amigos da escola - a arte é de todos

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A ARTE É DE TODOS ARTES DO FESTEJAR E B RINCAR

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Page 1: Amigos da escola - A arte é de todos

A A R T E É D E T O D O S

ARTES DO FESTEJAR

E BRINCAR

Page 2: Amigos da escola - A arte é de todos

S U M Á R I O

1DE FESTAS, JOGOS E DANÇAS E

OUTRAS ARTES DO POVO

2FESTA, DANÇA,

FOLGUEDO E BRINCADEIRA:QUAL A DIFERENÇA?

4A COMUNIDADE TAMBÉM É FESTA

10PARA BRINCAR NA ESCOLA

Page 3: Amigos da escola - A arte é de todos

DE FESTAS, JOGOS, DANÇAS

E OUTRAS ARTES DO POVOFestas, danças, folguedos, brincadeiras, tocadores e

cantorias! Você está vendo os movimentos ritmados, as

vestimentas coloridas? Olhe só: lá vem o Reisado dançando

e cantando pela rua, festejando o Natal e a visita dos três

Reis Magos ao Menino Jesus. Você está escutando? Ouça o

som da sanfona, do tambor, da viola, do zabumba e dos

pandeiros. Vamos? Vamos também dançar e cantar!

Se você, Amigo(a), ainda não perdeu o gosto de brincar,

traga a alegria – que é sal e é sol – para temperar e

iluminar a vida da escola.

Este caderno vem para lembrar que brincadeira é coisa

séria: quem está relaxado e alegre aprende melhor do que

quem está triste (isso quem diz é a Ciência!). Felizmente,

nada consegue convencer crianças e jovens a desistir de

brincar. Muitos adultos também conservam a sabedoria

de brincar e participar de danças e folguedos. Estes, em

sua maioria, ocorrem nas festas populares tradicionais,

como as Festas Juninas, o Carnaval, o Natal e outras mais.

Percorrendo as páginas que seguem, você verá que o

festejar e o brincar podem trazer ensinamentos preciosos

às crianças e jovens, tornando a escola mais cheia de

movimento, riso e aprendizagem.

No Capítulo 1, descubra adiferença entre festa, dança,folguedo e brincadeira.

No Capítulo 2, conheça umpouco sobre algumas dasfestas, folguedos e dançasque dão brilho e significadoao cotidiano de brasileiros ebrasileiras.

No Capítulo 3, veja comoorganizar brincadeiras efestas que podem colocarmais brilho, significado ealegria no cotidiano da escola.

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Page 4: Amigos da escola - A arte é de todos

FESTA, DANÇA, FOLGUEDO EBRINCADEIRA: QUAL A DIFERENÇA?

1 Consulte o fascículo “As Artes doPovo” para saber mais sobre culturapopular tradicional/folclore e suasrelações com a chamada “culturaerudita”

As festas tradicionais sãoreuniões comemorativas, queunem a comunidade nacelebração de algum eventoimportante, geralmenteligado a datas marcantes docalendário católico. Nelas épossível identificar antigoscostumes e tradições dasculturas européias,misturados com elementosdas culturas africana eindígena e de outros povosque vivem em nosso país.O Natal, o Carnaval e osSantos Padroeiros do mês dejunho são motivos de festaem todas as regiões do País,mas há também festas locais,de acordo com a tradição decada cidade ou estado, comoa Festa do Senhor do Bonfim,em Salvador, ou o Círio deNazaré, em Belém. Nasfestas, em geral, além decomes-e-bebes, há folguedose/ou danças.

Certas manifestações da

cultura popular tradicional

brasileira1 – do nosso

folclore –, como as festas,

os folguedos, as danças e as

brincadeiras infantis, têm o

poder de unir as pessoas e

fazê-las experimentar uma

sensação de felicidade que

só a combinação de

movimento, imaginação e

proximidade/cumplicidade

com o outro pode

proporcionar.

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Page 5: Amigos da escola - A arte é de todos

Quem vai às festas juninas doEstado do Maranhão costumapresenciar o Bumba-meu-Boi:um folguedo que poderíamoschamar de folguedodramático, pois tem partesteatralizadas (dramáticas) ediversas músicas e danças.Os folguedos, como o Bumba-meu-Boi, a Folia de Reis, oPastoril e outros, sãorealizados sempre em grupo eincluem, além de música edança, a presença simbólicade alguns personagens.

Em festas populares, gentede todas as idades se misturana brincadeira. Em algumasregiões de nosso território,os participantes de folguedospopulares são chamados“brincantes”, como é o caso

mula. Por outro lado, empinarpapagaio é brincadeira quemuito adulto adora e sepermite fazer.

dos “brincantes” do Maracatude Pernambuco.

Em outras festas, nãoaparecem folguedos. Quandohá danças, estas podem serdançadas individualmente,aos pares ou em grupo.O samba, o coco, o baião,o frevo, por exemplo,são somente danças,não apresentando aspectodramático, e animam asfestas populares,principalmente no Nordeste.

Há algumas brincadeirastradicionais que “gentegrande” não costuma praticar:adultos podem morrer devontade, mas dificilmentejogam bolinha de gude oupulam carniça, tambémconhecida como unha-de-

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Page 6: Amigos da escola - A arte é de todos

A COMUNIDADE

TAMBÉM É FESTACrianças e jovens da escola e da comunidade precisam tera oportunidade de dançar, festejar, brincar junto aos gruposque festejam, brincam e dançam, aprendendo a convivernum clima de igualdade e harmonia. Além disso, podemaprender mais sobre o histórico dos folguedos, danças efestas da cultura popular tradicional de sua região e daspessoas que se destacaram no festejar, dançar e participar

de folguedos.

Uma dica é começar formando um grupo de interessados

em saber mais sobre a nossa cultura popular tradicional.

Se houver vídeo na escola, programe uma série de

apresentações sobre manifestações da cultura popular

tradicional brasileira.

Motive o grupo a conhecerum pouco mais sobre asmanifestações tradicionaisdas quais costumamparticipar. Você pode, porexemplo, mostrar o mapa queacompanha o conjunto destescadernos, no qual estãorepresentados folguedoscomo Boi-Bumbá, Maracatu,Cavalhada, Congada e dançascomo a Chula. Coloque osparticipantes em roda e peçapara que falem sobre quaisfestas, folguedos e dançaseles conhecem. Dê um tempopara que todos falem.

FESTAS:Natal

Principal festa docristianismo, o Natal celebrao nascimento de Jesus e aconfraternização entrepessoas e nações.

Fazem parte dascomemorações do Natal, emvárias regiões do Brasil,folguedos cujos personagensestão ligados às tradiçõesnatalinas, como o Pastoril, oReisado e a Folia de Reis.Mas também podem serapresentados em festasnatalinas o Bumba-meu-Boi,a Marujada e a Congada,embora não tenham relaçãodireta com o tema Natal.

Esses folguedos também sãochamados de Autos, “formateatral de enredo popular,com bailados e cantos,tratando de assunto religiosoou profano, representadosno ciclo das festas de Natal”(Luís da Câmara Cascudo,Dicionário de Folclore,

Ed. Itatiaia, 1993).

Em seguida, se o grupomanifestar curiosidade, leiaem voz alta (ou comente comsuas próprias palavras) asfestas, folguedos e dançasdescritas neste caderno. Nãotudo de uma vez, é claro! Sigao ritmo dos participantes.Pare depois da descrição decada festa, folguedo ou dançapara fazer perguntas ao grupo,como: Em nossa cidade,existe essa festa ou folguedo?Como fazemos aqui? Alguémjá participou dessa festa oufolguedo ou a presenciou, emoutro lugar? Como é lá? Queoutras festas, folguedosdanças e brincadeiras existemem nossa comunidade?

FolguedosSão apresentações presentes nas festas populares que

reúnem dança, música e atividade teatral.

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Page 7: Amigos da escola - A arte é de todos

CarnavalNa origem do nosso Carnavalestão as festas realizadas naAntigüidade, como asSaturnálias de Roma e asBacanais gregas. O Entrudo,uma reminiscência dessasfestas, chegou ao Brasil noséculo XVII, trazido pelosportugueses. Consistia embrincadeiras de rua nas quaisse jogavam água, farinha detrigo, polvilho, sujando aspessoas. Os que ficavam emcasa também participavamatirando água (muitas vezessuja) nos que passavam.A festa acontecia no períodoanterior à Quaresma, que areligião católica destina àpenitência, e simbolizava ummomento de libertação ealegria, antes da Quarta-Feirade Cinzas...

A partir do século XIX, sobinfluência dos carnavais daEuropa, principalmente daItália e da França, algunsbrincalhões passaram a usarfantasias, representandopersonagens como aColombina, o Pierrô, o ReiMomo, ao participarem dosbailes de máscaras. A partirde então, o Carnaval seespalhou por todo o País.

Alguns vídeos interessantesCARAVANA FARKAS – SÉRIE COM 8 PROGRAMASRealização: Thomas Farkas, Brasil• Viagem pelo Brasil registra diferentes aspectos da cultura

popular.

CARNAVAL: MARACATUS E CABOCLINHOSRealização: Fundação Joaquim Nabuco / MEC. Brasil, 1996• A preservação de tradições carnavalescas em Pernambuco,

investigadas nas origens de suas danças e festividadescomo o Caboclinho.

CICLO NATALINO – EM DUAS PARTES, DA SÉRIEBRINCANTES NORDESTINOSRealização: Fundação Joaquim Nabuco / MEC. Brasil, 1996• Manifestações da cultura tradicional, como o Mamulengo e

o Bumba-meu-Boi, realizadas em Pernambuco no períodode 24 de dezembro a 6 de janeiro – o chamado ciclonatalino. Entre os temas, destacam-se a influência ibérica eo papel dos brincantes e cantos populares.

FESTA DE IEMANJÁ – DA SÉRIE FESTAS POPULARESRealização: Ministério da Cultura. Brasil• Fotógrafo registra os preparativos da festa de Iemanjá e

acompanha os rituais que antecedem a procissão do dia 2de fevereiro, no Rio Vermelho, bairro de Salvador, Bahia. Eleencontra uma festa de grande apelo popular, marcada pormais de 100 anos de fortes tradições de fé.

FESTA DE PARINTINSRealização: TV Amazonas, Brasil• Marcas das culturas portuguesa, indígena e africana na

festa amazônica de Parintins (AM). A cultura tradicional daregião pode ser reconhecida no material utilizado paraconfeccionar as fantasias, na música e na rivalidade entre osdois bois-bumbá.

FESTA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS DO SERRORealização: IPHAN / MINC. Brasil, 1995• Documentário sobre festa religiosa na cidade do Serro,

interior de Minas Gerais, marcada por várias influênciasculturais e raciais. O programa mostra a preparação dafesta, o papel das Irmandades e dos juízes, e o processo deescolha e coroação de seus reis e rainhas.

FOLIA DE REISRealização: TV Maxambomba. Brasil, 1990• Documentário que conta a origem da festa de Folia de Reis,

na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Analisa suaimportância social e histórica, e a influência que exercesobre outras manifestações culturais, mostrando aorganização e o trabalho de um grupo de reis.

LÁ VEM O FREVORealização: Massangana Multimedia Produções. Brasil• As origens do frevo, dança da cultura tradicional de

Pernambuco, influenciada por paradas militares eprocissões religiosas.

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Page 8: Amigos da escola - A arte é de todos

A quadrilha, dança típica dasfestas juninas, tem origembem mais recente que asfogueiras: era dançada nasCortes européias do séculoXIX.

De acordo com a tradição,os santos de junho ajudam aarrumar bons casamentos.É a época de fazer pedidosa eles, com diversas“simpatias” que ajudam,dizem, a realizar os desejosdos apaixonados. Comidastípicas, danças, brincadeirase folguedos animam a festa.O Bumba-meu-Boi costumaacontecer, em várias partesdo País, por ocasião das festasjuninas. As de Caruaru, emPernambuco, e de CampinaGrande, na Paraíba, estãoentre as maiores e mais belasdo Brasil, com a presença devioleiros, repentistas epoetas.

São João efestejos de junhoAs festas juninas acontecemem homenagem a três santos:Santo Antônio (dia 13),São João (24) e São Pedro (29).A tradição vem dos temposantigos, quando se celebrava,na Europa, a época da colheita,o renascimento da vegetaçãodepois do inverno eacendiam-se fogueiras. O querestou disso foi o costume deacender fogueiras.

Em 1928, sai a primeiraescola de samba do Rio deJaneiro, criação, entre outros,do sambista Ismael Silva,chamada “Deixa Falar”.Daí em diante, com odesenvolvimento das escolasde samba, o Carnaval cariocapassa a ser conhecido efamoso no mundo inteiro.Mas o Carnaval não éfestejado da mesma formapelo Brasil afora. A tradiçãodo Carnaval de rua, do qualtodos podem participar, aindase mantém. É o caso deSalvador, por exemplo, pormeio dos blocos de rua e dostrios elétricos, e das cidadesde Recife e Olinda, por meiodo Maracatu e do Frevo.

No Carnaval de Salvador, éfamoso o afoxé baiano, quesão grupos de pessoaspertencentes, na maioria, àcrença religiosa do candomblée que desfilam nas ruascantando músicas do dialetode origem nagô (africano),com acompanhamento deinstrumentos de percussãocomo o afoxé. O Afoxé Filhosde Gandhi é dos maisconhecidos.

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Page 9: Amigos da escola - A arte é de todos

Folguedos

Bumba-meu-Boi,Boi-Bumbá, Boi-de-Mamão, Boi TingaO folguedo do boi é umadança dramática popular queencena histórias engraçadas eirônicas, em que a figuraprincipal é o boi. O folguedodo boi chegou até nós pormeio de costumesportugueses como o Touro deCanastra, Tourinhas, emPortugal do século XVI.

Este folguedo conta asaventuras de um boi, quemorre e é ressuscitado, comvários outros personagens: ofazendeiro, o vaqueiro, a mãeCatirina, o marido PaiFrancisco, que é vaqueiro,o padre, e outros mais,dependendo da região ondeacontece.

Manifesta-se de váriasformas, dependendo daregião. Assim é que temos,por exemplo, em SantaCatarina, o Boi-de-Mamão;no Amazonas, em Parintins, oBoi-Bumbá; no Pará, em SãoCaetano de Odivelas, o BoiTinga: um boi de orquestraque tem como instrumentosbanjos, trombrones,trompetes, cuícas, curimbóse saxofones. Brincando, o boidiverte o povo, afasta osatrevidos, avança em direçãoaos foliões.

Senhor do Bonfim

Círio de NazaréEssa festa é uma das maioresmanifestações da fé católicano Brasil, onde, desde 1793,se homenageia a padroeira doPará, Nossa Senhora deNazaré. Há procissões quefazem o translado da imagemde Nossa Senhora entreigrejas. Prédios e barcos sãoenfeitados com bandeirinhas,balões e bexigas para celebraro aparecimento da imagem deNossa Senhora no local ondeé hoje a Basílica de Nazaré,em Belém.

Festas indígenasOs povos indígenas que aindaexistem e resistem em todasas regiões do País organizamvárias festas, jogos e rituaisreligiosos durante o ano, commúsicas e danças adequadosa cada situação, marcandonascimentos, mortes,casamentos, fim daadolescência... De modo geral,todos os grupos indígenas usammáscaras em algumas danças.

Assim é que temos máscarasdos Tukuna, dos Tapinaré, dosKanela e dos Bakairi.

A festa acontece em Salvador,na Bahia, no segundodomingo após o dia de Reis, eé um exemplo do sincretismo

religioso do Brasil, ou seja, damistura de crenças e práticasreligiosas distintas. No caso,a mistura se dá entre aspráticas da religião católicacom as do candomblé. Incluinovenas, missas,barraquinhas de comida,danças e a lavagem dasescadarias da Igreja doSenhor do Bonfim por afro-brasileiras vestidas a caráter,como “baianas” de branco.O povo identifica o Senhor doBonfim com Oxalá, o maiorde todos os orixás. Os orixássão divindades da religiãoiorubana, que chegou aoBrasil com as pessoasescravizadas da costaocidental da África. Sãoconsiderados intermediáriosentre os devotos e aDivindade Suprema.

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Page 10: Amigos da escola - A arte é de todos

Caboclinhos ou

cabocolinhos

São grupos fantasiados deindígenas, com pequenasflautas e preacas, quepercorrem as ruas nos dias doCarnaval, nas cidades doNordeste do Brasil. Segundoo folclorista Luís da CâmaraCascudo, é uma lembrança dotempo em que índios aliadosdos brancos, nos primeirostempos da colonização,apresentavam suas danças aeles, nos dias de festa militar.

Cavalhadas

Esse folguedo aconteceprincipalmente nas regiõesSudeste e Centro-Oeste, naépoca da Festa do Divino, quecomemora a descida doEspírito Santo sobre osapóstolos de Cristo cinqüentadias depois do Domingo dePáscoa. Lembra os torneiosmedievais e as batalhas entrecristãos e mouros na Europa.Seu enredo é baseado numlivro muito antigo, Carlos

Magno e os Doze Pares de

França, que reúne históriasfantásticas sobre o rei francêsnascido em 742, que lutoucontra os muçulmanos

(chamados mouros) e reuniusob sua coroa quase toda aEuropa cristã e ocidental.Os personagens, montadosa cavalo e armados comlanças e espadas,representam os mouros(vestidos de vermelho) eos cristãos (de azul).

Congada

Maracatu

Folguedo que surgiu na épocada escravidão e hoje é umadas grandes atrações doCarnaval, principalmente emPernambuco. Seuspersonagens principais são orei, a rainha e a dama do paço(palácio), que carrega umaboneca, a calunga. Vestidoscom fantasias enfeitadas delantejoulas, fitas e cocares,os brincantes dançam ao somde instrumentos de percussãocomo agogô, chocalhos etambores.

Representa a coroação de reisafricanos. Na época colonial,esse folguedo era encenadopor escravos. Acontece nasfestas de Nossa Senhora doRosário – padroeira dosescravos –, de São Benedito,São Sebastião e de SantaEfigênia, principalmente noVale do Paraíba, São Paulo, eem Minas.

Guerreiros

Costuma aparecer namesma época do ciclo doNatal, especialmente emAlagoas. Os grupos deguerreiros usam chapéusmaravilhosos imitandocatedrais, coroase tiaras. Pode ter muitosoutros personagens, comorei, rainha dos guerreirose rainha da nação, sereia,palhaços, índio... e o boi.

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Page 11: Amigos da escola - A arte é de todos

Quem/O que procurar para

saber mais sobre cultura

popular tradicional/

“folclore” da localidade

• pessoas mais velhas eestudiosos;

• grupos de cultura tradicional“folclóricos” da região;

• livros, revistas, jornais,cordel;

• biblioteca, documentos;

• arquivos da igreja, daprefeitura, de associações;

• arquivos pessoais delíderes dos grupos defolguedos, de danças e defesteiros (cartas, fotos...);

• arquivos de fotografias;

• rádio local e/ou regional;

• programas televisivos commatérias sobre sua região.

Marujada Algumas DançasFolclóricas• Carimbó: ritmo típico da

região Norte, em especialdo Pará, com tambor, reco-reco e cordas.

• Chula: pode ser canto oudança. Enquanto bailado,a chula é dançada no RioGrande do Sul, depreferência por homens.A coreografia é bem difícil:haja ginástica!

• Fandango: dança praticadano Sul e Sudeste do País,especialmente no litoral,com coreografias quepodem variar, formandorodas ou pares dedançarinos. Oacompanhamento é feitopor instrumentos comoviola, rabeca, pandeiro esanfona. (Fandango étambém o outro nome dofolguedo Marujada).

• Frevo: dança tipicamentenordestina, em quemultidões decarnavalescos parecem“ferver”, com passosderivados da capoeira.

Reisado

Relembra as vitórias dosportugueses sobre os mourosna Idade Média e asdescobertas das novas terraspelos navegantes. Osparticipantes se fantasiam demarinheiros – há personagenscomo o almirante, o capitãoinglês, os mouros e oscristãos.

Pastoril

Esse Auto de Natal vem daEuropa medieval. O tema é oaviso do anjo aos pastores,anunciando o nascimento doMenino Jesus. Aspersonagens principais são aspastoras, divididas em duasfilas ou cordões, o azul e oencarnado (vermelho),tocando pandeiros enfeitadoscom fitas. Estrelas, anjos,borboleta e palhaço tambémfazem parte da representação,que inclui dança e cantorias.

Também originário dostempos medievais da Europa,em Portugal, o Reisado é umfolguedo dramático, que,lembrando a viagem e a visitados Reis Magos ao MeninoJesus, apresenta episódiosdiversos, com personagenscomo a rainha, o mestre, ocontramestre, a sereia, oíndio, que se diferenciamdependendo do grupo e dolocal onde acontece. Essefolguedo é encontradoprincipalmente no Nordeste.

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Page 12: Amigos da escola - A arte é de todos

PARA BRINCAR NA ESCOLA

ATIVIDADE 1O Jogo dos 12QuartetosEste jogo, que pode serjogado por grupos de 3 a 6participantes, é formado por48 cartas, cada uma contendoa reprodução de um selobrasileiro com arepresentação de umamanifestação de nossofolclore. Estes selos poderãoser encontrados nas agênciasdos Correios, com o setor deFilatelia. As 48 cartelas sedividem, por temas, em 12quartetos, conforme página12. Cada quarteto é formadopor 4 cartelas com os nomesdas cartas que compõem oquarteto. Veja, a seguir, oobjetivo do jogo, comoconstruí-lo e jogá-lo.

Objetivo: Familiarizar-se comvárias manifestações de nossacultura popular tradicional,no que se refere a festas,danças e folguedos,brincando, pesquisando erecolhendo selos.

Etapa 1 – Preparar...

Atenção: A título deilustração, vamos trabalharpasso a passo o Quarteto 1,Brinquedos Infantis,lembrando que os outrosquartetos constantes napágina 12 seguem o mesmoprocedimento.

• Digitar ou datilografar ostítulos de cada um dos 12quartetos:1. Brinquedos infantis;2. Tocar, cantar e dançar;3. Fandango;4. Máscaras de danças e

festas de culturasindígenas;

5. Folguedos brasileiros;6. Manifestações

folclóricas;7. Folguedos e danças;8. Festas populares

tradicionais;9. Festas e sincretismo

religioso;10. Carnaval brasileiro;11. Carnaval: diferentes

tempos e lugares;12. Festa de Natal:

presépios.

Material: Cópia xerox (depreferência colorida) dosselos; folhas de papel cartão,cartolina ou outro papel bemencorpado; papel contacttransparente; cola, tesoura,lápis, borracha, régua.

Procedimento:

Construindo as cartelas

dos quartetos

Esta parte pode ficar a seucargo, ou da pessoa queestiver coordenando aatividade, com a ajuda dealgum outro jovem ou adultoda escola e comunidade.

Você irá montar 12 quartetosou conjuntos de 4 cartelas,com nomes de manifestaçõesfolclóricas, que serão usadaspara jogar. Assim: oquarteto 1, BrinquedosInfantis, será formado pelasseguintes cartelas:

1 Peteca2 Pião3 Boneco de pau4 Boneca de pano

Cada cartela será ilustradacom a xerox do selocorrespondente.

Para dar tudo certo, bastaseguir esse passo-a-passo:

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Page 13: Amigos da escola - A arte é de todos

• Digitar ou datilografar osnomes que identificam aimagem de cada uma dascartelas, com letrasmaiúsculas (a relação dosnomes está no Quadro 1,abaixo dos títulos dosQuartetos), acompanhadosdos nomes, emminúsculas, das imagensdas outras três cartelas.Os nomes da primeiracartela do Quarteto 1,Brinquedos Infantis, porexemplo, ficariam assim:

PETECAPiãoBoneco de PauBoneca de Pano

• Com lápis e régua, traçarno papel encorpado 48cartelas. Cada uma terá aseguinte dimensão:7 cm x 10 cm;

• Fazer, dentro de cadacartela, um retângulo de5 cm de largura x 6 cm dealtura, conforme modeloabaixo:

• Recortar, uma por uma, asxerox dos selos;

• Separar as cartelas dequatro em quatro e colaros títulos de cada quartetona parte superior dascartelas;

• Colar um selo em cadacartela, dentro dosretângulos;

• Escrever em cada cartelao nome do quarteto(Brinquedos infantis),o nome do selo coladoem letras maiúsculas(PETECA) e os nomesdos demais selos quecompõem o quarteto, emletras de tamanho reduzido(Pião, Boneco de pau eBoneca de pano), assim:

1. Brinquedos infantis

1. Brinquedos infantis

PETECAPião

Boneco de pauBoneca de pano

PIÃOPeteca

Boneco de pauBoneca de pano

• Passar papel contact nafrente e no verso dascartelas;

• As outras cartelas seguema mesma seqüência.

AtençãoPara melhor visualização dos selos, eles devem ser um pouco

ampliados em relação ao tamanho normal. Sugerimos dimensõessemelhantes às que a Revista COFI utiliza.

Além disso, na composição de quartetos, você poderá trabalhar otema “Criança e Cidadania”, utilizando os selos Amor e ternura,

Ingresso à escola, Brincar e Ser feliz. Também, “CampanhasEducacionais”, com os selos Qualidade do Ensino, Antidrogas, Dia

Mundial sem tabaco e AIDS.• Recortar cada uma das

cartelas;

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Page 14: Amigos da escola - A arte é de todos

Quadro 1 – Títulos dos quartetos e títulos das cartelas de cada quarteto1o quartetoBrinquedos Infantis

Peteca

Pião

Boneco de pau

Boneca de pano

2o quartetoTocar, Cantar e Dançar

Tocadores/viola

Tocadores/pífaros

Tocadores/berimbau

Tocador de pandeiro

3o quartetoFandango

Instrumentos

Casal

Grupo Musical

Fandango Paranaense

4o quartetoMáscaras de Danças e Festasde Culturas Índígenas

Máscara Tukuna

Máscara Tapinaré

Máscara Kanela

Máscara Bakairi

5o quartetoFolguedos Brasileiros

Cavalhada

Combate

Mascarados

Bumba-meu-Boi

6o quartetoManifestações Folclóricas

Congada (MG)

Frevo (PE)

Guerreiros (AL)

Dança gaúcha (1)

7o quarteto

Folguedos e Danças

Caboclinhos

Marujada

Reisado

Dança gaúcha (2)

8o quartetoFestas Populares Tradicionais

Festas/Caruaru

Festa/Campina

Carnaval (1)

Carnaval (2)

9o quartetoFestas e SincretismoReligioso

Bonfim

Orixá-Xangô

Orixá-Iemanjá

Orixá-Oxumaré

10o quartetoCarnaval Brasileiro

Bateria

Os Clóvis

Pierrô

Índio

11o quartetoCarnaval: Diferentes Tempos eLugares

Boneco (PE)

Trio Elétrico (BA)

Escola de Samba (RJ)

Carnaval carioca

12o quartetoFesta de Natal: Presépios

Natividade

Juazeiro

São José dos Campos

Taubaté

1. Brinquedos infantis

BONECO DE PAUPetecaPião

Boneca de pano

1. Brinquedos infantis

BONECA DE PANO

PetecaPião

Boneco de pau

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Page 15: Amigos da escola - A arte é de todos

ATIVIDADE 2

Brincadeiras noRecreio TambémObjetivo: Preparar um grupopara conduzir, no recreio ouem outras ocasiões,brincadeiras tradicionais comas crianças.

Execução:

• Reúna o grupo em círculoe peça que cada um fale dabrincadeira que maisgostava na infância.

• Folheiem livros com adescrição do passo-a-passode brincadeirastradicionais. Ouçam CDsou fitas com cantigas deroda. Selecionem as queacharem maisinteressantes. Estudem asregras e as etapas deexecução. Experimentemfazê-las em grupo.

• Façam, em conjunto, umalista de brincadeiras quepoderiam ser introduzidasna hora do recreio ou nosfins de semana. Algumassugestões:

� Brincadeiras e cantigas de

roda

Margarida

Uma menina de saia rodadafica ao centro e as outraspegam na barra da saia,formando uma roda. Dolado de fora uma outramenina dança e canta:“Onde está a margarida /Ô lê, ô lê, ô lá / Onde estáa margarida / Ô lê, seuscavaleiros”. Respondem asmeninas da roda: “Ela está

Etapa 2 – Jogar!

Material: 48 cartas, paragrupos de 3 a 6 pessoas.

Procedimento:

• Todas as cartas sãodistribuídas entre osparceiros, que devemorganizá-las procurandoformar os quartetosindicados nas própriascartas. Assim que oquarteto é formado, ele écolocado aberto na mesa.A partida se inicia com apessoa que estiver àesquerda de quem deu ascartas. Começa pedindo aqualquer dos participantesuma carta de que eleprecisa para ircompletando o quartetocom alguma carta que lhefalte. Se acertar, e o colegativer a carta, poderá pediroutra carta a outroparticipante, e assimsucessivamente até errar.

• O jogo continua com oparticipante que não tevea carta para dar ao colega.Vence quem conseguirformar o maior número dequartetos.

• Neste jogo são importantesa atenção e a memória,pois, pelas perguntas quecada um faz, os que jogampodem ir descobrindo comquem está(ão) a(s) carta(s)de que cada um precisa.

UMA PROPOSTA

PARA PENSAR:

O que você acha de

começar uma coleção

de selos?

Procure a agência de

Correios e/ou os

filatelistas da cidade.

Eles podem ajudar!

Agora, se você pode

contar com Internet,

navegue um pouco nos

sites cujo assunto é

Filatelia. Para iniciar

sua navegação,

seguem algumas

sugestões de sites:

www.correios.com.br/

filatelia/default.cfm

www.febraf.com.br

www.pasta-aberta.pt

web/afal/tematic.htm

www.abrafite.com.br

www.internet

shopping.com.br/spp

www.colecionismo.com.

br/filatelia

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Page 16: Amigos da escola - A arte é de todos

Leituras úteisVocê poderá encontrar o passo-a-passo de muitas brincadeirasinfantis em:Brincadeiras Cantadas (GARCIA, Rose M. Reis & MARQUES, LílianA. Braga. Porto Alegre: Kuarup, 1988)• São 61 “rodas cantadas” com desenvolvimento das

brincadeiras, letra e partitura das músicas de cada uma delas.

Jogos e Passeios Infantis (mesmas autoras, Porto Alegre: Kuarup,1989)• Apresenta diferentes modalidades de jogos com inúmeras

variantes (de correr e pegar, de arremessar e apanhar, de pular,caminhar, esconder...), fórmulas de escolha de colegas parabrincar; e passeios cantados, que têm como característicaavanços e recuos ao ritmo de música cantada pelas crianças.

Folclore Infantil (MELO, Veríssimo. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985)• Este livro reúne cinco publicações deste autor do Rio Grande do

Norte (professor universitário, pesquisador e estudioso dofolclore brasileiro): Acalantos (publicado em Fortaleza, em 1949,com cantigas de ninar), Parlendas (publicado em Natal, em1949), Adivinhas (publicado em Natal, em 1948), JogosPopulares (publicado na cidade do Porto, em Portugal, em1956), com descrição de jogos como amarelinha, gato-e-rato,passa-anel), Rondas Infantis Brasileiras (publicado em SãoPaulo, em 1953).

ATIVIDADE 3Dançando naEscolaObjetivo: Possibilitar quecrianças, jovens e adultos dacomunidade experimentemos ritmos e as dançaspopulares tradicionaisbrasileiras.

Execução:

• Localize pessoas da escolae da comunidade quesaibam dançar samba, baião,frevo, forró e outros ritmospopulares tradicionais.Convide-as a fazer partedo Projeto Amigos da

Escola, atuando comovoluntários instrutores dedança junto a grupos decrianças, jovens e adultos.

• Coloque à disposição dosvoluntários CDs e fitas dasmúsicas escolhidas eaparelho de som.

• Abra inscrições para asoficinas de dança edivulgue-as nas salas deaula e na comunidade.

• Apóie os voluntáriosdurante a realização dasoficinas.

ATIVIDADE 4Festa JuninaObjetivos: Aprender maissobre cultura populartradicional/“folclore”,organizando e realizando umaFesta Junina; divertir-secoletivamente, brincar eaprender muito nesta festa.

em seu castelo / Ô lê, ô lê,ô lá / Ela está em seucastelo / Ô lê, seuscavaleiros”. Canta a meninade fora da roda: “Mas euqueria vê-la / Ô lê, o lé, o lá/ Mas eu queria vê-la / Ô lê,seus cavaleiros”... E abrincadeira vaicontinuando.

Fui no Tororó“Fui no Tororó, beber águae não achei/ Achei belamorena, que no Tororódeixei./ Aproveita, minhagente,/ Que esta noite nãoé nada./ Se não dormiragora,/ Dormirá demadrugada...”

� Brincadeiras cantadascom movimentosritmados (“Escravos deJó”, “Pirulito que batebate”);

� E mais: fazer e soltarpipas/papagaios; Lenço-atrás; Amarelinha; Piquelatinha; Balança caixão;pular corda; brincar depeteca, boneca, boneco depau, pião, e tantas... tantasoutras mais.

• Dividam-se para ver quemvai conduzir quebrincadeiras. Cadavoluntário pode ficar comum grupo de 10 a 15crianças.

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Confira também esses CDsCD-ROM

EBCT. Brasil em selos: selos postais do Brasil. Rio de Janeiro:EBCT, [s/d].

CDs

BRINCADEIRAS DE RODA: ESTÓRIAS E CANÇÕES DE NINARCanto: Solange Maria / Antonio Carlos NóbregaNarração: Elba RamalhoObras do folclore recolhidas por: C. Esther Pedreira de CerqueiraGravadora: Eldorado / LP: 1983 – CD: década de 1990

BRINCANDO DE RODAInterpretação: Solange Maria e Coral InfantilGravadora Eldorado / LP: 1984 – CD: 1997O encarte traz letra e o desenvolvimento das brincadeiras.• Este disco foi produzido com base no livro Brincando de Roda

de Íris Costa Novaes, Editora Agir.

CANTIGAS DE RODASelo: Palavra Cantada – outubro / 1998• A partir de canções e parlendas da música tradicional popular,

este CD produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit traz diferentesarranjos e interpretações de vários autores.O encarte traz as letras das canções, os intérpretes e os autoresdos arranjos feitos nas músicas de domínio público que estãoneste CD.

BOI DE NINA RODRIGUES / VAQUEIRO ERRANTEMultimix Produções FonográficasPrefeitura de NINA RODRIGUES / MARANHÃO

BRAGANTINIDADE / BICENTENÁRIO DA MARUJADADE SÃO BENEDITOGravado e Mixado no Studio Midas / BELÉM – PA

COLEÇÃO ITAÚ CULTURALDocumentos Sonoros Brasileiros Acervo Cachuera (3 CDs)• Congado Mineiro• Batuques do Sudeste• Segredos do Sul

(Os encartes que acompanham cada um destes CDs trazem ricamatéria sobre cada um deles.)

VEREQUETEProjeto Uirapuru / O canto da Amazônia – V. 4Governo do Estado do Pará / SECULT / PA, 1995Apoio Cultural: Fundação Rômulo Maiorana / MinC(Carimbó do Mestre Verequete)

Preparação:

A preparação poderá estender-se por um período de 4 a 6semanas. O planejamentopode envolver direção,professores, Grêmio e APM.

• Convide um grupo deadolescentes, jovens e

adultos da escola e dacomunidade para preparara Festa Junina maisinteressante e divertidaque a escola já viu.Converse um pouco sobreas origens e o sentido daFesta Junina.

• Divida o grupão em

equipes, de acordo com osinteresses dosparticipantes:� Danças� Folguedos� Brincadeiras� Simpatias e Adivinhas� Culinária Típica� Música� Divulgação e Registro

O grupo de Danças seráresponsável por:

• pesquisar a origem daquadrilha, com auxílio dosprofessores de História eLiteratura.

• descobrir o CD com a letrae a música que pretendemcantar e dançar.

• ensaiar os passos daquadrilha, com auxílio dosprofessores de EducaçãoFísica e Arte e pessoas dacomunidade.

• criar uma dramatizaçãopara culminar nocasamento caipira.

• criar figurinos e adereços.

O grupo de Folguedos seráresponsável por:

• escolher um folguedo quegostariam de apresentar nafesta.

• pesquisar sobre ele.

• distribuir os personagens.

• criar os figurinos eadereços, com apoio depessoas da comunidade edos professores de Arte.

• ensaiar o folguedo a serapresentado.

O grupo de Brincadeiras seráresponsável por:

• escolher as brincadeiras

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que vão organizar com ascrianças.

• elaborar e ilustrar umlivreto com as brincadeirasinfantis escolhidas.

• pesquisar sobre a origemde cada uma delas.

• providenciar o materialnecessário.

O grupo de Simpatias eAdivinhas irá:

• pesquisar sobre asprincipais superstições,simpatias e adivinhasligadas aos festejos juninos.

• elaborar e ilustrar umlivreto com as principaissuperstições juninas.

• solucionar as adivinhas.

O grupo de Culinária Típicairá:

• pesquisar sobre as comidase bebidas típicas de junho.

• elaborar um livro dereceitas ilustrado com asmelhores receitas.

• fazer as receitas, com aajuda de pessoas dacomunidade, e vender oproduto nas barracas.

O grupo de Música irá:

• selecionar músicascaipiras ou de outro estiloregional a seremapresentadas.

• formar duplas e conjuntoscaipiras ou de outro estiloregional para se apresentarna festa.

• convidar duplas e trios dalocalidade para a festa.

• providenciar instrumentose aparelhos de som.

O grupo de Divulgação eRegistro irá:

• elaborar cartazes e convites.

• registrar os preparativosda festa e a sua realização,usando máquinafotográfica ou vídeo.

• preparar uma exposiçãosobre o evento.

Mas, antes, veja só! Escute:

“Ponham seus ouvidos

no coração do povo.

Estão ouvindo?

São pés catereteando no chão,

membranofônicos, batidos,

toques de viola, cantos de ciranda,

cochilo de lendas, acalantos,(...)

cantorias, bailados e danças,

carreiras de cavalos, cavalhadas,

rendas, fitas, touradas,

São Benedito, Santo Antônio,

São Pedro, São Gonçalo, São João,

Festa, festaria, festanças,(...)”

ALCEU MAYNARD ARAÚJO

INFORMANDO

Revista COFI: publicaçãogratuita, editada pela EmpresaBrasileira de Correios eTelégrafos.Edital: publicação da EmpresaBrasileira de Correios eTelégrafos, impressa por ocasiãoda emissão de cada série deselos. Traz várias informaçõessobre a série e textos sobre osselos.

Execução:

Cada equipe se encarrega dosucesso de sua parte da festa.

Depois...

Reúna-se com o grupo paraavaliar o que aconteceu ecelebrar o sucesso.

Convide os que não puderamcomparecer à festa paravisitar a exposição com asfotos, os adereços produzidos,os livros de receitas,brincadeiras e simpatias/adivinhas.

Com a nossa conversa,puxamos o fio da meada.

Agora, é hora de começar!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMANAQUE ABRIL BRASIL 2001. São Paulo:Abril, 2001.

ALVARENGA, Oneyda. Música popular brasileira.São Paulo: Duas Cidades, 1982.

ANDRADE, Mário. Dicionário musical brasileiro.São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros daUSP/ Edusp,1989.

ARAÚJO, Alceu Maynard. Poranduba paulista –festas. São Paulo: Escola de Sociologia e Políticade São Paulo, 1957.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclorebrasileiro. 9. ed. Rio de Janeiro, São Paulo:Ediouro: [s/d].

COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo arte.São Paulo: Ática, 2000.

EDITAIS DE EMISSÃO DE SELOS.Departamento de Filatelia da ECT. Rio deJaneiro: EBCT, 1972 a 2000.

GARCIA, Rose M. Reis & MARQUES, Lílian ABraga. Brincadeiras Cantadas. Porto Alegre:Kuarup, 1988.

HORTA, Carlos Felipe de Melo Marques (Org.). Ogrande livro do folclore. Belo Horizonte: Leitura,2000.

IKEDA, Alberto.Caderno... CENPEC 2001

KATZ, Helena e outros. Danças popularesbrasileiras. São Paulo: Rhodia, 1989.

LIMA, Rossini Tavares de. Folclore das FestasCíclicas. São Paulo, Irmãos Vitale, 1971.

MELO, Veríssimo. Folclore Infantil. BeloHorizonte: Itatiaia. 1985.

MEYER, Rolf Harold. Catálogo de selos do Brasil:de 1843 a 2000. São Paulo: RHM, 2001.

MORAES FILHO, Alexandre José de Melo. Festas etradições populares do Brasil. Belo Horizonte:Itatiaia, 1999.

NOVAES, Íris Costa. Brincando de roda. Rio deJaneiro: Agir, 1986.

PARÁ. SECULT. Festas e fotos: o sagrado e oprofano através do olhar. Belém: SECULT, 1999.

REVISTAS COFI/CORREIO FILATÉLICO.Departamento de Filatelia da DiretoriaComercial da ECT. Rio de Janeiro: EBCT, 1977 a2000.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história damúsica popular. São Paulo: Art Editora, 1991.

A ARTE É DE TODOS

AMIGOS DA ESCOLA

Realização

Um projeto Rede GloboDiretoria de Projetos SociaisCentral Globo de Comunicação

Elaboração

Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária

Direção-presidência Maria Alice Setubal

Coordenação Geral Maria do Carmo Brant deCarvalho

Coordenação Técnica Isa Maria F. R. Guará

Coordenação de Projeto Alice Lanalice

Comitê Editorial Jorge Miguel MarinhoSônia Madi

Consultoria em Cultura Alberto T. IkedaPopular

Consultoria Pedagógica Madza Ednire Edição (CECIP – Centro de Criação

de Imagem Popular,RJ)

Textos Originais

Com vocês: As Artes Sônia MadiArtes da palavra Jorge Miguel MarinhoArtes da luz Maria Terezinha T. GuerraArtes do som Marisa Trench O. FonterradaArtes da representação Alexandre Luiz MateArtes do festejar e brincar Iveta Maria B. Á. FernandesArtes do povo Tônia B. Frochtengarten

Revisão Sandra Aparecida Miguel

Edição de Arte Eva P. de Arruda CâmaraJosé Ramos NétoCamilo de Arruda C. Ramos

Ilustração Michele Iacocca

CENPECRua Dante Carraro, 68 Pinheiros05422-060 São Paulo SPFax: 11 3816 0666e-mail: [email protected]: //www.cenpec.org.br

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Material desenvolvido pelo

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