior indica aprobabilidade de ocorrência de precipitação na categoria acima do normal, no meio, o número éde normal e no fundo é para abaixo do normal. Como tal, as frases “normal a acima donormal" e "acima do normal ao normal" não podem ser comparados.

8 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

Expansão do acesso a energia na África Austral e Oriental

E N E R G I A

Botswana e Zimbabwe planeiam construir oleodutoO BOTSWANA e Zimbabwe planeiam construir um oleoduto ligando ascidades de Harare e Francistown.

"Os nossos Ministros de Energia reuniram-se o ano passado, emFrancistown, e concordaram em trabalhar juntos no impulso dacooperação regional. O oleoduto ligando Gaborone e Harare é um dosprojectos que estão a ser analisados", informou o Ministériozimbabweano de Energia e do Desenvolvimento Energético.

O Secretário Permanente do Ministério, Justin Mupamhanga, foicitado pela imprensa local dizendo que "um memorando inter-

governamental de entendimento está sendo finalizado e apresentará oquadro sobre a execução do projeto."

O gasoduto Harare a Gaborone será uma continuação do actual gasodutoHarare-Beira que serve para a importação de combustível para o Zimbabwe.

"O Botswana está a considerar o transporte de seus fornecimentos decombustível através da Beira, como alternativa à África do Sul,necessitando por isso a construção do gasoduto", disse Mupamhanga.

“Há também uma grande análise que o Botswana parte está a efectuar nosentido de trazer o combustível por meio rodoviário e ferroviário enquantose aguarda pela finalização do projeto do gasoduto", disse ele. r

UM IMPORTANTE projecto de conversão do gás proveniente do lixodoméstico em electricidade foi oficialmente lançado na África do Sul.

O primeiro em África, o projecto vai produzir electricidade suficientepara milhares de casas pertencentes a pessoas com rendimento médio.

Este projecto irá também injectar dezenas de milhões de Rands para oscofres da cidade através da venda de energia eléctrica e créditos de reduçãocertificada de emissões, também conhecidos como créditos de carbono.

Mas o verdadeiro vencedor será o meio ambiente. Milhões de met-ros cúbicos de gases de efeito estufa, que seriam emitidos para a atmos-fera a cada ano, contribuindo para o aquecimento global, serão agoraconvertidos em energia limpa.

O projecto está actualmente a funcionar em Marianhill e em LaMercy, e será estendido para o maior aterro Road Bisasar.

Falando na cerimónia de lançamento oficial, a Ministra da Energia,Dipuo Peters, disse que o projecto vai acelerar a utilização de energiasrenováveis e lidar com os desafios da energia, acrescentando que é umaparte importante da visão estratégica do governo para ser mais susten-tável e lidar coma as alterações climáticas.

Ela disse que o governo reconhece que a energia renovável con-tribuirá significativamente para a segurança do aprovisionamento deenergia através do aumento da diversificação das fontes de energia,ampliando o acesso aos serviços de energia e contribuindo para odesenvolvimento sustentável através da boa utilização dos recursos deenergia limpas.

"Um número de fontes de energia renováveis e tecnologias estãodisponíveis na África do Sul, mas a maioria ainda precisam ser desen-volvidas para o aproveitamento do seu pleno potencial."

O ZIMBABWE está abrindo suas portas para investidores para o sector deenergia, afirmou o Ministro da Energia e Desenvolvimento, EngenheiroElias Mudzuri, acrescentando que o governo está a considerar concederisenções fiscais para os investidores dispostos a participar nodesenvolvimento de grandes projectos de energia no país.

Mudzuri disse aos delegados a Conferência da Semana de Energia naÁfrica Austral, em Joanesburgo, África do Sul, que o governo espera atrairinvestidores para participarem no desenvolvimento do sector da energiaatravés de parcerias público-privadas ou qualquer outro modelo de empresasmistas, bem como a participação de produtores independentes de energia.

O país produz cerca de 1.100 megawatts de electricidade em média,com um pico de demanda de cerca de 2.100 MW.

Mudzuri disse que o governo adoptou medidas de curto prazo para tentaratenuar a escassez atual, notando que isso incluía a reabilitação de umnúmero de centrais de energia e sistemas de transmissão e distribuição.

Existem também planos para expandir a estação térmica de Hwange em600MW e a central hidroeléctrica de Kariba em cerca de 300MW. Háainda um potencial para expandir a capacidade de produção de energiaatravés de projectos hidroeléctricos, que poderiam fornecer umaquantidade adicional de 5.000 MW.

Isso inclui o projecto do desfiladeiro Batoka sobre o rio Zambeze, queenvolve a Zâmbia e o Zimbabwe.

Outros pequenos projectos hidroeléctricos que poderiam serconstruídos perto de pequenos rios e represas pode adicionar mais de200MW à capacidade de produção do País.

Mudzuri notou que o Zimbabwe está à procura de produtoresindependentes de energia para ajudar a desenvolver ou criar essesprojectos, dizendo que os produtores não têm necessariamente queexportar a energia para a rede nacional.

O Zimbabué está também pesquisar fontes de energia renováveis, comosolar, eólica, bio massa e bagaço. A empresa nacional de fornecimento deelectricidade precisa de cerca de 385 milhões dólares para actualizar esubstituir equipamentos vandalizados, enquanto o Banco Mundial colocouo custo de reabilitação da central térmica de Hwange na ordem dos 135milhões de dólares. (The Herald) r

Ele disse que o projecto poderá ser executado por uma empresa estatalbrasileira e outras três empresas daquele País sul-americano. Disse queoutras empresas da Coreia do Sul e da Alemanha também manifestaraminteresse de executar o projecto.

O empreendimento que será erguido numa base de 50/50 pelaNamíbia e Angola, que irão partilhar a electricidade produzida.

"A construção levará entre cinco a oito anos, e poderá iniciar emMarço uma vez que todos os estudos de viabilidade foram já concluídos",disse ele. (The Namibian) r

NAMÍBIA E Angola planeiam iniciar a implementação de um projectoconjunto de construção de uma hidroeléctrica, avaliado em U. 7 biliõesde dólares, num rio que corre ao longo da sua fronteira comum, para pro-duzir 400 megawatts de electricidade, afirmou um alto funcionário dogoverno.

O vice director da Electricidade no Ministério Namibiano de Minas eEnergia, Daniel Zaire, disse que a implementação do projecto HidroEpupa, no rio Cunene, vai iniciar ainda durante este ano.

Namíbia e Angola projectam construir uma hidroeléctrica

Zimbabwe abre portas a investidores de energia

Cama

Nigéria Ghana

Mali Níger

Guiné

Serra Leoa

Libéria

Costado

Marfim

Gab

Gás para projecto de electricidade aumenta disponibilidade de energia renovável na África do Sul

Esca

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

E N E R G I A

Peters disse que enquanto o projecto vai lidar com a gestão de resíduos edemanda de energia, também espera-se uma redução da pobreza através dacriação de oportunidades de emprego, melhoraria da situação da saúde e daqualidade do ar, reduzindo a libertação de gases com efeito de estufa prejudi-ciais, e contribuindo para plano de desenvolvimento de competências no País.

Este projecto recebeu 17.3 milhões Rands através do Programa de Infra-estruturas Essenciais do Departamento de Comércio e Indústria.

A receita total do projecto é estimada em cerca de 4.5 milhões Randspor mês, obtidos a partir da venda de créditos de carbono e da venda deelectricidade. (BuaNews) r

MOÇAMBIQUE E a Índia estão a investir na construção de uma fábricade painéis solares no Parque Industrial de Belulune, arredores deMaputo, com um orçamento de 10 milhões de dólares.

O Ministro da Energia, Salvador Namburete lançou a primeira pedrapara a construção da nova fábrica em Dezembro de 2009. As obras vãodurar um ano e quando a fabrica estiver em pleno funcionamento poderáempregar 70 pessoas, incluindo 15 engenheiros formados na Índia.

Ele disse que, inicialmente, as matéria prima para a montagem dospainéis solares será importado da Índia, mas espera-se que, mais tarde,algumas empresas de Moçambique sejam identificadas para a produçãode alguns componentes.

Actualmente, Moçambique importa os painéis solares usados parafornecer energia elétrica para escolas, postos de saúde e outrasinstituições públicas que não estão ligados à rede eléctrica nacional.

Namburete disse que a iniciativa de construir a fábrica surge comoparte da estratégia do governo para usar todos os recursos energéticosdisponíveis, incluindo a energia solar e outras energias renováveis, parao desenvolvimento do país.

Esta é apenas a primeira fábrica, acrescentou, uma vez que nãopoderá servir todo o país. "Queremos que esta iniciativa a ser repetidaem outras partes de Moçambique." (AIM) r

Lançada a primeira pedra para a fábrica depainéis solares

Quénia, Tanzânia, Zâmbia com lig-ação de energia em cursoA TANZÂNIA e o Quénia chegaram a um acordo com a Noruegapara realizar um estudo de viabilidade para a construção de umalinha de transmissão para ligar os dois países.

O projecto conjunto, que envolve também a Zâmbia, estáestimado em 860 milhões de dólares. A Zâmbia autorizou os doispaíses a tomar a iniciativa de apresentar formalmente o projecto apotenciais financiadores e doadores.

Quando estiver em funcionamento, o projecto prevê a criação deum mercado de troca de energia entre os três países que formam aespinha dorsal para uma troca de energia regional, que se tornaránuma fonte de abastecimento de baixo custo e excelente no uso dosrecursos energéticos.

A interligação também fortaleceria o comércio de electricidadeno Grupo das Empresas de Electricidade da África Austral (SAPP)através da interligação Zâmbia-Tanzânia e a Rede de empresas deElectricidade da África Oriental (EAPP) através da interligaçãoEtiópia-Tanzânia.

O SAPP e a EAPP são organismos regionais que coordenam oplaneamento, produção, transporte e comercialização deelectricidade em nome das concessionárias no Estados Membros dassuas respectivas regiões.

Em um comunicado divulgado pelo Quénia e pela RepúblicaUnida da Tanzânia após a assinatura de um acordo de concessãocom a Noruega, em Dezembro, os dois países disseram que osestudos de viabilidade e de impacto ambiental teriam lugar em Maio.

A Embaixada Real da Noruega, na Tanzânia, vai financiar os estudosque deverão durar 15 meses a um custo de 3.4 milhões de dólares.

“A interligação terá início a partir de uma subestação de 400kVlocalizada em Isinya, cerca de 40 quilómetros ao sul de Nairobi paraSingida, na Tanzânia, onde uma subestação de 400kV foi já planeadapela Tanesco através de Arusha”, refere o comunicado,acrescentando que a linha terá um comprimento de 510 km.

A interligação deverá ser ligada à futura linha entre o Burundi,leste da República Democrática do Congo, Quénia, Uganda eRuanda, que deverá estar operacional em 2014, a luz do Programade Acção para a região dos Lagos Nilo Equatorial (NELSAP).

O programa de acção visa entre outras coisas, promover oinvestimento no desenvolvimento de energia, transmissão de energiae comércio nos Lagos Nilo Equatorial. Os Países que fazem parte doNELSAP são Burundi, Egipto, Quénia, Ruanda, Sudão e Tanzânia.

A interligação também vai permitir outras futuras ligaçõesprevistas na região da SADC pela SAPP.

Essas ligações incluem a Rede do Corredor Central de Transmissãoque envolve o Botswana e o Zimbabwe, as linhas de transmissão deMoçambique e as linhas do projecto de transmissão Zimbabwe,Zâmbia, Botswana e Namíbia (ZIZABONA).

A região da SADC está a avançar para a construção de maisinterligações de transmissão entre os Estados-Membros para garantirque os países beneficiem das novas capacidades de produçãoinstaladas em várias partes da região.

SADC ainda não está totalmente interligada porque Angola,Malawi e a República Unida da Tanzânia ainda não estão ligados àrede eléctrica regional.

Isto significa que qualquer capacidade instalada de produção deenergia em qualquer um dos três países não pode ser realizada pornove membros SAPP, ou seja, Botswana, República Democrática doCongo, Lesotho, Moçambique, Namíbia, Swazilândia, África do Sul,Zâmbia e Zimbabwe.

Instalar interligações na região também criará novos corredoresque podem apoiar o desenvolvimento industrial e melhorar asegurança energética em outras partes da região, semnecessariamente ser sufocada por sobrecargas nas linhas detransmissão existentes. r

RepúblicaDemocrática

do Congo

Angola

NamíbiaBotswana

Zâmbia

Zimbabwe

Malawi

Etiópia

Uganda

SudanChad

RepúblicaCentro Africana

arões

Congobão

Somália

Quénia

BurundiRwanda

Tanzania

Moçambique

Madagáscar

África do Sul Lesotho

Swazilândia

Maurícias

Seychelles

Sistema da rede existente Estação térmica

Futura rede Sistema de bombagem

Cidade capital Central hidroeléctrica

Porto Central de energia nuclear

Fonte: Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral

ala

R U M O A 2 0 1 0

Swazilândia prepara-se para a final da CopaMundial em Futebol2010

DOIS TERÇOS dos bilhetesdisponíveis para o ingresso aosestádios onde serão disputadosos jogos da fase final da Copa doMundo em Futebol, na África doSul, foram já vendidos depois detrês das cinco fases de venda debilhetes.

A terceira fase de venda debilhetes, terminada no dia 1 deFevereiro, recebeu um total de1.206.865 pedidos de 192 países.

Os ingressos referentes aseis partidas, entre elasas meias-finais e a final, foramjá vendidos. No total, osingressos para 55 jogos sãovendidos em pelos menos umacategoria.

Houve grande interesse dosresidentes Sul Africano, querepresentavam 79 por cento dototal dos pedidos recebidos(958.381) nesta fase.

Isto representa um aumentode 24,9 por cento dos pedidos demoradores da África do Sul, naterceira fase de vendas quandocomparado ao anterior ciclo debilheteira.

Para além do país anfitrião,os Estados Unidos lideraram aclassificação da concorrênciaaos bilhetes para a terceira fase,com 50.217 pedidos, seguido

pelo Reino Unido (41.529),Austrália (15.523), México(14.804), Alemanha (14.647) eBrasil (10.767).

Um maior interesse foitambém observado nos paísesvizinhos da África do Sul,Botswana que lidera com 2.519pedidos de bilhetes, seguido deMoçambique (1.795) e Namíbia(1.191).

A SWAZILÂNDIA está aintensificar os seus esforços paraatrair os turistas que tencionam sedeslocar este ano para a África doSul, para a fase final da CopaMundial em Futebol 2010.

O Director Executivo doComité Organizador Local daSwazilândia, Apollo Maphalala,disse que questões como asegurança foram reforçadas paramelhorar a segurança.

Ele disse que estão em cursoesforços para facilitar as actividadesde todas as fronteiras nacionaisdurante 24 horas por dia paragarantir uma melhor circulação depessoas durante a fase final.

Ele disse que Moçambique,África do Sul e Swazilândia estãotrabalhando em pacotes de turismopara atrair mais visitantes. Elesserão capazes de ter "pequeno-almoço na Swazilândia, Almoço eJantar em Moçambique, na Áfricado Sul", como parte do pacote.

Director dos Projectos Miléniona Swazilândia , Llyod Dlamini,disse que o governo está "a efectuaracabamentos no AeroportoInternacional Sikhuphe" paraacomodar grandes aeronaves.

A Swazilândia também lançoulocalmente uma "Campanha deFutebol as Sextas-feiras", umainiciativa que promove o uso deequipamento de futebol.

A mascote sul-africana daCopa do Mundo, denominado"Zakumi", lançou a campanha em2009. A visita de Zakumi àSwazilândia foi a primeiraincursão fora África do Sul.

A Swazilândia é o centro dediversas atracções e é um localadequado para o treinamentouma vez que os seus locais dealojamento estão a 90 minutos devoo de Johanesburgo. r

Angola tira benefícios do CAN

Egipto conquistapela terceira vezconsecutiva oCampeonato Africanode Futebol 2010

A CONSTRUÇÃO de novoshotéis e estádios, a melhoriadas estradas e redes detransporte, e formação depessoal constituem alguns dosvários benefícios derivados doacolhimento do CampeonatoAfricano das Nações (CAN)2020, em Angola.

Estas observações foramfeitas pelo presidente daAssociação Angolana deHotéis, Restaurantes e

O EGIPTO fez história ao setornar a primeira equipe avencer o Campeonato Africanodas Nações três vezesconsecutivas. A sua últimavitória em Angola, em Janeiro,também contribuiu para estanação do norte de Áfricaaumentar a sua contagem paraum recorde de sete desde que otorneio foi instituído em 1957.

O Egipto bateu Ghana poruma bola a zero na final. Noentanto, o Egipto não sequalificou para a Copa doMundo, que será disputada naÁfrica do Sul, ao ser eliminadopela Argélia num jogo muitodisputado.

O próximo CampeonatoAfricano das Nações estáagendado para 2012 no Benin eGuiné Equatorial. r

similares (Ahoresia), JoãoGonçalves.

Gonçalves disse que, com arealização do CampeonatoAfricano, o País abriu-se aomundo e, portanto, mostrou queé capaz de promover odesenvolvimento.

Ele disse que agora é vitalpara o País a usar esta conquistapara promover o crescimento emAngola e em toda a região daÁfrica Austral (Angola Press)r

A próxima fase de venda debilhetes foi marcada para os finaisde Fevereiro e deve terminar emAbril. Durante este período, maisde 400.000 bilhetes estarãodisponíveis na base do princípio“o primeiro a chegar, será oprimeiro a ser servido”.

A partir de Abril, serãoabertos centros de venda debilhetes em cada cidade ondedecorrerão os jogos e onde os fãspoderão comprar os bilhetes nobalcão e também levantar osseus bilhetes confirmados.

Para melhorar ainda mais oserviço, diversas bilheteirasserão abertas durante a quartafase de vendas - tanto anível internacional e no paísanfitrião. r

10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

Estádio da Cidade do Futebol em Johanesburgo, local dos jogos de abertura eencerramento da Copa Mundial. O mascote sul-africano, Zakumi, seráproeminente nos jogos.

Fãs disputam bilhetes de ingressopara a Copa Mundial de Futebol

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

R U M O 2 0 1 0

Indústria de aviação da SADC pronta para a Copa doMundo 2010

UNIVISA irá promover o turismo na SADC

Maradona: Sul Africanos são pessoasamistosas O TREINADOR argentino,Diego Maradona, diz que asegurança não é uma ameaçapara a Copa do Mundo emFutebol que este ano vaidecorrer na África do Sul.

Falando a jornalistas naSoccer City (Cidade deFutebol), em Joanesburgo, alenda do futebol disse que vaidizer aos seus jogadores paranão se preocuparem com asegurança, quando ele voltar aoseu país depois de concluir suarecente visita de cinco dias àÁfrica do Sul.

"Eu só fiquei cinco dias naÁfrica do Sul, mas eu percebique a impressão que tinhasobre este país estava errado.As pessoas são amáveis eamigáveis.

"Não tenho dúvidas de quea Copa do Mundo será umsucesso e eu vou também dizeraos meus jogadores para não sepreocupar com a segurança,mas manter-se concentrado emjogar futebol", disse ele.

Indagado sobre suasimpressões sobre o recémrenovado estádio da Soccer City,Maradona disse: "Eu gostaria de

jogar nele, mas agora que o meutempo acabou, vou usar os meusesforços para conseguir levar aminha equipa para a final dotorneio.

Antes de ir à Cidade doFutebol, Maradona visitou umaescola secundária local, ondeele doou sua camisa da equipenacional para a equipe defutebol da escola. Ele tambémofereceu bonés à escola,calçados desportivos e doiscomputadores.

Na Cidade do Futebol, elefez malabarismos com a bolapouco depois de ter trocado asua camisola número 10 com odirector executivo da ComissãoOrganizadora Local, DannyJordaan.

Maradona concluiu a suavisita em na Escola Superior deOrlando Ocidental, a poucosmetros da casa do ex-presidente Nelson Mandela.

O técnico argentino chegouao País para avaliar asinstalações desportivas, emPretória, para serem usadaspela sua equipa durante a Copado Mundo de Futebol.(BuaNews) r

A INDÚSTRIA da aviação naÁfrica Austral está a prepararactivamente para movimentarmilhares de visitantes de e paraa Copa do Mundo em futebolque, este ano, vai decorrer naÁfrica do Sul.

Espera-se que mais de90.000 fãs e funcionários,principalmente de paísesqualificados, cheguem a Áfricado Sul para a Copa, segundo oorganismo que tutela a copa domundo, a FIFA.

A este número poderãojuntar-se outros cerca de400.000 turistas de todo omundo que visitarão a Áfricadurante o torneio.

Para garantir que estaafluência enorme seja bemservido, e os visitantes viajemsem problemas em toda aregião, os Estados-membros daSADC estão a efectuartrabalhos de modernização dosaeroportos internacionais econstrução de novas pistasantes do evento previsto paraJunho-Julho.

Angola, que acolheu a Taçadas Nações Africanas emFutebol, em Janeiro, usou maisde 270 milhões de dólares nareconstrução de aeroportospara garantir a livre circulaçãode visitantes, tanto para as

finais do Campeonato Africanoe da Copa do Mundo.

No novo aeroportoInternacional, em Luanda, aremodelação incluiu trêsescadas rolantes novas emodernas, e os balcões decheck in que passaram de 12para 26.

No Botswana, a renovaçãodo Aeroporto Internacional SirSeretse Khama está numa fasebastante avançada para poderacolher grandes aeronaves.

A construção do novoaeroporto, projectado em formade losango, visa apresentar oBotswana para cada visitantecomo um líder mundial namineração de diamantes.

Com um investimentoestimado em 65 milhões dedólares, a reabilitação doaeroporto deverá ser concluídaantes da Copa do Mundo.

Moçambique também estáa investir 80 milhões noaeroporto de Nacala paratransformá-lo em ponto deentrada comercial e garantirque o País seja capaz deacomodar mais aviões duranteo longo mês em que serádisputada a copa mundial defutebol.

Na Swazilândia, existemplanos em curso para a

construção de um novoaeroporto em Sikhuphe a umcusto de 67 milhões de dólares.

O novo aeroporto, comuma grande pista, permitiráque as companhias aéreasi n t e r n a c i o n a i s v o e md i r e c t a m e n t e p a r a aSwazilândia no seu percursopara a Europa e a Ásia, em vezde passarem pela África do Sul.

A África do Sul, como paísanfitrião, está a investirmilhões de dólares narenovação e construir novosaeroportos. Estes incluem osaeroportos OR Tambo, Cidadedo Cabo e Durban.

A Zâmbia e Zimbabwe estãotambém a remodelar os seus

aeroportos antes da Copa doMundo. Na Zâmbia arenovação está a ocorrer noAeroporto Internacional deNdola, enquanto queZimbabwe as obras decorremno Aeroporto Internacional deVictoria Falls.

Os Países da África Australtêm um enorme potencial paraatrair muitos turistas durantea fase final do campeonatomundial de futebol, uma vezque a região está dotada deinúmeras atracções queincluem as praias costeiras,parques nacionais e reservascheias de vida selvagem,paisagens dramáticas e ricacultura tradicional. r

A ÁFRICA Austral está a trabalhar para a criação de umsistema único de vistos, UNIVISA, para os viajantes na regiãoda SADC.

Iniciado há alguns anos para promover a livre circulação depessoas através das fronteiras, o lançamento do UNIVISA tinhasido programada para antes do início da Copa do Mundo emFutebol, marcada para Junho, para permitir que milhares deturistas que vão visitar a SADC com o intuito de assistir a fasefinal pudessem circular livremente através das fronteiras entreEstados-Membros.

Há, contudo, algumas questões pendentes que ainda precisamser resolvidas como aspectos administrativos e de coordenação,políticas, procedimentos e requisitos para a emissão do visto.

O UNIVISA apresenta muitas vantagens, que incluem oaumento da quota de mercado para a região, alívio docongestionamento nos postos de fronteira e a criação deemprego. r

12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

G É N E R O

Progressos modestos rumo aos compromissos de Beijingpor Patience Zirima

ESTE ANO marca os 15 anosde implementação daPlataforma de Acção de Beijinge constitui uma oportunidadepara a África Austral fazer umbalanço das suas realizaçõesdesde a assinatura daPlataforma de Acção em 1995.

Revisões recentes têmmostrado que, apesar demarcos importantes a seralcançado, os governosAfricanos ainda enfrentamv á r i o s d e s a f i o s n ocumprimento das metasdefinidas na Plataforma deAcção (PFA).

Diferentes regiões domundo foram submetidas aanálises regionais e os países daÁfrica Austral participaram nareunião de revisão regionalafricana que teve lugar de 16-20Novembro de 2009 em Banjul,na Gâmbia.

Em Março de 2010, aComissão da ONU sobre aSituação da Mulher (CSW) vairealizar de revisão global dos15 anos da execução doprograma de acção.

A CSW colocará ênfase natroca de experiências e boaspráticas, de modo a ultrapassaros desafios remanescentes.

A revisão Banjul registouprogressos em algumas áreas.Por exemplo, a África Australcolocou em prática o Protocoloda SADC sobre Género eDesenvolvimento, assinado em2008.

O protocolo abrangeinstrumentos regionais,mundiais e continentais paraalcançar a igualdade de género,incluindo a PFA.

O protocolo deverá aceleraros progressos na consecuçãodas metas em matéria deigualdade de género uma vezque define os objectivos

O relatório de Banjul, noentanto, cita a falta deestatísticas, nomeadamentedados desagregados que ajudaos governos em relatar asdiferenças de género emdiversas áreas críticas depreocupação. Sempre que asestatísticas estão disponíveis,elas não são desagregadas porsexo.

Há ainda recursos limitadosdisponíveis para a igualdadede género. O relatório observaque não há necessidade deaumentar os recursosfinanceiros e humanos a fim deapoiar a implementação doPrograma de Acção e traduzir avontade política nacional emacções concretas.

A PFA de Beijing identificou12 áreas críticas depreocupação em que hánecessidade de recurso para aigualdade de género e apela auma acção e medidas concretasa esse respeito.

A maioria dos países e sub-regiões do país adoptou ouplanos de acção específicospara facilitar a aplicação.

SADC identificou seis dasáreas críticas de preocupaçãocomo as prioridades regionais,sendo:l Mecanismos institucionais

para a integração de género;l acesso económico;l A protecção dos direitos

humanos das mulheres edas crianças;

l partilha do poder e tomadade decisão;

l As mulheres no contextodo conflito armado econstrução da paz e

l Capacidade de géneroe de formação, redese d i s s e m i n a ç ã o d einformação.A implementação da PFA

é p r i n c i p a l m e n t e d ar e s p o n s a b i l i d a d e d o sgovernos, mas os progressosna concretização destesobjectivos resultam de esforçosde todos os intervenientes,incluindo o sector privado e asociedade civil. (sardc.net) r

ASSEMBLEIA NACIONALde Moçambique elegeuVerónica Macamo para o cargode Presidente do Parlamento(Presidente da Assembleia daRepública).

Ela torna-se na primeiramulher a assumir este posto nahistória da AssembleiaNacional, sinalizando mais umpasso no sentido da igualdadede género em Moçambique e naregião da SADC.

Macamo foi o vice-presidenteantes desta nomeação. Elasubstitui Eduardo Mulembue,que ocupava o cargo durante osúltimos 15 anos.

O novo Governo deMoçambique, anunciada peloPresidente Armando Guebuzaé composto por 29 ministros,dos quais 7 são mulheres.

Mulheres ocupam osministérios do Meio Ambiente,Trabalho, Função Pública,

Administração Estatal, RecursosMinerais, Assuntos da Mulher eAcção Social, bem como o no doGabinete do Presidente paraAssuntos das AssembleiasMunicipais e Provinciais.

A lista dos 22 vice ministrosinclui apenas três mulheres,uma delas no ministériochave da Planeamento eDesenvolvimento, bem como oAmbiente e a Educação. Trêsmulheres também figuram nanova lista dos 11 governadoresprovinciais.

Embora o novo governoestá aquém das metasregionais para a representaçãodas mulheres no governo, comapenas 24 por cento, aAssembleia Nacional tem umamaior v i s ib i l idade erepresentação das mulheres.

O sistema eleitoral emMoçambique é baseada emlistas partidárias e o partido

Frelimo tem uma política deapresentar um candidato dosexo feminino em cada trêsnomes na sua lista. Portanto,as mulheres vão ocupar pelomenos um terço dos assentosna bancada do governo noparlamento. r

específicos, mensuráveis nosentido da igualdade degénero, e o empoderamentodas mulheres.

Também irá garantir aresponsabilização a nível sub-reg ional , bem comoproporcionar um fórum para apartilha de boas práticas, apoiodos pares e revisão.

Registaram-se tambémreformas jurídicas e políticaspara a igualdade de género,bem como um númeroelevado de matrículas demulheres do ensino primárioe, para a África Austral,aumentou o número demulheres nos cargos detomada de decisão.

O ano 2010 também ésignificativo, uma vez quecomeça a década em que foideclarada Década Africanasobre Género, pela UniãoAfricana, na sua cimeirarealizada em Janeiro de 2009.

Primeira mulher na Presidênciado Parlamento de Moçambique

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

Á F R I C A

Segurança alimentar no centro da agenda Africana para2010, MutharikaO NOVO presidente da UniãoAfricana, Bingu wa Mutharika,igualmente Presidente doMalawi, definiu a prioridadepara o seu mandato, afirmandoque "nenhuma criança emÁfrica, deve morrer de fome edesnutrição".

Dirigindo-se aos líderesAfricanos na recente Cimeira daUnião Africana, na Etiópia,Mutharika disse que o continentepossui vastos solos férteis, climafavorável e bacias de água, que,bem utilizados, poderiamsuscitar uma revolução verdecaracterizada pelo aumento daprodução e melhoria dasegurança alimentar.

"A Nossa agenda para aÁfrica deve incidir sobre aAgricultura e SegurançaAlimentar", disse Mutharika, noseu discurso de tomada de posse.

"A África deve compartilharesse sonho, para que daqui acinco anos nenhuma criança emÁfrica, possa morrer de fome edesnutrição. Nenhuma criançadeve ir para a cama com fome."

Mutharika, que também éMinistro da Agricultura eSegurança Alimentar, disse queeste ambicioso sonho é viáveluma vez que o Malawi embarcounum projecto semelhante em2005 e tem se beneficiado muitodessa abordagem.

"Podemos produziralimentos suficientes paraalimentar a todos em África",disse ele, acrescentando:"Fizemos isso no Malawi".

Desde a introdução dediversas intervenções, como ossubsídios agrícolas de cereaisem 2005, o Malawi triplicou aprodução de milho de cerca de1.2 milhões de toneladas para3.4 milhões de toneladas nacampanha agrícola 2007/08.

O país deixou de ter falta dealimentos e passou a produzirum excedente de cereais. Esteaumento fenomenal naprodução ajudou o país apoupar o orçamento anual demais de 120 milhões dólaresamericanos usado para aimportação de alimentos.

Mutharika, que venceu oprimeiro prémio regional desegurança alimentar atribuídopela Rede de Análise dePolíticas dos RecursosNaturais, Agricultura eAlimentação (FANRPAN) em2008, disse que o primeiropasso para atingir a metadese jada é embarcarurgentemente num programaregional de segurançaalimentar extensivo.

Isto inclui a afectação deverbas substanciais para aagricultura e investir emtecnologia, como irrigaçãoe sementes melhoradas,fertilizantes e pesticidas.

"O nosso lema deve ser"alimentar África através denovas tecnologias: vamos agiragora", disse ele, observandoque a evolução da Tecnologiade Informação e Comunicaçãosão vitais para o mercadoglobal actual.

O presidente do Malawidisse haver necessidade dosEstados Membros da SADC eminvestir na construção de infra-estruturas como armazém dealimentos, estradas e viasférreas de apoio à segurançaalimentar. A melhorias na infra-estrutura irá também promovero movimento suave deexcedente de alimentos paraáreas deficitárias de forma maiseficiente e mais barata.

Mutharika apelou a Áfricapara primeiro alimentar-seantes de exportar já que "nóstemos uma situação em queproduzimos e exportamosprodutos alimentares para oresto do mundo, enquanto aÁfrica está passando fome".

Ele disse que o continentedeve também chegar a um

banco de dados abrangentesobre o os principais alimentosbásicos do povo Africano equais os países que cultivam.As culturas principais de Áfricaincluem milho, arroz, milho,trigo, mandioca e inhame.

Mutharika disse que essebanco de dados irá encorajar ospaíses que não comem essesalimentos básicos à exportarpara aqueles que os consomem.A informação deve tambémdesempenhar um papelimportante no desenvolvimentoda agricultura e segurançaalimentar em África, já quepermite aos agricultores umacesso a dados vitais para osprodutos agrícolas, tecnologiasavançadas, resultados dainvestigação, bem como sobre osmercados.

"Acredito firmemente que, sepudéssemos concordar que asegurança alimentar a nível deÁfrica é uma prioridade, entãoas outras prioridades comoas alterações climáticas,transportes e o desenvolvimentode infra-estruturas, também setornariam uma necessidade parao aumento do fluxo deinformações, circulação depessoas, bens e serviçosincluindo a produção efornecimento de insumosagrícolas dentro e entre asnações, regiões e do continenteem geral ", disse ele.

No que diz respeito aodesenvolvimento económico,Mutharika, um ex-economistado Banco Mundial, disse quevai se esforçar para fortaleceras bases para o crescimentosócio-económico no continentee assegurar que a África falenuma só voz na Ronda deNegociações de Doha, nasnegociações dos Acordos deParceria Económica, noscompromissos relativos àsalterações climáticas e nasiniciativas de alívio da dívida.

Ele disse que a Áfricatambém deve trabalhar juntapara atingir os Objectivos deDesenvolvimento do Milénio(GDM) e nos objectivos da

Nova Parceria para oDesenvolvimento de África(NEPAD). Ele exortou ocontinente a utilizar os seusrecursos, como minerais,madeira, pesca e recursoshumanos para enfrentar os seusdesafios.

"A África não pode e nãodeve viver no passado. Áfricadeve olhar para o futuro ", disseele.

"O caminho para frente éUA reconhecer que" África nãoé um continente pobre, mas opovo da África é que é pobre.Este é um paradigma muitoimportante na determinação dofuturo da África ".

Ele disse que a Europa egrande parte do mundoocidental não se desenvolveuatravés de resoluções edeclarações, mas através deacções concretas.

"Eu, portanto, apelo a todosvocês para a acção, acção e maisacção. Embora a África enfrenteenormes desafios, acredito quese nós os enfrentarmosc o l e c t i v a m e n t e , n ã oindividualmente, podemossuperá-los ", disse ele.

"Precisamos de ir além dedecisões, resoluções edeclarações. Temos de começar aagir e a executar as nossasdecisões. "

Mutharika assumiu apresidência rotativa da UA, queestava com presidente líbioMuammar Kadafi, durante 14ªCimeira da UA realizada de 31de Janeiro a 2 de Fevereiro, emAdis Abeba. A SADC apoiou acandidatura do Malawi para apróxima presidência da UniãoAfricana que deveria vir daÁfrica Austral.

A próxima Cimeira da UAque estava prevista para Junhono Uganda, foi transferida paraJulho para permitir oacolhimento da Copa doMundo em Futebol, que serárealizada na África do Sul apartir dos meados de Junho ameados de Julho de 2010. ACimeira da UA realiza-se duasvezes por ano. (sardc.net) r

14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje

Zâmbia vai realizar referendo constitucional

Ano calmo para as eleições na região

por Patson Phiri

A REVISÃO da constituição daZâmbia está demorar por causade uma proposta que prevê queum candidato presidencialdeve reunir mais de 51 um porcento do total de votosexpressos para ser declarado ovencedor.

A C o n f e r ê n c i aConstitucional Nacional(NCC), um organismo que tema incumbência de analisar asalterações propostas para aconstituição actual, submeteu oassunto a um referendonacional.

O Referendo Nacional prevêa realização de uma eleição naqual os zambianos irão votarsobre a proposta.

Os delegados do NCC, quese reuniu recentemente paraconsiderar as mudanças,votaram a favor da proposta,mas não conseguiram atingir osdois terços necessários paraaprovar a proposta de lei.

Um total de 446 delegadosparticiparam na votação, tendo260 votado a favor e 184 contra.Os restantes votos foramrejeitados.

O impasse poderá afectar osplanos do governo uma vezque isso significaria organizarduas eleições nacionais dentrode um ano.

A Zâmbia prevê realizareleições presidenciais nopróximo ano. O referendoconstitucional deve decorrera n t e s d a s e l e i ç õ e spresidenciais.

A Zâmbia pretende alterar asua Constituição, seguindo asrecomendações de um relatórionac ional , que so l i c i toumudanças nas leis eleitorais dopaís.

O re la tór io de 2004recomenda que o candidatopresidencial vencedor devereceber pelo menos 51 porcento do total dos votos válidosexpressos para ser declarado ovencedor, ou uma repetiçãodeve ser feita dentro de 30 dias

entre os dois candidatos maisvotados.

Em caso de empate nar e p e t i ç ã o , a e q u i p arecomendou que o Presidenteda Assembleia Nacional deveráconvocar o Parlamento paraeleger um presidente entre osdois candidatos com o maiornúmero de votos.

O Presidente deve votarpara o desempate, noParlamento.

Actualmente, o candidatocom o maior número de votosé dec larado vencedor.Analistas políticos dizemque este sistema eleitoraltem ajudado os partidosminoritários e os candidatospara ganhar as eleições.

Por exemplo, as eleiçõespresidenciais de 2001, 2006 e2008 foram ganhas por umaminoria de votos na ordem de29 por cento, 43 por cento e 42por cento, respectivamente

A maioria dos assentos noParlamento, também foigarantida com menos de 40por cento dos votosdepositados nas urnas. Umtotal de 13 dos 150 lugaresfoi conquistado por mais de50 por cento nas eleições de1991. Nas pesquisas de2006, 17 lugares foramassegurados por mais de 50por cento.

O ANO de 2010 é um períodorelativamente calmo para aregião em termos de eleições,com apenas dois países a irem àvotação, comparados com oscinco de 2009.

Os dois países são as IlhasMaurícias e a República Unidada Tanzânia.

As Ilhas Maurícias deverãorealizar as eleições daAssembleia Nacional, emJulho e as para um governolocal, em Outubro. As eleiçõesna Tanzania estão previstaspara Outubro.

As últimas eleiçõeslegislativas nas Maurícias,em Junho de 2005, foramvencidas pela aliança daoposição, a Aliança Socialformada pelo PartidoTrabalhista das Maurícias(MLP) e Partido SocialDemocrata (MSDP).

Na República Unida daTanzania, Jakaya Kikwete

Presidente do Chama ChaMapinduzi (CCM) vaiconcorrer para o seu segundo eúltimo mandato.

Zanzibar, uma parte semi-autónoma da união, tambémelege um presidente e oparlamento local. r

contra a decisão do Movimentop a r a a D e m o c r a c i aMultipartidária, que ganhoupor uma maioria simples.

O partido no poder se opôsa cláusula de 51 por cento,dizendo que seria dispendiosorealizar duas eleições no prazode um ano.

Os partidos de oposição,como a Frente Patriótica e oPar t ido Unido para oDesenvolvimento Nacional,apoiam as mudanças.

A Zâmbia está a rever a suaconstituição, pela quarta vezdesde a independência em1964. As revisões anterioresforam feitas em 1973, 1991 e1996.

Entre 1964 e 1991, aZâmbia utilizou o sistemad e r e p r e s e n t a t i v i d a d eproporcional. Em 1991, osistema foi alterado para de 51por cento, que posteriormentefoi revertido em 1996, para osistema de maioria simples. r

E L E I C Õ E S

Efectivamente, o sistemaeleitoral na Zâmbia tornapossível para um númeropequeno ser vencedor e umnúmero maior ser vencido,como aconteceu em 2001,quando cerca de 70 por centodos eleitores tinham votado

: Zambianos votam para uma mudança crucial da constituição

Presidente Jakaya Kikwete.

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

E V E N T O S

DIÁRIO DE EVENTOS 201025 Jan - 2 Fev, 14 ª Sessão Ordinária da União AfricanaEtiópia Chefes de Estado e de Governo reúnem-se na 14ª Sessão

Ordinária da União Africana, precedida pelas usuais reuniõesTécnicas e do Conselho de Ministros. A cimeira decorrerá sob otema "Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em África:Desafios e Perspectivas para o Desenvolvimento".

Fevereiro 4, África do Sul Reunião do Conselho Ministerial de Trabalho da SADC sobre

Integração Económica RegionalO objectivo da reunião é discutir e fornecer orientações políticase estratégicas, tendo em conta os novos desafios enfrentados pelaregião da SADC na prossecução da sua agenda de integração.

5, RDC Reunião de Ministros da SADC responsáveis pela Agricultura eSegurança AlimentarA reunião foi convocada a fim de considerar a criação de umcentro regional de coordenação da pesquisa agrícola, a situaçãoregional de segurança alimentar e assinatura de um memorandode entendimento para a implementação do sistema harmonizadode sementes na SADC.

15-19, Zimbabwe 1ª Conferência Internacional sobre Oportunidades deInvestimento no Turismo e nos sectores conexos no ZimbabweUm total de 14 Ministros Africanos, banqueiros internacionais,directores executivos e investidores internacionais vão reunir-separa discutir estratégias de turismo, oportunidades deinvestimento e desenvolvimento de infra-estrutura para garantirque a África tire benefícios da Copa do Mundo em Futebol,marcada para África do Sul em Junho-Julho de 2010.

25-27, RDC Conselho de Ministros da SADCO Conselho de Ministros da SADC reúne-se duas vezes por anopara rever o progresso na implementação de diversos programasde desenvolvimento regional, a integração e o comércio entre osEstados-Membros. Este ano o foco será a Copa do Mundo emFutebol que vai decorrer em Junho-julho, na África do Sul, e aUnião Aduaneira da SADC. O Conselho será precedido por umareunião de Altos Funcionários, nos dias 22 e 23 de Fevereiro.

Março1-12, USA 54ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher

A 54ª CSW vai proceder a revisão da implementação daDeclaração de Beijing e Plataforma de Acção e os resultados da23 ª Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU. O foco serásobre a partilha de experiências e boas práticas, com vista asuperar os obstáculos e os novos desafios, incluindo osrelacionados com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

23-24, Reunião do Grupo Temático de Energia da SADCMoçambique Oficiais do Secretariado da SADC, Parceiros de Cooperação

Internacional, o Grupo de Empresas de Electricidade da SADC(SAPP) e do Conselho Regional de Gestão de Electricidade (RERA)tomarão parte nesta reunião temática para coordenar plano deapoio aos programas e projectos da SADC

April12-16, Moçambique Reunião dos Ministros de Trabalho da SADC

Ministros da SADC responsáveis pelo trabalho e emprego vão sereunir para discutir questões pertinentes, juntamente comrepresentantes dos empregadores e dos conselhos detrabalhadores e da Organização Internacional do Trabalho.

27-18, Angola Reunião dos Ministros da Energia da SADC Ministros de Energia da SADC vão se reunir para rever oplaneamento energético regional para avaliar o programa derecuperação de energia criado para enfrentar a escassez deenergia que afecta a região.

SADC HOJE Vol 12 No 2 Fevereiro 2010

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

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ÁFRICA AUSTRAL HOJE HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Pesquisa e Documentação para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em

Gaberone, Botswana, como uma fonte credível de conhecimento sobre odesenvolvimento regional. Os artigos podem ser reproduzidos livremente pelos media eoutras entidades, com atribuição.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Kizito Sikuka, Egline Tauya, Patience Zirima,

Clever Mafuta, Phyllis Johnson, Patience Ziramba

CONSELHO EDITORIAL Head of Corporate Communications Unit, SADC

Leefa Penehupifo Martin

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é apoiado pelo Ministério Norueguês dos Negócios Estrangeiros,em apoio ao Grupo Temático dos Parceiros Internacionais de Cooperação no Sector deEnergia da SADC, que é presidido pela Noruega.

© SADC, SARDC, 2009

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COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya

FOTOS AND ILUSTRAÇÕESP1 www.cape-town.info, David Martin, www.viviennemackie.worldpress.com, www.foot-

balliscominghome.net, www.spiegel; p2 yebbies.blogspot; p4www.theipinionsjournal.com; p5 David Martin, www. sharkride.com, www.fhinds.co.uk;

p6 www.worldpress.com; p10 www.africanfootballer.co.uk, www.footie.co.za, www.wikimedia.com;

p12 newafricanfrontiers.com; p13 www.africa-union.com;p14 www.photo.outlookindia.com, www.wikimedia.com;

p16 www.socialearth.org, www.topnews.in

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1 Fevereiro Abolição da escravatura Maurícias 3 Fevereiro Dia dos Heróis Moçambique 4 Fevereiro Dia Nacional da Luta Armada Angola 5 Fevereiro Dia do Carnaval Angola

Dia do Chama Cha Mapinduzi Tanzania 14 Fevereiro Novo Ano Chinês Maurícias

3 Março Dia dos Mártires Malawi 8 Março Dia Internacional da Mulher Angola, Zâmbia11 Março Dia de Moshoeshoe Lesotho 12 Março Dia Nacional Maurícias

Dia da Juventude Zâmbia 21 Março Dia da Independência Namíbia

Dia dos Direitos Humanos África do Sul 22 Março Feriado Público Namíbia, África do Sul 29 Março Dia dos Mártires Madagáscar

2 Abril Sexta-feira Santa Angola, Botswana, Lesotho, Malawi, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Swazilândia, Tanzania, Zâmbia, Zimbabwe

3 Abril Sábado Santo Zâmbia4 Abril Dia da Paz e Reconciliação Angola

Dia dos Heróis Lesotho5 Abril Segunda-feira de Páscoa Angola, Botswana,

Lesotho, Malawi, Namíbia, Seychelles, Swazilândia, Tanzania, Zâmbia, Zimbabwe

Dia da Família África do SulLundi de Pâques Madagáscar

7 Abril Dia da Mulher MoçambiqueDia de Sheikh Abeid Karume Tanzania

18 Abril Dia da Independência Zimbabwe 19 Abril Feriado Público Zimbabwe

Aniversário do Rei Swazilândia 25 Abril Dia da Bandeira Nacional Swazilândia26 Abril Dia da União Tanzania27 Abril Dia da Liberdade África do Sul 30 Abril Dia da Juventude RDC

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCFevereiro - Abril 2010

Um futurUm futuro comun na comunidade ro comun na comunidade regegionalional

H I S T Ó R I A H O J E

A COMUNIDADE para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), junta hojemilhões de pessoas amantes da paz de todos os estilos de vida, particularmente opovo da África do Sul, na comemoração do 20° aniversário da libertação do ex-presidente Nelson Mandela.

O dia 11 de Fevereiro é um importante marco na história da luta do povo Sul-Africano luta pela autodeterminação, liberdade, democracia e desenvolvimentoeconómico e social.

Neste dia, há 20 anos, Mandela saiu da prisão Victor Verster como um homemlivre. Os seus primeiros passos fora do perímetro de uma prisão em 27 anos dereclusão anunciavam o início de uma nova época na história Sul-Africana.

A SADC junta-se orgulhosamente aos sul-africanos e ao mundo nacomemoração da libertação do ícone da luta contra a dominação do apartheid.

Nesta ocasião histórica, a SADC gostaria de homenagear e saudar o PresidenteMandela e os heróicos filhos e filhas da África do Sul, que liderou a luta pela liberdade epela democracia.

Queremos também homenagear a todos aqueles que foram presos com Mandela, cujamissão era principalmente cimentada por uma aspiração comum para a descolonização,libertação, igualdade, justiça, progresso e unidade do povo africano.

A visão lendária e liderança de Nelson Mandela, e certamente dos combatentes dalibertação na região da SADC, para buscar uma solução pacífica para a dicotomia queenfrentou a região até a década de 1990, inspira-nos hoje para alcançar uma maiorunidade, cooperação e integração .

A comemoração da libertação de Nelson Mandela dos grilhões da prisão apartheiddestaca o importante papel e a participação das pessoas da região da SADC nademocratização da região em geral e da África do Sul em particular.

É importante que, ao celebrar este dia histórico na história da região, devemos dedicar-nos aos ideais mais profundos de integração regional.Emitido pelo Secretariado da SADC, 11 de Fevereiro de 2010

Angola recorda o início da luta armadaO DIA 4 de Fevereiro é uma data importante na longa caminhada de Angola para aliberdade. O dia é comemorado como o início da luta armada de libertação nacional e dademocracia, contra o regime colonial Português.

Este foi um marco na luta Africana contra a colonização que finalmente levou àindependência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.

Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres armadoscom paus, catanas e outras armas atacaram as prisões de São Paulo e Casa daReclusão em Luanda, para libertar os presos políticos que eram ameaçados de mortepelo regime.

O regime colonial reagiu grosseiramente com a acção repressiva em todoo território.

As prisões, torturas e assassinatos desse período levou alguns nacionalistas, como oprimeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, a organizar-se para a luta de libertação.O seu partido, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), foi criado em1956 com o objectivo de libertar Angola da opressão. O MPLA apelou à resistência contraa dominação colonial e independência para o País.

Angola fixou esta data para todos os anos lembrar os seus heróis e heroínas bem comosensibilizar a sociedade sobre o envolvimento activo nas tarefas de consolidação da paz,reconciliação nacional e reconstrução do país.

Para marcar este aniversário de 49 anos do início da luta armada pelaindependência, as celebrações estão previstas para ter lugar na província do Zaire de 1-10 de Fevereiro.

O tema do evento é: "Em memória dos heróis, mais eficiência, rigor e responsabilidade."

3020 anos desde 11 de Fevereiro de 1990

Comemorando a libertação deNelson Mandela da prisão

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