amor proibido

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Novela ilustrada 1º EM, 2015

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Amor, ódio, conquista, medo... não perca esta novela escrita por alunos do 1º EM de 2015

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Novela ilustrada1º EM, 2015

Capitulo 1

Por: Ana Kei

Acordei meio tonta, num breu enorme, quando avistei dois feixes de luz. Estava em um lugar bem apertado, e, prestando atenção naquelas luzes, me dei conta que es-tava dentro de um porta-malas. Quanto mais pensava nis-so, o ar fugia mais de meus pulmões, minhas lembranças da noite passada eram limitadas, só lembrava de ter briga-do com meus pais, e de ter ido a uma festa, e de ter bebi-do, depois disso, nada mais vinha a minha cabeça. Meus pés e minhas mãos estavam amarrados, a mordaça me incomodava e me impedia de gritar, eu sentia o movimen-to do carro sob meu corpo, um rock tocava bem alto, atrapalhando ainda mais meus pensamentos. Naquele momento, eu só conseguia pensar no quanto eu amava meus pais e como queria vê-los novamente. As lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto, quando, de re-pente, percebo o carro parar. O motorista desce do carro, ouço uma chave abrir o porta malas e o rosto que vejo...

Capitulo 2

Por: Lakshmi

O rosto que vejo, é o de um menino moreno, olhos castanhos claro e brilhantes, um rosto que me parecia tão familiar, e pelo modo que ele me olhava, sabia que tam-bém me reconhecia. -Ygor... É você? Percebiqueeletinhaficadomeiodesesperado,eareação dele foi me apagar novamente. Acordei assustada, dentro de um quarto mal iluminado esujo,estavadeitadaemumcolchãotãofinoquepodiasentir as molas de metal, encostando em minhas costas. Ao meu lado, em cima de um banco, havia um copo d´agua e um prato, com um pedaço de pão murcho nele, mas essa pequena refeição nem me chamou a atenção, eu estava muito cansada, com saudade de meus pais, pen-sando em uma maneira de fugir, mas meus pensamentos foram interrompidos por uma gargalhada estridente vinda do lado de fora. Devagar, fui andando até a porta, onde comecei a olhar pela fresta da fechadura. Não conseguia ver muita coisa, apenas Ygor lendo jornal, sentado em uma cadeira, do outro lado da mesa, parecia estar muito triste e inco-modado com alguma coisa, talvez estivesse arrependido... Mas minha visão foi interrompida, e ao invés de ver Ygor, eu via uma barriga gorda e nojenta. Logo depois ouço uma risada estridente, em seguida escuto o barulho da maçaneta girando. Meu coração dispara, eu começo a gritar, imploro para ele ir embora e o xingo, mas ele só ri e diz: -Eu gosto das quietinhas - e solta aquela risada.

Capitulo 3

Por: Helena

Quando acordei pela manhã, percebi o quanto es-tava cansada, minha cabeça doía. Notei os hematomas em meu corpo, e comecei a lembrar da noite passada, do rosto daquele homem nojento, do que ele fez comi-go. Senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha, não aguentei e comecei a chorar. Tudo que eu queria era sair dali, queria ver meus pais de novo, queria me sentir bem e parar de sentir medo. De repente, minhas lágrimas foram interrompidas pelo som da maçaneta, e logo depois a por-ta se abriu. Era ele, o homem nojento. Eu só queria gritar, agredi-lo e fazê-lo sofrer, mas tudo o que eu consegui fazer foificarlá,imóvel,olhandoparaoseurosto.Eleprovavel-mente percebendo que eu havia chorado, começou a sorrir de um jeito perturbador e falou: -Já que você não se comportou bem ontem à noite, hoje você não terá água e nem comida - e saiu. Na hora, eu não me preocupei, estava concentrada emsairdelá.Nãoseiquantotempofiqueiplanejandoepensando, até que meus pensamentos foram interrompi-dos por duas vozes de homens. Estavam discutindo, um de-les, com certeza, era aquele homem asqueroso e o outro, eu não tinha certeza, mas pensava que poderia ser o Ygor. Eu não sabia sobre o que eles estavam discutindo, mas ficaramnessaporumbomtempo,atéeuouvirpassoseuma porta batendo. Logo, escuto passos pesados vindo em direção à porta, vejo a maçaneta girar e a porta se abrir. Mas dessa vez, não era aquele homem nojento, era Ygor...

Capitulo 4

Por: Mariana Mariano

Ygor, com a cabeça baixa, um ar triste e olhos cansa-dos, apenas entrou e sentou-se em um canto do minúscu-lo quarto. Naquela hora eu estava com medo e confusa, mas sentia que ele estava tanto quanto eu. Então resolvi falar algo. -Porquê?!Porquê?!Oqueeufizparavocês? Ygor simplesmente começou a chorar, estava deses-perado. Parecia que estava tão sem saída quanto eu. Ele não respondeu minhas perguntas, só disse: -Me desculpe, nunca quis te machucar, quero te aju-dar! Em todos esses dias que eu estava presa naquele quarto, foi a única esperança que tive, me senti viva nova-mente. Após um tempo conversando, escutamos um barulho de carro estacionando, era aquele gordo nojento. Ygor tinha que sair do quarto, mas antes de sair me disse: -Euvouvoltarevamossairdesseinfernojuntos,vaificartudo bem! - e, com cara de choro, deu um sorriso, para me reconfortar. Deiteinocolchãofino,comlágrimaseumsorriso,fizmilplanos. Meu sorriso não dura muito, de repente a porta é aber-ta...

Capitulo 5

Por: Joana

De repente a porta é aberta e aquele gordo entra no quarto, com um celular na mão. -Vou pedir o resgate - diz, se direcionando a Ygor. -Ótimo Rodolfo, vamos acabar logo com isso - diz Ygor. Sinto-me aliviada em saber que meus pais já estão sa-bendo do sequestro e daqui a pouco vou sair daqui e vê-los novamente. Rodolfo sai de casa de novo, não entendo bem o mo-tivo,masprefiroelelongedemim.Àsvezesficopensandoo que vai acontecer com ele depois que tudo isso acabar, espero que ele seja preso ou torturado até a morte. Meus pensamentos são interrompidos quando Ygor entra no quarto e se senta ao meu lado. Olho para ele e sinto uma enorme vontade de beijá-lo. De repente, algumas imagens aparecem em minha mente, lembranças da antiga em-pregadaquetrabalhavaemminhacasa,comseufilho,Ygor, no dia em que ela foi despedida. Lembro-me de seu olhartristeedeseufilhocomlágrimasescorrendoporsuasbochechas. Ygor e eu brincávamos de vez em quando, nunca mais o vi depois daquele dia. Minhas lembranças acabaram quando senti os lábios de Ygor encostando nos meus. Acho que eu não era a única com essa vontade. Por um momento consegui esquecer toda aquela situ-ação, mas logo Ygor para, me encara e diz: -A gente precisa sair daqui, Rodolfo quer te matar.

Capitulo 6

Por: Duda

Não entendia o motivo de quererem me matar, eu não sabia de nada, saí do quarto poucas vezes e nem sa-bia onde estava. Com muito medo do que Rodolfo era capaz,fiqueiparalisadaepálidaporuminstante,atéYgorpegar a minha mão e dizer que não iria deixar que nada acontecesse. Indignada, resolvi perguntar se havia algum motivo, além do dinheiro de minha família, para Rodolfo me es-colher. Ygor disse que sim, e começou a me contar toda a história. Pelo o que entendi, Rodolfo era um ex-namorado de minha mãe, que nunca se conformou por ser trocado por meu pai. Depois de alguns meses, ele partiu para outra cidadeparabolarumplanoquefizessemeuspaissofrerem. Eu estava muito chocada. Como ele podia fazer mal a uma pessoa que tanto amou no passado? Tinha muitas perguntas, minha cabeça doía, tomei coragem e perguntei: -O menino que conheci alguns anos atrás nunca faria nada disso, nunca machucaria ninguém, não importa quem fosse. Ygor, como você entrou nessa vida? Por quê? Não consigo entender. -Tem razão, mas quele menino morreu no mesmo momento em que perdi minha mãe há alguns meses, Eu não queria te machucar, nem sabia que a garota que es-tava prestes a sequestrar era você, mas se você soubesse o quanto me arrependo Bella... Tudo começou quando minhamãeficoudoente,nósnãotínhamosdinheiroparaum tratamento adequado, foi aí que conheci Rodolfo, ele

me ajudou a pagar o tratamento necessário, mas ela não resistiu, era tarde demais. Como ele tinha me dado dinheiro, eu devia um favor a ele, e ele veio me cobrar, não fazia ideia do que seria, aí do resto você já sabe. Não sabia o que dizer, isso tudo era horrível. Eu estava confusa com todas essas histórias e com todos os meus sentimentos. Eu estava tão apavorada, nem sabia mais quantos dias haviam se passado, mas quando eu estava com Ygor, o tempo passava mais rápido, ele me dava es-perança, eu estava completamente apaixonada por ele, já não tinha tanto medo de Rodolfo, ele não me assustava mais tanto quanto antes. Alguns dias se passaram e Rodolfo continuava saindo de casa todos os dias, isso era ótimo, pois assim Ygor ia me ver,eficávamosbolandoplanosparaderrotarRodolfoefugir dali. E então decidimos...

Capitulo 7

Por: Ana Kei

Acordei com Igor com um pão na mão me cha-coalhando apavoradamente e dizendo: - Bella, Bella, Rodolfo acabou de sair, nós precisamos fugir agora, coma isso rápido, e já já nós saímos. Engoli aquele pão e disse : -Igor eu estou pronta.Elesegurounaminhamãofirmementeemeguiouatéaporta, quando chegamos à porta, Igor olhou em meus olhos e disse: -Agora, é tudo ou nada, corra como se não houvesse amanhã, eu te amo. Ele pegou em minha mão, e nós saímos correndo. A adrenalina e felicidade corria pelos meus olhos, e eu começo a chorar, chorava muito, pensando que breve-mente veria meus pais. Já estávamos dobrando a esquina para pegar um táxi, quando avisto Rodolfo dentro de um carro, sinto meu coração se apertar. Ele também me vê, desce do carro e com olhar que nos fuzilava, disfarçava dizendo: -Igor, Bella, quanto tempo que não os vejo, entrem aí no meu carro, vamos dar uma volta! Quando fui gritar para alguém nos ajudar, senti o cano frio de uma arma encostar em minha barriga, eu suava frio e meu coração estava disparado. Igor me olhava com ex-pressão de pavor. Igor decidiu entrar no jogo e respondeu: -Claro Rodolfo, vamos ! Entramos no carro, o clima era tão tenso, eu tremia e chorava. Rodolfo não disse nada até chegarmos na casa. Ele me jogou no chão do quarto, empurrou Igor e disse:or,

como você fez isso seu traidor ? Nós íamos rachar a grana, ingrato. Igor nem teve tempo de se explicar, quando Rodolfo disse: -Vocêsdoisficarãoaquitrancados,esemedernatelha, talvez eu mate vocês dois hoje. Ele bate a porta e sai. Igor pegou em minhas mãos, olhou em meus olhos e disse: -Nós iremos dar um jeito de fugir daqui ainda hoje, não se preocupe.

Capitulo 8

Por: Duda

Ygor estava tentando me acalmar e fazer com que euparassedechorar,elesediziacalmoeconfianteemrelação a nossa segunda tentativa de fuga, porém podia ver em seus olhos que estava tão apavorado quanto eu. Eu estava perdendo a esperança, porém sentia como se fosse capaz de tudo, para sair dali com Ygor. Algumas horas se passaram e eu estava no chão ad-mirando Ygor dormir, quando Rodolfo entrou no quarto gritando, Ygor acordou assustado com aquele barulho todo, Rodolfo estava com uma faca na mão apontada para Ygor, aquele homem cruel começou a bater nele, tentei impedi-lo mas ele me arrastou até outro quarto emeamarrouemumacadeira,estavatentandoficarcalma e bolar um plano para nos salvar, mas nada vinha a minha mente. Poucos minutos depois, chega Ygor já um pouco machucado, Rodolfo o amarrou em uma cadeira na minha frente e começou a torturá-lo. Foi quando lem-brei do caco de vidro que estava comigo, desde quando havia quebrado um prato de comida que Rodolfo havia me levado alguns dias atrás.

Consegui me soltar sem que Rodolfo percebesse mas era tarde demais, Rodolfo matara Ygor lenta e dolorosa-mente na minha frente, foi quando meu mundo desabou, estava ali sozinha em um canto escuro do quarto, a raiva, dor e principalmente a culpa me consumiam, foi aí que fui tomada por um impulso e o matei, olhando nos olhos dele enquantomorria,pudevermeureflexoenoteioquantotinha mudado, eu havia matado um homem. -Bom, e foi assim que aconteceu. Meu psiquiatra, com um olhar preocupado, chama minha mãe para fora do consultório e diz: -DonaThaís,sintolhedizer,masachoquesuafilhanun-ca irá se recuperar deste surto.