[1ºano] Émile durkheim
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ÉMILE DURKHEIM(1858 – 1917)
Colégio Andrews
Sociologia
Prof: Luis Felipe Carvalho
INTRODUÇÃO
• Um dos pais da Sociologia.
• Influenciado pelo positivismo de Auguste Comte – vida social regida por leis e princípios descobertos a partir dos métodos das Ciências Físicas e Biológicas.
• Compara a sociedade a um organismo vivo.
• Preocupa-se com a ordem social – religião como um sistema de forças que garante a coesão social.
• Estudou as relações entre estruturas sociais e o comportamento individual.
• Temas: fato social, suicídio, anomia.
SOLIDARIEDADE E COESÃO
• Sociedade como corpo vivo.• Organismo dividido em partes (instituições sociais e indivíduos),
onde cada um cumpre seu papel social e existem em função do todo.• A liga que une esses diferentes componentes e que torna a
sociedade possível é a solidariedade.• 2 tipos de solidariedade: orgânica e mecânica.
Solidariedade Mecânica• Presente nas sociedades mais
simples e mais homogêneas.
• Integração equilibrada entre as partes porque diferem pouco entre si.
• Tarefas divididas por gênero ou por idade.
• Especialização de diferentes ofícios não ocorre por "vocação profissional" ou "talento", mas por herança. Ex: um sujeito é sapateiro porque aprendeu esse ofício do seu pai.
Solidariedade Orgânica• Mudanças na Europa como o
advento do capitalismo – Pós-Revolução Industrial (a partir do séc. XVIII).
• Aumento da população, incremento das comunicações e das trocas de mercadorias e de ideias, urbanização (cidades inchadas), distâncias encurtadas pelo rádio e pelo automóvel.
• Ninguém sabe mais que direção seguir.
• As pessoas se viam como indivíduos.
Solidariedade Mecânica
• Um tipo de solidariedade que independe da reflexão intelectual ou de escolha.
• Alto nível de coesão social – sentido de nós é mais forte que o sentido de eu.
• O coletivo define o individual – sentido dado pelo grupo e pela tradição.
• Exemplos: sociedades pré-capitalistas como a aldeia medieval; Karajás do Araguaia (cf. Livro p. 78)
Solidariedade Orgânica
• Nova divisão social do trabalho – especialização de funções econômicas, segmentação da sociedade em diferentes esferas, surgimento de novas instituições (Estado, escolas, prisã).
• Sobrevivência individual depende de muitos bens e serviços oferecidos por outros.
• Solidariedade e coesão garantida por regras e princípios que conectam todos os membros da sociedade.
Direito Penal
• Presente nas sociedade simples – todos se conhecem e se parecem.
• Coesão garantida por um conjunto de princípios (moral) e um conjunto de regras e normas (direito).
• A função do direito, aqui, é punir aqueles que transgridem e ofendem o grupo.
Direito Restitutivo
• Presente nas sociedade complexas.
• Precisamos ser solidários porque somos diferentes.
• Também convivemos com regras e normas que nos dizem o que fazer e nos punem quando não cumprimos as nossas obrigações.
• Porém, a falta não afeta o coletivo, e sim as pessoas.
• A punição é a devolução, a restituição àquele que perdeu – o objetivo é reparar um dano.
ANOMIA E INDIVIDUALISMO
• Quando os indivíduos passam a se ver como partes isoladas, sem conexão com o organismo coletivo, sem perceber que uns precisam dos outros – profundo desequilíbrio.
• Indivíduos priorizam suas próprias vontades – individualismo exacerbado.
• Anomia – ausência de norma, falta de regras e de limites. Perdem-se os valores comuns pelos quais os indivíduos se orientam.
• Exemplo: conflitos ocorridos nos primeiros tempos do capitalismo: indivíduos desorientados pela falta de regulamentação das atividades econômicas.
• Saída – construir uma nova moral no mundo do trabalho querela condizente com os valores da sociedade industrial.
ÉTICA E MERCADO
• O bem estar coletivo não pode advir da satisfação egoísta dos interesses individuais.
• Nas sociedades complexas a família e a religião deixaram de ser eficazes como instituições integradoras.
• Saída – mercado de trabalho e de trocas onde as pessoas passam a maior parte do tempo. Nesse ambiente é que os indivíduos vai perceber que é impossível viver sem a cooperação de todos.
• Mercado precisa de uma ética que deve ser maior que a lógica econômica.
• A regulação da ética do trabalho deve ser realizado pelas corporações profissionais (que unificariam tanto os "patrões" quanto os "empregados").
FATOS SOCIAIS
• "Os fatos sociais são coisas" (Durkheim).
• Durkheim refere-se a qualquer coisa, própria da sociedade a que pertence um indivíduo, capaz de exercer algum tipo de coerção sobre ele.
• Exemplos: regras jurídicas e morais, dogmas religiosos, sistema financeiro, costumes de uma sociedade.
FATOS SOCIAS – 3 PRINCÍPIOS
1) Coercitividade: força que exercem sobre os indivíduos, obrigando-os a se conformar com as regras, normas e valores sociais;
2) Exterioridade: padrões exteriores aos indivíduos e independentes de sua consciência;
3) Generalidade: são coletivos e permeiam toda a sociedade sobre a qual atuam.
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