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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL COM ÊNFASE EM PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS ESTUDO DE VIABILIDADE DE ABERTURA DE ACADEMIA DE MUSCULAÇÃO E GINASTICA NO MUNICIPIO DE COTRIGUAÇU-MT William Luis Sulzbach Orientador: Prof. Ms Wilson Antunes de Amorim JUÍNA-MT JULHO/2014

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL COM ÊNFASE EM PEQUENAS E

MEDIAS EMPRESAS

ESTUDO DE VIABILIDADE DE ABERTURA DE ACADEMIA DE MUSCULAÇÃO E

GINASTICA NO MUNICIPIO DE COTRIGUAÇU-MT

William Luis Sulzbach Orientador: Prof. Ms Wilson Antunes de Amorim

JUÍNA-MT JULHO/2014

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL COM ÊNFASE EM PEQUENAS E

MEDIAS EMPRESAS

ESTUDO DE VIABILIDADE DE ABERTURA DE ACADEMIA DE MUSCULAÇÃO E

GINASTICA NO MUNICIPIO DE COTRIGUAÇU-MT

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena – AJES, como requisito parcial para obter o grau de Pós Graduado em Gestão Empresarial com ênfase em Micro e Pequena Empresa sob a orientação do Prof. Wilson Antunes de Amorim.

JUÍNA-MT JULHO/2014

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RESUMO

O empreendedorismo está nas raízes da Administração e é sem duvida, um

ramo muito fortalecido atualmente. Muitas pessoas têm a intenção de serem donos

de seu próprio negócio. Entretanto, as dificuldades presentes no planejamento,

controle, desenvolvimento e execução das atividades podem impedir que os futuros

empreendedores tenham sucesso no seu negócio. Este trabalho tem o objetivo de

planejar a abertura de uma academia de ginástica e musculação no município de

Cotriguaçu - MT. Para isto, foram coletados e analisados dados com a finalidade de

projetar e prever futuras despesas e receitas. Após coleta e ordenação dos dados

obtidos, foram elaborados tabelas e cálculos buscando minimizar as incertezas do

negócio. Por fim, calculou-se o retorno de investimento para analisar sua viabilidade

de implementação, concluindo-se que o negócio é viável e lucrativo, tendo um rápido

prazo de retorno do investimento inicial.

Palavras-chave: Plano de Negócios, Viabilidade, Análise Financeira, Academia,

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Investimento inicial (Reformas e Pintura) ......................................... 27

Tabela 02 Móveis e Utensílios .......................................................................... 28

Tabela 03 Maquinas e Equipamentos Ginástica/Musculação ............................ 28

Tabela 04 Maquinas e Equipamentos Totais ..................................................... 29

Tabela 05 Computadores e Periféricos .............................................................. 30

Tabela 06 Investimento Inicial ............................................................................ 30

Tabela 07 Depreciação ...................................................................................... 31

Tabela 08 Projeção de vendas ........................................................................... 32

Tabela 09 Despesas .......................................................................................... 34

Tabela 10 Receitas Estimadas ........................................................................... 35

Tabela 11 Fluxo de caixa ................................................................................... 35

Tabela 12 Payback Anual................................................................................... 36

Tabela 13 Payback Mensal ................................................................................ 36

Tabela 14 Resumo ............................................................................................. 37

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 07

1.1. JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 08

1.2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................. 08

1.3. CONTRUÇÃO DAS HIPOTESES .............................................................. 08

1.3.1. Hipótese Alternativa: ......................................................................... 08

1.3.2. Hipótese 2: .......................................................................................... 08

1.4. OBJETIVOS ............................................................................................... 09

1.4.1. Objetivo Geral ..................................................................................... 09

1.4.2. Objetivos específicos ........................................................................ 09

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 10

2.1. PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................ 10

2.2. PLANEJAMENTO FINANCEIRO .............................................................. 10

2.3. FLUXO DE CAIXA ..................................................................................... 11

2.4. CAPITAL DE GIRO .................................................................................... 12

2.5. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ................................................................ 13

2.5.1. Payback (prazo de retorno sobre o investimento) ......................... 13

2.5.2. TIR (taxa interna de retorno) ............................................................ 14

2.5.3. VPL (valor presente líquido) ............................................................. 15

3. METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................. 17

3.1. TIPOS DE PESQUISA ............................................................................... 17

3.1.1. Quanto à finalidade ............................................................................ 17

3.1.2. Quanto à natureza .............................................................................. 17

3.1.3. Quanto ao objetivo ............................................................................. 17

3.1.4 Quanto ao local de realização ............................................................ 18

3.2. PROCEDIMENTO DE COLETA E ANALISE DOS DADOS ...................... 18

3.3. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................... 18

3.4. MÉTODO DE ANALISE DOS DADOS ....................................................... 18

4. PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................ 20

4.1. COMPOSTO DE MARKETING ................................................................. 20

4.1.1. Análise do setor ................................................................................. 20

4.1.2. Aspectos legais e tributários ............................................................ 20

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4.1.3. Segmentação e definição do público alvo ....................................... 21

4.1.4. Concorrência ...................................................................................... 22

4.1.5. Posicionamento ................................................................................. 22

4.2. ESTRATÉGIAS DE MARKETING ............................................................. 22

4.2.1. Produto/serviço .................................................................................. 23

4.2.1.1. Estrutura física ................................................................................ 23

4.2.1.2. Horário de atendimento ................................................................... 23

4.2.2. Preço ................................................................................................... 24

4.2.3. Praça ................................................................................................... 24

4.2.4. Promoção ............................................................................................ 25

4.2.5. Análise SWOT ..................................................................................... 25

4.2.6. Pessoal ................................................................................................ 26

4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ........................ 26

4.3.1. Investimento inicial ............................................................................ 27

4.3.2. Despesas pré-operacionais ............................................................... 27

4.3.3. Móveis e utensílios ............................................................................ 27

4.3.4. Máquinas e equipamentos de ginástica e musculação .................. 28

4.3.5. Máquinas e Equipamentos Totais .................................................... 29

4.3.6. Computadores e Periféricos ............................................................. 30

4.3.7. Capital de Giro .................................................................................... 30

4.3.8. Depreciação ....................................................................................... 31

4.3.9. Planejamento de Vendas ................................................................... 31

4.3.10. Despesas ...................................................................................... ... 33

4.3.11. Fluxo de caixa .................................................................................. 35

4.3.12. Calculo de Orçamento de Capital ................................................... 36

4.3.13. Período do retorno do investimento (Payback) ............................ 36

4.3.14. Valor Presente líquido (VPL) .......................................................... 37

4.3.15. Taxa interna de retorno (TIR) ......................................................... 37

4.3.16. Resumo para análise ....................................................................... 37

4.4. ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................. 38

CONCLUSÃO ............................................................................................... .....39

REFERÊNCIAS ............................................................................................. .....40

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1. INTRODUÇÃO

Vivenciamos nos dias atuais um mercado competitivo e voraz, cenários onde

muitos empresários se arriscam ao abrir seu próprio negócio. Infelizmente a taxa de

mortalidade dos empreendimentos logo nos primeiros anos é muito alta. Os

primeiros problemas, e mais comuns, surgem logo após a inauguração, devido

principalmente ao comportamento empreendedor pouco desenvolvido, planejamento

do negócio mal efetuado e desconhecimento do mercado. A atual conjuntura

econômica demonstra que as empresas, principalmente as micro e pequenas devem

ser planejadas e ter seus valores muito bem calculados evitando surpresas no

decorrer do tempo entre a abertura do negócio e sua estabilidade econômica e

financeira no mercado.

É muito visível também, nos últimos anos uma preocupação maior com a

saúde e bem estar, conseqüência do aumento do numero de pessoas com

problemas relacionados ao sedentarismo e obesidade, dessa forma, a realização de

exercícios físicos tornou-se essencial devido aos seus benefícios. Esse é um ramo

que está em crescimento e apresenta ainda um longo caminho de ascensão, pois

ainda é pequena a parte da população que pratica exercícios físicos regularmente,

portanto é uma boa área pra se investir.

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1.1. JUSTIFICATIVA

Sabemos que a ausência de um planejamento prévio é ainda uma dos

principais fatores que influenciam na alta taxa de mortalidade de novos

empreendimentos. Um plano de negócios e estudo de viabilidade nos permite uma

melhor analise de ambiente, determinando pontos críticos do projeto, aceitação e

necessidade do novo negócio.

A escolha da área a ser pesquisada se deu pelo fato de que na região onde

o estudo será realizado não temos academias de ginástica e musculação, portanto

este estudo de viabilidade buscará ao Maximo levantar dados e números reais, já

que se apresentada a viabilidade financeira e econômica ao final do mesmo é

possível que o novo negócio seja posto em pratica.

1.2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Com a valorização de uma vida mais saudável pelas pessoas somado com a

necessidade de locais para realização de exercícios como as academias de

musculação e ginástica convêm se questionar: A abertura de uma academia de

musculação e ginástica no município de Cotriguaçu é viável?

1.3. CONTRUÇÃO DAS HIPOTESES

1.3.1. Hipótese Alternativa:

A abertura de uma academia de ginástica e musculação no município de

Cotriguaçu é viável, pois se trata de uma necessidade encontrada pelos que prezam

a qualidade de vida e o bem estar físico.

1.3.2. Hipótese 2:

A abertura de uma academia de ginástica e musculação no município de

Cotriguaçu é inviável.

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1.4. OBJETIVOS

1.4.1. Objetivo Geral

Analisar a viabilidade econômico-financeira da criação e abertura de uma

academia de musculação e ginástica no município de Cotriguaçu.

1.4.2. Objetivos Específicos

• Mensurar a aceitação da população e observar suas intenções quanto à abertura

do empreendimento

• Estudar o cenário de mercado do setor

• Calcular os investimentos necessários para a criação e abertura da empresa.

• Estudar os aspectos econômicos e financeiros do negocio observando se o

mesmo é viável.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. PLANO DE NEGÓCIOS

Plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor, onde são

descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no início de

um novo empreendimento. O plano de negócio está tornando-se a principal

ferramenta na gestão dos empreendedores pela busca do sucesso nos seus

empreendimentos. Esta ferramenta deve ser utilizada por todo e qualquer

empreendedor que, de maneira racional e lógica, deseja montar seu próprio negócio.

(DORNELAS, 2001).

De acordo com Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE), o plano de negócios é o documento escrito que tem por finalidade

registrar o conceito do negócio, seus riscos, as estratégias de marketing, o perfil dos

clientes e um planejamento financeiro que poderá viabilizar a nova empresa.

Sabemos que, das empresas que fecham nos três primeiros anos, cerca de 98% são

fechadas em conseqüência da falta ou falha de planejamento. A realização de um

plano de negócio possibilita a empresa aproveitar as oportunidades atuais e futuras

do mercado e identificar as ameaças e restrições que poderá encontrar durante sua

implementação. Dessa forma, a probabilidade de obter sucesso no novo

empreendimento é maximizada, enquanto que os riscos de uma possível falha são

minimizados.

Sobre a importância do plano de negócios, Dornelas (2001, p. 97) enumera

diversas vantagens:

• Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio; • Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões ac

ertadas; • Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas

quando necessário; • Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governos,

investidores, etc.; • Identificar as oportunidades e transformá-las em diferencial

competitivo para a empresa; • Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e

convencer o público-alvo externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, etc.)

2.2. PLANEJAMENTO FINANCEIRO

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A análise financeira é uma ferramenta que permite o empreendedor avaliar

de forma abrangente e detalhada os resultados almejados e os obtidos. A

elaboração de um plano financeiro dentro de um plano de negócio visa demonstrar

um conjunto de projeções que possam refletir o desempenho futuro da empresa.

Dornelas (2001) ressalta que a parte financeira é considerada por muitos

empreendedores como a mais difícil do plano de negócios, principalmente por ter

que expor em números todas as decisões tomadas ao longo do planejamento. Pode-

se concluir que a finalidade da avaliação da empresa é analisar seus resultados e

desempenhos, detectando os pontos fortes e fracos dos processos da empresa, a

fim de que os gestores possam tomar as melhores decisões.

Chiavenato (2004, p.214) cita três atribuições principais do gerenciamento

financeiro:

- obter recursos financeiros para que a empresa possa funcionar ou para expandir suas atividades; a obtenção ou captação de recursos financeiros pode ser feita no mercado de capitais, ou seja, por aumento de capital, financiamento ou condições de pagamento aos fornecedores, empréstimos bancários, etc. - utilizar recursos financeiros para suprir as operações comuns da empresa, em vários setores e áreas de atividade, como compra de matérias-primas, aquisição de máquinas e equipamentos, pagamento de salários, impostos etc. - aplicar recursos financeiros excedentes, como aplicações no mercado de capitais ou no mercado monetário, aquisição de imóveis ou terrenos etc.

Para uma boa administração financeira é necessário que seu administrador

desenvolva corretamente as seguintes funções: Maximizar o retorno sobre o

investimento realizado; Manter a empresa em permanente situação de liquidez;

Administrar o capital de giro da empresa; Avaliar os investimentos realizados em

itens do ativo; Estimar o provável custo dos capitais de terceiros a serem captados.

2.3. FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa é o conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao

longo de um período projetado, é o instrumento que possibilita o planejamento e

controle dos recursos de uma empresa, sendo indispensável em todo processo de

tomada de decisões financeiras. É o controle monetário das saídas e entradas de

capital na empresa durante certo período.

O fluxo de caixa está ligado às atividades operacionais, financeiras e legais

da empresa, e dessa forma auxilia na administração de longo prazo do negócio

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(Dornelas, 2001). O desempenho do fluxo de caixa da empresa é afetado

diretamente pelo ciclo operacional. Empresas lucrativas podem apresentar

problemas no fluxo de caixa pela falta de sincronia entre os prazos de pagamento e

de recebimento. O principal objetivo da implementação e gerenciamento dos fluxos

de caixa é atribuir maior rapidez às entradas de caixa em relação às saídas

(desembolsos).

De acordo com Biagio e Batcchio (2005, p.214) os principais elementos que

compõem um fluxo de caixa são:

• Investimento inicial: é o custo necessário para se iniciar as atividades,

acrescido do capital de giro projetado para os primeiros meses de funcionamento.

• Saldo de caixa inicial: é o valor presente em caixa no primeiro dia de

sua operação. Corresponde ao capital de giro inicial necessário para financiamento

do ciclo operacional do negócio.

• Total de entradas: é a quantidade total de capital que entrou no caixa

da empresa, excluindo-se promessas de pagamento como, por exemplo, cheques

pré-datados e duplicatas.

• Total de saídas: é a quantidade total de capital que saiu do caixa da

empresa, divido por contas especificadas para maior entendimento da real situação

dos pagamentos realizados.

• Saldo no período: é a diferença entre o total de entradas e o total de

saídas, indicando o desempenho da empresa no período.

• Fluxo líquido de caixa: Difere do lucro contábil, pois algumas de suas

receitas e despesas não representam efetivas saídas e entradas de caixa. Dessa

forma, geralmente se expressa o fluxo líquido de caixa como lucro líquido mais

depreciação, já que a depreciação é o item mais expressivo que não representa

saída de caixa.

2.4. CAPITAL DE GIRO

Conforme Gitman (2010), capital de giro são os ativos circulantes que

sustentam as movimentações financeiras do dia-a-dia da empresa. A forma pela

qual uma empresa resolve financiar suas operações e administrar suas atividades

de curto prazo é fundamental para saúde financeira da empresa, isto porque ele

pode alavancar ou impedir o crescimento do negócio. Administrar o capital de giro é

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planejar e controlar o nível de composição de ativos e passivos circulantes da

empresa. Especificamente, a administração do capital de giro exige que o

administrador financeiro decida qual o montante de caixa, outras aplicações de

liquidez imediata, contas a receber e estoques a empresa deverá manter num

determinado momento. Além disso, o administrador financeiro deve decidir como

estes ativos correntes serão financiados.

A eficiência na administração do capital de giro de implica no aumento da

competitividade em face de seus correntes. Entretanto, sua ineficiência, conforme

Gitman (2010), pode desestruturar a organização de um negócio, pois pode afetar

radicalmente o fluxo de caixa da empresa. Uma das conseqüências de sua

ineficiência é o problema de liquidez, uma vez que o capital de giro representa os

recursos financeiros destinados a sustentar o ciclo operacional da empresa.

2.5. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Segundo Gitman (2010), as técnicas de orçamento de capital auxiliam a

determinar se um projeto é aceitável ou realizar uma classificação de projetos,

analisando o desenvolvimento de fluxos de caixa gerados. Uma análise de

investimento realiza uma comparação entre os recursos gerados através da

projeção do fluxo de caixa e o investimento necessário para implantação do negócio.

Essa análise é importante para comparar, selecionar e avaliar projetos a fim de

identificar o retorno dos investimentos efetuados, existem vários métodos utilizados

na análise de projetos de investimento de capital. Esses métodos buscam minimizar

a subjetividade das previsões que podem prejudicar a análise. Entre eles destacam-

se Payback, valor presente líquido e taxa interna de retorno.

2.5.1. Payback (prazo de retorno sobre o investimento)

O período de Payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o

investimento inicial em certo projeto, estimado através da entrada de fluxos de caixa

projetados (GITMAN, 2010). Quando o fluxo de caixa é constante, o Payback pode

ser calculado dividindo o investimento inicial pelo fluxo de caixa constante. Quando

as entradas são mistas, as entradas de caixa precisam ser acumuladas até

equivalerem ao investimento inicial.

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Quando se utiliza o método de Payback para avaliar projetos, devem-se

aceitar projetos com períodos de Payback menor do que o período máximo aceitável

e rejeitar aqueles que superarem este período. Conforme Gitman (2010), este

período máximo aceitável é definido pela direção subjetivamente, baseada em uma

série de fatores como o tipo de projeto, seu risco e a relação percebida entre o

período de Payback e o valor da ação. Quanto maior for o tempo necessário para

recuperar o investimento inicial, maiores serão as probabilidades de que ocorram

imprevistos. “Assim, quanto menor o período de Payback, menor a exposição de

risco.” (GITMAN, 2010, p.366)

Segundo Gitman (2010), a popularidade deste método baseia-se da

simplicidade de seu cálculo e apelo intuitivo. Por ser determinado de forma subjetiva,

o período de Payback é muito utilizado como tomada de decisão suplementar de

outras técnicas decisórias. Além da facilidade de seu cálculo, outra vantagem é que

o método considera a entrada dos fluxos de caixa, e não o lucro contábil.

Suas fragilidades consistem em que seu período de aceitação ser

determinado de forma subjetiva. Outra fragilidade é não levar plenamente em conta

o valor do dinheiro no tempo, ou seja, um projeto que recupera rapidamente o

investimento inicial deve ser preferível a outro que recupera o investimento inicial

nos últimos anos, mantendo as outras variáveis equivalentes. Além disso, o método

Payback não reconhece os fluxos de caixa que ocorrem depois do período de

Payback, tendo em vista que alguns projetos proporcionam melhores retornos

comparados a outros em longo prazo. (GITMAN, 2010)

2.5.2. TIR (taxa interna de retorno)

A taxa interna de retorno (TIR) é a técnica mais utilizada de orçamento de

capital. De acordo com Gitman (2010), ela é a taxa de desconto que torna o VPL de

certo projeto igual à zero, já que o valor das entradas de caixa iguala-se ao

investimento inicial. É a taxa de retorno que a empresa obterá caso invista no projeto

e as projeções estiverem corretas.

Algebricamente, a TIR é calculada igualando o VPL à zero. Entretanto, esta

técnica é calculada através de tentativas e erros, testando diversas taxas de

desconto até encontrar aquela que iguale o valor presente das entradas de caixa do

projeto seja igual ao investimento inicial.

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O critério de sua aceitação, conforme Gitman (2010), assim como nas outras

técnicas baseia-se nas decisões de aceitação-rejeição, ou seja, se aceita o projeto

que possui a TIR maior que o custo de capital e rejeita-se o projeto que a TIR for

menor que o custo de capital. Segundo Gitman (2010), a TIR e o VPL podem muitas

vezes apresentar contradições no ordenamento dos projetos, isso ocorre

principalmente devido à diferente forma do reinvestimentos das entradas de caixa

intermediárias (aquelas recebidas durante o andamento do projeto). A TIR

pressupõe que sejam reinvestidas à TIR do projeto, enquanto que o VPL pressupõe

que essas entradas sejam reinvestidas ao custo do capital.

2.5.3. VPL (valor presente líquido)

O valor presente líquido (VPL) é considerado uma técnica sofisticada de

orçamento de capital, isto porque considera explicitamente o valor do dinheiro no

tempo. De acordo com Gitman (2010), técnicas sofisticadas de orçamento de capital

descontam de alguma maneira os fluxos de caixa da empresa a uma taxa

especificada, conhecida como taxa de desconto, custo de oportunidade, custo de

capital ou retorno requerido. Ela identifica o menor retorno que um projeto necessita

proporcionar para manter inalterado o valor da empresa. O Valor Presente líquido é

uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje por realizar um

investimento.

Seu cálculo consiste em “subtrair o investimento inicial de um projeto do

valor presente das suas entradas de caixa, descontadas à taxa de custo do capital

da empresa” (GITMAN, 2010, p.369). Dessa forma, as entradas e as saídas de caixa

são medidas em valores monetários atuais.

Segundo Gitman (2010), o critério de decisões de aceitação-rejeição

consiste em aceitar quando o VPL for maior que R$ 0 e rejeitar em caso contrário.

Isto porque se o projeto obtiver um VPL positivo, esse retorno será maior do que o

custo de seu capital, implicando em um aumento do valor de mercado da empresa e

conseqüentemente aumento de riqueza para seus proprietários.

A desvantagem deste método é que seu resultado está relacionado com a

taxa mínima de atratividade, esta é escolhida através do acompanhamento da

evolução das taxas de juros e inflação. Outro fator que pode influenciar é o prazo de

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duração do projeto, visto que prazos mais longos estão associados a maiores

incertezas e conseqüentemente a taxas de juros mais elevadas.

Sua vantagem em relação ao Payback é que o VPL reconhece o valor do

dinheiro no tempo, existindo reajustes nos fluxos de caixa futuros. Outra vantagem é

que ele considera os fluxos de caixa ao invés dos lucros líquidos, tendo em vista que

a depreciação contábil não resulta em um desembolso de caixa.

Em termos teóricos o VPL é considerado a melhor abordagem

principalmente por considerar o custo do capital como a taxa do reinvestimento dos

fluxos de caixa gerados ao longo do projeto. Isso permite que seja estabelecido uma

estimativa razoável da taxa de retorno que a empresa pode reinvestir, possibilitando

considerar taxas mais conservadoras e realistas.

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3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1. TIPOS DE PESQUISA

3.1.1. Quanto à finalidade

Utilizaremos o principio de pesquisa aplicada ou direta, já que estaremos

trabalhando em um ambiente local e os dados coletados, bem como as conclusões

após analise dos mesmos terão aplicação pratica. Podemos concluir também que se

trata de um estudo de caso, já que estudaremos com afinco um assunto especifico e

isolado.

3.1.2. Quanto à natureza

Utilizaremos tanto a pesquisa qualitativa quanto a qualitativa. Faz-se

necessário na fase exploratória inicial do projeto a pesquisa qualitativa, nessa fase

faremos o levantamento de dados e informações primarias, que serão analisados

posteriormente. Durante e após a coleta de dados propriamente dita, faremos uso da

pesquisa de natureza quantitativa. È na analise de mercado que mais utilizaremos a

pesquisa quantitativa, pois os dados e informações serão levantados de um numero

de respondentes de diversas perguntas que nos permitirão medir a ausência ou

presencia de algo nas variáveis estudadas.

3.1.3. Quanto ao objetivo

Podemos classificar os modelos de pesquisa em três grupos: exploratória,

explicativa e descritiva, cada uma com características particulares, para a

elaboração de trabalho utilizaremos o modelo de pesquisa descritiva, já que no

levantamento de dados iremos classificar e descrever a as características de

determinada população. Podemos classificar nosso modelo de pesquisa como

Exploratória, ela que tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e

modificar conceitos e idéias, proporcionando maior familiaridade com o problema,

tornando-o mais explicito.

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3.1.4. Quanto ao local de realização

Será utilizada a pesquisa de campo onde poderemos observar e recolher

dados diretamente na fonte, nos utilizando de questionários. Como o assunto do

projeto é um evento isolado utilizaremos também o estudo de caso, onde

buscaremos obter o maior numero de dados e informações possíveis sobre o

assunto do projeto de pesquisa.

3.2. PROCEDIMENTO DE COLETA E ANALISE DOS DADOS

Podemos definir como procedimento de coleta de dados a maneira que

coordenamos e organizamos a pesquisa. Foram vários os procedimentos adotados,

dentre eles podemos destacar a pesquisa de campo com questionários e entrevistas

com proprietários de academias de municípios vizinhos, levantamento de valores

com pesquisa em catálogos via internet ou lojas do ramo, após reunirmos todos os

dados, montamos planilhas e calculamos o investimento.

3.3. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

A principio será utilizado à observação: olhando e analisando, procurando

identificar e reconhecer todas as características do objeto estudado. Os dados

primários serão levantados pelo próprio pesquisador que fará utilização de

entrevistas semi-estruturadas com gestores de academias de municípios vizinhos

levantando dados relevantes para a pesquisa, e questionários estruturados com

perguntas fechadas, algumas abertas e outras de múltipla escolha, buscando obter o

Maximo de proximidade com a realidade da população analisada. Também fora

utilizado pesquisa em revistas e sites relacionados ao assunto do projeto.

3.4. MÉTODO DE ANALISE DOS DADOS

Aplicados os questionários e entrevistas bem como as pesquisas inerentes

ao assunto analisamos os dados, utilizando com maior intensidade o método

estatístico, por se tratar de números e valores, sem deixar de lado o método de

analise de conteúdo que junto com a analise estatística nos permitiram chegar a

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resultados reais e esclarecedores de duvidas. Com os resultado obtidos na pesquisa

poderemos elaborar um plano de negócios que atinja o fim proposto pelo estudo,

chegando o mais próximo possível da realidade nos permitindo uma analise

econômico financeira que nos orientará para a viabilidade do empreendimento, ou

não.

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4. PLANO DE NEGÓCIOS

4.1. COMPOSTO DE MARKETING

4.1.1. Análise do Setor

O setor de Fitness está em plena expansão no mercado Brasileiro. Hoje, ele

ocupa a segunda colocação no Ranking Mundial no número de academias,

perdendo apenas para o mercado norte-americano (Portal Negócios e Fitness). Com

o fortalecimento da economia e a facilidade do acesso ao crédito, o setor de serviços

é o que mais cresce no Brasil, proporcionando a possibilidade de abrir seu próprio

negócio.

Estima-se também que apenas 13% da população brasileira praticam alguma

atividade física regularmente, existindo um potencial enorme a ser explorado nesse

mercado que nos próximos anos, segundo estudiosos do setor, o mercado de

Fitness tende a continuar aquecido em todas as classes sociais, principalmente pela

influência da mídia que exalta a importância da atividade física para a saúde, beleza

e auto-realização.

4.1.2. Aspectos Legais e Tributários

Tendo em vista as obrigações necessárias para a abertura de uma Academia,

será importante a contratação de serviços contábeis profissionais para legalizar a

empresa e estar quite com as obrigações fiscais e tributárias. Para legalizar a

empresa é necessário registro junto a Junta Comercial ou Registro Civil das Pessoas

Jurídicas. Importante salientar que o a escolha do nome da Academia deve ser

realizada observando nomes idênticos e similares. Também é necessário registro

junto a Secretaria da Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda. O próximo

passo é obter o alvará de funcionamento junto a Prefeitura Municipal, ele assegura

que a empresa reúne os requisitos necessários para a realização da atividade, tanto

na questão técnica como na financeira para a execução da atividade.

Além das exigências apresentadas acima, é importante o conhecimento da

Legislação Municipal aplicada ao negócio. Abaixo seguem algumas dessas

legislações importantes para a atividade que se propõe o estabelecimento:

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a) Lei Federal 9.696/98 – Regulamenta a Profissão de Educação Física, que

estabelece que as Academias devam manter um Responsável Técnico e

Profissional da área;

b) Resolução CONFEF 52 (08/12/2002) – Dispõe sobre a estrutura física e

equipamentos para funcionamento de uma Pessoa Jurídica que presta serviços da

área de atividade física;

c) Resolução CONFEF 21 (21/01/2000) – Dispõe sobre a obrigatoriedade do

registro junto ao respectivo Conselho Regional de Educação Física;

De acordo com a Lei Complementar nº. 123/2006, caso a receita bruta da

Academia não supere 240.000,00 reais (sendo considerada uma Microempresa), ela

poderá optar pelo Sistema SIMPLES Nacional (Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições). Este sistema ainda pode ser devido pelas

Empresas de pequeno porte cuja receita não supere 2.400.000,00 reais. Conforme a

Lei Complementar 128/2008, as alíquotas do SIMPLES Nacional para atividade

analisada variam entre 17,5% e 22,9%, dependendo da receita bruta.

Através do Sistema de Tributação há a possibilidade do empreendedor

recolher os seguintes tributos e contribuições pelo Documento de Arrecadação do

Simples Nacional (DAS):

a) IRPJ (Imposto de renda da pessoa jurídica);

b) PIS (Programa de integração social);

c) COFINS (Contribuição para o financiamento da seguridade social);

d) CSLL (Contribuição social sobre o lucro);

e) INSS (Contribuição para Seguridade Social);

f) ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços).

4.1.3. Segmentação e Definição do Público Alvo

“Segmentação de mercado é o ato de dividir um mercado em grupos distintos

de compradores com diferentes necessidades e respostas” KOTLER (1996, p.257).

Ela é importante para a eficácia do plano de marketing, pois é através dela que o

Negócio filtra o mercado à procura de clientes potenciais. A segmentação no ramo

de Fitness é um conceito que surge cada vez mais intenso na busca por serviços e

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produtos exclusivos e personalizados, visando diferenciar-se frente a seus

concorrentes e aumentar a participação no mercado.

O público-alvo procurado para a Academia comporta todas as pessoas, de

todas as idades que buscam melhorar sua saúde e qualidade de vida, prevenção de

doenças, socialização e auto-realização que residam próximo ao local onde o

empreendimento será aberto, visto que o público deste tipo de negócio não costuma

se locomover para regiões muito distantes para praticar atividade física.

4.1.4. Concorrência

A concorrência direta do empreendimento é praticamente nula na região, já

que no município não se encontram empresas do setor de Fitness, o que contribui

para a probabilidade de sucesso do negócio. Indiretamente é possível prever como

concorrentes locais públicos como praças e ruas, podemos citar também as pessoas

que praticam exercícios em casa.

4.1.5. Posicionamento

O negócio deve posicionar-se como uma Academia voltada para a todas as

faixas etárias, buscando a excelência na qualidade de seus serviço com preço

acessível. Salienta-se que inicialmente, a empresa deve direcionar esforços de

marketing para a captação de novos clientes, aumentando sua divulgação. Para isto

foram definidas missão, visão, valores e o Slogan da academia:

• Missão: Contribuir para a melhoria da qualidade de vida e bem estar

dos alunos, através da prática de exercícios físicos com o acompanhamento de

profissionais capacitados.

• Visão: Buscar a melhor rentabilidade e o diferencial no mercado

de academias de musculação da região.

• Valores: Primar pela cortesia, transparência, respeito, ética,

honestidade, união e comunicação.

• “Sua saúde em primeiro lugar!”.

4.2. ESTRATÉGIAS DE MARKETING

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4.2.1. Produto/Serviço

O negócio objeto desse estudo oferecerá inicialmente o serviço de

musculação e ginástica para seus clientes, contando com auxilio profissional

capacitado, a gama pequena de serviços oferecidos inicialmente se dá pela falta de

instrutores e professores. Portanto o espaço a ser utilizado pelos clientes não

necessita ser exageradamente grande.

4.2.1.1. Estrutura Física

O imóvel a ser utilizado no negócio deverá possuir aproximadamente 300 m²

de área construída que serão divididos por segmentos descritos abaixo, observando

a necessidade de uma área total maior para que haja a possibilidade de implementar

um estacionamento. Como grande parte dos clientes de Academias utilizam-se da

caminhada como meio de transporte, essa área necessária para o estacionamento

pode ser pequena. O espaço interno do prédio utilizado contará com as seguintes

divisões:

• Recepção - A Recepção é o primeiro encontro do cliente com o

ambiente interno. A academia sempre deve ter alguém para conceder

informações, realizar pagamentos e controlar a entrada e saída dos clientes.

• Vestiário masculino e feminino - Os vestiários devem possuir espaço

físico de aproximadamente 20m² cada, contendo 2 chuveiros, 3 vasos sanitários e 2

pias cada. Também devem possuir armários para a possibilidade dos clientes

guardarem seus pertences pessoais com segurança.

• Sala de musculação - Este é o local onde estão os aparelhos e deve

possuir ventilação adequada, ou seja, sistema de ar condicionado auxiliado por

ventiladores. De acordo com o SEBRAE , cada indivíduo numa academia deve

possuir cerca de 2,25m² para ter um bom desenvolvimento de suas atividades.

• Sala para atividades físicas - Esta sala é destinada para atividades

aeróbicas, também pode ser utilizada para aquecimento e treinamento diferenciado

para alguns clientes.

4.2.1.2. Horário de Atendimento

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O horário de atendimento previsto será de segunda-feira à sexta-feira das

05:30 às 21:00, pois e sábado das 07:00 as 11:00. Com esse horário espera-se

atender pessoas que possuem diferentes horários de trabalhos, aumentando a

quantidade de clientes no negócio. Caso algum dos horários venha a ficar ocioso o

período de atendimento poderá ser alterado.

4.2.2. Preço

A definição do preço do serviço ofertado irá passar por dois fatores: os custos

e o preço praticado no mercado em que se pretende inserir o empreendimento. Para

isto, terão que ser analisados cuidadosamente os custos fixos e variáveis do

negócio, os quais serão estudados e apresentados no plano financeiro do trabalho.

Será utilizado também como base o preço cobrado por empresas semelhantes,

porem inicialmente será de aplicado um preço de penetração para que seja possível

cobrir parte dos custos e criar uma carteira de clientes. O preço usado para calculo

será de cem reais no primeiro ano, cento e dez no segundo, cento e vinte no terceiro

e centro e trinta reais no quarto ano de atividade e assim por diante.

4.2.3. Praça

A escolha do local da academia foi feita através de uma análise nos locais

disponíveis para locação em bairros e centro do município. Diversos fatores

influenciaram na escolha, entre eles acessibilidade, diversidade de comércio e maior

concentração do público alvo. O estudo revelou que a academia deverá ser montada

no centro da cidade pelo fato de estar mais próxima ao hospital, farmácias,

lanchonetes, agencias bancárias, além de que no local preposto os clientes poderão

ir a pé, já que todas as ruas possuem boas calçadas e iluminação.

Para calcular o valor médio de preço do aluguel do imóvel a ser locado, foi

feito um levantamento dos imóveis comerciais disponíveis para locação, com

variação de área entre 200m² e 400m², utilizando-se de conversas com os

proprietários dos imóveis já que não possuímos imobiliárias ou caderno de preços

de imóveis na cidade. Dos locais estudados foram somados os valores de seus m² e

divididos pela soma dos respectivos aluguéis, resultando no valor médio de 5 reais

por m². Logo, o valor da locação será o preço do m² (R$ 5,00) multiplicado pelo

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espaço físico necessário (300m²), que contabiliza R$ 1.500,00 como o preço do

aluguel.

4.2.4. Promoção

Este é um tópico de extrema importância para a realização e sucesso do

negócio, visto que se torna um grande diferencial para os seus clientes e para

captação de novos clientes. A promoção se dará via distribuição de flyers em locais

e horários de grande circulação de pessoas. Anúncio junto a emissoras de radio e

TV locais bem como jornal de grande circulação também serão de grande

importância para a disseminação do Negócio. Poderão ser firmados convênios com

comerciantes locais. O negócio utilizará algumas vantagens para que clientes

potenciais inscrevam-se na academia e criem laços de fidelidade com a mesma.

Assim algumas propostas para captação e fidelização estão descritas abaixo:

a) Será disponibilizado um dia de teste para que os clientes interessados

possam experimentar do serviço ofertado;

b) Para captação de novos alunos, serão fornecidos descontos aos clientes

que atraírem outros para a academia;

c) Será criado um site da academia contendo informações claras e concisas

sobre o serviço oferecido, com um espaço para depoimentos de clientes e

esclarecimento de dúvidas.

4.2.5. Análise SWOT

A Análise SWOT ou Análise FOFA ou FFOA (Forças, Fraquezas,

Oportunidades e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para fazer

análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e

planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a

sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário. Após

descrição seguimos com a análise SWOT do negócio:

• Forças: Pessoal capacitado: os profissionais contratados serão filtrados

para que a sua escolha proporcione tranqüilidade aos clientes e conhecimento na

parte física.

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• Fraquezas: Médio valor de investimento: o investimento inicial para

aparelhagem e abertura da academia é razoavelmente elevado, necessitando de um

capital alto para se manter no mercado.

• Oportunidades: a) Busca das pessoas por uma saúde melhor: a

conscientização referente à importância da atividade física para a prevenção de

doenças cada vez mais é destacada pela mídia, médicos e nutricionistas; b) Negócio

novo no mercado local, não existe concorrente ou empresa que ofereça serviço

similar.

• Ameaças: a) Alta rotatividade: com os estudos realizados sobre o

assunto percebemos que a rotatividade de clientes em academias é alta, tendo em

vista que é uma atividade que despende tempo, sendo necessária motivação para

continuar realizando-a.

4.2.6. Pessoal

Para este plano de negócios partimos da premissa que os investidores sejam

o gerente-administrador e professor de educação física, cabendo a eles a função de

planejamento e organização da Academia. Dessa forma, para compor o quadro de

funcionários, inicialmente teriam que ser contratados:

a) Duas recepcionistas, tendo em vista que o horário de atendimento da

Academia possuirá quinze horas e meia de funcionamento. Assim, será contratado

um profissional que trabalhe 8 horas e um estagiário de curso técnico em

secretariado para trabalhar mais 6 horas. Os horários em que estes profissionais

estiverem em descanso os sócios suprirão os serviços;

b) Um profissional para Serviços gerais de Manutenção e Limpeza, que

trabalhará em horários alternados, novamente, se necessário os sócios auxiliarão

nos serviços. Os treinamentos ocorrerão ao decorrer do trabalho dos funcionários a

fim de que supram as características necessárias de cada profissional, supondo que

a seleção e recrutamento sejam rigorosos e indiquem profissionais competentes

para exercer os cargos almejados.

4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA

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Esta seção compreende a análise econômico-financeira do projeto, que inclui

o investimento inicial, previsões de vendas, despesas operacionais, depreciação e

mão de obra. Após utilizaremos as técnicas de orçamento de capital relacionadas na

revisão teórica para analisar o retorno do projeto.

4.3.1. Investimento Inicial

O investimento inicial refere-se à adequação do ambiente alugado para a

perfeita funcionalidade de todos seus ambientes, através de reformas e pintura,

aquisição de equipamentos e mobília, entre outros do gênero. Seus preços foram

pesquisados entre lojas locais e pesquisas na internet. Abaixo seguem o

detalhamento dos valores desta adequação conforme cada ambiente:

4.3.2. Despesas pré-operacionais

Despesas pré-operacionais são todas as despesas necessárias para

organização ou ampliação de empresas, inclusive aquelas de cunho administrativo.

Logo, a pintura dos ambientes e a reforma dos mesmos, como instalações as

instalações elétricas e encanamento são consideras despesas pré-operacionais.

Para ser calculado seu custo foi solicitado orçamentos para três

especialistas, o qual incluía ajustes na infra-estrutura, pintura interna, externa,

adequação elétrica e de encanamento para os ambientes. O valor médio dos

orçamentos foi de R$ 7.500,00 incluindo mão-de-obra e os materiais necessário. O

valor é baixo já que o prédio está em boas condições e poucas mudanças são

necessárias para instalação da academia.

Tabela 01 – Investimento inicial (Reformas e Pintura)

DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS VALOR REFORMA E PINTURA R$ 7.500,00

Fonte: Autor

4.3.3. Móveis e utensílios

Listamos abaixo os principais móveis e utensílios programados para abertura

do negócio. Destinamos também R$ 1.800,00 para investimentos diversos, conforme

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o ajuste necessário entre o ambiente e os móveis e utensílios necessários. Eles

foram pesquisados no comércio local e na Internet na busca por produtos novos,

gerando preços médios de mercado.

Tabela 02 – Móveis e Utensílios.

MOVEIS E UTENSILIOS QUANT. PREÇO TOTAL

Bancos sem encosto para vestiário 2 R$ 150,00 R$ 300,00

Armários para vestiários c/20 portas 2 R$ 300,00 R$ 600,00

Espelho 2mx4m 3 R$700,00 R$ 2.100,00

Prateleiras 2 R$ 50,00 R$ 100,00

Cadeiras p/ escritório 2 R$ 180,00 R$ 360,00

Armário p/ escritório 1 R$ 250,00 R$ 250,00

Outros - R$ 1.800,00 R$ 1.800,00

TOTAL: R$ 5.510,00

Fonte: Autor

4.3.4. Máquinas e equipamentos de ginástica e musculação

Os aparelhos de ginástica foram pesquisados em diversos fornecedores e,

por se tratarem de equipamentos mais sofisticados, possuem um valor maior do que

os aparelhos normalmente utilizados em Academias. Essa pesquisa procurou fixar

preços concretos e mais perto possíveis da realidade dos aparelhos ofertados.

Tabela 03 – Maquinas e Equipamentos Ginástica/Musculação

DESCRIÇÃO ITEM QUANT. PREÇO TOTAL

Esteiras Ergonométricas 4 R$ 1.890,00 R$ 7.560,00

Bicicleta Vertical 2 R$ 1.560,00 R$ 3.120,00

Bicicleta Horizontal 2 R$ 1.538,00 R$ 3.076,00

Elíptico 1 R$ 3.320,00 R$ 3.320,00

Adutor/Abdutor Maquina 1 R$ 2.420,00 R$ 2.420,00

Banco Supino Multi 2 R$ 1.310,00 R$ 2.620,00

Bíceps e Tríceps Polia Maquina 1 R$ 1.610,00 R$ 1.610,00

Torre Multiexercicios Maquina 1 R$ 3.035,00 R$ 3.035,00

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Puxador Vertical Costas Maquina 1 R$1.690,00 R$ 1.690,00

Remo Sentado Peito Articulado 1 R$ 1.760,00 R$ 1.760,00

Anilha Vazada Emborrachada (Kg) 250 R$ 6,20 R$ 1.550,00

Anilha Vazada (Kg) 180 R$ 4,20 R$ 756,00

Barra Cromada com Presilhas 1,2 M 2 R$ 112,00 R$ 224,00

Barra Cromada com Rosca 0,4 M 4 R$ 45,00 R$ 180,00

Halter Pintado (Kg) 150 R$ 4,10 R$ 615,00

Suporte Halteres 2 R$ 450,00 R$ 900,00

Colchonetes 94x58xx5 10 R$ 28,00 R$ 280,00

Tornozeleiras (Par) 20 R$ 29,50 R$ 590,00

Trampolim 5 R$ 175,00 R$ 875,00

Outros Equipamentos/Acessórios - R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

TOTAL R$ 37.181,00

Fonte: Autor

4.3.5. Máquinas e Equipamentos Totais

Aqui, vemos as máquinas e equipamentos planejados. Além dos

exclusivamente destinados às atividades de ginástica.Compreende equipamentos

côo ar condicionado, ventiladores, bebedouros, sistema áudio e vídeo para as salas

de atividades, bem como placas de propaganda a ser instalada no exterior da

Academia.

Tabela 04 – Maquinas e Equipamentos Totais

DESCRIÇÃO ITEM QUANT. PREÇO TOTAL

Maquinas/Equipamentos Ginástica - - R$ 37.181,00

Condicionador de Ar 15.000 Btus 3 R$ 1.690,00 R$ 5.070,00

Ventiladores Articulados 5 R$ 182,00 R$ 910,00

Televisor 1 R$ 1.380,00 R$ 1.380,00

Bebedouro 1 R$ 780,00 R$ 780,00

Placa de Propaganda 1 R$ 800,00 R$ 800,00

Outros 1 R$ 500,00 R$ 500,00

TOTAL R$ 46.621,00

Fonte: Autor

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4.3.6. Computadores e Periféricos

Este segmento compreende os computadores e a impressora necessária para

a recepcionista realizar o cadastro dos clientes, importante para o controle gerencial

do negócio. Através desse controle será possível verificar o crescimento das vendas

e dos custos mensais e anuais entre outros, realizando ajustes quando necessário.

Tabela 05 – Computadores e Periféricos

DESCRIÇÃO ITEM QUANT. PREÇO TOTAL

Notebook 1 R$ 1.380,00 R$ 1.380,00

Computador 1 R$ 980,00 R$ 980,00

Impressora Multifuncional 1 R$ 520,00 R$ 520,00

TOTAL R$ 2.880,00

Fonte: Autor

4.3.7. Capital de Giro

Para definição do capital de giro necessário para a abertura da Empresa,

foram levados em conta todos os meses em que a Academia operará no prejuízo, e

seu somatório é o valor de capital de giro desembolsado até que a empresa comece

a gerar lucro. O valor estimado de capital de giro é de R$ 15.000,00 sendo utilizado

recurso próprio, sem contratação de empréstimos ou financiamentos.

A tabela abaixo representa os investimentos necessários para a

implementação do negócio. Além dos investimentos em imobilizado e as despesas

pré-operacionais, será acrescentado o valor estimado para capital giro.

Tabela 06 – Investimento Inicial

DESCRIÇÃO VALOR

Despesas Pré Operacionais R$ 7.500,00

Móveis e Utensílios R$ 5.510,00

Máquinas e Equipamentos R$ 46.621,00

Computadores e Periféricos R$ 2.880,00

Capital de Giro R$ 15.000,00

TOTAL INVESTIMENTO R$ 77.511,00

Fonte: Autor

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4.3.8. Depreciação

A depreciação de máquinas e equipamentos e de móveis e utensílios

contabiliza 10% anualmente, enquanto que a depreciação de computadores e

periféricos contabiliza 20% ao ano.

Tabela 07 – Depreciação

ITEM VALOR TAXA DEP. VALOR ANUAL

Maquinas e Equipamentos R$ 46.621,00 10 % R$ 4.662,10

Móveis e Utensílios R$ 5.510,00 10% R$ 551,00

Computadores e Periféricos R$ 2.880,00 20% R$ 576,00

TOTAL ANUAL R$ 5.789,10

Fonte: Autor

4.3.9. Planejamento De Vendas

De acordo com o SEBRAE, cada indivíduo necessita de 2,25m² para realizar

uma atividade física segura. Dessa forma, dividindo os estimados 160m² por essa

unidade de medida, chega- se ao resultado de 71 pessoas possíveis ao mesmo

instante na Academia. Levando em consideração a taxa máxima de ocupação de

70% (retirando os espaços nulos gerados pela aparelhagem) obtemos o valor de 50

pessoas presentes concomitantemente na Academia. Entretanto, é necessário um

espaço razoável para locomoção dos clientes durante os exercícios físicos, que

calculamos de 50%. Dessa forma, reduzimos o número máximo de pessoas

presentes ao mesmo tempo na academia para 25. Supondo que cada cliente utilize

a Academia por 1 hora e meia e sabendo que a Academia fica aberta 15,5 horas

diárias, conclui- se que a capacidade máxima diária de pessoas na sala de

musculação é 258.

Já na sala de atividades físicas, por não possuir a mesma quantidade de

aparelhagem da sala de musculação, possui a taxa de ocupação de 80%. Assim,

dividindo os estimados 60m² pelos 2,25m² obtemos o número de 26 pessoas

realizando atividades nesse ambiente ao mesmo tempo. Multiplicando esse número

pelos 80% da taxa de ocupação chegamos a uma capacidade máxima de 20

pessoas presentes concomitantemente na sala de atividades específicas, sabendo

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que a utilização média de tempo por pessoa na sala de ginástica é também 1,5

horas temos capacidade diária de atender 207 pessoas.

Levando em consideração que os clientes farão exercícios em média 3 vezes

por semana chegamos à conclusão que teremos, ao utilizar o limite da capacidade

de espaço, aproximadamente 775 pessoas praticando atividades físicas. Chegamos

a essa conclusão multiplicando o numero diário de pessoas (465 –

musculação+aeróbica) pelos dias úteis da semana (5 – segunda a sexta) dividindo

pela quantidade de vezes que cada cliente pratica exercícios na semana (3). Temos

então 465x5/3=775, o sábado não foi considerado pelo pequeno período que a

academia estará aberta.

Estimamos, pelos equipamentos e atendimento a serem oferecidos para os

clientes e levando em consideração o preço praticado no mercado, o valor da

mensalidade no primeiro ano em R$ 100,00, aumentando R$ 10,00 a cada ano, ou

seja, no segundo ano o valor da mensalidade vai para R$ 110,00, no terceiro ano

para R$ 120,00, e assim sucessivamente.

O planejamento de vendas foi desenvolvido de formal mensal e são

apresentados os quatro primeiros anos de atividade da Empresa. Para o início da

atividade, foi considerado que a Academia atrairá 5% de sua capacidade máxima no

primeiro mês, 39 clientes. Levando em conta o maior investimento em marketing e

reconhecimento do empreendimento estimou-se um aumento mensal de clientes em

10% no primeiro ano, 5% no segundo ano, 2,5% no terceiro ano e 1,25% no quarto

ano de atividade.

Segue tabela com projeção de venda para os primeiros 48 meses de

atividade da academia levando em consideração a capacidade estimada inicial e os

aumentos progressivos no decorrer do tempo:

Tabela 08 – Projeção de vendas

MÊS NUMERO DE CLIENTES VALOR MENSALIDADE RECEITA MENSAL Mês 1 39 R$ 100,00 R$ 3.900,00 Mês 2 43 R$ 100,00 R$ 4.300,00 Mês 3 47 R$ 100,00 R$ 4.700,00 Mês 4 52 R$ 100,00 R$ 5.200,00 Mês 5 57 R$ 100,00 R$ 5.700,00 Mês 6 63 R$ 100,00 R$ 6.300,00 Mês 7 69 R$ 100,00 R$ 6.900,00 Mês 8 76 R$ 100,00 R$ 7.600,00 Mês 9 84 R$ 100,00 R$ 8.400,00 Mês 10 92 R$ 100,00 R$ 9.200,00 Mês 11 101 R$ 100,00 R$ 10.100,00

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Mês 12 111 R$ 100,00 R$ 11.100,00 Mês 13 117 R$ 110,00 R$ 12.870,00 Mês 14 123 R$ 110,00 R$ 13.530,00 Mês 15 129 R$ 110,00 R$ 14.190,00 Mês 16 135 R$ 110,00 R$ 14.850,00 Mês 17 142 R$ 110,00 R$ 15.620,00 Mês 18 149 R$ 110,00 R$ 16.390,00 Mês 19 157 R$ 110,00 R$ 17.270,00 Mês 20 164 R$ 110,00 R$ 18.040,00 Mês 21 173 R$ 110,00 R$ 19.030,00 Mês 22 181 R$ 110,00 R$ 19.910,00 Mês 23 190 R$ 110,00 R$ 20.900,00 Mês 24 200 R$ 110,00 R$ 22.000,00 Mês 25 205 R$ 120,00 R$ 24.600,00 Mês 26 210 R$ 120,00 R$ 25.200,00 Mês 27 215 R$ 120,00 R$ 25.800,00 Mês 28 221 R$ 120,00 R$ 26.520,00 Mês 29 226 R$ 120,00 R$ 27.120,00 Mês 30 232 R$ 120,00 R$ 27.840,00 Mês 31 238 R$ 120,00 R$ 28.560,00 Mês 32 243 R$ 120,00 R$ 29.160,00 Mês 33 250 R$ 120,00 R$ 30.000,00 Mês 34 256 R$ 120,00 R$ 30.720,00 Mês 35 262 R$ 120,00 R$ 31.440,00 Mês 36 269 R$ 120,00 R$ 32.280,00 Mês 37 272 R$ 130,00 R$ 35.360,00 Mês 38 276 R$ 130,00 R$ 35.880,00 Mês 39 279 R$ 130,00 R$ 36.270,00 Mês 40 282 R$ 130,00 R$ 36.660,00 Mês 41 286 R$ 130,00 R$ 37.180,00 Mês 42 290 R$ 130,00 R$ 37.700,00 Mês 43 293 R$ 130,00 R$ 38.090,00 Mês 44 297 R$ 130,00 R$ 38.610,00 Mês 45 301 R$ 130,00 R$ 39.130,00 Mês 46 304 R$ 130,00 R$ 39.520,00 Mês 47 308 R$ 130,00 R$ 40.040,00 Mês 48 312 R$ 130,00 R$ 40.560,00

Fonte: Autor

4.3.10. Despesas

As despesas crescem conforme o passar dos anos, tendo em vista o

crescimento do número de clientes e conseqüentemente do consumo. Dessa forma,

as taxas de crescimento das despesas diferem-se, explicitadas abaixo:

a) Aluguel: o imóvel a ser alugado deverá possuir contrato com duração de

quatro anos, com reajuste anual de 6,52% (IPCA acumulado dos últimos 12 meses);

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b) Seguros: serão reajustados 6,52% (IPCA acumulado dos últimos 12

meses) a cada ano e referem-se aos seguros contra incêndio, roubo ou furto de

equipamentos, quebra de vidros e demais atividades do gênero;

c) Marketing: o aumento destinado ao marketing justifica-se pela elevação de

preços para elaboração de flyers, divulgação em radio e TV, ou seja, 6,52% ao ano.

(IPCA acumulado dos últimos 12 meses);

d) Contador: a previsão de 6,52% tende a cobrir os aumentos sucessivos

causados pela inflação;

e) Energia Elétrica: como ocorrem reajustes nas faturas de energia alem da

infração, estimamos um reajuste maior, chegando a uma taxa de 10% ao ano;

f) Material de limpeza e material de expediente, quanto maior a utilização da

Academia, maior custo com a limpeza dos ambientes e de utilização dos materiais

de expediente; logo, utilizamos a taxa de 10% ao ano.

g) Mão de obra: Será corrigida anualmente de acordo com o IPCA, porém

devemos considerar que outros reajustes salariais poderão ser efetuados, portanto

estimaremos em 10% o reajuste anual com mão de obra.

h) Outros: muitas despesas aparecem durante a implementação do projeto.

Logo, é importante que se reserve um valor para pagamento de despesas não

planejadas, impostos e possíveis mudanças no mercado. Para seu crescimento

utilizamos o acumulado dos últimos doze meses do Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo que é de 6,52% ao ano.

Segue tabela contendo as principais despesas do negócio e sua evolução nos

primeiros quatro anos de atividade, bem como a taxa aplicada nos reajustes anuais

para cada uma das despesas em questão:

Tabela 09 – Despesas

DESPESA ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANUAL

Aluguel R$ 18.000,00 R$ 19.173,60 R$ 20.423,72 R$ 21.755,35 6,52%

Seguros R$ 1.300,00 R$ 1.384,76 R$ 1.475,05 R$ 1.571,22 6,52%

Marketing R$ 6.000,00 R$ 6.391,20 R$ 6.807,91 R$ 7.251,78 6,52%

Contador R$ 3.000,00 R$ 3.195,60 R$ 3.403,95 R$ 3.625,89 6,52%

Energia R$ 7.500,00 R$ 8.250,00 R$ 9.075,00 R$ 9.982,50 10,00%

Limpeza/Exp R$ 5.000,00 R$ 5.500,00 R$ 6.050,00 R$ 6.655,00 10,00%

Mão de obra R$ 42.000,00 R$ 46.200,00 R$ 50.820,00 R$ 55.902,00 10,00%

Outros R$ 2.000,00 R$ 2.130,40 R$ 2.269,30 R$ 2.417,26 6,52%

TOTAL R$ 84.800,00 R$ 92.225,56 R$ 100.324,93 R$ 109.161,00 - Fonte: Autor

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4.3.11. Fluxo De Caixa

Assim como as despesas e projeção de vendas, o fluxo de caixa foi elaborado

para os quatro primeiros anos de atividade. Para sua elaboração foram

considerados o investimento inicial, o capital de giro, o planejamento de vendas, as

despesas operacionais, depreciação e o custo de mão de obra. Os custos

aumentam com o tempo de abertura da empresa até a estabilização dos custos e da

receita. Para melhor entendimento seguem tabelas com as receitas estimadas,

seguida com tabela contendo o fluxo de caixa dos primeiros quatro anos:

Tabela 10 – Receitas Estimadas

RECEITAS

ANO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4

Mensalidades R$ 83.400,00 R$ 204.600,00 R$ 339.240,00 R$ 455.000,00

TOTAL R$ 83.400,00 R$ 204.600,00 R$ 339.240,00 R$ 455.000,00 Fonte: Autor

Tabela 11 – Fluxo de caixa

ANO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4

ENTRADAS

Mensalidades R$ 83.400,00 R$ 204.600,00 R$ 339.240,00 R$ 455.000,00

TOTAL R$ 83.400,00 R$ 204.600,00 R$ 339.240,00 R$ 455.000,00

SAIDAS

Aluguel R$ 18.000,00 R$ 19.173,60 R$ 20.423,72 R$ 21.755,35

Seguros R$ 1.300,00 R$ 1.384,76 R$ 1.475,05 R$ 1.571,22

Marketing R$ 6.000,00 R$ 6.391,20 R$ 6.807,91 R$ 7.251,78

Contador R$ 3.000,00 R$ 3.195,60 R$ 3.403,95 R$ 3.625,89

Energia R$ 7.500,00 R$ 8.250,00 R$ 9.075,00 R$ 9.982,50

Mat.Limpeza/Exp. R$ 5.000,00 R$ 5.500,00 R$ 6.050,00 R$ 6.655,00

Mão de obra R$ 42.000,00 R$ 46.200,00 R$ 50.820,00 R$ 55.902,00

Depreciação R$ 5.789,10 R$ 5.173,22 R$ 4.629,52 R$ 4.142,95

Outros R$ 2.000,00 R$ 2.130,40 R$ 2.269,30 R$ 2.417,26

TOTAL R$ 90.589,10 R$ 97.398,78 R$ 104.954,45 R$ 113.303,95

SALDO DO ANO -R$ 7.189,10 R$ 107.201,22 R$ 234.285,55 R$ 341.696,05

SALDO ANTERIOR -R$ 77.511,00 -R$ 84.700,00 R$ 22.501,22 R$ 256.786,77

ACUMULADO -R$ 84.700,10 R$ 22.501,22 R$ 256.786,77 R$ 598.482,82 Fonte: Autor

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4.3.12. Calculo De Orçamento De Capital

Após termos montado as tabelas dos investimentos e custos bem como da

projeção de vendas e respectivo fluxo de caixa, é possível calcular o retorno sobre o

capital investido. Essa análise será elaborada através dos métodos descritos na

revisão teórica deste trabalho e possibilitará inferir sobre a viabilidade do negócio.

4.3.13. Período do Retorno do Investimento (Payback)

Tabela 12 – Payback Anual

ANO FLUXO SALDO

Ano 0 0,00 -R$ 77.511,00

Ano 1 -R$ 7.189,10 -R$ 84.700,10

Ano 2 R$ 107.201,22 R$ 22.501,22

Ano 3 R$ 234.285,55 R$ 256.786,77

Fonte: Autor

Através da entrada do fluxo de caixa podemos inferir que o período de retorno

do investimento está no segundo ano de funcionamento do negócio. Também é

possível concluir que no primeiro ano temos um fluxo de caixa negativo, algo

previsível para um empreendimento novo. Entretanto, no segundo ano o fluxo de

caixa chega a R$ 107.201,22 e no terceiro ano o fluxo de caixa atinge R$

234.786,77.

A fim de detalharmos o mês em que o retorno do investimento acontece,

iremos dividir o fluxo de caixa do segundo ano pelos seus doze meses, conforme a

tabela abaixo:

Tabela 13 – Payback Mensal

MÊS FLUXO SALDO Mês 25 R$ 8.933,44 -R$ 75.766,67 Mês 26 R$ 8.933,44 -R$ 66.833,23 Mês 27 R$ 8.933,44 -R$ 57.899,80 Mês 28 R$ 8.933,44 -R$ 48.966,36 Mês 29 R$ 8.933,44 -R$ 40.032,93 Mês 30 R$ 8.933,44 -R$ 31.099,49

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Mês 31 R$ 8.933,44 -R$ 22.166,06 Mês 32 R$ 8.933,44 -R$ 13.232,62 Mês 33 R$ 8.933,44 -R$ 4.299,19 Mês 34 R$ 8.933,44 R$ 4.634,25

Mês 35 R$ 8.933,44 R$ 13.567,69 Mês 36 R$ 8.933,44 R$ 22.501,12

Fonte: Autor

Logo, concluímos que o retorno do investimento ocorre ao final do segundo

ano, mais precisamente no seu décimo mês, ou seja, seu Payback é de dois anos e

dez meses.

4.3.14. Valor Presente Líquido (VPL)

Para que seja calculado o valor presente líquido do projeto, considerou-se a

taxa mínima de atratividade igual ao acumulado esperado da caderneta de

poupança para o período entre maio de 2013 e abril de 2014, que corresponde a

6,4%. Sendo assim o Valor Presente Liquido do Investimento é R$ 75.832,73.

4.3.15. Taxa Interna de Retorno (TIR)

O cálculo da taxa interna de retorno baseia-se na tentativa e erro até que se

encontre uma taxa de desconto que iguale o investimento inicial despendido aos

fluxos de caixa futuros. Dessa forma, a taxa interna de retorno é 25,21%.

4.3.16. Resumo para Análise

Concluídos os cálculos, temos os dados que possibilitam a análise de

viabilidade do investimento. Os dados obtidos foram ordenados como segue na

tabela abaixo:

Tabela 14 - Resumo

PAYBACK VPL TIR

2 Anos e 10 Meses R$ 75.832,73 25,21% a.a.

Fonte: Autor

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4.4. ANÁLISE DOS DADOS

O cenário analisado no projeto apresentou um tempo de Payback de dois

anos e dez meses. Seu VPL é positivo de R$ 75.832,73 e sua TIR é de 25,21% a.a.

Com os dados apresentados podemos afirmar que o investimento é viável

economicamente, pois gera riqueza ao investidor ao apresentar VPL positivo e

apresentar uma taxa interna de retorno maior que a taxa mínima de atratividade.

Além do mais, comparado com os demais investimentos possíveis no

mercado, o investimento no negócio é mais lucrativo. O mesmo valor do

investimento inicial (R$ 77.511,00) aplicado na poupança a uma taxa média de 6,4%

a.a. rende ao final de doze meses o montante de R$ 4.960,70, enquanto que, ao se

investir no negócio proposto ao longo do mesmo período com a TIR encontrada

(25,21%) rende R$ 19.036,32. Portanto, segundo os dados analisados e

informações recolhidas a abertura de academia de musculação e ginástica no

município de Cotriguaçu – MT é viável e muito lucrativa.

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CONCLUSÃO

A análise de viabilidade econômico-financeira da criação de uma Academia

de musculação e ginástica foi estudada de forma concreta neste trabalho. O trabalho

foi elaborado minuciosamente de forma a contemplar todos os custos da atividade,

projeções de vendas e cenário que refletissem o mais perto possível da realidade.

Para que os objetivos deste trabalho fossem atingidos, foi necessário elaborar

um plano de marketing concreto. Através dele foi possível estruturar o negócio,

analisar concorrentes e gerar diretrizes e estratégias a serem seguidas. Também

possibilitou verificar as forças e as fraquezas internas e as oportunidades e ameaças

que o ambiente proporciona. Com o plano de marketing pronto, elaborou-se um

plano financeiro que projetou receitas, pesquisou custos e analisou a viabilidade ou

não do empreendimento.

Os indicadores presentes neste trabalho comprovaram que o investimento no

negócio proposto é viável financeiramente. Apesar do período de retorno do

investimento ser de quase três anos, caracterizando um risco ao investidor, o

negócio apresenta VPL e TIR interessantes para sua implementação.

Por fim, espero que este trabalho possa servir como um guia para futuros

empreendedores ou estudiosos que queiram aperfeiçoá-lo ou adaptá-lo a suas

necessidades. Mais importante que do que seguir esse manual é a habilidade do

empreendedor utilizá-lo como um guia e realizar os ajustes necessários na busca do

sucesso.

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REFERÊNCIAS

BIAGIO, Luiz Arnaldo; BATOCCHIO, Antonio. Plano de Negócios: Estratégia para micro e Pequenas Empresas. Barueri: Manole, 2005. CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. São Paulo: Atlas, 2004. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 5ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 2001. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12ª Edição. São Paulo: Pearson, 2010. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 1996. PORTAL NEGOCIO FITNESS. Informe Local. <http://www.negociofitness.com.br/ gestao-de-academias> Acesso em: 06 de Julho de 2014. SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Informe local. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br>. Acesso em: 06 de Julho de 2014.