"amor fatal - quando o amor é mais poderoso do que a morte"

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Leia o primeiro capítulo do livro escrito por Gabriel Sidney. Em breve edição da Editora Uno!

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Page 1: "Amor Fatal - Quando o Amor é mais Poderoso do que a Morte"

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Amor Fatal Quando o Amor é mais Poderoso do que a Morte

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Amor Fatal

Quando o Amor é Mais Poderoso do que a Morte

Gabriel Sidney

Clube de Autores Em breve edição da Editora Uno

Todos os direitos reservados

Page 5: "Amor Fatal - Quando o Amor é mais Poderoso do que a Morte"

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Eu dedico esse livro aos meus amigos. Dedico esse livro às minhas professoras e professores e a minha diretora querida!

Dedico esse livro especialmente aos meus pais. E dedico esse livro ao meu irmão, que ouviu a

história primeiro. ^-^

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Capítulo 1 A morte está sempre do meu lado

Você pode me chamar de louca, que viajei na

maionese, mas é verdade! Eu vejo como vai ser a morte de alguém. Como eu sei disso? Porque eu previ a morte da amiga da minha mãe

quando eu tinha oito anos, no momento que eu a abracei. Imediatos sete dias ela morreu do mesmo jeito da minha premonição.

E por incrível que pareça todas as premonições que eu tive a pessoa morria sete dias depois, e não havia nada que impedisse.

A última premonição que eu tive, foi de uma pessoa amada por toda a minha família, meu pai. Imaginei-o dirigindo um carro sozinho na rua deserta falando no telefone, quando ele foi dar uma curva ele se chocou com outro carro e capotou. Chorei... Mais chorei muito mesmo, pedindo para que ele não morresse, mas sete dias depois ele morreu do mesmo jeito que eu previ.

Eu tento me afastar desse poder sobrenatural inexplicável, mas é impossível, e como se a morte estivesse sempre ao meu lado.

Atualmente moro com a minha mãe, Stefany Grey e meu irmão Simon de doze anos.

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Uma semana depois que meu pai morreu nos mudamos por causa da alta taxa de aluguel da nossa casa. Não foi lá uma grande mudança, foi na cidade vizinha, onde não tem quase muitas casas nem muito entretenimento, a floresta da cidade ocupa quase todo o espaço. Os moradores daqui falam sobre muitas lendas dizendo que a floresta é amaldiçoada, não acredito muito nisso, mas o meu irmão Simon acredita e ainda por isso morre de medo porque o apartamento em que estamos morando fica à uns dois quilômetros da floresta.

Amanhã é o primeiro dia de aula na minha nova escola, Richard Scott. Estou um pouco nervosa, eu vou chegar lá sem conhecer ninguém muito menos a própria escola. Como fazer amigos se a vergonha atrapalha?

Agora estou no computador falando com a minha amiga da minha cidade antiga, Grace. Ela é uma garota comum, é tímida, ciumenta, amigável tudo de bom que você pode encontrar em uma amiga. Ela tem longos cabelos pretos e bem lisos e olhos castanhos claros que faz qualquer garoto se apaixonar.

-Como é que é a nova cidade? – ela perguntou ao mesmo tempo mordendo a tampa da caneta que estava na sua mão.

-Boa não é nada comparado à cidade antiga, mas é um ótimo local para se morar. Bom pelo menos tem um shopping.

Nós duas rimos. -Estou com saudades daí. – respondi.

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-Ah eu também estou com muitas saudades da minha melhor amiguinha – ela disse no final com um tom de voz engraçado e bizarro.

Eu ri. -É bom tiver feliz – ela continuou. – mesmo depois da

morte do seu pai você continua forte e pronta para encarar qualquer desafio.

-É ainda sinto muitas faltas dele. – respondi -E as premonições pararam um pouco? – ela

perguntou tentando mudar de assunto, mas eu só conseguia pensar no meu pai.

-Pararam um pouco, desde meu pai, não estou prevendo nada.

-Que bom. – ela disse. – você sabe que merece uma vida melhor do que essa não sabe?

-Sim sei, mas não sei como impedir! – respondi – olha vamos mudar de assunto, não gosto de falar sobre a morte.

-Eu também não, eu em! Não estou nem morta ainda – ela disse rindo e ao mesmo tempo irônica.

Eu ri também. -Emma vem jantar – minha mãe gritou da cozinha. Eu olhei para Grace. -Ouviu? Vou ter que ir. – respondi. -É eu ouvi. Te vejo amanhã à noite ok? – ela

perguntou, acho que agora que eu me mudei de cidade ela vai querer falar comigo todo santo dia.

-Ok amanhã eu te conto o meu primeiro dia de aula e você me conta o seu – eu disse.

-Está bem. – ela disse

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Ela saiu da conversa, eu me levantei da cadeira e segui em direção à cozinha.

A cozinha é um pouco pequena, mas a mesa onde iriamos comer era na sala, o apartamento é um pouco pequeno para nós que somos espaçosos. Na mesa, havia vários tipos de comida, arroz, feijão, batata frita, salada, carne... Simon já estava sentado na cadeira, minha mãe estava colocando o último pote de comida, o favorito de Simon... Macarrão.

-Essa é para você Simon. – ela disse já sentando na cadeira ao meu lado.

-OBA! – ele disse -Bom vamos todos comer? – ela perguntou se

ajeitando na cadeira feita de madeira. -Vamos! – Simon disse -Por que não? – perguntei Minha mãe começou a pegar um pouco de tudo

usando apenas uma colher. Eu já estava um pouco sem fome, tinha colocado pouca comida.

-E então ansiosos para amanhã? – minha mãe perguntou tentando puxar assunto.

-Muito! – Simon disse Às vezes eu não entendo esse garoto, uma hora ele

fala que não quer outra hora fala que quer. -Nenhum pouco. – respondi. -Por que Emma? – minha mãe perguntou com aquele

tom de preocupação que as mães têm com os filhos. -Eu não queria ter me mudado, eu queria ficar lá na

outra cidade, com os meus amigos, com a minha antiga vida... – disse – Eu estou com medo.

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-Medo? -Sim, de ficar invisível nessa cidade, de não ser

ninguém, vai demorar anos para me acostumar com as pessoas! – eu exclamei.

Minha mãe ficou quieta, ela pegou o garfo e a faca e começou a comer. Simon estava focado apenas para o seu prato que mais parecia uma montanha de comida. Ninguém mais falou desde então.

* * *

Como você pôde ver meu jantar não foi muito bom, as

coisas entre mim e minha mãe ficaram piores quando meu pai morreu, acho que ela ainda não aceitou muito. Entrei no meu quarto no fim do corredor. Meu quarto não é tão bonito quanto parece às paredes parecem que estão mofadas, o meu computador fica no canto do quarto em cima de uma mesinha feita de madeira, minha cama fica em frente à janela, tenho um armário bem grande e antigo no lado esquerdo, aonde guardo minhas roupas e os meus calçados. Depois de ouvir muitas músicas altas na cama adormeci num sono profundo... Até esqueci-me de desligar o fone de ouvido.

Acordei com o despertador tocando na mesinha de madeira pequena ao lado da minha cama. O despertador marcava cinco horas e quarenta minutos da manhã, para mim esse é um dos problemas de estudar de manhã... Acordar cedo.

Levantei-me da cama cansada, bocejando como se fosse um leão rugindo, meus pés doíam quando se

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chocavam com o chão duro, a minha coluna doía como se eu estivesse carregando um grande peso. Tudo o que eu pensava era: porque eu não volto para a minha vida antiga?

Direcionei-me ao banheiro carregando minhas roupas que usaria no primeiro dia de aula.

* * *

Quando fui para a cozinha tomar café-da-manhã

minha mãe estava fazendo café, Simon já estava na mesa comendo pão com Nescau.

-Bom dia. -Bom dia querida, dormiu bem? – ela me perguntou

como se toda aquela discussão que tivemos no dia anterior tivesse sido apenas um mal entendido.

-Dormi – disse olhando para ela com uma cara bizarra. -É tudo vai voltar ao normal. – ela disse – as coisas vão

ser diferentes esse ano... Com certeza. – continuou levando uma garrafa cheia de café para a mesa, eu a segui.

-É com certeza. Quando cheguei à mesa vi Simon devorando o seu

segundo pão. -Bom dia Simon. – respondi. -Bom dia Emma – ele disse carinhosamente. – pronta

para o primeiro dia de aula? -Não e você? – perguntei já sabendo a resposta, ele

tinha contado ontem. -Sim. – ele disse

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-Emma, preciso que você leve o seu irmão para a escola. – ela disse colocando café na minha xicara e sentando na cadeira ao lado da minha.

-Ué, mas você não disse que você o levaria? – perguntei achando estranho, ela me dissera que iria levar porque meu irmão estuda numa escola diferente da minha e assim fica difícil toda manhã eu levar ele.

-As coisas mudaram, o novo emprego que eu estou prestes à entrar marcou a entrevista agora 6h30, estou um pouco atrasada ainda nem tomei banho, por isso preciso que você o leve, afinal a escola dele não é muito longe da sua. – ela disse partindo o seu pão ao meio e colocando manteiga rapidamente.

-Ok, boa sorte na entrevista. – eu disse partindo meu waffle no meio e comendo-o aos pouco.

-Obrigada filha.

* * *

No corredor do terceiro andar do apartamento vi quatro portas que deveria passar até a escada. A primeira porta morava a minha vizinha, Ofélia, ela é tipo que... “maluca”. No segundo dia que ficamos aqui ela convidou a gente para a casa dela, para nos conhecer melhor. O quarto dela é cheio de tralhas que pareciam de magia, anjos de porcelana que dão muito medo e muitos cordões com símbolos estranhos. Quando ela ofereceu um bolo minha mãe não me deixou comer, ela disse que poderia estar envenenado, então não comi, minha mãe podia estar mesmo certa.

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Levei um susto quando a porta do quarto dela abriu, ela tem pele negra e cabelos longos e enrolados, como se fossem enfeites, aparentava cinquenta anos e tinhas olhos pretos como a escuridão. Seus olhos me encaravam com um brilho que nem eu mesmo consegui descrever, sua cara parecia que estava sempre com sono, mas mesmo assim me cumprimentou enquanto eu esperava Simon sair.

-Bom dia Emma. – ela disse com seu tom de voz estranho.

-Bom dia... Senhora... Ofélia. – eu disse gaguejando. -Gostou da nossa cidade? – ela perguntou -Sim... Sim... Gostei, é claro! Por que eu não gostaria?

– respondei ainda gaguejando e dando um riso falso no final. Ela parecia desconfiada, eu só a observei com medo de que ela me atacasse.

-Não se preocupe senhorita Emma, eu não mordo. – ela disse fechando a porta.

Quando Simon apareceu do meu lado e ao mesmo tempo fechando a porta de casa.

-O que aconteceu aqui? – ele perguntou -Nada apenas uma conversinha com a dona Ofélia. –

respondi.

* * *

Eram 6h10 quando sai de casa com a mochila nas costas e segurando a mão de Simon. A escola deve ficava dois quarteirões antes da minha, acho que isso facilitou

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bastante pra mim, se não chegaria atrasada no meu primeiro dia de aula.

-Pegou tudo? – perguntei -Sim, e você? -Também. Vem vamos. – disse pegando a mão dele e

seguindo em frente. A floresta estava a uns poucos quilômetros de

distância entre mim e Simon. Ele olhou para trás e olhou para mim.

-Essa floresta me dá medo até de dia. – ele disse Eu ri. -Vai se acostumando moramos bem perto dela. -É eu sei, eu vou me acostumar... – ele continuou

olhando para trás.

* * *

Quando cheguei à porta da escola de Simon dei um abraço nele e desejei boa sorte, ele disse que não precisava já que conhecera a metade dos alunos de sua classe antes das aulas começarem, afinal é uma cidade pequena, qualquer morador novo conhece a população toda em menos de uma semana, e já que Simon é um garoto bem “Sherlock Holmes” já conhecera todos.

Eu não. Eu só vi dois garotos que aparentava a mesma idade

dele abraçando ele na entrada, uns diziam: “E aí cara”, “Nós vemos de novo”, papo de meninos, e então não o vi mais. Olhei para frente, suspirei bem forte e continuei a caminhar em direção a minha escola.