02_metodologias e tecnicas de avaliação de riscos
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Formador: Eng. Susana Marques
Maio 2012
3AVALIAÇÃO DE RISCOS
No final desta unidade os participantes deverão ser capazes de:
Reconhecer a importância da avaliação de riscos profissionais;
Identificar as principais etapas do processo de gestão de riscos;
Determinar as informações e documentos necessários recolher e analisar para uma avaliação de riscos;
Identificar os aspetos do local de trabalho necessários observar para uma avaliação de riscos;
Proceder à escolha do método adequado para conduzir a avaliação de riscos.
4AVALIAÇÃO DE RISCOS
O processo de gestão de riscos,
Momentos de avaliação de riscos;
Modelo global de avaliação de riscos;
Abordagens para a avaliação de riscos.
É o processo que mede os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É
uma análise sistemática de todos os aspetos relacionados com o trabalho, que identifica:
» Aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos;
» A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso;
» As medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para controlar os riscos.
5AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Identificar situações perigosas, visando o aumento dos níveis de segurança,
» Identificar cenários de acidentes, para avaliar as consequências,
» Tomar medidas necessárias para aumentar a segurança dos operadores:
• Prevenir os riscos profissionais,
• Formar e informar os trabalhadores,
• Organizar e criar os meios para a aplicação das medidas necessárias.
6AVALIAÇÃO DE RISCOS
Tem como objetivo responder às seguintes questões:
» Quais os ricos presentes na instalação e o que pode acontecer de errado?
» Qual a probabilidade de ocorrência de acidentes devido aos riscos presentes?
» Quais os efeitos e as consequências destes acidentes?
» Como poderão ser eliminados ou reduzidos esses riscos?
7AVALIAÇÃO DE RISCOS
Toda e qualquer política de prevenção de riscos profissionais só pode ser consequente se puder antecipar a possibilidade de
ocorrência de acidentes e a forma de os evitar ou minimizar os seus efeitos.
8AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação não deve ser configurada como uma atividade isolada do empregador, dos seus representantes, ou dos
técnicos que trabalham sob a sua responsabilidade, mas ser desenvolvida num contexto de participação dos trabalhadores e dos seus representantes para a segurança e saúde do trabalho, que devem ser consultados aquando da avaliação e informados
das suas conclusões.
9AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificação do perigo
Estimação do risco
Valoração do risco
Eliminação de perigos?
Controlo do risco
ANÁLISE DE RISCOS
AVALIAÇÃO DE RISCOS
GESTÃO DE RISCOSRisco
controladoSim
Não
10AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Etapa essencialmente descritiva,
» Consiste no inventário de todas as situações, procedimentos, processos, equipamentos, materiais e produtos potencialmente causadores de danos (fatores de risco);
» Compreensão da atividade profissional desempenhada.
11AVALIAÇÃO DE RISCOS
Recolha de informação
»Ÿ Diplomas legais;
»Ÿ Registo de acidentes de trabalho;
»Ÿ Doenças profissionais participadas;
»Ÿ Procedimentos e normas de trabalho;
»Ÿ Medidas de controlo estipuladas;
»Ÿ Fichas de dados de segurança dos produtos utilizados;
»Ÿ Manuais de instruções de equipamento;
»Ÿ Dispositivos técnicos, equipamentos,
» Materiais e substâncias utilizadas nas operações;
» Meios de comunicação especializados (jornais, revistas e bases de dados especializados, publicações técnicas e cientificas).
Observações
» Ambiente de trabalho existente;
»Ÿ Atividades realizadas no local de trabalho (habituais, esporádicas e situações de emergência);
»Ÿ Atividades não rotineiras e intermitentes;
» Organização de trabalho existente, assim como, procedimentos e normas de trabalho e muito particularmente as mudanças organizativas;
» Fatores exteriores que podem afetar o trabalho;
» Contribuição de fatores psicológicos e sociais no desempenho profissional.
Observar atentamente “tudo e todos”, com vista à recolha do maior número possível de dados.
12AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Pode o trabalhador escorregar, tropeçar, cair?
» Pode sofrer alguma força para o elevar, puxar ou empurrar?
» Existe risco de queda de objetos?
» Pode alguma parte do corpo ficar entre objetos?
» Os equipamentos apresentam algum risco?
» Pode o trabalhador ter algum contacto perigoso com objetos?
» O trabalhador está exposto a frio ou calor intenso?
» Existe demasiado ruído ou vibrações?
» Existe algum problema de iluminação?
» Podem as condições atmosféricas afetar a segurança?
» Existe a possibilidade de radiações?
» Pode haver contacto com substâncias perigosas?
» …
13AVALIAÇÃO DE RISCOS
Técnicas de identificação de perigos:
» Listas de Verificação e Inspeções de Segurança,
» Observação planeada de atividades,
» What-If (WI).
14AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Permite definir a magnitude do risco,
» Implica a caracterização do mesmo em termos de probabilidade ou de frequência de ocorrência e da gravidade das consequências.
R = P x G
P – Probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou exposição perigosos (dano) como consequência da exposição a um determinado perigo.
G – Gravidade das lesões ou afeções da saúde causadas pelo acontecimento ou exposição.
15AVALIAÇÃO DE RISCOS
Metodologias para estimar a gravidade e a probabilidade de ocorrência de um dano:
Fatores de risco mensuráveis:
» Possuem valores de referência com os quais se podem comparar,
» São fatores de risco mensuráveis aqueles que:
• Possuem valores limite de exposição (VLE) – ex.: ruído,
• Possuem valores de referência (reconhecidos internacionalmente) – ex.: níveis de iluminação.
» Exigem a medição de parâmetros ambientais, recorrendo a métodos específicos,
» Fatores de risco associados à Higiene do Trabalho.
16AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fatores de risco não mensuráveis:
» Não possuem valores de referência,
» A probabilidade de ocorrência e a gravidade do dano são estimadas de forma qualitativa,
» Admite-se a subjetividade intrínseca, sempre presente nos processos de valoração do risco.
17AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fatores de risco não mensuráveis:
Exemplo de graduação qualitativa da probabilidade de ocorrência da lesão ou dano:
Pouco provávelPrevê-se que ocorra muito raramente (menos de 1 vez/ano – histórico)
ProvávelPrevê-se que ocorra raramente (entre 1 a 4 vezes/mês)
Bastante provávelPrevê-se que ocorra em algumas ocasiões (5 vezes/ano e 1 vez/mês)
Muito provávelPrevê-se que ocorra sempre ou quase sempre (mais de 1 vez/semana)
18AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fatores de risco não mensuráveis:
A ponderação da frequência de ocorrência deverá ter em linha de conta fatores que poderão influenciar positiva ou negativamente a Probabilidade do evento, nomeadamente:
»Ÿ Características individuais do trabalhador (ex..: comportamento do profissional nas suas atividades de trabalho, que violem Procedimentos de trabalho) e a sua vulnerabilidade;
»Ÿ Formação do trabalhador;
»Ÿ Existência de atos inseguros e condições perigosas no serviço;
»Ÿ Proteção coletiva;
»Ÿ Proteção individual existente e adequada;
»Ÿ Medidas de controlo já implementadas e sua eficácia.
19AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fatores de risco não mensuráveis:
Exemplo de graduação qualitativa da gravidade de ocorrência de lesão ou dano:
LigeiraIncidentes, pequenos danos não relevantes sem cuidados médicos ou primeiros socorros
Pouco grave
Danos superficiais, irritações (oculares, dérmicas), dores de cabeça, desconforto e pequenos cortes, queimadura (1º grau), contusão e incapacidades menores (sem dias de baixa ou menos de 3 dias de baixa)
GraveLesões com risco biológico, fraturas, lesões múltiplas, intoxicações, queimaduras (2º grau) (de 3 dias de baixa até 1 mês)
Muito graveDanos irreversíveis, queimaduras (3º grau), cancro profissional, doenças crónicas invalidantes, invalidez permanente parcial ou total, morte
20AVALIAÇÃO DE RISCOS
Processo de uso de informação suscetível de identificar fatores de risco e de estimar a probabilidade de ocorrência de um
efeito adverso para a saúde e segurança.(Sousa Uva et al, 2004)
Técnicas de análise de riscos:
» Análise Preliminar de Riscos (APR),
» Análise de Modos e Efeitos de Falha (FMEA),
» Análise de Perigos e Operacionalidade (HAZOP)
21AVALIAÇÃO DE RISCOS
Processo que compara os riscos estimados (quantitativa e
qualitativamente) com indicadores de referência contemplados,
nomeadamente em:
» Legislação,
» Normalização,
» Códigos de boas práticas,
» Estatísticas de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Consiste em decidir sobre se o risco é ou não aceitável.
22AVALIAÇÃO DE RISCOS
Gravidade da lesão
1. Ligeira 2. Pouco Grave 3. Grave 4. Muito grave
Pro
bab
ilid
ade
da
oco
rrê
nci
a
1. Pouco provável
1. Ligeiro 2. Ligeiro 3. Pouco grave 4. Moderado
2. Provável 2. Ligeiro 4. Moderado 6. Moderado 8. Importante
3. Bastante provável
3. Pouco grave 6. Moderado 9. Importante 12. Intolerável
4. Muito provável
4. Moderado8. Importante 12. Intolerável 12. Intolerável
Exemplo da estimativa da magnitude do risco:
O resultado desta análise permite a determinação da aceitabilidade do risco e da sua magnitude de forma a obter indicações sobre a necessidade de medidas de intervenção e sua priorização/ hierarquização, na perspetiva de monitorizar ou controlar o risco profissional.
23AVALIAÇÃO DE RISCOS
Nível de risco Ação Prioridade da intervenção
1 e 2: Ligeiro Não requer ação específicaApenas se recomenda a monotorização habitual
3: Pouco grave
Não é necessário melhorar a ação preventiva. No entanto, devem ser consideradas soluções mais rentáveis ou melhorias que não impliquem uma carga económica importante.É necessário recorrer a verificações periódicas, de modo a assegurar que se mantém a eficácia das medidas de controlo.
Justifica logo que possível a implementação de medidas corretivas
4 e 6: Moderado
Deve ser estabelecido um plano com as medidas para reduzir o risco, o qual deverá determinar as alterações necessárias e o período de tempo para estas medidas serem implementadas. Quando o risco estiver associado a consequências extremamentedanosas, poderá ser necessário estabelecer com maior precisão a probabilidade de ocorrência de lesão como base para determinar a necessidade de melhoria das medidas de controlo.
Justifica obrigatoriamente aimplementação de medidas corretivas
8 e 9: Importante
O trabalho não deve ser iniciado até que o risco seja reduzido. Podem ser necessários recursos consideráveis para o controlo do risco. Quando o risco corresponda a um trabalho que está a ser realizado, deve-se resolver o problema urgentemente e dar formação e informação acrescida aos trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos.
Requer intervenção imediata para o seu controlo e desenvolvimento deprogramas de prevenção sustentáveis
12 e 16: Intolerável
O trabalho não deve ser iniciado nem continuado até que se reduza o risco. Se não for possível reduzir o risco, inclusive com recursos ilimitados, deve-se proibir o trabalho.
Justifica o encerramento imediato do sector, até se obter o sua eliminação ou controlo
Intervenções em função da valorização dos riscos:
24AVALIAÇÃO DE RISCOS
No final desta etapa, o analista deverá ser capaz de perspetivar e justificar:
» A necessidade ou não de uma intervenção de controlo,
» O tipo de intervenção a implementar (eliminar, reduzir, acompanhar, …),
» Interdição ou interrupção do trabalho (sobretudo para riscos com maior magnitude, aquando da sua estimativa),
» Hierarquização dos riscos.
Fatores a considerar na aceitabilidade do risco:
» O custo das medidas a implementar;
» A redução do risco previsível após implementação da medida;
» Qualificação das pessoas.
25AVALIAÇÃO DE RISCOS
Processo global de estimativa da grandeza do risco e de decisão sobre a sua aceitabilidade.
(NP 4410:2004)
Técnicas de avaliação de riscos:
» Análise de Árvores de Acontecimentos (ETA),
» Análise de Árvore de Falhas (FTA),
» Árvore de Risco de Lapsos de Gestão (MORT),
» Métodos de avaliação de níveis de riscos (simplificado INSHT, Fine, Marat, etc.).
26AVALIAÇÃO DE RISCOS
É um processo dinâmico: deve estar presente em todas as fases de vida de uma empresa (desde a fase de projeto, de laboração até ao desmantelamento).
» Processo de licenciamento,
» Conceção inicial /alterações do local de trabalho e do layout,
» Seleção de matérias-primas, substâncias, equipamentos e processos de trabalho.
» Avaliação inicial, periódica e ocasional (pela alteração de alguma das componentes do processo de laboração),
» Reavaliações (verificar o resultado das medidas tomadas)
Na fase projeto Na fase de laboração
27AVALIAÇÃO DE RISCOS
Ter em especial atenção quando ocorre a alteração de alguma das componentes do processo de laboração:
» Introdução de novos equipamentos ou alteração dos existentes,
» Introdução de novas tecnologias,
» Alteração funcional,
» Introdução de novos produtos,
» Incremento de novos métodos de trabalho,
» Implementação de novos processos,
» Alteração dos ritmos de trabalho.
28AVALIAÇÃO DE RISCOS
Divisão do sistema em vários componentes (estruturação):
» Por tipo de risco,
» Por sector de atividade,
» Por local de trabalho,
» Por posto de trabalho / profissão,
» Por componente material do trabalho,
» Por operação,
» Por fase, linha ou sector de processo,
» Métodos e/ou organização do trabalho.
Em cada componente do sistema identificar as origens dos perigos,
Aplicar um ou mais métodos de avaliação de risco.
29AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
2
3
4
5
REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
30AVALIAÇÃO DE RISCOS
A identificação dos perigos em todos os aspetos relacionados com o trabalho:
» Circular pelo local de trabalho e observar tudo o que possa causar danos:
• Locais de trabalho,
• Ambiente de trabalho,
• Máquinas e outros equipamentos de trabalho,
• Materiais e produtos químicos,
• Agentes físicos, químicos e biológicos,
• Processos de trabalho,
• Organização do trabalho.
31AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Consultar os trabalhadores e/ou os seus representantes sobre os problemas que lhes tenham surgido:
• Questionar os trabalhadores envolvidos na atividade que está a ser avaliada.
• Saberão identificar :
- As etapas do processo de trabalho que normalmente seguem,
- Se existem formas mais rápidas de resolver problemas ou,
- Se existem outras formas de executar uma tarefa difícil e,
- Quais as medidas de precaução aplicadas.
32AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Analisar sistematicamente todos os aspetos do trabalho, isto é:
• Observar o que se passa realmente no local de trabalho ou durante a atividade laboral (a prática pode divergir da teoria);
• Analisar as operações não rotineiras e intermitentes (por exemplo, operações de manutenção, alterações nos ciclos de produção);
• Ter em atenção acontecimentos não planeados mas previsíveis, como, por exemplo, interrupções da atividade laboral.
» Ter em conta os perigos a longo prazo para a saúde (ex.: níveis elevados de ruído ou a exposição a substâncias prejudiciais).
33AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Ter em conta riscos mais complexos ou menos óbvios (por exemplo, fatores de risco psicossociais ou decorrentes da organização do trabalho).
» Consultar os registos de acidentes de trabalho e de problemas de saúde da empresa.
» Procurar obter informações de outras fontes, tais como:
• Manuais de instruções ou fichas de dados dos fabricantes e fornecedores,
• Sítios Web sobre saúde e segurança no trabalho,
• Organismos nacionais, associações comerciais ou sindicatos,
• Regulamentos e normas técnicas.
34AVALIAÇÃO DE RISCOS
Identificação das pessoas que poderão estar expostas a perigos:
» Para cada perigo, identificar quais as pessoas que poderão ser afetadas (permitirá identificar a melhor forma de gerir o risco);
» Identificar os trabalhadores que interagem com os perigos:
• Diretamente (ex..: na pintura de uma superfície de trabalho, o trabalhador está diretamente exposto a solventes),
• Indiretamente (ex..: outros trabalhadores que se encontram nas proximidades e que executam outras tarefas, estão inadvertidamente e indiretamente expostos a esses solventes).
» Identificar a forma como os trabalhadores podem ser afetados (o tipo de lesão ou problema de saúde que pode ocorrer).
35AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Ter em conta:
• Trabalhadores da produção, manufatura, distribuição, etc.,
• Trabalhadores auxiliares ou pertencentes a serviços de apoio (limpeza, manutenção, segurança, etc.),
• Empreiteiros,
• Trabalhadores independentes,
• Estagiários, aprendizes e estudantes,
• Pessoal de escritório e comércio,
• Visitantes,
• Público em geral.
36AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Dar especial atenção a questões de género e a grupos de trabalhadores que podem correr riscos acrescidos ou ter requisitos específicos:
• Trabalhadores com deficiência,
• Trabalhadores estrangeiros,
• Trabalhadores jovens e idosos,
• Mulheres grávidas e lactantes,
• Trabalhadores sem formação ou experiência (sazonais, temporários, tempo parcial ou recém-contratados),
• Trabalhadores em espaços exíguos ou mal ventilados,
• Pessoal de manutenção,
• Trabalhadores com deficiências imunitárias,
• Trabalhadores com doenças já declaradas,
• Trabalhadores que tomem medicamentos ou substâncias suscetíveis de aumentarem a sua vulnerabilidade.
37AVALIAÇÃO DE RISCOS
Informação necessária para a avaliação de riscos:
» Elementos perigosos e riscos já conhecidos e a forma como se concretizam,
» Materiais, equipamentos e tecnologias empregues em cada posto de trabalho,
» Procedimentos e organização do trabalho e a interação com os materiais utilizados,
» Tipo, probabilidade, frequência da exposição a elementos perigosos,
» Relação entre a exposição a um elemento perigoso e os seus efeitos,
» As normas e requisitos legais aplicáveis aos riscos nos locais de trabalho,
» Boas práticas para execução de tarefas que não estejam abrangidas por normas legais.
38AVALIAÇÃO DE RISCOS
Princípios de atuação na avaliação de riscos:
» Observação do meio circundante do local de trabalho (vias de acesso, estado dos pavimentos, iluminação, presença de contaminantes, temperatura, ruído, etc. );
» Identificação das atividades/tarefas realizadas nos diferentes postos de trabalho;
» Análise das atividades realizadas;
» Realização de observações durante a execução do trabalho;
» Estudo da exposição aos diferentes perigos identificados, associados a cada tarefa;
» Análise dos fatores externos que podem influenciar no local de trabalho (ex.: condições atmosféricas nos trabalhos ao ar livre);
» Análise dos fatores psicológicos, sociais e físicos que possam contribuir para o stress no trabalho, a sua interação mútua e relação com outros fatores da organização e do ambiente laboral;
» Consideração da organização de trabalhos de manutenção.
39AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
2
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4
5
REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
40AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Consiste na avaliação dos riscos decorrentes de cada perigo (estimativa e valoração).
» Na avaliação de riscos combinam-se, em regra, Procedimentos, Instrumentos de Avaliação e Valores de Referência:
• Imposta por legislação específica (ex.: legislação industrial, licenciamento industrial e comercial, incêndios, segurança de máquinas, sinalização de segurança, agentes químicos e cancerígenos, ruído, movimentação manual de cargas, construção, etc.)
• Estabelecida por Normas (internacionais, europeias, nacionais ou guias e organismos oficiais ou de outras entidades, ex.. guias NIOSH),
• Métodos Especializados (ex..: What-if, HAZOP, Árvore de Falhas, Método Gretener, etc.) ,
• Avaliação geral (metodologias gerais de avaliação).
41AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Para muitos perigos ou atividades do local de trabalho é suficiente a utilização de um processo direto (baseado na apreciação, não exigindo qualificações especializadas e técnicas complicadas);
» Noutros casos, poderá não ser possível identificar os perigos e avaliar os riscos sem recorrer a conhecimentos, apoio e aconselhamento especializados.
• Utilização de processos e tecnologias mais complexos no local de trabalho,
• Existência de perigos, tais como os relacionados com a saúde, que podem não ser rapidamente ou facilmente identificáveis, podendo exigir a realização de análises e medições.
42AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
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REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
43AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Consiste na identificação de medidas de prevenção e de proteção.
» Aspetos a considerar nesta fase:
• A possibilidade de prevenir ou evitar os riscos.
É possível eliminar o risco?
• Essa possibilidade pode ser assegurada, por exemplo:
- Avaliando se a tarefa ou atividade é necessária;
- Eliminando o perigo;
- Utilizando/substituindo diferentes substâncias ou processos de trabalho.
44AVALIAÇÃO DE RISCOS
• Se os riscos não puderem ser evitados ou prevenidos:
- Necessário avaliar de que forma podem estes ser reduzidos,
- Ter em conta os princípios gerais de prevenção.
• Princípio geral importante a ter em conta:
Não transferir os riscos.
Isto significa que a solução para um problema não deve dar origem a outro problema.
45AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
2
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REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
46AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Após a identificação das medidas de prevenção e de proteção adequadas, a etapa seguinte consiste na aplicação eficaz das mesmas.
» Uma aplicação eficaz implica o desenvolvimento de um plano que especifique:
• As medidas a implementar,
• Os meios afetados (tempo, despesas, etc.),
• Quem faz o quê e quando,
• O prazo de conclusão da aplicação das medidas, e
• O prazo para a revisão das medidas de controlo.
47AVALIAÇÃO DE RISCOS
» É importante envolver os trabalhadores e os seus representantes no processo:
• Informando-os acerca das medidas aplicadas, do modo como serão aplicadas e da pessoa responsável pela sua aplicação;
• Dando-lhes formação ou instruções sobre as medidas ou procedimentos que serão aplicados.
48AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
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REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
49AVALIAÇÃO DE RISCOS
» O acompanhamento é necessário para garantir a eficácia das medidas implementadas;
» A avaliação de riscos deve ser analisada e revista em sequência de vários motivos:
• O grau de probabilidade de mudança na atividade laboral;
• Mudanças que possam alterar a perceção do risco no local de trabalho (ex.: introdução de um novo processo, novos equipamentos ou materiais, alterações na organização do trabalho e novas situações laborais, nomeadamente novas oficinas ou instalações);
• Após a implementação de novas medidas (na sequência da avaliação): as novas condições de trabalho devem ser reavaliadas a fim de analisar as consequências da alteração;
• Quando as medidas atualmente existentes são insuficientes ou desadequadas (ex.: porque existem novas informações disponíveis relativas a medidas de controlo específicas);
• Na sequência das conclusões da investigação de um acidente ou de um "quase acidente“.
50AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DAS PESSOAS EM RISCO
AVALIAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS
DECISÃO SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS
ADOÇÃO DE MEDIDAS
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
2
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4
5
REGISTAR A AVALIAÇÃO DE RISCOS
* Modelo proposto pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA)
51AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Os resultados da avaliação de riscos devem ser registados;
» Estes registos podem ser utilizados como base para:
• Informações a transmitir aos trabalhadores,
• Controlo destinado a avaliar se foram tomadas as medidas necessárias,
• Elementos de prova a apresentar à autoridades de fiscalização,
• Uma eventual revisão, em caso de alteração das circunstâncias.
52AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Registar, no mínimo, os seguintes elementos:
• Nome e função da pessoa ou pessoas que procederam à avaliação;
• Perigos e riscos identificados;
• Grupos de trabalhadores expostos a riscos específicos;
• Medidas de proteção necessárias;
• Informações sobre a aplicação das medidas, tais como o nome da pessoa responsável e a data;
• Informações sobre as medidas de acompanhamento e de revisão subsequentes, incluindo datas e nomes das pessoas envolvidas;
• Informações sobre a participação dos trabalhadores e dos seus representantes no processo de avaliação de riscos.
53AVALIAÇÃO DE RISCOS
QUALITATIVOS
QUANTITATIVOS
SEMI-QUANTITATIVOS
INDUTIVOS
DEDUTIVOS
PRÓ-ATIVOS
REATIVOS
54AVALIAÇÃO DE RISCOS
DEDUTIVOS
Parte-se do acontecimento principal não desejado (ex.: libertação de gás, incêndio, etc.), procurando as possíveis causas, de forma sucessiva, até chegar às causas básicas.
Porquê?
INDUTIVOS
Parte-se de uma possível falha de nível elementar (perigo), analisando as consequências da falha, de forma sucessiva, até chegar ao possível acontecimento
O que se passará ,
se…?
Parte-se dos efeitos para as causas.
Parte-se das causas para os efeitos
55AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Utiliza formas ou escalas descritivas para descrever a gravidade das consequências e a probabilidade de que esses efeitos ocorrerem.
» Têm como objetivo identificar riscos, efeitos e causas;
» São usados:
• Em atividades iniciais de pré-seleção, para identificar os riscos que necessitam de uma análise mais detalhada,
• Quando o nível de risco existente não justifica o tempo e os esforços necessários para uma análise mais detalhada,
• Quando os danos numéricos disponíveis são inadequados para uma análise quantitativa ou não existem.
56AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Listas de Verificação,
» Análise de Segurança na Execução do Trabalho (Job Safety Analysis),
» What if? (O que aconteceria se?),
» Análise Preliminar de Riscos (Preliminary Hazard Analysis -PHA),
» Análise de Perigos e Operacionalidade (Hazard and Operability Study - HAZOP),
» Análise de Modos e Efeitos de Falha (Failure Modes and Effects Analysis - FMEA).
57AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Utilizam uma expressão numérica para atribuição de um valor para o risco,
» Contudo, o objetivo da sua utilização não é tão exigente quanto os métodos quantitativos,
» A metodologia assenta na atribuição de um valor numérico para a estimativa das variáveis de entrada (frequência, gravidade, extensão de pessoas expostas, …) assente numa matriz de escalonamento,
» Posteriormente, a estimativa de cada risco corresponde ao resultado de uma operação, normalmente a multiplicação.
58AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Assim, esta estimativa pode assumir várias formas:
Risco = Frequência x Gravidade
Risco = Frequência x Gravidade x Extensão das pessoas expostas
» Exemplos:
• Método de William T. Fine
• Sistema Simplificado INSHT
59AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Métodos específicos que permitem a quantificação de dados relativos à natureza dos riscos (probabilidade e gravidade).
» Alguns destes métodos assumem alguma complexidade, com um número elevado de variáveis de entrada e correlações mais ou menos complexas.
» Esta metodologia é particularmente usada para analisar riscos mais graves e complexos e, ainda, nos casos em que a legislação o exige expressamente.
» O recurso aos métodos quantitativos justifica-se quando se pretende aprofundar um estudo ou para avaliar e valorar riscos específicos.
60AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Métodos estatísticos:
• Análise de acidentes (índices de frequência e de gravidade),
• Análise de incidentes (índices de ocorrências),
• Análise de avarias (índices de fiabilidade),
• Análise probabilística (taxas médias de falha).
» Árvores lógicas:
• de acontecimentos
• de falhas
• de causas
• de decisões (causa-efeito)
• de decisões (efeito-causa)
• Etc.
» Modelos matemáticos:
• Modelos de falhas,
• Modelos de difusão de nuvens de gás,
• Cálculo da fiabilidade de sistemas complexos,
• Análise estatística,
• Correlação causa/efeito,
• Etc.
61AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Métodos pró-ativos (ou a priori):
• Identificam os riscos antes de estes se tornarem efetivos
• Exemplos:
- What if? (O que aconteceria se?),
- Análise Preliminar de Riscos (Preliminary Hazard Analysis - PHA).
» Métodos reativos (ou a posteriori):
• Utilizados após a ocorrência de acidentes, para conseguir eliminar as causas que lhes deram origem.
• Exemplos:
- Análise de acidentes (índices de frequência e de gravidade),
- Análise de incidentes (índices de ocorrências).
62AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Aspetos ergonómicos: Para avaliar riscos de lesões músculo-esqueléticas.
63AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Incêndio:
Método de Gretener Risco de incêndio
Método de G. A. HerpolCálculo do risco de incêndio com base na carga térmica e resistência ao fogo dos elementos de separação
Método dos Fatores
Determina a resistência e/ ou estabilidade ao fogo de um setor para confinar um incêndio em seu interior
Método dos CoeficientesK
Determina a resistência e/ ou estabilidade ao fogo de um setor para confinar um incêndio em seu interior
Método de PurtRisco de incêndio e grau de proteção automática
Método de Cruzel SarratAvaliação do risco de incêndio por cálculo (ERIC)
64AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Riscos sectoriais:
Método de Shibe Instalações hospitalares
Método de Dow Indústrias químicas
Método de Trabaud Incêndios florestais
65AVALIAÇÃO DE RISCOS
» Todas as metodologias de avaliação de riscos têm pontos fracos e fortes.
» Os fatores a ter em conta na sua seleção são:
• Propósito (ex..: otimização do projeto, aumento/melhoria da
segurança, cumprimento de regras impostas,…),
• Quando usar (ex..: projeto, arranque, laboração…),
• Tipo e natureza dos resultados pretendidos ( qualitativos,
quantitativos, verificação de conformidade),
• Informação requerida (desenhos, manuais, instruções,…),
• Pessoal necessário para realizar a análise (quantidade,
especialização),
• Requisitos de tempo.
66AVALIAÇÃO DE RISCOS
PREPARAÇÃO
Recolha dainformação
Eleição doMétodo
Planificaçãodas visitas
Execução
Observação dodesempenho da
atividade(procedimentos,
hábitos, formação,adestramento)
Análise do ambientefísico e das
condições materiais
Mediçõesnecessárias
Registo e recolha documental das observações feitas eaplicação dos critérios de avaliação
67AVALIAÇÃO DE RISCOS
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