aguilar, de diadema, celebra · frequentam as aulas do movimento de alfabetização (mova-abc), ......

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Colagem da aluna Suzana

Aguilar, de Diadema, celebra

a alegria do mundo com o

qual sonhamos. Seu trabalho

foi o vencedor na categoria

desenho, de 5ª a 8ª séries,

no concurso do ano passado

om um concurso de redação e desenho,o Sindicato dos Metalúrgicos do ABCiniciou um diálogo com os alunos darede fundamental de ensino e do Movi-

mento de Alfabetização do ABC (MOVA-ABC) nasatividades do 1º de Maio de 2006. O objetivofoi despertar o valor da luta sindical e dos traba-lhadores como meio para conquista de melhorqualidade de vida.

Diante do êxito da iniciativa, para as atividadesdeste ano, os públicos foram ampliados e tere-mos a participação de todos os sindicatos filiadosà Central Única dos Trabalhadores - CUT - naregião do ABC. Além da participação dos alunosdo ensino fundamental e do MOVA- ABC no con-curso de redação e desenho, as atividades do 1º

de Maio terão a participação temática de jovens,mulheres, afro-descendentes, pessoas com defi-ciência e aposentados, que debaterão o tema emseminários específicos.

O concurso de redação e desenho será nova-mente realizado, desta vez com novos temas. Aintenção deste diálogo entre movimento sindicale sociedade é resgatar a memória do Dia do

Trabalhador como um marco de reflexão e açãoda sociedade por seus direitos e estimular o va-lor do trabalho como um bem social e para odesenvolvimento humano e econômico.

Com esse evento pretendemos despertar nosalunos o espírito crítico e criativo sobre a histó-ria dos trabalhadores, ressaltando os sentidos desolidariedade e coletividade.

Essa cartilha serve como orientação aos traba-lhos de todos os públicos envolvidos, especial-mente para professores e pais estimularem nos-sos alunos ao debate.

Aos professores eeducadores

Alguns dos trabalhos selecionados no

concurso do ano passado

ÍNDICE

O futuro do trabalho e o trabalhador do futuro

Olhares sobre o trabalho

Os temas do concurso de redação e desenho

1º de Maio é um momento privilegiado para o debate

Trabalhar menos, viver mais

1º de Maio - o dia da ação revolucionária

O movimento operário mudando o Brasil

A nova fase do capitalismo

Regulamento do 2º concurso de redação e desenho

O futuro do trabalho e o trabalhador do futuro

Dia dos Trabalha-

dores é um mo-mento oportunopara as reflexões

sobre o futuro do trabalho apartir dos olhares de crianças,jovens, pessoas com deficiência,mulheres, negros e idosos.O primeiro olhar sobre o temaé da crianças. Saber delas o quegostariam de ser no futuro.Outra reflexão é a dos jovens,mulheres, pessoas com deficiên-cia e negros. Quais são suasperspectivas de trabalho e devida.A CUT gostaria ainda que a so-

O tema escolhido para ascomemorações do 1º de Maio de2007 – Que futuro estamosconstruindo para o trabalho? – nosleva a uma reflexão sobre osignificado do próprio trabalho nasociedade contemporânea.

ciedade ouvisse os trabalhadores aposentados e secomprometesse com suas demandas pela ampliaçãoe melhoria da rede de proteção social e pela preser-vação da dignidade humana como valor civilizatóriofundamental.Por fim, qual avaliação os jovens e adultos que nãopuderam se alfabetizar no tempo adequado, e hojefrequentam as aulas do Movimento de Alfabetização(MOVA-ABC), fazem do seu trabalho atual e quaissão suas expectativas profissionais.O olhar direcionado para todas essas situações, aocontemplar momentos significativos da vida de umapessoa na sua trajetória pelo mundo do trabalho, abrea perspectiva de uma reflexão a ser feita de formamais ampla pela sociedade em torno da questãoemblemática: que futuro estamos construindo para o tra-

balho?

O que eu quero ser quando cres-

cer? Pergunta corriqueira na in-fância, sempre com a intençãode descobrir as perspectivas dascrianças em relação à profissãoque gostariam de ter quandoadultas.O debate entre escola, sindica-tos e poder público deve res-ponder questões como o nos-so compromisso enquanto pais,dirigentes sindicais, políticos,professores ou simples cida-

dãos, com a realização destes so-nhos.O que precisaria mudar na socie-dade brasileira para que esses so-nhos não sejam frustrados no fu-turo?O que precisaria mudarna sociedade brasileirapara que fossem assegu-radas a todas as criançasas mesmas oportunida-des em relação a sua so-nhada profissão?

A visão das crianças em relação aoseu futuro no mundo do trabalho

A visão dos jovens, mulheres, pessoascom deficiência e afro-descendentes

com o consequente aumentodas doenças ocupacionais;• a demanda incessante pornovas qualificações e• o preconceito que impede aigualdade de opor-tunidades.O debate tambémpoderá levar àbusca de propos-tas e alternativasque a sociedadedeverá criar parareverter as ten-dências apontadasanteriormente.Outro aspecto é opapel que cabeaos próprios tra-balhadores e aossindicatos parapromover essasmudanças.

Seguindo a linha anterior,queremos também envol-ver esses grupos no debatesobre as condições que es-tão sendo criadas para oseu ingresso e permanên-cia no mercado de trabalho.O objeto dessa reflexão sãoos processos que caracte-rizam a crescente precari-zação do trabalho no Bra-sil. Poderão ser abordadasquestões como:• o crescimento do desem-prego,• o aumento do trabalhoparcial e do trabalho tem-porário,• o crescimento da terceiri-zação e a perda de direitostrabalhistas fundamentais,• a intensificação do ritmoe do estresse no trabalho,

A participação dos alunosdo Movimento de Alfabe-tização do ABC no con-curso de redação e dese-nho tem um significado

especial. Trata-se de levar um debate sobreo mundo do trabalho a um segmento dapopulação — jovens maiores de 15 anos eadultos —, que não tiveram acesso à alfa-betização na idade apropriada.Abrir-lhes a participação no evento de

O olhar sobre a situação dos idosos e asdificuldades que enfrentam no presente, de-pois de uma longa trajetória de trabalho,constitui outro eixo de debates sobre o fu-turo do trabalho.

Apesar dos da-dos apresenta-rem melhora emrelação ao passa-do, a situação atu-al dos idosos éruim e incertapara muitos. Arede de proteçãosocial existenteatende precaria-mente aposen-tados e pen-sionistas, dei-xando de ladoparte significa-tiva dos ido-sos.Este quadro

se torna maispreocupante se

considerarmos

1º de Maio é ainda uma maneira de con-tribuição com os objetivos do MOVA- ABC,que busca a integração e o engajamento dediversos setores da sociedade e do poderpúblico a uma educação para a cidadania.Cidadania, nesse caso, entenda-se como odireito ao trabalho regular e de qualidade.Deles queremos saber como o MOVA, aolhes revelar o significado das palavras, reve-la também o significado de um mundo dotrabalho em transformação.

que, sob o impacto das mudançasacontecidas na economia, as empresas pas-saram a desenvolver uma política de recur-sos humanos que tende a excluir trabalha-dores com mais de 45 anos.Esta visão de que os trabalhadores têm umavida útil cada vez mais curta tende a se alas-trar das empresas privadas para o conjuntoda sociedade, aumentando o preconceito ea discriminação contra as pessoas que vãoenvelhecendo.Esta situação, se colocada diante da ques-tão Que futuro estamos construindo para o tra-

balho? nos deixa frente a um cenário som-brio, que poderá ser a realidade da maioriadas pessoas.Trata-se de aprofundar a reflexão sobre adignidade do trabalhador como pessoa hu-mana e os valores civilizatórios que a so-ciedade deve preservar em relação ao tra-balho.Outros aspectos a serem abordados são asmelhorias que devem ser introduzidas narede de proteção social aos idosos e quemudanças culturais devem ocorrer na so-ciedade brasileira para que os idosos sejamrespeitados como cidadãos.

A visão dos idosos sobre a proteção socialdos trabalhadores

A visão dos integrantes do MOVA

Alunos do ensino fundamentalOs trabalhos passarão por três seleções. A pri-meira seleção vai escolher a melhor redação edesenho (valem também trabalhos de colagemou pintura) em sala de aula. A escola reunirá osescolhidos de cada sala e selecionará aquelesque serão encaminhados a uma ComissãoJulgadora do concurso. Cada autor escolhe umaredação ou um desenho.

MOVA-ABCOs trabalhos vindos das salas de aulas dos pro-gramas de alfabetização de jovens e adultos se-rão selecionados pela Coordenação do Movi-mento de Alfabetização do ABC (MOVA-ABC).

Jovens, mulheres, afro-descendentes epessoas com deficiênciaOs sindicatos da CUT farão um seminário con-junto que reunirá jovens, mulheres, afro-des-cendentes e pessoas com deficiência de váriascategorias profissionais para discutir o futurodo trabalho. Ao final do evento, eles deverãoapresentar redações e desenhos, resultado dodebate em cada segmento. Uma comissãojulgadora selecionará o melhor trabalho emcada categoria.

Trabalhadores aposentadosOs sindicatos também farão um seminário comos trabalhadores aposentados para refletir so-

Os temas do concurso de redação e desenho e dosseminários temáticos são os seguintes:

bre sua situação atual, depois de uma vida intei-ra dedicada ao trabalho. As conclusões do se-minário serão retratadas por redações e dese-nhos ao final do evento. Como para o grupoanterior, uma comissão escolherá o melhor tra-balho em cada categoria.

A premiaçãoSeis trabalhos no total serão premiados comcomputadores nas categorias redação e dese-nho e em três níveis de seleção. Serão dois com-putadores para alunos do 1º ao 5º ano, ou-tros dois para alunos do 6º ao 9º ano e doiscomputadores para alunos do MOVA.Os vencedores serão conhecidos dia 21 de abril,no evento de 1º de Maio na Sede do Sindicatodos Metalúrgicos do ABC.

Avaliação da universidadeOs trabalhos selecionados em cada uma destasatividades serão submetidos a uma banca de pro-fessores universitários nas cadeiras de ciênciassociais, economia, filosofia entre outras que es-tudam o mundo do trabalho. Essa banca fará umdiagnóstico que servirá de subsídios para um de-bate na própria universidade sobre o tema do1º de Maio de 2007: que futuro estamosconstruíndo para o trabalho? Ou seja, o que é ne-cessário mudar na sociedade para que todos bra-sileiros tenham acesso ao trabalho de qualidade,que corresponda a seus anseios e sonhos.

As fases de seleção

Veja regulamento completo na página 18

ornada e contratosde trabalho regula-mentados, organi-zação sindical e le-

gislações de saúde e segurança.Essas são algumas das garantiasmínimas que os trabalhadorestêm hoje.É pouco, porém representamavanços significativos em rela-ção ao que o capitalismo pla-nejou para classe trabalhadora.Há até 120 anos eram comunsjornadas de 16 horas, inclusivepara crianças, controle total doambiente de trabalho e atémultas para quem bebesse água,se lavasse ou assobiasse no lo-cal de trabalho. As relações detrabalho não tinham qualquertipo de regulação.Parar a máquina, jamais!Os trabalhadores, entretanto,sempre reagiram a essas condi-ções. Procuraram dar um sen-tido próprio ao trabalho e àsnovas formas de produção. Nes-se movimento questionam otipo de organização social e po-lítica que o trabalho, delineadono molde capitalista, imprimepara a humanidade.O 1º de Maio surge comocatalisador de todo questiona-mento e concretiza as lutas e aação política dos trabalhadorespara a transformação social. Nodecorrer dos anos, a data se fir-mou como um marco para no-vas reflexões sobre os sentidosdo trabalho e sua funçãoestruturante da sociedade.

1º de Maio é um momento privilegiado para o debate

A história de luta dos trabalhadores tem muitas liçõesa ensinar às próximas gerações. Uma delas é apontaros caminhos para vencer os desafios para uma reparti-ção justa dos progressos material e cultural produzi-dos pela própria sociedade. Outro ensinamento é aluta para preservar direitos mínimos, conquistados commuita luta e sangue por gerações anteriores.Conhecer essa história contribui com as reflexões quevão determinar a ação humana na organização das fu-turas relações de trabalho e sociais.

história

Das festas na antiguidade para comemorar a fartura das lavouras e arenovação da natureza, até a luta contra a escravidão e a luta dos operáriospor melhores condições de vida. A história mostra que o dia 1º de Maio

carrega os sentidos da transformação social, da revolução e da luta dostrabalhadores por liberdade.

Trabalhar menos, viver mais

história

Oito horas de lazer e educação!.Para o governo e os patrões a reivindicação era ab-surda. Eles diziam que se a jornada de trabalho fossemenor a economia afundaria. Por isto, as liderançasdos trabalhadores foram presas e perseguidas.No dia 1º de Maio de 1886, trabalhadores de váriasfábricas de Chicago, principal centro industrial ame-

ricano da época, abandonam seus postos de trabalho,juntaram-se aos seus familiares e fizeram uma mani-festação pacífica numa praça da cidade.O ato foi violentamente reprimido pela polícia. Seispessoas morreram, dezenas ficam feridas e centenassão presas.No dia 4 de maio de 1886, outra manifestação empraça pública pela redução da jornada é massacradapela ação policial. Uma bomba explode no meio da

luta pela redução dajornada de trabalhoé o ponto de parti-da para a origem do

1º de Maio, Dia dos Trabalhado-res. Em 1886 começa uma gre-ve nos Estados Unidos. A rei-vindicação era ajornada de traba-lho diária de oitohoras.Naquele tempoeram comuns asjornadas de tra-balho superaremas 16 horas diá-rias em váriaspartes do mun-do. Não haviamregu lamentosnas relações detrabalho no iní-cio da era indus-trial. Criançastrabalhavam nasfábricas a partirdos sete anos.Os acidentes de trabalho erampunidos com a demissão do aci-dentado. Não havia regras sala-riais.Os operários norte-americanosrecuperaram uma palavra de or-dem surgida na França muitosanos atrás: Oito horas de tra-balho! Oito horas de descanso!

multidão e 80 trabalhadores e10 policiais morrem, centenasficam feridos e oito sindicalis-tas são presos e condenados àforca um mês depois.Em 1889, trabalhadores reú-nem-se num congresso, em Pa-ris, e aprovam o 1º de Maio

como o um dia em que os tra-balhadores devem organizargrandes manifestações em seuspaíses reivindicando a reduçãoda jornada de trabalho.

Maio, o mês da paixão

revolucionária

O 1º de Maio nasceu de umadecisão política, com a intenção

1º de Maio - o dia da ação revolucionáriaA história da luta operária por melhores salários e melhores condições detrabalho é marcada por massacres, assassinatos, fuzilamentos e todo tipode repressão contra os trabalhadores por parte da elite.Se hoje existe uma jornada de trabalho regulamentada e outros direitosdevemos à coragem e garra desde os primeiros trabalhadores, que supe-raram o medo e enfrentaram os reis, os patrões, os governos, a polícia e ajustiça de suas épocas.

de dar unidade à classe trabalhadora através de mani-festações públicas.Maio foi escolhido por já estar presente na memóriadas pessoas. Nos Estados Unidos era um mês tradicio-nal de mobilização dos trabalhadores. Os campone-ses europeus comemoravam em maio o mês da re-novação da natureza, como símbolo da primavera.Desde o início, o 1º de Maio absorveu símbolos erituais da cultura popular. Foi associado a um tempode renovação, bastante adequado ao movimento ope-rário.O sentido que os trabalhadores deram ao 1º de Maio

foi de um dia mundial de afirmação das lutas contra asuper exploração da mão de obra.A data nasceu sob o signo da paixão revolucionária. Seele representava o símbolo da paz e da fraternidadeinternacionais, também significava uma futura revolu-ção social.

história

século 18, com a Revolução Industrial. As novas des-cobertas possibilitaram a invenção da máquina avapor.Antes, tudo era feito nas casas por artesãos. Com amáquina, as pessoas deixam a casa e se unem a ou-tras, na fábrica. Foi o fim das comunidades aldeãs e daprodução artesanal.Tudo se modifica, a vida das pessoas, seus costumes, acultura e a relação com o trabalho.Nas fábricas, as condições de trabalho eram terríveiscom jornadas de até 16 horas, inclusive para crianças.

a Antiguidade até arevolução industrialo trabalho passoupor muitas transfor-

mações. Nesse longo caminhomilhares de homens e mulhe-res perderam suas vidas ao exi-gir condições mínimas de so-brevivência.A classe operária surgiu na In-glaterra na segunda metade do

Nasce a organização

Nas fábricas, os trabalhadores sedescobrem iguais e aumentam aunião e a organização. Fazem osprimeiros atos para exigir a re-dução da jornada de trabalho emelhores condições de vida.Isso faz o governo inglês reco-nhecer as associações de empre-gados e, em 1847, eles conse-guem aprovação de lei criandojornada de dez horas para adul-tos, voto universal ereformas sociais.Se a Revolução Indus-trial determinou umanova economia mun-dial, a Revolução Fran-cesa, iniciada em 1789,disseminou entre aclasse operária ques-tões políticas e ideo-lógicas a partir dosconceitos de liberda-de, igualdade e fra-ternidade.Em 1871 os operáriosde Paris tomam o po-der e decretam a Co-muna, constituindo o primeirogoverno de trabalhadores daHistória. A Comuna é esmagadacem dias depois e 30 mil pesso-as são fuziladas.

Dia de luta

Nessa época, nos Estados Uni-dos, os operários começam acriar uma associação. Em 1881nasce a Federação Americanado Trabalho tendo como ban-deira principal a jornada diáriade oito horas. Essa união é quevai organizar a greve de 1886 eque dá origem ao 1º de Maio.

Revolução Russa impulsiona a luta

No início do século 20, os trabalhadores organizadoscontinuam conquistando melhores condições de traba-lho com a proteção ao trabalho infantil e feminino, limi-tações das jornadas e ampliação dos dias de descanso.O ano de 1917 marca a derrubada da monarquia rus-sa, com os trabalhadores assumindo um governo re-volucionário. A repercussão da Revolução Russa foiinternacional, mostrando que era possível um gover-no de trabalhadores, redobrando o ânimo dos ope-rários no mundo.Em 1919, ao fim da Primeira Guerra Mundial é criada a

Organização In-ternacional doTrabalho (OIT),que em sua con-venção número1 sancionou ajornada de tra-balho de oitohoras diárias.No final da Se-gunda Guerra,em 1949, o mo-vimento operá-rio está em as-censão. Os tra-balhadores depaíses como Es-

tados Unidos, Austrália e Canadá conquistam jornadasemanal de 40 horas. A Liga das Nações se transformana Organização das Nações Unidas (ONU).Entre os anos 50 e 70, os trabalhadores, principal-mente europeus, conseguem a ampliação dos direi-tos trabalhistas com a adoção do descanso semanal,licença por doença ou maternidade, férias anuais etc.

Ofensiva patronal

Nos anos 80, as grandes empresas, fortalecidas coma globalização econômica, iniciam movimento paraderrubar as legislações trabalhistas dos países ondetêm filiais e reduzir os direitos trabalhistas.Com fim do bloco socialista, em 1989, as empresasganham mais fôlego para avançar sobre os direitossociais.

história

O movimento operário mudando o Brasil

Enquanto na Europa os trabalhadores se preparavam para comemo-rar um 1º de Maio unificado em 1890, reivindicando oito horasdiárias, aqui no Brasil ainda não havia uma classe operária, pois oPaís era essencialmente agrícola.A escravidão acabara há apenas dois anos. No campo, os trabalhado-res imigrantes cultivavam café para os latifundiários, enquanto o ex-escravo, sem acesso à terra, não tinham acesso ao trabalho formal.

s centros urbanosbrasileiros cresceme diversificam asofertas de trabalho.

Nesse momento surge o ope-rariado na indústria têxtil, dealimentos ou em obras de infra-estrutura, como abertura deruas, instalação de iluminação ede trilhos para bondes.O trabalhador brasileiro nãotinha direitos, não havia limitesde jornada de trabalho, saláriomínimo, descanso semanal ouaposentadoria. A discriminaçãoe o preconceito excluiu os ex-escravos do trabalho formal.Os conflitos trabalhistas ougreves eram duramente repri-midos pela polícia. Em 1901, ostrabalhadores nas pedreirasdo Rio - então a capital do País- fazem greve e conseguem re-duzir a jornada de trabalho de12 para dez horas. Nos anosseguintes várias categorias semobilizam e conseguem a re-dução da jornada e aumentode salário.

história

O princípio da organização sindical

e a conquista das 8 horas

Em 1902, os trabalhadores na fábrica de tecidos SilvaSeabra, no bairro Ipiranguinha, em Santo André, cru-zam os braços por melhores condições de trabalho. Esseé o primeiro registro de greve na nossa região, que ini-ciava processo de industrialização com a chegada dosimigrantes europeus, principalmente italianos.Em 1906, congresso reunindo dezenas de sindica-tos cria a Confederação Operária Brasileira (COB),dando início a uma nova fase na organização dostrabalhadores.Entre outras decisões, o congresso retoma o cará-ter de luta do 1º de Maio pelas oito horas diárias.A COB impulsiona a criação de sindicatos livres eautônomos.

A primeira greve geral

Aqui no Brasil os trabalhadores também comemo-ram a revolução russa de 1917 e reivindicam a cria-ção de programas de governo para aumentar em-pregos e salários.Dezenas de categorias em todo o País entram emgreve em clima de revolta popular. Em São Paulouma greve geral paralisa a cidade, que vira uma pra-ça de guerra. O governo joga sua máquina repressi-va sobre os trabalhadoresDois meses depois o governo e patrões fazem acor-do com os grevistas, com repercussão nacional.

história

Cresce o movimento

Em abril de 1929, 50 sindicatos realizam congresso efundam a Confederação Geral do Trabalho do Brasil.No ano seguinte Getúlio Vargas dá um golpe e assumea presidência do Brasil. Ele cria o Ministério do Traba-lho e promove reformas como a jornada diária de oitohoras e a obrigatoriedade da carteira profissional.Em 1934, a nova Constituição estende o direito dovoto às mulheres e cria a Justiça do Trabalho.

Novos direitos e mais controle dos sindicatos

Com o avanço da luta sindical, as classes dominantespassaram a atender algumas reivindicações básicas dostrabalhadores. Entre elas, salário mínimo, auxílio-na-talidade, salário-família, licença para gestante, descan-so semanal pago e estabilidade no emprego.Por trás das concessões, porém, estava uma nova ma-neira de lidar com os conflitos trabalhistas.Junto com os direitos e a regulamentação do traba-

lho, governo e patrões impuseram um rígido con-trole para a organização e ação sindical.

Esse processo foi concretizado com a Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, no segun-

do governo de Getúlio Vargas.

Rurais ficam de fora

Por pressão dos fazendeiros, a CLT e toda regula-mentação trazida por Getúlio deixa de fora os traba-lhadores rurais, que formavam a maioria dos traba-lhadores brasileiros.Nos anos 60, surgiram as Ligas Camponesas, organi-zadas por trabalhadores rurais conhecidos porforeiros e por arrendatários que perderam as terrasonde trabalhavam.Já os assalariados rurais se organizavam em sindica-

tos para reivindicar direitos básicos como saláriomínimo, férias e 13º.

O trabalhadores rurais viriam a conquistar al-guns direitos a partir de 1962, no governo de

João Goulart, o Jango, que cria o Estatutodo Trabalhador Rural.

Nos anos de chumbo, resistência dos tra-

balhadores

Com o golpe militar de 1964, os generais aca-bam com as liberdades democráticas, extinguem

os partidos, cassam e suspen-dem os direitos políticos decentenas de parlamentares, líde-res políticos e sindicais. Dire-torias inteiras de sindicatos sãodestituídas acusadas de subver-são. É um tempo de prisões, tor-turas, mortes e perseguiçõespolíticas.A primeira reação pública dostrabalhadores à ditadura militaracontece durante ato de 1º de

Maio realizado em 1968 naPraça da Sé, em São Paulo.Pedras e paus são jogadosno governador AbreuSodré, que foge.Entre 1968 e 74 o Brasil vi-veu o chamado milagreeconômico, com cresci-mento econômico batendonos 10%, mas com arrochosalarial. A maior parte dossindicatos do País, antescontrolados por comunis-tas, fica nas mãos de inter-ventores e pelegos.

A luta sindical muda o

panorama político

O ano de 1978 será um divisorde águas. A partir da Scania, emSão Bernardo, os metalúrgicoscruzam os braços por reposi-ção salarial e o movimento seestende por dezenas de fábri-cas da região. As greves são porsalário e por democracia.Os metalúrgicos do ABC vol-tam a entrar em greve geral noano seguinte.Também em 1979, os canavieirosde Pernambuco se reorganizame iniciam movimento grevistaque se alastra para outros esta-dos nordestinos.

Em 1980 os metalúrgicos param durante 41 dias evoltam a comemorar o 1º de Maio reunindo cercade 100 mil pessoas.

Trabalhadores se organizam em

centrais sindicais

Em agosto de 1983 é fundada a CUT - Central Únicados Trabalhadores. Sua referência é a luta dos traba-lhadores por melhores salários, melhores condiçõesde trabalho e liberdade sindical. Em 1984, o 1º de

Maio pede eleições diretas para presidente.Dezenas de greves pipocam pelo País. Em Volta Re-

donda, os trabalhadores na Companhia Siderúrgica Na-cional cruzam os braços pela primeira vez.A ditadura militar é derrubada em 1985 e no ano se-guinte camponeses criam o Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra - MST. No plano político, a lutapela democratização da sociedade continua com a ela-boração de uma nova Constituição.

Luta influencia Constituição e amplia direitos

Aprovada no final de 1988, a nova Constituição in-corpora e amplia direitos fundamentais na área tra-balhista, social e política. A jornada de trabalho se-manal passa de 48 para 44 horas e os trabalhadoresconquistam vários direitos sociais.Também são aprovadas eleições diretas para presi-dente. Em 1989, o País vive uma desordem econômi-ca, mas a mobilização popular alcança seu auge nesseano com as eleições presidenciais.

história

A nova fase do capitalismo

Nos anos 80, o movimento sindical nos países europeus industrializadostrava uma luta de resistência contra o neoliberalismo e contra aprecarização do trabalho, resultado da reestruturação capitalista.

história

A criminalização dos sindicatos no Brasil

Depois de um segundo turno apertado contra Lula,Fernando Collor assume em 1990, baixa um pacoteeconômico e começa a perseguir o movimento sin-dical. As empresas começam a se reestruturar, pro-vocando uma alta taxa de desemprego.

No 1º de Maio de 1992, a principal bandeira é ForaCollor. Além das denúncias de corrupção no gover-no, recessão e inflação em alta.

a década de 80, ostrabalhadores dos

países industrializados conti-nuam enfrentando as conse-quências da crise provocadapela reestruturação capitalista.Para aumentar seus lu-cros, as empresas que-rem o fim da proteçãosocial aos trabalhadores,a flexibilização do mer-cado de trabalho e par-tem para uma ofensivacontra os movimentossindical e social.

Resistência

Na Europa, a luta dostrabalhadores e suaunião com forças polí-ticas de centro-es-querda teve impor-tante papel na defini-ção dos rumos dodesenvolvimentoeconômico. A classeoperária conseguiu queo processo de reestru-turação produtiva fossenegociado, principal-mente nas questões referentesà produção e organização do tra-balho.

Em 1994, já com Itamar Francona presidência, os atos do 1º de

Maio pedem uma política eco-nômica sem recessão, sem in-flação e com emprego.

Desmonte público

Fernando Henrique Cardosofoi eleito presidente com apoiopopular em decorrência doPlano Real e assume em1995. Em maio daqueleano, na greve nacional de32 dias dos petroleiros,FHC reprime duramen-te o movimento. Ele pro-move o desmonte dasestatais, privatizações e acriminalização dos movi-mentos sindical e social.No campo, a repressãomata e fere trabalhado-res sem-terra. Em julho,o governo extingue apolítica salarial e im-planta a livre nego-ciação.Em 1997, o MST co-loca 30 mil pessoasem Brasília. No anoseguinte o 1º de

Maio realizado naPraça da Sé dá inícioa uma marcha con-tra o desemprego.Os atos de 1º de

Maio nos anos se-guintes se pautam pela lutacontra a corrupção na priva-tização das empresas de tele-comunicações e outras estataisestratégicas e respeito aos di-reitos trabalhistas e sociais.

Lula presidente muda pauta

Em 2002, com 52 milhões de votos, Lula é eleito oprimeiro presidente operário do País e inverte a pautados temas em debate.No lugar de flexibilização das relações de trabalho,ele propõe ampla negociação com trabalhadores eempresários sobre a reforma sindical.O crescimento da economia e da geração de postosde trabalho permitiram um avanço das lutas sindicais,com a maioria dos trabalhadores conquistando avan-

ços nas negociações de campanhas salariais como au-mentos reais de salários.Com um programa notadamente popular, Lula é reeleitoem 2006. Logo após sua posse lança o Programa deAceleração do Crescimento, o PAC, e muda a orienta-ção e o papel do Estado na economia brasileira.

história

A quem é destinadoAos alunos das redes municipal de ensino fundamental, jovens de1º ao 9º ano da rede municipal de ensino de Santo André e Diadema.Aos alunos do Movimento de Alfabetização do ABC - MOVA-ABC.

PromoçãoO 2º Concurso Infantil de Redação e Desenho sobre o 1º deMaio é uma iniciativa da Subsede ABC da Central Única dosTrabalhadores (CUT) e de seus sindicatos filiados no ABC e dasSecretarias de Educação de Santo André e Diadema.

Escolas conveniadasPara permitir a inclusão dos alunos das demais redes de ensino noevento (redes estadual, privada e Sesi), a CUT concederá o direitoà participação de jovens interessados, desde que estes promovamo concurso em suas escolas e desde que estas permitam a suarealização conforme as determinações deste regulamento.

CategoriasSerão três as categorias de trabalhos: redação e desenho, divididasentre alunos dos 1º ao 5º ano, do 6º ao 9º ano e alunos doMOVA-ABC:1ª categoria - Redação e desenho para alunos do 1º ao 5º ano,com o tema: O que eu quero ser quando crescer?2ª categoria - Redação e desenho para alunos do 6º ao 9º ano,com o tema: Que profissão quero exercer no futuro.3ª categoria - Redação e desenho para alunos do MOVA - ABC,com o tema: Como a descoberta da palavra revela omundo do trabalho?

Apresentação dos trabalhos1º) Redação - textos de no mínimo 20 linhas e no máximo 30linhas apresentados em papel almaço.2º) Desenho - desenhos, colagens ou qualquer manifestaçãográfica apresentada em cartolina em seu tamanho padrão(aproximadamente 70cm x 50cm)

Seleção dos trabalhosCada sala de aula deverá escolher por livre critério os trabalhosnas duas categorias (desenho e redação) que irão participar daseleção final na escola ou na unidade do MOVA.

Seleção final na escolaOs trabalhos escolhidos em sala de aula serão encaminhados auma Comissão Julgadora formada por livre critério da própriaescola ou sala do Mova, ou de acordo com norma estabelecidapela Secretaria de Educação da cidade, e que irá selecionar epremiar os melhores trabalhos em cada categoria e divisão.

Seleção final do ConcursoOs trabalhos selecionados em cada escola/unidade do Movaserão encaminhados a uma Comissão Julgadora do concursoque irá escolher um trabalho em cada categoria e divisão. EssaComissão Julgadora será formada por diretores dos sindicatosfiliados a CUT, profissionais de educação, artes plásticas, imprensae outros (a critério da Comissão Organizadora).

Parágrafo Único. Em todos os trabalhos deverá constar aidentificação completa do aluno, de sua respectiva escola eresponsável pela mesma, sob pena de não apreciação do trabalhopela Comissão Julgadora.

ExposiçãoOs trabalhos selecionados em cada escola e unidade do Movaserão expostos durante o evento de comemoração do 1º deMaio, dias 21 e 22 de abril de 2007, no Centro Cultural e deFormação Celso Daniel, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Direito de usoOs alunos autores dos trabalhos e as direções das escolas/MOVAautorizarão o uso dos trabalhos e a respectiva concessão dedireitos autorais para exposição pública, publicações impressase internet, radiodifusão e outros meios de veiculação conformeas necessidades de divulgação da CUT.

PremiaçãoTodos os alunos dos trabalhos selecionados nas escolas e noMOVA-ABC receberão uma medalha de honra ao mérito.Serão concedidos SEIS computadores aos alunos do ensinofundamental, bem como a alunos do MOVA-ABC, conforme segue:Será premiado com um computador o melhor desenho dosalunos do 1º ao 5º ano.Será premiado com um computador o melhor desenho dosalunos do 6º ao 9º ano.Será premiado com um computador a melhor redação dos alunosdo 1º ao 5º ano.Será premiado com um computador a melhor redação dos alunosdo 6º ao 9º ano.Será premiado com um computador a melhor redação dos alunosdo Mova-ABC.Será premiado com um computador o melhor desenho dosalunos do MOVA/ABC.

As escolas dos alunos dos trabalhos vencedores serão premiadascom uma televisão.

Divulgação e entrega dos prêmiosOs trabalhos escolhidos pela Comissão Julgadora do Concursoserão conhecidos e premiados durante evento de comemoraçãodo 1º de Maio, dia 21 de abril de 2007, no Centro Cultural e deFormação Celso Daniel, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC,às 13 horas.

Prazos26/03/2007 - Lançamento do Concurso nas escolas e no MOVA.13/04/2007 - Prazo máximo para a seleção dos trabalhos nasescolas e no MOVA e para a entrega à Comissão Julgadora.De 16 a 19/04/2007 - Prazo de escolha dos trabalhos pelaComissão Julgadora do Concurso21/04/2007 - Anúncio de premiação dos trabalhos vencedores.

As dúvidas e questões não contempladas por este regulamentoserão dirimidas pela Comissão Organizadora do Concurso.

2º Concurso de Redação e Desenho da CUTsobre o 1º de Maio

ATENÇÃOSó serão aceitas inscrições de trabalhos que tenham a identificação do aluno,

constando nome completo, endereço e telefone para contato, ano escolar e idade.É necessário identificar o nome da escola e de um responsável por ela.

REGULAMENTO

CUT Subsede [email protected] Senador Flaquer, 443, CentroSanto André/SP - CEP: 09010-160

Entidades filiadas:Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Sindicato dos Químicos do ABC

Sindicato dos Servidores em Educação (Afuse )

Sindicato da Construção Civil e Mobiliário deSão Bernardo e Diadema.

Sindicato da Construção Civil e Mobiliário de São Caetano.

Sindicato da Construção Civil e Mobiliário de Santo André.

Sindicato dos Petroleiros de São Paulo - Regional Mauá

Sindicato dos Gráficos do ABC

Sindicato dos Servidores de São Bernardo

Sindicato da Saúde Privada do ABC

Sindicato dos Bancários do ABC

Sindicato das Costureiras do ABC

Sindicato dos Rodoviários do ABC

Sindicato dos Vigilantes de São Bernardo

Sindicato dos Professores da Rede Particular do ABC

Sindicato dos Transportadores Escolares de Santo André

Cartilha elaborada pelos Departamentos de Imprensa e deFormação do Sindicato dos Metalúrgicos do [email protected]@smabc.org.br

Presidente: José Lopez Feijóo

Diretor responsável: Sérgio Nobre

Edição: Silvio Berengani

Textos: Gonzaga do Monte, Carlos Alberto Balista eAlex Sgrecia (Formação)

Concepção gráfica, editoração e capa:Baracase Design Grá[email protected] - (11) 4427-3939

CTP / Impressão: Simetal ABC Gráfica e Editora(11) 4341-5810

Mais informações

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Rua João Basso, 231 - Centro - São Bernardo do Campo

(11) 4128-4203

www.smabc.org.br

Participe das atividades do 1º de Maio no ABC

Debate e ato político:O futuro do trabalho e os trabalhadores do futuro

Dia 20 de abril, às 18h

Exposições de artesanato, artes plásticas e dos trabalhos do concurso

Dias 21 e 22 de abril, a partir das 11h

Corrida e caminhada dos trabalhadores

Dia 22 de abril, às 8h

(inscrições 4128-4200, ramal 4244)

Premiação dos trabalhos selecionados no concurso

Dia 21 de abril, a partir das 14h

Local: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Rua João Basso, 231 - Centro - São Bernardo do Campo

Seminários temáticos e debate na Universidade Metodista

Consulte a programação e prazos de inscrições no www.smabc.org.br

O trabalho é a fonte de toda riqueza(...).O trabalho, porém, é muitíssimo mais do que isso.É a condição básica e fundamental de toda vida humana.E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar queo trabalho criou o próprio homem.

Friedrich Engels