2. texto literário e não literário

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Prof. Jack

O que é?

“Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra.”

(Aristóteles, séc.IV a.C.)

Partindo da afirmação de Aristóteles:• Literatura como imitação da realidade;• Manifestação artística;• A palavra como matéria-prima;• Manifestação da expressividade humana.

Porém vamos aprofundar um pouco mais esta investigação sobre a Literatura. Será a definição de Aristóteles já é suficiente para se definir algo tão amplo como a Literatura? Vamos tentar ampliar este conceito conhecendo as funções da Literatura.

Texto literário é uma representação do real, feita com palavras, inspira-se muitas vezes em personagens objetos e acontecimentos do cotidiano, podendo também resultar de impressões e sentimentos da pessoa que escreve. A partir de elementos retirados da realidade externa, ou da sua própria vivência interior, o escritor compõe um texto que não pretende apenas reproduzir ou descrever esses elementos.

O texto literário é sempre uma representação ou recriação da realidade, em que se busca o arranjo mais significativo ou a combinação mais estética das palavras e das imagens que elas evocam, resultando em um trabalho minucioso do autor com as palavras.

A criação literária representa um mundo imaginário, um mundo de ficção.

O texto literário é artístico, pois tem linguagem plurissignificativa e possibilita a criação de novas relações de sentido, envolvendo um processo de recriação e reflexão acerca da realidade no qual as palavras são elaboradas de modo singular, não rotineiro, refletindo o modo peculiar com o qual o artista vê o mundo, a situação, o momento vivido, a realidade, etc.

O texto não literário é restrito à necessidade de ser informação objetiva e direta e tem uma relação de compromisso no processo de apresentação e/ou de documentação da realidade. Exemplos: notícia de jornal, bula de medicamento, manual de instruções de aparelho eletrônico, etc.

No texto literário o arranjo possibilita construções de sentido para além do literal, do objetivo e do preciso.Os textos literários têm como função principal comover, despertar sentimentos, provocar reflexão. Nesses textos predominam a linguagem conotativa. Entretanto, nos textos não literários a linguagem empregada é a denotativa.A diferença entre uma e outra é simples:

Identifique entre os dois textos qual é o texto literário e qual é o não-literário.

Laura foi buscar uma velha folha de papel de seda. Depois tirou com cuidado as rosas do jarro, tão lindas e tranquilas, com os delicados e mortais espinhos. Queria fazer um ramo bem artístico. E ao mesmo tempo se livraria delas. (...)E então, incoercível, suave, ela insinuou em si mesma: não dê as rosas, elas são lindas.

Um segundo depois, muito suave ainda, o pensamen to ficou levemente mais intenso, quase tentador: não dê, elas são suas. (…)

Bem, mas agora ela já falara com Maria e não teria jeito de voltar atrás. Seria então tarde demais? assustou-se vendo as rosinhas que aguardavam impassíveis na sua própria mão. Se quisesse, não seria tarde demais... Poderia dizer a Maria: "ô Maria, resolvi que eu mesma levo as rosas quando for jantar!" E, é claro, não as levaria... (Clarice Lispector. Imitação da rosa)

Flores são mesmo um presente de última hora. E se neste ano elas vão ser a sua opção para o Dias das Mães, tente ao menos ser criativo na hora da compra. Em vez de levar um maço de rosas ou de flores-do-campo, prefira os arranjos, os vasos ou até as flores em caixinhas.Há arranjos de todos os tamanhos e cores, e você pode escolher entre flores frescas, secas ou artificiais.

(Izabela Moi. Folha de S. Paulo – Revista da Folha, 4/5/1997.)

Linguagem conotativa – é a linguagem figurada, que explora os mais diversos recursos estilísticos. É o caso, por exemplo, dos poemas, letras de música, contos, crônicas, romances e fábulas.

Linguagem denotativa – essa linguagem apresenta o sentido real das palavras. Sua importância está na informação, no esclarecimento. O escritor preocupa-se em convencer por meio da argumentação racional. É o caso das dissertações, monografias, receitas, bulas, manuais e etc.

Identifique entre os textos qual é o que usa linguagem conotativa e qual usa linguagem denotativa.

Vivem na capital pelo menos 233 espécies, entre aves, mamíferos, anfíbios e répteis...

O presidente Getúlio Vargas acaba de suicidar-se com um tio no coração...

As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

O meu coração diz-me que os seus trabalhos ainda estão no começo!

FUNÇÕES DA LITERATURA

• Função evasiva – fuga da realidade;• Função lúdica – jogo de experiências sonoras

e de relações surpreendentes; • Função de “Arte pela arte” –

descompromissada das lutas sociais;• Função de literatura “engajada” –

comprometida com a defesa de certas ideias políticas.

FUNÇÃO EVASIVA Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra PasárgadaLá sou amigo do reiLá tenho a mulher que eu queroNa cama que escolhereiVou-me embora pra PasárgadaVou-me embora pra PasárgadaAqui eu não sou felizLá a existência é uma aventuraDe tal modo inconsequenteQue Joana a Louca de EspanhaRainha e falsa dementeVem a ser contraparenteDa nora que nunca tive

E como farei ginásticaAndarei de bicicletaMontarei em burro braboSubirei no pau-de-seboTomarei banhos de mar!E quando estiver cansadoDeito na beira do rioMando chamar a mãe-d'águaPra me contar as históriasQue no tempo de eu meninoRosa vinha me contarVou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudoÉ outra civilizaçãoTem um processo seguroDe impedir a concepçãoTem telefone automáticoTem alcalóide à vontadeTem prostitutas bonitasPara a gente namorar

E quando eu estiver mais tristeMas triste de não ter jeitoQuando de noite me derVontade de me matar— Lá sou amigo do rei —Terei a mulher que eu queroNa cama que escolhereiVou-me embora pra Pasárgada.

(Manuel Bandeira)

FUNÇÃO LÚDICA

O texto acima se chama "Poeminha Cinético", de Millôr Fernandes. Observe que o poema busca descrever a caminhada do bêbado ilustrando seus passos com as palavras que parecem movimentar-se como ele. As rima são cruzadas, como devem ser os passos do bêbado. É importante que não foi usada metáfora, a construção de sentido é feita pelas imagens criadas.

FUNÇÃO DE “ARTE PELA ARTE” Vaso Chinês

Alberto de OliveiraEstranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um

perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um

bordado.

Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor

sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura,

Quem o sabe?... de um velho mandarim

Também lá estava a singular figura.

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,

Sentia um não sei quê com aquele chim

De olhos cortados à feição de amêndoa.

FUNÇÃO DE LITERATURA “ENGAJADA”

Grito negroJosé Craveirinha

Eu sou carvão!E tu arrancas-me brutalmente do

chãoe fazes-me tua mina, patrão.Eu sou carvão!E tu acendes-me, patrão,para te servir eternamente como

força motrizmas eternamente não, patrão.Eu sou carvãoe tenho que arder sim;queimar tudo com a força da

minha combustão.

Eu sou carvão;tenho que arder na exploraçãoarder até às cinzas da maldiçãoarder vivo como alcatrão, meu irmão,até não ser mais a tua mina, patrão.Eu sou carvão.Tenho que arderqueimar tudo com o fogo da minha

combustão.Sim! Eu sou o teu carvão, patrão.

LITERATURA É A ARTE DA LINGUAGEM ESCRITA, QUE EXPLORA TODAS AS POTENCIALIDADES DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO E É CAPAZ DE TRANSPOR LIMITES DE TEMPO E ESPAÇO.

O TEXTO

Texto quer dizer Tecido; mas enquanto até aqui esse tecido foi sempre tomado por um produto, por um véu todo acabado, por trás do qual se mantém, mais ou menos oculto, o sentido (a verdade), nós acentuamos agora, no tecido, a idéia gerativa de que o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo. (BARTHES, 1999: 82-83).

Os pulmões e a respiração - Jeanne M. StellmanO sistema respiratório é uma das mais importantes vias de entrada

para as substâncias tóxicas ou poluentes. Muitas doenças profissionais resultam da acumulação de substâncias químicas tóxicas no próprio sistema respiratório, e outras doenças são causadas pela passagem de substâncias nocivas dos pulmões para o resto do corpo.

A finalidade do sistema respiratório é absorver oxigênio do ar e transferi-lo para o sangue. Ele também remove gás carbônico - que é o gás residual produzido pelos processos do corpo - do sangue e o transfere para o ar expirado. Este processo é realizado pelos pulmões. Os pulmões contêm milhões de minúsculos sacos aéreos ( alvéolos ).

O sangue flui em torno deles e fica separado do ar por uma membrana de apenas um milionésimo de polegada de espessura. Esta membrana é tão delgada que os gases podem atravessá-la: oxigênio do ar para o sangue e gás carbônico do sangue para o ar. A cada inalação, ar novo penetra em todo o trato respiratório até os alvéolos pulmonares. O sangue absorve então o oxigênio do ar através da delgada parede do alvéolo, enquanto descarrega gás carbônico no ar.

Estas trocas se efetuam de modo bastante rápido e, no espaço de uns poucos segundos, o ar dos alvéolos é expirado. Este é o processo da respiração.

TEXTO NÃO-LITERÁRIO

• Ênfase no conteúdo;• Linguagem denotativa;• Linguagem mais impessoal;• Realidade apenas traduzida;• Normalmente sem ambiguidade ou duplas

interpretações.

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:— Diga trinta e três.— Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .— Respire.

............................................................................................................... — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

TEXTO LITERÁRIO• Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente,

parte da realidade.• Função estética: o artista procura representar a

realidade a partir da sua visão.• Plurissignificação: nos textos literários as palavras

assumem diferentes significados. • Subjetividade: expressão pessoal de experiências,

emoções e sentimentos.• O texto literário se organiza em gêneros literários.• Os textos literários são divididos em dois grupos:

textos em verso, textos em prosa.

CARACTERÍSTICAS GRÁFICAS• Prosa: em linhas “corridas”.• Poesia (verso): a cada linha dá-se o nome de

verso e ao conjunto deles, estrofe.• Estilo individual: é o estilo único de determinado

escritor, ou seja, sua visão única e modo próprio de criação literária.

• Estilo de época: características comuns em obras de autores diferentes,mas contemporâneos. Ex. embora Bernardo Guimarães e José de Alencar tenham estilos diferentes, ambos pertencem ao Romantismo.

GÊNEROS LITERÁRIOS

Conjuntos de elementos semânticos, estilísticos e formais utilizados pelos autores em suas obras, para caracterizá-las de acordo com a sua visão da realidade e o público a que se destinam.

Lírico: sentimental, poético.Épico: narrativo.Dramático: teatro.

Épico

Quando temos uma narrativa de fundo histórico; são os feitos heroicos e os grandes ideais de um povo o tema das epopeias. O narrador mantém um distanciamento em relação aos acontecimentos (os fatos narrados situam-se no passado).

Temos um Poeta-observador voltado, portanto, para o mundo exterior, tornando a narrativa objetiva. A objetividade é característica marcante do gênero épico.

Epopeia ou Épico – é uma narrativa feito em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Exemplos são as obras Ilíada e Odisseia, de Homero, Eneida, de Virgílio; Os Lusíadas, de Luís de Camões.

A epopeia segue uma estrutura rígida. A divisão da mesma é a seguinte:

• 1ª parte – Proposição: em que se apresenta o assunto;• 2ª parte – Invocação: em que o poeta solicita que os

deuses ou as suas musas o inspirem e auxiliem na tarefa difícil que tem a realizar, ou seja, escrever o poema.

• 3ª parte – Dedicatória ou oferecimento: em que ocorre o oferecimento da obra a uma figura ilustre.

• 4ª parte – Narração: que é a história propriamente dita.• 5ª parte – Epílogo: em que se dá o desfecho da narrativa e

em que o poeta expõe suas observações finais sobre os fatos narrados.

O herói clássico

• Para os gregos o herói está entre os deuses e os homens, é uma personagem semidivina.

• Homem notável por sua coragem, feitos incríveis, generosidade e altruísmo.

• O herói é descrito como alguém símbolo de honra, lealdade, bravura e comprometimento social.

• O herói clássico serve de modelo para os homens. É exaltado por todos.

O herói moderno

• Deve reunir em si tanto os traços positivos, quanto os negativos; tanto os traços inferiores, quanto os elevados; tanto os cômicos, quanto os sérios;

• O personagem deve ser apresentado não como algo acabado e imutável, mas como alguém que evolui, que se transforma, alguém que é educado pela vida

Romance

• É um texto completo e longo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de caráter verossímil.

• A saga do Crepúsculo é um exemplo de romance, assim como o livro O Exorcista.

Novela

• É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevialidade do conto.

• Valorização de um evento• Corte mais limitado da vida• Passagem do tempo é mais rápida• O narrador assume uma maior importância

como um contador de um fato passado.

Conto• É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em

prosa que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular).

• Caracteriza-se por personagens breviamente retratados. Inicialmente fazia parte da literatura oral.

Este é o menor microconto de toda a literatura universal, escrito por Augusto Monterroso (1921 / 2003).

O Dinossauro Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.

Augusto Monterroso

Fábula e Apólogo

É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). Os personagens principais são animais(fábulas) ou coisas inanimadas(apólogos), e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

Crônica

• O deus Cronos segundo o jogo• God Of War• O Jornal é um dos palcos mais comuns para

os cronistas• é um gênero narrativo. Como diz a origem

da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade.

Crônica• A crônica pode receber diferentes classificações:– a lírica, em que o autor relata com nostalgia e

sentimentalismo;– a humorística, em que o autor faz graça com o

cotidiano;– a crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente,

tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder;

– a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;– a jornalística, que apresenta aspectos particulares de

notícias ou fatos, pode ser policial, esportiva, política etc

Gênero Dramático

Drama, em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que entre autor e público desempenha papel fundamental o elenco (incluindo diretor, cenógrafo e atores) que representará o texto.

Tragédia

É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror.

• Exemplos:• Édipo Rei, de Sófocles• Medeia, de Eurípedes• Prometeu acorrentado, de Ésquilo• Romeu e Julieta, de William Shakespeare•

Comédia

É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Exemplo: O doente imaginário, de Molière.

Farsa

É uma modalidade burlesca de peça teatral, caracterizada por personagens e situações caricatas. Difere da comédia por não preocupar-se com a verossimilhança nem pretender o questionamento de valores.

Auto

Tipo de teatro medieval, voltado para a edificação religiosa; normalmente com personagens alegóricas, como os pecados, as virtudes etc., entidades como santos e demônios.É simples na construção e ingênua na linguagem.Utiliza-se de elementos cômicos e jocosos.

Drama moderno

Seus principais traços são a liberdade de expressão, a eventual mistura entre o sério e o cômico e o estudo do homem burguês em seus conflitos familiares e sociais, dentro de uma ótica realista.

Gênero Lírico

O gênero lírico é o texto onde há a manifestação de um eu lírico, esse expressa suas emoções, ideias, mundo interior ante o mundo exterior. São textos subjetivos, normalmente os pronomes e verbos estão em 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada.

Soneto da Fidelidade Vinícius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

• Verso é um conjunto de palavras que formam uma unidade sonora significante. É uma linha do poema.De tudo ao meu amor serei atento

• Estrofe é o agrupamento, o conjunto de versos dentro de um poema. De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

• Rima é uma homofonia externa, constante da repetição da última vogal tônica do verso e dos fonemas que eventualmente a seguem. A rima pode ser classificada segundo sua Posição no Verso, sua Posição na Estrofe, a sua Sonoridade, a Tonicidade e ainda o seu Valor.

• Rima externa - Quando a rima aparece ao final do verso. É o tipo mais comum de rima.De repente do riso fez-se o pranto (A)Silencioso e branco como a bruma (B)E das bocas unidas fez-se a espuma (B)E das mãos espalmadas fez-se o espanto. (A)

• Rimas internas - Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:Salve Bandeira do Brasil queridaToda tecida de esperança e luzPálio sagrado sobre o qual palpitaA alma bendita do país da Cruz

• Cruzada ou alternada: O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto (A-B A-B).Minha desgraça não é ser poeta, (A)Nem na terra de amor não ter um eco, (B) E meu anjo de Deus, o meu planeta (A)Tratar-me como trata-se um boneco (B)

• Interpolada ou intercalada: Frequentemente usada em sonetos, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro (A-B B-A).De repente do riso fez-se o pranto (A)Silencioso e branco como a bruma (B)E das bocas unidas fez-se a espuma (B)E das mãos espalmadas fez-se o espanto. (A)

• Rimas emparelhada: O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto (A-A B-B).Aos que me dão lugar no bonde (A)e que conheço não sei de onde, (A)aos que me dizem terno adeus (B)sem que lhes saiba os nomes seus (B)

• Versos brancos ou soltos: São os que não tem rima. RECLAME (Chacal)se o mundo não vai bema seus olhos, use lentes...ou transforme o mundo.ótica olho vivoagradece a preferência

• Rimas pobres: Quando a rima acontece entre palavras da mesma classe gramatical.Exemplo: Falar/amar, o calor/o sabor, bonito/bendito.

• Rimas ricas: Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes. Exemplo: Cantando/bando, mar/navegar e vagos e lagos e quer tem (adjetivo e substantivo)

• Ode – é um texto de cunho entusiástico e melódico

• Écloga – é um poema que trata da vida dos pastores e no campo, tendo como cenário uma natureza idealizada.

• Soneto – é um texto em poesia com 14 versos, caracterizado em dois quartetos e dois tercetos, com rima e ritmo.

• Haicai ou Haiku – é uma forma de poesia japonesa, sem rima constituidos normalmente por três versos na ordem de 5-7-5

• Elegia – é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto.Um bom exemplo é a grande peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

• Epitalâmia – é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.

Poema Tirado de uma Notícia de Jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de NovembroBebeuCantouDançouDepois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

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