alexandre juan lucas
TRANSCRIPT
•
IV CONGRESSO ABESE –IV CONGRESSO ABESE –Navegando nas dimensões: cuidar, ensinar, Navegando nas dimensões: cuidar, ensinar,
pesquisar e gerenciar pesquisar e gerenciar
Julgamento Ético SimuladoJulgamento Ético Simulado
Alexandre Juan LucasAlexandre Juan Lucas
Mestre em Bioética – Fiscal COREN-SPMestre em Bioética – Fiscal COREN-SP
Lei Nº. 5.905, de 12/07/1973
Lei Nº. 5.905, de 12/07/1973
Criação do Conselho Federal e dos
Criação do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais
Conselhos Regionais
Lei nº. 7.498, de 25/06/1986
Lei nº. 7.498, de 25/06/1986
Lei do Exercício
Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem
Profissional da Enfermagem
Decreto nº.94.406, de 08/06/1987
Decreto nº.94.406, de 08/06/1987
Regulamenta a lei nº. 7.498,
Regulamenta a lei nº. 7.498,
de 25/06/1986
de 25/06/1986Código de Ética
Código de Ética
Resolução COFEN 311/2007
Resolução COFEN 311/2007
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Documentos básicos de enfermagem: principais leis e resoluções que regulamentam o exercício profissional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. São Paulo: Coren-SP, 2003.
Fundamentação
• Conforme dispõe a Lei 5.905/1973, em seu artigo X, compete ao Conselho Federal de Enfermagem: “promover estudos e campanhas para o aperfeiçoamento profissional;
• Corrobora com a Resolução COFEN 353/2009: Corrobora com a Resolução COFEN 353/2009:
“Art. 1º Objetivando o aprimoramento profissional, a melhoria das condições do exercício profissional dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem e a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem prestada à população brasileira, ficam os Conselhos Regionais de Enfermagem autorizados a promover estudos e campanhas para o aperfeiçoamento profissional.”
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. RESOLUÇÃO COFEN N° 353/2009 – Confere aos Conselhos Regionais de Enfermagem atribuições para promover estudos e campanhas para o aperfeiçoamento profissional.
O Ensino
As diretrizes curriculares nacionais propõem aos cursos de Enfermagem uma formação que contemple os aspectos específicos da atuação do futuro profissional, e recomenda a inclusão de discussões que permitam a consciência ética, cidadã e o enfrentamento dos problemas ético-legais e sociais.
A construção das habilidades e competências designadas no perfil do egresso desejado se dá, em certa medida, no uso de estratégias de ensino-aprendizagem condizentes.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO /CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR - RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 3, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem.
A Ética Profissional
• A Ética pode ser definida como sendo a ciência da moral, da conduta ou o estudo dos princípios e valores morais que guiam as ações e comportamentos de uma pessoa ou de um grupo de pessoas.
O fruto desta reflexão é apresentado sob a forma de regras nos códigos de Ética, adotados oficialmente por um determinado corpo de profissionais. Estes códigos contêm, assuntos sobre as exigências (conjunto de direitos e obrigações) do profissional em sua relação com o cliente, o público, seus colegas e sua corporação. Além de verdadeiras normas éticas e morais, regras administrativas que visam assegurar a qualidade do exercício da profissão.
DURAND, G. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. São Paulo: Loyola, 2003
ObjetivosObjetivos
Geral: Geral:
• Proporcionar situações reais de interação nas quais sejam debatidas, de forma teórica e crítica, as determinações legais em Enfermagem com acadêmicos e docentes.
Específicos:Específicos:
• Possibilitar aos alunos a participação em uma plenária simulada em que eles debatam e conheçam a atuação do Conselho de Enfermagem;
• Oferecer aos participantes a discussão e o confronto dos aspectos ético-legais;
• Proporcionar à comunidade acadêmica uma vivência em defesa dos valores e práticas profissionais que respeitem os direitos dos indivíduos e da sociedade;
• Contextualizar atividades referentes a situações concretas nas atividades profissionais;
• Estimular a reflexão sobre os aspectos referentes ao processo decisório em dilemas éticos;
- Participaram do Programa de Julgamento Simulado do COREN-SP, do 2º Semestre de 2010 a Setembro de 2011:
- 30 Universidades e 10 Colégios Técnicos;
- Das 30 Universidades:
- 15 na região Metropolitana de São Paulo;
- 15 no interior do Estado de São Paulo;
- 02 Universidades Públicas e 28 Particulares;
IndicadoresIndicadores
- 60 turmas de alunos participaram dos quatro encontros;
- 30 Coordenadores de Cursos de Enfermagem participaram nas atividades;
- 3200 discentes participaram ativamente do programa simulando o processo ético, destes 1600 já são profissionais de Enfermagem;
- Aproximadamente 8400 discentes participaram, ativamente assistindo ao simulado;
- 250 docentes acompanharam o processo em sua totalidade;
IndicadoresIndicadores
-Pode dizer-me que caminho Pode dizer-me que caminho devo tomar?devo tomar?
-Isto depende do lugar para Isto depende do lugar para onde você quer ir.onde você quer ir. (Respondeu com muito (Respondeu com muito propósito o gato)propósito o gato)
-Não tenho destino certo.Não tenho destino certo.
- Neste caso qualquer caminho - Neste caso qualquer caminho serveserve.
(“Alice no País da Maravilhas” - Lewis Carroll)
PODE PODE xx NÃO PODE NÃO PODE
CERTO CERTO x x ERRADOERRADO
SIM SIM xx NÃO NÃO
BEM BEM x x MAL MAL
““Toda arte e toda a indagação, assim como toda ação Toda arte e toda a indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam algum bem.”e todo propósito, visam algum bem.”
Aristóteles, Ética a Nicômaco, Livro I
FLORENCE NIGTHINGALEA ENFERMAGEM MODERNA
EnfermagemProfissão comprometida com a saúde do ser humano e da coletividade.
Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos e legais.
A Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana, em todo o seu ciclo vital, sem discriminação.
Atua
Participa
Respeita
Exercita
Lei Nº. 5.905, de 12/07/1973
Lei Nº. 5.905, de 12/07/1973
Criação do Conselho Federal e dos
Criação do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais
Conselhos Regionais
Lei nº. 7.498, de 25/06/1986
Lei nº. 7.498, de 25/06/1986
Lei do Exercício
Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem
Profissional da Enfermagem
Decreto nº.94.406, de 08/06/1987
Decreto nº.94.406, de 08/06/1987
Regulamenta a lei nº. 7.498,
Regulamenta a lei nº. 7.498,
de 25/06/1986
de 25/06/1986
Resolução COFEN 311/2007
Resolução COFEN 311/2007
Código de Ética
Código de Ética
Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973
Art. 2º - O Conselho Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiro e das demais profissões compreendidas nos serviços de enfermagem.
É uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973
Art. 15 – Compete aos Conselhos Regionais:...II – disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as
diretrizes gerais do Conselho Federal;...V – conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética profissional
impondo as penalidades cabíveis;...VIII – zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam;
Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973
Art. 8º – Compete ao Conselho Federal:...IV – baixar provimentos e expedir instruções, para uniformidade
de procedimentos e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
...VI – apreciar, em grau de recurso, as decisões dos Conselhos
Regionais;...X – promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento
profissional
Constituição Federal - Art. 5º
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude da Lei.
III - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a Lei estabelecer.
Código Civil Brasileiro
“Aquele que por omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.
Art. 20 – Parágrafo 2 º
“Responde pelo crime o terceiro que determina o erro”.
Código Penal Brasileiro
Lei n° 10.241, de 17/03/1999Direitos dos Usuários do Serviço de Saúde
Dispõe sobre os direitos dos usuários dos serviços e das ações de saúde no Estado.
- Universal e igualitário;- Identificação dos profissionais;- Segredo;- Consentimento ou recusa no atendimento.
Código de Defesa do Consumidor
Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Art. 1°
O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, ... artigo. 5° da Constituição Federal.
Legislação Sistema Único de Saúde
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Legislações Complementares
Estatuto da Criança e do AdolescenteEstatuto da Criança e do Adolescente
Estatuto do IdosoEstatuto do Idoso
Estatuto do TorcedorEstatuto do Torcedor
Portarias Ministério EducaçãoPortarias Ministério Educação
Portarias Ministério da SaúdePortarias Ministério da Saúde
Portarias do Ministério do TrabalhoPortarias do Ministério do Trabalho
Portarias das Secretaria de Educação e SaúdePortarias das Secretaria de Educação e Saúde
Conceitos
ÉTICAÉTICA
MORAL MORAL
DEONTOLOGIA DEONTOLOGIA
DICEOLOGIADICEOLOGIA
Resolução COFEN - 311/2007Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
• Preâmbulo• Capítulo I – Das Relações Profissionais - 80 Artigos• Capítulo II – Do Sigilo Profissional - 5 Artigos• Capítulo III – Do Ensino, Pesquisa e Produção Técnico-Científica - 17 Artigos• Capítulo IV – Dos Direitos - 9 Artigos• Capítulo V – Das Infrações e Penalidades - 12 Artigos• Capítulo VI – Da Aplicação das Penalidades - 6 Artigos• Capítulo VII – Das Disposições Gerais - 3 Artigos
• Cada Capítulo está sub-dividido com seções elencando os direitos, as responsabilidades, a relação com cliente e coletividade, os deveres e as proibições.
• ao todo – 132 Artigos
Código de Ética dos Profissionais de EnfermagemCódigo de Ética dos Profissionais de Enfermagem
Resolução COFEN - 311/2007Resolução COFEN - 311/2007Código de Ética dos Profissionais de Código de Ética dos Profissionais de
EnfermagemEnfermagem
Responsabilidades e deveres
• Art. 12 Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de
enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
• Art. 13 Avaliar criteriosamente sua competência técnica,
científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.
Processo ÉticoProcesso Ético
ImperíciaImperícia
Imprudência Imprudência
NegligênciaNegligência
Omissão Omissão Submissão Submissão
Conivência Conivência Subserviência Subserviência
Cenário ético - reflexões
Autonomia x Vulnerabilidade
Beneficência x Dano
Justiça x Ilícito
Responsabilidade x Responsabilização
“Sabemos a Assistência de Enfermagem
que não queremos”
Administração medicamentosa sem prescrição; Erro na administração de medicamentos; Erro na execução de procedimentos (SNE por EV; troca de bolsa de sangue); Delegar exercício da profissão; Realização de procedimentos privativos do Enfermeiro ou de outros profissionais; Negligência no atendimento ao paciente; Auxílio à cirurgia ou anestesia; Quebra de sigilo profissional; Liberação de pacientes pela equipe de Enfermagem sem avaliação da Enfermeira; Ausência de identificação do profissional de Enfermagem em registros do prontuário; Ausência de registros no prontuário; Cumprimento de prescrição médica por telefone; Dimensionamento de pessoal em descumprimento à legislação; Abandono de plantão; Falta de documentos de normatização (manuais, protocolos,
regimentos).
Exemplos – práticas inadequadas
Exemplos – práticas inadequadas
Audiometria realizada por profissionais de Enfermagem; Exame dermatológico realizado por profissionais de Enfermagem; Lavagem de canal auditivo por profissionais de Enfermagem; Sutura realizada por profissionais de Enfermagem; Estágios supervisionados por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem; Estágios supervisionados por Enfermeiros no mesmo horário de atuação na instituição de saúde – EXCETO: GESTÃO/ADMINISTRAÇÃO Leigos realizando vacinação; Cuidadores e leigos em ações de Enfermagem; Enfermeiro delegando avaliação/ SAE a Técnicos e Auxiliares; Técnicos e Auxiliares de Enfermagem em ações obstétricas; Recepção e avaliação de recém-nascidos por Técnicos e Auxiliares; Técnicos e Auxiliares em supervisão de profissional não Enfermeiro; Enfermeiros profissionalizando leigos em ações de Enfermagem fora de instituição de ensino;
65%
17%
7%6% 5%
Erros de Procedimentos Exercício ilegal Agressão Furto Irregularidades em Instituições
ILÍCITOS DE MAIOR INCIDÊNCIAILÍCITOS DE MAIOR INCIDÊNCIAPeríodo 2004 - 2007 Período 2004 - 2007
Processo Ético – COREN-SP – 2004-2007.
Profissionais Atualizações Instituições
ENF TE AE Total AT EST Saúde Ensino Outros Total
60277 76607 195616 332500 1473 1347 11942 868 1175 13985
PERCENTUAL DE DENUNCIADOSPERCENTUAL DE DENUNCIADOS
Profissionais Atualizações Instituições
ENF TE AE Total AT EST Saúde Ensino Outros Total
60277 76607 195616 332500 1473 1347 11942 868 1175 13985
Processo Ético – COREN-SP – 2004-2007.
Processo Ético – COREN-SP
Processo Ético – COREN-SP
Profissionais PenalizadosProfissionais Penalizados
Processo Ético – COREN-SP
COREN
Assegurar a assistência de Enfermagem livre e isenta de riscos provenientes da imperícia, imprudência, negligência e omissão ético-profissional, em defesa dos interesses e direitos da sociedade e dos direito dos profissionais de Enfermagem ao pleno exercício profissional.
PROCESSO ÉTICO
• Instrumento a serviço da ética profissional
Processo Ético Processo Ético
• O QUE É PROCESSO ÉTICO ?
• Instrumento Apuração da ocorrência ou Instrumento Apuração da ocorrência ou não de infração ética. não de infração ética.
• Sucessão de atos Edição de certo ato, no Sucessão de atos Edição de certo ato, no caso, a aplicação de penalidade ou absolvição.caso, a aplicação de penalidade ou absolvição.
• Resolução COFEN 370 de 03/11/2010Resolução COFEN 370 de 03/11/2010
Código de Processo Ético em vigor desde Código de Processo Ético em vigor desde 01/01/201101/01/2011
Processo ÉticoProcesso Ético
Princípios do Processo Ético
– Publicidade Atos públicos - resguardado o sigilo para preservação da intimidade das partes
– Simplicidade Utilização de formas simples no processo.
– Impulso oficial Tramita de ofício- independe da vontade das partes.
– Subsidiariedade na omissão do Código de Processo Ético, aplica-se o Código de Processo Penal.
Procedimento Ético Disciplinar Procedimento Ético Disciplinar – Circunscrito a denunciante e denunciado– Circunscrito a denunciante e denunciado
Presidente do COREN Denúncia/ “de Ofício”Presidente do COREN Denúncia/ “de Ofício”
Fiscalização Apuração Fiscalização Apuração
Fiscal – Visita/ Depoimentos/ Orientação/ Disciplina –Fiscal – Visita/ Depoimentos/ Orientação/ Disciplina –
Elaborar Relatório Circunstanciado Elaborar Relatório Circunstanciado
Presidente do COREN:
Recebe relatório/ denúncia
Determina a juntada de certidão de situação cadastral, financeira e de
antecedentes e designa Conselheiro Relator
Audiência de Conciliação em até 30 dias
5 dias
5 dias
Procedimento Ético Disciplinar Procedimento Ético Disciplinar – Circunscrito a denunciante e denunciado– Circunscrito a denunciante e denunciado
Conciliação Conciliação
Não Sim
Parecer fundamentado Lavra Termo Conciliatório
com implicações
ético-legais e disciplinares
Plenário Encaminha autos ao Presidente do COREN
Plenário – Homologação – Arquivamento ou Julgamento
10 dias
5 dias
Procedimento Ético Disciplinar Procedimento Ético Disciplinar – Circunscrito a denunciante e denunciado– Circunscrito a denunciante e denunciado
FLUXO DO PROCESSO FLUXO DO PROCESSO ÉÉTICOTICO
1º COREN-SP RECEBE DENÚNCIAS OU CONSTATAÇÕES REALIZADAS EM VF
2º O DEPTO. FISCALIZAÇÃO (FISCAIS) APURA ATRAVÉS DE CONVOCAÇÕES E / OU VISITA de FISCALIZAÇÃO;
RELATÓRIO COM SUGESTÃO PARA O QUE FOI APURADO
3º PROCESSO ÉTICO (FISCAIS CONSELHEIROS E ADVOGADOS)
4º PLENÁRIA DE AVALIAÇÃO – CONSELHEIROS (ABERTO AO PÚBLICO)
5º PLENÁRIA DE JULGAMENTO – CONSELHEIROS – DENUNCIADO E DENUNCIANTE OU PROCURADORES (ABERTO AO PÚBLICO)
Procedimento Ético Procedimento Ético DisciplinarDisciplinar
Presidente do COREN Denúncia/ “de Ofício”Presidente do COREN Denúncia/ “de Ofício”
Fiscalização Apuração preliminarFiscalização Apuração preliminar
Fiscal – Visita/ Depoimentos/Orientação/ Disciplina –Fiscal – Visita/ Depoimentos/Orientação/ Disciplina –
Elaborar Relatório Circunstanciado em até 30 dias Elaborar Relatório Circunstanciado em até 30 dias
Procedimento Ético DisciplinarProcedimento Ético Disciplinar
Presidente do COREN:
Recebe relatório circunstanciado procedente da fiscalização
Determina a juntada de certidão de situação cadastral, financeira e de
antecedentes e designa Conselheiro Relator
Elabora parecer fundamentado para deliberação do Plenário
5 dias
10 dias
• 1) Dados da instituição
• Nome: RECANTO DA TERCEIRA IDADE • Cidade: Gotan City - Bairro: Parque • Tipo: Instituição de longa permanência para idosos • Enfermeira Responsável: Enfermeira Dra. Creusa
Santos COREN-SP 222222• Denunciante: Sra. Matilde Cruz• Denunciadas: Enfermeira Dra. Creusa Santos COREN-
SP 222222; e TE - Jerusa Pereira COREN-SP 333333
• 2) Dados das denunciadas:
• Denunciada: Enfermeira Dra. Creusa Santos COREN-SP 222222• Instituição de ensino: Faculdade• Ano de conclusão: 2006• Situação inscricional: com inscrição definitiva principal desde 2007 • Especialidade: não possui• Processo Ético anterior: não possui• Instituições onde atua: Recanto da Terceira Idade
• Denunciada: TE - Jerusa Pereira COREN-SP 333333• Instituição de ensino: Centro Educacional • Ano de conclusão: 2005• Situação inscricional: com inscrição definitiva de Técnico de Enfermagem • Especialidade: não possui • Processo Ético anterior: não possui• Instituições onde atua: Recanto da Terceira Idade
• 3) Recebimento da denúncia Em 20/07/2009 foi protocolada no COREN a
denúncia da filha do idoso Sra. Matilde, com cópia de Boletim de Ocorrências (fls.02), tendo como vitima o Sr. H.M. 62 anos, idoso com diagnóstico de “demência senil”, apresentando quadro de agitação, e que faleceu após hospitalização, devido à queda da própria altura, com “causa mortis” traumatismo crânio-encefálico, na Casa de Repouso Recanto da Terceira Idade, solicitando esclarecimentos quanto a conduta da TE Jerusa Pereira.
• 4) Síntese dos Fatos
• Na data de 30/01/2008, por volta das 14:30 horas, o Sr. H.M., estava Na data de 30/01/2008, por volta das 14:30 horas, o Sr. H.M., estava sob os cuidados da Sra. Berta Gomes – cuidadora, quando sob os cuidados da Sra. Berta Gomes – cuidadora, quando caminhavam na rampa de acesso ao se quarto, se desequilibrou, e ao caminhavam na rampa de acesso ao se quarto, se desequilibrou, e ao ser socorrido pela Sra. Berta Gomes ainda a empurrou, vindo ambos a ser socorrido pela Sra. Berta Gomes ainda a empurrou, vindo ambos a cair, e o Sr. H.M. ao sofrer a queda da própria altura, bateu a cabeça cair, e o Sr. H.M. ao sofrer a queda da própria altura, bateu a cabeça no chão cimentado.no chão cimentado.
• Após a queda a cuidadora Berta Gomes, levantou o idoso e o colocou Após a queda a cuidadora Berta Gomes, levantou o idoso e o colocou na cama, acionando a Técnica de Enfermagem do plantão Sra. Jerusa na cama, acionando a Técnica de Enfermagem do plantão Sra. Jerusa Pereira que a auxiliou e verificou os sinais vitais, e após o idoso Pereira que a auxiliou e verificou os sinais vitais, e após o idoso permaneceu na sala de estar e aceitou o jantar, sem intercorrências permaneceu na sala de estar e aceitou o jantar, sem intercorrências no período noturno.no período noturno.
• Na data de 31/01/2008, às 08 horas o idoso foi encontrado sonolento, apresentando palidez cutânea, não responsivo aos estímulos verbais e de contato, onde fora aferido os sinais vitais permanecendo com uma pressão arterial de 80x50 mmHg, 60 batimentos cardíacos por minuto e 16 respirações por minuto, e mediante os dados vitais, foi encaminhado para o Hospital Regional, conforme relatado pela Técnica de Enfermagem Josefa Marques COREN-SP 44444.
• O idoso veio a falecer em 31/01/2008, no Hospital Regional tendo como causa da morte: traumatismo crânio-encefálico, agente contundente, cardiomiopatia, isquêmica e hipertensiva, conforme laudo de exame necroscópico.
• 5) Análise do prontuário
• Em análise do prontuário, verificamos nos registros de Enfermagem da casa de repouso, (fls. 18 a 50), que havia prescrição de cuidados de Enfermagem elaborada e assinada pela Dra. Creusa Santos, confeccionada em formulário pré-estipulado na forma de “Check-list”, onde consta no item 07 – orientar e incentivar deambulação e passeio no pátio – acompanhar – Manhã (M) e Tarde (T), inexistindo a checagem dos cuidados pelos profissionais de Enfermagem;
• Referente as anotações de Enfermagem registradas em 30 e 31/01/2008, o prontuário do idoso (fl.49), evidenciamos quanto ao fato as seguintes anotações:
• “Agitado, consciente, corado, hidratado, contactuando, afebril, normotenso, deambulando com auxílio, auxiliado no banho de aspersão, apresentou agressividade, aceitou a dieta oferecida sem auxílio. 14:30 hs fez caminhada com auxílio da cuidadora Berta Gomes, o mesmo queria ficar sozinho, então empurrou a mesma, escorregou e em seguida, perdendo o equilíbrio Berta Gomes tentou segurá-lo mas ambos caíram devido peso e altura do residente. O mesmo bateu a cabeça, não houve lesão, foi aferido SSVV (sinais vitais) por técnica de Enfermagem Jerusa, devido não apresentar nenhuma alteração em seu quadro, em observação. As 16:30 hs jogou dama, às 18:00 hs jantou sem auxílio, após ficou na sala assistindo televisão, segue o plantão bem respondendo a solicitações verbais e com os cuidados de Enfermagem” anotado pela Técnica de Enfermagem - Jerusa Pereira.
• “Recebi o plantão com o residente assistindo a TV, agitado, corado, hidratado, contactuando, deambulando, aferido SSVV (sinais vitais), não apresentou alterações, foi levado até o quarto para dormir, mas se recusou e apresentou agressividade, empurrando a plantonista Jerusa, ficou deambulando na sala, somente as 02:30 hs, se acalmou um pouco e foi levado novamente para o quarto para dormir, segue em observação e com os cuidados de Enfermagem.”Anotado pela Técnica de Enfermagem – Idalina Rodrigues.
• “As 08:00 encontrado sonolento, afebril, apresentando palidez cutânea, não respondendo a estímulos verbais e de contato, aferido SSVV, encaminhado ao Hospital com, acompanhamento da técnica Josefa Marques. No trajeto encontrava-se ofegante”. Anotado por Josefa Marques – Técnica de Enfermagem.
• Ressaltamos, que na análise foi verificado que não constam anotações das profissionais Técnicas de Enfermagem - Jerusa Pereira, sobre a comunicação para a Enfermeira Dra. Creusa Santos e ao Médico, quanto a queda do Sr. H.M., e a solicitações de avaliações do Médico e Enfermeira e as orientações pertinentes(fl.49).
• Na cópia reprográfica do prontuário apresentado, referente ao fato, constam apenas registros de Enfermagem dos profissionais Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, e não há anotações da Enfermeira responsável pelas ações de Enfermagem - Dra. Creusa Santos (fl. 49).
• 7) Síntese da visita de Fiscalização
Foi realizada visita de fiscalização e foi verificado que a instituição em epígrafe encontrava-se desativada e sem as instalações referentes a instituição de longa permanência para idoso.
• Deste modo, conforme art. 121 do CEPE de acordo com a infração considerada gravíssima, sugerimos a instauração de processo ético contra:
• Dra. Creusa Santos, por indícios de infração aos artigos 5º, 9º, 12, 16, 17, 21, 25, 26, 38, 40, 41, 48, 56, 71, 72, 80, do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
• Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira, por indícios de infração aos artigos 5º, 9º, 12, 13, 16, 17, 21, 25, 35, 38, 41, 48, 51, 52, 56, do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, com a penalidade de Cassação do Exercício Profissional.
Processo ÉticoProcesso ÉticoPlenário Instauração de Processo Ético- Disciplinar
Presidente do COREN designa Comissão de Instrução
Citação do Denunciado
Defesa prévia, Rol de testemunhas, Documentos e outras provas.
15 diasúteis
05 diasúteis
Processo Ético Processo Ético
Defesa Prévia
Não Sim Depoimentos Edital Revelia Alegações Finais Defensor dativo
15 dias Mínimo 3 diasde
Antecedencia
15 dias
10 dias
6) Síntese dos depoimentos ao COREN- COMISSÃO DE INSTRUÇÃO
Processo ÉticoProcesso Ético
Presidente do COREN – Encaminha autos a Conselheiro
Parecer do Relator:
Parte expositiva : Relato sucinto dos fatos
Apreciação do valor da prova obtida / (se necessário:
diligências )
Indicação dos artigos transgredidos ou não – CEPE
Indicação da penalidade cabível.
5 dias
20 dias
• Relator apresenta o relatório sem voto
Processo ÉticoProcesso Ético
Julgamento
Relator apresentará o relatório – sem voto
Palavra às partes / procuradores - 10 min
Palavra aos Conselheiros
Votação Esclarecer fatos / Requerer diligências
Julgamento * Vistas até o próximo Plenário - COREN
30 dias
• 8) Conclusão
• Tendo em vista os relatos dos fatos, depoimentos a Comissão de Instrução;
• Considerando o fato encaminhado referente a queda do Sr. H M, 62 anos, o que ocasionou o seu óbito, tendo como causa morte – traumatismo crânio-encefalico, agente contundente, cardiomiopatia, isquêmica e hipertensiva;
• Conforme análise das anotações e registros do prontuário do idoso Sr. H.M. e as declarações prestadas pela Dra. Creusa Santos, denunciada e pela Técnica de Enfermagem – Idalina Rodrigues, verificamos:
• - inexistência de manuais de normas, rotinas, procedimentos e protocolos de Enfermagem, principalmente do atendimento de urgências e emergências, uma vez que ao ser verificado o atendimento e pelo que fora afirmado pelas profissionais, inexistia tais documentos norteadores da assistência de Enfermagem;
• - realização da avaliação do quadro clínico do idoso, pela Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira, o que não lhe compete por lei;
• - delegação da Enfermeira Dra. Creusa Santos, para a equipe de Técnicos procederem a avaliação dos idosos, delegando deste modo uma atividade privativa da Enfermeira;
• - não comparecimento da Enfermeira Dra. Creusa Santos, na instituição, no momento do ato, para a avaliação do idoso;
• - não houve o encaminhamento imediato do idoso, em se tratando de gravidade, ao serviço de saúde, imediatamente após a queda, em serviço de remoção apropriado, pela Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira;
• - inexistência de registros ou anotações no prontuário do idoso, quanto a comunicação da ocorrência da queda, para a Enfermeira ou Médico, efetuada pelas Técnicas de Enfermagem;
• - comunicação tardia em plantão, da Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira, para a Técnica de Enfermagem Idalina Rodrigues quanto a queda do idoso;
• - inexistência de registros ou evoluções, da Dra. Creusa Santos, no prontuário do idoso, quanto a queda, a avaliação do idoso, e o encaminhamento ao Hospital;
• - não acompanhamento do idoso, pela Dra. Creusa Santos, em se tratando da gravidade do idoso;
• - não conhecimento ou preocupação da Dra. Creusa Santos, de como o idoso foi encaminhado para o Hospital;
• - remoção de paciente grave e de risco, em veículo particular, contrariando o disposto na Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde quanto a remoção em ambulâncias de acordo com a gravidade do paciente;
• - inexistência de registros de Enfermagem quanto ao acompanhamento do idoso ao hospital;
• - na oportunidade assinalamos, não comparecimento da Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira da Silva nas Convocações da Comissão deste Regional.
• Deste modo, somos pela CULPABILIDADE da Dra. Creusa Santos, após análise ético profissional por infração aos artigos 5º, 9º, 12, 16, 17, 21, 25, 26, 38, 40, 41, 48, 56, 71, 72, 80, do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, com a penalidade de Cassação do Exercício Profissional de Enfermagem;
• Também somos pela CULPABILIDADE da Técnica de Enfermagem Jerusa Pereira, por infração aos artigos 5º, 9º, 12, 13, 16, 17, 21, 25, 35, 38, 41, 48, 51, 52, 56, do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, com a penalidade de Cassação do Exercício Profissional.
• A qual colocamos em pauta para esta digníssima Plenária do COREN e encaminhamento ao COFEN.
Processo ÉticoProcesso ÉticoJulgamento
Relator apresenta relatórioPalavra aos Conselheiros para voto
Presidente: voto minerva
Culpabilidade Absolvição
Aplicação da Pena
Relator redige a Decisão – Presidente COREN- PublicaçãoPrazo total para Instrução – 120 dias
5 dias
PenalidadesCódigo de Ética dos Profissionais de EnfermagemCódigo de Ética dos Profissionais de Enfermagem
(CEPE) – Aprovado pela Res. COFEN 311/2007(CEPE) – Aprovado pela Res. COFEN 311/2007
I – Advertência Verbal: admoestação reservada na presença de 2 testemunhas : registrada em prontuário;
II- Multa: Pagamento de 1 a 10 anuidades;
III- Censura: Repreensão publicada em revista oficial e jornais de grande circulação;
IV- Suspensão: proibição do exercício profissional por até 29 dias, publicada em revista oficial e jornais de grande circulação e comunicada aos empregadores;
V – Cassação: Perda do direito ao exercício da Profissão, publicada em revista oficial e jornais de grande circulação
( Compete ao COFEN).
Processo ÉticoProcesso Ético
RECURSOSRECURSOS
Decisão do CORENDecisão do COREN
Contra-razõesContra-razões
COFENCOFEN Julgamento em Segunda InstânciaJulgamento em Segunda Instância
10 dias
15 dias
Processo ÉticoProcesso Ético
EXECUÇÃO DA PENAEXECUÇÃO DA PENA
Decisão Transitada em Julgado Decisão Transitada em Julgado
Devolução dos Autos ao COREN Devolução dos Autos ao COREN
Execução da decisãoExecução da decisãoArquivamentoArquivamento
Revisão Revisão
Processo ÉticoProcesso Ético
REVISÃO DA PENAREVISÃO DA PENA
• Novas provas idôneas Inocência;Novas provas idôneas Inocência;
• Circunstâncias atenuantes e agravantes;Circunstâncias atenuantes e agravantes;
• Condenação prova testemunhal ou pericial com Condenação prova testemunhal ou pericial com falsidade comprovada;falsidade comprovada;
• Processo eivado de nulidade;Processo eivado de nulidade;
• A pena poderá ser reduzida ou extinta: nunca A pena poderá ser reduzida ou extinta: nunca agravada.agravada.
Como evitar danos:
Conhecer legislação profissional;Saber nossas competências e limites legais, científicos e técnicos;Assumir nossa personalidade profissional;Atenção, certeza, segurança e cautela;Em caso de dúvida: não agir; Usar as perguntas: O quê, Por que, Para que, Como? Respondi a todas Usar as perguntas: O quê, Por que, Para que, Como? Respondi a todas
elas?elas?
Investir em atualização técnica e científica;Agir com consciência, atenção e cautelaImplantar e cumprir as normatizações institucionaisSistematização da Assistência de Enfermagem.
Muito Grato!!!
COREN-SP
Al. Ribeirão Preto, 82
www.coren-sp.gov.br
Fale conoscoFale conosco