alimento, alimenta- ¦ção, suplemento e alimentadores

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Alimento A imensa maioria das abelhas se alimenta de produtos obtidos nas flores. Os meliponíneos coletam néctar das flores e por desidratação e ação enzimática o transformam em mel que é armazenado na colméia. O mel das abelhas sem ferrão apresenta composição diferente do mel de Apis mellifera. São mais fluidos e cristalizam lentamente. A quantidade do mel armazenado na colméia varia muito, havendo espécies que armazenam quantidades muito pequenas, como é o caso de Leurotrigona. Algumas espécies de Melipona armazenam quantidades bastante grandes, sendo que em algumas regiões elas são criadas para produção de mel, como é o caso de Melipona compressipes (Tiúba) no Maranhão. O principal alimento protéico para as abelhas adultas e suas larvas é o pólen. Após sua coleta nas flores, pelas abelhas campeiras, ele é transportado para a colônia onde é estocado, sofrendo alterações físico- químicas, devido a processos fermentativos.Espécies de Trigona do grupo necrofaga não visitam flores, mas utilizam em sua alimentação carne fresca de animais mortos. Em seus ninhos não são encontrados mel ou pólen, apenas produtos derivados da carne coletada. Assim como nas demais abelhas da Superfamília Apoidea, a alimentação destas espécies baseia-se na coleta do néctar (fonte de energia) e do pólen (fonte de proteína) presente nas flores. Mas, como exceção à regra, existem três espécies de meliponíneos (Trigona hypogea, T. crassipes e T. necrophaga) que utilizam-se de carcaças animais em sua alimentação. E mais; algumas espécies como Lestrimelitta limao vivem apenas roubando ou pilhando mel e pólen de outras abelhas. São verdadeiros pesadelos na vida de outras colônias e dos criadores. Nos potes de estocagem de pólen, são colocados a massa de pólen, sucos digestivos e microrganismos. Posteriormente, esses potes são fechados, prosseguindo a fermentação que se processa, num primeiro momento, sob condições de aerobiose, ocorrendo sucessão de tipos bacterianos, diminuição do pH e da tensão de oxigênio. O produto inicial, rico em pólen e microrganismos, com pH em torno de 5,0 a 6,0; após alguns dias, dá lugar a uma massa fermentada, de coloração marrom levemente amarelado e odor característico, com pH em torno de 2,6, com baixo número de microrganismos (alguns anaeróbios) estando pronto para ser consumido pelas abelhas (Machado, 1971, Fernandes-da-Silva & Zucoloto, 1994). No Brasil, existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, distribuídas por todo o território brasileiro, além de grande parte de toda a faixa tropical e subtropical do planeta. Encontramos meliponineos nas Américas desde o norte do México até a região central da Argentina (Nogueira-Neto, 1997). (UFV –Universidade Federal de Viçosa). FONTE DE ALIMENTO: Todas as abelhas precisam visitar flores para coletar o pólen (fonte de proteína) e o néctar (fonte de açúcar, energia), e levar para a colônia. 1

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Page 1: Alimento, alimenta- ¦ção, suplemento e Alimentadores

Alimento

A imensa maioria das abelhas se alimenta de produtos obtidos nas flores. Os meliponíneos coletam néctar das flores e por desidratação e ação enzimática o transformam em mel que é armazenado na colméia.O mel das abelhas sem ferrão apresenta composição diferente do mel de Apis mellifera. São mais fluidos e cristalizam lentamente. A quantidade do mel armazenado na colméia varia muito, havendo espécies que armazenam quantidades muito pequenas, como é o caso de Leurotrigona. Algumas espécies de Melipona armazenam quantidades bastante grandes, sendo que em algumas regiões elas são criadas para produção de mel, como é o caso de Melipona compressipes (Tiúba) no Maranhão.O principal alimento protéico para as abelhas adultas e suas larvas é o pólen. Após sua coleta nas flores, pelas abelhas campeiras, ele é transportado para a colônia onde é estocado, sofrendo alterações físico-químicas, devido a processos fermentativos.Espécies de Trigona do grupo necrofaga não visitam flores, mas utilizam em sua alimentação carne fresca de animais mortos. Em seus ninhos não são encontrados mel ou pólen, apenas produtos derivados da carne coletada.Assim como nas demais abelhas da Superfamília Apoidea, a alimentação destas espécies baseia-se na coleta do néctar (fonte de energia) e do pólen (fonte de proteína) presente nas flores. Mas, como exceção à regra, existem três espécies de meliponíneos (Trigona hypogea, T. crassipes e T. necrophaga) que utilizam-se de carcaças animais em sua alimentação. E mais; algumas espécies como Lestrimelitta limao vivem apenas roubando ou pilhando mel e pólen de outras abelhas. São verdadeiros pesadelos na vida de outras colônias e dos criadores.Nos potes de estocagem de pólen, são colocados a massa de pólen, sucos digestivos e microrganismos. Posteriormente, esses potes são fechados, prosseguindo a fermentação que se processa, num primeiro momento, sob condições de aerobiose, ocorrendo sucessão de tipos bacterianos, diminuição do pH e da tensão de oxigênio. O produto inicial, rico em pólen e microrganismos, com pH em torno de 5,0 a 6,0; após alguns dias, dá lugar a uma massa fermentada, de coloração marrom levemente amarelado e odor característico, com pH em torno de 2,6, com baixo número de microrganismos (alguns anaeróbios) estando pronto para ser consumido pelas abelhas (Machado, 1971, Fernandes-da-Silva & Zucoloto, 1994).

No Brasil, existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, distribuídas por todo o território brasileiro, além de grande parte de toda a faixa tropical e subtropical do planeta. Encontramos meliponineos nas Américas desde o norte do México até a região central da Argentina (Nogueira-Neto, 1997). (UFV –Universidade Federal de Viçosa).

FONTE DE ALIMENTO:Todas as abelhas precisam visitar flores para coletar o pólen (fonte de proteína) e o néctar (fonte de açúcar, energia), e levar para a colônia. Desta forma, é importante que o local possua uma boa quantidade de flores atrativas às abelhas desta espécie. Logo, para que elas sobrevivam, a região deverá fornecer vegetação abundante para esse fim. A distância ideal entre a colmeia e a mata nativa deve ser de 500 metros, podendo chegar ao máximo de 1500 metros. Mais do que isso é impossível para elas. A distância da fonte de alimento é de suma importância, pois a expectativa de vida da abelha é diretamente proporcional à distância por ela percorrida até a área de pastoreio, ou seja, quanto mais longe estiver a mata nativa, menos tempo viverá a abelha, uma vez que ela gastará mais energia voando.

Entre as plantas mais freqüentadas pelas abelhas sem ferrão, podemos citar as seguintes: árvores frutíferas em geral, além de arbustos ou árvores nativas, tais como Assa-Peixe branco, Alumã, Candeia, Copaíba, Embiriba, Inga de brejo, Ingaí, Ingauçu, Sucupira, Pau-pombo, Munguba, Jatobá, Pau D’arco, Muricí, Pitanga e muitas outras. Para maiores detalhes sobre o assunto “Pasto para as abelhas Uruçus”, consulte a nossa apostila curso, pois lá relacionamos dezenas de espécies vegetais com detalhes diversos.

Pela análise do pasto necessário para Melipona Scutellaris (Uruçu Verdadeira), podemos notar que muitas árvores são nativas, integrantes do ecossistema de cada região, mas outras são

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passíveis de introdução, plantio planejado, como é o caso das frutas cítricas em geral, o eucalipto, sansão-do-campo, mimo-do-céu, astrapéia, etc.. Vale salientar que, quando estivermos avaliando a existência de alimento nas proximidades do local onde se deseja instalar a criação de abelhas, deve-se levar em conta que a Uruçu só alcança o alimento que estiver no raio de até 1 Km. Mais do que isso é impossível para elas. Este assunto é de suma importância, pois a expectativa de vida da abelha é diretamente proporcional à distância por ela percorrida até a fonte de alimento, ou seja, quanto mais longe estiver a mata nativa, menos tempo viverá a abelha, uma vez que ela gastará muita energia voando.

Alimentação e Alimentadores para Meliponíneos

Como todo apicultor sabe que, na escassez de alimentos (néctar e pólen), torna-se necessário alimentar as abelhas principalmente no inverno e na época de muita chuva. No caso das abelhas indígenas sem ferrão não é diferente, temos que recorrer à alimentação artificial para a manutenção de uma razoável taxa de construção de células, estimular a postura da rainha e ao mesmo tempo o desenvolvimento das crias. Podemos oferecer às abelhas esses alimentos de várias maneiras:a) - XAROPE: O xarope é uma mistura de açúcar (cristal) com água fervida. A concentração dessa mistura dependerá da espécie a ser alimentada. Podemos determinar a concentração desse xarope através de um teste muito simples: Prepara-se o xarope em diversas concentrações de açúcar 50% - 60% - 70% - 80%. Coloca-se o xarope num alimentador feito de uma mangueira transparente (conforme ilustração), e vedada nas duas extremidades com algodão que deverá ser embebido no alimento. Usar de preferência algodão de paina (Chorisia speciosa). Coloque os quatros alimentadores, um com cada uma das concentrações acima, no interior da colméia, (na alça) (melgueira) e após meia hora observe qual deles foi mais consumido. Este método é apenas um exemplo, existem vários outros que podem ser adotados. Uma vez selecionada a concentração do xarope, adequado à colônia, passe a utilizá-la quando necessário. b) - CANDI: O cândi é uma pasta cremosa, feita de uma mistura de mel com açúcar na proporção de 2 : 1 e levada ao fogo brando até dar ponto. Após resfriar coloque esta pasta na região dos potes da colônia. Faça esta operação com o máximo de higiene possível para evitar o ataque de predadores e a contaminação do alimento. Como vimos, o alimento artificial pode ser preparado de várias maneiras. Há meliponicultores que empregam o mel de Apis para alimentar as nativas (indígenas); eu desaconselho, mas não podemos descartar a idéia baseando-se na experiência do Prof. Dr. Kerr, que utiliza o mel de Apis em seu meliponário localizado em Uberlândia -MG. Pois bem, até agora falamos da alimentação energética, mas como não poderia deixar de ser é preciso falar também sobre a alimentação protéica. Existem várias formas de se oferecer alimentação artificial a base de proteínas e vitaminas, em substituição ao pólen. Vamos dar alguns exemplos: primeiramente podemos oferecer o próprio pólen da mesma espécie, caso haja em abundância no seu meliponário em famílias fortes; em segundo lugar, como no caso dos energëticos, podemos procurar outras fontes de proteínas que enumeramos a seguir: leite em pó; farinha de soja; Meritene pó (encontra-se nas farmácias)e até mesmo pólen de Apis moído em liquidificador (pó), colocado em potes vazios da espécie a ser alimentada, em pelo menos 1/3 dos potes, ou em potes feitos com cera de Apis (fechado). NOTA: Para dar xarope de reforço às colméias mais fracas, o meliponicultor pode oferecer o xarope, pelo menos, um mês de antecedência as grandes floradas.

Alimentador para Colméias de Abelhas Indígenas Sem Ferrão

A alimentação artificial é muitas vezes indispensável para a manutenção de colônias de abelhas criadas pelo Homem; isto já é conhecido desde a Antigüidade. Com referência aos meliponíneos não poderia ser diferente e a prática o confirma, especialmente nas épocas mais frias do ano e quando há escassez de néctar. Para este fim são usados xaropes de diversas composições mas que, basicamente, consistem de uma solução de açúcar em água.Existem duas maneiras de oferecer este xarope às abelhas:1 – Colocando-o fora da colméia

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2 – Mantendo-o dentro da colméiaAmbos os métodos apresentam vantagens e desvantagens. A alimentação externa, fora da colméia, tem a vantagem de ser administrada a qualquer momento, sem necessidade de abrir a caixa de criação e expor, assim, a colônia ao esfriamento, ao estresse e aos inimigos naturais. Todavia, quando se deixa uma solução açucarada ao ar livre atrai-se não apenas as abelhas de nossas colméias mas, também, as Apis mellifera e outros insetos que vivam por perto, possibilitando ferroadas e saques. Por estes motivos, um alimentador artificial que unisse a capacidade de ser oferecido às nossas colônias sem obrigatoriedade de abrir suas caixas e, ao mesmo tempo, permanecesse exposto apenas no interior das colméias seria, acredito, interessante à meliponicultura e este é o assunto do presente trabalho.A idéia deste alimentador baseia-se na colocação de um tubo de PVC rígido, desses habitualmente usados em construção civil para distribuição de água potável, atravessado entre duas paredes de uma colméia racional e aí fixado com adesivo à base de silicone. Neste cano (tubo fixo) é cortada uma "janela" retangular para que as abelhas tenham acesso a um outro tubo (tubo móvel) cujo diâmetro permita embuti-lo no primeiro mas sem folgas. No cano interno faz-se, ao centro, uma concavidade que quase alcance o lado oposto, e perfura-se o seu fundo, tornando-a uma espécie de funil. Quando abastecemos o tubo móvel com xarope a concavidade também se encherá com a solução açucarada, permitindo a alimentação das abelhas. Nas extremidades do cano móvel são escavadas roscas para que possam ser vedadas por dois tampões também em PVC.A seguir será orientada, passo a passo, a construção do alimentador, cujas medidas estão ajustadas às colméias tamanho médio, modelo Paulo Nogueira-Neto, descritas na edição 1997 do seu livro "Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão" (Editora Nogueirapis). É possível modificar tais medidas, adaptando-as a diferentes modelos de colméias.Estes modelos são usados por inúmeros pesquisadores e meliponicultores. Consiste num pedaço de mangueira de 1 / 2 polegada de diâmetro por 10 centímetros de comprimento, tapado com rolha nas duas extremidades. Cortamos a mangueira no sentido longitudinal, a 1 centímetro a frente de cada rolha, formando um cochinho. Devemos preenche-lo com algodão ou paina embebido em xarope e introduzi-lo na gaveta superior da colméia. A cada três dias devemos retirá-lo, lavá-lo bem, para daí sim dar novo alimento. Fazemos isso para que o alimentador não crie fungos.Meliponicultor, a alimentação artificial além de necessária dá excelentes resultados, fato este muito observado e pesquisado.A alimentação deve ser bem dosada, de acordo com a espécie de abelha, e não se deve alimentar uma colônia mais que uma ou duas vezes por mês, para não sobrecarregar o armazenamento do alimento e não provocar sua fermentação.

Devemos observar também, que existem espécies que não aceitam alimentação artificial, sendo necessário, recorrer a transferência de alguns potes de alimento de colônia que os tenha em excesso, e que seja da mesma espécie. Luiz Augusto Bonacossa Caldas ([email protected]) , Médico e criador deJataís na cidade do Rio de Janeiro.

TUBO FIXOCorta-se um pedaço de 200 mm de cano de PVC rígido com 21 mm de diâmetro interno. Marca-se o centro do tubo e corta-se uma "janela" de 40 mm de extensão, passando por este centro, aprofundando-a até o meio do tubo. O uso de uma serra de corte cilíndrica (serra cilíndrica de tungstênio) montada no arco facilita bastante este trabalho pois, com ela, pode-se cortar o plástico em qualquer sentido. Depois, por meio de uma lixa grossa, retira-se o polimento deste pedaço de cano, deixando-o bem áspero para melhor aderência da cola às suas extremidades, ao embuti-lo nas paredes da colméia, e também para facilitar a locomoção das abelhas sobre ele. Para embutir os tubos fixos nas colméias PNN tamanho médio deve-se fazer dois orifícios, com broca chata de uma polegada, diametralmente opostos nas paredes maiores das gavetas superiores, iniciando-os em um ponto situado a 40 mm da aresta lateral mais próxima e a 30 mm da aresta superior. Desta maneira, o tubo fixo ficará bem próximo ao piso e ao lado menor da gaveta.

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TUBO MÓVEL

Corta-se um pedaço de 233 mm de extensão de um tubo com 21 mm de diâmetro externo (os eletrodutos de PVC rígido são adequados), lixa-se até deixa-lo bem áspero e escavam-se roscas em ambas as extremidades. Faz-se pequena marca no centro do mesmo e aquece-se o local à chama de isqueiro, a gás ou lamparina a álcool com cuidado para não amolecer demais o plástico nem deixar perfuração alguma. Pouco a pouco, à medida que o PVC for amolecendo, força-se a região central do cano com algum objeto fino mas de ponta romba - um estilete de metal com a extremidade arredondada é útil. Desta maneira, o plástico vai sendo deformado, criando uma concavidade para dentro do tubo, até quase encostá-la na superfície interna do lado oposto. A seguir, já com o material frio e enrijecido, perfura-se o fundo da concavidade com uma broca para madeira com 1 a 2 mm de diâmetro, comunicando-a com o interior do tubo e possibilitando, desta maneira, a passagem do xarope quando for aí colocado mas, não, às abelhas. Faz-se também dois ou mais orifícios, com 1 mm de diâmetro, nas bordas da mesma, para permitir a entrada de ar no tubo. Para terminar, atarraxa-se completamente um tampão, também de PVC, em uma das extremidades com rosca e nele, coincidindo com a posição da concavidade voltada para cima, faz-se um furo, com a mesma broca de 2 mm, desde a superfície do tampão até atravessar a parede subjacente do tubo móvel. Este orifício servirá para abastecer de xarope o alimentador já instalado e, ainda, como marca para facilmente identificarmos, estando a colméia montada, a posição da "boca" da concavidade dentro da caixa a qual, a fim de não entornar o líquido, terá de ficar sempre virada para cima. Além disto, introduzindo neste furo um prego de aço ou palito de dentes, pode-se manter o tubo móvel travado na posição ideal, sem movimentos laterais enquanto tarraxamos o tampão da extremidade oposta.

A seguir, introduz-se pequena rolha de borracha ou cortiça, que fique perfeitamente ajustada ao diâmetro interno do tubo móvel, sem sobras, na outra extremidade do mesmo, desliza-se este cano pelo interior do tubo fixo e atarracha-se outro tampão de PVC, passando-o sobre a rolha,

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prendendo o conjunto à caixa de criação. Quando o tubo móvel já estiver fixado no seu lugar, injeta-se, com uma seringa e agulha grossa, 40 ml de xarope pelo orifício abastecedor, fechando-o depois, novamente, com o preguinho de aço ou palito de dentes.

Após um a três dias da colocação do xarope no alimentador, tira-se o tubo móvel que lá estava para impedir a fermentação do açúcar. Isto é feito com facilidade, bastando retirar o tampão que passa sobre a rolha (mantendo esta no lugar) e, por este lado, introduzir outro tubo móvel, sem o xarope mas já ocluído com a rolha e o tampão rosqueado no lado oposto, que empurrará o anterior para fora - não permitindo a saída de abelhas - e assumirá o lugar dele. Depois de embutir o tubo móvel vazio no tubo fixo, coloca-se o tampão na extremidade com a rolha deixando-o dentro da colméia até a próxima alimentação, quando, então, pode-se abastece-lo como já explicado.

Deve-se, sempre, colocar uma vareta de bambu sobre o alimentador, o que dificulta construções de potes de pólen ou mel neste local. É conveniente, ainda, manter a concavidade do tubo móvel voltada para baixo enquanto este for deixado vazio dentro da colméia, para impedir que as abelhas lancem detritos dentro do funil de alimentação. Quando quisermos abastecê-lo, basta girá-lo para a posição adequada. Não esquecer de passar uma fita de teflon, como veda-rosca, antes de colocar o tampão na extremidade do tubo móvel que não tem a rolha, para que não ocorram vazamentos. Com o fim de deixar aberto o orifício de abastecimento de xarope, deve-se passar a fita de teflon sobre as roscas situadas entre este orifício e o centro do tubo, é o suficiente para uma boa vedação.Luiz Augusto Bonacossa Caldas ([email protected]) Médico e criador de Jataís na cidade do Rio de Janeiro.

Cuidados Gerais

Em épocas de escassez de flores, pode ocorrer falta de alimento nas colméias, especialmente em áreas superpovoadas. É importante que o meliponicultor verifique, periodicamente, o estado de suas colméias e, em caso de fome, alimente-as com mel de Apis dissolvido com 20% de água limpa (8 partes de mel para duas partes de água) ou xarope obtido pela mistura de uma parte de açúcar, ou rapadura e uma parte de água. A mistura é fervida, e depois de fria, pode ser utilizada para alimentar a colônia.

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O alimento deve ser colocado em um alimentador, que pode ser um pedaço de mangueira transparente fechado com algodão. Coloca-se o mel ou xarope dentro e fecha-se a outra extremidade também com algodão, fazendo com que este se embeba no xarope. O alimentador é então posto dentro da colméia, tomando-se cuidado para que não vaze. Dadas às características biológicas das abelhas, elas são bastante sensíveis à endogamia, cruzamento entre parentes, por essa razão, o meliponicultor precisa ter em seu meliponário, no mínimo, 40 colméias de cada espécie que esteja criando. Isto não é necessário caso o meliponário esteja instalado em ambiente onde esse número de colméias possa existir na natureza. http://www.ufv.br/dbg/bee/determcastaesexo.htmAs abelhas, em geral, são insetos muito importantes para a polinização e devem ser preservadas. Uma das formas de se fazer isso é preservar colônias naturais. O meliponicultor deve preocupar-se em coletar apenas as colônias que estejam correndo risco, procurando, sempre que possível, não derrubar árvores com o único intuito de coletar colméias dessas abelhas.As abelhas mais comuns na área onde está instalado o meliponário devem ser as preferidas pelo meliponicultor, desde que atendam aos seus objetivos. Na tentativa de obter colméias de abelhas raras na região onde se encontra, o meliponicultor pode inadvertidamente estar contribuindo para a extinção destas abelhas, pois muitas delas não se adaptam às condições de criação.Manejo da colméia no meliponário (Revisões). Começaremos falando sobre as inspeções que devemos fazer periodicamente no meliponário. Deixar as abelhas entregues aos seus próprios cuidados é praticamente impossível de fazer meliponicultura. Um simples fato não verificado poderá acarretar perda total de um enxame, principalmente no que concerne à conservação das colméias que devem estar em bom estado e protegidas do sol e chuva, fatores que interferem no bom andamento do meliponário e na saúde das abelhas. Um manejo adequado, com observações, e revisões periódicas, nos trará sucesso e satisfação. Essas revisões devem ser feitas em épocas certas e com muito critério e não com muita freqüência. O ideal será fazer revisões quinzenais evitando manter as colméias abertas muito tempo, principalmente em estações muito quente ou muito fria o que ocasionaria a morte das crias. O que devemos observar na região dos ninhos?Com tempo de duração mínima, devemos observar:1 - A presença de rainhas virgens ( princesas).2 - A presença de rainha fecundada ( fisográstica).3 - O número de favos e seu diâmetro.4 - A presença de células reais, isto nos trigoninis.5 - A presença de células de aprisionamento.6 - O número de células em construção.7 - O desgaste alar da rainha. O que devemos observar na região dos potes?Na região dos potes devemos observar:1 - O número de potes com mel e vazios.2 - O número de potes com pólen. Ainda podemos verificar a existência na colméia de:1 - Depósitos de própolis.2 - Depósitos de cera.3 - Parasitas e outros. Pois bem, todos esses dados que observamos, deverão ser anotados em uma ficha que futuramente nos dará condições de avaliar a evolução da família e sua potencialidade (vide modelo). Atenção especial deve ter com o pasto meliponícola da região, devendo melhorá-lo com a introdução, na área do meliponário, de espécies de plantas que ofereçam néctar e pólen. Na falta destes elementos devemos nos preocupar com a alimentação artificial. Para facilitar e desenvolver bem o trabalho, devemos numerar as colméias, assim teremos em mãos, uma real situação do nosso meliponário. Fazem parte do manejo, as revisões das colméias durante o ano, antes e após as floradas; o movimento de entrada e saída das abelhas; observar a presença de inimigos interna e externamente e eliminá-los; fortalecer as famílias fracas; multiplicar os enxames fortes, através de divisões; na época de produção colocar melgueiras; no inverno devemos ter o máximo cuidado com os enxames reduzindo espaços para melhorar o aquecimento; colocar alimentador, fornecendo alimento para fortalecer e desenvolver as famílias.

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1. Alimentação artificial para colônias de abelhas do gênero Melipona.a) Internamente às colônias.Quando a administração de pólen for dentro da colméia, o pólen pode ser seco ou

fermentado. No primeiro caso, a quantidade a ser fornecida deve ser no máximo 3g a cada 10 dias para colônias médias e fortes (Notas acima de 6,0). Mais do que isso, este nutriente acumula dentro da colônia sem que seja devidamente manipulado e consumido pelas operárias. O pólen já fermentado é o mais indicado e pode ser usado o pólen de Scaptotrigona sp (mandaguari) ou o pólen de taboa (Camargo, 1976). Foram obtido bons resultados com o pólen de mandaguari fornecido a uma quantidade de 5 a 7g em potes artificiais (AIDAR & CAMPOS, 1994 e AIDAR, 1995) e a intervalos de 25 a 30 dias para colônias de mandaçaia médias a fortes. Com relação às colônias fracas, é preciso muito cuidado quando fornece-se pólen fermentado pois o ataque de forídeos é uma constante. Nestes casos, reduzir a quantidade e observar de 2 em 2 dias para ver se não houve postura de forídeos é uma forma de prevenção contra o ataque deste predador.

Preferencialmente, o pólen fornecido às colônias novas deve ser fermentado para uso imediato pelas operárias aprovisionadoras de células de crias. Assim, a postura da rainha fisogástrica ocorrerá normalmente, sem interrupção e a colônia terá um desenvolvimento ótimo. O excesso de pólen dentro da colônia permite a entrada de forídeos atraídos pelo cheiro que este alimento possui. O pólen de mandaguari apresenta aroma muito forte e adocicado, o que proporciona maior atração de forídeos. É sempre bom ter algumas colônias de mandaguari para servir de fonte de pólen para colônias fracas de mandaçaia.

b) Externamente às colméias.Esta forma de fornecimento de pólen só funciona quando o pólen está na forma sólida e

bem pulverizado. Para isto, o pólen em bolotas deverá passar por um processo de trituração dos seus grânulos normais, podendo ser utilizado um liquidificador comum com lâminas bem afiadas. O pólen em bolotas as campeiras não conseguem coletar (AIDAR, 1996b).

Mistura-se o pó com canela e açúcar cristal, também por meio de liquidificador para homogeneizar bem os ingredientes. Esta mistura foi denominada de PCA (85 % de pólen, 10% de canela em pó e 5% de açúcar), (AIDAR, 1996b). Essências vegetais naturais, como por exemplo, essência ou pétalas de rosas, podem ser utilizadas para atrair mais rapidamente as campeiras. Quando as pétalas de rosas são vermelhas, obtém-se melhores resultados (AIDAR, c.p.). Com um bom treinamento das abelhas, apenas o PCA fornece bons resultados.

Os meliponíneos, em geral, raramente coletam alimento sólido em alimentadores coletivos, dificultando o aumento da atividade de postura da rainha em épocas de escassez de floradas. Isto impede o aumento da população geneticamente ativa e a estação de floradas fica restrita ao fortalecimento das colônias e não à divisão das mesmas, como é preciso acontecer em regiões onde espécies estão sob o efeito da homozigose dos alelos xo.

Tendo como base estas duas técnicas de alimentação de meliponíneos, alimentação interna e externa em alimentadores coletivos, obteve-se a manutenção das colônias em condições ideais para o desenvolvimento dos experimentos. DAVI SAID AIDAR. VARIABILIDADE GENÉTICA EM POPULAÇÕES DE Melipona quadrifasciata Lepeletier e Tetragonisca angustula Latreille (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae).

Alimentação Suplementar das Abelhas Garantindo enxames fortes e produtivos! Quando se fala em alimentação artificial dos enxames, muitos apicultores ficam apreensivos, com medo de contaminar o mel ou viciar as abelhas deixando o enxame preguiçoso. Tudo não passa de um grande engano! Quando se dá alimento para as abelhas na época certa, usando as técnicas de formacorreta e consciente, só há ganho para o enxame e o apicultor. A falta de alimento pode acarretar: enfraquecimento do enxame, abandono das caixas (migração), surgimento de doenças, perda total do enxame, ataque de pragas e prejuízo na produção dos produtos apícolas. Para se ter colméias produtivas é necessário que os enxames estejam sempre bem populosos, pois é preciso "mão-de-obra" para o trabalho de coleta de néctar, pólen, resinas (para a própolis)

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e água, além de outras atividades realizadas pelas abelhas operárias para a manutenção da colônia e conseqüente produção apícola.

O desenvolvimento dos enxames é prejudicado nos períodos longos de frio (inverno), nos muito chuvosos e na entressafra (falta de florada). Nesses períodos as abelhas diminuem suas atividades e passam a consumir suas reservas. A rainha também recebe menos geléia real e reduz a postura de 2000a 3000 ovos por dia, para 100 ovos por dia, resultando em um desequilíbrio populacional (morrem mais abelhas do que nascem). Portanto, se faz necessário fornecer alimentação suplementar para os enxames nos períodos críticos. A época correta para iniciar o fornecimento de alimento varia de acordo com a região. Por isso, o apicultor deverá ficar atento para a entrada (e consumo) de alimento em suas colméias e fazer o seu próprio calendário alimentar. Revisões periódicas e estar atento as variações climáticas devemser práticas habituais do bom apicultor. Podemos dividir os tipos de alimentos artificiais em: alimentos energéticos e alimentos protéicos.

Geralmente, o alimento energético mais usado é o xarope de água com açúcar, mas existe alimento melhor: o Açúcar Invertido; que nada mais é do que açúcar diluído em água mais um ácido (no caso o ácido tartárico), fazendo assim a inversão da sacarose em glicose e frutose. Além do açúcar invertidoter mais aceitação das abelhas do que o xarope simples de água com açúcar, tem a vantagem de não fermentar.

Modo de preparo do açúcar invertido:Misturar 5 Kg de açúcar cristal com 1,7 litros de água, aquecer até liberar vapor, então se apaga o fogo e adiciona-se 5 gramas do ácido tartárico. Após esfriar colocar em embalagens PET de 2 litros.

Dar para as colméias, conforme as suas necessidades, de 1 a 2 litros de alimento por semana, de preferência em alimentador de cobertura ou no de cocho. Deve-se tomar cuidado para não dar excesso de alimento a ponto que as abelhas comecem estocá-lo na área do ninho, bloqueando a postura da rainha. Neste caso deve-se suspender temporariamente a alimentação. A alimentação protéica deve ser oferecida não só para matar a fome ou estimular o crescimento do enxame, mas também toda vez que se observar a falta de entrada de pólen na colméia.No caso dos alimentos protéicos existem várias receitas. Podem ser usados como fontes de proteínas o extrato ou farinha de soja, pólen, polemel, farinha láctea e Terneron (leite em pó para terneiros).

Segue a receita para preparação da ração protéica com Terneron.Ingredientes: 6 partes de açúcar refinado, 3 partes de açúcar invertido e 1 parte de Terneron.Misturar primeiro os ingredientes secos e depois acrescentar o açúcar invertido até ficar homogêneo (aparência de areia molhada).

O consumo deste alimento pelo enxame vai depender da quantidade de abelhas e tipo de florada existente. É oferecido em alimentador de cobertura e a média de consumo está em torno de 100g/dia/colméia.

Para se ter eficiência na alimentação dos enxames, é importante observar alguns cuidados:- Dar preferência a alimentadores individuais para uma alimentação econômica e direcionada aos enxames que realmente necessitam ajuda;- Colocar o alimento ao entardecer, reduzindo assim a pilhagem;- Não derramar alimento no chão ou na colméia;- Reduzir o alvado das colméias que estão sendo alimentadas;- Em períodos chuvosos ficar atento para troca do alimento evitando que mofe dentro da colméia.

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Agradecemos o Professor Silvio Lengler da Universidade Federal de Santa Maria pelas informações e dicas que nos ajudaram na redação deste texto.

Felipe Nunes.mailto:[email protected] mailto:[email protected] Rio de Janeiro, RJ

Suplementação protéica - Max-BeePrimavera o ano todo

Existe uma relação profunda entre a dinâmica dos nutrientes protéicos e vitamínicos na natureza, cuja principal fonte é o pólen, e o processo de reprodução das abelhas e a vida da colméia.

Na primavera os nutrientes do pólen são utilizados para o crescimento do enxame. Quando se inicia o outono a colméia se prepara para um longo período de carência alimentar, diminuindo a área de cria e o tamanho da população, o que determina um baixo potencial de arranque das colméias no inicio da primavera seguinte.

Com as novas tecnologias de alimentação artificial podemos controlar o fluxo desses nutrientes essenciais às colméias, mantendo-lhes o vigor independente da fase do ano e dos efeitos do clima sobre a flora da região.

Para isso, surge no Brasil a primeira ração específica para abelhas com tecnologia 100% nacional. MAXBee- Grascon apresenta uma composição de nutrientes que simula a ação do pólen natural, fornecendo de maneira simples os elementos necessários à nutrição das abelhas. Como resultado temos um aumento da área de cria, do tamanho da população e um controle sobre a reprodução.

MAXBee pode ser utilizado nas seguintes situações de manejo:

Antecipação do arranque das colméias de produção de mel antes da primavera. Manutenção do tamanho da população da colméia entre fluxos de néctar e durante

períodos de adversidades climáticas. Em apicultura migratória, proporcionando uma antecipação do transporte das colméias

para a área desejada. Aumento da população antes dos serviços de polinização, aumentando a eficiência de

frutificação. Criação de abelhas rainhas e zangões selecionados durante períodos de entre safra. Formação de núcleos em períodos pré – floração. Crescimento rápido em enxames capturados. Suporte protéico às colméias que se encontrem em áreas cuja flora proporcione pólen

tóxico. Suporte protéico aos enxames situados em áreas de grande secreção de néctar e/ou

melato, mas com deficiência protéica.

 MANEJO DA COLMÉIA COM O USO DE MAX-Bee

Para arranque após o inverno(45 dias antes da primeira floração de primavera)

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1. Retirar todo o mel presente no ninho. 2. Acrescentar quadros com lâmina de cera alveolada em substituição ao mel retirado. 3. Alimentar a colméia com xarope de sacarose a 66% (1 parte de água e 2 partes de

açúcar), utilizando alimentador de fluxo contínuo e regulável, respeitando a proporção de 7 gramas (um sachê) de MAX-Bee para cada Kg de xarope e consumo de 1 Kg por semana por colméia.

4. Após a primeira semana, introduzir um quadro com cera no centro da área de cria, e assim sucessivamente, durante seis semanas.

5. Controlar a colocação de sobre caixas e retirada de favos com armazenagem de xarope no ninho para introdução em núcleos. Suspender o tratamento quando surgir pólen e néctar naturais.

Área de cria aberta em grupos de colméias tratadas com ou sem MAX-Bee.2004 MAX-Bee - Grascon apresenta uma composição de nutrientes que simula a ação do pólen natural, fornecendo de maneira simples os elementos necessários à nutrição das abelhas. Como resultado temos um aumento da área de cria, do tamanho da população e um controle sobre a reprodução.INDICAÇÃO DO PRODUTOMax-Bee Grascon é um suplemento de aminoácidos proteínas e vitaminas específico para abelhas. Max-Bee é o único suplemento registrado no Ministério da Agricultura para abelhas. Como não contém quaisquer tipos de conservantes, somente componentes nutricionais, não oferece risco de contaminação do mel. MAX-Bee pode ser utilizado nas seguintes situações de manejo:

Antecipação do arranque das colméias de produção de mel antes da primavera Em apicultura migratória, proporcionando uma antecipação do transporte das colméias

para a área desejada e aumento da população antes dos serviços de polinização. Criação de abelhas rainhas e zangões selecionados em períodos de entre safra. Formação de núcleos em períodos pré - floração. Crescimento rápido de enxames capturados.

MODO DE USOMisturar 7 g do produto (um sachê) em 1 Kg de xarope ou pasta de açúcar. Manejo da colméia com o uso de MAX-Bee para arranque após o inverno (45 dias antes da primeira floração de primavera):

1-Retirar todo o mel presente no ninho.2-Acrescentar quadros com lâmina de cera alveolada em substituição ao mel retirado.3- Alimentar a colméia com xarope de sacarose, utilizando alimentador de fluxo contínuo e regulável, respeitando a proporção de 7 gramas de MAX-Bee para cada Kg de xarope (1 sachê contêm 7g, na apresentação à granel a dose corresponde a 15 ml do frasco dosador). O consumo do xarope suplementado deverá ser de 1 Kg por semana por colméia. No lugar do xarope pode-se utilizar a pasta com os mesmos resultados.4- Após a primeira semana, introduzir um quadro com cera no centro da área de cria, e assim sucessivamente, durante seis semanas.5- Controlar a colocação de sobre caixas e retirada de favos com armazenagem de xarope no ninho para introdução em núcleos. Suspender o tratamento quando surgir pólen e néctar naturais.

Como preparar o xarope:Misturar em 1 parte de água a 2 partes de açúcar. Acrescentar mais água no caso de haver cristalização. A água pode ser aquecida para facilitar a mistura, entretanto somente acrescentar

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Max-Bee após a solução estar morna ou a temperatura ambiente. O produto pode ser misturado à mão ou em liquidificador na dose de 7 g (um sache) para cada Kg de xarope. Não é necessário inverter o xarope de açúcar.Importante: Acrescentar 0,5 g de sal de cozinha por Kg de xarope (meia colher das de café)Como preparar a pasta de açúcar:Misturar em 4 partes de açúcar a 1 parte do xarope descrito acima sem o Max-Bee. A consistência deve ser de uma pasta mole que não escorra. Misture Max-Bee na proporção de 7 g (um sache) para cada Kg de pasta. MODO DE CONSERVAÇÃO DO PRODUTOConservar em local seco e fresco, ao abrigo da luz solar direta e fora do alcance de crianças e animais domésticos.DADOS NUTRICIONAIS

Níveis de Garantia do produto: Teor médio dos aminoácidos das proteínas de MAX Bee (em g/Kg)*: Alanina:4,42; arginina:12,23; cistina:3,11; histidina:7,85; isoleucina:16,72; leucina:23,97; lisina:22,13; metionina:6,33; fenilalanina:13,68; treonina:14,74; triptofano:4,35; tirosina:12,52; valina:18,14; serina:6,97; prolina:12,38; ac aspartico:9,69; ac glutâmico:26,77 glicina:2,72. *Níveis médios divulgados apenas como informação nutricional. Não contém conservantes.PRAZO DE VALIDADE:1 ano da data de fabricaçãoAPRESENTAÇÕES:

Caixa com 20 sachês de 7g (peso líquido 140g) Pacote com 200 sachês de 7g (peso líquido 1400g) Pacote com 1kg  

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Barbatimão

Farelo de grãos é testado como substituto alimentar para abelhas Objetivo é afastar os insetos do barbatimão, planta que tem pólen tóxico à criação

Um farelo ultrafino feito com soja, milho e trigo poderá ser a salvação dos apicultores dos cerrados do Sudeste e Centro-Oeste, que têm amargado a morte de colméias por conta da toxicidade do pólen de uma planta nativa. Ainda em fase de testes, o composto deverá funcionar como substituto do pólen

Ac.pantotênico 16.071,00 mg/kg

Biotina 2,15 mg/kg

Colina 4.715,00 mg/kg

Inositol 5.360,00 mg/kg

Lisina 22 g/kg

Metionina 6,5 g/kg

Niacina 35.000,00 mg/kg

Triptofano 4,4 g/kg

Vitamina A 21.500.000,00 ui/kg

Vitamina B1 3.750,00 mg/kg

Vitamina B12 2,7 mg/kg

Vitamina B2 4.300,00 mg/kg

Vitamina B6 2.410,00 mg/kg

Vitamina D3 4.300.000,00 ui/kg

Vitamina K3 1.070,00 mg/kg

Extrato Etereo 2,2 %

Proteina Bruta 33 %

Umidade 2,5 %

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do barbatimão, planta atrativa, porém tóxica e mortífera para as abelhas. De acordo com o professor de apicultura Dejair Message, da Universidade Federal de Viçosa, dados preliminares divulgados por um grupo de apicultores de Carangola (MG) mostram que, se o farelo for posto à disposição das abelhas em alimentadores próximos ao apiário, 15 dias antes de o barbatimão florescer, e esse fornecimento for mantido na florada, é possível evitar a morte de 80% a 90% das crias. "Ainda são testes", alerta Message. "É algo muito trabalhoso, feito numa proporção pequena." Message começou a investigar a morte das crias de abelhas em 1983. Na época, notou que o principal sintoma - mortalidade das larvas com acúmulo de líquido, entre o estágio de pré-pupa e o de pupa - era muito semelhante ao da "cria ensacada", doença provocada pelo vírus SBV (Sac Brood Virus), que impede a metamorfose. Por 13 anos, Message tentou isolar o vírus, apenas com recursos do Brasil. Depois, com bolsa de estudos obtida na instituição inglesa Rothamsted International, o professor examinou todas as amostras de crias com sintomas da doença. "Em 1995, fui fazer meu pós-doutorado na Inglaterra e lá também não consegui achar vírus no material brasileiro." Em novembro daquele ano, voltou para fazer nova coleta de crias doentes em Altinópolis (SP). Também selecionou plantas em florescimento e seus pólens. A tentativa de reproduzir a doença em laboratório, como se faz com o vírus, foi em vão. "Concluímos, então, que não havia vírus." Em 1996, Message orientou uma tese sobre pólens. "Minha aluna utilizou o pólen que eu havia coletado em Altinópolis para alimentar as larvas." Depois de testar vários tipos de pólen, viu-se que um deles causava os mesmos sintomas da "cria ensacada" - o pólen do Stryphnodendron polyphyllum (barbatimão-verdadeiro). Daí a doença ser chamada de cria ensacada brasileira. As constantes reclamações de apicultores também chegaram, na década de 90, ao professor Osmar Malaspina, coordenador do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Rio Claro. "Alguns criadores sugeriram a hipótese de a doença ser causada por alguma planta tóxica", recorda Malaspina. "O professor Dejair começou a investigar o efeito do pólen nas larvas e, o nosso grupo, nas abelhas adultas." Como o pólen do barbatimão é de difícil identificação, os pesquisadores da Unesp optaram por estudar extratos florais (macerados das flores). Pesquisaram-se duas espécies de barbatimão: Stryphnodendron adstringens (barbatimão-verdadeiro) e Dimorphandra mollis (falso-barbatimão), plantas com formação e época de florada diferentes, mas ambas tóxicas às abelhas. "O barbatimão-falso mostrou-se mais tóxico."

Recomendações - Segundo os pesquisadores, a descoberta foi um avanço para tentar solucionar o mal. É, no mínimo, suficiente para embasar algumas recomendações aos criadores, como evitar pôr apiários em regiões de cerrado, com abundância de espécies de barbatimão. Malaspina ressalta como outro benefício da pesquisa o conhecimento mais profundo das substâncias presentes em plantas nativas e seus efeitos sobre insetos benéficos. Message aponta o progresso com a busca pelo substituto alimentar, no caso das abelhas. "O importante é o apicultor evitar produtos antibióticos, incapazes de cortar os efeitos do pólen e que contaminam os produtos apícolas brasileiros, hoje bastante vendidos no exterior." O apicultor deve, por isso, procurar a ajuda de especialistas.

Saída é o deslocamento das colméias para longe do cerrado Divulgação Wenzel: perda de 799 colméias em 98

Deslocar as colméias para outras localidades durante a florada do barbatimão tem sido a solução adotada pela maioria dos apicultores de São Paulo e Minas. É um método paliativo, enquanto não se comprovam as propriedades do substituto alimentar para as abelhas, que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa para desviar de seu rumo natural os insetos atraídos pelo pólen da vegetação nativa. O apicultor Wilson Wenzel, dono de propriedades em São Carlos (SP) e Taiobeira (MG), diz que, apesar de ser uma despesa a mais, o custo do transporte das colméias é compensado pela venda dos produtos. Em 1998, Wenzel perdeu 799 colméias em sua fazenda no norte de Minas. "Parece

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mentira, mas sobrou uma só", diz ele, lembrando o prejuízo. Toda a cria das abelhas morreu e, como o ciclo do inseto dura cerca de 50 dias, a morte das adultas culminou no fim da criação.

Florada - Na fazenda de São Carlos, onde sofreu conseqüências semelhantes durante quase 40 anos, Wenzel logo desconfiou do motivo da morte das abelhas: a propriedade recém-adquirida possuía uma vasta plantação de barbatimão. "Depois que passamos a verificar as floradas e a ajudar o trabalho do professor Malaspina (Osmar Malaspina, coordenador do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp), notamos que o problema era a vegetação." A surpresa para Wenzel foi o período da morte dos insetos: "Em São Carlos, ocorria entre novembro e janeiro. Em Minas, começou em outubro." Segundo o professor de apicultura Dejair Message, de Viçosa, a época da florada varia de acordo com a região. "No Rio e Espírito Santo, o barbatimão floresce entre janeiro e março", acrescenta. Atualmente, o apicultor transporta suas 500 colméias de São Carlos para uma propriedade arrendada no norte do Paraná. Fora o custo da terra, Wenzel desembolsa R$ 3 mil - R$ 600 a cada cem colméias transportadas. "Não tem jeito. Tem de pagar, senão a criação fica e morre." (T.F.)

Suplemento Agricola (10-04-02) Pagina-G14 Quarta-feira, 10 de abril de 2002

Rapadura para alimentar abelhas

Em algumas regiões, é comum o uso da rapadura em substituição ao alimento descrito acima. Embora muito prático, uma vez que o alimento já se encontra pronto, sendo de difícil fermentação, muitos enxames acabam morrendo pela utilização da rapadura em virtude da falta dos seguintes cuidados:* Baixa qualidade do produto - por se tratar de um alimento para consumo animal, alguns apicultores compram um produto de menor custo e baixa qualidade, muitas vezes já fermentado. * Armazenamento inadequado - é comum os apicultores deixarem a rapadura armazenada em locais úmidos, favorecendo a fermentação do produto. * Fornecimento inadequado - alguns apicultores fornecem a rapadura exposta ao meio ambiente e à umidade da noite, muitas vezes no chão,facilitando sua fermentação. A quantidade, aparentemente, também influencia: alguns enxames conseguem consumir uma rapadura com cerca de 300 g em 24 horas. O fornecimento de uma quantidade maior pode causar problemas intestinais e matar as abelhas. Assim, é recomendado que se ofereça, no máximo, uma rapadura pequena (300 g) duas vezes por semana. * Falta d'água - como a rapadura é sólida, as abelhas necessitam de muita água para dissolvê-la, transformá-la em mel para depois poderem consumir. O gasto energético dessa operação é alto e, para compensá-lo, a água deverá estar bem próxima ao apiário. Alguns produtores molham a rapadura para facilitar o trabalho das abelhas, porém, isso aumenta o riscode fermentação Fonte: Embrapa

Felipe [email protected] - [email protected] Rio de Janeiro, RJ

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