alistamento eleitoral – capítulo 1

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Direito eleitoral

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Alistamento Eleitoral Captulo 1

1.1. Conceito:

De acordo com Flvia Ribeiro, consiste o alistamento no reconhecimento da condio de eleitor, que corresponde aquisio da cidadania determinando a incluso do nome do alistando no corpo eleitoral. Essa admisso no corpo eleitoral se faz atravs de requerimento formulado pelo interessado.

Para Armando Antnio Sobreira Neto, alistamento eleitoral o ato pelo qual o indivduo se habilita, perante a Justia Eleitoral, como eleitor e sujeito de direitos polticos, conquistando a capacidade eleitoral ativa (direito de votar).

Walber de Moura Agra, em seu livro elementos de direito eleitoral, define como sendo:

Classifica-se o procedimento de alistamento como de jurisdio voluntria, ou seja, no sendo contenciosa, ela no faz coisa julgada material, nem h partes litigando sobre um bem jurdico. Ela no propriamente jurisdio em sentido estrito, consistindo em um pedido que deferido ou no para que se obtenha uma declarao do Poder Judicirio. Nasce com a misso de executar atividades no litigiosas, que no podem ser enquadradas tipicamente com o exerccio de prestao jurisdicional. Portanto, no meritrio tentar enquadrar o alistamento como uma simples sequncia de atos de procedimentos administrativos, haja vista que sua realizao acarreta circunstncias relevantes, a exemplo da impugnao do alistamento ou de sua reviso. Contudo, sua significncia maior reside em representar o primeiro passo no para a cidadania, j que ela no foi concebida sob um prisma restrito, mas requisito inexorvel para o voto, um dos referenciais para a insero do cidado com o trato da coisa pblica. Um dever cvico, antes de ser concebido como um direito. (AGRA, p. 154, 2014).

Denominamos alistamento eleitoral como sendo o ato jurdico pelo qual a pessoa natural adquire, perante a Justia Eleitoral, aps a habilitao e comprovao do preenchimento dos requisitos legais, a capacidade eleitoral ativa e passa a integrar o corpo de eleitores de determinada zona e seo eleitorais. Esse alistamento consiste na primeira fase do processo eleitoral.

1.2. Obrigatoriedade:

O alistamento eleitoral obrigatrio para os brasileiros natos e naturalizadas maiores de dezoito anos, de ambos o sexo (CF, art. 14, 1, inc. I).

1.3. Facultatividade:

O alistamento facultativo para (CF, art. 14, 2, II): Os analfabetos, os maiores de 70 anos de idade; e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.

Obs: O alistamento e o voto para pessoas portadoras de necessidades especiais alfabetizadas so facultativos ou obrigatrios? O alistamento e o voto para pessoas portadoras de necessidades especiais alfabetizadas so obrigatrios. No entanto, no momento do alistamento, incumbe ao serventurio da justia anotar na inscrio eleitoral um FASE de nmero 396 e informar que tipo de deficincia possui o eleitor. Se, por exemplo, for deficiente fsico, haver de ser inscrito em seo eleitoral em andar trreo. Na hiptese de deficincia visual, por sua vez, dever ser providenciada seo eleitoral que contenha fone de ouvido.

1.4. Vedao:

Segundo os incisos I a III do art. 5 do Cdigo Eleitoral, so inalistveis: a) Os analfabetos; b) Os que no soubessem exprimir-se na lngua nacional; e c) Os que tivessem privados, temporria ou definitivamente, dos direitos polticos.

A CF de 1988, por seu turno, no recepcionou o Cdigo Eleitoral nessa parte. Com efeito, so inalistveis atualmente apenas e to somente:

Os estrangeiros, os conscritos, que so aqueles que esto prestando o servio militar obrigatrio (art. 14, 1, I e 2, da CF), e os que estejam privados de seus direitos polticos (Art. 15 da CF).

Tambm so inalistveis os que tenham perdido os direitos polticos em razo de cancelamento de naturalizao por sentena transitada em julgado, por prtica de atividade nociva ao interesse nacional (CF, art. 15, I);

Os que tenham perdido os direitos polticos em razo de aquisio de outra nacionalidade por naturalizao voluntria, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira ou de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condio para a permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos civis (CF, art. 12, 4, II, a e b); e

Os que tenham seus direitos polticos suspensos, nos casos de:

i) Incapacidade civil absoluta (CF, art. 15, II);ii) Condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos (CF, art. 15, III);iii) Recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa (CF, art. 15, IV); ou improbidade administrativa (CF, art. 15, V).

Os presos que no cumpram pena por sentena transitada em julgado que por determinao constitucional sofrem privao de seus direitos polticos podem se alistar e votar desde que haja a montagem de uma estrutura eleitoral no sistema carcerrio e no ocasione transtornos segurana prisional. Sua restrio somente de natureza ftica, no podendo se deslocar e consequentemente no podendo realizar seu alistamento ou votar.

O Art. 15, III da CF diz que vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar nos casos de condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.

Obs: Inalistabilidade do menor de 16 anos. Fazendo-se uma interpretao sistemtica do texto constitucional, tambm so inalistveis os menores de dezesseis anos de idade, que no tiverem implementado ou completado esta idade at a data do pleito (Resoluo TSE n. 21.538/03).

Em relao aos policiais militares, o TSE respondeu Consulta n. 9.923/90, entendendo que esses so alistveis em todos os nveis de carreira em virtude de no haver nenhuma vedao legal. Ns j vimos que a Constituio veda expressamente o alistamento do estrangeiro. Contudo, em virtude do Decreto n. 3.927/2001, que aprovou o Tratado da Amizade, os portugueses que residam no Brasil h mais de 3 anos podem, no caso de reciprocidade mesmo sem naturalizao , alistar-se, votar e ser votados, a exceo para esse ltimo ponto para cargo privativo de brasileiro.

Art. 12; 3. So privativos de brasileiro nato os cargos:I- de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;II - de Presidente da Cmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomtica;VI - de oficial das Foras Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa (Includo pela Emenda Constitucional n 23, de 1999)

No momento do alistamento eleitoral, o portugus deve comprovar a condio de igualdade; Possibilidade de questionamento, a qualquer tempo, se verificando vcio ou irregularidade na condio de igualdade de portugus (RO-1122/SP, Rel. Min. Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto).

1.5. Direito de voto:

a) Obrigatoriedade

O voto obrigatrio para os brasileiros natos e naturalizados maiores de dezoito e menores de setenta anos de idade (CF, art. 14, 1, I).

b) Facultatividade

O voto facultativo para os brasileiros natos e naturalizados:

- Analfabetos;- Maiores de setenta anos de idade; e- Maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.

c) Vedao

Foi vedado o direito de voto para os estrangeiros e, durante o perodo de servio militar obrigatrio, para os conscritos (CF, art. 14, 2). Veda-se tambm, o direito de voto queles que tiveram decretado a perda ou suspenso dos direitos polticos.

Obs: Portugueses residentes no Brasil. Ao portugus que possuir residncia permanente no Brasil, desde que Portugal assegure idntico direito a brasileiro residente em Portugal, , embora estrangeiro, equiparado a brasileiro naturalizado. o cidado lusitano alistvel, pode votar e ser votado, salvo para os cargos elegveis privativos de brasileiro nato, a saber: a) Presidente e vice presidente da repblica; b) Presidente da Cmara dos Deputados; c) Presidente do Senado Federal.

1.6. Domiclio Eleitoral:

O Cdigo Eleitoral (art. 42, pargrafo nico) o definiu como O lugar de residncia ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se- domiclio qualquer uma delas.

Pinto Ferreira diferencia domiclio, residncia e habitao por seu grau de importncia. De acordo com o professor, uma pessoa pode habita um local sem nele residir propriamente, estando apenas de passagem; pode ainda ter a residncia em um local, sem ter o seu domiclio, pois este legalmente necessita do aspecto volitivo de permanncia. Quem tem o domiclio em um local, por presuno legal ter sua residncia, embora nem sempre isso acontea. Ou seja, habitao teria um sentido mais efmero, de local de passagem; residncia, um sentido mais estvel, todavia sem inteno de permanncia; domiclio apresentaria maior estabilidade, haja vista o animus de permanecer.

O Cdigo Civil brasileiro de 2002, por seu turno, definiu o domiclio civil da pessoa natural como sendo o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo (Art. 70). Aduz, tambm, que se a pessoa tiver diversas residncias, onde, alternadamente, viva, ser considerado domiclio seu qualquer delas (Art. 71). E, igualmente, asseverou que domiclio da pessoa natural, quanto s relaes afetas profisso, o lugar onde esta praticada (Art. 72).

Podemos dizer, ento, que os conceitos de domiclio civil e domiclio eleitoral so idnticos?

A resposta negativa!

Com efeito, o TSE j pacificou o entendimento segundo o qual o domiclio eleitoral no se confunde com o domiclio civil. Nesse diapaso, asseverou: O domiclio eleitoral no se confunde, necessariamente, com o domiclio civil. A circunstncia de o eleitor residir em determinado municpio no constitui obstculo a que se candidate em outra localidade onde inscrito e com a qual mantm vnculos (negcios, propriedades, atividades polticas).

V-se, destarte, que a expresso domiclio eleitoral interpretada de forma mais ampla que domiclio civil. De fato, basta que o cidado apresente vnculos ou interesses profissionais, patrimoniais, comunitrios, familiares, polticos ou comerciais com determinada localidade para que venha a requerer sua inscrio eleitoral e ali vir a ser eleitor ou at candidato. J para o mbito civil, o domiclio o lugar em que o cidado se estabelece com nimo definitivo.

Obs: Tcio possui diversos domiclios civis. Onde poder se alistar eleitor? Caso o eleitor tenha vrios domiclios, sua inscrio eleitoral poder ser realizada em qualquer um deles, mediante requerimento ao Cartrio Eleitoral ou ao Posto de Alistamento respectivo.

No existe alistamento sem que o cidado se dirija a um posto da Justia Eleitoral. O cidado, ao completar a idade indicada, deve procurar o cartrio dessa justia especializada para sua efetuao. Isso no impede que o Estado promova campanhas pblicas incentivando o alistamento, haja vista sua importncia para o regime democrtico.

O requerimento de inscrio eleitoral e a transferncia somente podero ser realizados at o perodo de cento e cinquenta dias antes da realizao do pleito (Art. 91 da LE).

Caso o juiz realize inscrio, transferncia ou emisso de segunda via aps o prazo legal, estar sujeito s penalidades do art. 291 do Cdigo Eleitoral. Ao trmino dos trabalhos da Junta Eleitoral, a lei prev a reabertura do alistamento (Art. 70 do CE). 1.7. Procedimento para o alistamento:

a) Introduo

Para que a pessoa seja sujeito de direitos polticos e esteja habilitada ao exerccio do sufrgio, faz-se necessrio que requeira, perante o Cartrio Eleitoral ou Posto de Alistamento do seu domiclio eleitoral, o respectivo alistamento. Ou seja, o alistamento personalssimo, no admitindo que seja formulado o requerimento por procurao.

O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrnico de dados, foi implantado pela Lei n. 7.444, de 20.12.85, e est disciplinado pela Resoluo n. 20.132 (TSE), de 19.03.98 (DJU 22.04.98). aludida instruo normativa fixa 3 fases para o procedimento: qualificao, inscrio e deferimento.

b) Qualificao

A qualificao o ato pelo qual a pessoa natural faz prova de que alistvel e que preenche todos os requisitos, inclusive idade mnima, para se tornar eleitora.

Segundo, Walber de Moura Agra, em seu livro elementos do direito eleitoral, define a qualificao e a inscrio como sendo:

Qualificao o ato de se identificar perante o rgo cartorrio, e a inscrio configura-se no preenchimento dos requisitos para pertencer ao quadro de eleitores. Tem-se concludo o alistamento quando h a realizao de qualificao, da inscrio e da aprovao da solicitao pelo juiz eleitoral, sem que sofra nenhuma impugnao que lhe ateste algum tipo de irregularidade (AGRA, p. 157, 2014).

Os documentos exigidos para a qualificao do eleitor para fins de alistamento so um dos seguintes (Resoluo TSE n. 21.538/2003, art. 13):

i) Carteira de identidade ou documento emitido pelos rgos criados por lei federal, controladores do exerccio profissional (CREA, OAB, CRM, CRC, etc.);

ii) Certificado de alistamento militar ou de quitao do servio militar, para os alistandos do sexo masculino, maiores de 18 anos e at 45 anos de idade, conforme Lei n. 4.375/64;

iii) Certido de nascimento ou casamento, extrada do Registro Civil;

iv) Instrumento pblico do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mnima de 16 (Dezesseis) anos, e do qual constem, tambm, os demais elementos necessrios sua qualificao; ou

v) Documento do qual se identifique a nacionalidade brasileira do requerente (Lei n. 7.444, art. 5, 2, VI).

No cartrio eleitoral ou posto de atendimento, o servidor da Justia ir preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) ou digitar as informaes constantes no documento apresentado no sistema. O RAE dever se preenchido ou digitado na presena do eleitor, manifestando este sua preferncia sobre o local de votao entre aqueles estabelecidos pela zona eleitoral. Os locais estaro dispostos no cartrio ou no posto de alistamento. O eleitor dever assinar ou no caso dos analfabetos pr a impresso digital de seu polegar na presena do servidor (Art. 9 da Resoluo n. 21.538/2003).

Caso a emisso do ttulo no seja imediata, o servidor, atribudo nmero de inscrio, assinar o formulrio e destacar o protocolo de solicitao e o entregar ao remetente.

O ttulo emitido por computador, constando o nome do eleitor, a data de nascimento, a unidade da Federao, o Municpio, a zona, a seo eleitoral onde vota, o nmero da inscrio eleitoral, a data de emisso, a assinatura do juiz eleitoral, a assinatura do eleitor ou a impresso digital de seu polegar, bem como a expresso segunda via, conforme o caso (Art. 23 da Resoluo n. 21.538/2003).

Obs: permitido alistamento a pessoa com quinze anos de idade? Sim. Quanto idade mnima do alistando, vaticinou o TSE: facultativo o alistamento, no ano em que se realizarem as eleies, do menor que completar 16 (dezesseis) anos at a data do pleito, inclusive.

c) Inscrio

Aps comprovar que no h bice ao alistamento, o serventurio do Cartrio Eleitoral preenche um formulrio oficial padronizado. A esse ato, ou seja, o preenchimento do RAE Requerimento de Alistamento Eleitoral chamamos de inscrio eleitoral.

Obs: Quais as operaes que podem ser realizadas com o RAE? a) Alistamento (operao 1); b) Transferncia (operao 3); c) Reviso (operao 5); d) Segunda via (operao 7).

Obs: O eleitor que tem o ttulo do nmero 123456780100 votar em que Estado da Federao? Ele um eleitor do Estado de So Paulo, pois os algarismos nono e dcimo do ttulo eleitoral (01) representam a unidade da federao. Com efeito, de acordo com o art. 12 da Resoluo do TSE n. 21.538/03, o nmero de inscrio do ttulo eleitoral composto de 12 algarismos, sendo: a) Os oito primeiros algarismos sero sequenciados, desprezando-se, na emisso, os zero esquerda; b) Os dois algarismos seguintes sero representativos da unidade da Federao de ordem da inscrio, conforme cdigos nmeros constantes a seguir: 01 So Paulo; 02 Minas Gerais; 04 Rio Grande do Sul; 05 Bahia; 06 Paran; 07 Cear; 08 Pernambuco; 09 Santa Catarina; 10 Gois; 11 Maranho; 12 Paraba; 13 Par; 14 Esprito Santo; 15 Piau; 16 Rio Grande do Norte; 17 Alagoas; 18 Mato Grosso; 19 Mato Grosso do Sul; 20 Distrito Federal; 21 Sergipe; 22 Amazonas; 23 Rondnia; 24 Acre; 25 Amap; 26 Roraima; 27 Tocantins; 28 Exterior (ZZ)

d) Deferimento

O RAE, devidamente instrudo com a documentao pertinente, na sistemtica do Cdigo Eleitoral, deveria ser encaminhado ao Juiz Eleitoral para deciso. Se o magistrado, sob a fiscalizao do Ministrio Pblico e dos partidos polticos, verificasse que no havia vedao ao alistamento, assinava o documento e determinava que o ttulo fosse entregue ao eleitor, aps a assinatura deste no PETE (Protocolo de Entrega do Ttulo Eleitoral).

Hodiernamente, contudo, no h mais assinatura do Juiz Eleitoral no ttulo, mas a chancela mecnica do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral impressa no prprio documento. A rigor, a entrega do ttulo eleitoral feita imediatamente ao alistando antes mesmo de qualquer apreciao judicial. Aguarda-se o deferimento do RAE pelo Juiz Eleitoral apenas para enviar o lote para processamento.Obs: Como emitido e que informaes constam no ttulo de eleitor? O ttulo eleitoral emitido por computador. Dele devem constar, em espaos prprios: o nome do eleitor, a data do seu nascimento, a unidade da federao, o Municpio, a Zona e a Seo Eleitoral onde o eleitor vota, o nmero da inscrio eleitoral, a data de emisso, a assinatura do Juiz Eleitoral (a assinatura eletrnica com o nome do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral tem sido a praxe), a assinatura do eleitor ou a impresso digital de seu polegar (se no souber assinar), bem como, se for o caso, a expresso segunda via. (Resoluo TSE n. 20.132/98, art. 19).

e) Impugnaes e recursos ao alistamento

Incumbe aos partidos polticos, na pessoa de seus delegados, e ao Ministrio Pblico Eleitoral, na pessoa do Promotor de Justia Eleitoral, a fiscalizao de procedimento. A eles a lei eleitoral outorgou legitimidade para impugnar [recurso no prazo de 10 (dez) dias] o ato judicial deferitrio do pedido de alistamento eleitoral.

Em caso de indeferimento do pedido de alistamento, o prprio eleitor tem legitimidade para, no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data do despacho indeferitrio, interpor recurso (Lei n. 6.996/82, art. 7, 1). Entendemos que o Ministrio Pblico Eleitoral tem legitimidade tambm para recorrer em favor de eleitor em caso de indeferimento ilegal do seu pedido de alistamento, pois, em tal hiptese, o Parquet exerce a funo de custos legis, assim como em todas as fases do processo eleitoral.

Os recursos ajuizados, seja no caso de deferimento ou de indeferimento do pedido de alistamento eleitoral, sero processados e julgados pelo TRE.

f) Encerramento do alistamento

O alistamento eleitoral deve ser encerrado na data prevista em lei.

O Cdigo Eleitoral (Art. 67) estabeleceu que nenhum requerimento de inscrio ou de transferncia eleitoral dever se recebido nos 100 (cem) dias anteriores a qualquer pleito eletivo.

A Lei n. 9.504/97 (Art. 91, caput), diversamente, fixou a seguinte regra: Nenhum requerimento de inscrio eleitoral ou de transferncia ser recebido dentro de 150 (cento e cinquenta dias anteriores data da eleio).

Hodiernamente, destarte, predomina o prazo fixado pela Lei de Eleies, ou seja, nenhum alistamento ou pedido de transferncia ser admitido no perodo de 150 (cento e cinquenta) dias anteriores a qualquer eleio.

1.8. Consequncias do no-alistamento:

Se o brasileiro nato no se alistar eleitor at os dezenove anos de idade, incorrer em multa a ser arbitrada pelo Juiz Eleitoral e cobrada no ato de inscrio. No se aplicar a pena de multa ao no alistando que requerer sua inscrio eleitoral at o 151 (centsimo quinquagsimo primeiro) dia anterior eleio subsequente data em que completar os 19 (dezenove) anos (Resoluo n. 21.538/03, art. 15, pargrafo nico). Idntica situao estar sujeito o brasileiro naturalizado que no se alistar at 1 (um) ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira.

1.9. Transferncia, reviso, segunda via, cancelamento e excluso:

a) Transferncia

O alistamento torna o eleitor vinculado a determinada zona e seo eleitorais. No obstante, poder ocorrer mudana de domiclio eleitoral e o cidado solicitar ao Cartrio Eleitoral a respectiva transferncia.

Walber de Moura Agra alerta-nos:

A transferncia eleitoral ocorre quando o eleitor se muda de Municpio ou de zona eleitoral. Alerte-se, todavia, que todas as vezes em que h uma transferncia de Municpio necessariamente no acontece modificao de zona eleitoral. Alguns municpios podem participar de uma mesma circunscrio eleitoral. Se o eleitor mudar de residncia dentro de uma mesma zona, pertencente a um mesmo domiclio, no se realiza transferncia em seu sentido estrito, devendo o eleitor procurar o cartrio para a modificao cadastral de seu endereo. A transferncia eleitoral se configura apenas quando h deslocamento de zona eleitoral ou de municpio. (AGRA, p. 162, 2014).

Para a primeira inscrio (alistamento), basta a comprovao do domiclio eleitoral pelo brasileiro. J para a transferncia (inscrio secundria ou derivada), a lei eleitoral mais rigorosa.

De fato, para o deferimento do pedido de transferncia (operao 3 no RAE), a legislao eleitoral (Art. 15, Resoluo TSE n. 20.132/98) exige:

i) Entrada do requerimento no Cartrio Eleitoral de novo domiclio at 151 dias antes da eleio;ii) Transcurso de, pelo menos, 1 (um) ano da inscrio ou da ltima transferncia;iii) Residncia mnima de 3 (trs) meses no novo domiclio, declarada, sob as penas da lei, pelo prprio eleitor; eiv) Prova de quitao com a Justia Eleitoral: pede-se ao eleitor que apresente:i) Comprovante de votao;ii) Justificativas eleitorais;iii) Certido de quitao eleitoral expedida pelo Cartrio Eleitoral onde estava inscrito; iv) Comprovao de pagamento de multa pelo no exerccio do voto.

Ao requerer a transferncia, o eleitor entregar ao servidor do Cartrio Eleitoral o ttulo antigo e a prova de quitao com a Justia Eleitoral. Uma vez no comprovada a condio de eleitor ou a quitao para com a Justia Eleitoral, caber ao Juiz Eleitoral (de novo domiclio) fixar desde logo a multa a ser paga em virtude da tentativa de realizar o alistamento sem dispor de condies suficientes para tanto ou por agir com desdia em munir seu pedido com as provas necessrias (Art. 18, 2 e 3, da Resoluo n. 221.538/2003).

Essa regulamentao efetuada pela mencionada Resoluo foi muito permissiva no deferimento da transferncia eleitoral, o que pode facilitar que cidados a realizem sem dispor na realidade de qualquer vnculo com o Municpio transferido. O CE ao dispor sobre a matria foi mais feliz ao exigir a comprovao de qualquer documento idneo que atestasse a modificao de domiclio (Art. 55).

A exceo aos requisitos mencionados acima ocorre quando se tratar de transferncia de ttulo de servidor pblico civil, militar, autrquico ou membro de sua famlia em razo de remoo ou transferncia de seu trabalho obedecendo ao prazo legal mnimo de cento e cinquenta dias para protocolar o pedido de transferncia e estando em dia com suas obrigaes eleitorais.

Poder o eleitor requerer transferncia:

i) De um Municpio para outro dentro do mesmo Estado;ii) De um Estado da Federao para outro;iii) Do Brasil para o exterior (votao em embaixada ou consulado); eiv) Do exterior para o Brasil.

Em razo do indeferimento do pedido de transferncia, caber recurso, no prazo de 3 (trs) dias, a contar do despacho judicial, para o Tribunal Regional Eleitoral (CE, art. 57, 2). Esse recurso pode ser interposto pelo eleitor ou por partido poltico (entendemos tambm pelo MP, nos casos de indeferimento legal).

Por seu turno, cabvel recurso dos pedidos de transferncia deferidos, tambm no prazo de 3 dias, contados da data da divulgao da listagem contendo a relao de inscries atualizadas no cadastro, por qualquer partido ou pelo MP (CE, art. 57, 2).

Obs: O trabalhador pode se ausentar do trabalho para realizar alistamento? Por quanto tempo? Haver prejuzo salarial? Para requerer o alistamento eleitoral, os empregados das empresas privadas e os servidores pblicos em geral, podero se ausentar o servio, sem qualquer prejuzo salarial ou da remunerao, por at 2 (dois) dias. Entendemos, contudo, que, em razo da celeridade da Justia Eleitoral, sendo a operao de alistamento realizada em poucos minutos, inclusive com agendamento de horrio pela internet, razovel que o trabalhador se afaste apenas pelo tempo necessrio para a prtica do ato, o que deve ser analisado caso a caso.

Obs: O eleitor em situao irregular com a justia eleitoral poder obter transferncia de domiclio eleitoral? Quando o eleitor estiver em situao irregular (por exemplo, cancelamento de inscrio, perda e suspenso dos direitos polticos, etc.), no poder requerer transferncia, salvo aps regularizar sua situao eleitoral.

b) Reviso

O RAE ser preenchido sob a operao reviso (operao 5) sempre que o eleitor:

i) Necessitar alterar o lugar de votao no mesmo Municpio;ii) Mudar de endereo no mesmo Municpio;iii) Desejar retificar dados pessoais constantes do cadastro eleitoral (exemplo: Nome, endereo, data de nascimento, nome dos pais, etc.); ouiv) Pretender regularizar situao de inscrio cancelada (exemplo: cancelamento por ter deixado de votar, sem justificao, a trs eleies consecutivas, duplicidade, reviso do eleitorado, etc.).

c) Segunda via

Em caso de perda ou extravio do ttulo, assim como em caso de perda ou extravio do ttulo, assim como em caso de inutilizao ou dilacerao, o eleitor poder solicitar pessoalmente ao juiz do seu domiclio eleitoral que se lhe expea a segunda via. Tambm permitido solicitar segunda via em zona eleitoral diversa, mas, nesse caso, deve o eleitor indicar se pretende receber o documento na zona eleitoral de origem ou naquela onde requereu.

Deve ser consignada no RAE, em caso de segunda via, a operao 7 (sete).

No novo ttulo expedido, sem nenhuma alterao, em relao ao documento anterior, inclusive no que concerne data do domiclio, o eleitor dever apor a assinatura ou a impresso digital de seu polegar, se no souber assinar.

No caso de perda ou extravio do ttulo anterior, quando for declarado esse fato na solicitao de transferncia, o juiz do novo domiclio requisitar a confirmao do fato zona eleitoral onde anteriormente o eleitor estava inscrito. A confirmao da perda ou extravio supre a falta do ttulo para efeito de transferncia (Art. 56 do CE).

Obs: O direito de requerer segunda via se encerra no mesmo prazo para alistamento e transferncia? Sem o ttulo de eleitor, possvel o exerccio do direito de sufrgio? O pedido de segunda via pode ser feito em ano eleitoral at 10 dias antes da eleio, porm, mesmo sem o ttulo, o eleitor poder votar regularmente ao apresentar outra documentao que o identifique perante a mesa receptora de votos.

d) Cancelamento e excluso

O Ttulo II da parte III (arts. 71 a 81) do Cdigo Eleitoral denominado Do cancelamento e da Excluso, mas no faz distino entre ambos os institutos.

Ser que a expresso cancelamento da inscrio eleitoral sinnima de excluso de inscrio do cadastro eleitoral?

Para Pinto Ferreira h as seguintes distines: O cancelamento se realiza quando a inscrio de que se trata deixa de existir, como nas hipteses de pluralidade de inscries, quando elas so canceladas, ou na de transferncia do eleitor para outra zona ou circunscrio. A excluso feita contra o prprio eleitor, que deixa de ser eleitor, at que cesse o motivo da excluso, quando poder novamente pleitear e requerer a sua inscrio.

O professor Roberto Moreira de Almeida, entende que o cancelamento e a excluso so procedimentos complementares. Com efeito, constatando-se a irregularidade no procedimento de inscrio eleitoral, dever imposto ao magistrado eleitoral promover o cancelamento da prpria inscrio e a consequente excluso do nome do eleitor do cadastro eleitoral.

O Cdigo Eleitoral, a propsito, estabelece, no caput do art. 71, que so causas de cancelamento:

a) A infrao dos arts. 5 e 42:

O Art. 5 do CE previa as hipteses nas quais determinados indivduos [analfabetos; os que no soubessem se expressar na lngua nacional (silvcolas e portadores de necessidades especiais por deficincia fsica ou mental) e os que tivessem privados, temporria ou definitivamente, dos direitos polticos] no poderiam se alistar eleitores. Tambm estabelecia que os militares soldados e os cabos fossem inalistveis (o alistamento e o voto dos cabos e soldados das Foras Armadas e Polcia Militar hoje so obrigatrios). Uma vez identificado pelo Juiz Eleitoral que algumas dessas pessoas estivesse inscrita eleitora, deveria providenciar o cancelamento da respectiva inscrio eleitoral.

Relembre-se, todavia, que no so mais inalistveis os analfabetos (possuem atualmente alistamento e voto facultativos, nos termos do art. 14, 1, inc. II, a, da CF/88), os silvcolas e os militares, salvo o conscrito (este no pode votar e nem ser votado, segundo o art. 14, 2 da CF/88).

O cancelamento da inscrio eleitoral dar-se- quando o Juiz Eleitoral verificar que o eleitor no possui domiclio eleitoral na regio na qual est inscrito.

Com efeito, h pessoas inscritas em determinadas zonadas eleitorais, mas com domiclio eleitoral em outra. Se constata tal situao, haver o cancelamento da inscrio daquele eleitor em situao irregular, sem prejuzo de eventual apurao da responsabilidade penal, civil e administrativa.

b) Suspenso ou perda dos direitos polticos

Os casos de suspenso ou de perda dos direitos polticos, assunto j estudado (Vide captulo III, item 1.3.5.2), esto elencados no art. 15 da Constituio Federal. Sobre a hiptese em disceptao, assevera o 2 do art. 71 do Cdigo Eleitoral: No caso de ser algum cidado maior de 18 (dezoito) anos privado temporria ou definitivamente dos direitos polticos, a autoridade que impuser essa pena providenciar para que o fato seja comunicado ao Juiz Eleitoral ou ao Tribunal Regional Eleitoral da circunscrio em que residir o ru. De posse das informaes, caber ao juiz eleitoral tomar as providncias necessrias para o cancelamento da respectiva inscrio eleitoral.

c) Pluralidade de inscries:

A duplicidade ou pluralidade de inscries facilmente detectvel em virtude do cadastramento eleitoral eletrnico unificado.

Hodiernamente, nenhum eleitor poder estar registrado em mais de uma seo eleitoral do Pas, ou seja, possuir mais de um ttulo de eleitor vlido.

Com a transferncia ou a reviso deferida, a inscrio eleitoral anterior h de ser imediatamente cancelada.

Obs: Batimento nacional eleitoral. Qualquer pedido de alistamento, transferncia ou reviso submetido ao batimento nacional pelo TSE. Com esse cruzamento de dados do cadastro eleitoral nacional, evita-se a ocorrncia de duplicidades ou de pluralidades de inscries eleitorais.

d) Falecimento do eleitor

O bito de cidados alistveis deve ser comunicado Justia Eleitoral, pelos oficiais do registro civil, at o dia 15 (quinze) de cada ms consecutivo ao do falecimento, sob as penas do art. 293 do CE (CE, art. 71, 3). tal providncia ensejar o cancelamento da inscrio eleitoral do de cujus.

e) Absteno reiterada

O eleitor que deixa de votar em trs eleies consecutivas, no justificar a ausncia ou no pagar a multa por no ter votado, receber como sano o cancelamento de sua inscrio eleitoral.

f) Reviso do eleitorado

O TRE, ao receber a denncia fundamentada de fraude do alistamento eleitoral, dever realizar correio, sob a responsabilidade da Corregedoria Regional Eleitoral. O eleitor que no comparecer reviso ter a sua inscrio cancelada de ofcio (CE, art. 71, 4).

De acordo com a Resoluo TSE n. 21.538/2003, bem como os incisos do art. 92 da Lei das Eleies, o TSE poder determinar a realizao de reviso eleitoral ou correio das zonas eleitorais sempre que:

i) O total de transferncias de eleitores ocorridas no ano em curso seja de 10% (dez por cento) superior ao do ano anterior;ii) O eleitorado for superior ao dobro da populao entre dez e quinze anos, somada de idade superior a setenta anos do territrio da zona ou da rea do municpio; eiii) O eleitorado for superior a 65% da populao projetada para aquele ano pelo IBGE.

Segundo a Resoluo TSE n. 21.940/2003, nos Municpios em que a relao entre a populao e eleitorado for superior a 65% e menor ou igual a 80% a reviso dar-se- por meio de correio ordinria anual.

Obs: Pode haver reviso em ano eleitoral? No ser realizada reviso em ano eleitoral, salvo em casos excepcionais, devidamente autorizados pelo TSE.

Obs: Qual o procedimento realizado para o cancelamento da inscrio do cadastro eleitoral? O procedimento para o cancelamento da inscrio do cadastro eleitoral est traado nos arts. 76 a 79 do CE. Pode-se resumir: a) Comunicao Justia Eleitoral: qualquer irregularidade determinante da excluso ser comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao Juiz Eleitoral; b) Autuao: As peties ou representaes sero autuadas com os documentos que a instrurem; c) Publicao de edital: Haver de ser publicado edital, com prazo de 10 dias para cincia dos interessados, que podero contestar dentro de 5 dias; d) Instruo: se houver necessidade de dilao probatria, ser deferido o prazo de 5 (cinco) a 10 dias para tal fim; e) deciso: deve o juiz decidir no prazo de 5 dias; f) recurso: cabe recurso da deciso judicial para o tribunal regional eleitoral; g) providncias cartorrias: determinado, por sentena, o cancelamento, o cartrio tomar as seguintes providncias:

i) Retirar, da respectiva pasta, a folha de votao, registrar a ocorrncia no local prprio para anotaes e junta-la- ao processo de cancelamento;ii) Registrar a ocorrncia na coluna de observaes do livro e inscrio;iii) Excluir dos fichrios as respectivas fichas, colecionando-as parte;iv) Anotar, de forma sistemtica, os claros abertos na pasta de votao para o oportuno preenchimento dos mesmos; ev) Comunicar o cancelamento ao Tribunal Regional para anotao no seu fichrio.

No caso de excluso por falecimento, tratando-se de evento notrio, sero dispensadas as formalidades de publicao de edital e instruo, tal qual mencionadas nas letras b e c acima.

Obs: Aps cancelada, possvel uma nova inscrio eleitoral? Fundamente a resposta. Sim, de acordo com o art. 81 do CE, cessada a causa do cancelamento, poder o interessado requerer novamente inscrio eleitoral.

1.10. Fiscalizao do alistamento:

Incumbe aos partidos polticos fiscalizar todo o processo eleitoral, que se inicia com o alistamento e se finaliza com a diplomao dos eleitos. Idntica atribuio cabe ao Ministrio Pblico Eleitoral, pois foi ao Parquet concedido o relevante papel de defensor do regime democrtico pela CF/1988.

1.11. Ttulo eleitoral:

o documento expedido pela justia eleitoral que comprova a condio de eleitor, isto , capacidade eleitoral ativa do indivduo.

O ttulo eleitoral impresso em papel com marca d'gua e peso de 120 g/m, com dimenses 9,5 x 6,0 cm, nas cores preto e verde, em frente e verso, tendo como fundo as Armas da Repblica Federativa do Brasil e contornado por serrilha.

O ttulo eleitoral h de ser emitido obrigatoriamente por computador. Em tal documento deve conter os seguintes dados em espaos prprios:

a) O nome do eleitor;b) A data de nascimento;c) A unidade da federao;d) O municpio;e) A zona eleitoral;f) A seo eleitoral; g) O nmero de inscrio com at doze algarismos (os oito primeiros algarismos so sequenciados, os dois algarismos seguintes representam a unidade da federao e os dois ltimos algarismos constituem os dgitos verificadores);h) A data de emisso;i) A assinatura do Juiz Eleitoral;j) A assinatura do eleitor ou a impresso digital do polegar, quando no souber assinar; ek) A expresso segunda via, quando for o caso.

Os TREs podero autorizar, na emisso on line de ttulos eleitorais e em situaes excepcionais, tal como se d em casos de reviso, recadastramento ou rezoneamento, o uso, mediante rgido controle, de impresso da assinatura (chancela mecnica) do presidente do TRE, em exerccio na data da autorizao, em substituio assinatura do Juiz Eleitoral da zona, nos ttulos eleitorais.

O ttulo de eleitor prova a quitao para com a Justia Eleitoral at a data de sua emisso.

Obs: O que vem a ser ttulo net? A justia eleitoral est a disponibilizar, desde o dia 06 de julho de 2009, os servios de alistamento , transferncia ou reviso por meio da rede mundial de computadores. o TTULO NET. Permite aos cidados iniciarem pela internet, a postulao pelos aludidos servios, bem como a atualizao online das obrigaes eleitorais. Aps efetuar o requerimento no meio virtual, o eleitor dever comparecer ao Cartrio Eleitoral ou ao Posto de Atendimento, munido da documentao exigida, para concluir os servios e, eventualmente, receber o ttulo.