aldeni poesia turma 900 2014
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INFÂNCIA ENCANTADA
Temos uma coisa dentro de nós sem nome e sem forma.
Essa coisa é o que somos.Temos bons motivos para acreditar que isso em
mim é saudade.E parte dela, acredito, que a maioria se desgasta
em lembrança.
A ideia de que um dia teremos saudade do hojeÉ perturbadora.
Mais ainda, de que tudo o que vivemos será esquecido,
Pois é inevitável.
O quintal, o jardim, os muros.As fotografias, eu as encontrei e mergulhei no
mar de emoções.A grande e antiga mesa de madeira, a escada
que rangia,Os artefatos de meu pai, relíquias para ele das
quais se orgulhava.
Lembro-me de cada detalhe de minha antiga casa,
Do tamanho dos móveis e onde estavam localizados.
Lembro-me de meus brinquedosE no canto do quintal onde brincava.
Sei que a minha casa está demolida, tento me conformar,
Porém a saudade é inquebrável, e não senti-la é impossível.
Rasguei todas as fotos por motivo que ainda desconheço,
Pois vivendo uma dor passada no presente, será vivê-la no futuro eternamente.
Não me importa se as fotografias estão rasgadas.As imagens estão bem claras, vagando em
alguma dimensão do meu cérebro.Não me importa se a casa foi demolida,
O menino continua lá no seu recanto como brinquedo semirreal.
LARISSA DIAS E REBECCA SILVA, TURMA 900
LEMBRANÇAS
Lembro-me do banco de madeira,Das lembranças boas de quando eu estava lá.
Lembro-me do meu primeiro beijoCom a sobrinha da minha vizinha.
Foi numa festa de Natal em minha casa.Conversamos e brincamos à noite toda
Até que nos sentamos no banco e ficamos nos olhando
Sem sair nenhuma palavra, com respiração ofegante.
De tanto brincar, até que ela me perguntou se eu queria beijá-la.
E eu perguntei por quê?Para sentir como é beijar alguém.
Éramos inocentes e não tínhamos experiência, mas foi especial.
Depois desta festa, voltei tarde para casa.Aquele degrau que pulei era o quinto que rangia.
Deitei em minha camaE até hoje recordo como se fosse ontem.
ALEX E MADSSON, TURMA 900
SAUDADES DO MEU PASSADO
Memórias da casa onde nasci e vivi.Entre papéis inúteis em minha gaveta,Encontrei trinta fotografias guardadas
Que nem mais me lembrava.
Minha mãe não dormia até o último filho chegar.Tantos colóquios amorosos, geralmente
inocentes, no quintal.A acácia floria todos os anos, lindas flores do
outro lado do muroMe fazia ler Sonetos de Raul de Leoni.
Na sala de jantar,a grande mesa antiga rodeada por seis cadeiras.
Ao lado da janela, as sobressalentes,Que os primos recorriam diretamente.
Rasguei as fotografias para não sofrer por um passado.
As fotografias rasgadas, atirei tudo pela janelaComo se a rua parada
Parasse meu mundo com ela.
KATRINE E LUCAS ROSADO, TURMA 900
MEMÓRIAS NÃO FICAM EM FOTOGRAFIA
Estava recordando a minha antiga casa.Ela me lembrava das coisas da vida passada.
Peguei as fotografias, eram todas muito lindas.Lembrei-me de coisas que você nem imagina.
A casa era muito bonita,Pena que ela foi destruída.
Era muito bom quando ficava no quintal,Tudo era muito sensacional.
Eu tinha várias fotografias da minha casa,Mas a memória fica no coração
E as fotografias se vão.
De que vale sofrerPor um lugar onde foi a casa?
Porque a vida continua e pode ser admirada.
HIGOR E MACIEL CURVELLO, TURMA 900
FOTOGRAFIAS ESQUECIDAS
Fotografias perdidas e esquecidas,Lembrança de vários anos da minha vida.
Fotografias que tireiLogo antes de minha saída.
Lembrei-me da minha mãeQuando ela esperava a mim e meus irmãos.
Ela só iria dormirQuando o último dos filhos chegasse.
Várias fotografiasDo jardim, da escada, da mesa de jantar,Do escritório do papai e duas da cozinha.
Até fotos de cada quarto ali havia.
Lembranças do quintal.Cada foto uma saudadeQue com grande tristeza
Meu coração invade.
Mas do que adianta as fotografiasSe a casa foi destruída?
E com elas se vão minhas lembranças de uma casa
Onde um garoto feliz ali vivia.
ADALBERTO ROCHA E JOÃOPEDRO, TURMA 900
A CASA DOS MEUS SONHOS
Ah! Assim foi a casa dos meus sonhos!Bem clichê.
Feito contos de fadas.
Com rosas vermelhas por todo o jardim,Com vista de frente para o mar,
Com um cachorro a me acompanharMe sentia livre num lugar só meu.
Pela manhã ouvia os pássaros cantar
Via o sol raiarCom sua beleza natural.
Mas me faltava algo para um final feliz.Um príncipe encantado,
Quem sabeEntão meu conto seria perfeito?
Eu nem sempre vivi em mil maravilhas,Mas tentei amenizar cada ferida
Que a vida me trouxeEm cada despertar de um novo dia.
E penso comigo mesmaDe que vale sofrer por um passado
Que fez parte das minhas feridas?
ELLEM E ANDRÉIA, TURMA 900
RECORDAÇÕES
Oh, como eu sinto saudadeDa minha antiga casa
Onde nela me acalmavaE me fazia pensar na vida!
São tantas memórias vividas,Tantas emoções sentidas,
Uma infância inesquecível e querida.No jardim, as flores,A escada que rangia.
Foi profundamente momentâneoRecordar em fotografiasQue felizmente restaram
Com belas recordações do passado.
STEPHANNY RODRIGUES E STEFFANNY SANTANA, TURMA 900
SAUDADES
Trinta fotografias tiradas e esquecidasJogadas numa gaveta inútil.
Antes de sair, delas me lembrei.Sabe lá Deus por que as guardei.
Durante anos esquecidas no meio de papéis inúteis
Como se precisasse dessas fotos guardadas,Pois não saem da minha memória
Aquilo que a mim é útil.
Fotos do canto do jardim, o banco de madeira,A antiga mesa da sala de jantar.Ah, que saudade da minha casa!
Rasgo as fotografias.Do que vale sofrer por um passado destruído?
Já que as fotografias são momentos eternamente vividos.
BEATRIZ E RAYANNA, TURMA 900
LEMBRANÇA
Rasguei aquelas fotografias,Pois não adiantava mais olhá-las.
As verdadeiras lembranças ficam no coração.O tempo que não volta mais.
Eu era feliz e não sabia.Como não ter responsabilidade era bom!
Eu só brincava e estudava no quartoDaquela imensa casa.
Quando meus primos vinham pra cáEra só “Deus na causa”,
Pois uma grande bagunça se formava.
O tempo não volta mais.Agora estou velho, infeliz, mas responsável.
Eu era feliz e, hoje, nada mais.
NATÁLIA E FÁBIO DA SILVA, TURMA 900
LEMBRANÇAS PASSADAS
Passado lembrado em memóriaE fotografias.
Lembro-me das flores, do belo quintalE da bela casa onde fui criado.
Na mudança, olho para a gaveta.Deparo-me com fotografias do passado
Fazendo com que minha memóriaSe lembrasse com mais clareza dos belos
momentos.
Não só momentos, mas sim coisas,Lugares e como era a casa e o quintal
Que hoje é um apartamento de cinco andares.Demoliram, sim, a casa, mas não minhas
memórias.
LUÍS HENRIQUE E FABRÍCIO, TURMA 900
SAUDADE
Há uma saudade em meu peitoE ao ver as fotografias desperta meu anseio.
Lembranças tenho da minha infância,Mas não queria relembrá-las.
Nada posso fazer, pois não tinha conhecimentoDo que iria acontecer ao encontrá-las.
Apesar das minhas más lembranças,Tenho boas esperanças.
De nada valia o meu silêncio,Pois um dia minha mãe perdia o seu sono
À espera da minha chegada.
Hoje rasgo essas fotografiasQue vieram de uma gaveta cheia de inutilidades.
Porém da minha mente não poderei tirá-las,Porque em uma casa que foi demolida
Passei os primeiros vinte e quatro anos da minha vida.
ANNA BEATRIZ, REBECA ANDRADE E THAMIRES, TURMA 900
FOTOGRAFIAS DA INFÂNCIA
Fotografia foi o que restouDaquela casa que tanto me aconchegou.
Na memória, as lembrançasDas brincadeiras no quintal quando era criança.
Do quinto degrau da escada, vinha um barulho estranho
Que durante à noite despertava a mamãe de seu sono.
Já no jardim, lindas floresQue durante a primavera enfeitava a casa com
suas cores.
Guardar tudo na memória é um desafioPor me lembrar de tantas coisas
E tanto momentos vividosNaquela casa de jardim florido.
Quando me deparo com antigas fotografiasPenso se vale mesmo apenas
Sofrer por causa da lembrança do passadoPor não poder voltar ao tempo.
Se a vida me permitisse,Voltaria a ser criança.
Mas como não é possível,Fica apenas na lembrança.
MARIANA E SIBELLY, TURMA 900