alca - Área de livre comércio das américas

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ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS (ALCA) TURMA 21C GRUPO: LINELMA Mª DAIANE ROSIELLEM WEBSON

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ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

(ALCA)

TURMA

21C

GRUPO:

LINELMA

Mª DAIANE

ROSIELLEM

WEBSON

A ALCA (Área de livre comércio das Américas) foi uma proposta feitapelo presidente Estados Unidos Bill Clinton durante a Cúpula dasAméricas, em Miami, no dia 9 de Dezembro de 1994, com o objetivode eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos,exceto Cuba, formando assim uma área de livre de comércio, cujadata limite seria o final de 2005. Na reunião de Miami foramassinados a Declaração de Princípios e o Plano de Ação.A estratégia era de gradualmente suprimir as barreiras ao comércioentre os estados-membros, prevendo-se a isenção de tarifasalfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os paísesassociados. Uma vez implementada, a ALCA se tornaria o maior blocoeconômico do mundo - correspondendo às áreas do NAFTA (Américado Norte) e do Mercosul (América do sul), juntas. O blocorepresentaria um PIB de mais de US$ 20 trilhões, reunindo umapopulação de aproximadamente 850 milhões de pessoas.

Uma das principais dificuldades para formação do bloco é aenorme disparidade entre a economia dos Estados Unidos,a maior da América, e a dos demais países americanos.Ademais, na maioria desses países, seria necessário realizarvultosos investimentos em infraestrutura, para que a áreade livre comércio funcionasse efetivamente.O projeto da ALCA está parado desde novembro de 2005quando foi realizada a última Cúpula das Américas. Aproposta foi praticamente "engavetada" na Quarta Reunião,realizada em novembro de 2005, em Mar del Plata

Brasil

Chile

Argentina

Equador

Venezuel

a

Colômbia

Uruguai

Antígua e

Barbuda

Trinidad e

Tobago

Bahamas

México

Panamá

Suriname

Guiana

Peru

Bolívia

Honduras

Belize

Guatemal

a

Nicarágua

El

Salvador

Granada

Barbados

Estados

Unidos

Canadá

Jamaica

Haiti

Costa

Rica

Dominica

República

Dominica

na

São

Cristóvão

e Nevis

Santa

Lúcia

São

Vicente e

Granadina

s

Paraguai

ALCA: DE BILL CLINTON A GEORGE W. BUSH

A iniciativa da criação de uma Área de LivreComércio das Américas foi lançada pelo PresidenteGeorge Bush, visando constituir um imenso espaçoeconômicohemisférico. Estabeleceram-senegociações regulares, organizadas em torno dostemas de investimentos, serviços, acessos amercados, agricultura, direitos de propriedadeintelectual, políticas de concorrência, comprasgovernamentais, resolução de disputas, trabalho emeio ambiente e, enfim, subsídios, dispositivosantidumping e medidas compensatórias.

Durante sete anos, as negociações foram que tivessemconhecimento dos acordos que tramitavam. O início de 2005foi estabelecido como prazo para a assinatura do acordo, quedeveria entrar em vigor no final daquele ano.Em 2001, por pressão da opinião pública, o texto danegociação foi disponibilizado no site da ALCA. O GovernoBush tinha suas prioridades fora do continente e adotava umapostura unilateral no plano internacional. Ironicamente, todoesse poder e determinação produziram crescentes problemaspara a ALCA. A economia da Argentina sofreu um colapso,enquanto a recessão se instalava no continente. Governoscontrários ao projeto norte-americano também chegavam aopoder no Equador, Brasil, Argentina e Venezuela.

Além disso, diante da proximidade das eleições norte-americanas,o presidente Bush - então candidato à reeleição e posteriormentereeleito - declarou não estar disposto a retirar os gigantescossubsídios à agricultura norte-americana nem a modificar a políticaprotecionista aplicada a produtos como o aço, entre outrasmedidas unilaterais destinadas a defender a economia norte-americana. O governo brasileiro, por sua vez, começou a negociarmais firmemente, visando a defender os interesses econômicosbrasileiros. Como global trader, ou seja, como um país que serelaciona comercialmente com vários outros, o Brasil desejavamanter suas relações com diversas áreas do mundo, priorizando oMercosul e a integração sul-americana por meio da ComunidadeSul-americana de Nações.

Na última reunião da ALCA, realizada em Port of Spain, os EstadosUnidos deixaram claro que não estavam dispostos a ceder nasquestões agrícolas e antidumping. Ocorre que, para os países doMercosul, esses temas eram e são fundamentais, enquanto outrostemas, importantes para os Estados Unidos, não lhesinteressavam. Assim, não foi possível concluir as negociações em2005, e, deste modo, a assinatura do acordo da ALCA, que muitosconsideravam "inevitável", foi abortada - embora alguns aindaacreditassem na possibilidade de se implementar uma espécie de"Mini ALCA" ou "ALCA Light" - e afigura-se mais complicada a cadadia, tanto pela combinação de medidas unilaterais e pela exclusãode temas pelo governo norte-americano, de um lado, como pelonovo protagonismo assumido por países emergentes da Américado Sul, especialmente o Brasil, sendo que vários pontos dasnegociações que o Brasil pretendia implementar não interessavamaos Estados Unidos e vice-versa. Sem o apoio do Brasil a ALCAdificilmente será implementada.

Segundo documentos oficiais vazados pelo site Wikileaks em 2011,o governo dos Estados Unidos atribuiu ao governo brasileiro, emais especificamente ao Itamaraty, a responsabilidade pelofracasso na criação da ALCA, assim como pelos impasses criadosnas negociações (não concluídas) da Rodada de Doha, naOrganização Mundial do Comércio. Segundo os documentos dogoverno americano, o Ministério das Relações Exteriores brasileiroconsiderava que a ALCA serviria basicamente para facilitar adominação econômica dos Estados Unidos sobre continente.Ainda de acordo com os relatórios, o Brasil não se empenhava pelaALCA em razão das suas próprias metas políticas "que incluem umpapel de liderança na América do Sul com um enfoque vigoroso nodesenvolvimento e na agenda social, e que às vezes colidem emsua busca de certos interesses econômicos nacionais".

O Brasil, na visão dos Estados Unidos, pretendia, além deexercer uma liderança regional, "ser a força motriz por trás darevigoração do Mercosul" e, para "reforçar os laçosregionais", concedeu empréstimos a vários países vizinhos -Argentina, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru -, através doBNDES. Os documentos mostram também que, depois deensaiar uma estratégia de enfraquecer o Itamaraty,favorecendo setores do governo favoráveis à implementaçãoda ALCA, como o Ministério da Agricultura, os Estados Unidossimplesmente desistiram da ideia e atualmente limitam-se aestabelecer acordos bilaterais com os vários países daAmérica Latina.