amor obstinado

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ANO 13 . Nº 133 . ABRIL 2010 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EDITORIAL · PAG 2 "ATITUDE DIANTE DE CRISTO" Silas Zdrojewski MATÉRIA DE CAPA · PAG 6 " OBSTINADO" Comunicação · Primeira IEQ AMOR ENTREVISTA · PAG 16 "PARA COMPREENDER É PRECISO OUVIR" João Marcos Cardoso de Sousa

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Edição de abril - 2010

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Page 1: Amor obstinado

ANO 13 . Nº 133 . ABRIL 2010DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

EDITORIAL · PAG 2"ATITUDE DIANTE DE CRISTO"

Silas Zdrojewski

MATÉRIA DE CAPA · PAG 6" OBSTINADO"

Comunicação · Primeira IEQAMOR

ENTREVISTA · PAG 16"PARA COMPREENDER É PRECISO OUVIR"

João Marcos Cardoso de Sousa

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OR

IAL

Jesus foi trazido pelos sacerdotes e líderes religiosos perante Pilatos, que era o governador da Judéia; essa função o fazia responsável, também, pelas questões judiciais que ocorriam naquela região. Aquele grupo queria que Jesus fosse morto e para isso lançavam falsas acusações contra Ele. O texto mostra que Pilatos não queria assumir sua responsabilidade para com Cristo. Ele tinha identificado que Jesus não tinha crime algum e não merecia morrer (Lc 23. 4). Acrescido a isso, a mulher de Pilatos lhe manda uma mensagem dizendo que Jesus era justo e que Pilatos não deveria compartilhar da injustiça que estava sendo feita com o Mestre, tal verdade havia sido revelada a ela através de um sonho (Mt 27. 19). Do outro lado, havia uma pressão popular, manipulada por algumas lideranças; Pilatos estava entre o que era correto e o que era politicamente mais conveniente. O proce-dimento daquele governante foi o de procurar transferir a responsabilidade que era dele para os outros, por isso pergunta: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”. O governador recebe a resposta que já sabia que ouviria “Crucifica-o”. Diante disso, Pilatos mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês” (Mt 27. 24). Aquela lavagem de mãos foi uma tentativa de aliviar a consciência e fugir das responsabilidades, porém não teve nenhuma justificativa diante de Deus. Jesus morreu, mas Deus o ressuscitou dos mortos. Ele está diante de todos nós. A grande verdade é que o questionamento de Pilatos também é o nosso: “Que farei com Jesus, chamado o Cristo?”, ou seja, qual é a nossa resposta à mensagem de Cristo, ao Seu amor demonstrado na cruz, ao convite que Ele nos faz para termos uma vida em cumplicidade com Ele? O que respondemos ao convite de Cristo que diz: “Venham a mim”? (Mt 11. 28). A maior parte da população brasileira se diz cristã. A palavra “cristão” surgiu pela primeira vez em Antioquia (At 11. 26), quando a população daquela cidade associou o comportamento e a maneira de viver de pessoas que professavam fé em Cristo com a maneira que Ele vivera. O termo cristão quer dizer: “cristinho”, “miniatura de Cristo”, “parecido com Cristo”. Podemos dizer que os cristãos de Antioquia responderam de maneira muito acertada à pergunta: “O que farei com Jesus, chamado o Cristo?”. Eles se comprometeram com Ele a tal ponto que incorporaram a mensagem e a vida de Cristo no cotidiano de suas vidas. Em nosso país, assim como em muitos outros, existem os chamados “cristãos nominais”, que são aqueles que dizem crer em

Cristo, porém não se comprometem com Ele. Quando são desafiados por outros, pelo clamor da maioria ou por circunstâncias, para se posicionarem a respeito de Jesus, o comportamento deles se assemelha ao de

Pilatos. Os nominais sabem o que é o correto, o verdadeiro, mas devido ao clamor de uma sociedade descomprometida com os valores nobres, que envolvem temor a Deus, honestidade, fidelidade, verda-de, piedade, sexualidade dentro do padrão divino e outros, eles se esquivam, procuram se justificar e transferir suas responsabilidades, pois tal postura é politicamente mais confortável para o momento. Os discursos que se ouvem dessas pessoas são coisas como: “Todo mundo faz, por que eu não faria?”, “A maioria age assim, por que eu teria que ser diferente?”, “Ninguém é de ferro...”, “Os tempos mudaram...”, “Se eu não seguir o padrão imposto pela sociedade, serei rejeitado por ela.”, além de outros posicionamentos que revelam descompromisso, uma espécie de “lavar as mãos”. Jesus nos ama, Ele é o único caminho que nos leva a Deus. Ele deu a Sua vida por nós. Não podemos nos esquivar dEle e de posicionamentos que nos sejam pedidos, não devemos lavar as nossas mãos, mas, sim, estendê-las para abraçá-Lo. Posicionar-se é imprescindível, pois Jesus disse: “Quem me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12. 8, 9). A melhor opção é a vida comprometida com Cristo, ela pode não ser fácil, mas é a melhor e fará com que tenhamos a constante presença dEle em nossa vida, Jesus nos deu essa garantia ao dizer: “E eu estarei sempre com vocês” (Mt 28. 20).

Silas ZdrojewskiCopastor da Primeira IEQ

Redação e CorrespondênciaComunicação e MarketingR. Alberto Folloni, 143 - Juvevê 80530-300Tel 41 3252.7215www.primeiraieq.com.br

Jornal Voz de Esperanç[email protected]

Diretor PresidenteRev. Eduardo Zdrojewski

Comunicação e MarketingFernando Henrique F. Klinger

Coordenação EditorialLozane Winter (MT.05771)

Arte e DiagramaçãoEmerson Rassolim Batista

Projeto Gráfi coEmerson Rassolim Batista

CapaEmerson Rassolim Batista

Colaboradores João Tarcísio Regert - Luiz Eduardo Zacchi Patrícia Locatelli - Julio C. PoncianoRosangela Ferreira - Cristiane D. Bento

Roberto Bueno da Costa - Silas ZdrojewskiLuiz F. Pianowski - Silvio Faustini

Jornalista ResponsávelCarlos Alberto D. Queiroz (PMST . 1158)

Imagem da CapaInternet

Fotografi asDiversos

CTP e ImpressãoGigapress Gráfica Editora | 3023.6050

Tiragem20.000 exemplares

Atitude Diante de Cristo“Perguntou Pilatos:

Que farei então com Jesus,

chamado Cristo?Todos responderam:

Crucifica-o”! Mateus 27.22

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Jesus teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que nunca

cedeu a elas nem pecou” (Hb 4.15, BV). Porém, nenhum de nós passou por uma tentação tão difícil como a que Ele experimentou na madruga-da de seu último dia de vida.

O MOMENTO DA TENTAÇÃOAconteceu após a despedida no cenáculo de Jerusalém na noite de quinta para sexta-feira. Depois do lava-pés, da celebração da Páscoa, da instituição da Santa Ceia, da exortação “não se perturbe o coração de vocês”, da promessa de outro Consola-dor, do discurso da Videira verdadeira, do adeus final, da oração intercessória e do cântico de um dos salmos.

O AMBIENTE DA TENTAÇÃOEm certo lugar do Monte das Oliveiras, a 830 metros de altitu-de, fica o jardim do Getsêmani, lugar onde costumeiramente Jesus e seus discípulos oravam (Jo 18.2). Foi exatamente ali que aconteceu a última e mais feroz tentação de Cristo. O fato de ter sido num jardim lembra o jardim do Éden, onde se deu a primeira tentação da história humana, quando o pecado entrou no mundo.

AS ANDANÇAS DE JESUSLogo na entrada do jardim, Jesus deixa alguns discípulos e leva outros três para um pouco mais na frente. Na companhia de Pedro, Tiago e João, Jesus “começa a entristecer-se e a angus-tiar-se” (Mt 26.37). Em seguida, sozinho, avança mais um pou-co. Por duas vezes vai até os três discípulos. Ele parece agitado. O que era muito razoável, já que, nos momentos seguintes, Ele seria traído, negado três vezes, condenado como réu de morte, açoitado, espancado, ridicularizado, entregue para ser morto e pregado numa cruz.

DESABAFONunca ninguém fez o que Jesus faz na parada do meio. O Verbo feito carne, a imagem visível do Deus invisível, o enxugador de lágrimas alheias, o Todo-poderoso que acalma o mar e repre-ende o vento, o médico dos médicos, o ressuscitador de mor-tos, abriu seu coração com Pedro, Tiago e João e desabafou: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.38).

TRINTA METROS ADIANTEEnquanto os três amigos não conseguem vencer o sono, Jesus, a sós encosta a parte mais alta do corpo no chão e ora ao seu Pai: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; con-

tudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mt 26.39). O teor dessa oração, que seria repetida duas vezes, mostra qual é a tentação pela qual Jesus está passando. É uma tentação atroz: a vontade de não ser separado de Deus por culpa do pecado.

ORAÇÃO SUBMISSAEmbora totalmente livre e soberano, Jesus autoriza: “Não seja feito o que quero, mas o que tu queres” (Mt 26.39, 42). Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Eu quero a tua vontade e não a minha” (BV). No início daquela semana, pouco depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus já afirmava sua submissão ao sacrifício: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este pro-pósito vim para esta hora” (Jo 12.27).

TENTAÇÃO ABSURDAJá que sacrifícios e holocaustos de animais não podem em ab-soluto remover pecados, Jesus, antes mesmo de sua encarna-ção, havia se oferecido para entregar seu próprio corpo como oferta definitiva pelo pecado: “Estou aqui, ó Deus, venho fazer a tua vontade” (Hb 10.7, NTLH).

TOTALMENTE IMPOSSÍVELÉ verdade que Jesus usou a condicional “se possível” na oração do Getsêmani. Mas não era possível, a bem do pecador, afastar de Jesus o cálice da salvação. Nossa redenção não é por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue de Cristo, como um cordeiro sem mancha e sem de-feito”, planejada antes da criação do mundo (1 Pe 1.18-21). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). Todo o processo depende de Jesus, dependia da cruz.

GOTAS DE SANGUEO sofrimento é tão grande que o suor de Jesus fica vermelho, transforma-se em gotas de sangue (em termos médicos, o que acontece é uma hematidrose). O sofrimento é tão grande que Jesus resolve orar mais intensamente e um anjo do céu vem ao seu encontro, o conforta e lhe dá bom ânimo (Lc 22. 43).

TENTADO, MAS NÃO VENCIDOA vontade legítima cresce e prevalece. A tempestade passa, a tentação é vencida e o processo de salvação continua. Jesus levanta a cabeça, entrega-se corajosamente aos seus algozes, caminha para a cruz, toma sobre si a iniquidade de todos nós, derrama sua alma na morte e realiza plenamente o seu proje-to! A expiação dos nossos pecados foi plenamente cumprida. Aleluia!

www.ultimato.com.br

O DRAMA DA CRUZ

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A CRIAÇÃO E O ENCONTRO

Há dois anos, sob a responsabilidade do pastor Si-las Zdrojewski, o culto de domingo à tarde ganhou um novo formato. Com isso, a reunião passou a ser mais dinâmica e contemporânea. Para celebrar o segundo ano de “Encontros de Vida” a equipe do culto planejou um programa diferenciado para o público que atendeu ao convite e compareceu no dia 21 de março às 16h30 na Primeira IEQ. A proposta da reunião teve como objetivo mostrar que tanto na cruz como no Éden o Deus Criador revelou seu propósito de encontrar o homem. A partir do tema “A Criação e o Encontro” questões como: “De

onde vim e para onde estou indo”? “Como o universo foi for-mado e por quem”? “Qual a origem da vida”?, foram respondi-das de maneira descontraída e criativa. Os recursos utilizados para tal iniciativa foram: um cenário, músicas coreografadas e cantadas, e um diálogo estabelecido em cena, entre os parti-cipantes, a fim de contar a respeito da criação e apresentar o plano de salvação que há em Cristo. No encerramento, além de uma oração de agradecimento por mais esse ano de vitória, o tradicional parabéns foi entoado pela equipe e por todos os presentes.

Participe

você também

aos Domingos às

16h30 e tenha

Encontros de Vida!

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ÇÃO

As ações são o teste-munho daquilo que somos e do que cremos. É comum tentar justificar

as atitudes egoístas e grosseiras como um acidente, alguma coisa que acontece quando perdemos o controle. No entanto, sa-bemos que os gestos falam de forma muito mais eloquente do que as palavras. Os gestos de alguns re-velam seus sonhos de vingança, sua mesquinhez, ciúmes, invejas e imoralidade. Já os de outros revelam sua grandeza hu-mana, espírito abnegado, amor puro e relações altruístas. O amor de Deus sempre foi declarado por palavras po-derosas e convincentes através dos seus profetas, mas nada foi tão convincente e mais poderoso para demonstrar o amor de Deus do que a cruz de Jesus Cristo. O caminho que Deus escolheu para re-velar-se a nós foi a encarnação, ao fazer-se homem e habitar entre nós mostrando a glória e a verdade. A vida encarnada de Jesus foi a expressão perfeita do Senhor entre nós. “Quem vê a mim, vê o Pai” – foi assim que Jesus nos revelou Deus. Existem quatro verbos no ministério de Jesus que de-monstram de forma clara a natureza do seu amor. São eles: tomar, abençoar, partir e dar. Eles aparecem em algumas situações na vida de Jesus. Além da ceia, encontramos estes verbos, por exemplo, na multiplicação dos pães e peixes. “E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. Todos comeram e se fartaram” (Mt 14.19, 20). Esses verbos descrevem uma ação que tem um potencial enorme na criação da comunidade e na transfor-mação das pessoas. Ele primeiro toma aquilo que tem disponível. Sabemos que os cinco pães e os dois peixes eram insuficientes para alimentar uma multidão de milhares de pessoas; poderiam, talvez, dependendo do tamanho dos peixes e dos pães, até alimentar uma família, mas não milhares de pessoas famintas. Contudo, era o que se tinha à mão e Ele os toma. Depois de tomar aquele alimento, Cristo ora e o abençoa, agradece pelo que tem e invoca sobre pães e peixes a bênção de Deus. O ato de abençoar implica num ato de enviar. Ao abençoar, abrimos mão do que temos, sejam pães, peixes, filhos ou qualquer bem. Ao abençoar, eles passam a pertencer a Deus para serem usados por Ele. Ao dizer para Abraão: “Sê tu uma benção”, o Senhor o envia, e tal bênção não era o que Abraão iria fazer, mas o que ele mesmo era, sua vida e seus atos. Depois de tomar, abençoar e agradecer, Jesus parte o pão, deixando claro que sua intenção era dividir. Imagino que Jesus foi o último a se servir. Este gesto, Jesus repete na última ceia, quan-do toma o pão, ora, abençoa e o reparte, dizendo: “Este é o meu

corpo partido por amor de vocês”. Jesus se deu a nós; fez-se comida

para alimentar de uma vez por todas nossa fome. Na multiplicação dos pães e

peixes, Ele faz um prenúncio da ceia, toman-do, abençoando, partindo e dando.

Por fim, Ele oferece, doa o alimento à mul-tidão. A vida cristã é este permanente ato de doação.

Quanto mais guardamos, acumulamos, menos livres nos tornamos. Somos prisioneiros dos pães e peixes que guardamos

para nós. Mais bem aventurado é dar do que receber porque, ao dar, tornamo-nos mais semelhantes ao nosso Senhor. Estes gestos de tomar, abençoar, partir e dar testemunham as ações de Jesus. Milhares de pessoas famintas foram alimentadas por causa daquela ação. Todos os meses repetimos estes verbos na ce-lebração da ceia, dizendo que Jesus tomou o pão, deu graças, partiu e deu. Durante mais de 20 séculos, os cristãos têm sido alimentados com aquele gesto do Mestre. Pense um pouco no poder de tais verbos na vida de uma comunidade, seja a família, a igreja ou a nação. Se cada um de nós tomasse aquilo que tem – não importa se é muito ou pouco, de grande valor ou não –, reconhecendo-o como dádiva de Deus, oras-se agradecendo, abençoasse, partisse e desse, certamente muitos seriam alimentados, abençoados, curados e salvos. Acontece que a filosofia da cultura em que vivemos nos incentiva a andar na con-tramão dos verbos de Cristo. Para muitos, tomar não significa lançar mão do que tem para doar, mas subtrair do outro para acumular. Abençoar não significa receber com gratidão o que temos e invocar a bênção de Deus, a fim de que seja útil para o seu Reino, mas ter uma “garantia divina” de que, uma vez meu, será para sempre meu. Os verbos “partir” e “dar” não são conjugados mais juntos. Jesus alimentou uma multidão de milhares de homens e mulheres com apenas cinco pães e dois peixes. Como aquilo foi possível? Ele tomou os pães e peixes, os abençoou, partiu e deu. Poderia ter tomado aqueles poucos pães e peixes para si e seus discípulos. Cer-tamente teria razões para agir assim, mas preferiu fazer diferente. Naquele dia, houve um grande evento comunitário por causa dos quatro verbos transformadores. Na cultura religiosa dos nossos dias, estes verbos não são mais conjugados ou, quando o são, não têm o mesmo poder. Somos crianças mimadas, sempre insatisfeitas, querendo cada vez mais, acumulando o máximo possível. Veja a que ponto chegamos. Jesus não fez assim – “Ele, embora sendo rico, se fez pobre por amor de nós”, “esvaziou-se a si mesmo” por amor a nós. Somos aben-çoados por estes verbos que Cristo continua conjugando. Quando Ele nos viu em nossa miséria e pecado, tomou-se a si e, em oferta agradável a Deus, doou-se a nós para que fôssemos libertos de nós mesmos.

Ricardo Barbosa de SouzaRevista Eclésia

RANFORMADORESVERBOS TRTOMAR, ABENÇOAR, PARTIR E DAR

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Um dos chamados mais contundente proferido por Jesus declara o seguinte: “Vinde a mim todos vós que estais can-sados e oprimidos que eu voz aliviarei...”, de fato, Ele está falan-do para um público constituído de pessoas que experimentavam as mais diversas modalidades de sofrimento humano. Independente de classe social, o sofrimento humano nos desafia. Num instante, nossa frágil estabilidade pode ser abalada. Posicionamos-nos num ponto sem retorno de uma corda bamba, e nos vemos desafiados a seguir em frente, em-bora nossa ansiedade e insegurança atualizem constante nossa consciência: “...há qualquer momento você vai cair...”. A cons-ciência do medo nos paralisa. Talvez tudo esteja tão bem na sua vida hoje, e sugiro a você que, se for esta a sua situação, é melhor parar a leitura deste texto por aqui mesmo e virar a página dessa revista. A sociedade atual prefere ouvir as pessoas de sucesso, busque uma delas. Mas, se você está angustiado, sabe muito bem do que eu estou falando, aquela sensação de desencaixe, de des-conforto, de inquietação, de ansiedade, que nos acompanha em todo tempo, em todo lugar. Não se assuste se alguém lhe disser que está com um “encosto”, e que você precisa de um “descarrego”. Como seria bom sentir-se “descarregado” ou “ali-viado”! Preste atenção numa coisa que Jesus disse para a mesma multidão, “...não fiquem ansiosos...”, e sabe o que isso quer dizer? Não é julgamento, e sim, que Ele conhece a ver-dade. Ele sabe do nosso vício, da nossa franqueza, do nosso pecado. Ele sabe quando estamos teatralizando a santidade de nossa vida, e não mostramos onde realmente necessitamos ser tocados e curados, ou nas palavras Dele, “saciados”. Talvez você seja como um de nós que já deu todo crédito a uma igreja e a decepção e a frustração reduziram sua fé à inutilidade. Talvez você, como eu, já tenha experimentado a estupidez da hipocrisia. E assim, tudo o que você ouve, pas-sa pela razão e a elaboração intelectual. Não experimentamos nada, apenas racionalizamos. Ou de outro ângulo, você sente que Deus lhe deve uma satisfação, afinal, o prejuízo foi gran-de, a perda insuportável, o trauma insuperável. Fizemos tudo certo, mas Deus não fez a parte Dele. Deu tudo errado. Foi um fracasso. Foi injusto. Bem, de uma hora para outra, aquela imagem da pessoa bem sucedida que a gente tinha deu lugar a figura de um maltrapilho. Você esperava a vida pagar de volta todo bem que realizou, e o que recebeu em troca... a ruína. Nem aquela tal igreja te quer mais. Nossa fé entra em crise, a esperança entra em crise, o amor entra em crise. E, se você continuou lendo este texto, chegamos juntos até aqui, eu e você, parados no meio de uma corda bamba, dizendo a nós mesmos: “temos que seguir em frente... um passo de cada vez...”. Mas como?

Bem que a gente podia dar uma virada na nossa vida, né? Seria bacana pegar um desses livros de pessoas geniais e a fórmula da felicidade e do sucesso funcionasse para nós, mas a gente é azarado, acho que isso não daria certo também... Hei, vocês dois, o quê vocês tanto pensam ai? Ichi, mais um na conversa. Não esquenta, posso falar também? Por mim tudo bem..., mas se quiser virar a página o momento é agora. Eu queria dizer que Deus ama vocês! - “A gente já sabe... conhecemos este papo de crente”. Mas eu insisto, Deus ama muito vocês! - “Olha, não sei você, mas Deus não pode me amar, porque eu já era para Ele”. Eu insisto, Deus é apaixonado por você! -“Quem esta-ria apaixonado por um maltrapilho como eu”? Ele sabe quem você é, e conhece o estado em que está, e Ele me disse para dar um recado. -“Já sei... Ele me ama muito”. Também, mas Ele manda dizer que é para você orar. -“Eu orar... nem sei mais... Acho que nem consigo”. Há muitos modos de orar, ore como você consegue. Não há oração que Ele não possa ouvir. -“Ok! Vou tentar”! Ele manda dizer que “aceita você”. -“Mas eu nem orei ainda”! Orou sim, Ele ouviu seu coração! Ele disse que te aceita como você está... Mas com uma condição... - “Qual”? De que você definitivamente aceite o fato de que Ele te ama, e está perdidamente apaixonado por você! - “Eu não tenho mais fé”. Então comece uma nova! Uma fé viva e que cresce diariamente! - “Mas até já perdi a esperança”. Então viva pela graça e aceite o seu fracasso de querer ser o que não é, conviva com Ele e tire Dele as lições que farão você acreditar com mais maturidade. - “Ainda tem algo pior... o fato de que eu não tenho nenhum amor para dar”. - “Ichi... agora você pegou pesado... ele tá pensan-do... aguarde um pouco”... Bom, enquanto o amigo pensa, deixe-me retomar e dizer o seguinte, algo que o próprio Jesus declarou: “...perma-necei em mim, e eu permanecerei em vós...”. Não é raro, quando chegamos a tal ponto em nossa vida, de querermos fugir, de virar a página. Tornamo-nos estranhos e pessoas em fuga. Mas, para onde iríamos? Onde nos esconderíamos? Por que fugir se já temos um lugar seguro no meio do nosso mun-do de ansiedade? - “Ei, dá licença? Ele já terminou de pensar”. - “Então, como fica se eu não tenho amor algum para dar?”. Ele diz o seguinte: -“você pode me dar aquilo que sobrar do amor que eu lhe der”. Viu, não há como escapar dessa verdade: Deus ama você!

MAT

ÉRIA

DE

CAPA

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INGREDIENTES4 postas de peixe (700 gramas de cação ou garoupa)Suco de 1 limão1 cebola grande cortada em rodelas1 pimentão vermelho cortado em rodelas1 pimentão verde cortado em rodelas2 tomates maduros cortados em rodelas2 colheres (sopa) de coentro picado200 ml de leite de coco1 colher (sopa) de azeite-de-dendê2 tabletes de caldo de camarão

MOQUECA DE PEIXE

MODO DE PREPAROLave bem o peixe, regue-o com o suco de limão e deixe tomar gosto por cerca de 1 hora. Numa panela grande arrume o peixe, a cebola, os pimentões e os tomates. Polvilhe o coentro. Esfarele os tabletes de caldo de camarão, misture-os ao leite de coco e regue o peixe. Leve ao fogo baixo, com a panela parcialmente tampada, por 20 minutos. De vez em quando mexa com cuidado (para não quebrar o peixe). Junte o azeite-de-dendê, prove os temperos e adicione sal, se preciso. Retire do fogo e sirva.

NOTA: Muito cuidado ao virar as postas para não esbagaçar. Se você vir que vai esbagaçar, não vire. Sacuda um pouco a panela em sentido giratório e com uma colher vai jogando o próprio caldo das bordas por cima das postas. Cuidado para o peixe não pegar no fundo da panela. Depois de colocar o leite de coco, não se deve tampar a panela. Só tampe depois que tirar do fogo, para evitar que talhe o caldo. Não se põe água em moqueca. Se ficar seca e quiser aumentar o caldo, ponha um pouco de leite de vaca e deixe ferver mais um pouco. Nunca faça moqueca com uma posta por cima da outra. É preferível fazer em duas panelas.

Fonte: tudogostoso.uol.com.br TEM

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LOUVANDO O SENHOR DA PÁSCOA

Em abril comemoramos a Páscoa. Quanta alegria em lembrar o verdadeiro significado dela: a morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo, que por nos amar morreu naquela cruz para perdão dos nossos pecados, e a única coisa que Jesus pede é

que nós nos entreguemos a Ele e O aceitemos como Senhor e Salvador de nossas vidas.Sabe amiguinhos, algo muito interessante aconteceu antes de Jesus ser crucificado, quando Ele estava entrando na cidade de Jerusalém... A Bíblia diz que algumas pessoas estendiam suas vestes e ramos de palmeiras para aclamar a Jesus como rei, e as crianças louvavam ao Senhor, cantando e adorando o Filho de Deus (Mateus 21.8).Jesus merece todo o nosso louvor. Vamos louvá-LO por tudo que Ele é, Deus amoroso, bondoso, misericordioso, soberano, sabe de todas as coisas, e é Todo Poderoso. Vamos louvar também por tudo o que Ele fez e continua fazendo por nós. A Bíblia diz que nossas bocas deveriam estar cheias com o Seu louvor : “Do teu louvor transborda a minha boca, que o tempo todo proclama o teu esplendor” (Salmo 71.8).Amiguinhos, vamos louvar ao Senhor da verdadeira Páscoa, fazendo orações de agradecimento a Jesus, separando um tempo do seu dia para estar com Ele, e principalmente, louve a Jesus com suas atitudes.

“Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1 Co 5.7b).

Pastora Rosangela Ferreira Ministério de Crianças - Primeira IEQ

VEJA OS ANIMAIS AO LADO E PINTE O ANIMAL QUE FOI USADO POR JESUS.

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O Diabetes Mellitus é uma doença crônica grave, de evolução lenta e progressiva, que necessita de orien-tação médica adequada e uma vida inteira de cuidados especiais. Entretanto a adoção de hábitos simples como ter uma alimentação adequada e a prática de algum tipo de atividade física moderada regularmen-te, bem como a mudança de comportamentos relacionados ao seu comprometimento com o tratamento,

podem trazer benefícios que vão muito além do controle glicêmico em si, tornando-se garantia de uma vida mais saudável, produtiva e feliz.Existem muitos mitos com relação ao diabetes, e normalmente o diagnóstico é cercado de ansiedade e apreensão, devido ao fato de que o paciente ou desconhece totalmente a doença, ou já traz consigo um conceito de restrições e impossibilidades ligadas à patologia.O processo terapêutico deve ser conduzido por uma equipe interdisciplinar apta a atuar e educar em diabetes, po-rém, a capacidade da manutenção de um bom controle glicêmico, ou a sua superação quando ele não é alcançado, envolve uma série de fatores, cuja complexidade é indiscutível, mas que tem como aspecto muito relevante que o paciente, seja um agente ativo no seu tratamento e esteja preparado para ações fundamentais de autocuidado, como prevenção das complicações crônicas.Essencialmente, o tratamento do diabetes está baseado em uma tríade composta por: terapia medicamentosa (insulina e, ou hipoglicemiantes); dietoterapia (alimentação saudável) e a prática regular de atividade física.Além disso, a modificação de comportamento do indivíduo, seus conceitos, percepção e motivação são determi-nantes para a efetividade do tratamento, através da busca pelo conhecimento adequado de sua patologia, bem como de si próprio, suas limitações e possibilidades, e do desenvolvimento de habilidades de sobrevivência frente à doença, passando a fazer parte do tratamento de forma efetiva.Manter-se dentro dos limites de peso estabelecidos é um ponto imprescindível dentro do auto cuidado para evitar as complicações e a progressão da doença. Neste ponto é fundamental falar de alimentação saudável. É possível comer de tudo, desde que exista um controle do fracionamento das refeições (5 a 6 pequenas por dia), evitando tanto longos períodos de jejum, quanto a concentração de alimentos (especialmente os carboidratos) em determi-nados horários do dia, cuidando também do tamanho das porções consumidas. Uma alimentação variada, mode-rada e equilibrada, 6 a 8 copos de água diariamente e aumento no consumo de alimentos ricos em fibras (frutas com casca e bagaço, vegetais crus, cereais integrais etc) que, além de ajudarem no controle glicêmico, aumentam a saciedade e favorecem o funcionamento intestinal.A substituição do açúcar simples por adoçante é altamente recomendada, bem como a utilização de alimentos DIET, quando a opção forem os alimentos industrializados. Com relação a estes, é importante ler e interpretar os rótulos e a composição nutricional, o que permite ao diabético uma maior liberdade de escolha alimentar, tornando seu cardápio mais variado. Saber adaptar a sua alimentação em situações especiais, como festas, viagens ou res-taurantes também é um ponto chave para manter o controle glicêmico diário dentro das metas pré-estabelecidas.Porém vale lembrar que uma alimentação saudável é importante para todas as pessoas, sejam elas diabéticas ou não.É possível viver bem com diabetes. Para isso é preciso um envolvimento harmonioso e contínuo entre pacientes, familiares e profissionais de saúde, na busca de se atingir o equilíbrio biológico, psíquico e social do indivíduo, de forma que o diabético desenvolva a capacidade de intervenção sobre sua vida e sobre o ambiente, criando condi-ções para o prolongamento, com qualidade, de sua própria existência.

Heloisa de Camargo HermannNutricionista CRN8- 1685

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APAD Associação Paranaense do Diabético Juvenil – é uma entidade filan-trópica, que há 26 anos vem trabalhando em defesa dos direitos dos diabéticos, notadamente os mais carentes, por uma melhor

qualidade de vida, sendo por este trabalho referência nacional, modelo para as demais asso-ciações. Não recebe verba governamental, sobrevive das vendas de sua loja, farmácia e bazar (novos e semi-novos), serviço de costura (pequenas reformas), contribuição de alguns associados e doação de empresários, que a cada dia vem diminuindo. Para os associados carentes, a entidade oferece atendimento com endocrinologista, oftalmologista, serviço de podologia, psicologia, nutricionista, e para todos cursos de culinária diet e palestras com profissionais com especialidade em diabetes. Para que a APAD continue a desenvolver este trabalho, ela precisa da colaboração de toda a sociedade, através de profissionais voluntários, doação de roupas, calçados e utensílios ou depósito bancário BANCO ITAÚ AG 7367 CC 03300-3. Para saber mais sobre a APAD faça uma visita à sede da associação, Av. Iguaçu, nº4263, Vila Izabel ou acesse o site www.apad.org.br. Para entrar em contato ligue 3244-7711 ou escreva para o endereço eletrônico [email protected].

Abgail Pereira LopesRelações Públicas

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AMOR E HUMOR NA FAMÍLIAAmor e humor são virtudes essenciais para o relacionamen-

to entre homem e mulher, marido e esposa, adultos e crianças, pais e filhos.

Existe o amor romântico, a paixão, o sentimento. Este é volúvel, progride e regride velozmente, basta uma pequena mudança de atitude, mas existe também o amor compromisso, que envolve a fidelidade e a estabilidade. O primeiro age nas nossas emoções, o segundo na nossa vontade. O amor inclui

a emoção que faz palpitar o coração apaixonado e a vonta-de que segura o voto de permanecer unidos, haja o que

houver. Somos emocionalmente instáveis, por isso nos estranha-mos, nos

irritamos, brigamos e

acabamos cada qual no seu canto,

nos sentindo incom-preendidos e mal ama-

dos. A vontade e o voto nos chamam de volta à reconciliação

através do perdão, nesta coreografia do encontro-desencontro-reencontro.

O desejo de permanecer junto, apesar das diferenças e dos conflitos, nos livra de nos tornar

desafeiçoados e vingativos. Permite que, mesmo feri-dos, continuemos desejando o bem do outro e agindo de

forma construtiva, isto é, nos convida ao processo contínuo de nos re-apaixonarmos pela mesma pessoa muitas vezes ao longo de uma vida toda. Deus nos revela seu amor, primeiro nos aceitando como somos e agindo sacrificialmente em nosso favor como diz a Bíblia: “Mas Deus prova seu amor para conosco, tendo Cristo morrido na cruz sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). E também através de sua fidelidade sem limites, pois seu amor permanece estável mesmo quando não o correspondemos (2 Tm 2.13). As-sim, ao longo da vida aprendemos a amar como Ele nos amou. Mas o que seria do amor sem o bom humor? A base da vida cristã consiste e reside nesta alegria de alma, uma ale-gria que brota da interioridade, e não das circunstâncias. Uma celebração íntima, um regozijo inexplicável no profundo de nos-so ser, uma doce, leve e alegre constatação de que vivemos diante da face amorosa de Deus, que nos perdoa, nos aceita, nos recebe em sua presença. E faz de nós, pecadores, seus filhos

amados. Amar e ser amado é o glorioso desti-no do ser humano, e amar e ser amado por

Deus e pelo seu semelhante é o ápice da aventura humana, de ser, de existir. É puro contentamento!

A alegria, nos conta Paulo, é fruto do Espí-rito Santo (Gl 5.22), ou seja, a presença de Deus na

nossa vida gera bom humor e rosto sorridente. Cara amarrada, levar-se muito a sério e mau humor eviden-ciam a ausência de Deus e a dificuldade e incapaci-dade de amar. Precisa de cura, de arrependimento e de um batismo de alegria. O humor inclui o lúdico. Os

jogos, as brincadeiras e a descoberta da criança que está em nós, abafada por um pai severo e cobrador. Nossos

filhos nos ajudam a reencontrar atrás do adulto, responsável e sério, o menino e a menina que sabem brincar. O bom humor nos convida à festa, à comemoração, e nos recorda que o pri-meiro milagre de Jesus foi fazer mais vinho para que uma festa de casamento não terminasse antes do tempo (Jo 2.1-12). Faz-nos lembrar, ainda, que perdoar é motivo de festa para o nosso Deus. Quando o pródigo volta para casa, o pai convoca toda a aldeia para dançar e comer churrasco (Lc 15.11-32). A família é o lugar do perdão e da festa. A alegria da mesa, das férias, das saídas-surpresas, das datas festivas, da vida de oração, da vida sexual. A sexualidade humana se realiza, portanto, de forma plena e prazerosa nesta relação permeada por paixão, fidelida-de, compromisso e bom humor. Aí surge o desejo da entrega mútua baseada na confiança e na ternura. E a vida sexual se tor-na plenitude de alegria e prazer. Dança misteriosa e poética de corpos que se unem, trocam inspiração, respiração e transpiração no jogo prazeroso de sensações agradáveis, o prazer sensorial. Fomos criados para amar e ser amados, e Deus dá ao homem esta oportunidade e responsabilidade de se deixar conduzir por Ele no aprendizado ao longo da vida. De amar e ser amado – esta é a regra do casamento. Não é célula descartável, econômica, não é célula de proteção (máfia), não é célula re-produtiva. Mas um contexto para a aventura e o aprendizado de amar e ser amado, contexto este que possibilita a realização e a alegria do ser humano, ao nível mais profundo de sua existência.

Por Osmar Ludovico, Revista Enfoque

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Parece haver uma espécie de “rancor” ou, no míni-mo, um profundo preconceito, que separa ciência e religião. Não é raro encontrarmos cientistas convictos de que a religião não representa a realidade, ao contrário, a distorce completa-mente. Admitem que a ciência ainda não pode explicar todos os fatos, mas o pouco que representa, afirmam, é fiel à realida-de. Por outro lado, não são poucos os religiosos fundamentalis-tas que rotulam qualquer esforço científico como uma espécie de doutrina herege ou falta de fé. A ciência, dizem estes, ensi-na a incredulidade e o ceticismo. Apesar do ceticismo possuir raízes mais profundas, podemos notar que a histórica inimizade entre a ciência mo-derna e a religião, remonta a séculos atrás. Sem dúvidas ela foi reforçada por alguns acontecimentos históricos, como o famoso julgamento de 22 de junho de 1633, realizado pela “Santa” Inquisição, quando Galileu Galilei foi obrigado a renunciar sua teoria de que a Terra era redonda e girava ao redor do sol. Pouco mais de um século depois, em 1798, ocorre a vingança do “racionalismo”, quando o general francês Berthier, a comando de Napoleão, ataca a sede da igreja em Roma, encarcerando seu líder, que viria morrer um ano depois. O ceti-cismo do governante francês era tão evidente que ele chegou a afirmar: “Religião é uma coisa excelente para manter as pes-soas comuns quietas”. Justificável ou não, esta guerra dos pontos de vis-ta científico e religioso, respectivamente, não é travada por todos os cientistas e teólogos. Assim como a Inquisição não representa a esmagadora maioria dos movimentos religiosos existentes, cientistas, como o físico quântico Brian Greene, que afirmou: “Eu me sinto feliz com um Universo sem Deus, re-gido apenas pelas leis da Física, porque ela é tão rica e nos possibilita compreender tanto!” não são porta-vozes de todo o mundo científico. Albert Einstein, um dos maiores cientistas do

mundo, rebateu as acusações de ateísmo, da seguinte forma: “A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu. Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia. Não há oposição entre a ciência e religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880”. Einstein parecia ter razão, ao diagnosticar o atraso de cientistas que se opõem à fé. Um exemplo clássico foi o incidente de Galileu. Apenas no século 17I foi que o cientista lançou a ‘polêmica e controversa’ teoria de que a Terra era redonda, contrariando as instruções dos pretensos represen-tantes de Deus na Terra. No entanto, tivessem todos eles, tanto cientistas como religiosos, recorrido ao livro inspirado, a Bíblia Sagrada, e teriam descoberto não apenas que a teoria de Ga-lileu era verdadeira, mas que ela já havia sido formulada mais de meio milênio antes de Cristo, como podemos verificar em Isaías 40.22: “Ele é O que está assentado sobre a redondeza da Terra”. Esse é um exemplo bem didático de como a ciência poderia encontrar algumas respostas, ou pistas para novas des-cobertas, quando trabalhando conjuntamente com a verdadeira teologia. A união da ciência e da religião traria um avanço qual nunca houve na história deste mundo, pois não ficaria restri-ta à mera evolução intelectual (sem desmerecê-la), avançaria para as áreas comportamental, social e espiritual. E por sinal os benefícios desta última já têm sido provados e comprovados cientificamente, apesar de seu processo ainda ser um mistério. Com a autoridade de alguém que é mundialmente reconhecido por suas descobertas científicas que reprovaram as teorias da evolução, Louis Pasteur afirmou: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muito nos aproxima”.

trecho da obra “A Absurda Lógica de Deus”www.autores.com.br

a ciência da fé

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No primeiro semestre de 2009, decidi fazer o cur-so Mulher Plena, pois sentia que havia algo especial para eu aprender. Estávamos a caminho da igreja quando fui surpreen-dida por algo que não esperava. Ao atar o cinto de segurança senti algo estranho, encontrei um estojo de maquiagem que não era meu. Foi terrível! Mesmo com as crianças junto, não consegui controlar as emoções. Chorei por muito tempo. Ao entrar na igreja fui direto para o banheiro, não conseguia con-trolar o choro. Uma pessoa chegou para me confortar, mas não resolveu. Chegou outra, muito especial, que me ouviu e me apoiou. Fiquei três dias fora de casa. Estava com muita dor e tristeza, com o meu mundo todo deformado. Voltei e decidi conversar seriamente com meu ma-rido, ele me disse que era inocente, que tinha sido uma ar-mação feita por alguém que ele rejeitou. Enfrentei a situação e continuei participando do Curso Mulher Plena. Deus foi me tratando e falando comigo por meio das ministrações, pois as orientações tornavam as coisas mais fáceis de serem encara-das. Um dia, durante a aula, o celular tocou, saí e atendi. Era

meu marido pedindo perdão por tudo o que tinha feito e fa-lado. Eu mudei, meu esposo mudou e ele diz isso para mim. Ele está diferente, e até ora com a gente. Agradeço a Deus por tudo. R.L.

O curso “Filhos” me ajudou na disciplina com minha filha, também me ensinou a respeitá-la como criança. Aprendi que a criança também precisa de perdão, de mais atenção e res-peito. O curso “Filhos” é uma benção, me ajudou muito mesmo, tanto a mim, como ao meu esposo, nas coisas que passei para ele. Com isso a nossa família toda foi abençoada”. L.B.N.

“Nesses quatro meses, fazendo o curso “Filhos”, Deus mudou muitas coisas em minha vida. Mudei o modo de agir com minha filha e principalmente com meus pais. Aprendi a tratá-los eles melhor, e amá-los mais. Foi muito bom permanecer até o fim do módulo “Filhos”. Quero continuar, fazendo ‘Mulher de Deus”, porque além do que aprendi, foi muito bom conviver com todo o grupo”. M.L.

Nos anos 70 cheguei à Primeira IEQ em busca de cura física, que a medicina havia declarado como impossível. Num passo de fé, por um milagre recebi a cura instantânea e sobrenatural de Deus, que perdura até hoje para honra e glória do nome de Jesus Cristo. Naquela ocasião, recebi a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da minha vida. Segundo o registro em Colossenses 2.13: “Jesus vos deu vida juntamente com Ele, perdoando todos os nossos delitos”. `A medida que avançava na caminhada cristã, colocando em prática os ensinamentos da Palavra de Deus, des-cobri que minha alma também estava enferma, ferida e carente de cura. Quando conheci Jesus e sua Palavra, comecei a perceber que tinha um comportamento disfuncional em algumas áreas, que interferia diretamente na qualidade do relacio-namento comigo mesma, com Deus e com meu próximo. Descobri que, desde criança, não me aceitava plenamente, pois tinha um sentimento enorme de rejeição, carência de afeto, complexo de inferioridade e um enorme vazio dentro de mim. Durante meu crescimento fui desenvolvendo uma ira que prejudicou a mim, aos meus relacionamentos interpessoais e, por-que não dizer, até meu relacionamento com Deus. Tudo isso desencadeou um processo de ansiedade, medo, insegurança, isolamento, baixa autoestima, dificuldade para tratar com superiores e descobri que não conseguia perdoar a mim mesma nem ao próximo, quanto mais compreender o amor de Deus por mim . Em 1995 recebi um convite para participar de um grupo terapêutico que trabalhava as feridas de alma, naquele momento aceitei apenas para aprender sobre o método e obter material para estudo. Mas como diz o versículo de João 13.7, “ ... O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois”, porque nesta vida temos uma visão parcial das operações de Deus e nem sempre entendemos que “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito” (Rm 8.28). O propósito de Deus para mim era outro, comecei o processo de restauração interior que perdura até hoje. Posso afirmar com segurança que a Janete Raquel não precisa mais usar máscaras e manter o controle de sua vida, pois ela está nas mãos do Criador. Ele me conhece desde o ventre da minha mãe e me amou primeiro. Considero que fui curada da maioria das feridas relatadas acima. Uma das grandes experiências vivenciadas por mim foi a de perder meus pais, encarar a vida sozinha e perma-necer na casa onde cresci. Qual a razão? Simplesmente porque hoje reconheço que tive os melhores pais, que oferece-ram para mim o que tinham de melhor, apesar de não conseguirem demonstrar seu amor por meio do toque, pois suas histórias foram de grandes lutas pela sobrevivência. Aprendi que honrar pai e tua mãe, e amar o próximo como a mim mesmo, encerra uma grande verdade: “ Assim, que se alguém está Cristo, nova criatura é : as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 17-18). Espero em Deus continuar, com sabedoria, crescendo espiritualmente a cada dia da minha vida.

Janete RaquelMinistério de Reconciliação e Cura - Primeira IEQP

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O Ministério de Juniores da Primeira IEQ desde o mês de setembro de 2009 está sob a liderança do casal Jhonathan e Rebecca Braghini (Jhow & Becca). Os líderes, juntamente com sua equipe de mais 16 pessoas, em sua maioria casais, comprometidos

com Deus, dispostos a doarem seu tempo e fazer a diferença na vida de cada Junior, têm trabalhado para que as reuniões sejam inspirativas e próprias para essa faixa-etária.

Alguns anos atrás os juniores eram vistos como crianças muito ingênuas, que brincavam com bonecas e car-rinhos, porém hoje nos deparamos com a realidade de que os pré-adolescentes estão cada vez mais pre-

coces. Não há mais valores duradouros, e seus ideais são devastados pela desestrutura familiar, pela influência de amizades negativas, pelos jogos e pela mídia.

Com embasamento em Romanos 12.2 que diz: “Não vivam como vivem as pessoas desse mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da

mente de vocês. Assim vocês conheceram a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele.” Deus está nos dando estratégias para que esta

geração seja transformada pelo Seu poder e Palavra.

Temos desenvolvido cultos dinâmicos que facilitam o entendimen-to da Bíblia, momentos de aconselhamento em grupos separa-dos por idade, para estarmos mais sintonizados com cada um,

criando uma afinidade do líder com o junior, onde todo o culto é diferente e especialmente preparado para eles. Também te-

mos promovido atividades extra-culto, como passeios, gincanas e acampamentos. O próximo acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de

abril de 2010.

Entendemos que a transformação vem através do acompanhamento, descobrimos a importância de estarem envolvidos na igreja servindo

a Deus; com isso, criamos o PROJETO, que são grupos de dança, teatro, banda, coral e skate, onde cada um descobre seu talento. Em cada Pro-

jeto desenvolvemos o discipulado, porém estamos abrindo novos grupos.

Convidamos todos aqueles que têm de 11 a 14 anos para frequentarem nosso culto realizado às quartas-feiras, às 20h, no Cenáculo, e também

para participarem de nossos PROJETOS e grupos de DISCIPULADO.

Jhonathan e Rebecca BraghiniMinistério de Juniores - Primeira IEQ

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“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Provérbios 22.6).

CONTAMOS COM TODOS OS PAIS PARA QUE INVESTAM NA VIDA DE SEUS FILHOS, INCENTIVANDO-OS A PARTICIPAREM DO MINISTÉRIO DE JUNIORES.

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CONFIE EM SEU

POTENCIALE APRENDA COM SEUS ERROS

Errar faz parte do ser humano. Aprender com os erros pode torná-lo sábio. Seu potencial não é perfeito, pois tem limites. Contudo ele é único! Todos nós somos peça rara; ninguém é igual a nós. Confie em seu potencial, que a felici-dade agarrará você. Não fique preocupado se os seus limites podem atrapalhar você, o que é necessário é aprender com eles.

APRENDER O QUÊ?Até onde posso ir, a hora certa de parar e de começar; saber que haverá momentos que você saberá o que fazer, e em ou-tros não terá a menor ideia por onde ou como começar!

O QUE FAZ PARTE DO SEU POTENCIAL?Sua essência, sua autoestima, seus dons, seu temperamento, sua personalidade, seu caráter, sua comunicação verbal e não-verbal, sua família, seus amigos, seu trabalho, seu lazer, suas férias, seu hobby, sua igreja, Deus etc.

POR QUE ACREDITAR NO SEU POTENCIAL?Vai lhe dar ânimo espontaneamente, sem precisar de esforço ou estresse. Você descobrirá a cada dia, se estiver atento, que o seu potencial é ilimitado! E ao adquirir conhecimento você o desenvolverá !!!

ONDE ADQUIRIR CONHECIMENTO PARA DESENVOLVÊ-LO?Através de tudo que vive e está ao seu redor: convivendo com pessoas, observando as circunstâncias da vida, aprendendo com seus erros, através de livros e estudo, com a Palavra de Deus, que a propósito, é o melhor conhecimento para tudo nes-sa vida, é o segredo de tudo o que precisamos, a chave de um tesouro que, se déssemos o valor que realmente tem, nossa vida estaria alicerçada em um porto seguro!

POTENCIAIS QUE NÃO PODEM FALTAREleito em primeiro lugar, é o nosso Senhor Jesus Cristo. Não estou falando de religião, e sim de algo muito melhor, pois Ele nos faz sermos melhores e nos oferece um potencial ilimitado, poderoso e acima da média.Em segundo lugar, é a nossa autoestima. Porque com ela sendo equilibrada, de bem com você, nos mostra um mundo mais alegre, com uma visão de vitória para a nossa vida e para o nosso cotidiano.

Dr. Eduardo S. FurtadoComunidade Psicoterapia médica e Clínica Geral

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ENTO

Bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos, verbais ou físicos, de maneira

repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo “ameaçar, intimidar”. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos cria-dos para humilhar os colegas. E, não adianta, todo ambiente escolar pode ter esse problema. “A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é, ou está negando sua existência”, diz o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associa-ção Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adoles-cência (Abrapia), que estuda o problema há nove anos. Segundo o médico, o papel da escola começa em ad-mitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos sobre o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática - prevenir é o melhor remédio. O papel dos professores também é fundamental. “Há uma série de atividades que podem ser feitas em sala de aula para falar desse problema com os alunos. Pode ser tema de redação, de pesquisa, teatro etc. É só usar a criatividade para tratar do assunto”, diz. O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. “O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se revolve pela violência verbal ou física e ele reproduz o que vê no ambiente escolar”, explica o especialista. Já a vítima costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. “Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir”, afirma Lauro. Aí é que en-tra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno reage, a tendência é que a provocação cesse. Claro que não se pode banir as brincadeiras entre co-legas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o médico. Ao perceber o bullying, o pro-fessor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais. O médico pediatra lembra que só a escola não conse-gue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. “A ten-dência é que ele seja assim por toda a vida a menos que seja tra-tado”, diz. Uma das peças fundamentais é que este jovem tenha exemplos a seguir de pessoas que não resolvam as situações com violência - e quem melhor que o professor para isso? No entanto, o mestre não pode tomar toda a responsabilidade para si. “Bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e alunos - e a família”, afirma o pediatra. Atos agressivos físicos ou verbais só são evitados com a união de diretores, professores, alunos e famílias.

Renata Costa revistaescola.abril.uol.com.br

POR QUE UM NOME EM INGLÊS? O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Como verbo, significa ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar, maltratar. O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, bullying era um mal a combater. Ainda não existe termo equivalente em português, mas alguns psicólogos estudiosos do assunto o denominam “violência moral”, “vitimização” ou “maltrato entre pares”, uma vez que se trata de um fenômeno de grupo em que a agressão acontece entre iguais — no caso, estudantes. Como é um assunto estudado há pouco tempo (as primeiras pesquisas são da década de 1990), cada país ainda tem de encontrar uma palavra, em sua própria língua, que tenha esse significado tão amplo.

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Ultimato - Sabemos que Jesus é a fonte que de “água viva”, mas continuamos a cavar cisternas rotas e a ir atrás dos mo-dernos “cantos de sereia”. Como lidar com essa incoerência?João Marcos - Além de sermos incompletos, ou inacabados, em nossa constituição, temos a tendência de buscar respostas fáceis para nossas questões existenciais. E o que não falta hoje são promessas de respostas fáceis e rápidas para as mais di-versas necessidades humanas. A natureza e atuação do Cristo histórico para com o ser humano sempre foram marcadas por “espaços” de silêncio e tolerância diante das queixas dirigidas a Ele. Embora Cristo, em sua divindade e soberania, compreenda profundamente as questões humanas, Ele oferece um espaço de tempo para que o homem tenha certa compreensão de si mesmo, de sua condição e do que ele realmente deseja. É isto que parece coerente num processo terapêutico de qualquer es-pécie: conduzir o indivíduo a certa tolerância e, muitas vezes, ao silenciar de suas vontades e vozes precipitadas, a fim de que ele possa compreender sua real situação e necessidade e, acima de tudo, reconhecer de quem vem o socorro. Portan-to, para enfrentar a ânsia por soluções rápidas e efêmeras às nossas questões precisamos exercitar a tolerância com nossa falta de resposta a nós mesmos e ao outro. É neste exercício de suporte e companheirismo que podemos compreender a graça de Cristo.

Vivemos num mundo cuja marca é a solidão. Como os solitá-rios podem satisfazer o legítimo anseio por amor?A natureza humana é constituída pela solidão, pela falta de algo ou alguém que perdemos. Perdemos o colo da mãe, a condição de sermos infantis, os privilégios de alguém. Essa con-dição de perda nos faz carregar em nós mesmos a incompletu-de das coisas e do mundo. Porém, essas perdas abrem também espaços para novas experiências. Temos a rica e surpreendente possibilidade de nos equilibrarmos entre a totalidade que nos paralisa e a solidão, que não nos dá referência de quem somos. A relação equilibrada entre duas pessoas tanto é suporte para a saúde mental de ambas, quanto pode favorecer equilíbrio às situações sociais. Caímos no equívoco de nomear e classificar por valores as relações pessoais. Temos certas ideias de valores relacionais e seus efeitos que só têm sentido no mundo ociden-tal e capitalista.

Quando a ansiedade é “normal” e quando passa a ser doentia?Na Bíblia (Mt 6.25; Cl 1.28) o termo “ansiedade” é usado para expressar que, para viver, empregamos certa quantidade de energia em atividades. Então, ansiedade é energia e é impres-cindível para toda produção de coisas em nossa vida. Em Mateus 6.25, Jesus chama atenção para o equilíbrio que podemos ter en-tre o emprego da força de nossa vida e a aquisição ou realização das coisas. Ele afirma que a comida e a bebida não podem ser maiores que a ideia da própria vida, mas não que elas não são

importantes; Ele nos faz perceber a relação de equilíbrio dessa manutenção e realização das coisas. Portanto, é o desequilíbrio que torna a ansiedade um estado de doença na pessoa.

O que é vida saudável do ponto de vista da psicologia?Vida saudável é uma vida de equilíbrio consigo mesmo e com o outro.

Qual a medida certa para olharmos o nosso próximo?A medida de vermos o outro é à medida que construímos nossa imagem em nossa história pessoal e familiar. Quando trazemos exigências e cobranças extravagantes em nós, além de vermos no outro a imagem de um alguém que pode ou deve nos dar algo, distorcemos também a nossa própria imagem. Há mães que repetem ou querem corrigir a ausência de suas próprias figuras maternas numa superproteção à imagem do filho. Dis-torcem a realidade relacional de sua função maternal com o filho e com os demais à sua volta. Uma pessoa que se constitui numa relação de ganho, seja financeiro, seja emocional, defor-ma a imagem de qualquer outro que se colocar numa relação com ela. O outro sempre lhe deve algo e ela sempre precisa de alguma coisa do outro. Uma pessoa madura escuta suas vozes internas e reconhece suas distorções repetidas. Sabe distanciar as emoções e repetições de sua história de uma nova realidade de relação com o outro.

É comum usarmos a história de Marta e Maria para dizer que Jesus prefere a contemplação ao comportamento centrado nos afazeres. Como você vê esta passagem?Como todos os textos que apresentam a pessoa de Jesus diante da figura humana, esse nos traz mais um belo diálogo entre Deus e a natureza humana. As figuras de Marta e Maria repre-sentam nossa natureza partida, incompleta e insuficiente para nos orientar em nossas escolhas. E, mais uma vez, Jesus não faz uma defesa de coisas, escolhas ou atitudes, mas aponta para a possibilidade de equilíbrio diante de nós mesmos e do outro. Ele não condena Marta por seus afazeres nem faz apologia a Maria por sua atitude; antes, ressalta que cada coisa deve ser feita em seu devido tempo. A sensatez e o equilíbrio que Cris-to apresenta nesse texto reúnem elementos imprescindíveis à nossa existência: a demanda do outro, a relação entre tempo e trabalho e a espiritualidade representada pela atitude de Maria. No conjunto de nossas atribuições no mundo, é preciso saber escolher a melhor parte em nossas relações com o outro, com o tempo e com a nossa espiritualidade. Cristo é o centro do mundo existencial de Marta e Maria, e Ele não impõe uma escolha entre Ele e as demais coisas. Foi Ele quem escolheu ir à casa delas. Ele está sempre presente em nosso mundo. Logo, numa relação de equilíbrio em nossas escolhas, principalmente numa relação de equilíbrio com o outro, não devemos nos sur-preender com a presença constante de Cristo na sala.

www.ultimato.com.br

JOÃO MARCOS CARDOSO DE SOUSA, 40, é psicólogo e cristão. É casado com Rosa e pai de Abraão Marcos, 11 anos, e dos gêmeos Ester e Davi Enéas, 8. Além de manter seu consultório de atendimento, João Marcos presta assistência a missionários ligados a diversas agências — participa há oito anos do Encontro de Restauração para Missionários, que acontece anualmente no Centro Evangélico de Missões, em Viçosa, MG. Por vocação e por ofício, ele é treinado na rara arte da escuta. João Marcos é um estudioso da linguística. Concluiu mestrado e está com doutorado em andamento pela UFMG. Tem sido palestrante em vários eventos. Com muita habilidade e a partir de textos bíblicos, ele disseca a alma humana e relaciona seus dramas às verdades reveladas por Deus.

para compreender é preciso ouvir

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Foi ontem à noite. Por mais que houvesse se apressado a ambulância, João Genérico, 65 anos, já não respirava mais quando chegou ao hospital. Morreu de silêncio. Seu co-

ração resolveu subitamente se calar. Bancário aposentado, o flamenguista deixou viúva, três filhos, cinco netos e um cão labrador.Mulato nascido no interior de São Paulo, mudou-se para a ca-pital logo após o nascimento de seu primeiro filho, na esperan-ça de proporcionar à criança uma vida melhor. Nos primeiros anos, entretanto, seus empregos e bicos corresponderam mui-to pouco a suas expectativas. Não obstante, quando sua meni-na, a caçula, nasceu, Genérico decidiu fazer um curso supletivo noturno para concluir o colegial. Alguns empregos depois, fi-nalmente, foi parar no caixa duma agência do Banco do Brasil, onde trabalhou até se aposentar. Sedentário e acima do peso, foi visitado pela Indesejável quando passava o Carnaval na casa de seu filho mais velho, no Rio de Janeiro. Ainda que — mais por falta de instrução que de vontade — não cuidasse muito bem de sua saúde, tudo o que João Genérico sempre quis de sua vida foi o mesmo que todos nós queremos: que ela fosse longa e próspera. Afinal, ele tinha uma família para sustentar, a quem muito amava, ou, pelo menos, com quem sentia a forte ligação que a sociedade convencionou cha-mar de “amor”.Amor é de fato uma palavra curiosa. Faz parte daquele grupo de palavras que todo mundo usa, mas que ninguém sabe o que realmente significam. O verdadeiro amor, contudo, é muito bem descrito na Bíblia (1 Coríntios 13) e se mostra totalmente o oposto da condição humana, conforme a conhecemos neste mundo. O amor é sofredor; o homem evita o sofrimento. O amor é inclinado para o bem; o homem, para o mal. O amor não inveja, porque não está relacionado com posse ou poder; o homem inveja, cobiça e possui. O amor, ao contrário do ho-mem, não se envaidece, não se ensoberbece, não se porta indecentemente, não busca seus interesses, não se irrita e não desconfia. Alegra-se com a verdade, enquanto que o homem, com a injustiça. O amor tudo sofre, em tudo crê, tudo espera e tudo suporta; o homem não.João Genérico, apesar de suas boas intenções, nunca atingiu o amor verdadeiro, precisamente porque nunca conseguiu se libertar de sua condição humana terrena, a qual as Escrituras chamam de “carne”. É a carne que nos torna escravos do peca-do. É a carne que nos impede de amar.Jesus Cristo também foi homem, assim como João Genérico. Quando Se submeteu à carne, o Mestre veio nos mostrar outra condição humana, muito mais elevada e muito mais verdadei-ra: uma condição humana que vive e existe no amor. Cristo é Deus, e Deus é amor. Portanto, Cristo é amor. Porém, Cristo é Homem. Logo, Sua humanidade reside não no pecado, mas no amor. Foi Sua natureza humana que o Filho de Deus veio conceder a todo aquele que Nele confiasse com fé. Se nós mor-rermos para nós mesmos, se Jesus viver em nós, então, não continuaremos escravos do pecado, mas servos do amor. Não seremos mais homens do modo como éramos, mas Cristo será Homem através de nós. É possível. Sobrenatural, sim. Milagre, sim. Mas, possível. Possível porque, embora não possamos, o Todo-Poderoso pode. Não mais andaremos ansiosos com as coisas deste mundo. Não mais nos preocuparemos com coisas tão passageiras quanto longevidade ou prosperidade. Vivere-mos para Deus. Viveremos para o amor.É possível.

Leandro Zatesko – Primeira IEQ

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vida longa

próspera

vida longa

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MIS

SÕES

plo, o candomblé, na Bahia, uma mistura do ca-tolicismo com os cultos africanos. O turismo religioso

vem crescendo cada vez mais na região, destacando-se no Ceará os municípios de Juazeiro do Norte e Canindé,

Rio Grande do Norte e Maranhão.

O EVANGELHOEvangelizar no Nordeste é um grande desafio. O missionário precisa entender o contexto regional sem comunicar rejeição. Insistir em manter o tradicionalismo, aquele modelo de culto fechado, pode bloquear a entrada das “Boas Novas”, pois o nordestino é criativo, espontâneo e de natureza informal. Os legalistas reprimem o âmago do sentir desse povo com uma liturgia engessada, quando o Evangelho deve ser comunicado com alegria, não só no Nordeste, mas em todo mundo.A “receita evangélica”, para uma evangelização eficaz, é tra-balhar com o espírito festivo desse povo, entendendo a sua alma, levando para ele de forma bíblica, simples, verdadeira e saudável, um Evangelho vivo e dentro do contexto cultural apresentar o Jesus Salvador, que é o único caminho e a verda-deira alegria.

PROJETO MISSÃO QUADRANGULAR NO NORDESTEO Projeto Missão Quadrangular no Nordeste conta com o apoio da Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular de Curitiba. Este tem como objetivo alcançar os moradores do Morro Branco, povoados adjacentes e apoiar igrejas quadrangulares do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.Morro Branco, uma vila de praia nordestina, é um lugar turístico de grande beleza. Uma antiga vila de pescadores e rendeiras, hoje repleta de casas de veraneio, pousadas e turistas. Está distante 80 km de Fortaleza, a capital do Ceará. Os maiores problemas são as drogas, o alcoolismo, a prostituição, a ociosi-dade, a inversão de valores.

A MISSIONÁRIAEstará assumindo esse projeto a partir de junho a pastora Lucila C. Fernandes, pedagoga, bacharel em teologia e pós-graduada em ministérios pastorais. Ela chegou a Curitiba em 1996, es-teve durante 14 anos na Primeira IEQ e trabalhou dez anos como pastora auxiliar de tempo integral na igreja, atuando, com maior ênfase, no Ministério da 3ª Idade, no Ministério de Ensino e no de Intercessão.Lucila entende que durante os anos que passou na Primeira IEQ recebeu o preparo básico para fazer a obra missionária no Nordeste. Há 40 anos possui uma casa em Morro Branco. É amada e respeitada pelo povo do lugar. Pretende levar as Boas Novas da salvação com ajuda do Espírito Santo. O seu retorno ao Nordeste vem sendo planejado há cinco anos com o acom-panhamento do pastor Eduardo Zdrojewski.

NORDESTEÉ a região brasileira que possui o maior número de Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Para-íba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. É a região mais pobre do Brasil, com os piores indicadores socioeconômicos do país.O povo nordestino foi formado por três etnias: o índio, o português e o africano. A miscigenação étnica e cul-tural desses três elementos foi o pilar para a formação da população do Nordeste. Em algumas regiões do Ce-ará, Paraíba e Rio Grande do Norte predominaram os caboclos, já em outras como a Bahia, Piauí, Pernambuco e Maranhão a predominância é dos mulatos. Em torno de 1/4 dos nordestinos tem ancestralidade européia, sobretudo, portuguesa.O Nordeste é muito conhecido por seus dialetos e sotaques próprios. A característica mais conhecida é a do “sotaque ar-rastado” devido ao excessivo uso de exclamações durante o diálogo, além de expressões únicas: Para perguntar como = cuma?; Tic nervoso = munganga; comprimido = cachete; rir de alguém = mangar, e por aí vai.

SERTÃO E LITORALExiste um Nordeste “para o turista ver” e existe um Nordes-te real com problemas que até agora parecem insolúveis. No Sertão, castigado pelas grandes estiagens, existe um quadro de pobreza crônico, fonte de enriquecimento ilícito para alguns políticos e autoridades inescrupulosas.O litoral é o principal atrativo da região, com as praias mais bo-nitas do Brasil, onde o sol brilha o ano inteiro e o mar, com as suas águas mornas, é um atrativo à parte. Milhares de turistas desembarcam nos aeroportos nordestinos e com eles os ma-lefícios da aculturação. Enquanto no interior sertanejo é pratica comum o trabalho de menores que são privados do direito de estudar, nos núcleos urbanos é comum o turismo que busca a prostituição infantil. Tanto no Sertão como no litoral a desigual-dade social é muito grande.

CULTURAA cultura nordestina exerce um grande atrativo sobre o turis-ta. Todos os Estados do Nordeste têm “folguedos” e tradições diferentes, o que atraí milhões de turistas todos os anos nas épocas das festas.

TRADIÇÕES E RELIGIÕESDevido à colonização portuguesa, a religião predominante no Nordeste é o catolicismo, que como a culinária e a língua so-freu, nestes 500 anos, profundas mudanças. Como por exem-

PROJETO MISSÃO

QUADRANGULAR NO NORDESTE

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PÁSCOA É comum associar a Páscoa a ovos de chocolate e co-elho, mas seu significado é diferente do que as lojas costumam mostrar. A Bíblia Sagrada revela que o evento teve início quando Deus ordenou as primeiras comemorações ainda no Egito. Durante vários anos os hebreus foram submetidos a trabalhos forçados no Egito e passaram por diversas dificuldades. Como escravos, eles sequer tinham direito à própria vida. Eles experimentaram a dor de terem seus filhos arrancados de seus braços por ordem do Faraó e lançados ao Rio Nilo para morrerem (Ex 1.22). Mas depois dos egipcios sofrerem com as dez pragas (Ex 3.20), Faraó se rende ao poder de Deus e permite à Israel sair de seu país (Ex 12.30-33). “O coração de Faraó já estava endurecido pela rebelião antes que Deus lhe exigisse a libertação dos hebreus. Então, todas as vezes que o Senhor exigia a libertação dos filhos de Israel, mais o seu coração se endurecia. O rei do Egito era insensível para ouvir a voz de Deus, por isso ele se comportava daquela maneira”. É nesse período que o Senhor ordena aos filhos de Is-rael que comemorassem a Páscoa. Quando Deus enviou o anjo destruidor para eliminar os primogênitos da terra do Egito, os is-raelitas estavam em suas casas. As ordens divinas eram que cada família tinha que tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia 14 do mês de Abi-be (abril). Apenas famílias menores podiam repartir um cordeiro entre si. A partir de então, os hebreus passaram a oferecer o sacri-fício como uma forma de comemorar sua libertação do Egito; com exceção do primeiro, que foi um sacrifício eficaz. Parte do sangue do animal deveria ser aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta; então quando o anjo destruidor passasse por aquela casa e visse o sinal de sangue, aquela família seria poupada da morte (Ex 12.23). O Novo Testamento esclarece que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1) e o Senhor Jesus é o próprio Cordeiro de Deus - “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29, que morreu na cruz e derramou seu sangue para o perdão dos pecados dos homens que o recebem como Salvador e Senhor. Para os cristãos o evento possui um rico simbolismo profético, pois fala de Cristo e sua morte na cruz para salvar a humanidade da condenação eterna. A data é símbolo de libertação da escravidão do pecado. A Páscoa é sinônimo de vida, pois ao terceiro dia Jesus ressuscitou dentre os mortos. Este evento comprova que Ele é realmente o Filho de Deus (Jo 10.17,18; Rm 1.4) e garante eficácia de sua morte redentora ( Rm 6.4; 1 Co 15.17). Logo A Verdadeira Páscoa é JESUS CRISTO. Esse é o sentido da Páscoa!

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POR QUE MUDA DA DATA DA PÁSCOA? A data da Páscoa é móvel e muda todos os anos; e, em função dela são definidas as outras datas móveis do Calen-dário. Os judeus celebravam a Páscoa segundo o que pres-creve o livro do Êxodo, no capítulo 12, no dia 14 do mês de Nissan. Era a celebração da libertação da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida por Deus a Abraão. Mas o calendário judeu era baseado na Lua, então a data da Páscoa cristã passou a ser móvel no calendário cristão, assim como as demais datas referentes à Páscoa. O primeiro Concilio geral da Igreja, o de Nicéia, no ano 325, determinou que a Páscoa cristã seria celebrada no domingo seguinte à primeira Lua cheia após o equinócio da primavera do hemisfério Norte (21 de março); podendo ocorrer entre 22 de Março e 25 de Abril. Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita, vista da Terra, cruza o plano do equador celeste. Os equinócios acontecem em março e setembro, e são as duas ocasiões em que o dia e a noite têm duração igual. No hemisfério sul, o equinócio da primavera ocorre no dia 23 de setembro, e o equinócio de outono ocorre em 20 de março. A Páscoa é assim um feriado móvel e que serve de referência para outras datas como o Carnaval (quarenta e sete dias antes da Páscoa), o feriado de Sexta-feira e de Corpus Christi.

Datas da Páscoa, 2010-20202010 - 4 de Abril2011 - 24 de Abril2012 - 8 de Abril 2013 - 31 de Março 2014 - 20 de Abril2015 - 5 de Abril

Prof. Felipe Aquino

2016 - 27 de Março 2017 - 16 de Abril2018 - 1 de Abril 2019 - 21 de Abril 2020 - 12 de Abril

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Fórmula simples do álcool gel:2 folhas de gelatina incolor e sem sabor (compra-se em qual-quer supermercado)1 copo de água quente para dissolver as 2 folhas de gelatina.Espere esfriar.Acrescente 12 copos de álcool de 96° graus.Está pronto o álcool gel de 72° a 75° graus

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Q REUNIÕES ESPECIAIS

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s Santa CeiaDia 4 - Domingo às 9h, 16h30 e 19hDia 9 - Sexta-feira às 14h30

Culto da FamíliaDia 11 - Domingo às 9h, 16h30 e 19h

Culto de MissõesDia 18 - Domingo às 9h e 19h

Batismo Disse Jesus: “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16).Dia 25 - Domingo às 9h, 16h30 e 19hDia 28 - Quarta-feira às 14h30

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Nee

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o Tema: “DUALIDADE” (Rm 12.2)

Data: 14 a 16 de Maio

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JANTAR ROMÂNTICO

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(3ª idade) teleesperança

ouça uma palavra amiga

oração ao telefonediariamente das 8h às 20h

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