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1- REVISÃO DE LITERATURA: As principais abordagens teóricas utilizadas para explicar questões tentativas à aquisição da linguagem em crianças ouvintes vêm contribuindo para a compreensão da desse processo em crianças surdas,permitindo refletir também sobre suas conseqüências na intervenção terapêutica ( Alcântara,2000) Na concepção piagentiana, a criança constrói a compreensão do modo como o mundo funciona, primordialmente, por meio de suas ações. Passa, então por uma série de estágios que seguem uma seqüência fixa, sendo os principais deles: sensório motor (do nascimento aos 18 meses).pré-operacional ( dos 18 meses aos 7 anos), operações concretas ( dos 7 anos a 11 anos) e das operações formais ( 11 anos em diante). Nessa visão, o desenvolvimento da linguagem é limitado pelo desenvolvimento cognitivo; ou seja, há aspectos da linguagem que a criança só será capaz de dominar depois de atingir um nível correspondente de controle cognitivo ( Elliot,1982). Há uma corrente chamada de comunicação total que propõe o uso de recursos lingüísticos e não lingüísticos, combinando sinais, oralização, leitura orofacial, gestos, linguagem escrita, dactilologia (soletração manual), pantomima, desenho, etc (Evans, 1982) 1 1

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Page 1: Alunos Luciana Xavier e Reginaldo Ferreira 8ºPeríodo€¦ · Web viewPara Ferreira Brito (1993), numa linha bilíngüe, o ensino do português deve ser ministrado para os surdos

1- REVISÃO DE LITERATURA:

As principais abordagens teóricas utilizadas para explicar questões tentativas

à aquisição da linguagem em crianças ouvintes vêm contribuindo para a

compreensão da desse processo em crianças surdas,permitindo refletir também

sobre suas conseqüências na intervenção terapêutica ( Alcântara,2000)

Na concepção piagentiana, a criança constrói a compreensão do modo como

o mundo funciona, primordialmente, por meio de suas ações. Passa, então por uma

série de estágios que seguem uma seqüência fixa, sendo os principais deles:

sensório motor (do nascimento aos 18 meses).pré-operacional ( dos 18 meses aos

7 anos), operações concretas ( dos 7 anos a 11 anos) e das operações formais ( 11

anos em diante). Nessa visão, o desenvolvimento da linguagem é limitado pelo

desenvolvimento cognitivo; ou seja, há aspectos da linguagem que a criança só

será capaz de dominar depois de atingir um nível correspondente de controle

cognitivo ( Elliot,1982).

Há uma corrente chamada de comunicação total que propõe o uso de

recursos lingüísticos e não lingüísticos, combinando sinais, oralização, leitura

orofacial, gestos, linguagem escrita, dactilologia (soletração manual), pantomima,

desenho, etc (Evans, 1982)

De fato, a educação do surdo tem sido um fracasso por alguns estudiosos.

Segundo Almeida(2000), um dos grandes problemas é a pobreza de experiências e

trocas comunicativas envolvendo a linguagem oral, que levam a dificuldade no

domínio de vocabulário, das regras gramaticais, na clareza e coesão dos

enunciados,prejudicando toda a compreensão do processo de leitura.

O Professor não é porem, o único responsável pelo processo de inclusão

escolar. Buffa (2002). Adverte que também são necessários ajustes no âmbito

político, administrativo e tecnico-cientifico, que contribuam para a inclusão desses

alunos surdos de modo adequado, fundamentado em princípios éticos. A autora

considera, ainda, a necessidade de informar ao professor quanto aos diferentes

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aspectos que envolvem a surdez, para entender as suas possíveis causas,

características, diferenças de diagnósticos e prognósticos, bem como as diferentes

abordagens de ensino para os indivíduos surdos.

1.2 - Referencial Teórico

O nível Nacional o Presidente da Republica, dispõe sobre a Língua Brasileira

de Sinais - Libras e dá outras providências.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

nº. 10.436: Art. 1º é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a

Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela

associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a

forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza

visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico

de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do

Brasil.

No Estado do Rio de Janeiro existe a Lei de nº. 2.356 de 01 de setembro de

1995 que autoriza o poder executivo a dispor sobre a criação da Carreira de

Intérprete em língua de sinais para portadores de deficiência auditiva no município e

dá providências Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002.

Em nossa Cidade Campos dos Goytacazes, tramita na Câmara Municipal o

projeto de igual valor ao que se encontra na Lei Nacional, aguardando apenas a

votação em sessão para a publicação da Lei de LIBRAS em Campos dos

Goytacazes.

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1.1.2 - A era da comunicação, as várias linguagens e como vivem os PDA neste contexto.

Linguagem é a expressão do pensamento. Fala é o processo mecânico de

comunicação verbal e compreende o emprego da voz, da articulação, do ritmo, da

entonação e da intensidade.

Opiniões se divergem quanto às metodologias específicas ao ensino de

surdos, no entanto, destacam-se três grandes vertentes metodológicas: o Oralismo,

a Comunicação Total e o Bilingüismo.

A abordagem do oralismo visa à integração da criança surda com os

ouvintes, propondo o desenvolvimento da língua oral. Assim, o único meio do surdo

se comunicar com as outras pessoas é através da oralização. Utiliza algumas

técnicas específicas como: o treinamento auditivo, o desenvolvimento da fala e a

leitura labial. Este método valoriza a utilização de próteses auditivas – aparelhos de

amplificação sonora individual (AASI) visando a reeducação auditiva, inclusive a dos

surdos profundos, para estimular os resíduos auditivos dos mesmos através da

amplificação dos sons. No Oralismo, a linguagem é ensinada através de atividades

estruturais sistemáticas.

O oralismo, ou filosofia oralista usa a integração da

criança surda à comunidade de ouvintes, dando-lhe

condições de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o

Português). O oralismo percebe a surdez como uma

deficiência que deve ser minimizada através da estimulação

auditiva. (Goldfeld, 1997, pp. 30 e 31)

Segundo Fernandes (1993), existe uma relação muito estreita dessa prática

com as idéias desenvolvidas por Ferdinand de Saussure, idealizador do

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estruturalismo lingüístico. Para ele, a linguagem é composta de duas partes: a

Língua, essencialmente social porque é convencionada por determinada

comunidade lingüística, e a Fala, que é secundária e individual, ou seja, é veículo

de transmissão da Língua, usada pelos falantes através da fonação e da articulação

vocal.

A aprendizagem da fala é ponto central. Para desenvolvê-la, algumas

técnicas específicas às orientações orais são utilizadas. Essas técnicas são

basicamente:

O treinamento auditivo: estimulação auditiva para reconhecimento e

discriminação de ruídos, sons ambientais e sons da fala.

O desenvolvimento da fala: exercícios para a mobilidade e tonicidade dos

órgãos envolvidos na fonação (lábios, mandíbula, língua etc), e exercícios de

respiração e relaxamento (chamado também de mecânica de fala).

A leitura labial: treino para a identificação da palavra falada através da

decodificação dos movimentos orais do emissor.  É a capacidade de entender a

palavra falada por outra pessoa por meio dos movimentos dos lábios (leitura labial)

aliados à expressão facial.

No treinamento da fala, contempla-se a análise dos sons da palavra, a

posição dos lábios, as expressões faciais, os gestos do corpo, a emissão da

palavra, o treinamento da tonalidade e do volume da voz, a atenção, a descrição e

memória auditiva, enfim a interpretação de todos os aspectos gerais da

comunicação, incluindo, ainda, a aprendizagem curricular, onde a comunicação é

um meio e um fim.

Myklebust (1975) diz que a organização e a estruturação psicológica da

criança surda diferem daquela apresentada pela criança ouvinte, pela privação do

sentido que opera à distância (audição), o que obriga o organismo a fazer trocas,

forçando-o a integrar sua experiência de modo diferente.

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A filosofia da comunicação total defende a idéia de que o surdo pode e deve

utilizar todas as formas de comunicação (gestos naturais, português sinalizado,

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, alfabeto datilológico, fala leitura labial, leitura

e escrita) para desenvolver-se lingüisticamente. Possui uma flexibilidade no uso de

meios de comunicação oral e gestual.

Segundo Ciccone (1990) essa filosofia possui uma maneira própria de

entender o surdo; não o considera como um portador de uma patologia de ordem

médica; entende o surdo como uma pessoa, e a surdez como uma marca, cujos

efeitos adquirem, inclusive, característica de um fenômeno com significações

sociais.

A Comunicação Total inclui todo o espectro dos

modos lingüísticos: gestos criados pelas crianças, língua de

sinais, fala, leitura oro-facial, alfabeto manual, leitura e

escrita. A Comunicação Total incorpora o desenvolvimento

de quaisquer restos de audição para a melhoria das

habilidades de fala ou de leitura oro-facial, através de uso

constante, por um longo período de tempo, de aparelhos

auditivos individuais e/ou sistemas de alta fidelidade para

amplificação em grupo (p.171)

Por ser uma filosofia a Comunicação Total que aceita a utilização de vários

recursos comunicativos, é aplicada em vários setores; seu maior objetivo é

promover a comunicação e ensinar a língua oficial do País.

Marchesi (1987) afirma que a Comunicação Total não está em oposição à

utilização da língua oral, mas apresenta-se como um sistema de comunicação

complementar.

Nesta filosofia educacional, segundo Moura (1993), a utilização simultânea

de sinais e fala, uso de aparelho de amplificação sonora, trabalho desenvolvido das

pistas auditivas e trabalho com a fala tanto em leitura orofacial como em produção.

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O Bilingüismo assume a abordagem da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS

– como a primeira língua do surdo devendo ser aprendida o mais cedo possível

para depois ter contato com a segunda língua o idioma (língua) oficial do País – no

caso do Brasil, a Língua Portuguesa. Essa corrente defende o uso das duas

Línguas no processo educacional da pessoa surda.

Segundo Fernandes (1997), o bilingüismo vem seguindo no meio

educacional da comunidade de surdos e especialistas da área como a última

palavra em educação. As portas começam a se abrir para esta nova perspectiva,

mas, para muitas  pessoas, é  como  se fosse uma “tábua de salvação” e não uma

opção realmente consciente. Bilingüismo não é um método de educação. Define-se

pelo fato de um indivíduo ser usuário de duas línguas.

Moura (1993) define o Bilingüismo como uma filosofia educativa que permite

o acesso pela criança, o mais precocemente possível, a duas línguas: a língua

brasileira de sinais e a língua portuguesa.

Para Ferreira Brito (1993), numa linha bilíngüe, o ensino do português deve

ser ministrado para os surdos da mesma forma como são tratadas as línguas

estrangeiras, ou seja, em primeiro lugar devem ser proporcionadas todas as

experiências lingüísticas na primeira língua dos surdos (língua de sinais) e, depois,

sedimentada a linguagem nas crianças, ensina-se a língua majoritária (a Língua

Portuguesa) como segunda língua.

O Bilingüismo tem como pressuposto básico que o

surdo deve ser Bilíngüe, ou seja, deve adquirir como língua

materna a língua de sinais, que é considerada a língua

natural dos surdos e, como Segunda língua, a língua oficial

de seu país(...)os autores ligados ao Bilingüismo percebem

o surdo de forma bastante diferente dos autores oralistas e

da Comunicação Total. Para os bilingüistas, o surdo não

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precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo

assumir sua surdez. Goldfeld (1997, p. 38)

Na ideologia de bilingüismo as crianças surdas precisam ser postas em

contato primeiro com pessoas fluentes na língua de sinais, sejam seus pais,

professores ou outros.

A educação bilíngüe, segundo a definição da UNESCO (C. SKLIAR 1998) é

“direito que têm as crianças que utilizam uma língua diferente da língua oficial de

serem educadas na sua língua”. Inovando as práticas de ensino e a maneira de

conceber a surdez, a educação bilíngüe para surdos propõe a instrução e o uso em

separado da língua de sinais e do idioma do país, de modo a evitar deformações

por uso simultâneo.

Quanto mais cedo a criança surda adquirir a LIBRAS, mais rápido ela

começará a compreender e ser compreendida. Devem os pais, familiares e os

diversos profissionais que atenderão a pessoa surda procurarem se apropriar

também desta língua gestual-visual.

“Os surdos são diferentes das pessoas ouvintes, necessitam de que toda a

instrução seja baseada na visão e não na audição”. (Patrícia Luiza Ferreira Pinto –

Pedagoga surda – MG).

1.1.3 - Possibilidades e desafios no processo de comunicação entre os surdos e ouvintes e as metodologias utilizadas

A necessidade de aperfeiçoamento para enquadrar-se dentro das normas

educacionais inclusivas torna-se essencial à medida que aumenta a integração dos

surdos nem nossas redes educacionais. De fato, todos são capazes de aprender na

mesma maneira, respeitando as diferenças que cada indivíduo apresenta, mas é

preciso que haja antes de tudo um compromisso ético do corpo docente.

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Como afirma Souza, (2005, p.161) “É um desafio para a escola e para a

sociedade como um todo, mas acreditamos que a inclusão é uma utopia possível. A

escola, até hoje não encontrou a forma adequada para a inclusão”. Os educadores

devem criar possibilidades, interagindo-se às sistematizações apropriadas,

assumindo uma postura compreensiva, possibilitando a pluralidade e administrando

a “diferença” aparentemente existente, para que, de tal modo, haja no âmbito

escolar a integração social, admitindo que a pessoa surda amplie seus horizontes

acadêmicos.

O educador deve ser um referencial para esses educandos, transmitindo

segurança e esclarecendo bem suas idéias, para que assim, essas pessoas

participem do sistema educacional como um todo, dando espaço para que esse

aluno possa participar dos métodos discursivos em sala de aula, permitindo uma

correlação entre alunos e professores.

A partir dessa perspectiva, o corpo docente deve desenvolver capacitações

de ensino de maneira íntegra, indo além das fronteiras didáticas. Os professores

precisam humanitariamente possibilitar que seus alunos desenvolvam suas

potencialidades, ajudando-os nos mais variados assuntos, para que

conseqüentemente as barreiras preconceituosas sejam exterminadas.

No entanto, faz-se necessário que os educadores tenham convicção de que

educar essas pessoas requer dedicação e amor ao ofício profissional. O professor

não pode analisar esse aluno como simplesmente uma pessoa surda que precisa

de ajuda. Esses indivíduos são capazes, assim como todos os outros de

desenvolver-se fluentemente. Para isso, basta que o professor tenha a qualificação

profissional necessária, ajudando a quebrar esses paradigmas. Souza; Silva (2005)

afirma que é preciso que haja um compromisso ético do professor ao tentar

responder adequadamente às diferentes situações que surgirão, na maioria das

vezes, de forma imprevisível. É necessário entendimento diante de situações que

estão fora do seu próprio contexto de vida, de forma a enfrentar adequadamente o

ocorrido, fazendo deste uma oportunidade de aprendizagem.

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2 - Artigo

INCLUSÃO DA PESSOA COM SURDEZ:

UM DESAFIO NA ERA DA COMUNICAÇÃO

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RESUMO

O presente trabalho tem como linha de pesquisa alunos surdos usuários da

Língua Brasileira de Sinais e surdos Oralizados, procurando destacar os diferentes

modos de comunicações e suas interações com a Era da Comunicação, visto que

vivemos em um mundo formado pelo som!

Então, como é a participação desses sujeitos frente a essa realidade; a

importância do intérprete servindo como mediador no processo de aprendizagem;

as Leis que amparam essa comunicação; o papel da família como responsável pela

escolha da comunicação a ser usada pelo filho; a Inclusão como afirma Souza,

(2005, p.161) “É um desafio para a escola e para a sociedade como um todo, mas

acreditamos que a inclusão é uma utopia possível.

A pesquisa também destaca as identidades dos leitores surdos, imersos num

contexto majoritariamente ouvinte, ideologicamente marcadas, que a palavra escrita

e a proficiência na leitura também oferecem grande importância.

Finalmente, a pesquisa mostra a necessidade da escolha de um método de

comunicação melhor para sua inserção nos meios educacionais e na comunidade

como um todo possibilitando uma aprendizagem mútua, isto é, o individuo é ativo e

autor de sua própria historia.

Palavras-Chave: Surdos, Libras, Inclusão, Educação Especial,

Comunicação.

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RESUMEN

El presente trabajo es como un centro de investigación de estudiantes

sordos usuarios de lengua de signos brasileña y sordos Oralizados, probar los

distintos modos de comunicación y su interacción con la Era de la Comunicación, ya

que vivimos en un mundo formado por el sonido! Entonces, ¿cómo es la

participación de estos temas frente a esta realidad, la importancia de que el

intérprete actúa como un mediador en el proceso de aprendizaje de las leyes que

protegen a esta comunicación, el papel de la familia como responsable de la

elección de la comunicación a ser utilizados por el niño, la inclusión dice Souza ,

(2005, p.161) "Es un reto para la escuela y para la sociedad en su conjunto, pero

creemos que la inclusión es una utopía posible. La investigación también pone de

relieve la identidad de los lectores sordos, sobre todo inmerso en un oyente,

ideológicamente marcado, que la palabra escrita y el dominio de la lectura también

ofrecen una gran importancia. Por último, la investigación pone de manifiesto la

necesidad de la elección del mejor método de comunicación para su inserción en

los medios de comunicación y la comunidad educativa en su conjunto que permitan

el aprendizaje mutuo, es decir, el individuo es activo y autor de su propia historia.

Palabras clave: Sordos, Libras, Inclusión, Educación Especial, Comunicación.

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INTRODUÇÃO

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2.1 – JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa analisar os desafios vivenciados pelas Pessoas com

Surdez nos processos de escolarização, seus conceitos de “diferente” dentro da

cultura ouvintista e a partir daí, localizar e situar o deficiente dentro das questões

sociais e culturais que interferem diretamente no processo de inclusão escolar. Este

tipo de análise leva a refletir sobre os diferentes métodos de ensino: ORALISMO x

LIBRAS, bem como constatar a complexidade na Era da Comunicação e suas

diversas linguagens de expressão, entender a participação do Intérprete de Libras

na sala de aula como um cumprimento da Lei e suas complicações e benefícios.

Portanto, nunca devamos esquecer que uma criança surda é um ser humano

com todas as potencialidades que podem ser desenvolvidas, socializadas e

informadas.

Eliminando a barreira do silêncio preconceituoso assim mergulha-se no

oceano de sua linguagem materna, tendo como referencial a revisão específica de

uma literatura sobre o assunto.

Sendo assim, entenderemos essas dificuldades vinculadas à perda de

audição e suas relações com a Era da Comunicação, isso facilitará ao professor

como se posicionar frente a essa questão. Apesar do esforço para educar estas

Pessoas com Surdez, vemos ainda uma educação tradicional com tendências a

assemelhá-los culturalmente e lingüisticamente aos ouvintes.

Desta forma, esse trabalho pretende apontar alguma direção em meio as

dificuldades de comunicação que são vivenciados pelas Pessoas com Surdez na

Era da Comunicação.

“Não há construção da paz sem inclusão social, sem o direito de

ser diferente e sem perspectivas de futuro...”.

Profª. Magda Marly Fernandes

2.2 - Problema

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Quais os desafios enfrentados pelas Pessoas com Surdez ao longo do

processo de escolarização na era da comunicação

2.3 - Questionamento:

Que desafios e possibilidades a Era da Comunicação oferece as Pessoas

com Surdez?

Há necessidade de intérpretes no acompanhamento escolar da Pessoa com

Surdez? Isso é uma realidade ou uma utopia em Campos dos Goytacazes e no

Brasil?

Oralização ou LIBRAS: o que funciona melhor?

2.4 - OBJETIVOS

2.4.1 - Objetivo Geral

Analisar as possibilidades e desafios que os surdos enfrentam no processo

de aprendizagem na Era da comunicação

2.4.2 - Objetivos Específicos

Apresentar uma analise comparativa do desempenho do aluno com surdez

oralizado e do aluno que faz uso da LIBRAS.

Identificar as possibilidades e desafios (metodologia da comunicação) no

processo de comunicação entre os surdos e ouvintes e as metodologias utilizadas

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Caracterizar a era da comunicação, as várias linguagens e como vivem as

Pessoas com Surdez neste contexto.

Descrever as leis que fundamentam a inclusão e atuação do interprete no

ambiente escolar.

2.5 - Metodologia

Verificando as dificuldades que as Pessoas com Surdez vem encontrando

para serem incluídos em uma sociedade totalmente “audível” em plena Era da

Comunicação, nos propormos investigar o papel do Intérprete de Libras e os

métodos utilizados para que haja uma comunicação que procure contemplar as

Pessoas com Surdez em sua inclusão de forma efetiva.

O presente trabalho monográfico adotará pesquisa de campo e descritiva,

pois, buscaremos analisar os desafios que os surdos enfrentam no processo de

aprendizagem na Era da comunicação.

Isso nos remete a uma pesquisa qualitativa trabalhando com descrições,

comparações e interpretações, assim nos permitirá conhecer a realidade sobre o

processo de comunicação e suas formas de entendimento pelas Pessoas com

Surdez.

Nossa pesquisa será realizada com 16 surdos usuários de linguagem oral e

da Libras, familiares de surdos e interpretes de libras no âmbito educacional da

cidade de Campos dos Goytacazes - RJ.

Aplicaremos questionários aos surdos para compreender qual sua opção de

comunicação, além disso, fundamentaremos nossas observações e constatações

em livros que exemplifiquem suas tendências educacionais. Essas entrevistas

ocorrerão nos locais onde existem surdos em atividades estudantis (Prefeitura

Municipal de Campos dos Goytacazes, IFF-Campos, ISECENSA, EE Benta Pereira,

Colégio Batista Fluminense).

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Com esse resultado poderemos entender quais as formas mais comuns de

comunicações usadas pela comunidade surda em nossa cidade. Todo o material

coletado apontará alguma direção para a aplicação de um método coerente e

significativo para a educação da Pessoas com Surdez.

2.6 – Referencial Prático

Análise comparativa do desempenho do aluno com Surdez oralizado e do

aluno que faz uso da LIBRAS.

2.6.1 - Formas de atuação do interprete na escola, sua relação com o professor e o aluno surdo.

O intérprete de LIBRAS é um tradutor que faz a ponte entre as pessoas

surdas que se comunicam através da LIBRAS e do alfabeto manual com as

pessoas ouvintes que se comunicam oralmente pela Língua Portuguesa. Esse

interprete é imprescindível para os surdos é um porta-voz, pois proporciona a

comunicação dos surdos com o mundo, facilitando a compreensão e o acesso às

informações.

Como é notório os surdos e os ouvintes comunicam-se de maneira diferente,

e isso ocasiona bloqueios de comunicação.

Integrar alunos surdos em uma Instituições de Ensino Superior e em

Instituições de Ensino Médio e Profissionalizante é um desafio que deve ser

enfrentado com coragem, determinação e segurança. Deve-se ter clareza e

objetividade de que essa inclusão não passe exclusivamente pela sua colocação de

alunos surdos numa turma com outros alunos ouvintes.

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Para que aconteça uma verdadeira inclusão é necessário que haja

reciprocidade.

Muito têm se investido no processo inclusivo das pessoas com necessidades

educativas especiais entre elas os surdos. Legislações específicas de

acessibilidade, sensibilizações, seminários e principalmente a capacitação de

profissionais educadores, para lidar com uma clientela específica. Esse profissional

ao ser preparado deverá ser conscientizado principalmente da diferença existente

em relação a comunicação do surdo que é expressada através da LIBRAS, e que a

surdez não significa só a falta do sentido da audição, ela é geradora de

consideráveis comprometimentos lingüísticos, acarretados por este aparentemente

simples fato de “não ouvir”.

2.7 - Análise de dados

O saber específico sobre quem é a pessoa surda, o conhecimento dos graus

de comprometimentos e as dificuldades que isso gera é de fundamental importância

para o docente.

Informado do público alvo, o professor poderá moldar estratégias de ensino.

A partir de alguns dados específicos sobre os aspectos da surdez devemos

ter em mente, que

sem o sentido da audição, os surdos desenvolveram outros sentidos como a

visão o tato deixando-os mais apurados.

Os dados presentes nos gráficos analisados originaram de uma pesquisa

realizada contendo 16 perguntas aplicadas para 16 surdos de diferentes faixas

etárias e unidades escolares do município de Campos dos Goytacazes.

17

17

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0%

19% 19%

62%

menos 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos mais 18 anos

Faixa Etária

Gráfico 1

Devido à dificuldade da comunicação o aluno surdo enfrente problema para

entender os nomes de seus pais. “Assim como os bebês de pais ouvintes começam

a balbuciar com cerca de sete meses ... , os bebês de pais surdos começam a

balbuciar com as mãos imitando a língua de sinais dos pais”, mesmo sendo

ouvintes.- Jornal londrino The Times.

Gráfico 2

18

18

38%

62%

sim não

Você sabe o nome dos seus pais?

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De acordo com o gráfico 2, percebemos que 62% dos entrevistados não

sabiam o nome de seus pais, tendo que buscar informações junto a documento de

identidade.

Gráfico 3

No gráfico 3, mostra que a família faz uso da Libras porem, aparece sempre

como segunda língua já que todos dentro da casa só usam a fala oral. Porem é de

fundamental importância para os pais, aprenderem a Libras, afinal é a forma pela

qual a família conseguirá se comunicar com a criança surda.

Gráfico 4

19

19

50% 50%

sim não

Sua familia usa LIBRAS?

56%44%

Sua familia usa Oralismo?

sim

não

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Neste gráfico mostra o oralismo que é um método de ensino para surdos, no

qual se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através de da

língua oral, ou falada.

Gráfico 5

No gráfico 5 mostra a família respeitando a escolha da comunicação de seu

filho e não necessitando que o rotulem como sujeitos que são incapazes de

aprender ou produzir por causa de sua escolha de comunicação.

Gráfico 6

Aproximadamente uma em cada mil crianças nasce totalmente surda, e é

comum a perda moderada ou parcial de audição. É importante que se compreenda

20

20

75%

25%

Sua familia respeita sua escolha de comunicação?

sim

não

69%

31%

surdo ouvinte

Você nasceu surdo ou ouvinte?

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que as crianças surdas não são necessariamente mudas, mas apenas apresentam

dificuldades para aprender a falar, pois elas não conseguem ouvir nem a própria

voz, nem a voz dos outros, e por isso muitas vezes a fala dos surdos nos soa

estranha.

Gráfico 7

Segundo o ministério da saúde as maiores causas da surdez

Uso excessivo e imprudente de antibióticos uso de remédios sem receita

médica, Meningite, Rubéola, uso de drogas, traumas de parto e outros.

Gráfico 8

21

21

70%

24%

0%6%

Faz uso de qual meio de comunicação?

libras

oral

comunicaçãototaloutros

56%

44%

Causa da surdez?

Parto Normal doença

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Vemos no gráfico 8 entre os surdos é comum fazer uso da libras tem-se de

atentar à Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como sendo a língua natural do

surdo, pois, lingüisticamente afirmando, ela é dotada de estrutura gramatical

própria, dá-se através do canal visual e transmite emoções e sentimentos, a fim de

levar o surdo ao pensamento abstrato.

Gráfico 9

Dentro das escolas 62% da comunicação fica por conta do oralismo que traz

serias dificuldades aos surdos por não dominarem essa modalidade e 25% é

usadas apresentações de imagens como meio de comunicação. O que ocorre

quando se expõe o surdo ao oralismo antes da aprendizagem da língua de sinais é

o atraso no desenvolvimento cognitivo, onde o único resultado real será a

reprodução de palavras sem sentidos, onde a passividade é lugar comum, o que

contraria a visão de Piaget sobre a aquisição de conhecimento, sendo este o

resultado da interação entre o individuo e o meio, possibilitando uma aprendizagem

mútua, isto é, o individuo é ativo.

Gráfico 10

22

22

13%

62%

0%

25%

libras oral comunicaçaototal

outro

Qual é a comunicação usada em sua escola?

6%

94%

sim não

Tem intérprete de LIBRAS?

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A ausência de interprete de libras gera complicações no aprendizado das

pessoas surdas segundo seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre

pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes como em qualquer contexto

tradutório que vivenciou ou vivenciará. Assim, o intérprete de Libras exercerá em

sala de aula e em todas as atividades educacionais somente as Funções

Comunicativas Tradutórias.

Gráfico 11

Vemos nesses gráficos a importância do mediador para a facilitação da

compreensão do aluno mediante aos textos apresentados.

23

23

33%

7%

47%

13%

Com o apoio do intérprete ou ledor, como é seu desenvolvimento?

ruimregularbomótimo

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Sob a perspectiva de Feuerstein. Especificamente, propõe-se: caracterizar as

relações que ocorrem entre os elementos integrantes da mediação e os critérios

mediacionais; demonstrar como os critérios de mediação ocorrem no processo de

ensino e aprendizagem e identificar as possibilidades e entraves no planejamento e

realização das aulas sob os parâmetros da experiência de atividade mediada.

Gráfico 12

A mediação é uma via de mão dupla: na mesma aula, cada indivíduo passa

por processos distintos de interação e subjetivação, atribui sentido próprio à mesma

situação social vivenciada, constitui sua autonomia e identidade como sujeita da

aprendizagem. Apesar das interações serem distintas, os indicadores denotam que

a riqueza da interação possibilitou avanços e sem essa mediação o conduzira a

frustrações durante o processo de aprendizado.

Gráfico 13

24

24

62%

12% 13% 13%

ruim regular bom ótimo

Como é a sua compreensão diante dos textos apresentados? (sem mediação)

50% 50%

sim não

Sua escola favorece a I nclusão?

sim

não

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A educação inclusiva é uma força renovadora na escola, ela amplia a

participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino. Trata-se de uma

ampla reestruturação da cultura, da nossa práxis e das políticas vigentes na escola

e na sociedade.

Gráfico 14

Nessas Figuras está evidente que a escola está aberta para a inclusão e o

alunos surdos desfrutam de bom relacionamento com outros amigos ouvintes,

facilitando assim sua inclusão na escola.

25

25

25%

13%

43%

19%

ruim regular bom ótimo

Como é a sua relação com os alunos de sua escola?

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Numa concepção interacionista de natureza social, a relação com o Outro é

fundamental para sua construção na interação com o Outro.

Gráfico 15

Sobre isso, Perrenoud (2002) propõe a qualificação do profissional da

educação, calcada numa abordagem por competências que tem como suportes:

aumentar o sentido do trabalho escolar modificando a relação do saber com os

alunos em dificuldades.

Gráfico 16

26

26

43%

19% 19% 19%

Como é a sua relação com os professores?

ruimregularbomótimo

56%

44%

Você trabalha?

sim

não

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Ao finalizar os Gráficos, vemos as dificuldades da relação dos alunos com

seus professores basicamente por causa da comunicação que ainda é o motivo

complicador para seu desenvolvimento e mesmo assim os alunos surdos buscam

seu espaço no mercado de trabalho.

Os surdos são pessoas altamente capazes de exercer qualquer função na

sociedade que não requeira exclusivamente habilidades auditivas. Seu problema

lingüístico os coloca em condições mais ou menos semelhantes aos de

estrangeiros.

27

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao estudar sobre o tema ”Inclusão da Pessoa com Surdez: Um desafio na

era da Comunicação”. Nos deparamos com a importância da Comunicação no

mundo em que vivemos, seja ela por meio de sinais ou falado, ao assumir sua

posição todas as barreiras são derrubadas e a interação entre as pessoas são

vivenciadas na construção do saber.

Assim, a educação escolar das pessoas com surdez trará verdadeiros

significados para sua compreensão, abrindo novos horizontes e possibilidades de

uma real inclusão.

Acreditamos que, alunos surdos são prejudicados pela ausência do domínio

de uma comunicação apropriada trazendo serias conseqüências ao seu

desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo e lingüístico.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALCANTARA I. Os efeitos da interpretação na linguagem de uma criança surda.

São Paulo: Pontifícia Universidade católica de São Paulo;2000.

ALMEIDA, EOC. Leitura e surdez: um estudo com adultos não oralizados. Rio de

Janeiro: Revinter;2000

BUFFA, MJMB. A inclusão da criança deficiente auditiva no ensino regular:uma

visão doprofessor de classe comum. Bauru, SP: 2002.

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Secretaria de Estado de Educação Especial – MEC; SEESP,

2001.

BRITO, L. F. Integração social & educação de surdos, 1. Rio de Janeiro, Babel

Editora, 1993.

CICCONE, Marta. Comunicação Total. Rio de Janeiro: Cultural, 1990.

ELLIOT, AJ. A linguagem da criança. Rio de Janeiro: Zahar;1982. A visão de Piaget

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FERNANDES, Eulália. Estudo da linguagem do deficiente auditivo. Rio de

Janeiro. CNPQ. Relatório de Pesquisa, 1989.

GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva

sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997.

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MOURA, M. C. A língua de sinais na educação da criança surda. In: Moura, M. C.;

Lodi, A. C. B. e Pereira, M. C. (orgs.). Língua de sinais e educação do surdo. São

Paulo, Tec Art, 1993.

MARCHESI, A. El Desarrolo cognitivo e linguistico de los niños sordos: perspectivas

educativas. Madrid: Alianza, 1987

MEC; SEESP, Brasília: 2004. 94 p .:O tradutor e intérprete de língua brasileira de

sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional

de Apoio à Educação de Surdos -

MYKLEBUST, H. R.  Psicologia del sordo. Madri, Magisterio Español. 1975.

SÁ, Nídia Regina Limeira de, Cultura, Poder e Educação de Surdos. Manaus: INEP,

2002.

SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Revista

Nacional de Reabilitação, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.

SKLIAR, Carlos. A surdez um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação,

1998.

SOUZA, Rita de Cácia Santos; SILVA, Greice Fabiane Santos. Inclusão na

diversidade: um desafio para os educadores. In: Revista da Faced: UFBA, 2005.

Vendo vozes: a história da educação dos surdos no Brasil

SACKS, De Oliver Cia das letras

CAPOVILLA ,Fernando César & Walkiria Duarte Raphael

Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trílíngüe da Língua de Sinais.

www.rodrigopereiradecastro.hpg.ig.com.br/index.html -Na Era da Comunicação

no Brasil

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ANEXOS

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5 - ANEXO I - ENTREVISTA COM OS ALUNOS

QUESTIONÁRIO1. INFORMAÇÕES SOBRE A CRIANÇA

1.1 - Nome: _____________________________________________________1.2 - Idade: __________________ data de nascimento: ____/____/__

2. PAIS2.1 - Nome do Pai: _______________________________________________2.1.1 - Profissão: ________________________________2.2 - Nome da Mãe: ______________________________________________2.2.1 - Profissão: ________________________________

3. FAMÍLIA3.1 - Tipo de moradia:( ) mora com o pai ( ) mora com mãe ( ) outros - Qual: _____________3.2 - Tem Irmãos: ( ) Sim ( ) Não Quantos: __________ 3.3 - Qual é a comunicação usada em sua família?3.3.1 - Sua família usa libras? ( ) Sim ( ) Não Por quê? _______________________________________3.3.2 - Sua família usa oralismo?( ) Sim ( ) Não Por quê? _______________________________________ 3.3.3 - Sua família respeita sua escolha de comunicação( ) Sim ( ) Não Por quê? _______________________________________

4. NASCIMENTO 4.1 - ( ) Surdo ( ) Ouvinte4.2 - - normal ( ) Doença quais: __________________________________ 4.3 - Perdeu a audição com qual idade? _______________________________

5. FAZ USO DE QUAL MEIO DE COMUNICAÇÃO (convivência informal)?

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5.1 - ( ) Libras ( ) Comunicação Total ( ) Oral ( ) outro - quais: _________6. ESCOLA -

6.1 - Estuda? ( ) Sim ( ) Não6.2 - Qual nome da sua escola? ______________________________________

6.2.1 - série: _______________ 6.2.2 - ( ) particular ( ) pública

6.3 - Qual é a comunicação usada em sua escola?

( ) Libras ( ) Oral ( ) Comunicação Total ( ) outro

Explique: __________________________________________________

__________________________________________________________

6.4 - Têm intérprete de libras? ( ) Sim ( ) Não

6.5 - Têm Ledor? ( ) Sim ( ) Não

6.6 - Como é sua compreensão diante dos textos apresentados (sem mediação)

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

6.7 - Com o apoio do intérprete ou ledor, como é seu desenvolvimento?

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

6.8 - Como é a sua comunicação em casa quanto ao acompanhamento escolar?

________________________________________________________________

______________________________________________________________

6.9 – Sua escola favorece a Inclusão? ( ) Sim ( ) Não

6.10 - Como é sua relação com os alunos de sua escola?

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

6.11 - Como é sua relação com os professores?

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

7 - . TRABALHO7.1 - Você trabalha? ( ) Sim ( ) Não

7.1.1 - Onde: _________________________________7.1.2 – Função: _______________________________

7.2 - Como e sua relação com as pessoas de seu trabalho?_______________________________________________________________

7.3 - Você percebe algum tipo de preconceito?

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_______________________________________________________________

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