1º encontro catrinense dos comitÊs de Ética em pesquisa universidade federal de santa catarina -...

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1º ENCONTRO CATRINENSE DOS COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA

Universidade Federal de Santa Catarina - Dias 10 e 11 de Agosto de 2006 - Florianópolis

A PROPRIEDADE INTELECTUAL DA PESQUISA

©Maria Brasil de Lourdes Silva Universidade Federal do Pará

A PROPRIEDADE INTELECTUAL COMPREENDE:

• DIREITOS DO AUTOR – LEI n. 9.610, de 19/02/1998.

• PROPRIEDADE INDUSTRIAL – LEI n. 9.279, de 14/05/1996.

• SOFTWARE - LEI n. 9.609, de 19/02/1998.• CULTIVARES n. 9.456, de 25/04/1997.• RECURSO GENÉTICO ASSOCIADO AO

CONHECIMENTO TRADICIONAL – MP

DIREITOS DO AUTOR

• As criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro.

AUTORIA

• Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.

NATUREZA JURÍDICA

• DIREITOS MORAIS - O de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra; dentre outros).

• DIREITOS PATRIMONIAIS - O direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor de obra literária, artística ou científica.

DO REGISTRO

• A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.

• Porém, é facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido em Lei (Art. 17 da Lei 5.988, de 14/12/1973)

www.ufpa.br/propesp/spi

DA DURAÇÃO

• Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil

PROPRIEDADE INDUSTRIAL

• concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;

• concessão de registro de desenho industrial;

• concessão de registro de marca;

• repressão às falsas indicações geográficas; e

• repressão à concorrência desleal.

PATENTE

É UM TÍTULO DE PROPRIEDADE CONCEDIDO PELO ESTADO AOS INVENTORES PARA EXPLORAR COM EXCLUSIVIDADE O OBJETO PROTEGIDO, POR UM PERÍODO DE TEMPO NUM DETERMINADO TERRITÓRIO.

TIPOS

• INVENÇÃO

• MODELO DE UTILIDADE

DURAÇÃO

• PI - 20 ANOS

• MU - 15 ANOS

VALIDADE TERRITORIAL

• A PATENTE SÓ TEM VALIDADE NO PAÍS QUE A CONCEDE.

• UMA INVENÇÃO PATENTEADA EM OUTRO PAÍS E NÃO CONCEDIDA NO BRASIL, AQUI É DE DOMÍNIO PÚBLICO.

DIREITO DE PRIORIDADE

• O pedido de patente em um país membro da Convenção da União de Paris gera o direito de prioridade. Este direito ressalva o requisito novidade para que o pedido possa ser apresentado nos demais países da União.

TRATADO DE COOPERAÇÃO EM MATÉRIA DE PATENTES

• Um pedido de patente de invenção ou modelo de utilidade pode ser efetuado no Brasil, sendo válido para os demais países membros do Tratado que o requerente designar. A concessão da patente no exterior, está sujeita às leis de cada país ou região.

DESENHO INDUSTRIAL

• É a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial

VIGÊNCIA

• O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.

• O pedido de prorrogação deverá ser formulado durante o último ano de vigência do registro, instruído com o comprovante do pagamento da respectiva retribuição.

MARCA

• É todo sinal distintivo visualmente perceptível, não compreendidos nas proibições legais.

TIPOS DE MARCA

• marca de produto ou serviço.

• marca de certificação.

• marca coletiva.

PROTEÇÃO ESPECIAL

• ALTO RENOME

• NOTORIAMENTE CONHECIDA

VIGÊNCIA

• O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

• Indicação de Procedência - É o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

• Denominação de Origem - É o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

PROGRAMA DE COMPUTADOR• É a expressão de um conjunto organizado

de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

REGISTRO

• Facultativo

• Órgão responsável – Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI

VIGÊNCIA

• A tutela dos direitos relativos a programa de computador pelo prazo de cinqüenta anos, contados a partir de 1º. de janeiro do ano subseqüente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

REGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES

• Facultativo.

• Órgão responsável –Serviço Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da Agricultura. http://www.agricultura.gov.br/sarc/dfpv/snpc.htm

CULTIVAR

• É a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.

VIGÊNCIA

• A proteção da cultivar vigorará, a partir da data da concessão do Certificado Provisório de Proteção, pelo prazo de quinze anos, excetuadas as videiras, as árvores frutíferas, as árvores florestais e as árvores ornamentais, inclusive, em cada caso, o seu porta-enxerto, para as quais a duração será de dezoito anos.

• Decorrido o prazo de vigência do direito de proteção, a cultivar cairá em domínio público e nenhum outro direito poderá obstar sua livre utilização.

2.186-16, de 23.08.2001

RECURSO GENÉTICO

• Convenção da Diversidade Biológica - Decreto nº 2.519 de 16.03.1998 ;

• Constituição Federal – Art. 225 e seguintes;• Medida Provisória 2.186-16, de 23.08.2001;• Decreto nº 3.945, de 28.09.2001; • Decreto nº 5.459, de 07.06.2005 (Sanções

Administrativas).

CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA

• Os Estados, em conformidade com a Carta das nações Unidas e com os princípios de Direito internacional, têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos segundo suas políticas ambientais, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

• Art 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

• ....

• II preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. (SNUC – Lei de Biossegurança).

Medida Provisória 2.186-16• Esta Medida Provisória dispõe sobre os bens, os direitos e

as obrigações relativos:• I - ao acesso a componente do patrimônio genético

existente no território nacional, na plataforma continental e na zona econômica exclusiva para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção;

• II - ao acesso ao conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético, relevante à conservação da diversidade biológica, à integridade do patrimônio genético do País e à utilização de seus componentes;

• III - à repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da exploração de componente do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado; e

• IV - ao acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para a conservação e a utilização da diversidade biológica.

CONSELHO GESTOR DO PATRIMÔNIO GENÉTICO

• Novas Regras: A fim de simplificar o processo de obtenção de autorização para a pesquisa científica foram adotados novos procedimentos referentes à MP 2.186-16: 1) O Ibama foi credenciado pelo CGEN: agora as autorizações de coleta, acesso e remessa deverão ser requeridas unicamente ao Ibama; 2) Quando a coleta ocorrer em áreas privadas, não é mais necessária a apresentação de anuência prévia formal como requisito para a autorização de acesso, desde que atendido o disposto no art. 1º da Resolução 08 do CGEN, de 24 de setembro de 2003; 3) A partir de agora as solicitações de autorização de acesso e remessa terão duas entradas:

• Caberá ao IBAMA; • Pesquisa científica que envolva acesso a componente do

patrimônio genético, não seja para fins de bioprospecção ou desenvolvimento tecnológico e não envolva acesso a conhecimento tradicional associado.

CONSELHO GESTOR DO PATRIMÔNIO GENÉTICO

• Caberá ao CGEN: Pesquisa científica que envolva acesso a componente do patrimônio genético, com potencial de uso econômico, como bioprospecção ou desenvolvimento tecnológico;

• Pesquisa científica que envolva acesso a conhecimentos tradicionais associados, independentemente de haver potencial de uso econômico.

Como proteger?• EDA/FBN – Representação na Universidade Federal do

Pará – www.ufpa.br/propesp/spi• Escola de Belas Artes da UFRJ - www.eba.ufrj.br • Registro de Obras de Engenharia, Arquitetura e

Urbanismo- Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA

• www.confea.org.br Registro de Programas de ComputadorInstituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI- www.inpi.gov.br

• www.mma.gov.br/port/cgen

AVALIAÇÃO ÉTICA

• REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS• LEI 92.79/96 (PATENTES) - ART. 88 a 94

DECRETO 2.553, DE 16/04/98

RESOLUÇÃO 196/96

• PREÂMBULO - LEI 9.279/96

Resolução 196 – Repartição de Benefícios

• p) assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefícios resultantes do projeto, seja em termos de retorno social, acesso aos procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa (RES. 196, III.3)

ART. 91 – LEI 9.279/96

• Art. 91. A propriedade de invenção ou de modelo de utilidade será comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa disposição contratual em contrário.

Resolução n. 292, de 08/07/1999COOPERAÇÃO ESTRANGEIRA

• IV – Os ônus e benefícios advindos do processo de investigação e dos resultados da pesquisa devem ser distribuídos de forma justa entre as partes envolvidas, e devem estar explicitados no protocolo.

• V – O pesquisador e a instituição nacionais devem estar atentos às normas e disposições legais sobre remessa de material para o exterior e às que protegem a propriedade industrial e/ou transferência tecnológica (Lei nº 9.279 de 14/05/96 que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, Decreto nº 2.553/98 que a regulamenta e Lei nº 9.610/98 sobre direito autoral), explicitando, quando couber, os acordos estabelecidos, além das normas legais vigentes sobre remessa de material biológico para o exterior.

Resolução n. 304, de 09/08/2000POVOS INDÍGENAS

• 4 – Será considerado eticamente inaceitável o patenteamento por outrem de produtos químicos e material biológico de qualquer natureza obtidos a partir de pesquisas com povos indígenas.

Resolução n. 347, de 13/01/2005Armazenamento e Utilização de material

biológico humano

• 5.1. O pesquisador e instituição brasileiros deverão ser considerados como cotistas do banco, com direito de acesso ao mesmo para futuras pesquisas. Dessa forma, o material armazenado não poderá ser considerado como propriedade exclusiva de país ou instituição depositária.

Muito Obrigado!

• E-mail: spi@ufpa.br

• mbls@ufpa.br

• www.ufpa.br/propesp/spi

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