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Organizao poltica dos estados democrticos
A Cidadania e o Cidado
A histria da cidadania
O termo cidadania significa qualidade ou direito de cidado. O conceito
de cidadania, ligado participao poltica e s normas de conduta social,
remonta s civilizaes clssicas, da Grcia e Roma Antigas.
Na regio da Antiga Grcia, o territrio encontrava-se dividido em
cidades. Cada cidade, tambm chamada polis, tinha uma organizao poltica prpria, sendo as
cidades totalmente independentes umas das outras. As cidades funcionavam, portanto, de
forma semelhante a Estados soberanos. Nestas Cidades-Estado, a cidadania tinha um valor
extraordinrio, e o cidado participava activamente em todos os aspectos da vida na
comunidade. Porm, nem todos eram considerados iguais na antiga sociedade grega. Os
gregos faziam a distino entre o cidado e o sbdito, ambos habitantes da cidade mas
com direitos e deveres muito diferentes. Apenas os cidados gozavam de direitos como a
participao na vida poltica e a possibilidade de ser eleito para cargos pblicos. As mulheres,
os escravos e os estrangeiros no eram considerados cidados e, por isso, no possuam esses
direitos.
Na Roma Antiga, a cidadania desenvolveu-se principalmente ao nvel das leis. O estatuto
legal de cidadania, que atribua ao cidado um conjunto de privilgios, era concedido no s
aos habitantes da cidade de Roma, mas tambm aos indivduos que habitavam os territrios
conquistados pelo Imprio.
Mas foi com a Revoluo Francesa, no sculo XVIII, que se desenvolveu a cidadania
moderna. Os ideais desta Revoluo a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade iniciaram
uma mudana que viria a transformar o mundo ocidental.
Em 1948, a Organizao das Naes Unidas (ONU), adopta a Declarao Universal dos
Direitos Humanos. Defendendo direitos fundamentais como o reconhecimento da dignidade
humana, a liberdade, a igualdade, a justia e paz, a declarao dos direitos humanos
influenciou, e continua a influenciar, o contedo de muitas das legislaes nacionais (como o
caso da Constituio da Repblica Portuguesa) e internacionais (por exemplo, a Carta dos
Direitos Fundamentais da Unio Europeia).
Mas a luta pelos direitos no se esgotou com a declarao dos direitos humanos. Seguiram-
se-lhe outras lutas: a dos trabalhadores pelos direitos sociais; a das mulheres pela igualdade; a
da comunidade homossexual pela no discriminao; a luta global pela preservao do meio
ambiente, entre tantas outras.
A identidade
atravs da identidade que nos reconhecemos e somos reconhecidos pelos
outros. Caractersticas como o nome, sexo, naturalidade, filiao e impresso
digital, fazem parte da nossa identificao. No entanto, a identidade de cada
pessoa, no se resume a estes elementos, ela tambm produto da histria pessoal de cada
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um. Pois se tivssemos nascido noutro lugar ou noutro sculo, seramos com certeza pessoas
completamente diferentes. Isto acontece porque a identidade sempre uma construo
relacional. Resulta das trocas que ocorrem naquilo a que se chama o sistema de pertenas,
isto , o conjunto de pessoas e instituies com quem nos relacionamos, que so importantes
para ns e com os quais nos identificamos. atravs dos significados produzidos por estas
relaes que encontramos sentido para aquilo que somos. O direito identidade encontra-se
consagrado no artigo 26 da Constituio da Repblica Portuguesa: A todos so reconhecidos
os direitos identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, capacidade civil,
cidadania, ao bom nome e reputao, imagem, palavra, reserva da intimidade da vida
privada e familiar e proteco legal contra quaisquer formas de discriminao.
Nacionalidade A Nacionalidade o vnculo que se estabelece entre uma pessoa e um
determinado Estado. O reconhecimento, atribuio ou aquisio da
nacionalidade dependem de certas condies fixadas pelo Estado. No entanto,
no preciso ter-se nascido em Portugal ou ser-se filho de portugueses para se
ser Portugus, isto , para se ter nacionalidade portuguesa e representar Portugal. Por isso,
em Portugal, existe uma Lei da Nacionalidade que estabelece quem e quem pode ser
portugus. A lei existe desde 1981 e, ao longo dos anos, tem vindo a ser alterada no sentido de
se tornar uma lei mais justa e menos discriminatria para os imigrantes que escolheram fazer
de Portugal o seu lar. A ltima alterao a esta lei foi feita em Abril de 2006.
Identidade, Nacionalidade e Cidadania
No podemos confundir os conceitos de identidade e de nacionalidade com o de cidadania.
Primeiro, porque independentemente da sua identidade individual ou colectiva, a cidadania
um direito de todos/as os/as cidados/s. Embora tal nos parea, hoje, aparentemente
inquestionvel, convm sublinhar que nem sempre foi assim, visto que, a privao do direito
de voto das mulheres um exemplo claro daquilo que foi, em Portugal, durante muitos anos,
uma limitao do exerccio da cidadania em funo da identidade. O nico motivo pelo qual as
mulheres no tinham o direito de votar era por serem mulheres. Segundo, se a
nacionalidade o vnculo que se estabelece entre um indivduo e um determinado Estado e a
cidadania a participao efectiva do indivduo na sociedade. Ento, nacionalidade e cidadania
so, portanto, dois conceitos distintos. Dado que segundo a Constituio, os estrangeiros ()
que se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e esto sujeitos aos deveres do
cidado portugus. Neste sentido, a nacionalidade tem as mesmas fronteiras do territrio, ao
passo que a cidadania no. Por essa razo, possvel, por exemplo, falar-se de uma cidadania
europeia mas no de uma nacionalidade europeia.
Sugesto:
Consulte, na internet, a actual lei da nacionalidade (Lei Orgnica n. 2/2006 de 17 de
Abril) para ficar a saber quem tem direito nacionalidade portuguesa.
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Espaos de exerccio da Cidadania
No exerccio da nossa cidadania fundamental ter conhecimento de direitos e deveres, e
participar de forma informada, activa e responsvel na vida poltica e na sociedade. Os espaos
quotidianos onde podemos e devemos exercer a nossa cidadania so:
Estado
Municpio
Freguesia
Bairro
Trabalho
Famlia
Escolas
Curso
Instituies Sociais
Valores cvicos
Todas as pessoas vivem em conjunto umas com as outras, isto , ns no vivemos sozinhos,
vivemos em comunidade. Para que as pessoas se consigam entender e para que no
existam conflitos entre elas, necessrio que todos cumpram um conjunto de regras. Estas
regras vo permitir que todos possam viver da melhor forma e com o maior entendimento
entre todos.
Tornando-se deste modo, necessrio uma Formao Cvica de a tornar os/as cidados/s
mais responsveis, mais crticos/as, mais activos/as e participativos/as na comunidade em que
fazem parte. Isto permite-lhes conviver da melhor forma com os outros e assumir uma
responsabilidade cada vez maior pela vida em comum.
A formao cvica procura, ento, contribuir para que o/a
cidado/ sinta mais vontade de participar na sua comunidade e
para que sinta vontade de ser til aos outros. Serve tambm para
que consiga ter a fora de criticar aquilo que considera estar errado;
para que apoie a igualdade de oportunidades entre todas as
pessoas; para que tente sempre dar ateno aos grandes problemas do nosso tempo, como a
discriminao; a importncia maior que dada ao valor material (dinheiro) em vez dos valores
humanos (como a amizade, a solidariedade, por exemplo).
Assim, a sociedade em que vivemos ser tanto melhor, mais humana e mais justa, quanto
maior for a participao do/a cidado/. Quem no participa, seja por desinteresse, seja por
indiferena, nunca chega a perceber realmente o que viver em sociedade.
Os valores so ideais que orientam a nossa vida e influenciam as nossas escolhas,
determinando o que pensamos acerca do que bom ou mau. So ideais que norteiam as
nossas vidas levando-nos a realizar determinadas aces e a preferir determinadas coisas em
detrimento de outras. Os valores podem ento ser definidos como as razes ou motivos que
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justificam as nossas escolhas e aces: so os critrios que esto na base das nossas decises,
pois em nome de determinados valores que agimos. Apresentam-se como uma realidade a
alcanar, superior e desejvel.
Classificao de valores
Quais so os Valores Cvicos?
Os valores cvicos so um conjunto de caractersticas, comportamentos necessrios para
que exista uma cidadania responsvel, para que as pessoas participem realmente na
comunidade em que vivem. Estes valores baseiam-se no princpio de que, para que haja um
entendimento entre todos os cidados muito importante que estes respeitem os direitos e o
bem-estar de todas as pessoas. Estes valores podem ser:
Coragem ter coragem significa ter fora para defendermos as nossas ideias e
criticarmos o que consideramos estar errado. Sem coragem cvica, o/a cidado/ pode
ser mais influenciado pelos lderes de opinio (partidos polticos, por exemplo), pela
comunicao social e pelas pessoas que tm um maior poder na nossa sociedade.
Tolerncia a capacidade de aceitar posies e pontos de vista diferentes dos
nossos, desde que sejam baseadas no respeito pela dignidade humana. Isto significa
que devemos sempre respeitar as opinies dos outros, desde que estas respeitem os
direitos de todas as pessoas. Nem sempre fcil percebermos at que ponto podemos
ou no tolerar determinadas situaes.
sagrado profano
divino - demonaco
belo feio
harmonia - desarmonia
bem mal
justia injustia
igualdade - desigualdade
conhecimento erro
exacto aproximado
sade doena
fora - debilidade
caro barato
necessrio suprfluo
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Patriotismo ser patriota significa respeitar os princpios e os valores defendidos
pelo nosso pas. O patriotismo uma virtude fundamental de qualquer democracia e
que recusa atitudes de discriminao em relao a outras naes.
Compromisso a Democracia diz-nos que devemos colocar os interesses da
comunidade em primeiro lugar. Assim, a Cidadania deve preparar o/a cidado/ para
estabelecer compromissos com as outras pessoas, isto , para entrar em acordo com
os outros, de forma a que todos se sintam satisfeitos.
Legalidade a legalidade significa que a lei que regula o nosso comportamento, isto
, atravs de regras e normas que sabemos aquilo que ou no correcto fazer.
Enquanto cidados/s devemos respeitar essas leis, mesmo quando no concordamos
totalmente com elas, mas tambm devemos tentar mudar as leis que consideramos
injustas ou inadequadas.
Solidariedade a solidariedade significa preocuparmo-nos com o bem-estar dos
outros, ajudarmos os outros sempre que necessitem. Sem solidariedade no
conseguimos enfrentar os grandes problemas da nossa sociedade, especialmente
aqueles que se relacionam com os grupos mais desfavorecidos (como a pobreza, por
exemplo).
Participao sermos participativos significa dar ateno aos assuntos de interesse
pblico, isto , a todos os assuntos que afectam a sociedade em que vivemos.
Abertura a abertura em Democracia um dos princpios fundamentais e significa
ter a capacidade de aceitar opinies diferentes das nossas.
Transparncia ser transparente ser sempre verdadeiro, sincero, nas suas aces.
Atravs da transparncia ou honestidade possvel que as decises que so tomadas
em democracia sejam sempre feitas baseadas na sinceridade e no por interesses
escondidos que podem por em causa a vida em comunidade.
Pluralismo o pluralismo significa o respeito pela existncia de ideias diferentes das
nossas. Numa sociedade democrtica a partilha de ideias diferentes muito
importante.
Civilidade a vida em comunidade exige que as pessoas se comportem de forma a
respeitarem sempre os direitos dos outros. Viver de forma civilizada significa, por
exemplo, tentar resolver os problemas atravs do dilogo com os outros e no atravs
da fora e da ameaa; defender o nosso pas e respeitar aquilo que pertence aos
outros.
Podemos concluir que os valores so, independentemente, das diversas qualificaes que
sofrem, os fundamentos ticos e espirituais que constituem a conscincia humana, definem
princpios e propsitos, pautam condutas e garantem a sobrevivncia do mundo e da espcie
humana. Embora os valores sejam ingredientes bsicos de uma cultura, podem mudar de
acordo com a sociedade que os produzem.
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Direitos e liberdades fundamentais
A Declarao Universal dos Direitos Humanos
Os Direitos Humanos so direitos que se estendem a todos os
seres humanos, independentemente, da sua identidade ou
nacionalidade. So direitos que possumos pelo simples facto de
sermos pessoas. Os Direitos Humanos so inalienveis: isto significa
que nunca podem ser retirados.
A Declarao Universal dos Direitos Humanos foi adoptada, no
dia 10 de Dezembro de 1948, pela Organizao das Naes Unidas
(ONU). A Declarao um texto composto por um prembulo e 30
artigos, centrado nos princpios da dignidade e do valor da pessoa
humana, da liberdade e da igualdade entre homens e mulheres.
E quais so os Direitos Humanos?
Artigo 1. (Liberdade e igualdade de todos os seres humanos)
Artigo 2. (No discriminao)
Artigo 3. (Direito vida, liberdade e segurana pessoal)
Artigo 4. (Proibio de escravatura)
Artigo 5. (Proibio de torturado e tratamento degradante)
Artigo 6. (Direito personalidade jurdica)
Artigo 7. (Direito igualdade perante a lei)
Artigo 8. (Direito a recurso efectivo perante jurisdies nacionais)
Artigo 9. (Proibio de priso, deteno e exlio arbitrrios)
Artigo 10. (Direito a ser julgado em pblico num tribunal independente)
Artigo 11. (Direito a ser considerado inocente at prova em contrrio)
Artigo 12. (Direito vida privada, familiar e proteco da correspondncia)
Artigo 13. (Direito a circular livremente no pas e de sair e entrar em qualquer pas)
Artigo 14. (Direito de requerer e receber asilo)
Artigo 15. (Direito nacionalidade)
Artigo 16. (Direito de casar e de constituir famlia)
Artigo 17. (Direito propriedade)
Artigo 18. (Liberdade de pensamento, conscincia e religio)
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Artigo 19. (Liberdade de expresso, opinio e informao)
Artigo 20. (Liberdade de reunio e associao pacficas)
Artigo 21. (Direito de participar nos assuntos pblicos do seu pas e em eleies livres
atravs do voto secreto)
Artigo 22. (Direito segurana social)
Artigo 23. (Direito ao trabalho, a remunerao suficiente favorvel e a aderir a
sindicatos)
Artigo 24. (Direito ao repouso e ao lazer)
Artigo 25. (Direito a um nvel de vida adequado)
Artigo 26. (Direito educao)
Artigo 27. (Direito de participar na vida cultural da comunidade)
Artigo 28. (Direito a uma ordem social para a plena aplicao dos direitos aqui
enunciados)
Artigo 29. (Deveres dos indivduos para com a comunidade)
Artigo 30. (Nenhum indivduo ou Estado pode atentar contra os direitos e liberdades
acima mencionados)
E quais so os deveres?
Respeitar e considerar os seus semelhantes;
Servir a comunidade nacional, pondo ao seu servio as suas capacidades fsicas e
intelectuais;
Trabalhar na medida das suas possibilidades e capacidades;
Defender e promover a sade pblica;
Defender e conservar o ambiente;
Defender e conservar o bem pblico e comunitrio;
Contribuir para a defesa do Pais;
Cumprir com as obrigaes previstas na lei e de obedecer s ordens emanadas das
autoridades legtimas.
A violao dos Direitos Humanos
Existem em todo o mundo situaes em que os Direitos Humanos no so cumpridos. So
violaes dos Direitos Humanos e atingem milhares de pessoas todos os anos.
So exemplos de violaes de Direitos Humanos:
Guerras
Terrorismo
Genocdio
Pena de morte
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A Carta dos Direitos Fundamentais da Unio Europeia
Inspirada na Declarao Universal dos Direitos Humanos, a Carta dos
Direitos Fundamentais da Unio Europeia, assinada a 7 de Dezembro de
2000 em Nice, enuncia um conjunto de direitos, liberdades e princpios
reconhecidos a todos os cidados europeus e a todas as pessoas residentes
no territrio da Unio.
Estes Direitos encontram-se agrupados em seis grandes captulos:
1) Dignidade
Dignidade do ser humano
Direito vida
Direito integridade
Proibio da tortura
Proibio da escravido e do trabalho forado
2) Liberdades
Direito liberdade e segurana
Respeito pela vida privada e familiar
Liberdade de pensamento, de conscincia e de religio
Direito educao
Liberdade profissional e direito de trabalhar
3) Igualdade
Igualdade perante a lei
No discriminao
Direito das crianas
Direito das pessoas idosas
Integrao das pessoas com deficincia
4) Solidariedade
Direito de acesso aos servios de emprego
Proteco em caso de despedimento sem justa causa
Proibio do trabalho infantil
Segurana social
Proteco da sade
Proteco do ambiente
5) Cidadania
Direito de eleger e de ser eleito nas eleies para o Parlamento Europeu
Direito a uma boa administrao
Provedor de justia
Direito de petio
Liberdade de circulao e de permanncia
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6) Justia
Direito a um tribunal imparcial
Presuno de inocncia e direitos de defesa
Direito a no ser julgado ou punido penalmente mais do que alguma vez pelo
mesmo delito
Direitos das Crianas
Reconhecendo que a violao dos Direitos Humanos de
qualquer pessoa uma situao inaceitvel e que esta se torna
ainda mais grave no caso das crianas, as Naes Unidas
proclamaram em 1989 a Conveno sobre os Direitos da
Criana.
Trata-se de um documento que funciona como uma lei
internacional. A Conveno sobre os Direitos da Criana
reconhece e protege um conjunto de direitos especficos das
crianas.
Estado Novo e Democracia
A Democracia um sistema poltico no qual o poder pertence ao povo. Os cidados podem
exercer a democracia de forma directa, como o caso dos referendos vinculativos, ou de
forma indirecta, atravs da eleio de representantes que depois exercem o poder em seu
nome, como o caso do Governo. primeira chamamos democracia directa, segunda
democracia representativa. A forma mais fcil do cidado participar na democracia do seu pas
votando nas eleies. Todas as democracias tm em comum um conjunto de princpios e
valores que visam proteger os direitos fundamentais dos cidados. Nelas so reconhecidos os
princpios da dignidade, igualdade e liberdade.
O Estado Novo
Depois de 1910 viveu-se um perodo de grande instabilidade poltica. Os presidentes da 1.
Repblica Portuguesa empreenderam uma srie de reformas, na Educao e na Cultura as
reformas foram bem sucedidas, mas os aspectos sociais e econmicos foram de difcil
resoluo. A incapacidade por parte dos sucessivos governos em superarem a crise
econmico-financeira, o agravamento das condies de vida das populaes e a instabilidade
poltica tornaram propcios os movimentos de revolta contra o regime da 1. Repblica, que
viria a ser derrubada num golpe militar em Maio de 1926, chefiado pelo General Gomes da
Costa. Instaurando-se assim a Ditadura militar.
ditadura militar, que comeou em 1926, sucedeu-se em 1933 um outro regime poltico,
igualmente ditatorial e repressivo, conhecido por Estado Novo. As ideias essenciais do Estado
Novo eram: conservadorismo; tradicionalismo; nacionalismo; antiparlamentarismo;
autoritarismo; anticomunismo; anti-individualismo; corporativismo e imperialismo.
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Instituies do Estado Novo
Unio Nacional
No Estado Novo os partidos polticos estavam proibidos. A Unio Nacional,
fundada em 1930, apresentava-se como uma organizao poltica no partidria
que pretendia enquadrar todas as foras polticas e correntes de opinio, unindo
todos os Portugueses, com vista defesa dos interesses nacionais. Na prtica
funcionava como um partido nico.
PVDE / PIDE / DGS
A PIDE (Polcia Internacional e de Defesa do Estado) conhecida
como a polcia poltica do Estado Novo. Mas as suas funes eram
mais vastas, abrangendo o controlo de estrangeiros e fronteiras, os
servios de espionagem e de contra-espionagem, a recolha de
informaes militares, o combate ao terrorismo e a investigao de
crimes contra a segurana do Estado.
Anteriormente chamou-se PVDE (Polcia de Vigilncia e de Defesa do Estado) e mais tarde DGS
(Direco-Geral de Segurana).
Legio Portuguesa
A Legio Portuguesa era uma milcia criada em 1936 com o objectivo de
defender o Estado Novo, isto , defender o patrimnio espiritual da Nao e
combater a ameaa comunista e o anarquismo.
Hino da Legio Portuguesa
Ns teremos que vencer Nada temos a temer Da invaso comunista.
J existe a Legio, Ao vento solta o pendo, D combate ao anarquista.
No voltamos ao passado, Acabou o revoltado, Disso temos a certeza;
E mais tranquilos andamos Porque todos confiamos Na Legio Portuguesa.
Mocidade Portuguesa
A Mocidade Portuguesa era uma organizao juvenil, criada em 1936. Tinha
como objectivo inculcar na juventude os valores patriticos e nacionalistas do
Estado Novo.
Procurava desenvolver as capacidades fsicas dos jovens e incutir-lhes o amor
Ptria, o sentimento da ordem e da disciplina, e o culto dos deveres morais,
cvicos e militares.
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Comisso de Censura
A censura um instrumento que os regimes totalitrios utilizam para
controlar a divulgao de ideias, informaes e notcias nos jornais,
rdios, televises e espectculos. No Estado Novo, a Lei n150/72 previa
que os artigos para publicao tivessem uma das seguintes anotaes:
"autorizado", "autorizado com cortes", "suspenso", "demorado", ou
"proibido". Vrios rgos colaboraram na censura durante o Estado
Novo, um dos quais foi a Comisso de Censura.
Assembleia Nacional
A Assembleia Nacional era uma das duas cmaras parlamentares do
Estado Novo. A outra era a Cmara Corporativa. Tinha como principais
funes fazer as leis e interpret-las. Como no existiam partidos
polticos, o seu poder era limitado. O poder poltico estava concentrado
no Governo.
Cmara Corporativa
A Cmara Corporativa era uma das duas cmaras parlamentares do Estado Novo. A outra
era a Assembleia Nacional. Tinha funes meramente consultivas. Na Cmara Corporativa
estavam representadas as diversas corporaes econmicas, culturais, sociais do Pas:
Provncias e Municpios;
Universidades e Escolas;
Sindicatos Nacionais;
Grmios Patronais;
Organizaes de Assistncia Social.
SPN / SNI
O Secretariado Nacional de Informao (SNI) era um organismo criado pelo Estado
Novo que realizava a propaganda do regime. Simultaneamente, fazia a promoo
turstica do Pas e apoiava diversas actividades como as artes plsticas, o cinema, o
teatro, a dana, a literatura, o folclore e a edio livreira. Anteriormente chamou-se
Secretariado da Propaganda Nacional (SPN). Antnio Ferro foi a figura mais importante
desta instituio.
Prises Polticas
As principais prises onde eram encarcerados os presos polticos no Estado Novo
eram:
Priso de Caxias
Priso do Aljube
Forte de Peniche
Campo de Concentrao do Tarrafal
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O 25 de Abril de 1975
O 25 de Abril de 1975 consagrou, pela primeira vez, em Portugal o
princpio da legitimidade democrtica, e as eleies subsequentes
radicaram-no definitivamente. No foi s sufrgio universal; foi sobretudo a
ideia de que no existe outro fundamento temporal para a autoridade dos
governantes que no seja a vontade do povo expressa pelo voto; nenhum
carisma pessoal, nenhuma vanguarda revolucionria, nenhuma fora oculta
o pode substituir.
A partir da implantaram-se e consolidaram-se instituies representativas tanto a nvel
nacional como a nvel regional e local; a liberdade poltica no tem tido falhas; o pluralismo e o
contraditrio tornaram-se naturais e irreversveis; surgiu um sistema de partidos moderno e
estvel, ainda que deficiente; e a alternncia tem funcionado.
A Constituio irradiou para toda a ordem jurdica, implicando alteraes profundas em
todos os seus sectores. Os tribunais sabem que a devem conhecer e aplicar. E os cidados
sabem que a podem invocar como carta dos seus direitos, quer como limite da autoridade
pblica, quer como quadro de exigncias de solidariedade.
Em suma: Somente depois do 25 de Abril, os portugueses viram reconhecidos direitos
prprios de sociedades democrticas tais como:
Direitos e deveres pessoais (ex.: liberdade de expresso)
Direitos e deveres polticos (ex.: direito de sufrgio)
Direitos e deveres econmicos (ex.: direitos dos trabalhadores)
Direitos e deveres sociais (ex.: ambiente e qualidade de vida)
Direitos e deveres culturais (ex.: educao e cultura)
Exercer a cidadania numa democracia reconhecer que ao usufruto dos direitos est
associado o cumprimento de determinados deveres: dever de votar; dever de proteger o
ambiente; dever de respeitar a lei;
Smbolos da Democracia
A Bandeira Nacional est dividida em duas partes por uma
linha vertical. A primeira parte verde e constitui 2/5 da
bandeira. A segunda parte vermelha e constitui 3/5 da
bandeira. No centro da linha vertical encontra-se um
escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul. volta do escudo
existe a esfera armilar a amarelo. Os autores da Bandeira Republicana: Columbano,
Joo Chagas e Abel Botelho
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Hino Nacional Portugus: "A Portuguesa"; Msica de Alfredo Keil e letra de
Henrique Lopes de Mendona
As 5 quinas Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso
Henriques na batalha de Ourique.
Os 5 pontos brancos
dentro de cada quina
Representam as 5 chagas de Cristo.
Os 7 castelos Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso
Henriques conquistou aos Mouros.
A esfera armilar Representa o mundo que os navegadores portugueses
descobriram nos sculos XV e XVI e os povos com quem
trocaram ideias e comrcio.
O verde Simboliza a esperana.
O vermelho Simboliza a coragem e o sangue dos portugueses mortos em
combate.
Heris do mar, nobre povo, Nao valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memria, Ptria sente-se a voz Dos teus egrgios avs, Que h-de guiar-te vitria!
s armas, s armas! Sobre a terra, sobre o mar, s armas, s armas! Pela Ptria lutar Contra os canhes marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira, luz viva do teu cu! Brade a Europa terra inteira: Portugal no pereceu Beija o solo teu jucundo O Oceano, a rugir d'amor, E teu brao vencedor Deu mundos novos ao Mundo! s armas, s armas! Sobre a terra, sobre o mar, s armas, s armas! Pela Ptria lutar Contra os canhes marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta Sobre um ridente porvir; Seja o eco de uma afronta O sinal do ressurgir. Raios dessa aurora forte So como beijos de me, Que nos guardam, nos sustm, Contra as injrias da sorte. s armas, s armas! Sobre a terra, sobre o mar, s armas, s armas! Pela Ptria lutar Contra os canhes marchar, marchar!
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A organizao institucional do Estado Portugus
A Constituio da Repblica Portuguesa
A Constituio a lei fundamental que regula os direitos e garantias dos cidados e define a
organizao poltica de um Estado. Os princpios da Constituio so superiores e inviolveis.
Nenhuma lei (ou situao) pode contrariar o que est escrito na Constituio. Quando tal
acontece diz-se inconstitucional.
A actual Constituio da Repblica Portuguesa data de 1976 e foi proclamada na sequncia
do 25 de Abril de 1974. Ao longo dos anos, a Constituio tem sido revista de forma a
acompanhar as mudanas do pas e do mundo. A reviso constitucional que ocorreu em 2005,
acrescentou um artigo relativo ao referendo sobre o tratado europeu.
A Constituio da Repblica Portuguesa um documento extenso, estruturado da seguinte
forma:
Prembulo
Princpios fundamentais
Parte I Direitos e Deveres fundamentais
Parte II Organizao econmica
Parte III Organizao do poder poltico
Parte IV Garantia e reviso da Constituio
Disposies finais e transitrias
rgos de soberania No artigo 110., a Constituio estabelece que em Portugal os rgos de soberania so:
O Presidente da Repblica
O Presidente da Repblica o chefe de Estado, representa a Repblica
Portuguesa e , por inerncia, Comandante Supremo das Foras Armadas.
eleito por sufrgio directo e universal, para mandatos com a durao de
cinco anos, no podendo exercer mais do que dois mandatos sucessivos.
Podem candidatar-se Presidncia da Repblica os cidados eleitores,
portugueses de origem, maiores de 35 anos, que apresentem a sua
candidatura perante o Tribunal Constitucional, apoiada por um mnimo de 7500 assinaturas.
eleito o candidato que obtiver mais de metade dos votos validamente expressos (maioria
absoluta). Caso nenhum dos candidatos consiga a maioria absoluta, procede-se a segundo
sufrgio, onde s concorrem os dois candidatos que alcanaram mais votos na 1. volta.
Sugesto:
Consulte, na internet, a Constituio (artigos 133. a 140.)
para conhecer melhor as funes do Presidente da Repblica.
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A Assembleia da Repblica
Segundo a Constituio, a Assembleia da Repblica a assembleia representativa de todos
os cidados portugueses. tambm o principal rgo legislativo. um rgo parlamentar,
unicameral, composto por deputados eleitos por sufrgio directo, por crculos eleitorais
definidos geograficamente, para mandatos de quatro anos. O nmero de deputados pode
variar entre 180 e 230, nos termos da Constituio.
, acima de tudo, um rgo legislativo, pois a ele cabe a funo de
fazer as leis. Desempenha ainda a funo poltica de controlo (inspeco
e fiscalizao) dos actos do Estado, e assume-se como rgo por
excelncia do debate poltico a nvel nacional. Por outro lado, compete-
lhe a eleio de determinados rgos ou de alguns membros destes: de
dez juzes do Tribunal Constitucional, do Provedor de Justia, do presidente do Conselho
Econmico e Social, de sete vogais do Conselho Superior da Magistratura, de cinco membros
da Alta Autoridade para a Comunicao Social (AACS), de cinco membros do Conselho de
Estado.
Para alm do plenrio da Assembleia, existem outros rgos, com funes auxiliares ou de
coordenao e que dispem de uma certa autonomia e de direitos especficos. Esses rgos
so:
a Presidncia da Assembleia da Repblica - o presidente eleito pelos deputados e
a segunda figura do Estado portugus;
a Mesa da Assembleia, que assegura a conduo dos trabalhos do plenrio;
a Comisso Permanente, que composta pelo presidente da Assembleia, por
quatro vice presidentes e por deputados indicados por todos os partidos;
as Comisses, que desempenham tarefas de preparao e aprofundamento dos
trabalhos;
os grupos parlamentares, constitudos por deputados de um mesmo partido.
O Governo
Nos termos da Constituio, o Governo o rgo que conduz a poltica
geral do pas e o rgo superior da Administrao Pblica. Tem funes
polticas (ex.: negociar convenes internacionais), legislativas (ex.: elaborar
decretos-lei) e administrativas (ex.: fazer executar o Oramento do Estado).
O Governo, tambm chamado Executivo, constitudo pelo Primeiro-
Ministro, pelos Ministros e pelos Secretrios e Subsecretrios de Estado.
Na sequncia de eleies legislativas e de acordo com os resultados apurados, o Presidente
da Repblica nomeia o Primeiro-Ministro que, por sua vez, convida os restantes membros para
formar o Governo. Este submete apreciao da Assembleia da Repblica o seu programa
governamental, que um documento que define as principais orientaes polticas e as
medidas a adoptar ou a propor ao longo dos quatro anos do mandato para governar o pas.
O Primeiro-Ministro tem como principais funes:
Dirigir a poltica geral do Governo
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Coordenar a aco de todos os Ministros
Representar o Governo junto dos outros rgos do Estado
Justificar as suas aces perante a Assembleia da Repblica
Manter o Presidente da Repblica informado
Os Tribunais
Segundo a Constituio, os tribunais so os rgos politicamente independentes com
competncia para administrar a justia em nome do povo. So funes gerais dos tribunais:
assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos dos/as cidados/s,
reprimir a violao da legalidade democrtica e resolver os conflitos de interesses pblicos e
privados (artigo 202.). As decises dos tribunais so obrigatrias e prevalecem sobre as de
qualquer outra autoridade.
As principais categorias de tribunais so:
Tribunal Constitucional: compete, entre outras: declarar a validade ou no, luz da
Constituio, de uma iniciativa legislativa; legitimar aspectos do processo eleitoral,
por exemplo, a validade da candidatura de um cidado Presidncia da Repblica;
assumir a responsabilidade de interpretar o texto constitucional.
Supremo Tribunal de Justia (e os tribunais judiciais de primeira e de segunda
instncia): o rgo superior da hierarquia dos tribunais judiciais (tribunais comuns
em matria cvel e criminal). Cabe-lhe julgar os processos em ltima instncia,
excepo dos que envolvem questes de constitucionalidade, matria que da
responsabilidade do Tribunal Constitucional.
Supremo Tribunal Administrativo (e os demais tribunais administrativos e fiscais): o
rgo hierarquicamente superior na organizao dos tribunais administrativos e
fiscais. da competncia dos tribunais administrativos e fiscais o julgamento das
aces e recursos contenciosos que tenham por objecto resolver os litgios
emergentes das relaes jurdicas administrativas e fiscais;
Tribunal de Contas: o rgo supremo de fiscalizao da legalidade das despesas
pblicas e de julgamento das contas que a lei mandar submeter-lhe, competindo-lhe,
nomeadamente dar parecer sobre a Conta Geral do Estado, incluindo a da segurana
social, e sobre as contas das Regies Autnomas da Madeira e dos Aores. Nos
termos da lei, compete ainda ao Tribunal de Contas efectivar a responsabilidade por
infraces financeiras.
Como que o Governo faz uma lei?
Uma lei feita pelo Governo tem o nome de decreto-lei. O processo de criao de um
decreto-lei comea quando algum, geralmente um ministro, toma a iniciativa redigindo um
projecto-lei.
Essa proposta enviada Presidncia do Conselho de Ministros, que verifica se adequada,
oportuna e correcta, fazendo-se os acertos necessrios entre o Ministro proponente e a
Presidncia do Conselho de Ministros. Seguidamente, encaminhada para os outros Ministros
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que a analisam. A opinio do Ministro transmitida ao Secretrio de Estado que representa o
Ministrio na reunio de Secretrios de Estado.
A iniciativa , ento, analisada na Reunio de Secretrios de Estado e, se houver acordo,
aprova-se o projecto, que ser agendado para Reunio do Conselho de Ministros.
O Conselho de Ministros pode aprovar a proposta como lhe apresentada, emend-la, adi-
la ou mesmo rejeit-la.
Depois de aprovado, o diploma assinado pelos Ministros com competncia nas matrias
em causa e pelo Primeiro-Ministro e enviado ao Presidente da Repblica para promulgao. Se
o Presidente no concordar com a lei exercer o seu direito de veto em vez de a promulgar.
Uma vez promulgado, referendado pelo Primeiro-Ministro e enviado para publicao no
Dirio da Repblica. com a sua publicao no Dirio da Repblica que o decreto se torna,
efectivamente, uma lei.
As regies autnomas
O territrio portugus composto pelo Continente e pelo Arquiplago da Madeira e dos
Aores.
O Arquiplago da Madeira constitudo pelas ilhas:
Madeira
Porto Santo
E pelos ilhus desabitveis:
Selvagens
Desertas.
O Arquiplago dos Aores formado por nove ilhas e alguns ilhus inabitados (as Formigas).
Ao grupo oriental pertencem :
Santa Maria
S. Miguel
Ao grupo central pertencem:
Terceira
Graciosa
S. Jorge
Pico
Faial
Ao grupo ocidental pertencem:
Flores
Corvo
Os Arquiplagos da Madeira e dos Aores so regies autnomas de Portugal, que lhes
concede o privilgio de uma administrao com rgos regionais prprios, com sede nas ilhas,
ainda que independente em certos domnios das instituies nacionais com sede em Lisboa. A
autonomia poltica e administrativa destas regies no afecta a integridade da soberania do
Estado.
As Regies Autnomas tm como rgos representativos: o Representante da Repblica; a
Assembleia Legislativa e o Governo Regional.
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Poder local
ideia de poder local subjaz a convico de que a unidade do Estado no deve levar
dissoluo de comunidades menores. Pelo contrrio, considera-se que estas devero ter a
possibilidade de administrar os interesses que lhes so especficos atravs de rgos
representativos da vontade dos seus membros e prximos das populaes. A existncia de
competncias a serem exercidas localmente pretende garantir uma maior eficcia na
resoluo de certos problemas. Existem duas formas de poder local no nosso pas: os
municpios (os rgos representativos so a assembleia municipal e a cmara municipal) e as
freguesias (os rgos representativos so a assembleia de freguesia e a junta de freguesia).
Estas autarquias constituem-se como pessoas colectivas territoriais dotadas de rgos
representativos. A Constituio prev ainda um terceiro nvel de poder local as regies
administrativas que decorrero da organizao administrativa subjacente ao processo de
regionalizao. As relaes do poder local com o Estado tm vrias vertentes, de entre as quais
se destacam as seguintes:
o poder local e o poder central cooperam na resoluo dos problemas das populaes
de forma coordenada, partilham o esforo administrativo e financeiro, seja
associando-se para a realizao de determinada obra, seja fazendo o poder local
determinadas obras e o poder central outras;
o Estado distribui verbas s autarquias e, por outro lado, fiscaliza o cumprimento da
lei, tendo o poder local, de resto, autonomia administrativa;
o poder local, democraticamente eleito, representa as populaes perante o Estado,
fazendo-lhe chegar os seus problemas e reivindicaes.
Unio Europeia
A Unio Europeia uma das organizaes que mais tm contribudo para a ajuda aos pases
em desenvolvimento. As iniciativas so efectuadas atravs do financiamento de aces de
defesa do ambiente, de melhoria das condies de vida dos mais desfavorecidos, do apoio ao
comrcio justo e do financiamento de projectos tecnolgicos e para a formao dos recursos
humanos.
Fundadores
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Estados Membros
A seguinte tabela apresenta os actuais estados membros e as respectivas datas de adeso.
Data de Adeso Pases
Pases Fundadores Alemanha, Blgica, Frana, Itlia, Luxemburgo, Pases Baixos
1973 Dinamarca, Irlanda, Reino Unido
1981 Grcia
1986 Espanha, Portugal
1995 ustria, Finlndia, Sucia
2004 Chipre, Eslovquia, Eslovnia, Estnia, Hungria, Letnia, Litunia, Malta, Polnia,
Repblica Checa
2007 Bulgria e Romnia
Pases Candidatos
Antiga Repblica Jugoslava da Macednia, Crocia e Turquia
Os smbolos da UE:
A bandeira europeia
A bandeira da Europa alm de simbolizar a Unio Europeia representa tambm a unidade e a identidade da Europa. O crculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. As estrelas so doze porque
tradicionalmente este nmero constitui um smbolo de perfeio, plenitude e unidade. Assim, a bandeira manter-se- inalterada, independentemente dos futuros alargamentos da UE.
Dia da Europa, 9 de Maio
No dia 9 de Maio de 1950, foi apresentada uma proposta de criao de uma
Europa organizada por Robert Schuman, a qual ficou conhecida como
"Declarao Schuman". Este dia marca o comeo da actual Unio Europeia e foi
por esse motivo que na Cimeira de Milo de 1995 foi adoptado o dia 9 de Maio
como o Dia da Europa.
Hino Europeu
O hino europeu no apenas o hino da Unio Europeia, mas de toda a Europa
num sentido mais lato. A msica extrada da 9 Sinfonia de Ludwig Van
Beethoven, composta em 1823. Mais conhecida como Ode Alegria, foi
adoptada em 1985, sem letra, como hino oficial da Unio Europeia.
O lema: Unida na diversidade
Unida na diversidade o lema da Unio Europeia. Este lema significa que na UE os europeus esto unidos, trabalhando em conjunto pela paz e pela prosperidade, e que o facto de existirem diferentes
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culturas, tradies e lnguas na Europa algo de positivo para o continente.
O Euro
No dia 1 de Janeiro de 2002 entrou em circulao o Euro, que veio substituir as moedas nacionais de cada pas. A introduo do Euro fez a Europa crescer economicamente e, em poucos anos, tornou-se a segunda moeda mais importante do mundo, ao lado do dlar americano. Tambm veio reforar a
identidade europeia, ao possibilitar aos/s cidados/s europeus/europeias sentirem-se mais prximos uns dos outros.
As Instituies europeias
Ao participarem no projecto da Unio Europeia, os pases (Estados-Membros) delegaram
poderes de deciso a instituies por eles criadas, que contam com a participao de
representantes eleitos pelos cidados de cada pas e/ou nomeados pelos respectivos
governos.
Estas instituies trabalham em conjunto, procurando beneficiar todos os cidados da
Unio.
As instituies mais importantes da Unio Europeia e cujas decises afectam a vida dos/as
cidados/cidads europeus/europeias so trs: Conselho, Parlamento e Comisso. Existem
ainda outros rgos e instituies com vocao especializada como: o Tribunal de Contas, o
Tribunal de Justia, o Conselho Econmico e Social Europeu, o Comit das Regies, o Banco
Europeu de Investimentos e o Banco Central Europeu.
Conselho Europeu
Rene-se em Bruxelas, excepto em Abril, Junho e Outubro, meses em que
o local de reunio passa a ser no Luxemburgo. O Conselho da Unio
Europeia, tambm conhecido por Conselho de Ministros, composto pelos
ministros da pasta respectiva de cada um dos Estados-Membros. Quando
se renem os presidentes e/ou os primeiros-ministros dos 27 o Conselho toma a designao
de Conselho Europeu (tambm conhecido por Cimeira), no qual participa tambm o
Presidente da Comisso Europeia. No conselho Europeu so definidas as principais linhas de
orientao poltica e so abordadas as questes da actualidade internacional.
Existem nove diferentes configuraes do Conselho:
Assuntos Gerais e Relaes Externas
Assuntos Econmicos e Financeiros (ECOFIN)
Justia e Assuntos Internos (JAI)
Emprego, Poltica Social, Sade e Proteco dos Consumidores
Competitividade
Transportes, Telecomunicaes e Energia
Agricultura e Pescas
Ambiente
Educao, Cultura e Juventude
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Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu (PE) directamente eleito pelos cidados da Unio
Europeia para representar os seus interesses. As suas origens remontam aos
anos cinquenta e aos Tratados constitutivos e, desde 1979, os seus
deputados so eleitos directamente pelos cidados que representam.
As eleies realizam-se de cinco em cinco anos e todos os cidados da UE tm direito a
votar, bem como a apresentarse na qualidade de candidatos, seja onde for que vivam na UE.
O Parlamento exprime, portanto, a vontade democrtica dos perto de 500 milhes de
cidados da Unio e representa os seus interesses nas discusses com as outras instituies da
UE. As ltimas eleies tiveram lugar em Junho de 2009. O actual Parlamento conta com 736
deputados dos 27 pases da Unio Europeia.
O Parlamento tem trs funes principais:
1. Adoptar os actos legislativos europeus conjuntamente com o Conselho em numerosos domnios. O facto de o PE ser um rgo directamente eleito pelos cidados garante a legitimidade democrtica da legislao europeia.
2. O Parlamento exerce um controlo democrtico das outras instituies da UE, especialmente da Comisso. Tem poderes para aprovar ou rejeitar as nomeaes dos membros da Comisso, e tem o direito de adoptar uma moo de censura de toda a Comisso.
3. O poder oramental: o Parlamento partilha com o Conselho a autoridade sobre o oramento da UE, o que significa que pode influenciar as despesas da Unio. No final do processo oramental, incumbe-lhe adoptar ou rejeitar a totalidade do oramento.
Comisso europeia
A Comisso independente dos governos nacionais. Tem por misso representar e
defender os interesses da Unio Europeia no seu todo. Elabora novas propostas de legislao
europeia, que apresenta ao Parlamento Europeu e ao Conselho. composta
por 27 comissrios, nomeados pelos governos dos Estados-Membros por um
mandato de 5 anos, que exercem as suas funes com total independncia dos
governos nacionais que os escolhem. O actual mandato da Comisso termina
em 31 Outubro de 2009. O seu Presidente Jos Manuel Barroso, de Portugal.
A Comisso responde politicamente perante o Parlamento, que tem poderes para demitir toda
a equipa mediante a adopo de uma moo de censura.
Os Membros da Comisso devem apresentar a demisso se tal lhes for solicitado pelo
Presidente, desde que os restantes Comissrios aprovem esta deciso. O trabalho corrente da
Comisso realizado pelos seus administradores, peritos, tradutores, intrpretes e pessoal
administrativo, num total de cerca de 23 000 funcionrios europeus. Este nmero pode
parecer muito elevado, mas na realidade inferior ao nmero de funcionrios de qualquer
autarquia de mdia dimenso da Europa.
Tribunal de Justia
a instituio que assegura o direito na interpretao e aplicao dos
Tratados. Controla o cumprimento das obrigaes dos Estados-Membros e a
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legalidade dos actos das instituies comunitrias. Tem sede no Luxemburgo.
Tribunal de Contas
a instituio que verifica a legalidade e regularidade na execuo do oramento
da EU, no sentido de assegurar uma gesto eficaz e transparente do mesmo.
Est sedeado no Luxemburgo.
Cidadania europeia
A Cidadania Europeia faz parte da nossa vida. Por todo o lado deparamos com a sua
presena, com os seus smbolos, cruzamo-nos com as suas manifestaes. irrecusvel, pois, a
pertena do nosso pas Unio Europeia. Contudo, isso tambm significa que, desse modo,
somos cidados europeus. A cidadania europeia vem acrescentar-se nossa cidadania original:
somos cidados portugueses e cidados europeus. Estamos, assim, investidos duma cidadania
mais enriquecida, onde aos direitos que temos enquanto cidados portugueses se vm
acrescentar aqueles que decorrem do facto de sermos cidados europeus. Esse alargamento
da nossa esfera de direitos traz-nos, tambm, deveres. E um dos mais importantes , sem
duvida, o dever de participar activa e criticamente no desenvolvimento do projecto europeu,
um projecto de paz e mais desenvolvimento e justia para todos. A cidadania europeia , pois,
uma nova dimenso da nossa responsabilidade social.
A Cidadania Europeia foi instituda pelo Tratado de Maastricht, em 1992, e confere direitos
e deveres aos cidados da unio europeia.
O objectivo principal era reforar e fortalecer a identidade europeia e possibilitar que os
cidados europeus participassem de forma mais intensa no processo de integrao
comunitria. A condio de cidado europeu ficou reservada a quem tivesse a nacionalidade
de um Estado membro. A cidadania europeia no substitui mas complementa a cidadania de
cada estado. Por consequncia so as leis de cada estado membro - diferentes em muitos
casos as que regulam como se pode aceder cidadania da Unio.
Direitos dos/as cidados/s
A cidadania europeia significa, nomeadamente, um conjunto de direitos especficos, que
so exclusivos do/a cidado/cidad europeu/europeia, decorrente do facto de ser cidado de
um dos Estados-membros. Que direitos so esses?
Liberdade de circulao e de permanncia
Qualquer cidado/cidad europeu/europeia pode viajar, residir, estudar e trabalhar em
qualquer pas da Unio Europeia.
Sugestes:
Faa uma visita virtual ao site da Unio Europeia (http://europa.eu)e
navegue livremente pelos links nela contidos.
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Direito de voto
Qualquer cidado/cidad europeu/europeia tem no s direito de votar como de se
candidatar, no seu Estado-Membro de origem ou de residncia, s eleies do Parlamento
Europeu e tambm s eleies municipais.
Direito Informao/Transparncia
O cidado/cidad europeu/europeia pode, em certas condies e com a respectiva
autorizao, ter acesso consulta dos documentos das Instituies e dos Estados-
Membros da Unio Europeia.
Direito de Petio e de Recurso ao Provedor de Justia Europeu
Para alm do recurso ao tribunal da Unio Europeia, o/a cidado/cidad pode ainda
apresentar queixa atravs de dois meios:
a petio, carta assinada e dirigida ao Parlamento Europeu sobre assuntos que se
enquadram no mbito das actividades da Unio Europeia e que afectam
directamente os interesses dos/as cidados/cidads;
o recurso ao Provedor de Justia Europeu em caso de m administrao das
instituies ou dos organismos comunitrios.
Direito Proteco Diplomtica
Os nacionais de um Estado-Membro, nos pases que no pertencem Unio Europeia,
podem dispor de proteco de um outro Estado-Membro, desde que preencham as
seguintes condies:
encontrar-se em situao de dificuldade;
no existir uma embaixada ou um consulado do seu pas.
Direitos dos Consumidores
Tm como objectivo proteger a sade, a segurana e os interesses econmicos dos
consumidores.
A ONU A Organizao das Naes Unidas (ONU) uma instituio internacional
formada por 192 Estados soberanos e fundada aps a 2 Guerra Mundial para
manter a paz e a segurana no mundo, fomentar relaes amistosas entre as
naes, promover o progresso social, melhores padres de vida e direitos humanos. Os
membros so unidos em torno da Carta das Naes Unidas, um tratado internacional que
enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.
II Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial (1939 -1945) foi o conflito que mais vtimas causou
(50 milhes) em toda a histria da humanidade. Foi provocada pelos trs pases
em que tinham sido implantados regimes autoritrios (Alemanha, Itlia e Japo).
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Estes estados queriam ampliar as suas respectivas reas de influncia e uniram-
se numa coligao que ficou conhecida como Eixo.
Para Hitler, era fundamental criar uma "nova ordem" na Europa, baseada na
superioridade alem, na excluso - eliminao fsica includa - de minorias tnicas
como os judeus, na supresso das liberdades e dos direitos individuais e na
perseguio de ideologias liberais, socialistas e comunistas.
II Guerra Mundial Breve percurso histrico
Em 1938, foi assinado o Pacto de Munique, que consistia em Hitler impor a
sua vontade s democracias ocidentais que aceitaram a ocupao do pas dos
Sudetas em troca de garantia de que as restantes fronteiras checoslovacas
seriam respeitadas pela Alemanha. S depois da invaso dos restantes
territrios da Checoslovquia pelos nazis, em Maro de 1939, as democracias
ocidentais compreenderam que no poderiam fazer mais cedncias s
potencias expansionistas, a Alemanha, a Itlia e o Japo (que se uniram
formando a aliana, conhecida com o nome de EIXO.). Em fins de Agosto de 1939, Hitler e
Estaline assinaram o Pacto de no-agresso germano-sovitico. Este pacto permitia a Hitler
ficar tranquilo a Leste e poder assim focar as suas atenes com o Ocidente.
A 1 de Setembro de 1939, o exrcito alemo invadiu a Polnia. Foi ento que a Inglaterra e
a Frana declararam guerra e dava-se ento incio 2 Guerra Mundial. A primeira fase da
guerra caracterizava-se por sucessivas vitrias alems. Foi ento que os alemes conquistaram
quase toda a Europa, comeando pela Dinamarca, Noruega, Holanda e Blgica e acabando em
Frana. Quanto aos pases ibricos, mantiveram uma posio neutra estando no entanto os
espanhis a colaborar com a Alemanha.
Em toda a Europa, somente a Inglaterra resistiu aos ataques alemes. Foi
ento que o primeiro - ministro Winston Churchill decidiu lutar at ao fim.
Contrapondo a esta vontade, Hitler mandou bombardear Londres e outras
cidades inglesas, travando-se ento uma batalha nos cus, Batalha de
Inglaterra.
Em Junho de 1941, os alemes quebraram o pacto germano-sovitico e invadiram a Unio
Sovitica. Desde cedo alcanaram vitrias sobre o Exrcito Vermelho. Apenas Moscovo e
Leninegrado no foram destrudas devido a resistncia sovitica. No Vero de 1942 seria a vez
de Estalinegrado ser cercada pelos alemes.
Aps a grande presso exercida pelos russos, os alemes cederam e
acabaram por retirar as tropas do territrio russo. Mas a guerra no se
decidia somente no campo de batalha, era tambm nos laboratrios e
nas fbricas que se construa a vitria. Embora os alemes tivessem
construdo bombas, avies, etc, os Aliados tinham inventado a bomba
atmica que poderia acabar com o exrcito nazi.
A 6 de Junho de 1944, o dia D, as tropas aliadas desembarcam na Normandia e iniciaram a
libertao do territrio francs. Passado pouco tempo, outro desembarque no Sul de Frana
abriu uma nova frente que obrigou os Alemes a recuar sistematicamente, ao mesmo tempo
que uma centena de avies bombardeava cidades alems. Os Aliados preparavam-se para
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destruir a Alemanha nazi. Na Primavera de 1945, a Alemanha foi invadida a leste pela URSS e a
ocidente pelos restantes pases aliados. Berlim foi conquistada pelas tropas soviticas e Hitler
suicidou-se. Os chefes alemes renderam-se sem condies em 8 de Maio de 1945. Era o fim
da guerra.
Os custos que a 2 Guerra Mundial causaram foram dramticos.
O nmero total de mortos aponta para os 50 milhes. Contudo,
apenas uma pequena parte eram soldados. A grande maioria das
vtimas foram civis. Os combates nas reas urbanas e,
principalmente, os bombardeamentos vitimaram sobretudo
populao civil. Em 1945, a Europa e o Japo encontravam-se num
estado catico: cidades arrasadas, vias de comunicao e de
transporte, instalaes industriais completamente destrudas. Os principais pases afectados
foram a Alemanha e o Japo.
O Nazismo
O nazismo foi um regime poltico instaurado em 1934 na Alemanha
por Adolfo Hitler e que se inspirava no fascismo italiano de Mussolini
mas levado a um grau mais extremo. Alm das caractersticas
fascistas (totalitarismo, nacionalismo, militarismo, imperialismo,
culto da personalidade e represso violenta), o nazismo defendia
tambm o anti-semitismo e o racismo (considerava a raa ariana, de
que os alemes seriam os melhores representantes, como superior a todas as outras).
Actualmente, o termo nazismo utilizado para designar todos os ideais racistas e nacionalistas
violentos. O lema do nazismo era Ein Volk, ein Reich, ein fhrer (um Povo, Um Imprio, um
Chefe).
Objectivos da ONU
Quando os Estados se tornam membros das Naes Unidas, eles esto tambm a aceitar as
obrigaes da Carta das Naes Unidas, uma espcie de Constituio da ONU que contm os
princpios bsicos das relaes internacionais. De acordo com a Carta, as Naes Unidas tm
quatro objectivos principais:
manter a paz e a segurana internacional;
desenvolver relaes de amizade entre as Naes;
cooperar nas solues de problemas internacionais, promovendo o respeito pelos
direitos humanos;
ser um centro de harmonizao das aces das Naes na prossecuo desses
objectivos.
Funcionamento da ONU: informao geral
Quando foi estabelecida, em 1945, a ONU contava com 51 pases que se comprometeram a
preservar a paz atravs da cooperao internacional. Actualmente, quase todos os pases do
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mundo so membros da ONU (192 pases, em 2007). Portugal aderiu em 1955. A Sua e Timor
Leste em 2002. Mais recentemente, em 2006 o Montenegro tornou-se membro da ONU, aps
ter declarado a sua independncia da Srvia.
Na Carta das Naes Unidas esto enumerados os rgos principais da ONU (artigo 7.): a
Assembleia Geral; o Conselho de Segurana; o Conselho Econmico e Social; o Conselho da
Tutela; o Tribunal Internacional de Justia e o Secretariado.
Exceptuando o Tribunal Internacional, cuja sede fica em Haia (na Holanda), todos os outros
rgos tm a sua sede em Nova Iorque (EUA). Para alm destes, existem outras estruturas
importantes para fazer cumprir a misso da ONU. O conjunto de rgos principais, rgos
subsidirios e instituies especializadas forma o que se chama o sistema das Naes Unidas.
Funcionamento da ONU: principais rgos
As Naes Unidas so constitudas por cinco rgos principais: a Assembleia-geral, o
Conselho de Segurana, o Conselho Econmico e Social, o Tribunal Internacional de Justia e o
Secretariado. Todos eles esto situados na sede da ONU, em Nova Iorque, com excepo do
Tribunal, que fica em Haia, na Holanda.
Existem organismos especializados, com ligao ONU, que trabalham em reas to
diversas como a da sade, agricultura, aviao civil, meteorologia e trabalho. Estes organismos
especializados, juntamente com as Naes Unidas e outros programas e fundos (tais como a
UNICEF, Fundo das Naes Unidas para a Infncia), compem o Sistema das Naes Unidas.
Agncias especializadas da ONU alguns exemplos
FAO (Organizao das Naes Unidas para a Alimentao e a Agricultura)
OMI (Organizao Martima Internacional)
FMI (Fundo Monetrio Internacional)
UNESCO (Organizao para a Educao, a Cincia e a Cultura)
PMA (Programa Mundial Alimentar)
OMS (Organizao Mundial da Sade)
ACNUR (Alto Comissariado das Naes Unidas para os Refugiados)
UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Naes Unidas para a mulher)
UNICEF (Fundo das Naes Unidas para a Infncia)
PNUMA (Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente)
Nota:
Devido posio que assumiu nas duas Grandes Guerras, a Sua , historicamente, um pas neutro.
A sua entrada na ONU aconteceu apenas em 2002, na sequncia de um referendo nacional onde
mais de 50% dos habitantes se manifestaram a favor da adeso s Naes Unidas. o nico pas do
mundo cuja adeso ONU se fundou na vontade do povo expressa atravs do voto.
Nota:
Apesar da sede das Naes Unidas se situar, geograficamente, em Nova Iorque, o terreno onde esto
os edifcios no solo americano mas sim territrio internacional. Isto significa que aquele pedao de
terra no propriedade de um s pas mas de todos os pases que pertencem ONU.
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Foras de manuteno da paz das Naes Unidas
Conhecidos como Capacetes azuis so foras militares multinacionais institudas pela Organizao das Naes Unidas com a aprovao e objectivos designados pelo Conselho de Segurana das Naes Unidas para actuar em zonas de conflito armado. Os seus participantes so conhecidos como boinas azuis ou capacetes azuis. Estas tropas multinacionais servem para resolver conflitos internacionais em pases envolvidos em conturbao social. Tal nome deve-se ao facto de essas tropas utilizam como cobertura (nome que se d, militarmente, aos chapus, bons, boinas e capacetes) boinas e capacetes de cor azul, a mesma cor da bandeira da ONU.
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