06 aula - efeitos biológicos das radiações ionizantes

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Efeitos Biológicos das

Radiações Ionizantes

Prof. Esp. Gustavo Pires

Introdução – Radiação Cósmica

Radiação Cósmica

A distribuição da dose de

radiação cósmica ao nível

do mar é da ordem de 0,26

mSv/ano.

Esta pode aumentar com

a latitude e altitude.

A Crosta da Terra – Materiais Radioativos

A dose de radiação das

rochas e solo, representa

uma média anual de 0,07

mSv/ano.

urânio tório

Exposição as radiações naturais

Gas radioativo dispersado

na atmosfera, responsável

por uma dose anual de

0,20 mSv/ano.

Potássio - 40

Responsável por uma

dose média anual de 0,40

mSv/ano.

Indústria nuclear

Libera pequenas

quantidades de uma larga

variedades de materiais

radioativos sob a forma de

líquidos e gases.

Responsáveis por uma dose

anual de 0,008 mSv/ano.

Chernobyl – catástrofe nuclear

Na madrugada de 26 de abril de 1986

Causa a morte de 31 pessoas

diretamente ligadas a explosão do reator

nuclear da unidade 4, que operava com

180 ton. de óxido de urânio por falha no

sistema de refrigeração causada por erro

humano.

Chernobyl – vítimas

Foram afetados 203

funcionários.

Milhares de pessoas foram

contaminadas e perderão

suas casas.

Vitimas do Acidente de Chernobyl

Distribuição da Dose Anual de radiação

Cósmica em Função da Altitude

Classificação dos efeitos das radiações

sobre o ser humano

• São aqueles que podem ocorrer com qualquer nível de dose sem nenhum limiar

• Ex. efeitos hereditários

estocástico

• São aqueles que ocorrem a partir de um limiar de dose.

• Ex. catarata, danos celulares ...

não-estocástico

Por tanto fique atento as regras de

segurança!

O uso das radiações

ionizantes exigem regras

básicas de segurança que

devem ser observadas.

Efeito das radiações sobre as células

As radiações interagem

com as células produzindo

ionização e excitação dos

átomos que constituem as

mesmas.

Essa interação pode ser por

efeito direto ou indireto.

O que acontece com a célula ao ser

irradiada?

Ocorre radiólise

(decomposição da

molécula de água por

ação da radiação)

produzindo água

oxigenada (tóxico), e

radicais livres.

Efeitos diretos sobre as células

A radiação pode provocar

mudanças na estrutura química

da membrana celular

provocando alteração na sua

capacidade de permeabilidade

seletiva (síndrome prodrômica).

Efeitos diretos sobre as células

A interação da radiação pode

provocar alteração na divisão

celular e mutações genéticas.

Efeitos somáticos (não-estocásticos)

Surgem do dano nas células

do corpo e o efeito

aparece na própria pessoa

irradiada.

Irradiação de Partes do Corpo

Radiodermite – limiar de

dose acima de 3 Gy.

A cicatrização se efetua

pela multiplicação celular

nas regiões vizinhas não

irradiadas.

Necrose celular

Doses acima de 20 Gy

podem causar necrose

(morte celular).

Tecidos Hematopoiéticos (medula

óssea)

O limiar da síndrome

nesses tecidos é estimado

em 1 Gy, aparecendo

sintomas de febre,

leucopenia em 2 a 3

semanas.

Sistema Vascular

As irradiações produzem

lesões nos vasos

sanguíneos, surgindo

hemorragias.

Sistema gastrointestinal (intestinos)

O limiar da síndrome

gastrointestinal é

aproximadamente 3 Gy,

com período de latência

de 3 a 5 dias, ocasionando

sintomas como vômitos,

diarreia, desidratação,

anorexia.

Sistema Reprodutor Masculino

A irradiação pode

provocar esterilidade

temporária (doses da

ordem de 3 Gy) ou

esterilidade permanente

(doses da ordem de 6 Gy).

Sistema Reprodutor Feminino

Os ovários são mais sensíveis às radiações, podem sofrer esterilidade com doses de 1,7 Gy que aparece aos 90 dias, perdurando 1 a 3 anos.

Doses acima de 3 Gy, esterilidade permanente.

Irradiação de Corpo Inteiro

Doses acima de 0,25 Gy, podem provocar (SAR) Síndrome Aguda da Radiação.

Causando: Anorexia, náusea, vômito, diarreia, conjuntivite, eritema, desorientação, coma e morte.

SAR – Síndrome Aguda da Radiação

Onde os efeitos físicos provocados pela exposição, se processa.

É a fase em que as reações químicas, provocadas pela exposição é processada.

É a fase onde o indivíduo apresenta a sintomatologia dos efeitos da exposição.

É importante enfatizar!

“Nenhuma enfermidade é caracterizada como doença

da radiação”

O que se verifica é a probabilidade do aparecimento de

doenças já conhecidas e existentes.

Irradiação de Corpo Inteiro

Os efeitos somáticos devido a

uma dose aguda de

radiação, ocorrem a partir de

um limiar de 0,25 Gy.

Os efeitos genéticos podem

ocorrer a partir de qualquer

valor de dose absorvida,

variando de forma linear.

Nível de Exposição onde os Efeitos na

Saúde em Adultos podem ocorrer

Síndrome Aguda da Radiação no Corpo

Inteiro

Aula News!

“Acidente ocorrido em São Salvador, em 05/02/89 onde

numa firma de esterilização de produtos médicos, um

operador notou que a fonte de Co-60 com 180.000 Ci

estava fora da exposição de trabalho. Resolvendo

chamar dois outros funcionários de limpeza para ajuda-lo

a colocar a fonte no lugar (fonte: Circular CNEN).”

Resultado

Vítimas 03

Paciente A – dose absorvida 8,19 Gy, com sintomas de náuseas, vômitos, eritema após 3 dias, tendo de amputar a perna direita, vindo a falecer em 197 dias após.

Paciente B – dose absorvida 3,58 Gy, com dor nos pés após 9 dias, tendo de amputar a perna esquerda, teve alta com 202 dias após.

Paciente C – dose absorvida 2,96 Gy, com sintomas de náusea e vômito em 2 dias, voltando ao trabalho após 199 dias.

Efeitos da Exposição Aguda à Radiação

dos Ovários em Mulheres

Efeitos da Irradiação Fracionada dos

Testículos sobre o Esperma

Efeitos Genéticos (estocásticos)

Podem ocorrer com qualquer nível de dose, seja ela

crônica ou aguda, pois não há um limiar para que se

iniciem as alterações genéticas, a exemplo como

ocorrem nos efeitos somáticos.

Reorganizando as Ideias

Efeito não estocástico ou determinístico Sua Frequência e Gravidade dependem da D.

Dose Limiar: quantidade de radiação necessária para provocar um efeito em pelo menos 1 a 5 % dos indivíduos expostos.

Dose de Tolerância: máxima quantidade de radiação que um tecido pode suportar sim desenvolver em nível clínico um efeito não estocástico.

Período de latência: tempo necessário para que um efeito determinístico seja observável. – Efeitos imediatos: horas, dias ou semanas. – Efeitos tardios (não malignos): meses ou anos.

Gravidade do efeito: depende do número de células danificadas, da Dose, energia da radiação e área exposta.

Reorganizando as Ideias

Efeitos somáticos: Surgem do dano nas células do corpo e o efeito aparece na própria pessoa irradiada.

Efeitos genéticos ou hereditários: são efeitos que surgem no descendente da pessoa irradiada, como resultado do dano produzido pela radiação em células dos órgãos reprodutores, as gônadas.

Efeitos imediatos e tardios: os primeiros efeitos biológicos causados pela radiação, que ocorrem num período de poucas horas até algumas semanas após a exposição, são denominados de efeitos imediatos, como por exemplo, a radiodermite. Os que aparecem depois de anos ou mesmo décadas, são chamados de efeitos retardados ou tardios, como por exemplo o câncer.

Obrigado!

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