aldegallega e q progresso · 2020. 2. 11. · coloridos* 11 desenhos de bordados, etc., e molde...

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II anno DOMINGO, 14 DE DEZEMBRO DE 1902 SEM A NARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assignatiira Anno, 18000 réis; semestre, ?oo reis. Pagamento adiantado. II par» 0 Brazil, anno. 2S300 réis.-(moeda forte). G Avulso, no dia da publicação. 20 réis. H EDITOR — José Augusto Saloio iiuciomi N- 1 .9 . i.° — RUA DIREITA— A L D E fiA L H O G v Puíilira^óes Annuncios— i.a pubhcaçao, 40 réis a linha, nas seguintes, fS 20 réis. Annuncios na 4. ' pagina, contracto espccial. Os auto- H gráphos não sè restituem quer sejam ou nao publicados. N PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio expediente Acceltani-sc com graíi- dilo «jHaesquei* noticias que sejam dc interesse JIllJíIÍCO . ALDEGALLEGA E Q PROGRESSO 111 Seria trabalho fastidioso descrever mais uma vez, com estaminhamal alinha-: vada prosa, a origem , a grandeza e a illustraçãoda villade Aldegallega doR i batejo, pois que já vários articulistas o teemteitoem bellos e adm iraveis escri- ptos, cheios de lina rheto- ricaede minuciosasinves tigações áterca d’esta im portante villa. Porém , o que nenhumdesses bellos eadm iraveis escripl-os nos tem dito até hoje, é o que a villadeAldegallegapóde serem relaçãoaos innume rosrecursosdequedispõe; ecom tudo, ellapóde mui tobemser bemmais vas ta 0 mais illustre do que actualmenteiájsem que pa raissoseja precisomaisdo que amor e boa orienta ção nas coisas publicas. Falando da sua grande- ' - 'O t za, havemos de notar que a populaçãodesta vil iatem augmentado consideravel mente; e d 'issosãoprovaa construcção dos seus no vosbairros, oalargamento das suas ruas e o extraor- dinariomovimento do seu commercio locál; o que equivale a dizer que numa terra tomo.esta, onde ahy- & ieue é tão pouca, (e essa poucocuidada, encontran do-se ainda por todaapar te fócos de infecção, taes comoo vasadouro dos de jectoseasimmundicies dis persas pelas ruas expostas a acçãodotempo;, decerto que um tal augmento de População traz comsigo §Taves COnsequencias, que hão de no futuro mostrar .S então com todos os seus horrores pelo desenvolvi mento dalguma epidemia que já não virá longe) a §Xande falta que temexis- até hoje de nãoter es- - t-rra feito construir um hospital emharmonia com os seus recursos e coma necessidade desse grande augmento da sua popula ção. Os leitores sabem que actualmente a construcção de um hospit il é objecto de todas as attenções, pe los rigorosos preceitos que a hygiene impõe, dando em resultado tornarem-se essas constrUcçoes bastan te dispendiosas, o que não seria facil para esta villa Se attendermosaospoucosre cursos de que oseu muni cípio dispõe para tão arro jada empreza, o que não quer tambem dizer que a falta cfesses recursos cons titua uma dilfieuldade in vencível porque com amor e boa orientação tudo se vence; foi com amor euma boa e acertada orientação e no aproveitamento do enthusiasmo dos filhos de esta terra que rapida eso lidamente se construiu a praça detouros, paraonde todos concorreram como melhor da sua vontade, conscios de que prestavam assimum valiosoauxilioao progresso da sua terra. Portanto, parece que se para a construcção de um hospital, obra que se im põe acima de tudo como uma necessidade inadiavel, se se seguisse a mesma acertadaorientação (enes- te caso bem mais mereci da; e alliando a ella a bon dade e a força de vontade que sèmpre teemos labo riososfilhosdeAldegallega em concorrer para tudo que seja engrandecimento da sua terra, estou certo de que não haveria diffi- culdade que se não remo vesse e muito em breve a villa de Aldegallega podia orgulhar-senão só de quan toera capazo atruismodós seus filhos comode ter da do mais um passo na es trada do Progresso, mos trando assimo seu estado adeantado decivilisação. A 500 senhoras A titulo debrinde unica mente ás primeiras 5 oo senhoras, elegantes, modis tas, costureiras, que se di rijam até ao dia 18 aosBu- reaux de laPrisse, estação d’Avenida, Lisboa, é por aquella casaofferecido, um jornal de 6 do corrente com 12 paginas e outros tantos figurinos a preto, 5 coloridos* 11 desenhos de bordados, etc., e molde cortadodesaia, ultimomo delo,excepcionalmentepor 3 o réis, ou gratis a quem assigne o excellente sema- nario, o que apenas custa 240 réis pòr mez. Jornal desde hóje remodelado ao gosto das mais exigentes, é servidoregularmenteto dos os domingos pelosBu- reaux, acasaque ha 16 an nostrabalhanestaespecia lidade, e que temobtido a mais extraordinaria clien- tella em todo o paiz, au- gmentando-a dia a diapor meio de annuncios e pros pectos sempre tentadores onde se citam brindes es peciaes. Nenhumadas nos sas leitoras deixará de to mar uma assignatura de experiencia;—sem figuri nos nenhuma senhora ves tecom aeleganciaparisien se e no rigor da moda. AGRICULTURA Os inattos Os mattos são inques tionavelmenteum dosprin cipaes elementos da vida agrícola e horticola; não obstante, porém , a suaim- portancia, é tal o atrazo de muitos agricultores, que dim inuem concidera- velmente este rendimento, por não fazeremos cóptes quando os devem fazer, resultando-lhe do atrazo umgrande prejuizo. Entendem muitos lavra dores que a demora nos córtes, lhes dá mais auspi cioso rendimento, e ficam satisfeitos quando, em lo gar de 5 o carros, lhes entram 100 nos quintei ros; nãoattendendoaque, se os cortassem de dois annos, em vez de quatro, e tivessemcada vez os di tos cincoenta carros, eram os mesmos cem , que ade- antavama estrumaçãodas terras, e conseguintemen- te, a colheita do fructo, e que aquantidade doestru me era muito maior e me lhor a qualidade, porque o matto miudo dá mais e melhor estrume, visto que sendo velho converte-se jeni" lenha, mais própria para o fogo do que para adubo das terras, e sóme tade servirá para o fim de sejado, porque o(s paus grosos,' seccos, e semra ma nem viço algum , nun ca chegama ser estrume; dando-se ainda acircums- lancia da demora no córte fazer seccar a cepa do matto, e assim lentamente se vão destruindo. Sendo, como é, a fer mentação um dos princi paes agentes para a boa qualidade do estrume, e sendo necessário para ella se operar que 0 matto se ja empilhado verde, e até humido, sendo possivel, succede, ao contrario, que o maior numero dos nos sos lavradores temo pés simo costume de odeixar seccar no monte, reco- ihendo-o aos quinteiros completamente mirrado. O resultado d’esta erra da pratica é o matto des- fazei-se, ficando o melhor, que é o mais m iudo, no monte, e não fermentar de prompto nos quinteiros, por falta de verdura, tor nando morosa a sua de composição e deíicierite-a composição do estrume, pela ausência dos necessá rios gazes, privando-o as sim dos: principaes ele mentos nutritivos para a vida das plantas. O trabalho do solo E’ hoje um facto averi guado que, para assegurar uma boa colheita, nada ha como trabalhar osólo, isto é: destorroar, surribar a terra. Como é, porém , que, in dependentementedetodos os adubos, o trabalho do sólo póde influir sériamen- te na vegetação ulterior? Por esta simples razão, posta em evidencia por Dehérain: que o alludido trabalho favorece no mais alto grau a provisão de aguanas regiõesprofundas da camada vegetal. E flecti vãmente, em um terreno acamado, a agua infiltra-se muito lentamen te, se a superfície é hori- sontaf, e deslisa sema pe netrar, se essa superfície é inclinada. Dahi resulta que, num sólo duro e compacto, as ca m ádás infe riores são sem pre muito mais ricas do que as camadas superfi- ciaes; pelo contrario, nu ma terra bemtrabalhada, a agua attinge facilmente o sub-sólo, e ahi se arma zena, em vez de se evapo rar rapidamente, como no outro caso acontece, em que ella é brevemente re conduzida á superfície por capillaridade. Por conseguinte, se o terreno, em virtude dbtra balho de que foi objecto, poude armazenar assim uma abundante reserva de agua para os periodos de estiagem , as plantas que ahi estão semeadas encon tram a quantidade de hu midade necessaria ao seu consumo. E’ esta uma (condição particularmente favoravel para se desenvolver uma vegetação luxuriante, pois que, a humidade constitue justamente a própria con- dicão do trabalho dos fer- “09 JjJ h 1X0 1 0 XvlJ :j , jbT U J mentos que fixam o azote no sólo e otornamahi as- sim ilavel. T h eatro c l ee í i« -iw a g i co No largo da Caldeira, nesta villa, acha-se uma bemconstruída e elegante barraca de fantoches arti culados,' unicòs qú^HIFSÍff’ os movimentos eguaes aos do corpo humano, sendo nogenefo oque hademais plegante èaperfeiçoado.' Osespeç:açu los.são abri lhantados por um distincto pianista. Temsido enorme acon corrência de povoaotheá- tio . electro-magico, que, narealidade,é um boccadi- nho de tempo bempassa do. Ha hoje espectáculos novos, sendo de espirar grande concorrência

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Page 1: ALDEGALLEGA E Q PROGRESSO · 2020. 2. 11. · coloridos* 11 desenhos de bordados, etc., e molde cortado de saia, ultimo mo delo, excepcionalmente por 3o réis, ou gratis a quem assigne

II a n n o DOMINGO, 14 DE DEZEMBRO DE 1902

SEM A NARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA

A s s i g n a t i i r aAnno, 18000 réis; sem estre , ?oo reis. Pagam ento adiantado. II par» 0 Brazil, anno. 2S300 réis.-(moeda forte). GAvulso, no dia da publicação. 20 réis. H

EDITOR— José Augusto Saloio

iiuciomi

N -

1.9. i.° — RUA DIREITA —A L D E f i A L H O G v

Puíilira óesAnnuncios— i.a pubhcaçao, 40 réis a linha, nas seguintes,

f S 20 réis. Annuncios na 4. ' pagina, contracto espccial. Os auto- H gráphos não sè restituem quer sejam ou nao publicados.N PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

A c c e l t a n i - s c c o m g r a í i - dilo « jH a esq u e i* n o t i c i a s q u e s e j a m d c i n t e r e s s eJIllJíIÍCO.

ALDEGALLEGA E Q PROGRESSO111

Seria trabalho fastidioso descrever mais uma vez, com esta minha mal alinha-: vada prosa, a origem, a grandeza e a illustração da villa de Aldegallega do Ri­batejo, pois que já vários articulistas o teem teito em bellos e admiraveis escri- ptos, cheios de lina rheto- rica e de minuciosas inves­tigações áterca d’esta im­portante villa. Porém, o que nenhum desses bellos e admiraveis escripl-os nos tem dito até hoje, é o que a villa de Aldegallega póde serem relação aos innume­ros recursos de que dispõe; e comtudo, ella póde mui­to bem ser bem mais vas­ta 0 mais illustre do que actualmente iáj sem que pa­ra isso seja preciso mais do que amor e boa orienta­ção nas coisas publicas.Falando da sua grande-' - 'O t

za, havemos de notar que a população desta vil ia tem augmentado consideravel­mente; e d'isso são prova a construcção dos seus no­vos bairros, o alargamento das suas ruas e o extraor- dinario movimento do seu commercio locál; o que equivale a dizer que numa terra tomo.esta, onde ahy- &ieue é tão pouca, (e essa pouco cuidada, encontran­do-se ainda por toda a par­te fócos de infecção, taes como o vasadouro dos de­jectos e as immundicies dis­persas pelas ruas expostas a acção do tempo;, decerto que um tal augmento de População traz comsigo §Taves COnsequencias, que hão de no futuro mostrar .S então com todos os seus horrores pelo desenvolvi­mento dalguma epidemia que já não virá longe) a §Xande falta que tem exis-

até hoje de não ter es-- t-rra feito construir um

hospital em harmonia com os seus recursos e com a necessidade desse grande augmento da sua popula­ção.

Os leitores sabem que actualmente a construcção de um hospit il é objecto de todas as attenções, pe­los rigorosos preceitos que a hygiene impõe, dando em resultado tornarem-se essas constrUcçoes bastan­te dispendiosas, o que não seria facil para esta villa Se attendermosaos poucos re­cursos de que o seu muni­cípio dispõe para tão arro­jada empreza, o que não quer tambem dizer que a falta cfesses recursos cons­titua uma dilfieuldade in­vencível porque com amor e boa orientação tudo se vence; foi com amor e uma boa e acertada orientação e no aproveitamento do enthusiasmo dos filhos de esta terra que rapida e so­lidamente se construiu a praça de touros, para onde todos concorreram com o melhor da sua vontade, conscios de que prestavam assim um valioso auxilio ao progresso da sua terra.

Portanto, parece que se para a construcção de um hospital, obra que se im­põe acima de tudo como uma necessidade inadiavel, se se seguisse a mesma acertada orientação (e nes- te caso bem mais mereci­da; e alliando a ella a bon­dade e a força de vontade que sèmpre teem os labo­riosos filhos de Aldegallega em concorrer para tudo que seja engrandecimento da sua terra, estou certo de que não haveria diffi- culdade que se não remo­vesse e muito em breve a villa de Aldegallega podia orgulhar-se não só de quan­to era capaz o atruismo dós seus filhos como de ter da­do mais um passo na es­trada do Progresso, mos­trando assim o seu estado adeantado de civilisação.

A 5 0 0 s e n h o r a s

A titulo de brinde unica­mente ás primeiras 5oo senhoras, elegantes, modis­tas, costureiras, que se di­

rijam até ao dia 18 aosBu- reaux de la Prisse, estação d’Avenida, Lisboa, é por aquella casa offerecido, um jornal de 6 do corrente com 12 paginas e outros tantos figurinos a preto, 5 coloridos* 11 desenhos de bordados, etc., e molde cortado de saia, ultimo mo­delo, excepcionalmente por3o réis, ou gratis a quem assigne o excellente sema- nario, o que apenas custa 240 réis pòr mez. Jornal desde hóje remodelado ao gosto das mais exigentes, é servido regularmente to­dos os domingos pelos Bu- reaux, a casa que ha 16 an­nos trabalha nesta especia­lidade, e que tem obtido a mais extraordinaria clien- tella em todo o paiz, au- gmentando-a dia a dia por meio de annuncios e pros­pectos sempre tentadores onde se citam brindes es­peciaes. Nenhuma das nos­sas leitoras deixará de to­mar uma assignatura de experiencia;—sem figuri­nos nenhuma senhora ves­te com a elegancia parisien­se e no rigor da moda.

A G R I C U L T U R A

O s i n a t t o s

Os mattos são inques­tionavelmente um dos prin­cipaes elementos da vida agrícola e horticola; não obstante, porém, a sua im- portancia, é tal o atrazo de muitos agricultores, que diminuem concidera- velmente este rendimento, por não fazerem os cóptes quando os devem fazer, resultando-lhe do atrazo um grande prejuizo.

Entendem muitos lavra­dores que a demora nos córtes, lhes dá mais auspi­cioso rendimento, e ficam satisfeitos quando, em lo­gar de 5o carros, lhes entram 100 nos quintei­ros; não attendendo a que, se os cortassem de dois annos, em vez de quatro, e tivessem cada vez os di­tos cincoenta carros, eram os mesmos cem, que ade- antavam a estrumação das

terras, e conseguintemen- te, a colheita do fructo, e que a quantidade do estru­me era muito maior e me­lhor a qualidade, porque o matto miudo dá mais e melhor estrume, visto que sendo velho converte-se jeni" lenha, mais própria para o fogo do que para adubo das terras, e só me­tade servirá para o fim de­sejado, porque o(s paus grosos,' seccos, e sem ra­ma nem viço algum, nun­ca chegam a ser estrume; dando-se ainda a circums- lancia da demora no córte fazer seccar a cepa do matto, e assim lentamente se vão destruindo.

Sendo, como é, a fer­mentação um dos princi­paes agentes para a boa qualidade do estrume, e sendo necessário para ella se operar que 0 matto se­ja empilhado verde, e até humido, sendo possivel, succede, ao contrario, que o maior numero dos nos­sos lavradores tem o pés­simo costume de o deixar seccar no monte, reco- ihendo-o aos quinteiros completamente mirrado.

O resultado d’esta erra­da pratica é o matto des- fazei-se, ficando o melhor, que é o mais miudo, no monte, e não fermentar de prompto nos quinteiros, por falta de verdura, tor­nando morosa a sua de­composição e deíicierite-a composição do estrume, pela ausência dos necessá­rios gazes, privando-o as­sim dos: principaes ele­mentos nutritivos para a vida das plantas.

O t r a b a l h o d o s o l o

E’ hoje um facto averi­guado que, para assegurar uma boa colheita, nada ha como trabalhar o sólo, isto é: destorroar, surribar a terra.

Como é, porém, que, in­dependentemente de todos os adubos, o trabalho do sólo póde influir sériamen- te na vegetação ulterior?

Por esta simples razão, posta em evidencia por Dehérain: que o alludido trabalho favorece no mais

alto grau a provisão de agua nas regiões profundas da camada vegetal.

E flecti vãmente, em um terreno acamado, a agua infiltra-se muito lentamen­te, se a superfície é hori- sontaf, e deslisa sem a pe­netrar, se essa superfície é inclinada.

Dahi resulta que, num sólo duro e compacto, as ca m ádás infe riores são sem­pre muito mais ricas do que as camadas superfi- ciaes; pelo contrario, nu­ma terra bem trabalhada, a agua attinge facilmente o sub-sólo, e ahi se arma­zena, em vez de se evapo­rar rapidamente, como no outro caso acontece, em que ella é brevemente re­conduzida á superfície por capillaridade.

Por conseguinte, se o terreno, em virtude db tra­balho de que foi objecto, poude armazenar assim uma abundante reserva de agua para os periodos de estiagem, as plantas que ahi estão semeadas encon­tram a quantidade de hu­midade necessaria ao seu consumo.

E’ esta uma (condição particularmente favoravel para se desenvolver uma vegetação luxuriante, pois que, a humidade constitue justamente a própria con- dicão do trabalho dos fer-“0 9 JjJ h 1X0 1 0 XvlJ : j , jbT U Jmentos que fixam o azote no sólo e o tornam ahi as- similavel.

T h e a t r o c l e e í i« - iw a g i c o

No largo da Caldeira, nesta villa, acha-se uma bem construída e elegante barraca de fantoches arti­culados,' unicòs qúHIFSÍff’ os movimentos eguaes aos do corpo humano, sendo nogenefo o que ha demais plegante è aperfeiçoado.'

Os espeç: açu los. são abri­lhantados por um distincto pianista.

Tem sido enorme a con­corrência de povo ao theá- tio . electro-magico, que, na realidade,é um boccadi- nho de tempo bem passa­do. Ha hoje espectáculos novos, sendo de espirar grande concorrência

Page 2: ALDEGALLEGA E Q PROGRESSO · 2020. 2. 11. · coloridos* 11 desenhos de bordados, etc., e molde cortado de saia, ultimo mo delo, excepcionalmente por 3o réis, ou gratis a quem assigne

O D O M I N G O

OSID. CARLOSNa próxima terça-feira,

Í6 do corrente, e a convite do digníssimo par do rei­no, ex.mo sr. José Maria dos Santos, a phylarmonica i.° de Dezembro, desta villa, partirá num vapor da ma­nhã para Lisboa, afim de abrilhantai'Òs grandes fes­tejos, pelo rçgresso ao rei­no do sr. D. Carlos, ,

A sociedade phylarmo­nica accedeu promptamen- te ao convite de sua ex.a, que tanto honra esta socie­dade como presidente ho­norário.

A phylarmonica egres­sa no dia immediato.

.%s82BÍversar!«§Completou mais um an­

niversario natalicio no dia io do corrente, o nosso il- lustre amigo, ex.mo sr. Ma­nuel Neves Nunes d’Almei­da, digno director do lyeeu de Setúbal.

Daqui lhe enviamos as nossas cordiaes felicitações.

—Tambem no dia io o sr. José Luiz Freire Ca­ria completou mais um an­niversario natalicio.

Os nossos parabéns.— No dia i3 completou

mais um anniversario na­talicio a gentil menina Ma­ria Antonia, estremecida filhinha do nosso amigo Edmundo José Rodrigues.

A seus paes as nossas felicitacões.

Itosafeo <le c r i a d o

Na noite de ante-hon- tem para hontem, deu-áè no quintal da casa da ha­bitação do sr. José Anto­nio Paulada, um roubo de tres gal linhas e um gal lo no valor de' 3$2oo.

As auctoridades andam a investigar, afim da ta- ptura do auctor ou aucto- réà do furto.

Foi proposto para fazer parte do pessoal perma­nente da escola practica de Mafra, o nosso amigo

José dos Santos Oliveira, digno tenente de infante­ria n.° ii.

C a s a «le I> a t® ta ?

Consta-nos que ha uma casa onde alguns indiyj-j duos daqui jogam forte­mente a batota.

A’ auctoridade adminis­trativa cumpre investigar, afim de evitar os batotei­ros.

1YP0GRAPH1A MODERNA

Rua Direita, 19, i.°, Al­degallega.

C'«B88®ília P o r ís ig a se a a

Sahiu o n.° 47 da interes­sante folha semanal, que mais uma vèz confirma os fóros que vém criando diâ a dia. Traz na pagina cen­tral uma engraçada allego- rià referente ao prinCipe Aléxis Cretchet. Na ultima pagina critica a concessão do caminho de ferro de Angola espirituosamente,

A prosa e versos são sempre de primeira or­dem.

ARTE CULINARIA

T o r ía s ;ílc SíSíalfeasã

Depois do. bacalhau ter estado em agua pára lhe tirar o sal, coze-se. Faz-se um môlho de, crémci e fa­rinha ligado com tresgem- mas dovos, sal, pimenta, nóz moscada e um bocca- dinho d:alho; deitam-se as lascas do bacalhau neste molho.e. salteiam-se;

N uma r torteira com o fundo untado de manteiga» põe-se o.bacalhau e,polvi­lha-se copa miolo de pão ralado., que se regará com manteigajiderretida; tapa- se a torteira, deitem-se bra- zas na tampa e ponha-se em fogo brande até tomar côr.

Antes de servir, desen­gordura-se.

OQFRB DK FHOI^ãS

A MEMÓRIA DE JOSE FONTANA

Caiam-lhe as coroas de flores ■Sobre a morada derradeira; Traga-lhe affectos e louvores A doce brisa tão fagueira.

Curvem-se as frontes aUa.neiras Ao nome seu d'immensa gloria; Cantem-lhe as avès feiticeiras Os grandes hymnos da viçtoria.

Que todos nós, joelho em terra, Prestemos culto de saudade Ante esse tumulo que encerra Um defensor da Liberdade.

A mente audaz que nos guiava, Olhando todos como irmãos, Querendo fazer da plebe escrava Os mais prestantes cidadãos.

Quiz procurar na sepultura Descanço ao fado seu mofino . . . Foi-se abysmar em treva escura.. Triste ironia do Destino!

Cae uma affronta esmagadora Sobre essa Morte vil, cruel,A negregada segadora Que corta vidas a granel! ,

i de maio de' 1892.JOAQUIM DOS. ANJOS.

P E N S A M E N T O S

Um pensamento é um livro resumido na mais sim­ples expressão. — Masias.

— 0 luxo corrompe tudo, tanto o opulento que se deita com elle, como o pobre que o cobiça. —J J Rous- seau.

— Vêr e ouvir os maus é já um começo dé maldade.-— Confucio.

ANECDOTAS

Um criminoso padecia de horríveis nevralgias faciaes, ao ouvir ler a sentença que,o condenmava a ser decapita­do. febom jíL -lo-gh on ■_> dàjoH oíIízub oadilir/ mu rni*»j;

— Obrigado sr. juiz, niiijlo obrigado. Até que final­mente consigo vêr-me livrè das malditas dores de que padeço.

Um batoteiro conhecido convidou frequentar um club de jogo.

— Olha, só encontrarás alli-gente limpa. —■Acredito, principalmente á sahida.

um amigo para

Um carteiro:— Móra aqui o sr. Carneiro?— Não, senhor. Aqui móra o sr. Cordeiro. -— Então é o mesmo; irias como ha dois anhos lhe

não trago cartas, julguei que tendo crescido-, tivesse mu­dado 0 nome de Cordeiro para Carneiro.

LITTERATURA

A p o r t a r i a «So c é o

11 '(Continuado Jdo n.° 73)

Pensou de viver em um mundo oncle todos os ho­mens eram eguaes, e final- mente de encontrar ai li os seus queridos amigos Ma- merto e Macario. Com re­lação porém a este ultimo pensamento não deixava elle de ter suas duvidas, porque dizia elle para os seus botões:

E se lhe não querem abrir as portas do céo?J Elles foram sempre homens de bem ás direitas; mas o demonio da paixão de 1VL> merto: p:los touros, e â tolice do macario de casar segunda vez, tendo-se sa- hido tão mal da primara, fazem-me reeeiar que lhe deem com a porta na ca­ra.

Para sahir um tanto de duvida, perguntou a ura viandante se tinha visto passar por alli dois sujestos com estes , e aquelles ;si- gnaes; e eomoelle lhe res­pondesse affirmati vãmen­te; proseguiu o tio Pacien- cio 110 seu: caminho, mais alegre que umas paschoas;

O caminho do céo era escabroso e áspero, e essa era por certó a razão por­que. neíle se não encon­trava senão gente pobre e habituada á fadiga.

Impressionado o, tio Pa­ciência por não vêr ne­nhum figurão, entre tan­tos .caminhantes, dizia, de

«{ss om si...Não admira, que, os

homens ricos não façam esta viagem, por que te­riam de fazel-a no cavali­nho de. S. Fj'ancisco. Se plude ssém emp re h e n d e 1-a de carruagem, os diabos me. levem, se n.ão viamos por aqui mais trens do que . no Prado e na Fonte Castelhana.

O tio. Paciência inter­rompeu as suás reflexães ao ver approximar-se, vin-

FOLHETIM

Traducoão de .1. DOS ANJOS

D E P O I S 0 8 P E C C A D OX l v r o p r i m e i r o

O. senhor fará a regeneração d’esta terra, se puder descobrir as causas da mulesfia mvsteriosa que. dèstruiu a riossa industria sericola e ha álguris annos nos reduziu á miséria.>xr£j/>ç>- espero conseguil o logo ao

principio, mas tenciono consagrar o meu tempo a estudar no próprio lo­cal as diverèils phaseVd» Hagelto:

—Consig;:-o tarde ou cedo, que

havemos de o abençoar. Mas. conti­nuou o cura. creio qué deve estar fatigado.

— Vim de Vais isngg mas ainda,as­sim esse passeio não me çançou.

— •• De-uie ao menos a,., hopra de, compartilhar a minha modesta refei­ção. Devo pfêvenil-ò de que' a câma­ra se- preoedupou em lhe dar, em-: quanto o senhor aqui estiver, uma morada um pouco mais confortável ;que os nossos, pobres pvardiei.ros.; já Jh’a arranjaram.

--B e ta iei. a ‘casá, da; prinefeza. que pertence â comimina e qué élla quer vendei-,' respondeu o Adriano rindo- sc. ; 1,■

, — Quem o.informou táo bem? p e r ­guntou o cura no mesmo tom.

— Úma das suas parochianas que' encontrei no caminho (£ que me guiou até aqui; a Magdalenasinha.

! — Magdalénásinjha!‘exclamou o cu­ra. Então se a viu, se ÓonvérsòU cMíi

;ella. não tenho mais nada a dizer lhe. Aquella rapariga sabe tudo; tudo.ob- íserva, tudo qpt^ijçle,

— E acima de tudo é bonita.— Mais que bonita, linda, lindissi

ma! E é isso que me dá álgum ciiida" ;dò. A- belleza :Tiúlta> vezes é u m dom ;faial para uma ra; arjga pobre.

n-M as é inn■■■tente.. ,— A, inuocençia é frag l, tenho ditç'

muitas vezes commigo que a Magda lenasinha náo perdia nada1 êfn sérj 'como a maior parte* das riossastam- pone.zas. £e:a e ignorante. O futuro d^iquella creança assus.tarme, acçtes- cento 1 o cura, depqjs d.e unia pausa-,

— Faz mn’1 e'm se assustar, senhor cura; case a com algum iávradòr hon­rado e cila séíá sempre uma mulher honesta.

— Deus o ouça. senhor!O cura. afastou-se ptóra »lar algumas

ordens a respeito da refeição para que tinha.convidado o Adriano.

— Tenha j aciençifi, disse elle quan­do .,se sentavam á mesa; os nossos re cursos não dão para mais.

Sobre uma tuaíha branca tinham posto oVos e leite. Dèpois ^eiú fructa e uma gáfrara* de Vinho branco que úiíiLilavrador' dos arr.edóres maridára de presente, ao cjyagf) o b f iJn iS S b ij

Depois de ter enchido o copo do jAdrirno d'ãq'íeTíe vinho cor de am jbar, o padre poz a garrafa na mesa, sem se servir.

—'O serihór c u n "não bebe? 'per­guntou o A driano.'

— Bebo agua e fico muitò bem; •nunca bebo vinho.

— M; s uma vez não é por costume.

— Para qué? Beba e comà o sehhoí e nãò s;e importe commigo.

O Adriano«ealou-se', muito impres­sionada por vêr que o cura se con­tentava éoal um ovo e: dgumas-.cere- jas regadas com agua tão clara como cristal de rocha .'

Términada a refeiçãd; o cura qti>! apiesentar o1 Adriano ao «maire» 6 ao professor. Aquella boa- gente fez ao delegíidq.. do ministro a recepça0 mais pordeai. Depois levaramrno pa‘ ra o aposento qi:e lhe fora prepara‘ do - titi «casa da prírtceza». Design8" ram com esse nome lim pavilhão àt ladrilho, sito na extremidade do pl8' na to onde se eleva Antraigues, nf meio de uni pavque que deíçe ao comprimento da ■ ladeira dá collmJ até á Volane.

Cáiitinual

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O D O M I N G Odo do lado do céo, um ho­mem, que chorava como um bezerro, e dava mos­tras da maior desespera­do. Era nada mais nem ^enos do que o tio Ma­merto. _ . ..

O tio Paciência sentiu uma pancadá no coração,, annunc iando-lhe alguma desgraça/quando reconhe­ceu o seu amigo.

— O que tens tu, ho­mem? perguntou elle ao tio Mamerto.

— Que demonio hei de eu ter! Se eu não fosse um bruto, como não ha segun­do, não me fechavam pa­ra sempre as portas do céo !I —Mas então como foi isso? explica-te com a bre­ca, que me tens o coração em laias. Aposta que não foi senão por causa da mal­dita paixão pelos touros.

— Parce-me q.ue concor­reu.

— Vamos, por quem és conta-me’ o que sé passou.

Cheguei á portaria do céo, e encontrei alli uma porção de gente, que esta­va á espera de vez para entregar os passaportes para o outro mundo. O porteiro, que visa.va os pa­péis, com a suá grande'calva d moslra, e o seu mólho de chaves na mão, levava a coisa com toda a pachorra, e muia-os com perguntas, primeiro que primRtissê a entrada. Eu, que, corno e bem natural, eslava morto por me ver lá den.ro, disse com os meus botões:—Este velho, com trk seus vagares, é ca­paz de me conservar aqui de fóra ãté á noite. Pois deixa estar, se te pilho des- trahido, atiro commigo lá para dentro, ainda que de­pois me cortes uma orelha, como fizeste ao pobre Mal- co. Estava eu a pensar neste expediente* quando vejo o porteiro armar uma questão com um pobre di­abo, a quem não deixava entrar, com o pretexto deter sido apaixonado de tou­ros. fcauKvUa-K

Ahi temos nós os lou­ros! disse eu, ao vêr aquil- lo. O f l jl 2

O velhote. vé\ capaz de me fazer esperar uma eter­nidade, e por fim, se che­ga a saber que tambem fui affeiçoad.o ás tou -adas ne- ga-me a entrada, como aconteceu com o outro.

E que faço eu? Assim que o porteiro' dêti uíâa volta: zás! raspo-me lá pa­ra dentro.

Já dava graças a Deus pelárninha resolução, e vae s e n a o q u a n d o o p o r i^ i r ,© , dá-lhe na cabeça contir quantos estavam na porta ri;Ve conhece que lhe-falta uni “' "

«— Falta-me aqui um! grita enraivecido, e aposto uma orelha que não é se­não o madrileno.

«Ou elle não fosse de Madrid, o maroto, que. se escoou lá para dentro co­mo um gato: deixa.estar que já vamos ajustar con­tas!

« — O' meu .senhor, dis­se da banda um adolador, que tinha assim geitos de. cortezão, quer que eu lho saque de lá para fora por. uma orelha?

«—-Deixemos-nos d’ore- ihas, respondeu o vélhote.í e chamando uns músicos, a quem' falava com muito agrado, porque parece que lhe tinham sido recom- mendados por Santa Ce- ci.ia: Toquem lá a musica da sahida do touro!

«Os músicos começam de tocar, e éu (sempre sou muito bruto!) ao ouvir tal toque, julgo que ha corri­da de touros na-portaria, e saheo muito tepipo a vêl-a; de repente, o porteiro* fe­cha a porta e delxa-me fi­car de fóra, com uma cara de palmo e meio, dizendo- me:

«—Vá já para.o inferno, seu meliante, que uma pai­xão por touros como essa, não póde Deus perdoal-a.

«E aqui tens tu, querido Paciência, como eu vou a caminho do inferno por causa da minha mania pe­las toucadas!»

O tio Paciência prerom- peu em amargo pranto ao vêr a infelicidade do seu velho amigo, e esteve qua­si a pregar-lhe u n sermão más não o fez por se lem­brar de que. era prégár no deserto.

( Conlinúà)

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O proprietário cTeste antigo, acreditado e impor­tante estabelecimento, participa aos seus numerosos freguezes e ao publico em geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário d’este estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal­vaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi- dam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, guitarras, etc.

O proprietário deste estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba lhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa' fóra.

São garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negocios d’esta casa.

Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

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Neste estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses, e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

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AO COMMERCIO DO POVOAO j:í bem conhecidas do publico as verdadeiras vantagens que çste estabelecimento otlèrece aos compradores de todos os seus artigos, pois que tem sortim ento, e faz compras em condicçóes de poder . om pet.r com as primeiras casas de Lisboa no qué diz respeito a preços, porqúe vende muitos artigos

Sifânfessij A l a d a s u a i s b a r a t o se. como tai esta casa para maior garantia estabeleceu o svstema de GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO :e vendendo a. todos-pelos mesmos preços.

1 em esta casa além dè vários artigos de ve tuario mais as seguintes secções:De Tanqueiro, sortimento completo;De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de primeira moda;De Mercador, um bello e variado sortimento de casimii'as> flanellas, cheviotes,

picolilhos, etc., etc.Ha tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades

por preços baratíssimos.A o s S r s . A S f a y a t e s .— Este estabelecimento tem bom sortimento de fórros necessários para a sua

contécção taes c om o: setins pretos e de cor, panninhos lisos de cor e pretos, fórros; para mangas, boto es. etc.Á s f t c a l i o r a s M o d i s t a s . — Lembram " o s . pró; rietarios d'este estabelecimento uma visita, para

assim se certificarem de quanto os preços sáo limitados.Grande coliecçáo de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinbas para creança que garanti­

mos ser preto firme.SJasíh v i s i t a p o i s a o C O SIU H B SK O O B O BM ÍVO

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PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C,A — ALDE­G ALLE G A

RELOJOARIA GARANTIDADE 76

AVELINO MARQUES CONTRAMESTREi- t i -s -

Oxidam-se O proprie

Relogios de ouro. de prata, de aço. de ,nickel, de plaquet, de phanta­sia. amerií anog.' suisso; de parede. marit'mos, despertadores americanos, des­pertadores de phantasia. desperta lores com musica, suissos de algibeira com Corda para oito dias. ’

Reçommenda-se o relogio de AVELINO MAROUES C0 NTRAMES1 Rt-, um bom escape d'ancora muito forte por 5-Sooo réis,

caixas d’aço. com a maximn perfeição. Garantem-se todos os concertos.tario d’esm relojoaria compra ouro e prata pelo preço mais elevado.

1 - R U A DO POÇO — 1 — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO