alcides conejeiro peres - ilustraÇÕes selecionadas

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  • 7/30/2019 ALCIDES CONEJEIRO PERES - ILUSTRAES SELECIONADAS

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    E-book digitalizado por:Levita DigitalCom exclusividade para:

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    ANTES DE LER

    Se voc encontrar erros de ortografia durante a leitura deste e-book,voc pode nos ajudar fazendo a reviso do mesmo e nos enviando.

    Precisamos de seu auxlio para esta obra. Boa leitura!

    E-books Evanglicos

    http://ebooksgospel.blogspot.com/http://ebooksgospel.blogspot.com/
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    Alcides Conejeiro Peres

    Pequenas histriasE experinciasPara sermes eEstudos bblicos

    Ilustraes

    Selecionada

    s

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    Todos os Direitos Reservados. Copyright 1985 para a lngua portuguesa da CasaPublicadora das Assemblias de Deus

    242.2PERi Peres, Alcides Conejeiro, 1921-

    Ilustraes selecionadas. Rio de Janeiro,CPAD, 1985. P. il..1. Literatura devocional - Ilustraes.2. Vida Crist - Ilustraes. I. Ttulo.

    CDD 242.2

    Cdigo para Pedidos: VC-630Casa Publicadora das Assemblias de DeusCaixa Postal, 33120001 Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    5a Edio 1998

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    ndice

    Duas palavras

    AAbandonou tudo por amor de JesusA Bblia incompletaA Bblia - leitura suficienteA Bblia no me deixa em pazAcabei de conversar com EleA converso de Pedro ValdoA convico de uma meninaA coragem de Joo Sanches

    A evangelista Ruth Carter StapletonA filha que roubou a sua prpria meA humildade de AlexandreAlembert no era o nicoA lepra devastadoraA maior ddivaAmansa Joo AlvesAmor aos irmosA morte de PolicarpoA morte do mais ricoA mulher preferia os bailes

    Antes e depois do casamentoA obedincia que valeAo nosso alcance valores desconhecidosA palavra no volta vaziaA pedra rejeitadaA porta nunca se fechouA preocupao de Corrie Ten BoomA priso de Joo BunyanA professora de CalaghanA retido do tesouroA segurana humana pode falhar

    A sensatez de um armadorA superioridade de Filipe da MacedniaAs riquezas do VaticanoAvanar!Aviso ao rei KnutCCarta escrita para um crente cerca do ano 200d.CComo calar os caluniadoresComo Deus?Confiana no SenhorContinuo o culto em casaContrastesContrato em branco

    Converteu-se por ter enganado de endereoConverteu-se um bbado em Vila FormosaConvidar sempreCristo, a alavancaCristo pode mudarCristo viveCulpado do sangue derramadoCulpa dos paisDDar tudo para JesusDeus nosso Consolador

    Deus guarda seus servosDeus pode condenar o homemDeu tudo e recebeu de voltaDois quadros de naviosEE depois?Eis que tudo se fez novoEla conseguiu salvar o seu larEle conhece o pastorEmbaixador de CristoEmbrulhos de presentes para voc

    E necessrio obedincia irrestrita necessrio provar preciso exercitar a fEscolher sempre o melhorEsta casa para vocEsta harpa foi fabricada por mimEstou me destruindo, doutorEstou prontoEstradas boas para os missionriosEstraguei a minha vidaEu j sabia

    Eu poderia mat-loEu quero ver os meus paisEu tenho Jesus no coraoFFale mais com DeusFidelidadeGGuarda-chuva como demonstraoIInformao erradaJJesus Cristo est vivoJesus estava no primeiro barcoJesus revela o Pai

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    Jesus tambm converte padresJesus transformaJoo, o peixeiroJovem, leia a BbliaLLana o teu po

    L vai um boboLiberte este indignoLiteratura evanglica e literatura comunistaLivingstone, o pioneiroMMais um folio que se salvaMame, agora sou crenteMande embora seu filhoMaravilhoso avivamento na MorviaMdico no socorreu seu prprio filhoMeu pai, este diploma lhe pertence

    Minha preocupaoMissionrios entre os ndiosMoody, o homem de pouca gramticaMorreu no lugar do advogadoMorreu para salvar os passageirosN

    No desanimar!No os tires do mundoNunca foi convidadoOO acendedor de lampiesO adolescente George MllerO afundamento do TitanicO amor de meO Anticristo se preparaO ardor de Alexandre DuffO bom juizO caminho para o corao amorosoO diamante "Presidente VargasO egosmo do vizirO empregado preferiu morrer

    O exemplo da aranha0 exemplo de Oswaldo CruzO fabricante de imagensO feitio contra o feiticeiroO ferreiro missionrioO filho morreu na guerraO fogo no carnavalO folio que se decidiuO inimigo de nossas almasO mau hbito de desobedecer aos avisosO navio consertado

    Onde Deus no est?O Pentecoste dos moravianosO poder da orao

    Oportunidade de ouvir MendellsohnO que as outras religies no tmOrar aqui mesmoOrgulho que mataOrou pedindo geloO salmo 23

    Os caminhos da morteOs crentes e a destruio de JerusalmOs crentes na RssiaOs engenheiros celestes construram uma

    ponteO Senhor deu, o Senhor tirouO Senhor quem te guardaO socorro nos vem do SenhorO soldado falava em nome do filhoO suicdio de Stefan ZweigOu d um bom testemunho, ou mude o seu

    nomeO valente convertidoO valor da literaturaO valor do testemunhoO velho Joo HartmanPPersistncia cavar pooPreferiu salvar a meninaQQuanto dinheiro voc tem?Quem pode pagar tanto?Questo de limitesRRecusou o noivo no ltimo momentoRecusou o perdoReencontro do pai com o filho perdidoSSalomo GinsburgSalvou o menino do incndioSalvou seu prprio irmoSempre honrei o nome do meu pai

    Sim, sim, no, noS cem cruzeiros?Socorrendo zombadoresS Deus pode perdoar pecadosSoldados na ilha evangelizadaTTambm sou crenteTarde demaisTiago, o irmo do SenhorTinha vergonha da meTodos pecaram

    TolernciaUUma cena de gratido

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    Uma ciganinha chamada PepitaUma esposa muito pacienteUma sbia sentenaUma salvao prestes a ser reveladaUm bbado na igrejaUm cachorro heri

    Um comerciante se encontra com DeusUm crente escondidoUm crente que furtou

    Um filho desvairadoUm lucro de quatrocentos por centoUm presente imerecidoVVale a pena insistirVencido por Jesus

    Vida? S por Deus!Voltarei no prximo outonoVolte meu filho

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    Duas Palavras

    Nunca me ocorreu publicar um trabalho como este.Porm, h algum tempo, comecei a catalogar ilustraes para o meu prprio uso,pois elas so um recurso extraordinrio de que se valem os pregadores. Dessa coleo,adaptadas as unidades a textos bblicos guardados h anos, resultou esta obra. Achei entoque no devia guardar s para mim aquilo que, de alguma forma, poder ser til a outros.

    Agora, o sincero desejo do meu corao que este trabalho possa servir deinstrumento para levar aqueles que ainda no so crentes a lerem as pores bblicas queacompanham as ilustraes.

    O Autor

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    ILUSTRAES SELECIONADAS

    JESUS ESTAVA NO PRIMEIRO BANCO

    Um pastor lutava h muitos anos sem ver sua igreja crescer. Certa noite sonhou queestava pregando e era ouvido atentamente por um visitante desconhecido. No final do culto,o pastor foi cumprimentar a visita, e constatou que fora Jesus mesmo que ali o estiveraouvindo. Assim, o seu ministrio foi mudado pela convico de que Jesus estava presente ssuas pregaes.

    "... eis que estou convosco todos os dias, at a consumao dos sculos" (Mt28.20b).

    A MORTE DE POLICARPOPolicarpo, em sua mocidade, foi aluno do apstolo Joo. Foi condenado a morrer

    queimado no ano de 156 d.C. Uma carta da igreja de Esmirna para a de Filomnia assimrelata a sua morte:

    - Mas o admirabilssimo Policarpo, logo que ouviu falar sobre isso (que oprocuravam para prender), no se desencorajou, mas preferiu permanecer na cidade.Entretanto, a maioria conseguiu convenc-lo a retirar-se. Ento ele se ocultou em uma

    pequena propriedade... seus perseguidores chegaram e, como no o encontrassem,aprisionaram dois jovens servos... um deles confessou, sob tortura, o esconderijo do santo.O oficial apressou-se a conduzir Policarpo ao estdio, para que recebesse o castigo que oaguardava por ser seguidor de Cristo. Quando adentrava pelo estdio, ouviu-se uma voz doCu que lhe dizia: - "S forte, Policarpo, e porta-te varonilmente". Essa voz foi ouvida pelos

    crentes que se achavam presentes...Policarpo foi ameaado de ser entregue s feras.- Se desprezas as feras - disse-lhe o procnsul - ordenarei que sejas consumido na

    fogueira, se no te retratares.- Tu me ameaas com o fogo que consome por um momento e logo se apaga, mas

    desconheces o fogo do juzo vindouro, o fogo da punio eterna, reservado para os mpios!A multido, vida de morte, pede a fogueira para o "Pai dos Cristos", o "Mestre da

    sia".Quando quiseram encrav-lo com pregos no poste central ele disse:- Deixem-me conforme estou. Aquele que me deu foras para suportar o fogo,

    tambm me permitir que permanea na pira inabalvel, sem que seja seguro por pregos.Ao terminar a sua orao, o encarregado acendeu a fogueira e grandes chamas se

    elevaram ao alto..."E outros experimentaram escrnios e aoites, e at cadeias e prises. Foram

    apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ove-lhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo no era digno),errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra"(Hb 11.36-38).

    UM LUCRO DE QUATROCENTOS POR CENTOJ. Hudson Taylor, no seu tempo de estudante, na Inglaterra, teve muitas confirmaes

    de Deus sobre sua chamada para ser missionrio na China.

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    Conta-se que certa vez foi chamado a socorrer uma senhora moribunda, admirando-se de que o pedido surgisse de um catlico, mas soube depois que o padre se recusara aatender ao chamado, porque o necessitado no tinha dezoitopencepara pagar adiantado.

    Hudson era estudante pobre. Tudo o que tinha no momento se resumia numa tigelacom o suficiente para alimentar-se noite e para o desjejum do dia seguinte, e uma moedade meia coroa no bolso.

    Chegou finalmente a uma habitao pauprrima. Foi conduzido ao quarto de dormircheio de molambos, onde estava a doente.

    - Voc me pediu que viesse orar pela sua esposa. Ajoelhemo-nos e oremos! - disseTaylor.

    Nem bem tinha comeado a orar, doeu-lhe a conscincia por estar na presena deDeus, diante de pessoas to necessitadas, e ele, com meia coroa no bolso. No conseguiuterminar a orao. Levantou-se, deu a moeda ao velho e partiu.

    No dia seguinte a tigela de mingau no faltou. Antes de termin-la o carteiro bateu porta, e, pouco depois, a proprietria vinha entregar-lhe um envelope. No pde atinar deonde viera, nem conheceu a letra. Dentro do envelope um par de luvas, e dentro de uma dasluvas meiosoberano.

    Tivera a sua meia coroa restituda (no sabia por quem), com um lucro de 400%."E qualquer que tiver dado s que seja um copo de gua fria a um destes pequenos,

    em nome de discpulo, em verdade vos digo que de modo algum perder o seu galardo"(Mt 10.42).

    CONVIDAR SEMPREUm pastor, aconselhando sua igreja a convidar, contou a seguinte ilustrao:Havia em certa igreja um crente muito dedicado evangelizao pessoal.

    Evangelizava, entregava folhetos, convidava, convidava, e insistia. Chegava a ser cansativoem sua insistncia.

    Prximo de sua casa, havia uma pequena alfaiataria. O atelier ficava num jirau, quese alcanava por uma escada de madeira. Ali o alfaiate pedalava a sua mquina o dia inteiro.O crente entrou pela centsima vez porta a dentro e puxou conversa, renovou o convite parao culto da igreja naquele dia. O alfaiate que no estava bem-humorado, subitamenteempurrou o crente escada abaixo dizendo:

    - Desaparea daqui seu fantico!O crente se levantou, ajeitou a roupa, olhou para cima e disse:

    - Est bem, eu desapareo, mas o senhor vai igreja hoje. No vai?"Que pregues a palavra a tempo e fora de tempo"(2 Tm 4.1).

    ALEMBERT NO ERA O NICOJean Le Rond d'Alembert, escritor, filsofo, e matemtico francs, freqentava com

    assiduidade o palcio de Lorena. Querendo atrair a ateno sobre si, irreverentementeafirmou:

    - Sou eu o nico neste palcio que no cr em Deus e por isso no o adora.- Engana-se - respondeu a princesa - o senhor no o nico neste palcio que no

    cr em Deus e nem o adora.- Quem so os outros? - perguntou o sbio.- So todos os cavalos, e os ces que esto nas cavalarias e nos ptios deste pao -

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    respondeu a princesa.- Assim, estou sendo comparado aos irracionais!?- De modo algum, tornou a princesa. Embora os irracionais no tenham

    conhecimento nem adorem a Deus, no tm a imprudncia de se vangloriar disso."Disse o nscio em seu corao: No h Deus"(SI 53.1a).

    LIBERTE ESTE INDIGNOVisitando um presdio, certa autoridade ia perguntando a cada um dos presos a razo

    da sua deteno. Cada um procurava provar que estava sendo injustiado, mostrando-seinocente. Fez a mesma pergunta a um crente, e este respondeu:

    - Estou aqui porque errei.A autoridade chamou o encarregado do presdio e ordenou:- Solte este homem, porque ele indigno de estar aqui no meio de tanta gente boa."O que encobre as suas transgresses, nunca prosperar, mas o que as confessa e

    deixa, alcanar misericrdia"(Pv 28.13).

    CULPA DOS PAISUm amigo me falou de sua prpria experincia sobre pais que no souberam educar

    seus filhos conforme ensina a Bblia. Disse:- Meus pais eram muito indulgentes comigo, e, desde a meninice, aprendi a impor

    minha vontade contra o bom senso, at na realizao dos meus desejos prejudiciais. Acabeificando desobediente, e com pouco respeito para com a vontade deles. No quero ser injustono julgamento dos meus queridos pais, aos quais eu devo honrar, mas no posso deixar dereconhecer a sua culpa por no me disciplinarem. Por causa de sua excessiva bondade, eutive de lutar comigo mesmo - depois que sa do seio da famlia -para aprender a distinoentre os meus desejos egosticos e a verdadeira justia social. Se eu tivesse sido disciplinadoem casa, e restringido no exerccio da minha prpria vontade, estaria muito mais preparado

    para adaptar-me s justas exigncias do meio social. (Princpios de tica para o LarCristo, de A. R. Crabtree, pgina 17, da Casa Publicadora Batista, 2? Edio.)

    "No retires a disciplina da criana; porque, fustigando-a com vara, nem por issomorrer"(Pv 23.13).

    A SUPERIORIDADE DE FILIPE DA MACEDNIAFilipe II, rei da Macednia, foi muito acusado por seus compatriotas de indigno deser rei, indigno de ser comandante, indigno mesmo de ser grego ou de ser consideradonobre. No entanto, encontrava prazer em escutar a verdade, to incmoda aos ouvidos dossoberbos; dizia que os oradores de Atenas lhe tinham prestado um grande serviocensurando-lhe os defeitos, pois s assim poderia corrigir-se.

    * * *Certo prisioneiro, que estava venda, dirigia-lhe muitas acusaes.- Ponde-o em liberdade - disse Filipe. - No sabia que era dos meus amigos.

    * * *

    Sugerindo-lhe algum a punio de um homem que dele tinha falado mal, respondeu:- Vejamos primeiro se lhe demos motivo para isso.* * *

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    O embaixador de Atenas acabava de expor-lhe com muita insolncia a sua misso.Filipe ouviu-o com pacincia. Ao final perguntou ao agressor:

    - Que poderia eu fazer que fosse agradvel Repblica?Obteve a resposta:- Enforcares-te.Os expectadores, indignados, dispunham-se a puni-lo. Filipe no deixou, dizendo:- Deixai em paz esse bobo; e dirigindo-se aos outros embaixadores:- Dizei aos vossos compatriotas que aquele que insulta deste modo muito inferior

    ao que, podendo puni-lo, perdoa-lhe."Nada faais por contenda ou por vangloria, mas por humildade; cada um considere

    os outros superiores a si mesmo. No atente cada um para o que propriamente seu, mascada qual tambm para o que dos outros. De sorte que haja em vs o mesmo sentimentoque houve tambm em Cristo Jesus"(Fp 2.3-5).

    UMA ESPOSA MUITO PACIENTEUm homem vivia sob a influncia de maus companheiros, entregue ao vcio da

    embriaguez. Seus companheiros no podiam crer que ele tivesse uma boa e paciente esposa;por isso, foram sua casa certa noite e fizeram uma terrvel desordem e muito barulho. Omarido ainda exigiu da esposa que ela preparasse uma refeio para eles. Ela, no seu espritoreligioso, o fez, sem se queixar. Os outros, diante de tanta singularidade, perguntaram-lhe:

    - Por que a senhora satisfaz todas as vontades de seu impertinente marido?- Bem - disse ela - os bbados s tm uma vida; como diz na Bblia, eles no

    herdaro o reino de Deus. Por isso procuro fazer a sua vida aqui na terra to feliz quantopossvel.

    Envergonhados, os maus companheiros deixaram aquela casa e naquela mesma noite,o esposo viciado, entregou-se a Jesus.

    "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como digno da vocao comque fostes chamados. Com toda a humildade e mansido, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor"(Ef 4.1,2).

    O EXEMPLO DA ARANHARoberto Bruce, rei da Esccia, combatendo foras inimigas superiores, embrenhou-se

    na floresta, e, escondido, desanimado, passou a observar o sacrifcio de uma aranha que

    tentava construir o seu ninho, entrelaando fios entre um pau e outro. Alguns lances difceis,mas a aranha no se desanimava. Tentava uma, duas, seis vezes, at conseguir o seu intento.Mirando-se naquele animalzinho que lhe dava um belo exemplo de tenacidade, ele

    pensou:- Se uma aranha pequenina pode vencer a adversidade, eu, um rei, no devo desistir

    to facilmente.Bruce saiu do esconderijo, reuniu os soldados, e munido de nova coragem e

    determinao, entusiasmou a todos. Venceu o inimigo na stima batalha."Na vossa pacincia, possu as vossas almas"(Lc 21.19).

    EU TENHO JESUS NO CORAOEuclides da Cunha assistia horrorizado selvageria com que um dos assessores do

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    comandante tratava os jagunos. Sua alma sensvel de pessoa civilizada entristecia-se anteto deprimente espetculo de barbaria, ordenado pelo carrasco.

    Uma tarde, encontrando esse comandante violento carregando na farda um crucifixode ouro, perguntou:

    - Que isto?- Jesus, respondeu o oficial.- Pois olhe - disse-lhe o autor de "Os Sertes", batendo no peito: - Eu o tenho aqui

    dentro do corao, e Ele me repreende quando fao o mal. E o seu Jesus?"Porque o Senhor disse: Pois este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e

    com os seus lbios me honra, mas o seu corao se afasta para longe de mim e o seu temorpara comigo consiste s em mandamentos de homens..."(Is 29.13).

    AVISO DO REI KNUTO sbio rei Knut, da Inglaterra, em 1032 deu uma grande lio aos seus sditos

    bajuladores. Diziam eles:- Tu s grande e todo-poderoso. Ningum em todo o universo ousaria desobedecer-

    te. Tua glria e teu reino sero para sempre, rei!Um dia o rei ordenou:- Tragam para c o trono. Agora sigam-me at a praia. Ali, cercado de toda a sua

    famlia e de toda a nobreza, mandou colocar o trono quando a mar estava baixa. Sentou-sesem nada dizer e todos se admiraram. Em pouco tempo a mar comeou a subir molhandoos ps do rei, e de toda a sua corte. O rei levantou as mos sobre o mar e exclamou comautoridade:

    - Esta terra onde estou minha e todos obedecem minha voz. Ordeno-te, pois, gua, que voltes para o mar e que no molhes os ps do rei. Como rei, ordeno-te, que voltes

    j para o mar.Mal acabou de pronunciar estas palavras, uma onda forte, espumando branco com

    enorme estrondo, quebrou, molhando no s os ps, mas todo o corpo de todos, e arrastandoalguns para dentro da gua.

    Ento, solenemente, o rei deu esta sbia sentena:- Que todos os povos da terra saibam que os reis no tm autoridade alguma, a no

    ser aquela que Deus lhe d. O poder dos reis coisa v. Ningum digno do nome de rei, ano ser aquele que criou a terra e o mar, e cuja palavra a lei dos cus e da terra.

    Hoje, na cidade de Southampton, numa antiga parede, bem perto do mar, h uma

    placa com estes dizeres:"Neste local, em 1032, o rei Knut repreendeu toda a sua Corte""Da minha parte feito um decreto, pelo qual em todo o domnio do meu reino os

    homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele o Deus vivo e para semprepermanente, e o seu reino no se pode destruir; o seu domnio at o fim. Ele livra e salva,e opera sinais e maravilhas no cu e na terra"(Dn 6.26,27).

    ESTOU PRONTOCerto capito de um navio viu numa cidade um menino maltrapilho olhando as

    vitrinas.- Onde est seu pai? - perguntou-lhe o capito.- Desapareceu depois da morte de minha me, h muito tempo.

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    O bom capito condoeu-se do estado do menino. Parecia ter fome. Levou-o a jantarnum restaurante e fizeram boa amizade.

    - Quer viajar como tripulante no meu navio?- Estou pronto - respondeu o menino.EEstou Pronto ficou sendo o seu nome. Todos gostaram muito dele, pois sua me,

    que era crente, o ensinara a ser um menino bom e prestativo.Com o tempo, Estou Pronto conseguiu ganhar muitos tripulantes do navio para

    Cristo, inclusive o capito."Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem h de ir por

    ns? Ento disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Ento disse ele: Vai e dize a este povo:Ouvis, de fato, e no entendeis e vedes, em verdade, mas no percebeis" (Is 6.8,9).

    O FEITIO CONTRA O FEITICEIROCerta moa crente, enfermeira de um hospital no Rio de Janeiro, por seus mritos, foi

    promovida a chefe de departamento. Algumas pessoas que se consideraram preteridasreclamaram. Uma senhora mais exaltada, achou por bem vingar-se da nova superiora.Procurou um famoso macumbeiro. Contou-lhe o caso e contratou seus servios. Tudocombinado, ficou de voltar na semana seguinte, para receber a "obrigao".

    - Ih! no mexa com essa gente, minha filha! - disse o macumbeiro. Essa moa crente e est sob a proteo de Deus.

    A invejosa voltou para casa, mas no se conformou. Alguns dias depois tornou aoterreiro, insistindo em sua malvola pretenso. Desta vez recebeu uma sentena definitiva.

    - Minha filha. Desista de querer fazer mal a essa moa, porque todo o mal que vocquiser fazer-lhe, se voltar contra voc mesma.

    "O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele mesmo cair nasua cova, mas os sinceros herdaro o bem"(Pv 28.10).

    O ACENDEDOR DE LAMPIESQuando menino, em Nova Odessa, So Paulo, eu gostava de acompanhar o

    acendedor de lampies. (Na verdade, em 1927, os lampies j tinham sido substitudos porlmpadas, mas o nome do funcionrio continuou, acendedor de lampies.)

    Hoje, as modernas lmpadas de mercrio, ou as lmpadas comuns, se acendemautomaticamente ao cair da tarde e se apagam de manh com o clarear do dia. Mas anti-

    gamente no era assim. Os automveis funcionavam com luz a carbureto, bruxuleante, e ailuminao pblica era muito deficiente. Os postes precisavam ser acesos, um a um, ao cairda tarde, com operao inversa todas as manhs.

    A crianada acompanhava o funcionrio da prefeitura. Ele, com uma vara comprida,suspendia a chave de cada poste, clareando um pedao de rua. Corramos para o posteseguinte. Mais um jorro de luz. Mais outro... mais outro.

    Quando ficava muito distante de casa e no tnhamos permisso de ir alm, j no sedivisava mais o acendedor de lampies. A sua imagem era engolida pelas sombras, e, derepente, mais um jato de luz, e ia ficando um rastro luminoso por onde ele passava.

    Muitos crentes so como um acendedor de lampies: Vo deixando um rasto

    luminoso por onde passam. Mas outros..."Vs sois a luz do mundo: no se pode esconder uma cidade edificada sobre ummonte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e d luz

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    a todos que esto na casa. Assim resplandea a vossa luz diante dos homens, para quevejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que est nos cus"(Mt 5.14-16).

    A MORTE DO MAIS RICOUm fazendeiro tinha um empregado crente, muito antigo, em quem depositava inteira

    confiana, e que tambm era seu confidente. Certa manh o patro procurou o empregado,e, triste, contou-lhe o sonho que tivera na noite anterior. Sonhara que um mensageiro deDeus lhe dissera:

    - Dentro de trs dias morrer o homem mais rico desta regio.O seu temor estava justamente no fato de ser ele, o fazendeiro, o homem mais rico da

    regio .Mas ao terceiro dia quem morreu foi o seu empregado de confiana, o crente."H quem se faa rico, no tendo coisa nenhuma, quem se faa pobre, tendo grande

    riqueza"(Pv 13.7).

    UMA CIGANINHA CHAMADA PEPITAUma ciganinha chamada Pepita foi convidada por um pintor a posar para um quadro.

    Em troca, receberia algumas moedas de ouro. Chegando ao atelier, Pepita se impressionoucom uma tela de Cristo crucificado. Ela nunca tinha ouvido falar de Cristo nem de sua mortena cruz. Pediu ento ao pintor que lhe contasse a histria daquele "homem na cruz".

    O artista contou-lhe a histria de Jesus. Seu nascimento, seu sofrimento e morte nacruz, sua ressurreio, tudo... A ciganinha ficou muito comovida e perguntou ao artista:

    - O senhor deve am-lo muito, no? pois ele morreu pelo senhor.Mas o pintor, que conhecia to bem a histria de Cristo, vivia distanciado do grande

    amor do Senhor. A pergunta da menina levou-o a render-se a Jesus. Ambos se converteramnaquele momento e juntos agradeceram a Deus.

    "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (Jo 12.32).

    OROU PEDINDO GELOA mulher tinha muita f. Simples como era, apegava-se s promessas bblicas e

    confiava em Deus. Seu filhinho estava muito doente e o mdico recomendou gelo paradebelar o mal. Mas onde conseguir gelo naquela regio? Na sua simplicidade - e o reino doscus pertence aos humildes -ela confidenciou ao mdico:

    - Vou conseguir gelo, doutor. Vou orar ao Senhor que me mande o gelo que eupreciso.Procurou o pastor e este tambm ficou admirado da simplicidade daquela crente. Mas

    ela insistia:- No est escrito na Bblia: "O que pedirdes em meu nome..."?Oraram juntos e Deus atendeu quele apelo. Formou-se uma tremenda tempestade e a

    saraiva cobriu a terra. Estava ali muito mais do que o necessrio!"Jesus, porm, respondendo disse-lhes: Em verdade vos digo, que, se tiverdes f e

    no duvidardes... se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim serfeito"(Mt 21.21).

    CRISTO PODE MUDAR O HOMEM

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    Um pregador entusiasmado falava em praa pblica a um grande nmero deouvintes. Como muitas vezes acontece, um escarnecedor ousadamente interrompeu-o dizen-do:

    - Pregador, o seu Cristo pode fazer tanta coisa como voc est dizendo, mas no podemudar a roupa deste mendigo que est ao seu lado.

    O pregador, sem se perturbar, respondeu:- Realmente. Nisto o senhor tem razo. Cristo no vai mudar a roupa deste mendigo

    ao meu lado, mas Cristo pode mudar o mendigo que est dentro dessa roupa."Assim que, se algum est em Cristo, nova criatura : as coisas velhas j

    passaram: eis que tudo se fez novo"(2 Co 5.17).

    NO OS TIRES DO MUNDOUm crente perguntou certa ocasio a Moody se precisava deixar o mundo para viver

    uma vida santa.- No - respondeu ele. - Voc s precisa viver de tal modo que o mundo note que

    voc crente.Certo pastor, doutrinando a sua igreja, disse:- Se no pudermos mostrar ao mundo o que o Evangelho fez em ns, no podemos

    querer que o mundo seja transformado pelo Evangelho."Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque no so do mundo, assim

    como eu no sou do mundo. No peo que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Noso do mundo, como eu do mundo no sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra averdade"(Jo 17.14-17).

    COMO CALAR OS CALUNIADORESConta-se que Plato foi caluniado. Algum lhe perguntou se ele no iria se desforrar.

    O sbio ento respondeu:- Tenho de viver de tal modo que cale a boca dos meus caluniadores."Porque assim a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca da ignorncia

    dos homens loucos"(1 Pe 2.15).

    JOO, O PEIXEIRO

    beira mar morava o Joo Peixeiro. Na rua era motivo de zombaria de todos, poisvendia a qualquer preo o produto de seu trabalho e ia para o botequim onde gastava tudobebendo pinga. Saa cambaleando e demorava-se por ali at chegar a casa. Seus filhos,quando o viam aproximar-se, depois de mais um dia desventurado, atropelavam-se em fuga.

    No acontecia o mesmo com a pobre esposa que era um "saco de pancadas". Mas elaagentava tudo por amor aos filhos. Dizia:

    - Ruim com ele, pior sem ele, pois os filhos precisam comer.Um dia Joo Peixeiro ouviu uma pregao. Cantavam os crentes, e o pregador leu o

    captulo 3 do Evangelho de Joo. 0 pescador ouviu atentamente a pregao, apesar do seuestado de embriaguez. O amor de Deus alcanou aquele corao nessa mesma tarde, e ele

    comovido at as lgrimas, atendeu ao apelo. Foi chorando que Joo Peixeiro disse quequeria aceitar a Cristo como Salvador e mudar a sua vida. Logo os crentes o cercaram deateno e ali mesmo ele foi doutrinado sobre a excelncia da salvao.

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    Agora Joo Peixeiro era uma nova criatura. Tal qual Nicodemos, ele recebeu a liode Jesus: "Importa nascer de novo..." Joo tinha nascido de novo.

    Embora bbedo, encaminhou-se para casa. Sua mulher e filhos, quando notaramaquela figura conhecida preparavam-se para os acontecimentos costumeiros: correria dascrianas e a pacincia da mulher. Mas um fato novo aconteceu. Agora Joo percebeu essesdetalhes, pois no era o mesmo Joo que vinha ao encontro da famlia; era o Joo novacriatura; era o Joo, o crente em Jesus. Ele comeou a gritar de longe:

    - No corram, meninos, no fujam, no se escondam! No mais o Joo cachaceiroque est se aproximando. O velho Joo morreu. Eu agora sou nova criatura. Sim. Nocorram. Eu sou o novo Joo!

    "Assim que, se algum est em Cristo, nova criatura : as coisas velhas jpassaram; eis que tudo se fez novo"(2 Co 5.17).

    O NAVIO CONSERTADONs, os crentes, gostamos de pregar o Evangelho, mas no temos o devido cuidado

    com os novos convertidos. comum vermos pessoas sem doutrina nas igrejas, e isso nosfaz lembrar os navios que vm para o cais avariados. Eles so rebocados para o estaleiro e

    precisam ser consertados, para ento navegarem satisfatoriamente.O novo convertido como o navio avariado: a doutrina opera nele como o conserto

    opera no navio. Bom concerto -boa navegao; boa doutrina - boa vida crist."Como nada, que til seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas

    casas"(At 20.20).

    A SENSATEZ DE UM ARMADORCerto armador ingls foi abordado por um pregador que lhe pedira auxlio para uma

    obra de responsabilidade. Recebeu o solicitante um cheque de 200 libras e j se ia afastandoquando entrou um mensageiro anunciando que um dos seus navios estava pegando fogo:

    Apressadamente, o armador manda chamar de volta o crente, toma-lhe o cheque de200 libras e lhe oferece um de 1.000, dizendo: "Lembrei-me da Palavra de Deus que disseque louco aquele que ajunta tesouros na terra e no rico para com Deus.

    "...E direi minha alma: Alma, tens em depsito muitos bens para muitos anos;descansa, come, bebe, e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pediro a tua alma;e o que tens preparado para quem ser?..."(Lc 12.19-21).

    A LEPRA DEVASTADORAConta-se que Stanley Jones, visitando um leprosrio, viu um crente deformado pela

    doena, o qual, com apenas um dedo na mo esquerda, ainda esboava o som de um hinoconhecido, ao violino. Admirado dirigiu-se quele homem e ouviu de sua boca que davagraas a Deus pela oportunidade de ainda ter um dedo para tocar!

    "Em tudo dai graas, porque esta a vontade de Deus em Cristo Jesus"(1 Ts 5.18).

    CONVERTEU-SE POR SE TER ENGANADO DE ENDEREOO pastor de uma Igreja Evanglica, ex-padre, contava como tinha acontecido a suaconverso a Jesus:

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    Quando padre, na cidade de So Paulo, fora chamado para "encomendar" um corpode pessoa catlica em determinada rua da cidade. Subindo a rua, na primeira casa que viuum ajuntamento de pessoas, sem prestar ateno ao nmero do prdio, foi entrando.Comeou a se preparar para fazer o seu trabalho. No entanto, tudo ali era diferente.

    Ningum estava chorando, cantavam hinos de louvor a Deus, enquanto prestavam a ltimahomenagem ao morto. Algum se aproximou do padre e disse:

    - Seu vigrio, no teria havido engano? ns somos crentes!- Mas eu fui chamado, respondeu o padre.- O senhor deve estar enganado. Deve ser logo acima onde h um outro morto.O padre para l se dirigiu. Ao chegar percebeu muito choro, lamentao, gritos de

    desespero... Foi ento que notou uma grande diferena no modo de encarar a morte entre umgrupo e outro. Procurando saber a razo dessa confiana, ele se converteu e tornou-se umgrande obreiro at que foi chamado Glria.

    "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor". "Mas de ambosos lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto aindamuito melhor"(Ap 14.13b; Fp 1.23).

    MOODY, O HOMEM DE POUCA GRAMTICAMoody foi criticado:- O senhor fala mal, conhece pouco a gramtica, deveria calar-se e no tentar ser um

    grande pregador.- Sei que tenho pouca instruo e nenhum conhecimento de gramtica, mas fao o

    que posso a servio do meu Senhor. Voc que conhece tanta gramtica e tem tantos outrosconhecimentos, o que que faz?

    Moody morreu deixando um rastro de luz. O outro ningum sabe quem foi!..."Tendo pouca fora, guardaste a minha palavra, e no negaste o meu nome". "Bem

    est, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei: entra no gozo doteu Senhor"(Ap 3.8b; Mt 25.23).

    O FOGO NO CANAVIALUm crente tinha uma grande plantao de cana. Horrorizado, viu o fogo devorador

    que, partindo do lado dos vizinhos, ameaava o seu canavial. 0 primeiro ato daquele servode Deus foi ajoelhar-se e permanecer ali, horas em orao. 0 fogo continuava o seu

    caminho, indiferente. Quando atingiu o limite das plantaes, milagrosamente o ventomudou de direo, soprando para o lado de onde viera, e nada mais tendo para queimar,extinguiu-se sozinho o fogo;

    "Jesus, porm, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes f eno duvidardes... se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim ser

    feito; e tudo o que pedirdes na orao, crendo, o recebe-reis"(Mt 21.21,22).

    A MULHER PREFERIA OS BAILESCerto cidado do interior ouviu uma pregao e aceitou a Jesus como seu Salvador.

    Levou as boas-novas para casa, porm os filhos e a mulher no quiseram aceitar.- No vou deixar meus bailes e a minha vida por causa do seu Cristo, disse a mulher.O tempo foi passando. Aos domingos, de manh, o crente ia para a Escola

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    Dominical; a mulher e os filhos ficavam descansando, recuperando as foras perdidasnos bailes.

    Num sbado, havia uma festa na igreja. O marido foi para l e a mulher e os filhosforam para o baile. Quando o crente voltou, estudou a sua lio e foi dormir. Acordou bemde madrugada com os gritos desesperados da mulher.

    que o filho caula tinha se desentendido com um homem e durante a discusso foraassassinado.

    "No vos enganeis: de Deus no se zomba, pois aquilo que o homem semear, istotambm ceifar"(Gl 6.7).

    MINHA PREOCUPAOMark Twain, grande pensador americano, no era crente, mas costumava dizer:- Muita gente se preocupa com textos da Bblia que no compreendem, mas eu me

    preocupo com os que compreendo."E, acercando-se dele os discpulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por

    parbolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vs dado conhecer os mistrios doreino dos cus, mas a eles no lhes dado. Porque quele que tem, se dar, e ter emabundncia; mas quele que no tem, at aquilo que tem lhe ser tirado"(Mt 13.10-12).

    RECUSOU O PERDOUm moo cometeu um grande crime e foi condenado morte, pelo que revoltou-se

    contra tudo e contra todos. No recebia as visitas, no queria falar com ningum, nemmesmo com a sua prpria me.

    Por outro lado, sua me no se cansava de lutar para conseguir a comutao da pena.Falou com todas as autoridades e finalmente foi ao governador. A pena foi comutada.

    Aquela pobre mulher saiu radiante de alegria. Foi levar a notcia ao filho condenado.Exultava pelo caminho. Agora ela tinha a soluo para o grave perigo que ameaava orapaz.

    Mas que decepo!... Nem para receber aquela boa notcia que ele ignorava, quisreceber a pobre mulher. Assim, morreu, sem saber que o governador o perdoara.

    "Lanai de vs todas as vossas transgresses com que transgredistes, e criai em vsum corao novo e um esprito novo; pois por que razo morrereis, casa de Israel?

    Porque no tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeov; convertei-vos, pois, e

    vivei!"(Ez 18.31,32).

    UM CRENTE QUE FURTOUNo resistindo presso das dificuldades e ganhando o insuficiente para manter a

    famlia, um operrio foi tentado a furtar mercadorias de uma fbrica onde trabalhava. Levoupara casa, dentro da marmita, algumas peas que poderia vender por preo razovel. Mas "otravesseiro que bom conselheiro", no o deixou dormir. Na viglia, ouvia a voz do porteiroque lhe dissera:

    - "No precisa abrir o seu embrulho. Voc crente e eu conheo bem os crentes".

    Resolveu devolver no dia seguinte as peas furtadas, custasse o que custasse.No outro dia, conforme planejara, procurou o chefe da seo e confessou a sua falta edevolveu o produto. O chefe estranhou tal atitude e disse:

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    - Mas aqui todo mundo faz isso!- Eu no me importo com que os outros fazem - respondeu o moo. - Importo-me

    com Deus que est nos cus e tudo v e tudo sabe."Tendo uma boa conscincia, para que, naquilo em que falam mal de vs, como de

    malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo" (1 Pe3.16).

    L VAI UM BOBOCerto pastor contava a histria de sua converso. Ele era um jovem bebedor de

    cachaa, em uma cidade do interior de Minas. Um dia estava sentado num botequim comum colega de copo. Era domingo pela manh. Num momento passou um homem trajando

    palet e gravata, com a sua Bblia debaixo do brao. Um seu amigo comentou:- L vai um bobo!...O alcolatra meditou por um minuto e respondeu:- Bobos somos ns que estamos aqui gastando nosso tempo e dinheiro para arruinar a

    nossa sade, sem proveito. Esse homem, ao contrrio, um sbio. Ele est indo igreja, afim de aprender muitas coisas interessantes para a vida.

    Imediatamente levantou-se e foi a uma igreja evanglica. Voltou para o culto noitee aceitou a Cristo como Senhor e Salvador. Com pouco tempo batizou-se, e foi chamado

    para o ministrio. Hoje um atuante e conceituado pastor."E que fruto tnheis ento das coisas de que agora uos envergonhais? Porque o fim

    delas a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vossofruto para santificao, e por fim a vida eterna. Porque o salrio do pecado a morte, maso dom gratuito de Deus a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor"(Rm 6.21-23).

    MORREU NO LUGAR DO ADVOGADOEm Ricardo de Albuquerque, bairro do Rio de Janeiro, prximo ferrovia, est

    localizada uma guarnio do Corpo de Bombeiros. caminho obrigatrio dos advogadosque moram na cidade e militam no foro das cidades vizinhas como Nilpolis, Nova Iguau,etc.

    Um colega nosso, no desempenho de sua funo profissional, se dirigia a NovaIguau e parou o seu carro num sinal luminoso, prximo ao Quartel dos Bombeiros. Ummarginal assaltou-o, abriu a porta do carro e se assustou com um movimento inesperado do

    advogado. Em socorro do assaltado veio um jovem oficial bombeiro, e recebeu no coraouma punhalada que se destinava ao causdico. Com isso o oficial morreu no lugar doadvogado. Segundo confessa o advogado, esse quadro e esse reconhecimento no saem desua mente. Conta a sua triste histria em lgrimas:

    - Ele morreu em meu lugar! Ele morreu em meu lugar!"Ele foi oprimido, mas no abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao

    matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele no abriu a sua boca.Da opresso e do juzo foi tirado; e quem contar o tempo da sua vida? Porquanto foicortado da terra dos viventes; pela transgresso do meu povo foi ele atingido. E puseram a

    sua sepultura com os mpios, e com o rico na sua morte; porquanto nunca fez injustia,

    nem houve engano na sua boca"(Is 53.7-9).

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    O ARDOR DE ALEXANDRE DUFFO missionrio escocs na ndia, Alexandre Duff, regres sou sua ptria para morrer

    l, depois de uma rdua luta. Em uma reunio em sua igreja, pregava, e apelava aos seuspatrcios que se apresentassem para o prosseguimento da obra. Ningum atendia ao seuapelo. Insistia. Nada. Empolgado, desmaiou e foi levado para fora. 0 mdico que o atendeuexaminava o seu corao, quando repentinamente, Alexandre abriu os olhos, dizendo:

    - Eu preciso voltar ao plpito. Preciso continuar o apelo.- Fique calmo - aconselhou o mdico. O seu corao est muito fraco.Mas o velho missionrio no se conformou. Voltou ao plpito e continuou o apelo:- Quando a rainha Vitria convidou voluntrios, centenas de jovens se apresentaram.

    Mas quando o rei Jesus chama, ningum quer atender. Ser que a Esccia no tem maisfilhos para atender ao apelo da ndia? - frisou ele.

    Esperou um pouco em silncio e no houve resposta. Depois disse:- Muito bem. Se a Esccia no tem mais jovens para enviar para a ndia, eu mesmo

    irei novamente, para que o povo dali saiba que pelo menos um escocs ainda se preocupacom eles.

    Quando o veterano soldado de Cristo deixou o plpito, o silncio foi quebrado poruma multido de jovens que se apresentaram:

    - Eu vou! Eu vou! Eu vou!Depois do falecimento de Duff, muitos daqueles jovens foram para a ndia,

    dedicando suas vidas obra missionria."Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros Para a sua seara"(Mt 9.38).

    SOLDADOS NA ILHA EVANGELIZADANa guerra tudo que ruim pode acontecer. Tudo imprevisvel e sempre se espera o

    pior.Soldados americanos (nufragos), na II Guerra Mundial chegaram a uma ilha do

    Pacfico. O noticirio era apreensivo e deixava transparecer o grande perigo que os cercava,pois o lugar era tido como habitado por canibais. Felizmente para os soldados, alguns anosantes, missionrios tinham chegado quela ilha pregando o Evangelho. Muitos seconverteram e os que no foram alcanados pela graa deixaram aquele brbaro costume.

    Os soldados foram assim salvos pelos crentes que tiveram a coragem de seguir asordens do Senhor Jesus. Uns plantaram a boa semente, outros colheram o fruto maravilhoso.

    "Finalmente apareceu aos onze, e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o

    evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado ser salvo, mas quem no crer sercondenado"(Mc 16.14a,15,16).

    ORAR AQUI MESMONuma das viagens de Moody, da Amrica para a Europa, irrompeu um incndio no

    navio. Os passageiros formaram fila passando de mo em mo os baldes cheios de gua.Algum lembrou-se de convidar o homem de Deus a se afastarem para orao, ao que elerespondeu:

    - Vamos orar aqui mesmo, enquanto ajudamos a carregar os baldes de gua.

    "E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que j o sabamos, e que Deus tinhadissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um sua obra. E sucedeu quedesde aquele dia metade dos meus moos trabalhava na obra, e a outra metade deles tinha

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    as lanas, os escudos, e as couraas; e os chefes estavam por detrs de toda a casa deJud"(Ne 4.15,16).

    OU D BOM TESTEMUNHO OU MUDE O SEU NOMEAlexandre, o grande conquistador, tomou conhecimento de que havia em um

    regimento, um soldado de mau carter. Relaxado, preguioso! era o tipo do indesejvel.Motivo de grave falta disciplinar f-lo vir presena do grande general. Quando

    soube que o soldado tambm se chamava Alexandre, foi lacnico:- "Ou mude a sua conduta, ou mude o seu nome!" "Mais digno de ser escolhido o

    bom nome do que as muitas riquezas; e a graa melhor do que a riqueza e o ouro" (Pv22.1).

    O MAU HBITO DE DESOBEDECER AOS AVISOSViajando pelas estradas, encontramos, s vezes, sinais de mos perversas que mudam

    a indicao das setas, fazendo-as indicar caminho errado. Isso faz com que o viajante fiqueem dvida quanto obedincia cega e indiscriminada dos sinais indicativos, o que noraramente traz graves conseqncias.

    Por ocasio das grandes chuvas da dcada 60/70, algumas pontes foram arrastadaspelo temporal. Uma rodovia de muito movimento, numa roite tormentosa, oferecia grandeperigo. Uma ponte cara e os veculos que vinham, iam caindo um a um e sendo levadospela correnteza do rio.

    Um cidado que morava nas imediaes, ouvindo a notcia e percebendo o desastreda ponte cada, postou-se beira da estrada e agitava nervosamente um pano com a intenode parar os carros. Mas eles no obedeciam ao sinal: Iam caindo, um a um, no caudaloso rio.

    "E o Senhor Deus... lhes enviou a sua Palavra pelos seus mensageiros... pormzombaram dos mensageiros e desprezaram as suas palavras... at que o furor do Senhorsubiu tanto contra o seu povo, que mais nenhum remdio houve"(2 Cr 36.15,16).

    O FERREIRO MISSIONRIOUm ferreiro estava cantando a plenos pulmes ao ritmo do martelo, com cujas

    pancadas moldava uma pea na bigorna.- Por que est to alegre, irmo? - perguntou-lhe algum.- que estou pregando o Evangelho em Portugal.- O senhor est brincando.

    - No pilhria, meu irmo. A minha igreja sustenta um missionrio em Portugal eeu vou cooperar com o produto do meu trabalho de hoje - confirmou sorridente."E rogamo-vos, irmos, que reconheais os que trabalham entre vs e que presidem

    sobre vs no Senhor, e uos admoestam. E que os tenhais em grande estima e amor, porcausa da sua obra..."(1 Ts 5.12,13).

    ESTRADAS BOAS PARA OS MISSIONRIOSDavid Livingstone recebeu uma carta de certa Sociedade Missionria, perguntando se

    havia boas estradas para o interior da frica. - " que queremos mandar outros missionrios

    para ajud-lo" - escreviam.A resposta veio prontamente:- Se h pessoas prontas para vir somente se houver estradas boas, no quero que

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    venham. Eu quero homens que venham mesmo que no haja nenhuma estrada..."Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem h de ir por

    ns? Ento disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim"(Is 6.8).

    O PODER DA ORAOO missionrio mdico, Albert Widmer, de Misses Crists, em Ubatuba, So Paulo,

    esteve perdido em espessa floresta durante cinco dias, e o Senhor lhe indicou o caminho devolta, apesar de todas as dificuldades. So suas as palavras abaixo:

    "Viajvamos a cavalo atravs duma regio quase desabitada, no vasto interior doContinente Sul-Americano, regio habitada por ndios selvagens... atravessamos densasflorestas e tivemos de passar a vau vrios rios... as noites escuras passavamo-las debaixo defrondosas rvores, expostos aos insetos nocivos e ao perigo de animais ferozes e ndiosselvagens...

    "Sempre nos levantvamos antes da aurora. Aps um ch quente e umas bolachassecas, montvamos a cavalo e prosseguamos... passvamos dias sem encontrar um riacho.Para suprir parte de nossa refeio, tratvamos de caar pssaros.

    "Certa ocasio avistamos um bando de belssimos pssaros brancos. Como eles seafastassem, segui-os, penetrando na selva. Acertei por fim um belo exemplar, mas a ave,ainda que mortalmente ferida, prosseguia avanando; sem demora fui atrs dela.

    "No notei que j era hora de anoitecer; naquela zona equatorial escurece em poucosinstantes e, quando tratei de regressar para junto dos meus companheiros, uma escuridoimpenetrvel envolvia a floresta. No havia outro recurso seno trepar numa rvore alta paraver se podia enxergar o fogo do acampamento. Para completar a minha angstia, comeou achover... nada podia ver... tampouco veio a resposta aos meus gritos..."

    O missionrio continua contando a sua desdita. Dificuldades de orientao por faltado sol, dificuldades de alimentao, sede, fome e frio. Temores durante cinco dias desofrimentos inenarrveis. Orou ao Senhor.

    "Deus no haveria de abandonar-me, disto estava absolutamente convencido. Omesmo Deus que guiou os israelitas pelo deserto da Arbia, podia guiar-me para fora destaselva secular.

    "Ouvi o rudo de gua e com dificuldade consegui chegar a um rio, certamente umafluente do majestoso Mamor. Durante horas segui os barrancos do rio desconhecido,infestado de jacars que se estendiam no lodo...

    "De repente, ouvi o relinchar de um cavalo... e antes que se fechassem a sexta noite

    perdido, achava-me sentado junto aos meus amigos, ao redor do fogo do acampamento."Com lgrimas nos olhos dvamos graas a Deus pela sua bondade e por terprotegido a minha vida..."

    o poder da orao!..."E eu vos digo a vs: Pedi, e dar-se-uos-; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-

    ; porque qualquer que pede recebe; e quem buscar acha; e a quem bate abrir-se-lhe-"(Lc 11.9,10)

    MDICO NO SOCORREU SEU PRPRIO FILHO

    Um mdico foi solicitado, na rua, a atender a um caso de atropelamento. Apesar daurgncia, o mdico negou-se a atender. Alguns minutos depois de estar em seu posto, nohospital, chega o acidentado que ele deixara de socorrer: era o seu prprio filho e estava

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    morte!"E no nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se no

    houvermos desfalecido"(Gl 6.9).

    MARAVILHOSO AVIVAMENTO NA MORVIAUm dos maiores avivamentos espirituais da histria da Igreja comeou num ensaio

    de um coro infantil. Como comum numa reunio de crianas, elas estavam irriquietas: noqueriam obedecer ao regente. Em determinado momento, um incidente se verificou:Sentiram algo diferente, como a presena de algum. O dirigente comeou a chorar. Ascrianas espantadas, ficaram em profundo silncio. "Um sentimento de convico de pecadotomou conta de todos e, uma a uma, as crianas confessaram seus pecados de desobedincia.

    O tempo foi passando...Os pais, aflitos pela ausncia dos filhos, dirigiram-se igreja e, medida que iam

    chegando, iam sendo "cativados pelo mesmo sentimento", todos, com uma profundaconvico de pecados.

    Desse evento nasceu uma reunio de orao que durou cem anos, e um trabalhomissionrio como nunca antes visto.

    "E h de ser que, depois, derramarei o meu Esprito sobre toda a carne, e vossosfilhos e vossas filhas profetizaro, os vossos velhos tero sonhos, os vossos mancebos terovises. E tambm sobre os servos e sobre as servas naqueles dias, derramarei o meu

    Esprito"(Jl 2.28,29).

    VALE A PENA INSISTIRPregvamos numa manh de domingo no culto da Escola Dominical, no municpio

    de Nova Iguau - RJ. Tnhamos como visitante de primeira vez uma jovem de 14 anos, e, nofinal do culto, ela se dirigiu a mim, com muito desembarao, dizendo que tinha gostado dareunio e que queria aceitar a Cristo como Salvador; e desejava que sua famlia toda fossecrente tambm. Continuou:

    - Minha me toma conta de uma casa e l se rene um grupo de pessoas de umCentro Esprita. Acho que vai ser difcil minha me aceitar.

    - Podemos ir l hoje tarde, fazer uma pregao? -atalhei.- No adianta o senhor ir. Ela no vai deixar entrar.- Podemos experimentar? - tornei a perguntar. Tudo combinado, marcamos um

    encontro para as quinze horas, e l chegamos hora certa.Batemos palmas. A jovem veio nos atender com recado da me:- Podem entrar, mas no podem demorar muito.Cumprimentamos aquela senhora de fisionomia cansada, sentada em uma cadeira,

    imobilizada pela doena.Comeamos a pregao com a leitura de Marcos 2.3: "...trouxeram-lhe um paraltico

    carregado por quatro pessoas..." Em seguida o irmo Raimundo cantou um belo hino comaquela voz bonita que Deus lhe deu. A pobre paraltica no resistiu ao impulso do EspritoSanto de Deus, e chorando lgrimas quentes de arrependimento de seus pecados, fezalegremente a sua deciso ao lado de Jesus. Glria a Deus!

    "Conjuro-te pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo... que pregues a palavra,instes, a tempo e fora de tempo..."(2 Tm 4.1,2).

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    A MAIOR DDIVAUm missionrio na ndia, depois do culto, pediu a todos os seus congregados que

    contribussem com alguma coisa para a construo de um templo. Na reunio seguinte, cadaum trouxe uma coisa: pedras, madeiras, pregos, etc Uma velha senhora de cor negra veio "frente e, reverentemente, depositou a sua oferta em dinheiro. Era uma oferta de grandevalor. O missionrio estranhou que ela. pobre, sem posses, depositasse ali uma oferta togenerosa.

    Procurou-a depois do culto e perguntou como tinha conseguido tanto dinheiro. Entoela respondeu:

    - Ah! pastor... eu no tinha nada para dar; no tinha nada para vender... vendi-me amim mesma! Agora sou escrava, mas o meu corao continua livre para adorar o Senhor.

    "E[Jesus], chamando os seus discpulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que estapobre viva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos alideitaram do que lhes sobejava, mas esta, de sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o

    seu sustento"(Mc 12.43,44).

    O SENHOR QUEM TE GUARDACulto e santo foi J. W. Bashfor, que se deleitava em servir ao seu Mestre onde quer

    que o dever o chamasse. Por isso, depois de haver servido a uma grande congregao comopastor e tambm a uma grande universidade, como presidente, deixou tudo e foi para aChina. Ali fazia jornadas longas e difceis, e, muitas vezes, perigosas.

    Um incidente em sua vida indica a fonte de sua fora: Chegou certa noite a umaaldeia e achou o hotel j todo ocupado. O hoteleiro, entretanto, ofereceu-lhe uma cama-de-vento e lhe deu licena para dormir debaixo das rvores. Avisaram-lhe, porm, que havialadres por ali.

    Ficando acordado por algum tempo, pensava nestas palavras: "...aquele que guardaIsrael, nem cochila nem dorme. Jeov quem te guarda" (SI 121). Ento orou: -"BenditoSenhor, no h necessidade de ns ambos ficarmos acordados", e dormiu em seguida.

    No outro dia, ao acordar, viu um homem perto dele, em p: um chins que nem eracristo o havia guardado durante toda a noite.

    "0 Senhor quem te guarda; o Senhor a tua sombra tua direita. O sol no temolestar de dia nem a lua de noite. O Senhor te guardar de todo o mal; Ele guardar a

    tua alma. O Senhor guardar a tua entrada e a tua sada, desde agora e para sempre" (SI121.5-8).

    UM PRESENTE IMERECIDOUm professor sentiu a falta de um menino humilde que vinha freqentando a Escola

    Dominical. Agora, estava faltando h trs domingos consecutivos. Com grande esforo,descobriu o endereo do menino no alto de um morro. Era um lugar de difcil acesso. Foi

    perguntando, perguntando, mas, quando descobriu a casa, recebeu uma pedrada no rosto.Machucado, sangrando, desceu o morro, fez curativo e comprou de presente para o

    garotinho uma roupa, um brinquedo e voltou l em cima. Deixou o presente, reforou oconvite para ir Escola Dominical e partiu.No dia seguinte, algum bate porta. O professor veio atender e ali estava um

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    homem com um garotinho, o seu aluno, com o presente na mo.- Professor, viemos devolver o presente que o senhor deixou. 0 menino no merece.

    Sabe quem foi que atirou a pedra no senhor? Foi ele. Ele no merece o presente.A essa altura dos acontecimentos o garotinho j estava chorando. O professor

    perguntou-lhe:- Mas voc no gostou do presente?- Gostei sim, mas no mereo.- Voc no precisa do presente?- Preciso sim, mas no mereo.- Mas eu dei esse presente a voc, no porque voc o merea, mas porque voc

    precisa dele."Porque se ns, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu

    Filho, muito mais, estando j reconciliados seremos salvos pela sua vida. E no somenteisto, mas tambm nos gloriamos em Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agoraalcanamos a reconciliao"(Rm 5.10,11).

    VOLTAREI NO PRXIMO OUTONOCerto jovem partiu para uma longa viagem, deixando em casa seu filhinho

    inconformado com isso. O menino perguntava me insistentemente quando aconteceria oretorno, pois o pai havia dito simplesmente:

    - Voltarei no prximo outono.O filho era uma inocente criana, mas j sabia distinguir bem as estaes do ano, que

    so bem definidas na Europa. Ele sabia que no outono caem as folhas amarelecidas dasrvores e, por isso, vigiava constantemente.

    A me sabia que o filhinho estava contando os dias do retorno do pai, de quemtambm j sentia muita falta. Todas as manhs corria janela a observar a mudana dotempo. Um dia ele percebeu:

    - Mame, vejo que as folhas das rvores comeam a amarelar; ser que est prximoo outono?

    - Sim meu filho, o outono est prximo.O menino exultou de alegria. Queria preparar-se para receber o pai, e comeou a

    tomar todas as providncias.- Quero que ele veja como esperei ansioso pelo seu regresso - dizia."Ento aparecer no cu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se

    lamentaro, e vero o Filho do homem vindo com poder e grande glria. E ele enviar osseus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntaro os seus escolhidos desde osquatro ventos, de uma a outra extremidade dos cus. Aprendei pois esta parbola da fi-

    gueira: Quando j os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que est prximoo vero"(Mt 24.30-32).

    A PROFESSORA DE CALAGHANQuase todas as pessoas guardam boa recordao da infncia, e geralmente a idade

    escolar que mais deixa marcas. E quantos de ns devemos aos nossos primeiros professores

    o bom rumo da vida!O menino James Calaghan tivera uma professora de Escola Dominical. Feito homeme enveredando na poltica, depois de eleito Primeiro Ministro do Governo Britnico, "teria

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    manifestado intenso desejo de se encontrar com ela". Com a ajuda da imprensa, conseguiulocalizar "aquela humilde professora que tinha ajudado o menino Calaghan a aspirar aocargo de Primeiro Ministro". Recordou-se ela do tempo e at da igreja onde se deu aexperincia de Calaghan.

    Benditos os humildes professores das Escolas Dominicais que se desempenham bemdesta grande responsabilidade que tm, e principalmente os que trabalham com crianas.

    "Tu, porm, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo dequem o tens aprendido. E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras que podem

    jazer-te sbio para a salvao, pela f que h cm Cristo Jesus"(2Tm 3.14,15).

    S CEM CRUZEIROS?Verinha, com seus quatro aninhos, ia para a igreja segura pela mo da vov. Um dia,

    durante o trajeto, encontrou uma nota de mil cruzeiros. Aos olhos de Verinha era umaimportncia considervel, mas a primeira coisa que lhe ocorreu foi o dzimo:

    - Vov, quanto o dzimo desta nota?- Bem, - disse a vov - essa uma nota de mil cruzeiros. O dzimo de mil cruzeiros

    cem cruzeiros.Verinha ficou admirada.- S cem cruzeiros, vov?..."Tambm todas as dzimas do campo, da semente do campo, do fruto das rvores,

    so do Senhor: santas so ao Senhor"(Lv 27.30).

    O PENTECOSTE DOS MORAVIANOSO Conde Zinzendorf tinha 27 anos de idade quando passou por uma experincia

    extraordinria, fruto de sua vida consagrada orao.Os moravianos so descendentes espirituais do famoso reformador Joo Huss, e eram

    conhecidos pelo nome de "Os Irmos". Muitos, para fugir sanha dos perseguidores,refugiavam-se na Alemanha e na Saxnia, e encontravam asilo nas propriedades do Conde.Ali se reuniam os crentes de diversas correntes evanglicas: batistas, luteranos, "os irmos",etc.

    "Os irmos" formavam um grupo de mais ou menos 300 pessoas.A princpio, como era de se esperar, as questes doutrinrias no os deixavam em

    paz: o batismo, a predestinao, a santidade, e tantas outras... Esse fato deixou seriamente

    preocupado o jovem Conde.Alm do aconselhamento de lder do grupo, passou a dedicar-se seriamente orao.Nas memrias dos moravianos se diz que no dia 16 de julho de 1727 o Conde orou

    com tanto fervor e lgrimas, que foi o princpio das maravilhas ali operadas por Deus.Fizeram, ento, os componentes do grupo, um pacto de se reunirem muitas vezes emHutberg, a fim de orarem. Mas no dia 13 de agosto foi que aconteceu "O Pentecoste dosMoravianos". Um dos seus historiadores assim descreve:

    "Vimos a mo de Deus e as suas maravilhas, e todos estiveram sob a nuvem denossos pais, e fomos batizados com o Esprito Santo".

    A partir da, as misses moravianas se estenderam por todo o mundo. O historiador,

    doutor Werneck, diz:"Esta pequena igreja, em vinte anos, trouxe existncia mais misses evanglicas doque qualquer outro grupo evanglico o fez em dois sculos".

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    "E h de ser que, depois, derramarei o meu Esprito sobre toda a carne, e uossosfilhos e vossas filhas profetizaro, os vossos velhos tero sonhos, os vossos mancebos terovises. E tambm sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu

    Esprito. E mostrarei prodgios no cu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumo" (Jl2.28-30).

    O AFUNDAMENTO DO TITANICNa noite de 14 para 15 de abril de 1912, Deus respondeu ao desafio de homens

    nscios que construram uma das maravilhas da engenharia naval: O Titanic. Acomodaram-se turistas de vrias nacionalidades naquela travessia in-comum. Todos sabiam que osengenheiros haviam dito: "Nem Deus pode afundar este navio".

    Transcorria a noite na maior alegria. Repentinamente, h um aviso para ocomandante do navio:

    - "Perigo nas proximidades do navio... mude a rota..."Veio a resposta orgulhosa:- "O Titanic insubmergvel, estamos abrigados, aqui nem Deus pode nos atingir".Atingido por enorme bloco de gelo, o Titanic desapareceu rapidamente, levando em

    seu bojo milhares de vidas!..."Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas ns faremos meno do nome do

    Senhor nosso Deus "(SI 20.7).

    OS ENGENHEIROS CELESTES CONSTRURAM UMA PONTECerto missionrio voltava de frias de um acampamento e tinha pressa de chegar ao

    seu destino. Em determinado momento, porm, precisava atravessar um rio que na ocasioestava cheio demais, transbordante. Nenhum barco ali tinha capacidade de fazer a travessia.

    O missionrio e seu pequeno grupo ajoelharam-se e comearam a orar. Aos olhos dosno-crentes isto parecia loucura. - Como poderia Deus transport-los para o outro lado dorio?

    Enquanto oravam, uma imensa rvore ribeirinha que resistia aos temporais de tantosanos, repentinamente comeou a balanar e caiu. Caiu tombando justamente atravessada,cruzando o rio at a outra margem. Todos os crentes ficaram felizes. O missionrioarrematou:

    - Os engenheiros celestes construram uma ponte para os servos de Deus.

    "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende f em Deus; porque em verdade vos digoque qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lana-te no mar; e no duvidar em seucorao, mas crer que se far aquilo que diz, tudo o que disser lhe ser feito. Por isso vosdigo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e t-lo-eis"(Mc 11.22-24).

    O SOCORRO NOS VEM DO SENHORFaziam parte da misso evanglica americana em Shenkiu, a irm Margareth Hillis, o

    missionrio DickHillis e dois filhinhos de ano e meio e de dois meses. Transcorria inclemente a guerra

    contra o Japo.Uma tarde, na ausncia de Dick, um mensageiro anuncia a aproximao das tropasjaponesas.

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    - Todos precisam fugir - anuncia. - A senhora deve tambm procurar refgioimediatamente nas aldeias rurais.

    Margareth agradeceu o bondoso aviso, mas decidiu ficar. Em primeiro lugar, porqueseu marido estava ausente e haveria um srio desencontro; tambm porque no quissubmeter-se com as crianas s vicissitudes dos fugitivos, mas, principalmente, porqueconfiava em Deus.

    Na parte da tarde desse dia, a cidade ficou desguarnecida, pois o prprio exrcitochins recuara. Os presbteros da igreja partiram e suplicaram a Margareth que os acom-

    panhasse.- Agradeo, irmos, o cuidado, mas vou esperar a volta do meu marido. (Estavam a

    15 de janeiro e ele prometera voltar no princpio de fevereiro.)Margareth olhou a folhinha pendurada na parede. A do dia 15 ainda estava ali.

    Arrancou-a e no verso tinha uma mensagem: "Em ti, pois, confiam os que conhecem o teunome, porque tu, Senhor, no desamparas os que te buscam" (SI 9.10). Nos dias seguintes,e, sucessivamente, foi destacando a folhinha: "Em me vindo o temor, hei de confiar em ti"(SI 56.3).

    Com o passar do tempo, Margareth comeou a pensar se tinha tomado uma decisoerrada ficando para trs. At o empregado que ordenhava as cabras tinha partido sem avisar,mas no dia seguinte, destacando o calendrio, encontrou outra mensagem de confiana: "Euvos sustentarei a vs outros e a vossos filhos" (Gn 50.21). Naquela mesma tarde, algum

    bateu ao porto. Foi atender preocupada, pensando que eram soldados inimigos. Era umvelho conhecido que trazia frangos e ovos. Era o cumprimento da promessa da Palavra deDeus impressa no calendrio.

    Ainda uma vez Margareth destacou a folhinha: "No dia em que eu te invocar, bateroem retirada os meus inimigos: bem sei isto, que Deus por mim" (SI 56.9).

    Desta vez Margareth teve dificuldades em crer na promessa de Deus. Ouvia-se obarulho das armas pesadas que se aproximavam, e foi-se deitar completamente vestida. Aoamanhecer do dia seguinte, aproxima-se do porto um mensageiro dando a boa notcia:

    Os japoneses tinham retirado suas tropas!...- incrvel - dizia Margareth! - como Deus tem cuidados especiais para com os seus

    servos. Ele mesmo determinou a impresso de to grandes mensagens naquele calendrioque foi feito com um ano de antecedncia.

    "Quando eu a ti clamar, ento retrocedero os meus inimigos; isto sei eu, porqueDeus est comigo. Em Deus louvarei a sua palavra; no Senhor louvarei a sua palavra. EmDeus tenho posto a minha confiana; no temerei o que me possa fazer o homem"(SI 56.9-

    11).

    SALOMO GINSBURGO dicono Candinho foi membro de uma igreja evanglica em Jacarepagu durante

    muitos anos. Convertido em 1927, conheceu pessoalmente e conviveu com o grandemissionrio judeu Salomo Luiz Ginsburg, de quem contava muitas experincias, inclusiveesta:

    Uma ocasio, no Estado do Rio, o missionrio tinha de chegar a determinado lugarde difcil acesso onde estava sendo aguardado. Conseguiu quem o conduzisse, e aproveitou

    a oportunidade de falar sobre o Evangelho ao guia. Este respondeu:- No, missionrio. Eu no posso aceitar a sua religio, porque ficarei proibido debeber, fumar, de fazer tantas coisas que gosto de fazer. Os crentes so escravos. No tm

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    liberdade.O missionrio pediu ao guia um mao de cigarros, e ao invs de acender um cigarro,

    guardou o mao no bolso e prosseguiu viagem sob a admirao do guia, que no ousavadizer nada. As horas foram passando e o missionrio continuava de posse dos cigarros.

    L pelas tantas, o companheiro sentindo um desejo irresistvel de fumar, no seconteve:

    - Como , o senhor no vai me devolver os cigarros?- No - respondeu o missionrio.O inveterado fumante perdeu a calma e ameaou tomar do missionrio os cigarros,

    fora, ao que este respondeu:- Espere, vou devolver-lhe os cigarros; eu s fiz isto para provar-lhe que eu no sou

    escravo, mas voc escravo. Voc est querendo brigar comigo porque no pode passarsem fumar uma hora.Isto ser escravo.

    "No reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suasconcupiscncias. " "No sabeis vs que a quem vos apresentardes por servos para lheobedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou daobedincia para a justia?"(Rm 6.12,16).

    CONTRATO EM BRANCOUma missionria brasileira na frica, encontrou ali uma moa que se convenceu de

    no haver outra alternativa seno aceitar Jesus. Compreendeu perfeitamente o plano desalvao, a razo da morte de Jesus, e o valor purificador do seu sangue: Compreendeutudo, mas tinha alguns problemas difceis a vencer antes de fazer a sua entrega total, o queconfidenciou missionria.

    Inspirada por Deus, a missionria insistiu para que aquela moa confiasseplenamente:

    - Creia que Deus vai resolver todos os seus problemas. Entregue-se a Eleinteiramente. Assine um contrato em branco e deixe que Deus preencha com as condiesque Ele quiser.

    A moa assim fez e hoje uma crente fiel. "Deus a minha fortaleza e a minhafora, e ele perfeitamente desembaraa o meu caminho"(2 Sm 22.33).

    UM CACHORRO HERI

    Algum me contou que um lenhador saiu para a floresta a cortar a sua madeira. Aesposa foi cidade fazer compras, e no bero ficou uma criana de poucos meses de idade.Ambos, marido e mulher, iam voltar logo. Assim, no se preocuparam em deixar a crianasozinha.

    O lenhador voltou primeiro. Entrando em casa encontrou os mveis revirados e tudoem desalinho. A um canto, o grande co deitado, todo sujo de sangue. 0 homem, numinstante, imaginou toda a cena que se teria desenrolado: "0 cachorro atacou o menino e omatou" - pensou. Sem pestanejar, tomou da espingarda e mirou na cabea do pobrecachorro, e disparou.

    Depois de ter matado o cachorro, correu para o quarto onde deveria estar a criana.

    Realmente ela ali estava. Estava viva e sorridente por ver o pai, depois do tremendo sustoque deve ter passado. que ao lado do seu bero jazia uma ona, a qual o cachorro mataraem defesa da criana.

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    "E ns o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido, mas ele foi ferido pelasnossas transgresses, modo pelas nossas iniqidades; o castigo que nos traz a paz estava

    sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados"(Is 53.4b,5).

    E DEPOIS?Um jovem idealista, entusiasmado com a sua prpria vida, com sua matrcula

    garantida em uma faculdade, comentava com um crente:- Como estou contente! Matriculo-me na faculdade este ano.O crente, instrudo pela Palavra de Deus, aproveitou a oportunidade para falar-lhe

    sobre a sua salvao:- Estou contente por voc e pelo seu sucesso, mas que pretende depois de formado?- Pretendo ser um mdico famoso. Ganhar muito dinheiro.- E depois?- Depois? Depois pretendo amealhar o suficiente para a minha subsistncia e da

    minha famlia.- E depois?- Bem, depois... Depois eu quero ter uma aposentadoria muito boa que me deixe

    viver despreocupado.- E depois? - tornou a perguntar o crente.Agora o jovem no achou mais resposta. que todos os seus planos eram para esta

    vida efmera."E direi d minha alma: Alma, tens em depsito muitos bens para muitos anos:

    descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pediro a tua alma;e o que tens preparado para quem ser?"(Lc 12.19,20).

    O SOLDADO FALAVA EM NOME DO FILHOAs dificuldades comuns afastam as diferenas sociais.Dois soldados, na guerra, tornaram-se grandes amigos. Um deles era filho de uma

    famlia ilustre e o outro, um campons inculto. Eram como irmos na diviso dos min-guados recursos que a guerra proporcionava, ou na fartura dos dias de folga, que passavam

    juntos.Um dia, no fragor da batalha, uma exploso fere os dois amigos. Foram evacuados

    para um hospital de emergncia e depois para outro hospital.

    O soldado rico, embora com ferimento mais grave, no ficaria aleijado, o pobre, aocontrrio, tinha perdido um brao, mas a sua recuperao foi rpida.Desligado do exrcito, foi fazer uma ltima visita ao seu amigo rico. Este lhe pediu:- V cidade tal, em tal endereo, procure meus familiares e d-lhes notcias sobre

    mim.O ex-soldado encontrou com facilidade o endereo. Bateu porta e foi atendido pelo

    empregado:- Quero falar com Dona Fulana - que era a me do seu amigo.O empregado voltou alguns minutos depois:- Deixe o seu recado que ela no pode atender. (Naturalmente perguntara pela

    aparncia do solicitante, e, informada, pensou ser um mendigo pedindo esmola.)O ex-soldado insistiu:- Por favor, diga-lhe que venho em nome do seu filho, que est ferido em um

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    hospital.Imediatamente o moo foi recebido pela me do soldado ferido. que agora o

    visitante falava em nome do filho da casa!"A fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (Jo

    15.16b). fio

    GUARDA-CHUVA COMO DEMONSTRAO DE FUma menina estava presente a uma reunio de crentes que traavam planos para irem

    igreja naquela noite orar pedindo que Deus mandasse chuva, pois havia grande ne-cessidade, de vez que uma prolongada seca assolava a regio. Foi ento que algum notou amenina que levava um guarda-chuva no brao. Perguntaram-lhe:

    - Com uma seca destas, por que voc est levando um guarda-chuva, menina?- Ora, irmo. Ns no estamos indo para a igreja pedir a Deus que mande chuva? O

    irmo no acha que Deus nos vai atender e que chover realmente?"Ora, a f o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que

    se no vem"(Hb 11.1).

    EU J SABIAUma mulher, lendo Mateus 17.20, resolveu fazer a experincia. Orou a Deus que

    removesse uma montanha que ficava em frente da sua casa. Orou... orou... tornou a orar,sempre de olhos fechados. Depois parou e foi abrindo os olhos devagar... desconfiada. Amontanha l estava no mesmo lugar. Ela, ento, com toda a naturalidade, disse:

    - Eu j sabia que Deus no ia mesmo remover essa montanha..."Pea-a, porm, com f, no duvidando; porque o que duvida, semelhante d onda

    do mar, que levada pelo vento e lanada de uma para outra parte"(Tg 1.6).

    O AMOR DE MEO amor materno tem sido decantado atravs dos sculos por milhares de poetas, em

    prosa ou em verso, das mes humildes s mais soberbas, de todos os cantos da terra e detodas as formas.

    Recentemente amplo noticirio nos d conta do grande amor revelado por uma meinglesa que preferiu morrer Para que o seu filho vivesse. Ela estava grvida quando

    descobriu ser possuidora de pertinaz enfermidade. A nica medicao, no caso, seriagrandemente prejudicial ao feto.Assim, ela deixou que a molstia tomasse conta de seu organismo, para que, o filho

    querido ficasse ileso.Veio a morrer de cncer logo aps o parto. O filho nasceu perfeito."...o amor forte como a morte; as suas brasas so brasas de fogo, labaredas do

    Senhor"(Ct 8.6).

    REENCONTRO DO PAI COM O FILHO PERDIDO

    Pai e filho. Um heri do outro. So inseparveis. O pai anseia por um momento defolga para estar ao lado do filho. Certo dia marcaram uma pescaria juntos.- S ns dois papai. No vamos levar mais ningum. Feitos os preparativos na

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    vspera, saram bem cedinho.Ainda sentiam a brisa da manh quando se dispuseram a atravessar a floresta em

    direo ao rio.- Cuidado, meu filho. No se afaste demais, que voc pode se perder.O menino corria frente, agarrava-se a um cip, balanava-se e se adiantava demais.

    0 pai tornava a aconselhar:- No se afaste muito. Voc pode se perder.Foi o que realmente aconteceu. O menino desapareceu.O pobre pai, desesperado, comeou a gritar pelo nome do filho. Nenhuma resposta.

    Procurou... procurou... nada.J tinha perdido a esperana, ao cair da tarde, mas continuava gritando e procurando.

    Foi ento que obteve a resposta. Alguns segundos depois deu-se o reencontro. O pai,emocionado, segurava a mo do menino, enquanto dizia:

    - Agora voc no mais vai se perder. No vou largar a sua mo."E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o cu e perante ti, e j no sou digno de ser

    chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido, evesti-lho, e ponde-lhe um anel na mo, e alparcas nos ps; e trazei o bezerro cevado; ematai-o; e comamos e alegremo-nos: porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-

    se perdido, e foi achado. E comearam a alegrar-se"(Lc 15.21-24). 52

    NUNCA FOI CONVIDADOConta-se que um cidado lusitano, dono de uma arruinada casa de negcios, s portas

    da falncia, resolveu se suicidar, atirando-se sob as rodas de um trem, na ferrovia prxima sua residncia. Mas era um domingo noite quando tomou tal deciso. Em seu trajeto teriade passar pela porta de uma igreja. Estava no horrio do culto, e, no momento em que acongregao cantava um belo hino: "Em Jesus amigo temos... mais chegado que um irmo...e nos manda que levemos... tudo a Deus em orao..."

    O pobre do homem resolveu aproximar-se para ouvir melhor. "Temos lidas epesares... e na vida tentao... no ficamos sem consolo... indo a Deus em orao..."

    O desesperado cidado sentiu um alvio com tanta promessa vinda da parte de Deus.Entrou na igreja. O porteiro indicou-lhe um lugar, e ele ouviu atentamente a pregao.

    O pastor pregou sobre o Salmo 140: "O Senhor sustentar a causa do oprimido". OEsprito Santo tocou aquele infortunado corao. No apelo foi frente, chorando e con-fessando os seus pecados e a sua desdita.

    A alegria foi geral, pois o decidido era muito conhecido dos membros da igreja.Findo o culto, o pastor pediu a ele que ficasse ao seu lado na porta, para sercumprimentado pelas pessoas, mas para tristeza de muitos crentes, o velho comerciantecumprimentava a todos e dizia a alguns:

    - "O senhor!? membro desta igreja? Eu no sabia. Por que no me convidou antespara ouvir coisas to belas?"

    "Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha bocaouvirs a palavra, e os avisars da minha parte. Quando eu disser ao mpio: Certamentemorrers; no avisando tu, no falando para avisar o mpio acerca do seu caminho mpio,

    para salvar a sua vida, aquele mpio morrer na sua maldade, mas o seu sangue da tua

    mo o requererei"(Ez 3.17,18).

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    MORREU PARA SALVAR OS PASSAGEIROSUm rapaz trabalhava numa estao de ferrovia e recebeu um telegrama atrasado:

    "Retenha a composio porque demos sada, por engano, a um cargueiro... por favor...atrase o trem de passageiros..."

    O telegrafista, num relance, percebeu a intensidade do perigo! O trem de passageirosacabava de ser liberado, repleto, e ia chocar-se com o outro, ocasionando um terrveldesastre.

    Saiu correndo atrs do trem. Lembrou-se que mais adiante, a uns dois quilmetros,havia uma subida e o trem, forosamente, diminuiria a velocidade. Isso lhe deu novo nimo.Embora a composio aumentasse a distncia ele corria mais e mais, num esforodesesperado para alcan-la.

    O trem comeou a diminuir a velocidade. Agora, inversamente, a distncia entre acomposio e o corredor diminua. Mais alguns minutos e ele teria cumprido o seu dever.Continuava correndo: alcanou o ltimo vago... mais um. Sempre correndo, gritava aomaquinista: "Pare o trem... pare o trem..."

    Quando o maquinista compreendeu a inteno do rapaz, que ele conhecia bem, parouo trem, e, num ltimo esforo, ouviu:

    - Volte depressa com o seu trem que est vindo um cargueiro em sentido contrrio.O maquinista puxou os comandos e o trem comeou a retornar. Foi o tempo

    suficiente para virar o comando do desvio e o cargueiro passou, inofensivo. S ento selembraram do mensageiro; uma equipe foi em seu socorro: ele tinha cado, morto, no lugaronde alcanara o trem!

    "Porque Cristo, estando ns ainda fracos, morreu a seu tempo pelos mpios. Porqueapenas algum morrer por um justo; pois poder ser que pelo bom algum ouse morrer.

    Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por ns, sendo ns aindapecadores"(Rm 5.6-8).

    INFORMAO ERRADAUma senhora viajava de trem com a sua netinha. Sua filha estava doente e a netinha

    tambm tinha necessidade urgente de ser medicada. Pouco habituada a sair de casa, a vovestava em dvida quanto ao lugar em que deveria descer do trem. Percebia as paradas

    peridicas, os passageiros se movimentando, mas tudo aquilo para ela era perturbador esomava-se preocupao pelo estado de sade da menina...

    Pela vidraa, ela via os campos cobertos de neve. O quadro poderia at ser muito

    bonito, no fosse aquela emergncia. Perguntou a um passageiro:- 0 senhor sabe onde fica a parada...?- Sei, minha senhora - respondeu.- que pretendo saltar l com a minha netinha.- Esteja tranqila que a informarei, senhora.O trem continuou a sua marcha: Mais algumas paradas, mais movimentao rpida

    de passageiros.Quando parou novamente, o passageiro consultado dirigiu-se a ela dizendo:- Pode saltar aqui, vov. a sua estao, mas solte depressa porque a parada

    rpida.

    Novo apito, e o trem retomou a sua marcha.Meia hora mais tarde o condutor vem gritando o nome da prxima parada. Opassageiro que dera a informao velhinha teve um sobressalto. Reconhecera ter fornecido

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    uma informao errada. Falou com o funcionrio. Imediatamente acionaram os dispositivosde segurana. O trem parou e organizou-se uma patrulha de salvamento. Encontraram avov e a netinha abraadas, mortas de frio. que elas saltaram fora de qualquer estao, pormotivo de uma parada de emergncia!

    "O corao entendido buscar o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentarde estultcia"(Pv 15.14).

    "PERSISTNCIA CAVAR POO"No serto de Pernambuco, "seu" Severino Soares cavava um poo. Incansavelmente

    trabalhava ali. Cuidava com religiosidade de seus afazeres, mas no faltava reunio naigreja:'Cultos aos domingos, Escola Dominical, reunies de orao, evangelismo... Noentanto, todo o tempo disponvel empregava em cavar seu poo na baixada, prximo de suacasa. O viajante que passasse pela estrada percebe-

    ria o monte de terra do lado de fora do buraco aumentando dia a dia.Na igreja, ou entre amigos, o conselho era um s:- Descansa "seu" Severino. Ningum tira gua desse serto. O senhor vai morrer

    cavando poo e a gua no aparece.Um dia "seu" Severino deu com um veio de gua que o encharcou e o obrigou a

    pendurar-se depressa numa corda pendente. A alegria tomou conta de "seu" Severino. Opoo satisfazia, no somente a ele e sua famlia, mas a todos os seus vizinhos.

    Por ocasio de um esforo evangelstico de sua igreja, o pastor insistia com oscrentes para convidarem pessoas.

    - Os irmos precisam ser persistentes - dizia.Mas como acontece sempre, alguns manifestavam desnimo quanto aos convites.- Os irmos precisam ser persistentes, - tornava o pastor. - Insistam! Persistam!

    Convidem!Em conversa, depois do culto veio baila a palavra persistncia. O irmo Severino

    Soares estava presente. Perguntaram - lhe:- O que persistncia, irmo Severino?- Persistncia? - respondeu ele. - Persistncia cavar poo!..."Sede, pois, irmos, pacientes at a vinda do Senhor. Eis que o lavrador, espera o

    precioso fruto da terra, aguardando-o com pacincia, at que receba a chuva tmpora eserdia. Sede vs tambm pacientes, fortalecei os vossos coraes; porque j a vinda doSenhor est prxima"(Tg 5.7,8).

    EIS QUE TUDO SE FEZ NOVOUma menininha quebrou um vaso de grande valor. Ficou muito triste, porm a tia a

    consolou:- No chore que titia manda consertar.Procurou um restaurador de porcelanas, que consertou o vaso, pondo-o novo como

    antes. Admirada, a menina exclamou:- Oh! titia, Jesus tambm conserta o nosso corao e ele fica novo como ficou este

    vaso!

    "E desci d casa do oleiro e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.Como o vaso que ele fazia de barro quebrou-se na mo do oleiro, tornou a fazer dele outrovaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer. Ento veio a mim a palavra do

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    Senhor, dizendo: No poderei eu fazer de vs, como fez este oleiro, casa de Israel?... " (Jr18.3-6a).

    QUESTO DE LIMITESH muitos anos dois sitiantes limtrofes disputavam a localizao da divisa. Cada um

    achava que o outro estava lhe roubando um pedao de terra. Como no encontrassemsoluo amigvel, decidiram apelar justia. Advogados, despesas forenses, audincias,recursos, tudo. Nesse nterim, um deles vendeu a sua propriedade, mas o comprador * eraum homem crente, temente a Deus, amante da paz. Quando chegou com sua mudana, foilogo interpelado pelo vizinho litigante:

    - Soube que o senhor comprou essa propriedade e quero que saiba que comprou umabriga tambm. que a divisa do terreno no est bem definida e ns estamos na justia.

    - Mas ns no vamos brigar por isso - respondeu o novo proprietrio. Eu concordocom o senhor. Vamos mudar a cerca para o limite que o senhor est pleiteando na justia, eacabar com a disputa.

    O vizinho ficou admirado. Como possvel tanta liberalidade? Estendeu a mo aonovo vizinho e disse:

    - Se o senhor pode ficar com o prejuzo, eu tambm posso. Deixe a cerca no lugarem que est!

    "Se for possvel, quanto estiver em vs, tende paz com todos os homens"(Rm 12.18).

    SEMPRE HONREI O NOME DO MEU PAIAos 31 anos de idade, Antnio Carlos Mariz e Barros j estava coberto de honras e

    glrias na Guerra do Paraguai. Quando o navio Tamandar se afastava, a 7 de maro de1866, do Forte de Itapiru, foi atingido por uma granada ini-

    miga, que matou e feriu muitos brasileiros, entre eles, o prprio Mariz e Barros, queteve uma das pernas esfacelada. Enquanto os mdicos lhe amputavam a perna ferida, j nofinal da cirurgia, comeou a empalidecer:

    - Digam a meu pai que eu sempre honrei o seu nome disse o bravo comandante.Pendeu a cabea e morreu."Ah, ornamento de Israel! nos teus altos fui ferido. Como caram os valentes!"(2 Sm

    1.19).

    ONDE DEUS NO EST?- Pregador - perguntou um ouvinte tentando zombar, -o senhor pode dizer-me ondeDeus est?

    - Isso muito fcil - respondeu, - o mais difcil dizer onde Ele no est."Longe est o Senhor dos mpios, mas escutar a orao dos justos"(Pv 15.29).

    ACABEI DE CONVERSAR COM ELEUm pregador ilustre foi interrogado por algum sobre se ele realmente conhecia a

    Deus.

    - O senhor conhece Deus? Pode dizer-me como Ele ?- Conheo-o - respondeu o pregador. - Acabei de conversar com Ele agora mesmo!"Jesus respondeu: No me conheceis a mim, nem a meu Pai. Se vs me conhecsseis

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    a mim, tambm conhecerieis a meu Pai". "E isto vos faro, porque no conheceram ao Painem a mim"(Jo 8.19; 16.3).

    NECESSRIO PROVARUm gabola divertia-se numa praa pblica cercada de curiosos. Tinha facilidade de

    linguagem, fazia questo de ressaltar sua condio de ateu, e, gratuitamente, ofendia ospresentes interrogando:

    - Quem quer discutir comigo? - pastor, padre, mdico, advogado ou um simplescrente, suba aqui!

    S um respondeu insistncia do sabicho e se dirigiu a ele. Era um senhor de trajeshumildes. Nada nele demonstrava capacidade nem erudio. O orador, bazofiando, aindatentou humilh-lo, baseando-se em sua aparncia.

    O desafiado subiu ao palco, sentou-se e, indiferente s provocaes, tirou uma laranjade um embrulho, descascou-a e chupou-a...

    O pregador continuou seus desaforos:- Veio falar comigo, ou fazer um piquenique? Depois de chupar a laranja, perguntou

    ao desafiante:- O senhor quer me dizer se a laranja que eu chupei estava doce ou azeda?- Bem desconfiei que o senhor meio maluco, respondeu o orador. Foi o senhor que

    chupou a laranja, como quer que eu saiba se estava doce ou azeda?Nesta altura dos acontecimentos era grande a expectativa geral. Todo o auditrio

    queria saber como terminaria aquilo.- Justamente isso que fala em meu favor. Se quem chupou a laranja foi eu, s eu

    sei se ela estava doce ou azeda. O senhor no pode falar da experincia da salvao emCristo se no passou por ela - continuou.

    - Antes de me converter eu era um beberro, mau esposo, mau pai: no valia nada.Um dia experimentei a graa do Evangelho e me tornei outra criatura. Por isso posso falarde ambas as coisas. Eu conheci a