alimentos alternativos para aves isa label no rio … · publicaÇÃo do conselho regional de...

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PUBLICAÇÃO DO Conselho Regional de Medicina Veterinária Revista Centauro v.7, n.1, p 17 - 33, 2016 do Estado do Rio Grande do Norte Versão On-line ISSN 2178-7573 http://www.crmvrn.org.br Correspondências devem ser enviadas para: [email protected] O conteúdo científico dos manuscritos são de responsabilidade dos autores 17 ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA AVES ISA LABEL NO RIO GRANDE DO NORTE - BRASIL Alex Martins Varela de Arruda 1 ; Raimunda Thyciana Vasconcelos Fernandes 2 ; Samantha Larissa Gonçalves da Silva 2 ; Aurora da Silva Melo 2 ; Danilo Rodrigues Fernandes 2 ; Francisco Diego Teixeira Dantas 2 ; Thales Marcel Bezerra Filgueira 2 RESUMO - Com o objetivo de avaliar a resposta produtiva e a viabilidade econômica de rações com inclusão de fenos de forrageiras alternativas para aves em sistema semi- intensivo (tipo caipira), foram realizados ensaio de desempenho de corte no setor de avicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN, Parnamirim) e ensaio de desempenho de postura no setor de avicultura da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA, Mossoró). Em cada ensaio foram usados cinco tratamentos, sendo a ração controle de corte (RCOC) e de postura (RCOP) baseadas em milho grão e farelo de soja, suplementadas com minerais e vitaminas, e utilizadas como referência para a inclusão de fenos de forrageiras na formulação de rações experimentais, sendo 20% para frangos de corte e 10% para galinhas poedeiras, respectivamente, pelos fenos de Flor de Seda (RFS), Maniva de Mandioca (RMM), Mata Pasto (RMP) ou Leucena (RLE). No ensaio de desempenho de corte foram utilizadas 600 aves da linhagem Isa Label, com seis repetições e vinte aves por parcela, uniformizadas com base no peso vivo inicial no desempenho de corte. As médias para consumo de ração RCOC, RMM, RFS, RMP e RLE foram de 0,1050; 0,1470; 0,0888; 0,1411 e 0,1441 kg/ave/dia, respectivamente; e os preços das rações foram 1,489; 1,209; 1,189; 1,179 e 1,249 (R$/kg), respectivamente; assim, o custo total com alimentação no período de 84 dias de semiconfinamento das aves para cada ração foi de R$1.950,67; R$1.790,70; R$1.061,90; R$1.676,04 e R$1.813,60 (R$ - reais), respectivamente. Esses resultados demonstraram uma queda relativa no custo com alimentação com a inclusão dos fenos das forrageiras alternativas nas rações, mas ao avaliar o desempenho produtivo em ganho de peso e rendimento de carcaça das aves, a receita total foi menor em cada uma das rações como fenos de forrageiras, e assim, os índices de eficiência econômica e custo médio foram melhores com a ração RCOC, entretanto, a RMM apresentou rentabilidade superior às outras rações com fenos. Por sua vez, no ensaio com aves em postura, foram utilizadas 120 aves da linhagem Isa Label, entre 24 e 40 semanas de idade, com seis repetições e quatro aves por parcela. As médias para o consumo de ração para a RCOP, RMM, RFS, RMP e RLE foram 0,1470; 0,1550; 0,1315; 0,1560 e 0,1580 kg/ave/dia, respectivamente. Os preços por kg da ração foram 1 Professor, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572, Costa e Silva, Mossoró, RN. CEP: 59625900. E-mail: [email protected] 2 Graduados em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572, Costa e Silva, Mossoró, RN. CEP: 59625900.

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PUBLICAÇÃO DO

Conselho Regional de Medicina Veterinária Revista Centauro v.7, n.1, p 17 - 33, 2016

do Estado do Rio Grande do Norte Versão On-line ISSN 2178-7573

http://www.crmvrn.org.br

Correspondências devem ser enviadas para: [email protected]

O conteúdo científico dos manuscritos são de responsabilidade dos autores 17

ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA AVES ISA LABEL

NO RIO GRANDE DO NORTE - BRASIL

Alex Martins Varela de Arruda1; Raimunda Thyciana Vasconcelos Fernandes2;

Samantha Larissa Gonçalves da Silva2; Aurora da Silva Melo2; Danilo Rodrigues

Fernandes2; Francisco Diego Teixeira Dantas2; Thales Marcel Bezerra Filgueira2

RESUMO - Com o objetivo de avaliar a resposta produtiva e a viabilidade econômica

de rações com inclusão de fenos de forrageiras alternativas para aves em sistema semi-

intensivo (tipo caipira), foram realizados ensaio de desempenho de corte no setor de

avicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN,

Parnamirim) e ensaio de desempenho de postura no setor de avicultura da Universidade

Federal Rural do Semiárido (UFERSA, Mossoró). Em cada ensaio foram usados cinco

tratamentos, sendo a ração controle de corte (RCOC) e de postura (RCOP) baseadas em

milho grão e farelo de soja, suplementadas com minerais e vitaminas, e utilizadas como

referência para a inclusão de fenos de forrageiras na formulação de rações

experimentais, sendo 20% para frangos de corte e 10% para galinhas poedeiras,

respectivamente, pelos fenos de Flor de Seda (RFS), Maniva de Mandioca (RMM),

Mata Pasto (RMP) ou Leucena (RLE). No ensaio de desempenho de corte foram

utilizadas 600 aves da linhagem Isa Label, com seis repetições e vinte aves por parcela,

uniformizadas com base no peso vivo inicial no desempenho de corte. As médias para

consumo de ração RCOC, RMM, RFS, RMP e RLE foram de 0,1050; 0,1470; 0,0888;

0,1411 e 0,1441 kg/ave/dia, respectivamente; e os preços das rações foram 1,489; 1,209;

1,189; 1,179 e 1,249 (R$/kg), respectivamente; assim, o custo total com alimentação no

período de 84 dias de semiconfinamento das aves para cada ração foi de R$1.950,67;

R$1.790,70; R$1.061,90; R$1.676,04 e R$1.813,60 (R$ - reais), respectivamente. Esses

resultados demonstraram uma queda relativa no custo com alimentação com a inclusão

dos fenos das forrageiras alternativas nas rações, mas ao avaliar o desempenho

produtivo em ganho de peso e rendimento de carcaça das aves, a receita total foi menor

em cada uma das rações como fenos de forrageiras, e assim, os índices de eficiência

econômica e custo médio foram melhores com a ração RCOC, entretanto, a RMM

apresentou rentabilidade superior às outras rações com fenos. Por sua vez, no ensaio

com aves em postura, foram utilizadas 120 aves da linhagem Isa Label, entre 24 e 40

semanas de idade, com seis repetições e quatro aves por parcela. As médias para o

consumo de ração para a RCOP, RMM, RFS, RMP e RLE foram 0,1470; 0,1550;

0,1315; 0,1560 e 0,1580 kg/ave/dia, respectivamente. Os preços por kg da ração foram

1 Professor, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572,

Costa e Silva, Mossoró, RN. CEP: 59625900. E-mail: [email protected] 2 Graduados em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572, Costa e Silva,

Mossoró, RN. CEP: 59625900.

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de 1,3210; 1,2510; 1,2410; 1,2360 e 1,2710 (R$/kg), respectivamente; o custo total com

a alimentação das aves no período de 16 semanas para cada ração foi de R$521,94;

R$521,17; R$438,62; R$518,25 e R$539,76 (R$ - reais), respectivamente. O custo total

da alimentação com a ração RLE foi superior a todos os tratamentos devido ao maior

consumo dessa ração, porém, as aves que receberam as rações RMP, RMM e RLE,

demonstraram desempenho semelhante às aves que receberam a RCOP, enquanto a

ração RFS prejudicou a produtividade de ovos e inviabilizou rentabilidade. Assim,

comparando-se apenas as forrageiras alternativas nas rações das aves, o feno de leucena

propiciou melhor massa e pigmentação da gema dos ovos, aliado ao melhor índice de

eficiência econômica.

Unitermos: Alimentos forrageiros; Avicultura caipira; Rentabilidade financeira.

ALTERNATIVE FOODS TO ISA LABEL CHICKENS FROM RIO GRANDE

DO NORTE STATE - BRAZIL

ABSTRACT - The objective of this study was evaluate de productive response and

economic feasibility of diets with alternative forage hay in the free range poultry

system, was realized broiler chicken assay performance in the poultry sector of the Rio

Grande do Norte Agricultural Research - EMPARN (Parnamirim-RN) and laying hen

assay performance in the poultry sector of the Semi-Arid Federal University - UFERSA

(Mossoró-RN), respectively. In each experiment, was used five treatments, the control

diet for broiler chickens (RCOC) and laying hens (RCOP) were based on corn grain and

soybean meal supplemented with minerals and vitamins, as a reference for 20% dietetic

replacement for broilers and as a reference for 10% dietetic replacement for hens,

respectively, by silk flower hay (RFS), maniva cassava hay (RMM), kills pasture hay

(RMP) or leucaena hay (RLE). For the broilers performance assay, were used 600 birds

from Isa Label lineage with six replicates content 20 birds each one (box), based on

standardized by initial live weight. The general averages for feed intake of RCOC,

RMM, RFS, RMP and RLE were 0.1050, 0.1470, 0.0888, 0.1411 and 0.1441 kg / bird /

day, respectively; thefeed price per kg were 0.4102, 0.3331, 0.3275, 0.3248 and 0.3441

(US$ / kg), respectively; thus, the total food cost in the period (84 days) with broilers

for each diet was 537.38, 493.31, 292.54, 461.72 and 499.61 (US$ dollar), respectively.

These results showed a relative decrease in the cost of feeding with hay inclusion like

alternative forage in these diets, but the performance as weight gain and carcass yield

were lowers for all diets containing hay forage inclusion, unsatisfactory comparing to

the RCOC diet, whatever the economic efficiency and average cost were higher for the

RCOC diet, however, the RMM diet showed a profitability index which were best

results compare to the other diets with hay forage. For the other way, to evaluate the

performance of laying hens were used 120 birds from Isa Label lineage between 24 and

40 weeks of age with six replicates content 4 birds each one (box). Averages of feed

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intake for the RCOP, RMM, RFS, RMP and RLE were 0.1470, 0.1550, 0.1315, 0.1560

and 0.1580 kg / bird / day, respectively. The feed price per kg were 0.3639, 0.3446,

0.3419, 0.3405 and 0.3501 (US$ / kg), respectively; thus, the total food cost in the

period (16 weeks) with hens for each diet was 143.78, 143.57, 120.83, 142.77 and

148.69 (US$ dollar), respectively. The total food cost of RLE diet was superior to all

treatments due to higher feed intake, but the hens that received RLE and RMM diets,

demonstrated performance similar to birds fed with the RCOP, however, the RFS diet

results significantly impaired on the quality and quantity of eggs with very low

economic viability. Thus, comparing only alternative forages used in the laying hens

diets, leucaena has provided better mass and yolk color of eggs, also allied to the best

economic efficiency rate.

Keywords: Forage food; Free-range poultry; Financial profitability.

INTRODUÇÃO

No mundo, a avicultura de corte e postura tem sinalizado ganhos de mercado em

virtude de produtividade e lucratividade crescente em clara contraposição mercantilista

de outros produtos de origem animal, aspecto que encoraja empreendedores tendo em

vista as boas perspectivas em modernização tecnológica e expansão de mercado. No

Nordeste brasileiro observa-se a mesma tendência, a avicultura como atividade

zootécnica que mais se desenvolveu nas últimas décadas, possibilitando provimento de

fontes proteicas de alto valor biológico com custos de produção relativamente baixos.

Neste contexto, destaca-se a crescente demanda por aves criadas em sistema

semi-intensivo ou tipo caipira, envolvendo menor investimento em infraestrutura de

criadouro, linhagens de aves que suportem adversidades climáticas e maior resistência a

algumas doenças, resultando em aclimatação e adaptabilidade para atender as

expectativas de rusticidade para agreste e semiárido nordestino. Além disso, carne e ovo

tipo caipira agrega excelente valor socioeconômico devido à tendência atual dos

consumidores por alimentos “naturais e saudáveis”, ou seja, produção avícola que

respeita indicativos do bem estar animal e caracteriza-se pela redução ou ausência de

produtos químicos (ARRUDA e FERNANDES, 2014; HOLANDA et al., 2009).

Por outro lado, na avicultura, a alimentação é responsável pela maior parte dos

custos da produção, sendo as fontes de proteína e energia das rações os componentes

mais onerosos, de tal maneira que as rações baseiam-se no binômio milho grão e farelo

de soja, cuja produção e abastecimento podem condicionar fortes oscilações financeiras

na atividade zootécnica em situações de crise econômica. A constante competição entre

provimento desses ingredientes para humanos e animais, quando acompanhado de

redução global na oferta de milho e soja pode causar elevação de custos na produção de

carne e ovos; assim, devido à grande dependência por esses alimentos convencionais

para uma resposta fenotípica satisfatória das aves têm-se estimulado pesquisas por

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alimentos alternativos ou eventuais substitutivos que possam ser usados nas rações e

melhorar a relação custo-benefício (BRUM et al., 2000; CALDERANO, 2010).

Os custos de formulações de dietas para aves devem considerar o valor de cada

ingrediente em contraste ao seu teor nutritivo, portanto, a avaliação nutricional aliada à

análise econômica torna-se um fator determinante na decisão pela utilização ou não de

um ingrediente alternativo na alimentação das aves, bem como, aresposta produtiva

mediante interpretação da conversão alimentar em ganho de peso vivo e rendimento de

carcaça dos frangos, ou taxa de postura e conversão alimentar em peso ou massa de

ovos, assim, permitindo abordagem de parâmetros zootécnicos e econômicos

simultaneamente (LEESON e SUMMERS, 2005).

Alguns trabalhos de pesquisa envolvendo alimentos alternativos regionais, a

saber, plantas forrageiras tropicais cultivadas ou exploradas tipicamente na região

Nordeste brasileira para alimentação dos animais, demonstram a diversidade vegetativa

do bioma agreste e semiárido equatorial quanto ao uso de plantas nativas ou exóticas, o

que pode certamente conduzir a programas de alimentação personalizados.

Portanto, objetivou-se neste trabalho uma avaliação zootécnica e econômica de

rações regionais contendo fenos de Maniva ou Rama de Mandioca, de Folhas de

Leucena, de Mata Pasto ou de Flor de Seda, sobre a produtividade e rentabilidade de

aves da linhagem Isa Label (pescoço pelado), em termos de desempenho dos frangos

para corte e desempenho das galinhas para postura, em instalações avícolas

experimentais localizadas no Rio Grande do Norte – Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

Para realização dos ensaios de desempenho de aves de corte foram utilizadas as

instalações experimentais do setor de avicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária

do Rio Grande do Norte, localizada em Parnamirim-RN, situado nas coordenadas

geográficas de 5°46’ latitude sul e 35°12’ longitude oeste, segundo a classificação de

Köppen, clima tropical chuvoso com verão seco e estação chuvosa adiantando-se para o

outono, temperatura média anual de 28°C e precipitação média anual variando de 1500

a 1800 mm; enquanto, para realização dos ensaios de desempenho das aves em postura

foram utilizadas as instalações experimentais do setor de avicultura da Universidade

Federal Rural do Semiárido, localizada em Mossoró-RN, cujas coordenadas geográficas

são 5º12’ latitude sul e 37º18’ longitude oeste, altitude média de 37 m acima do nível do

mar, segundo a classificação climática de Köppen, semiárido muito quente e com

estação chuvosa no verão atrasando-se para o outono, com temperatura média de 27,4ºC

e umidade relativa média do ar de 68,9%, decorrente de precipitação pluviométrica

anual irregular variando de 146 e 1934 mm (SOBRINHO et al., 2011).

O programa de alimentação das aves foi estabelecido com base nas

recomendações de Oliveira (2005), adaptadas às exigências nutricionais de acordo com

Rostagno (2005). As análises físico-químicas e energéticas dos alimentos e das rações

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foram realizadas conforme metodologias descritas por Silva e Queiroz (2002). Na

Tabela 1, apresentam-se as formulações em ingredientes e seus valores econômicos

enquanto na Tabela 2 apresentam-se as composições nutricionais da ração controle de

corte e ração controle de postura baseadas em alimentos e suplementos convencionais,

as quais serviram para elaboração dos tratamentos ou rações experimentais para os

ensaios de corte e postura, contendo cada um dos fenos de forrageiras regionais do

bioma agreste e semiárido selecionados para este trabalho. Na Tabela 3 apresentam-se

as composições nutricionais dos fenos de Maniva de Mandioca, de Folhas de Leucena

(RLE), Folhas de Mata Pasto ou Folhas de Flor de Seda. Assim, foram estabelecidos

cinco tratamentos a partir da inclusão de 20% de cada feno de forrageira na formulação

da ração controle (sem feno) para aves de corte (RCOC), e analogamente, também

estabelecidos cinco tratamentos a partir da inclusão de 10% de cada feno de forrageira

na formulação da ração controle (sem feno) para aves em postura (RCOP).

Tabela 1. Formulação da ração controle de corte (RCOC) e de postura (RCOP) para

aves e valores econômicos dos alimentos e suplementos

Ingredientes (kg) RCOC RCOP Valor (R$/ kg)

Farelo de milho 68,00 58,00 1,20

Farelo de soja 25,00 22,00 1,80

Farelo de trigo 3,00 10,00 1,00

Fosfato bicálcico 2,00 1,60 3,85

Calcário calcítico 1,00 7,75 0,35

Cloreto de sódio 0,50 0,40 0,12

Suplemento mineral e vitamínico1 0,25 0,25 18,00 1_Premix mineral e vitamínico (composição/kg): ác. retinóico 12000 UI, colecalciferol 3600 UI, alfa-tocoferol 3500

UI, menaquinona 3000 mg, tiamina 2500 mg, riboflavina 8000 mg, niacina 40000 mg, ác. pantotênico 12000 mg,

piridoxina 5000 mg, biotina 200 mg, ác. fólico 1500 mg, cobalamina 20000 mg, ferro 100 g, cobre 20 g, zinco 100 g,

manganês 160 g, selênio 150 mg, iodo 2 g, excipiente q.s.p. 1000 g.

Tabela 2. Composição bromatológica da ração controle de corte (RCOC) e de postura

(RCOP) para aves

Nutrientes (%) RCOC RCOP

Matéria seca 87,40 88,20

Matéria mineral 2,10 5,40

Cálcio total 0,90 4,10

Fósforo total 0,70 0,90

Fibra detergente neutro 12,80 14,00

Fibra detergente ácido 4,20 4,50

Extrato etéreo 3,60 3,00

Proteína bruta 19,00 17,00

Energia metabolizável (kcal/kg)1 3000,00 2700,00 1_Valores de energia metabolizável dos alimentos determinados por Arruda et al. (2010).

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Tabela 3.Composição nutricional dos fenos de forrageiras regionais usados nas rações

Nutrientes (%) Maniva de

Mandioca

Folhas de

Leucena

Folhas de

Matapasto

Flor de

Seda

Matéria seca 87,8 89,65 88,87 89,31

Matéria mineral 8,73 7,27 6,04 10,90

Fibra detergente neutro 58,37 49,05 53,75 42,13

Fibra detergente ácido 41,24 26,49 32,26 32,45

Extrato etéreo 2,94 3,50 2,74 5,51

Proteína bruta 10,80 17,50 12,00 10,20

Energia metabolizável (kcal/kg)1 1653,40 2094,70 1605,97 662,63 1_Valores de energia metabolizável dos alimentos determinados por Arruda et al. (2010).

O ensaio de desempenho para corte (crescimento) foi realizado com pintinhos de

1 dia da linhagem Isa Label, vacinados contra marek, gumboro, new castle, bronquite

infecciosa e bouba aviária. As aves foram alojadas em galpões com abrigos tendo

cobertura de telha de barro, piso em concreto, muretas em alvenaria teladas até altura do

pé-direito, com acesso a solário de chão batido devidamente telado e cercado (parcelas).

Usou-se cama tipo cepilho sobre o piso em cada abrigo e círculos de proteção com

campânulas para aquecimento dos pintainhos na primeira semana de vida, e a partir da

quarta semana de vida as aves foram pesadas e selecionadas para iniciar o experimento.

Nesta fase as condições de criação foram padronizadas, usando-se comedouros e

bebedouros tipo infantil, e posteriormente, substituído por comedouros tubulares e

bebedouros pendulares, efetivando-se a distribuição das aves mediante delineamento

inteiramente casualisado em parcelas equivalentes às repetições por tratamento (rações).

O período avaliado foi de 28 a 112 dias de idade, sendo oferecidos água e ração ad

libitum, acompanhado pela oferta diária de capim elefante também à vontade. Os

alimentos e as aves foram pesados a cada quatro semanas para monitorar o consumo de

ração, ganho de peso e conversão alimentar, enquanto para determinação do rendimento

de carcaça, cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa) e vísceras comestíveis (coração,

fígado e moela), os frangos foram sacrificados mediante manejo pré-abate regido por

protocolo convencional em um abatedouro comercial devidamente inspecionado

conforme a fiscalização vigente. Os dados foram submetidos à análise de variância e

teste de médias para interpretação estatística do desempenho e rendimento produtivo.

O ensaio de desempenho em postura foi preparado a partir da transferência das

frangas em recria devidamente vacinadas para adaptação às instalações experimentais,

alojadas em dois galpões convencionais, piso cimentado com cama de maravalha,

subdividido e cercado com tela alambrado (parcelas), coberto com telhas de barro,

equipadas com comedouros tubulares e bebedouros pendulares, estrutura no sentido

leste oeste. O fornecimento de água e capim verde foi à vontade e o de ração foi restrito

para evitar engorda excessiva das aves nessa fase. Para o experimento selecionou-se120

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galinhas com prevalência de postura a partir de 20 semanas, então distribuídas aos

tratamentos em delineamento inteiramente casualisado, iniciando-se o experimento com

24 semanas e finalizando com 40 semanas de idade. As rações foram pesadas ao início e

ao final de cada semana, por diferença, calculou-se o consumo de cada tratamento. A

coleta de ovos diária em cada parcela permitiu ao final de cada semana calcular a taxa

de postura. O peso médio do ovo obtido dividindo-se o peso total dos ovos pelo número

de ovos por cada parcela, bem como, a massa de ovos, multiplicando-se o número de

ovos pelo respectivo peso dos ovos em cada parcela. A conversão alimentar obtida

dividindo-se a ração consumida pela massa de ovos em certo período, no qual, se

identificavam e pesavam alguns ovos para avaliação qualitativa, sendo cada gema

extraída colocada em superfície branca para determinação da pigmentação por leque

colorimétrico. O peso da gema foi obtido em balança de precisão e a porcentagem de

gema pela relação com o peso do ovo, da mesma forma, após lavagem e secagem das

cascas em estufa, obteve-se o peso e a porcentagem de cascas, enquanto, o peso do

albúmen foi determinado por diferença entre o peso total do ovo e a soma dos pesos da

gema e da casca. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias

para interpretação estatística da produção e qualidade dos ovos.

Para verificar a viabilidade econômica da inclusão dos fenos de forrageiras

regionais nas rações das aves de corte e postura, compararam-se as respectivas rações

controle (RCOC e RCOP), custos e receitas em relação ao uso das rações experimentais,

e assim, não foram considerados os custos fixos, os custos de mão-de-obra ou custos de

montagem do experimento, já que foram iguais em todos os tratamentos, portanto, os

custos com a alimentação foram os que apresentaram variação, e constituíram,

juntamente com a receita bruta, a base para a análise econômica. Assim, determinou-se

o custo da ração por quilograma de ganho de peso vivo para desempenho de corte e o

custo da ração de acordo com a massa de ovos para a postura, e em seguida, foi

calculado o índice de eficiência econômica (IEE) e o índice de custo (IC), seguindo

protocolo de Furlan et al. (2001): Yi= Pi x Qi / Gi , em que Yi é o custo da ração por

quilograma de peso vivo ganho por tratamento; Pi é o preço por quilograma da ração

utilizada por tratamento; Qi é a quantidade de ração consumida por tratamento; e Gi é o

ganho de peso por tratamento. Sequencialmente, foram calculados IEE = (MCei / CTei )

x 100 e IC=(CTe/MCe)x100, em que MCe é o menor custo da ração por quilograma

ganho observado entre os tratamentos e CTei é o custo do tratamento respectivo. O

preço do quilograma de carcaça (carne) nos cálculos baseou-se no valor médio de venda

praticado em supermercados e feiras livres na região oeste potiguar, em torno de R$

16,00 a 13,50 respectivamente. No caso do ovo caipira, a sua comercialização é feita

por unidade, e os dados para a análise ou preço do ovo foi obtido da mesma forma

supracitada, valores médios em torno de R$ 0,50 a 0,60 respectivamente.

Os valores usados para avaliação econômica da alimentação descritos na Tabela

1 foram associados aos valores de R$0,50/kg feno de Leucena, R$0,30/kg para feno de

Maniva de Mandioca; R$0,20/kg feno de Flor de Seda; R$0,15/kg feno de Mata Pasto,

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sendo estes obtidos por entrevista com proprietários/produtores na região oeste potiguar

(comunicação pessoal). Os demais ingredientes tiveram seus preços coletados a partir

do contrato com fornecedores de matérias primas alimentares e suplementos para

fábrica de ração da UFERSA (licitação institucional: www.nfe.fazenda.gov.br). Os

indicadores de custos e receitas foram adaptados a partir de Deleco (2007) e Reis

(2002), para avaliação econômica da inclusão dos fenos de forrageiras em cada ração,

sendo comparado pelas seguintes variáveis: receita total (RT) = preço do quilograma de

carcaça multiplicado pelo rendimento de carcaça, ou, preço da unidade do ovo

multiplicado pela produção de ovos; receita adicional (RA) = diferença entre RT em

cada tratamento e a RT da ração controle; custo total da alimentação (CTA) = preço da

ração multiplicado pela quantidade consumida em cada tratamento; custo adicional

(CA) = diferença entre CTA em cada tratamento em relação ao da ração controle; lucro

adicional (LA) = diferença entre RA de cada tratamento e o valor do acréscimo ao gasto

com alimentação (CA); preço de equilíbrio (PE) = relação entre CTA e o peso da

carcaça, ou, relação entre CTA e a produção de ovos; representa o preço mínimo do

quilograma de carne ou unidade de ovo produzido que amortize o CTA por tratamento;

índice de rentabilidade (IR) = relação entre a RT e o CTA, indicativo unitário da

ultrapassagem do custo em função da receita.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 4 apresentam-se parâmetros avaliados no ensaio de desempenho

produtivo para aves em crescimento, observando-se que o consumo de ração foi maior

com a ração RMM, possivelmente, devido a uma boa aceitabilidade e expressivo teor de

fibra estimulador da motilidade intestinal em concordância com Silva et al. (2000),

sendo seguido pela ração RLE e RMP que permitiram consumo mais elevado que a

ração RCOC (alimentos convencionais), enquanto a ração RFS propiciou menor

consumo devido a provável resiliência de substancias antinutricionais ou fitotóxicas no

feno de flor de seda (MELO et al., 2001; MOREIRA FILHO, 2006). Para o ganho de

peso dos frangos de corte, observou-se maior valor para ração RCOC, seguida pela

ração RMM e ração RLE, similares entre si, mas ainda melhores do que observado com

a ração RMP, no caso do mata-pasto devido à prevalência de taninos (SOUSA, 2004),

enquanto resultado significativamente inferior foi constatado com a ração RFS pelos

fatores supracitados. Esses resultados confirmam que compostos antinutricionais nas

forrageiras regionais podem ser parcial ou totalmente eliminados quando submetidos a

tratamentos térmicos, assim, a fenação pode ter volatilizado o ácido cianídrico na

mandioca (MICHELAN, 2004) e a mimosina na leucena (SUCUPIRA, 2008), gerando

baixa toxidez para monogástricos, ainda que seja assertiva sua restrição dietética para

aves em sistema semi-intensivo. Para os resultados de conversão alimentar,

provavelmente, interações nutricionais envolvendo a fração fibrosa dos fenos de

forrageiras alternativas nas rações, influenciaram absorbabilidade e metabolizabilidade

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de nutrientes na fase de crescimento das aves (ARRUDA et al, 2010), justificando o

melhor valor com a ração RCOC e valores razoáveis com as rações RMM, RLE e RMP,

porém, a ração RFS foi significativamente inferior que os demais tratamentos,

possivelmente, em concordância com Arruda e Fernandes (2014), devido a efeitos

antinutricionais indesejáveis que resultaram na parcial indigestibilidade afetando

intensamente a eficiência alimentar.

Na Tabela 4 verifica-se que os melhores resultados de rendimento produtivo das

aves de corte foram observados para ração RCOC, a qual propiciou melhores médias

para peso vivo ao abate, rendimento de carcaça e peso da carcaça comercializada,

seguido em ordem crescente pelos resultados obtidos com rações RMM, RLE, RMP e

RFS, o que reflete os efeitos metabólicos e fisiológicos destacados no desempenho das

aves, especialmente, em concordância com Campelo et al. (2009), devido à influência

da fibra sobre a conversão alimentar. Da mesma maneira, observou-se diferença

estatística entre os tratamentos com relação ao peso do peito, da coxa, da sobrecoxa, do

coração, do fígado e da moela, ou seja, as aves alimentadas com a ração RCOC

apresentaram melhores resultados, seguido de RMM, RLE, RMP e RFS, evidenciando

que os melhores resultados obtidos com ração RCOC devem-se aos alimentos

convencionais. Todavia, os resultados observados nas rações com fenos de forrageiras,

excetuando-se a ração RFS que gerou os piores resultados devido ao teor residual

fitotóxico da flor de seda (MARQUES et al., 2007), demonstraram certa similaridade,

verificando-se rendimento satisfatório para as aves alimentadas com fenos de mandioca

ou leucena, presumindo-se que a biodisponibilidade de nutrientes tenha sido semelhante

com esses alimentos alternativos.

Tabela 4. Desempenho de aves isa label com ração controle de corte (RCOC) e rações

com feno de leucena (RLE), feno de maniva de mandioca (RMM), feno de mata pasto

(RMP) e feno de flor de seda (RFS) no período de 84 dias em semiconfinamento.

RCO RMM RLE RMP RFS CV %

CRD (g/ave/dia) 130,50b 147,00a 144,20a 141,10a 86,80c 5,40

GPD (g/ave/dia) 41,10a 36,20b 34,00b 32,10c 10,20d 9,50

CA (g/g) 3,70d 4,90b 5,00b 5,40b 14,80a 12,80

PCC (kg/ave) 3,15a 2,75b 2,55b 2,40b 1,10c 9,30

RCA (%) 80,30a 79,60a 79,50a 79,30a 69,80b 1,55

Peito (g/ave) 750,40a 638,10b 596,90b 561,45c 245,00d 9,72

Coxa (g/ave) 457,50a 397,70b 368,20b 347,10c

163,10d 10,37

Sobrecoxa (g/ave) 481,85a 417,20b 390,65b 367,90c 169,75d 11,00

Coração (g/ave) 23,85a 20,75b 20,25b

19,40b 10,50c

12,80

Fígado (g/ave) 48,20a 42,85b 42,20b 40,10b 24,60c 13,40

Moela (g/ave) 58,54b 73,75a 71,23a 69,52a 40,50c 13,80 a,b,c _ médias seguidas de mesma letra na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Student Newman Keulls -

SNK (P<0,05);

CRD: consumo de ração diário; GPD: ganho de peso diário; CA: conversão alimentar; RCA: rendimento de carcaça;

PCC: peso da carcaça comercializada.

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Na Tabela 5, apresenta-se a avaliação econômica fundamentada na relação

receita/custo, mediante os custos variáveis unitários dos ingredientes das rações para

determinar o custo total em função do consumo no período de crescimento das aves em

semiconfinamento, enquanto, a receita total foi determinada pelo preço médio da

carcaça de frango tipo caipira, limpa e resfriada, mediante coleta de dados no comércio

atacadista e varejista na região oeste potiguar. Pode-se notar que o consumo total das

rações RMM, RLE e RMP foram superiores em comparação a RCOC, possivelmente,

em virtude da inclusão dos fenos de forrageiras terem elevado o teor de fibra e

diminuído o teor de energia nas rações, levando a uma tentativa de ingestão

compensatória pelas aves em crescimento (OLIVEIRA et al., 2000). No entanto, a ração

RFS resultou em uma redução significativa de consumo pelas aves pela provável

presença de alguns compostos antinutricionais do tipo glicosídeos, alcaloides e taninos

(MELO et al., 2001).

No entanto, apesar do consumo de ração RCOC ter sido menor em comparação

aos demais tratamentos dietéticos experimentais, seu preço (R$/kg) foi mais elevado por

causa da sua formulação com ingredientes convencionais. Dessa forma, seguindo a

técnica da proporcionalidade para se avaliar o custo com alimentação, a ração RCOC

representou o valor 100, enquanto os demais tratamentos foram estimados em 91,80

para RMM, em 92,97 para RLE; em 85,92 para RMP e em 54,44 para RFS, ou seja,

uma queda relativa no custo com a inclusão das forrageiras regionais. Na Tabela 5,

notam-se nos indicadores de custos e receitas, diferentes rendimentos financeiros

baseados no seguinte pressuposto: os custos de produção só se diferenciam por itens

específicos de despesa, e a receita adicional tem origem nestes custos, ou seja, custos

adicionais geram receitas proporcionais, então, apesar dos custos totais com alimentação

terem sido menores para RMM, RLE, RMP e RFS, ao avaliar o rendimento produtivo

das aves de corte (peso da carcaça comercializada), a receita total desses tratamentos foi

inferior comparado a RCOC.

A diminuição no custo com a alimentação com a inclusão dos fenos de

forrageiras não foi acompanhado pela manutenção do desempenho ou melhoria de

rendimento dos frangos de corte, pois, na verdade, constatou-se redução nos parâmetros

produtivos, consequentemente, houve uma queda relativa na receita, não sendo viável

economicamente a inclusão de 20% destes alimentos alternativos na formulação em

comparação a ração convencional (RCOC). Entretanto, analisando exclusivamente as

rações com os fenos regionais, a RMM e a RLE se mostraram melhores, pois a variação

na receita com alimentação foi menor em comparação com a RMP e mais significativo

para a RFS, portanto, a inclusão dos fenos forçou uma redução na receita, de modo tal

que para cobrir os gastos com alimentação seria necessário aumentar o preço de

equilíbrio. A ração RMM e RLE apresentaram índices de rentabilidade superiores em

comparação com as rações RMP e RFS, então, para cada R$ 1,00 de custo com

alimentação contribui-se R$2,92 ou R$2,75 para a receita, respectivamente. Por fim,

baseando-se na ração RCOC, houve um aumento no índice de custo médio da ração

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para inclusão de 20% de cada forrageira fenada, e assim, os índices de eficiência

econômica não foram viáveis considerando o rendimento produtivo das aves, porém,

vale destacar os melhores índices (IEE) obtidos com fenos de mandioca e leucena.

Tabela 5. Indicadores de eficiência econômica da alimentação em função da inclusão

quantitativa de 20% dos fenos de maniva de mandioca (RMM), de flor de seda (RFS),

de mata pasto (RMP) ou de leucena (RLE) nas rações de aves isa label para corte.

RCO RMM RLE RMP RFS

CRT (kg/período) 1.315,44 1.480,63 1.452,51 1.420,06 893,41

PR (R$/kg) 1,483 1,209 1,249 1,179 1,189

CAT (R$/período) 1.950,67 1.790,70 1.813,60 1.676,04 1.061,90

PFA (kg/R$) 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00

RT (R$) 6.017,36 5.232,76 4.605,50 4.485,74 2.132,75

RA (R$/ave) 0 -784,60 -1.171,62 -1.411,85 -3.884,61

CA (R$/ave) 0 -159,97 -137,07 -274,63 -888,47

LA (R$) 0 -624,63 -1.034,55 -1.137,22 -2.996,14

PE (R$) 5,18 5,47 5,82 5,98 7,96

IR (R$) 3,08 2,92 2,75 2,67 2,01

ICM 100 109 108 116 184

IEE 1,00 0,92 0,93 0,86 0,54

CRT (consumo de ração total); PR (preço da ração em reais); CAT (custo com alimentação total); PFA (preço médio

do frango tipo caipira no atacado e varejo); RT (receita total); RA (receita adicional); CA (custo adicional); LA (lucro

adicional); PE (preço de equilíbrio); IR (índice de rentabilidade); ICM (índice de custo médio) e IEE (índice de

eficiência econômica).

Na Tabela 6, apresentam-se a produção e qualidade dos ovos observados com aves

isa label em fase de postura, alimentadas com rações contendo10% de inclusão de cada

feno de forrageira alternativa regional. Constatou-se que o consumo de ração RMM,

RLE e RMP foram superiores ao da ração RCOP, possivelmente, em virtude do maior

aporte de fibra e seus efeitos sobre motilidade intestinal, porém, a ração RFS propiciou

um consumo significativamente inferior aos demais tratamentos, o que permite inferir

efeito depreciativo sobre aceitabilidade do alimento e efeitos antinutricionais ou

fitotóxicos da flor de seda sobre as aves (ARRUDA et al., 2010; MELO et al., 2001). A

conversão alimentar por massa de ovos foi melhor com a ração RCOP, seguida pelos

resultados obtidos com as rações RLE, RMM e RMP, as quais não diferiram

estatisticamente entre si. A taxa de postura e a massa de ovos foram similares entre as

rações RCOP, RMM, RLE e RMP, permitindo inferir, que a produtividade de

poedeiras alimentadas com fenos de leguminosas alternativas pode ser mantida desde

que as rações sejam de boa qualidade nutricional (LOPES et al., 2014; NUNES

IRMÃO et al., 2008; NASCIMENTO et al., 2001; ODUNSI, 2003). No entanto, a

conversão alimentar das aves alimentadas com a ração RFS foram significativamente

depreciadas, bem como, índices significativamente inferiores para taxa de postura e

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massa de ovos, sendo permissível remeter as pesquisas de Bhatnagar et al. (1996),

Sechinato et al. (2006) e Arruda e Fernandes (2014), que tal efeito tenha sido

propiciado pelo aporte e metabolização de nutrientes para as aves a partir do consumo

e da digestibilidade da ração RFS.

Tabela 6. Produção e qualidade de ovos de aves isa label alimentadas com ração

controle (RCOP) ou com fenos de maniva de mandioca (RMM), de leucena (RLE), de

matapasto (RMP) ou de flor de seda (RFS), no período de 24 a 40 semanas de idade.

RCOP RMM RLE RMP RFS CV (%)

CR (g/a/d) 147,00b 155,00a 157,50a 156,00a 131,50c 3,65

CA (g/mo) 3,40c 3,73b 3,70b 3,76b 4,45a 6,37

TP (%) 73,78a 70,75a 71,55a 70,50a 56,50b 9,63

MO (g/a/d) 43,05a 41,69a 42,75a 41,65a 28,80b 7,05

PO (g/un) 59,00a 58,90a 59,75a 58,95a 50,10b 5,39

CAS (g) 5,95a 6,10a 6,05a 6,00a 6,35b 3,18

ALB (g) 39,70a 39,39a 40,68a 40,00a 30,20b 4,73

GEM (g) 13,35a 13,41a 13,02a 12,95a 13,55b 6,71

CG 1 7,00b 7,00b 9,00a 10,00a 5,00c 3,00 a,b,c _ médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste Student Newman Keulls - SNK

(P<0,05)

CR: consumo de ração, CA: conversão alimentar por massa de ovos, TP: taxa de postura, MO: massa de ovos, PO:

peso do ovo, CAS: peso da casca, ALB: peso albúmen, GEM: peso da gema, CG: cor da gema 1_ leque colorimétrico roche®

Os resultados de qualidade dos ovos apresentados na Tabela 6 permitem notar a

ausência de diferença estatística para valores de peso do ovo, de casca, de albúmen e de

gema, obtidos com os tratamentos dietéticos RCOP, RMM, RLE e RMP, entretanto, os

resultados obtidos com ração RFS foram significativamente inferiores aos demais

tratamentos dietéticos, provavelmente, devido à menor sincronização de nutrientes para

biossíntese dos componentes do ovo pela ave (AHN et al., 1997; LEESON e

SUMMERS, 2005). A coloração da gema diferiu estatisticamente entre os tratamentos,

constatando-se nos ovos das aves com a ração RMM uma pigmentação amarela típica

similar àquelas com aração RCOP, enquanto a ração RFS propiciou menor pigmentação

(amarelo claro), e por sua vez, a ração RLE propiciou maior pigmentação (alaranjado).

Todavia, a intensidade de cor da gema mais elevada foi observada com a ração RMP,

entretanto, uma coloração mesclada exótica, esverdeado escuro, indesejável para

consumo e fora do padrão caipira. A cor da gema responde aos agentes pigmentantes dos

ingredientes da dieta das aves, pois ao ser absorvido via intestinal e transferido para

tecidos hepático, adiposo e cutâneo, entre outros, torna-se factível sua exportação para o

ovário com deposição proporcional à maturidade folicular dos óvulos que se constituirão

nas gemas dos ovos (MACARI e MENDES, 2005; ROMANOFF e ROMANOFF, 1963).

Portanto, a genética da ave e a fenótipo zootécnico podem influenciar a pigmentação da

gema, destacando-se o perfil nutricional da dieta, absorção e metabolização das

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substancias pigmentantes, assim, em concordância com Sucupira (2008), neste estudo, os

compostos carotenóides presentes no feno de leucena que proporcionaram coloração

benéfica na gema do ovo de aves isa label alimentadas com 10% de inclusão desta

forrageira regional na ração.

Na Tabela 7, apresenta-se a avaliação econômica fundamentada na relação

receita/custo, sendo os custos variáveis unitários dos ingredientes das rações para

determinantes do custo total e em função do consumo no período de postura das aves

em semiconfinamento, enquanto, a receita total foi determinada pelo preço médio do

ovo tipo caipira, mediante coleta de dados no comércio atacadista e varejista na região

oeste potiguar. Constata-se que a diferença no consumo de cada tipo de ração reflete-se

diretamente no custo total com alimentação das aves em postura, observando-se maior

valor para ração RLE e menor valor para ração RFS. Apesar do menor preço por kg

para a ração RLE comparado aração RCOP (referencia), o maior consumo pelas aves

resultou em um aumento no custo com a alimentação neste tratamento. Por outro lado, a

taxa de postura não diferiu estatisticamente entre as aves alimentadas com as rações

experimentais, exceto com a ração RFS, de modo tal que a receita com os ovos

produzidos pelas aves neste tratamento foi significativamente insatisfatória em

comparação àquela para ração RCOP. Portanto, a variação na receita adicional foi

inferior ao tratamento controle, consequentemente, houve redução na lucratividade com

a inclusão de 10% de qualquer forrageira regional fenada na ração. No entanto, entre os

alimentos alternativos, vale destacar a viabilidade econômica da ração RLE para as aves

poedeiras, pois o índice de custo e a eficiência econômica foram melhores que os

demais tratamentos, mesmo com o maior custo da alimentação. Cabe ressaltar que no

mercado, os preços são determinados pela relação entre a oferta e a procura, aliado

ainda à satisfação com a qualidade dos ovos, especialmente, valorização e aceitação

da pigmentação da gema, tornando positiva a perspectiva no uso do feno de leucena.

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Tabela 7. Indicadores de eficiência econômica da alimentação em função da inclusão

quantitativa de 10% dos fenos de maniva de mandioca (RMM), de flor de seda (RFS),

de mata pasto (RMP) ou de leucena (RLE) nas rações de aves isa label em postura

RCO RMM RLE RMP RFS

CRT (kg/periodo) 395,15 416,65 424,70 419,35 353,40

PR (R$/kg) 1,32 1,25 1,27 1,23 1,24

CAT (R$/periodo) 522,90 521,15 537,75 520,25 438,60

POC (R$/unidade) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60

RT (R$) 4.967,80 4.754,40 4.807,80 4.744,20 3.940,80

RA (R$/ave) 0 -203,40 -150,00 -213,60 -1.017,00

CA (R$/ave) 0 -0,76 17,82 -3,69 -83,31

LA (R$) 0 -202,64 -167,82 -209,91 -933,69

PE (R$) 0,063 0,066 0,067 0,066 0,068

IR (R$) 9,50 9,12 9,06 9,15 8,60

ICM 102 103 100 104 123

IEE 0,97 0,96 1,00 0,95 0,80

CRT (consumo de ração total); PR (preço da ração em reais); CAT (custo com alimentação total); POC (preço médio

do ovo tipo caipira no atacado e varejo); RT (receita total); RA (receita adicional); CA (custo adicional); LA (lucro

adicional); PE (preço de equilíbrio); IR (índice de rentabilidade); ICM (índice de custo médio) e IEE (índice de

eficiência econômica).

CONCLUSÕES

A produtividade e a lucratividade de frangos de corte e galinhas poedeiras

alimentados com fenos de maniva de mandioca e folhas de leucena foram bem

satisfatórias para produção de carne e ovos do tipo caipira, respectivamente. O feno de

matapasto propiciou resultados razoáveis, mas prejudicou a cor da gema dos ovos, e

notoriamente, observou-se a inviabilidade do feno de flor de seda em rações para aves.

AGRADECIMENTOS

Ao Pesquisador José Flamarion de Oliveira (in memorian) – EMPARN, pela valiosa

parceria institucional para viabilização e execução deste trabalho.

Ao Professor Frederico Silva Thé Pontes – UFERSA, pela valiosa colaboração na

análise econômica da alimentação das aves neste trabalho.

Ao Empresário Alex Sandro Vasconcelos Valentim – Abatedouro Só Aves

(VASCONCELOS e SANTOS LTDA. ME) pela fraternal presteza de instalações,

equipamentos e funcionários.

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