alterações climáticas que impactos para a agricultura

GDAP Meeting, Lisbon, 26-27 Nov 2017

Alteracoes Climaticas – Que impactos para a Agricultura Portuguesa

1Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Lisbon, Portugal.

2Instituto Dom Luiz (IDL), Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal.

Feira Nacional de Agricultura, 12 junho 2019

Agradecimentos: Ricardo Trigo, Ana Russo, Carlos da Camara, Andreia Ribeiro, Patrícia Páscoa, Catarina Alonso, Isabel Trigo, Pedro Sousa

Celia M. Gouveia

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Mudanças Climáticas: CO2 - o culpado

•Localização Mauna Loa (Hawai) •Crescimento acelerado • Novo record de 400 ppm em 2014

https://www.nasa.gov/feature/goddard/2016/eye-popping-view-of-co2-critical-step-for-carbon-cycle-science


Tendência da concentração de CO2 atmosférico























O que é uma Mudança Climática?


Mudança climática corresponde à alteração estatisticamente significativa dos parâmetros meteorológicos médios (incluindo a média a variância e toda a forma da distribuição da variável).

IPCC, 2007

GDAP Meeting, Lisbon, 26-27 Nov 2017 Feira Nacional de Agricultura, 12 junho 2019

O que é uma Mudança Climática?

Frequência de ocorrência de anomalias de temperatura relativas ao período 1950-1980

Verão (H.N) Inverno (H.N)

Hansen (2012)

Evolução da distribuição das Temperaturas diárias de verão e inverno no Hemisfério Norte entre 1951 e 2011


Vários parâmetros medidos de forma objetiva têm uma importância particular na caracterização da dimensão das alterações climáticas observadas no passado recente: 1) a variação da cobertura em gelo marinho (área e volume) 2) a variação do nível médio do mar. 3) a variação da temperatura média do ar junto à superfície; 4) a variação da energia total armazenada nos oceanos; Estas variações estão essencialmente cobertas pelas redes de observação

meteorológica e oceanográfica e recentemente por dados de sátélite.


Variações Climáticas recentes


Tendência da área de gelo sobre o Ártico

Séries anuais das anomalias (em %) de extensão

do gelo marinho no H.N. em Março (o mês de

máxima extensão do gelo) e Setembro (o mês de

extensão mínima de gelo). Valores médios para o

período 1981-2010.

(NOAA, 2015)



Tendência da área de gelo sobre o Ártico


Tendência da massa de gelo da Gronelândia (GRACE)

Cumulative change in the total mass (in Gt) of the Greenland Ice Sheet between

April 2002 and April 2015 estimated from GRACE measurements.

(NOAA, 2015)

Cerca de 3000 km3

de gelo perdidos

em 13 anos!



Tendência do nível médio do Mar

Altimetria com base em

satélites (1993-2015).

7 cm em 22 anos

A evolução do nível médio do mar desde 1900 com base

(altímetros + satélite). 20 cm em 115 anos

120 m em 20.000 anos !

9 Feira Nacional de Agricultura, 12 junho 2019


Tendência da temperatura média global (Terra + Oceanos)

De acordo com os dados do Dep. de clima da NASA entre Outubro de 2015 e Agosto de 2016 todos os meses foram record absoluto da temperatura media global para o respetivo mês !


Em 2017 “apenas” os meses de Maio e Julho igualaram os valores máximos atingidos no anoa anterior.


http://www.climate-lab-book.ac.uk/files/2016/05/spiral_optimized.gif



Anomalia sazonal de temperatura média global (em terra) desde 1880, dados do GISS (NASA)

Tendência da temperatura média global (Terra)



Pausa no aquecimento global?

Mas se o planeta está em claro

desequilíbrio radiativo há várias décadas

para onde está a ir o calor “extra”?



Pausa no aquecimento global?

Anomalia anual da temperatura média global (em terra), calculada com janela móvel de 12 meses desde 1880 até 2017. Dados do GISS (NASA)



2018: ano quente e seco na Europe Central

A partir dos valores médios mensais para o período entre 2004 e 2018


Extremos de temperatura da superfície do solo

Temperatura da superfície do solo (LST) obtida por satélite no âmbito do projeto LSA-SAF/IPMA

GDAP Meeting, Lisbon, 26-27 Nov 2017 EGU 2019, Vienna, 7-12 April 2019

Número de meses com anomalias mensais de LST em 2018 (de janeiro a setembro) que são records desde 2004

8

7

6

5

4

3

2

1

Extremos quentes: excecionalidade de 2018


GDAP Meeting, Lisbon, 26-27 Nov 2017 EGU 2019, Vienna, 7-12 April 2019

Anonmalias mensais de Fraction Vegetation Cover (FVC, SEVIRI-LSA-SAF

2018

Impactos de extremos quentes na atividade da vegetação



IPCC 2014

The Mediterranean will

maintain its hotspot status

in the coming decades

E a zona do Mediterrâneo?



Tmin Tmax

30.6ºC

47.3ºC

A onda de calor de 2003 na Europa Ocidental



Total área ardida 450.000 ha

Garcia-Herrera et al. (2010)

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

Year

Bu

rned

are

a (

ha)

Mega-incêndios em 2003

Essencialmente nas primeiras

duas semanas de Agosto



2017 Anos extremos (2003, 2005, 2017)

16-20 Junho 65 mortos

16-17 Outobro 50 mortos


Synoptic conditions for the 14–20 June 2017

period. Shading shows the T2m anomalies (in

ºC). Contours depict Z500 anomalies (in m).

Gridpoints with record-breaking T2m (Z500)

are marked with black dots (crosses)

Frequency distribution of 7–day mean

T850 (in ºC) over Iberia in the historical

period (1948–2016) for each summer

month. The black vertical line shows the

mean T850 for 14–20 June 2017.

(Sánchez-Benitéz et al, 2018)



Secas extremas em Portugal : 2005

Precipitação acumulada na Peninsula Ibérica entre Oct. 2004 e Sept 2005 (% em

relação à média para o período 1961-1990)

A seca mais extrema :

• Lisbon (desde 1865)

• Madrid (desde 1859)

(Garcia-Herrera et al., 2007)


Number of months between September 2004

and July 2005 characterised by an NDVI

anomaly values below -0.025



(Gouveia et al., 2012)


Trigo et al. (2013)

Precipitação mensal acumulada durante o ano hidrológico (expressa em percentagem em relação às normais de 1940-2010)




Séries de Trigo e Cevada (sem tendência) para Portugal e Espanha

2005 2012


Secas extremas em Portugal : impactos na Agricultura


Secas extremas em Portugal : impactos na Agricultura

Concordância entre anos de

baixa produtividade de trigo

e baixa SPEI mensal de

dezembro a junho, utilizando

os prazos de 1, 3, 6, 9 e 12

meses nos subperíodos a

1929-1985 e 1986–2012.

% em relação aos anos de

baixo rendimento.

Baixa produção e baixa

SPEI mensal são definidos

com base no percentil 21

SPEI: Standardised

Precipitation-

Evapotranspiration Index

(Páscoa et al., 2016)


Modelos de risco de seca para culturas agrÍcolas

(Ribeiro et al., 2019, in press)


Mapa de vulnerabilidade das culturas agrícolas à seca

(Alonso et al., 2019, in

preparation)


Modelo de previsão de produção de vinho : Douro




Modelo de Verão




Modelo de Verão (previsóes climáticas)




Dados de Satélite

(Magarreiro et al., 2019)


O Projeto IMPECAF


Obrigado!


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