1 ajuste ao valor de mercado dos estoques nos casos em que há evidência de que o valor da...

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1 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

Nos casos em que há evidência de que o valor da realização das mercadorias, por sua venda durante o curso normal dos negócios, será inferior ao de custo – seja devido a deterioração, obsolescência, mudanças de níveis de preços ou outras causas -, essa diferença

deve ser reconhecida como Perda Contábil do Exercício Corrente.

2 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

Para isso deve-se reduzir o valor dessas mercadorias a um nível mais baixo, geralmente designado como valor

de mercado, mediante ajuste em conta específica.

3 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

O conceito de custo ou mercado estabelecido nas regras não abrange os bens de almoxarifado.

4 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

O termo mercado usado na frase “custo ou mercado, dos dois o menor”, significa o custo corrente de

reposição ou valor justo, correspondente a tipo e quantidades normalmente adquiridas pela empresa ou

preço líquido de realização, com exceção de que:

5 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

- O valor de mercado não deve exceder ao preço líquido de realização, isto é, preço estimado de venda no curso normal dos negócios menos os impostos e

demais despesas necessárias para venda e entrega de bens.

6 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

- O valor de mercado não deve ser inferior ao preço líquido de realização deduzida a margem de lucro.

7 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

Como regra geral, a comparação entre custo e mercado de produtos em processo deve ser feita com base na

estimativa dos custos incorridos para

terminá-los e o preço líquido de realização como produto acabado.

8 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

O custo da matéria prima não deverá ser reduzido ao de reposição, se este for mais baixo, nos casos em que o produto final a ser fabricado com essa matéria-prima,

avaliada ao preço de custo, proporcionar razoável margem de lucro.

9 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

As reduções de estoques a valores inferiores ao custo histórico, devem ser computadas separadamente por

itens individuais ou grupos de itens similares, conforme for mais apropriado.

10 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

O Inciso 1. do art. 183 da Lei n. 6.404/76 conceitua o termo valor de mercado da seguinte maneira: o preço pelo qual possam ser reposto, mediante compra no

mercado, ou seja, o custo de reposição de cada material comprado em quantidade usuais.

11 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

No caso das matérias-primas e demais materiais adquiridos de terceiros, para os quais estejam

disponíveis os valores de reposição, a obtenção da informação quanto ao valor de mercado não é tarefa

muito complexa.

12 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

Para a FIPECAFI – USP, nos casos de produtos fabricados ou de mercadorias adquiridas para revenda,

o “mercado” representa o valor líquido realizável de cada item, o qual por sua vez é apurado pelo líquido

entre o preço de venda do item e as despesas diretamente relacionada com a venda do produto e a cobrança de seu valor, tais como comissões, fretes,

embalagens, taxas e desconto de duplicatas .

13 AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DOS

ESTOQUES

Despesas com propaganda, despesas gerais, administrativas etc., que beneficiam não diretamente um

produto, mas genérica e constantemente todos os produtos da sociedade, não devem ser incluídas nesta

determinação de despesas para vender e receber.

14

Adoção de IFRS pela primeira vez, segundo o IFRS 1.

Existem duas premissas muito importantes quanto à preparação das demonstrações contábeis em IFRS.

A primeira premissa é que a contabilidade é utilizada para gravar todas as transações de uma entidade

15

Adoção de IFRS pela primeira vez, segundo o IFRS 1.

A segunda premissa utilizada na preparação das demonstrações contábeis em IFRS é a de que a entidade esta em funcionamento e em curso normal de negócios.

Esta premissa foca no fato de que a entidade não tem à intenção nem a necessidade de liquidar ou reduzir significativamente a escala de suas operações

16 Alguns conceitos importantes para o entendimento da aplicação do IFRS

Definição da vida econômica e vida útil de determinado Ativo:

“Benefício Econômico “ é aquele que uma entidade atinge após exercer dada função ou atividade.

Portanto o Benefício Econômico: A busca do benefício econômico que fluirá para a entidade em período futuros é um fator muito importante para qualquer entidade,

17 Alguns conceitos importantes para o entendimento da aplicação do IFRS

É fácil identificar determinados ativos intangíveis que existem na contabilidade em IFRS que demonstram claramente a existência desses benefícios econômicos para a entidade.

18 Alguns conceitos importantes para o entendimento da aplicação do IFRS

ExempIo: Imagine uma lista de clientes ativos mantidos pela entidade que gerarão vendas futuras e portanto uma margem de lucro para a entidade.

Outro exemplo seria a aquisição de uma máquina que produzirá diversas unidades de um produto em períodos futuros.

Esses produtos serão vendidos e os esforços da máquina se converterão em Benefícios Econômicos nesses períodos

19 Alguns conceitos importantes para o entendimento da aplicação do IFRS

Vida útil e vida econômica: Muitas pessoas se confundem ao relacionarem a vida útil com vida econômica de determinado ativo.

A vida útil de um ativo seria a quantidade de tempo que uma entidade deseja usar determinado ativo.

Exemplo: Se uma entidade que atua no segmento de transportes deseja utilizar um ônibus por apenas dois anos para a geração de receitas, a vida útil do ônibus será de dois anos.

20 Alguns conceitos importantes para o entendimento da aplicação do IFRS

A vida econômica é a quantidade de tempo que um bem dura.

Exemplo: Uma entidade compra uma máquina e, no manual de utilização do equipamento, descreve que a máquina trabalhará durante dez anos sem manutenção essencial para o seu funcionamento.

O prazo de dez anos seria a vida econômica do bem.

21 Objetivo do IFRS 1

O objetivo do IFRS 1 é assegurar que as entidades que vão adotar o IFRS pela primeira vez tenham um plano para a transição.

O IFRS 1 será somente usado no primeiro ano de adoção, e servirá de guia para as entidades apresentarem as demonstrações contábeis em IFRS pela primeira vez.

22 Objetivo do IFRS 1

As Demonstrações contábeis em IFRS devem proporcionar:

-Transparências aos usuários e comparabilidade para todos os períodos apresentados;

-Um adequado ponto de partida para a contabilidade segundo o IFRS e conforme normas emitidas pelo IASB;

- Geração de informações a um custo que não exceda os benefícios para os usuários.

23 Objetivo do IFRS 1

O IFRS 1 requer um compromisso a ser cumprido com cada IFRS efetiva a data da comunicação para a primeira demonstração contábil em IFRS.

O IFRS 1 requer que uma entidade apresente um balanço de abertura como um ponto inicial.

As informações mais relevantes que devem ser incluídas no balanço de abertura são:

24 Informações Relevantes

-Reclassificar itens de Gaaps anteriores que não estejam alinhados com as classificações adotadas no IFRS para ativos, passivos ou itens do Patrimônio Líquido.

-Seguir os princípios do IFRS quanto a não reconhecerem itens como ativos ou passivos se os IFRSs não permitirem esse reconhecimento.

-Reconhecimento de todos os ativos e passivos cujo reconhecimento seja exigido pelo IFRS.

- Adotar o IFRS na mensuração de todos os ativos e passivos reconhecidos.

25 Principais características do IFRS 1

O IFRS 1 concede isenções limitadas para áreas especificas onde o custo de atendimento pleno de todos os IFRS e a remontagem das operações do passado excederiam os benefícios para os usuários.

26 Principais características do IFRS 1

O IFRS 1 também proíbe a aplicação retrospectiva do IFRS em algumas áreas especialmente quando da aplicação retrospectiva possa exigir opinião de juízo sobre algum evento passado ou após o resultado de determinada operação que já é conhecida.

27 Principais características do IFRS 1

O IFRS 1 exige divulgações que explicam a transição entre o IFRS e os princípios contábeis anteriores e como foi afetada a posição financeira e patrimonial da entidade, o desempenho financeiro e o fluxo de caixa das operações, financiamento e investimento.

28 Definição de Termos

A data de transição para o IFRS é considerada a mais antiga que uma entidade apresenta plena informação comparativa. As informações comparativas sempre deverão comparar as demonstrações contábeis de mesma base. Dessa forma, a entidade deverá comparar o IFRS de 2010 com o de 2009, e as duas bases contábeis comparativas deverão estar em IFRS.

Exemplo: Você decide publicar o IFRS em 2010 comparativo com o de 2009. Sua data de transição para o IFRS é de 1. de Janeiro de 2009

29 Primeiras Demonstrações contábeis em IFRS

As primeiras demonstrações contábeis em que uma entidade adota o IFRS devem conter uma declaração explícita e sem reservas de conformidade com todas as normas do IFRS, tal como emitidas pelo IASB.

Exemplo: Declaração de adoção do IFRS pela primeira vez: A Entidade decide publicar demonstrações contábeis utilizando o IFRS para o ano de 2010 comparativo com os anos de 2009. Essa entidade deve fazer uma declaração explícita de que o conjunto de demonstrações contábeis está em conformidade com o IFRS emitido pelo IASB.

30 Primeiras Demonstrações contábeis em IFRS

É importante a entidade ter conhecimento e definir claramente o ano em que fará a transição para o IFRS, pois somente nesse ano ela utilizará o IFRS 1 e suas exceções na data de adoção.

E para cumprir o IAS 1 Apresentação de Demonstrações Contábeis, uma entidade que adote o IFRS pela primeira vez deve incluir pelo menos um ano de informação comparativa.

31 BALANÇO DE ABERTURA

É necessário preparar o balanço de abertura em IFRS, quando uma entidade está adotando o IFRS pela primeira vez (publicado ou não publicado). O balanço de abertura define a data de transição entre os princípios contábeis anteriores e o IFRS.

Exemplo: Determinação da data do balanço de abertura: Você decide publicar as demonstrações contábeis em IFRS em 2008, incluindo comparativos com o ano de 2007. Seu balanço de abertura em IFRS será 1. de Janeiro de 2007.

32 GAAP ANTERIOR

Os princípios contábeis geralmente aceitos ou Gaap anteriores são aqueles utilizados anteriormente à data das primeiras demonstrações contábeis publicadas em conformidade com IFRS.

Exemplo: Você decide publicar as demonstrações em IFRS para 2010, com período comparativo com 2009. Anteriormente você preparava suas demonstrações contábeis utilizando os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil, ou BR Gaap, consequentemente, o Br Gaap é considerado o seu Gaap anterior para fins de transição para o IFRS.

33 DATA DA APRESENTAÇÃO

A data de apresentação refere-se diretamente ao período coberto pelas últimas demonstrações contábeis que pode ser anual, semestral ou trimestral, para determinada data-base.

Exemplo: Uma entidade decide publicar suas demonstrações contábeis em IFRS para o exercício de 2008 comparativas com o exercício de 2007. Para ambos os períodos, a entidade deve fazer uma declaração explícita e sem reservas de que as demonstrações contábeis foram preparadas em conformidade com todas as normas do IFRS. Seu primeiro relatório em IFRS será em 31 de dezembro de 2008.

34 ESCOPO

Portanto uma Entidade deve aplicar o IFRS 1 quando:

a)Na adoção do IFRS pela primeira vez das demonstrações contábeis, e;

b) Em cada relatório financeiro se for o caso que apresentar sob o IAS 34;

c) Na preparação das demonstrações contábeis segundo o IFRS apenas para uso interno, sem torná-las disponíveis para os sócios da entidade ou quaisquer outros usuários externos.

35 ESCOPO

Exemplos Somente para uso interno:

Você decide publicar as demonstrações contábeis em IFRS para 2010 comparativo com o ano de 2009. A entidade faz uma declaração explícita e com ressalvas de não conformidade com todos os IFRS.

Nesse caso, as demonstrações contábeis foram preparadas para uso interno e os ajustes para as normas consideradas foram verificadas somente pelos diretores da entidade.

36 ESCOPO

Exemplo: Relatório de Auditoria com ressalvas: Voce decide publicar as demonstrações contábeis em IFRS para 2010 sem comparativos com o ano de 2009. No entanto, a entidade fez uma declaração explícita e sem ressalvas de conformidade com o IFRS.

Nesse caso, provavelmente os auditores externos incluiriam uma ressalva no parecer de auditoria da entidade pela não conformidade com o IAS 1 quanto a comparabilidade das demonstrações contábeis em IFRS.

37 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

BALANÇO DE ABERTURA EM IFRS:

Uma entidade deve preparar um balanço de abertura em IFRS na data de transição.

Esse é o ponto de partida para a contabilização segundo o IFRS.

38 POLITICAS CONTÁBEIS

Ao adotar o IFRS uma entidade modifica diversas políticas contábeis anteriores e assume um compromisso de uso do IFRS 1 para a preparação das demonstrações contábeis em IFRS.

.

39 POLITICAS CONTÁBEIS

Por isto ao adotar o IFRS pela primeira vez, uma entidade deve apresentar uma reconciliação das demonstrações contábeis mais recentes publicadas em conformidade com Gaap anterior, como por exemplo:

-No âmbito nacional que não sejam consistentes com o IFRS em todos os aspectos e,

- Em conformidade com os IFRS em todos os aspectos.

40 POLITICAS CONTÁBEIS

-Entretanto o IFRS 1 não se aplica as alterações nas políticas contábeis feitas por uma entidade que já adota o IFRS.

-Uma entidade deve usar as mesmas políticas contábeis no seu balanço de abertura em IFRS e em todos os períodos apresentados nas suas primeiras demonstrações contábeis em IFRS e devem ser padronizadas para todos os anos.

41 POLITICAS CONTÁBEIS

-Exemplo: Aplicação consistente da versão mais atualizada do IFRS.

-A data das demonstrações contábeis de uma entidade que está adotando o IFRS pela primeira vez é de 31 de dezembro de 2007.

-Sua data de transição para o IFRS é o início das atividades em 1. de Janeiro de 2006, porém, a entidade necessita aplicar todas as normas vigentes em 2007, retrospectivamente.

42Adoção Inicial

Tempo

Informação comparativa é apresentada para pelo menos 1 ano (exceções—veja §35.11)

Período contábil para o qual as 1as DCs em IFRS para PMEs são apresentadas

Data de transição para o IFRS para PMEs

Data da DC.

Balanço de abertura em IFRS para PME

Usar a versão do IFRS para PMEs em vigor na data da DC.

Aplicar aquela versão do IFRS para PMEs no balanço de abertura em IFRS para PMEs e para todos os períodos apresentados nas primeiras DCs em IFRS para PMEs.

43 ISENÇÕES DO IFRS 1.

Uma entidade pode optar pelo uso de uma ou mais das seguintes isenções:

1. Utilização de valor justo ou valor de reavaliação como custo implícito na transição para o IFRS. (No Brasil excluiu-se a Reavaliação).

2. Combinação de negócios

3. Benefícios a Funcionários

4. Diferenças acumuladas na conversão de balanço de subsidiárias no exterior

5. Instrumentos financeiros compostos

6. Data de transição para controladas, coligadas e joint ventures

7. Designação de ativos e passivos financeiros na data de transição para o IFRS

44 ISENÇÕES DO IFRS 1.

Uma entidade pode optar pelo uso de uma ou mais das seguintes isenções:

8. Remuneração com base em ações

9. Contratos de seguros

10.Passivos por restauração ou desmantelamento de ativos

11.Contratos de arrendamento mercantil

12.Avaliação a valor justo de instrumentos financeiros sem mercado ativo em seu reconhecimento inicial

13.Ativo financeiro ou ativo intangível contabilizado em conformidade com o IFRS 12 (Service Concession Arrangement)

14.Capitalização de juros de empréstimos

45

ISENÇÕES DO IFRS 1 - EXEMPLO: CONTRATOS DE SEGUROS

Uma Seguradora que adote o IFRS pela primeira vez pode aplicar as disposições transitórias do IFRS 4. O IFRS 4 restringe as alterações nas políticas contábeis para contratos de seguro, incluindo as mudanças feitas por uma entidade que está adotando o IFRS pela primeira vez.

A companhia de seguros ou qualquer outra entidade que tenha operações que se qualificam dentro do IFRS 4 também podem usar todas as isenções para o primeiro ano de adoção.

46

ISENÇÕES DO IFRS 1 - EXEMPLO PRÁTICO: CONTINUAÇÃO DE PRÁTICA

CONTÁBIL PARA CONTRATOS DE SEGUROS

A Seguradora A transita para o IFRS em 1. de Janeiro de 2009 e aplica BR Gaap e normas emitidas pela Susep na avaliação dos contratos de seguro segundo o Gaap anterior.

Ao utilizar a isenção do IFRS 1, a seguradora A pode continuar avaliando seus contratos de seguros segundo o BR Gaap (Gaap anterior), sujeito a condições mínimas de classificação de contratos, testes de adequacidade dos passivos e outros requerimentos do IFRS 4, caso opte por utilizar essa isenção.

47

EXCEÇÕES A APLICAÇÃO RETROSPECTIVA DE OUTROS IFRS

O IFRS 1 proíbe a aplicação retrospectiva de alguns aspectos de outros IFRS relativos a:

1. Baixa de ativos e de passivos financeiros

2. Hedge accounting

3. Estimativas

4. Classificação dos ativos destinados a venda e unidades operacionais descontinuadas

5. Participações de acionistas não controladores

48

EXCEÇÕES A APLICAÇÃO RETROSPECTIVA DE OUTROS IFRS - EXEMPLO PRÁTICO: BAIXA DE

ATIVOS E DE PASSIVOS FINANCEIROS

Se uma Entidade adotar o IFRS pela primeira vez e baixar um ativo ou um passivo financeiro não derivativos segundo os Gaap anteriores como resultados de uma operação que ocorreu antes de 1. Janeiro de 2004, ela não deve reconhecer esses Ativos e Passivos segundo as IFRS.

49

Na divulgação de informações, os usuários também encontrarão informações úteis sobre os outros ajustes que afetaram o balanço de abertura em IFRS.

Como uma reconciliação poderia ser volumosa, o IFRS exige a divulgação de informações sobre esses ajustes em forma narrativa, assim como sobre os ajustes relacionados ao fluxo de caixa.

50

1. As informações sobre mudanças nas políticas contábeis ajudam a explicar a transição para o IFRS.

512. As informações sobre erros ajudam os usuários a avaliar a confiabilidade das informações financeiras.

Além disso, uma falha de divulgação e/ou o efeito de erros materiais seriam obscuros se não existisse essa divulgação dos resultados da eficácia da gestão ou da responsabilidade da gestão para os recursos que são confiados a administração

52

Uma reconciliação do patrimônio líquido segundo o Gaap anterior e o IFRS deverá conter:

A data de transição para o IFRS:

- O fim do último período em que a entidade apresentou demonstrações contábeis anuais mais recentes segundo o Gaap anterior.

- Exemplo Prático: Você decide publicar o IFRS em 2010 comparativos com o ano de 2009. Sua data de transição para o IFRS é de 1 de janeiro de 2009. Será necessária a apresentação de reconciliações do patrimônio líquido segundo o Gaap anterior e IFRS para 1 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010.

53

RELATÓRIOS FINANCEIROS TRIMESTRAIS

O IAS 34 estabelece que os relatórios financeiros trimestrais são destinados a proporcionar uma atualização sobre o mais recente conjunto completo de demonstrações contábeis anuais.

Assim o IAS 34 exige menos divulgações em demonstrações contábeis trimestrais do que o IFRS exige em demonstrações contábeis anuais.

Portanto uma Entidade ao adotar o IFRS pela primeira vez e divulga relatórios trimestrais deve seguir o IAS 34 e incluir informações suficientes que permitam aos usuários compreender o modo como a transição para o IFRS afetou os relatórios anuais, bem como os trimestrais.

54

EXEMPLO PRÁTICO: RECONCILIAÇÃO DO RESULTADO - RELATÓRIOS FINANCEIROS TRIMESTRAL

Você decide publicar o IFRS em 31 de Dezembro de 2010 e um relatório financeiro trimestral para seis meses para 30 de junho 2010.

Sua entidade possui relatórios semestrais, sendo o último publicado em 30 de junho 2009. (produzindo segundo o Gaap anterior).

Voce precisará divulgar reconciliações entre o patrimônio líquido e resultado entre os dois conjuntos de demonstrações, para o período anual e semestral.

55AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

SÃO DEFINIDOS COMO AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL AS CONTRAPARTIDAS DE AUMENTOS

OU REDUÇÕES DE VALORES ATRIBUÍDOS A COMPONENTES DO ATIVO E DO PASSIVO EM

DECORRÊNCIA DA SUA AVALIAÇÃO A PREÇO DE MERCADO

56AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

OS REGISTROS NAS CONTAS DE COMPONENTES DO ATIVO E DO PASSIVO CONTINUAM A SER

INICIALMENTE PELO VALOR DE CUSTO, MAS SEMPRE QUE HOUVER MUDANÇA NO VALOR DE MERCADO, SUPERIOR OU INFERIOR AO VALOR

ORIGINAL, ESTE DEVERÁ SER ATUALIZADO POR MEIO DA CONTA AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL, CLASSIFICADA NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

57AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

AS CONTAS DE AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL SERÃO CLASSIFICADAS NO GRUPO

“AJUSTE DE AVALIAÇÕES PATRIMONIAIS” DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, PODENDO TER SALDO

CREDOR OU DEVEDOR (RETIFICADORA) DEPENDENDO DO FATO AJUSTADO.

58AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

OS AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL VIERAM SUBSTITUIR AS RESERVAS DE REAVALIAÇÕES,

EXECUTADAS EM IMÓVEIS, CONFORME LEI N0

11.638/07 E PERMANECERÃO NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATÉ A SUA REALIZAÇÃO, EM OBEDIÊNCIA

AO REGIME DE COMPETÊNCIA.

59EXEMPLO 1:

VAMOS CONSIDERAR A REAVALIAÇÃO DE UM IMÓVEL

DE VALOR HISTÓRICO DE

R$ 300.000,00

PARA

R$ 450.000,00

60ESCRITURAÇÃO

REGISTRO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO

D

C

IMÓVEIS

AJUSTE DE AVALIAÇÃOPATRIMONIAL DE IMÓVEIS

R$ 150.000,00

R$ 150.000,00

61REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

O AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL NÃO ESTÁ FINANCEIRAMENTE DISPONÍVEL NESTE PRIMEIRO

MOMENTO, E, POR ISSO, SOMENTE DEPOIS DE REALIZADO DEVERÁ SER COMPUTADO NO

RESULTADO.

62REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

ASSIM SUA REALIZAÇÃO SE DARÁ QUANDO O BEM REAVALIADO:

1) SOFRER DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO;

63

REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO QUE O LAUDO INFORMOU QUE A VIDA ÚTIL DO PRÉDIO É DE 20

ANOS, TEREMOS UMA DEPRECIAÇÃO ANUAL DE 5% PELO MÉTODO DA LINHA RETA.

64

CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

CONTA: IMÓVEL

Saldo: Valor Original .............R$ 300.000,00

Valor Reavaliação..... R$ 150.000,00

Total: R$ 450.000,00

Composição da Depreciação:

Valor Original: 5% de R$ 300.000,00 = R$ 15.000,00

Valor Reavaliação: 5% de R$ 150.000,00 = R$ 7.500,00

Total: = R$ 22.500,00

65

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

D

C

DEPRECIAÇÕES

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMÓVEIS

R$ 22.500,00

R$ 22.500,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

D

C

RESULTADO DO EXERCÍCIO

DEPRECIAÇÕES

R$ 22.500,00

R$ 22.500,00

66

REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

PORTANTO O IMÓVEL FOI DEPRECIADO E O VALOR CORRESPONDENTE FOI REGISTRADO NA CONTA DESPESAS COM DEPRECIAÇÕES E TRANSFERIDA PARA A CONTA RESULTADO DO

EXERCÍCIO,

EM SEGUIDA DEVE-SE FAZER O REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL DO IMÓVEL :

Valor Realizado: 5% de R$ 150.000,00 = R$ 7.500,00

67

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

DO IMÓVEL D

C

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

GANHO DE CAPITAL

R$ 7.500,00

R$ 7.500,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA

D

C

GANHO DE CAPITAL

RESULTADO DO EXERCÍCIO

R$ 7.500,00

R$ 7.500,00

68EXEMPLO 2:

EM CASOS DE ALIENAÇÃO, A REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL SERÁ TOTAL.

VAMOS CONSIDERAR QUE O IMÓVEL FOI VENDIDO POR R$ 670.000,00

69

CONSIDERANDO OS DADOS DO IMÓVEL TEMOS:

CONTAS: SALDOS:

IMÓVEIS R$ 450.000,00

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

DE IMÓVEL (R$ 22.500,00)

AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL DE IMÓVEIS R$ 150.000,00

70

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DO INGRESSO DA RECEITA

D

C

CAIXA OU BANCO

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

R$ 670.000,00

R$ 670.000,00

REGISTRO DA BAIXA DO IMÓVEL

D

C

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

IMÓVEIS

R$ 450.000,00

R$ 450.000,00

71

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA BAIXA DA DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

D

C

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMÓVEIS

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

R$ 22.500,00

R$ 22.500,00

REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

D

C

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

R$ 142.500,00

R$ 142.500,00

72

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DO SALDO DA CONTA GANHOS OU

PERDAS DE CAPITAL D

C

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

GANHO DE CAPITAL

R$ 385.000,00

R$ 385.000,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DA CONTA GANHOS DE CAPITAL

D

C

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

RESULTADO DO EXERCÍCIO

R$ 385.000,00

R$ 385.000,00

73EXEMPLO 3:

VAMOS CONSIDERAR A REAVALIAÇÃO DE UM IMÓVEL

DE VALOR HISTÓRICO DE

R$ 300.000,00

PARA

R$ 295.000,00

74ESCRITURAÇÃO

REGISTRO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO

D

C

AJUSTE DE AVALIAÇÃOPATRIMONIAL DE IMÓVEIS

IMÓVEIS

R$ 5.000,00

R$ 5.000,00

75REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

A CONTA AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS SERÁ REPRESENTADA NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, SUBGRUPO AJUSTES DE AVALIAÇÕES

PATRIMONIAIS COM O SINAL NEGATIVO (-), RETIFICADORA

76REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

O AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL NÃO ESTÁ FINANCEIRAMENTE DISPONÍVEL NESTE PRIMEIRO

MOMENTO, E, POR ISSO, SOMENTE DEPOIS DE REALIZADO DEVERÁ SER COMPUTADO NO

RESULTADO.

77REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

ASSIM SUA REALIZAÇÃO SE DARÁ QUANDO O BEM REAVALIADO:

1) SOFRER DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO;

78

CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

CONTA: IMÓVEL

Saldo: Valor Original .............R$ 300.000,00

Valor Reavaliação..... R$ (5.000,00)

Total: R$ 295.000,00

Composição da Depreciação:

Valor Original: 5% de R$ 300.000,00 = R$ 15.000,00

Valor Reavaliação: 5% de R$ 295.000,00 = R$ 14.750,00

Total: = - R$ 250,00

79

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

D

C

DEPRECIAÇÕES

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMÓVEIS

R$ 14.750,00

R$ 14.750,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DA DEPRECIAÇÃO ENCARGO DO EXERCÍCIO

D

C

RESULTADO DO EXERCÍCIO

DEPRECIAÇÕES

R$ 14.750,00

R$ 14.750,00

80

REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

PORTANTO COMO O IMÓVEL FOI DEPRECIADO E O VALOR CORRESPONDENTE FOI REGISTRADO NA CONTA DESPESAS COM DEPRECIAÇÕES E TRANSFERIDA PARA A CONTA RESULTADO DO

EXERCÍCIO,

EM SEGUIDA DEVE-SE FAZER O REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL DO IMÓVEL :

Valor Realizado: 5% de R$ 5.000,00 = R$ 250,00

81

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

DO IMÓVEL D

C

PERDA DE CAPITAL

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

R$ 250,00

R$ 250,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA

D

C

RESULTADO DO EXERCÍCIO

PERDA DE CAPITAL

R$ 250,00

R$ 250,00

82EXEMPLO 4:

EM CASOS DE ALIENAÇÃO, A REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL SERÁ TOTAL.

VAMOS CONSIDERAR QUE O IMÓVEL FOI VENDIDO POR R$ 400.000,00

83

CONSIDERANDO OS DADOS DO IMÓVEL TEMOS:

CONTAS: SALDOS:

IMÓVEIS R$ 295.000,00

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

DE IMÓVEL (R$ 14.750,00)

AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL DE IMÓVEIS (R$ 4.750,00)

84

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DO INGRESSO DA RECEITA

D

C

CAIXA OU BANCO

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

R$ 400.000,00

R$ 400.000,00

REGISTRO DA BAIXA DO IMÓVEL

D

C

GANHO OU PERDA DE CAPITAL

IMÓVEIS

R$ 295.000,00

R$ 295.000,00

85

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA BAIXA DA DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

D

C

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMÓVEIS

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

R$ 14.750,00

R$ 14.750,00

REGISTRO DA REALIZAÇÃO DO AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

D

C

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

R$ 4.750,00

R$ 4.750,00

86

ESCRITURAÇÕES REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DO SALDO DA CONTA GANHOS OU

PERDAS DE CAPITAL D

C

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

GANHO DE CAPITAL

R$ 124.500,00

R$ 124.500,00

REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DA CONTA GANHOS DE CAPITAL

D

C

GANHOS OU PERDA DE CAPITAL

RESULTADO DO EXERCÍCIO

R$ 124.500,00

R$ 124.500,00

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