alto índice de sementes piratas ameaça conquistas da...

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Edição 12 22/março/2019 Alto índice de sementes piratas ameaça conquistas da agricultura brasileira Anualmente, a venda ilegal de sementes resulta em um prejuízo total de R$ 2,5 bilhões para o agronegócio e conspira contra o alto índice tecnológico das lavouras do País História de piratas são cheias de aventura e diversão nos contos juvenis e nos cinemas, mas, na vida real, quando eles atacam não tem graça nenhuma. No agronegócio, R$ 2,5 bilhões são perdidos todos os anos por causa de sementes piratas – na verdade, grãos comuns – vendidas sem qualquer garantia de qualidade fisiológica, sanitária ou genética e que arrastam para as lavouras pragas e doenças difíceis (e caras) de controlar. O problema atinge alguns dos principais grãos produzidos no país, como soja, milho, trigo e feijão. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), o Brasil está entre os países latino-americanos em que a pirataria tem maior incidência. Estima-se que 30% de todas as sementes lançadas ao solo, a cada ano, sejam ilegais. Neste círculo vicioso vai pelo ralo o controle de ervas daninhas e doenças. E o trabalho de anos de pesquisa fica ameaçado. “O Brasil é um grande exportador e precisa ter tecnologia para se manter competitivo no mercado externo”, ressalta José Américo, presidente da Abrasem. “A indústria de sementes, legalmente estabelecida, oferece ao produtor mais do que qualidade. Ela fornece também orientação técnica e consultoria a seus clientes. O recomendável é sempre procurar por produtos legalmente estabelecidos pelo mercado, para que o agricultor possa ter todas essas garantias”, enfatiza. ESPANTO À PRODUTIVIDADE “Semente Pirata Espanta Produtividade”, esse é o tema da campanha nacional de combate à pirataria de sementes. O objetivo é esclarecer sobre os riscos que o produtor corre ao adquirir sementes no mercado paralelo. “Nossa proposta é estar nas mídias, levar informações e alertas ao produtor”, explica José Américo. Semanalmente, ao menos uma denúncia de pirataria de sementes chega à ouvidoria da Abrasem. Em 2018, foram 58 denúncias originadas de todas as regiões do país. Para o gerente regional da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, dois grandes temas estão na base do problema: educação e fiscalização. “Nós precisamos educar as gerações que estão vindo, que estão assumindo os negócios da família. Devemos também investir mais na fiscalização. Sabemos que os fiscais fazem um ótimo trabalho e se empenham para isso, mas é humanamente impossível fiscalizar todo esse escopo que temos no setor produtivo brasileiro, que é muito grande e segmentado”, avalia. No Paraná, a Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), com apoio de empresas do setor, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e, recentemente, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão intensificando o combate à pirataria. O trabalho é voltado para aumentar a fiscalização nas rodovias, controlar o uso e a produção dessas sementes. Atualmente, por meio do Anexo 33, o Ministério da Agricultura permite que o agricultor salve parte da produção para usar como semente. A reserva, contudo, é somente para uso próprio e exclusivamente na safra seguinte, em quantidade compatível com a necessidade para semeadura nas áreas da propriedade em posse do agricultor. Qualquer situação que não esteja nesses termos é considerada crime e deve ser denunciada. DENUNCIE A PIRATARIA DE SEMENTES As denúncias podem ser realizadas diretamente no site www.abrasem.com.br/denuncias. Através de um formulário, a denúncia anônima será encaminhada ao Ministério da Agricultura para averiguação. Outra forma de denunciar é acionando a Ouvidoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelo 0800 704 1995 ou no site www .agricultura.gov.br/ouvidoria Fonte: Gazeta do Povo

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Edição 12 – 22/março/2019

Alto índice de sementes piratas ameaça conquistas da agricultura brasileira

Anualmente, a venda ilegal de sementes resulta em um prejuízo total de R$ 2,5 bilhões para oagronegócio e conspira contra o alto índice tecnológico das lavouras do País

História de piratas são cheias de aventura e diversão nos contosjuvenis e nos cinemas, mas, na vida real, quando eles atacam nãotem graça nenhuma. No agronegócio, R$ 2,5 bilhões sãoperdidos todos os anos por causa de sementes piratas – naverdade, grãos comuns – vendidas sem qualquer garantia dequalidade fisiológica, sanitária ou genética e que arrastam para aslavouras pragas e doenças difíceis (e caras) de controlar.

O problema atinge alguns dos principais grãos produzidos no país,como soja, milho, trigo e feijão. Segundo a Associação Brasileirados Produtores de Sementes (Abrasem), o Brasil está entre ospaíses latino-americanos em que a pirataria tem maiorincidência. Estima-se que 30% de todas as sementes lançadas aosolo, a cada ano, sejam ilegais. Neste círculo vicioso vai pelo ralo ocontrole de ervas daninhas e doenças. E o trabalho de anos depesquisa fica ameaçado. “O Brasil é um grande exportador eprecisa ter tecnologia para se manter competitivo no mercadoexterno”, ressalta José Américo, presidente da Abrasem. “Aindústria de sementes, legalmente estabelecida, oferece aoprodutor mais do que qualidade. Ela fornece também orientaçãotécnica e consultoria a seus clientes. O recomendável é sempreprocurar por produtos legalmente estabelecidos pelo mercado,para que o agricultor possa ter todas essas garantias”, enfatiza.

ESPANTO À PRODUTIVIDADE“Semente Pirata Espanta Produtividade”, esse é o tema dacampanha nacional de combate à pirataria de sementes. O objetivoé esclarecer sobre os riscos que o produtor corre ao adquirirsementes no mercado paralelo. “Nossa proposta é estar nas mídias,levar informações e alertas ao produtor”, explica José Américo.Semanalmente, ao menos uma denúncia de pirataria de sementeschega à ouvidoria da Abrasem.

Em 2018, foram 58 denúncias originadas de todas asregiões do país. Para o gerente regional da BiotrigoGenética, Fernando Michel Wagner, dois grandes temasestão na base do problema: educação e fiscalização. “Nósprecisamos educar as gerações que estão vindo, que estãoassumindo os negócios da família. Devemos tambéminvestir mais na fiscalização. Sabemos que os fiscais fazemum ótimo trabalho e se empenham para isso, mas éhumanamente impossível fiscalizar todo esse escopo quetemos no setor produtivo brasileiro, que é muito grande esegmentado”, avalia.

No Paraná, a Associação Paranaense dos Produtoresde Sementes e Mudas (Apasem), com apoio deempresas do setor, da Agência de DefesaAgropecuária do Paraná (Adapar), do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e,recentemente, com apoio da Polícia RodoviáriaFederal (PRF), estão intensificando o combate àpirataria. O trabalho é voltado para aumentar afiscalização nas rodovias, controlar o uso e aprodução dessas sementes.Atualmente, por meio do Anexo 33, o Ministério daAgricultura permite que o agricultor salve parte daprodução para usar como semente. A reserva,contudo, é somente para uso próprio eexclusivamente na safra seguinte, em quantidadecompatível com a necessidade para semeadura nasáreas da propriedade em posse do agricultor.Qualquer situação que não esteja nesses termos éconsiderada crime e deve ser denunciada.

DENUNCIE A PIRATARIA DE SEMENTESAs denúncias podem ser realizadas diretamente nosite www.abrasem.com.br/denuncias. Através de umformulário, a denúncia anônima será encaminhadaao Ministério da Agricultura para averiguação. Outraforma de denunciar é acionando a Ouvidoria doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA) pelo 0800 704 1995 ou no sitewww.agricultura.gov.br/ouvidoria

Fonte: Gazeta do Povo

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Edição 12

22/março/19

“Pudemos conhecer melhor o propósito e aorganização da intercooperação”. Essa foi adefinição do representante técnico de vendas daAdama Brasil, Jonathan Valle Mariano, sobre oUnium Experience Day, evento que aconteceuem março em Carambeí (PR). Exclusivo parafornecedores e parceiros, a ação tinha o objetivode integrar o público e mostrar todo o processode agroindustrialização dos produtosprovenientes dos associados das trêscooperativas que integram a Unium - Frísia,Castrolanda e Capal, além da unidade industrialde carnes, Alegra.

Fortaleza - “Nós, como fornecedores,enxergamos essa união como algo positivo epróspero, que mostra a fortaleza dascooperativas com um propósito maior, que éfazer o cooperado crescer e, ao mesmo tempo,deixar o consumidor satisfeito com produtos damais alta qualidade”, comenta Mariano. Para ele,conhecer essa cadeia e o funcionamento daintercooperativa é fundamental para apoiarainda mais a parceria.

Produção - Em 2018, foram produzidos mais de85 milhões de kg de alimentos na unidade decarnes. Já a unidade de leite processou 1,14bilhão de litros ao longo do ano. E a unidade detrigo obteve um faturamento de R$ 137,8milhões.

Tecnologia e profissionalismo - Durante o UniumExperience Day, os participantes visitaram a unidadeindustrial de leite e moinho, sediados em PontaGrossa (PR). “Fiquei impressionado com o grau detecnologia e de profissionalismo utilizados nasunidades. Tudo muito bem estruturado”, comentaum dos sócios da Nutrivita Aditivos, DalcidesMichelato Filho. “Todas as visitas foram muito bemprogramadas e todas as pessoas que nosacompanharam foram extremamente atenciosas”,finaliza Dalcides.

Sobre a Unium - A Unium é a marca institucionaldas indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda eCapal e representa os projetos em que ascooperativas paranaenses atuam em parceria. Asmarcas reunidas pela Unium são reconhecidas pelaqualidade e excelência, e entre elas está a Alegra.

Marcas - A Unium também conta com três marcasde lácteos: Naturalle - de produtos livres de aditivos-, Colônia Holandesa e Colaso. No setor de grãos, aUnium conta com a marca Herança Holandesa -farinha de trigo produzida em uma unidadetotalmente adequada à ISO 22.000, o que a qualificacom elevados padrões de exigência.(Imprensa Unium)

A Unium, por meio de sua marca Alegra, acredita que o bem-estar animal é de suma importância para odesenvolvimento sustentável no planeta. Por isso, investe de forma constante em melhorias de processos ena qualidade de seus produtos, respeitando os princípios éticos de produção e relação com os animais.

Conquistas - Com apenas três anos de atividade, a Alegra Foods já conquistou o selo NAMI (North AmericanMeat Institute) de BEA (bem-estar animal) na indústria pela certificadora WQS (World Quality Services).

Baias coletivas - Desde de 2013 todos os novos projetos já adotam o sistema de baias coletivas para asfêmeas em gestação, conforme as normas de bem-estar animal. Em 2019 irá alojar mais 6.500 matrizes,totalizando 13 mil matrizes e se compromete a chegar nos próximos dez anos com todas as granjasadequadas exclusivamente a este sistema.

Alojamento em grupo - A iniciativa, que conta com o apoio do Fórum Nacional de Proteção e DefesaAnimal, prevê a utilização do sistema de alojamento em grupo, prática utilizada e reconhecida pelosmercados mais exigentes do mundo. Esse compromisso assumido neste ano de 2019 corrobora com oposicionamento de valorização do bem-estar animal, que contempla o abate humanitário, projetos detransporte seguro, entre outras iniciativas.

ALEGRA – COMPROMISSO COM BEM-ESTAR ANIMAL

UNIUM - MARCA ABRE AS PORTAS E MOSTRA SISTEMA DE AGROINDUSTRIALIZAÇÃO

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Edição 12

22/março/19

EXPOFRÍSIA 2019

INSCRIÇÃO DE ANIMAISO setor Pecuário informa que já estão abertas as inscrições para a exposição de animais da raça Holandesa -Preto e Branco e Vermelho e Branco – na Expofrísia 2019. Os interessados devem entrar em contato comRubens, pelo telefone (42) 3231-9132 ou por e-mail [email protected].

Está chegando mais uma edição da Expofrísia. A feira acontecerá entres os dias 25 e 27 de abril, no Pavilhãode Exposições Frísia, em Carambeí-PR.

AVISO – CONVENIADOS UNIMED

A partir do mês de abril o vencimento da Unimed (boleto e débito automático) será sempre no dia 12.Os boletos devem ser retirados na Capal ou podem ser enviados por e-mail, se o cooperado preferir receber o boleto por e-mail, deve informar o endereço eletrônico ao setor de RH.

Informações: 43 3512 1060 | [email protected]

CONTRATAÇÃO DE MOTORISTAS

Para garantir a segurança no transporte da sua safra, a Capal orienta os senhores cooperados para que verifiquem a documentação dos motoristas no ato da contratação, principalmente a CNH. Verificar validade e adequação à categoria.

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INDICADORES FINANCEIROS

DÓLAR COMERCIAL (venda) POUPANÇA (nova) SELIC

R$ 3,80 – 21/03 0,3715 % a.m. - 21/03 6,50 % a. a.

PARANÁ

MILHO

Arapoti-PrComprador: R$ 35,00

Vendedor: R$ 37,00

W.Braz-PrComprador: R$ 34,00

Vendedor: R$ 37,00

SOJA

Disponível CIF Ponta Grossa

(média do dia)

R$ 77,30

Entrega abril/2020 e

pagamento maio/2020 - CIF

Ponta Grossa/PR

R$ 79,90

TRIGO

Superior R$ 920,00 FOB

Intermediário

R$ 800,00 (T-2) PADRÃO

R$ 740,00 (T-2)

R$ 700,00 (T-3)

SÃO PAULO

MILHO

Itararé-SpComprador: R$ 34,00

Vendedor: R$ 38,00

Taquarituba/Taquarivaí-SpComprador: R$ 34,00

Vendedor: R$ 37,00

SOJA

Disponível CIF Santos

(média do dia)R$ 78,50

Entrega março/2020

pagamento abril/2020 – CIF

Entrega abril/2020

pagamento maio/2020 - CIF

Guarujá

R$ 81,20

R$ 81,30

TRIGO

Superior

R$ 950,00 FOB – ITARARE/ SP

R$ 950,00 FOB TQB/TQV/ SP

(falling number mínimo de

250)

Intermediário

R$ 800,00 (T-2) PADRÃO

R$ 730,00 (T-2)

R$ 700,00 (T-3)

MILHO

FUTURO

CIF Guarujá entrega agosto/2019 e pagamento setembro/2019 Comprador: R$ 36,70 Vendedor: sem indicação

CIF Guarujá entrega setembro/2019 e pagamento outubro/2019 Comprador: R$ 36,50 Vendedor: sem indicação

Edição 12

22/março/19

INFORMAÇÕES DO MERCADO AGROPECUÁRIO

FEIJÃO – PREÇOS NA BOLSINHA – SÃO PAULO

Variedade18/03/19

Min. Máx.

19/03/19

Min. Máx.

20/03/19

Min. Máx.

21/03/19

Min. Máx.

22/03/19

Min. Máx.

Carioca Dama 9,5 – 10 S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot S/Cot

Carioca Dama 9 – 9 S/Cot 380,00 S/Cot 380,00 355,00 360,00 350,00 355,00 350,00 355,00

Carioca Dama 8,5 – 9 360,00 365,00 360,00 365,00 335,00 340,00 335,00 340,00 335,00 340,00

Carioca Dama 8 – 8 340,00 345,00 340,00 345,00 310,00 315,00 305,00 310,00 305,00 310,00

Carioca Dama 7,5 – 8 300,00 305,00 300,00 305,00 275,00 280,00 270,00 275,00 270,00 275,00

Carioca Dama 7 – 7 270,00 275,00 270,00 275,00 250,00 255,00 240,00 245,00 240,00 245,00

Carioca Dama 6 – 7 220,00 225,00 220,00 225,00 190,00 195,00 170,00 175,00 170,00 175,00

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INFORMAÇÕES DO MERCADO AGROPECUÁRIO

Edição 12

22/março/19

MILHO - CBOT nesta quinta-feira ignorou o número discreto de embarques semanais e a fortevalorização do Dólar. A combinação dos dois indicadores poderia colocar o mercado em baixanovamente no dia. Porém, ao que tudo indica o mercado começa a se preparar para o dado deIntenção de Plantio a ser divulgado pelo USDA no próximo dia 29 e para a condição de clima no mêsde abril. Por um lado, o possível aumento de área nos EUA será baixista para o milho. Por outro, a área

precisará ser plantada efetivamente, e o clima deste final de inverno vai sinalizando problemas para o Meio-Oeste. Oexcesso de umidade já é evidente em toda a região. Se a primavera seguir muito úmida, haverá problemas para o avançoprecoce do plantio na segunda quinzena de abril. CBOT poderá precificar esta dificuldade de plantio no milho nos próximosdias. Mercado interno continua com pressão de baixa e perda de liquidez na comercialização. Agora, as ofertas surgem e oscompradores se posicionam com preços constantemente mais baixos ou fora de mercado. O mercado terá que testar oponto em que oprodutor decidir parar de vender por que os preços já cederam bastante. Desvalorização do Real frente avalorização do Dólar no mercado internacional ajudou negócios de exportação para a safrinha.

TRIGO - CBOT encerrou a quinta-feira com preços mais altos. O cereal embolsou lucros durante grande

parte da sessão, após bater na quarta-feira o melhor patamar em três semanas. Porém, o cerealreverteu para o território positivo na parte final do pregão, acompanhando os vizinhos milho e soja. Dequalquer forma, a fraca demanda pelo produto norte-americano limitou o ímpeto comprador. Nomercado interno as negociações continuam lentas. Representantes de moinhos compram apenaspequenos volumes para repor estoques. Além disso, mercado argentino em queda o que proporciona

níveis mais baixos para aquisição de trigo. Nesse cenário de baixa liquidez e importado mais barato, as cotações perderamforça nesta semana.

SOJA - Na CBOT, os contratos futuros do complexo fecharam em alta no grão e no farelo, e emqueda no óleo nesta quinta-feira. A previsão de chuvas excessivas nos próximos meses no cinturãoprodutor dos Estados Unidos trouxe preocupação aos produtores e garantiu a elevação, mesmocom as fracas vendas americanas na semana. O farelo de soja mereceu destaque também. Osentimento de que a China deverá comprar mais carne suína nos Estados Unidos, em decorrênciados problemas com a peste suína naquele país, assegurou alta para os insumos da ração animal, como o

milho e o farelo. O mercado também identificou algum avanço nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos.O Ministério do Comércio da China confirmou que um novo ciclo de negociações comercias com os Estados Unidos vaiocorrer na próxima semana, entre os dias 28 e 29 de março, em Pequim. Mercado interno apresentou melhormovimentação com o câmbio contribuindo para que os preços da oleaginosa subissem no mercado doméstico. Junto aisso, a alta de Chicago colaborou para um cenário favorável às negociações.

CAFÉ - Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta

quinta-feira com leve alta. Depois de três quedas, o mercado buscou acomodação técnica. Ainda assim, ovencimento referência segue abaixo do patamar de 95 cents/lb. O vencimento maio/19 encerrou o diacom alta de 5 pontos, a 94,80 cents/lb e o julho/19 anotou 97,55 cents/lb com 10 pontos de ganhos. Osetembro/19 anotou 100,30 cents/lb com 5 pontos de avanço e o dezembro/19 registrou 104,15cents/lb com valorização de 5 pontos. Durante a sessão desta quinta-feira, os futuros do arábica

chegaram a testar máxima de 96,30 cents/lb e mínima de 94,60 cents/lb. Nos últimos dias, o mercado do café arábica naICE caiu forte, se aproximando das mínimas de 10 anos, com investidores negociando diante das informações de amplaoferta global, chuvas em áreas do cinturão produtivo do Brasil e oscilações cambiais, que impactam nas exportações.

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Edição 26

29/junho/18

Edição 12

22/março/19

Comunicação [email protected] – 43 3512 1092 99152 0678

SUÍNOS - Mercado brasileiro com semana apresentando preços firmes. A reposição entre atacado e varejofluiu de maneira calma e a tendência é que ocorra um aquecimento apenas após a virada do mês, com aentrada de salários na economia. A oferta de animais permanece ajustada frente a demanda dosfrigoríficos, dando suporte aos preços. O fluxo de exportação de março é alto, o que ajuda a enxugar adisponibilidade interna. A tendência é de continuidade de ótimos embarques nos próximos meses

considerando o quadro da China, que sofre com forte declínio dos seus estoques por conta do aprofundamento do surto dapeste suína africana. O cenário é positivo, além da disponibilidade interna mais equilibrada, o custo de produção estáperdendo força com preço do milho em queda em diversas regiões do país.

DÓLAR - O dólar comercial encerrou as negociações desta quinta-feira com alta de 0,90% a R$ 3,8010após chegar na máxima do dia a R$ 3,8380 (+1,88%) após a prisão do ex-presidente Michel Temer. Junta-se a isso, a questão da proposta da reforma da Previdência, onde os investidores acharam que o governoaliviou os militares na proposta. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$3,7650 e a máxima de R$ 3,8380.

LEITE - Preço recebido pela indústria - Após o feriado de carnaval, o volume de vendas não ocorreuna quantidade esperada. Em um momento de queda de oferta de leite, os vendedores de UHT, commargens negativas, não aceitaram propostas de redução de preços. Assim, a semana termina combaixa liquidez e preços estáveis. Os queijos tiveram desvalorização em seus preços devido a pressãode estoques. Dessa maneira, alguns agentes preferiram aceitar uma redução nos preços de modo a

aliviar os volumes em câmaras frias. A demanda continua interessante para os leites em pó industriais, o que valorizouos produtos essa semana.Leite UHT (R$/L)

Mercado do leite SPOT - As baixas margens das indústrias, notadamente no leite UHT e nos queijos, e o aumento dosníveis de estoque da indústria para as duas linhas de produtos geraram nova queda no mercado do leite spot.Aparentemente a elevação de preços verificada no início do ano foi movida por expectativas de uma subida de preçosno atacado que acabou não se confirmando até agora, gerando a necessidade destes ajustes (para baixo) nos preços.