agrupamento vertical de escolas santos simões · documento global orientador de opções...
TRANSCRIPT
Projecto Curricular do Agrupamento 2
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
ÍNDICE
Introdução …………………………………………………………………………………………………………….. 5
Capítulo 1 . Organização do Currículo ………………………………………………..………….. 7
1.1. Desenhos curriculares ……………………………………………………………………….. 7
1.1.1. Matriz Curricular da Educação Pré-Escolar ………………………………………. 7
1.1.2. Matriz Curricular do 1.º Ciclo do Ensino Básico ………………………………. 8
1.1.3. Matrizes Curriculares do 2.º Ciclo do Ensino Básico ………………………… 8
1.1.4. Matriz Curricular do 3.º Ciclo do Ensino Básico …………….…………………. 10
1.1.5. Matrizes Curriculares do Secundário ………………………………………………… 11
1.1.6. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais (anexos) ………………… 12
1.1.7. Referenciais Gerais de Formação dos Cursos de Educação e
Formação de Adultos: Distribuição das durações máximas de
referência – em horas (anexos) ……………………………………….…....……….
13
Capítulo 2. Finalidades do Projecto Curricular ……………………………..……………… 13
2.1. Conceitos ……………………………………………………………………………………………. 13
2.1.1. Conceito de currículo ………………………………………………………………………… 14
2.1.2. Conceito de competência ………………………………………………………………….. 14
2.2. Orientações Curriculares ……………………………………………………………………. 15
2.2.1. Educação Pré-Escolar – Objectivos Pedagógicos ……………………………… 15
2.2.2. Princípios e valores orientadores do currículo ………………………………….. 16
2.2.2.1. Competências para o Ensino Básico …………………………………………………. 17
2.2.2.1.1. Articulação das Competências Gerais, Transversais e Específicas …. 17
2.2.2.1.2. Competências Específicas ………………………………………………………………….. 25
2.2.2.1.3. Competências Transversais ……………………………………………………………….. 26
2.2.3. Áreas Curriculares não Disciplinares …………………………………………………. 26
2.2.3.1. Área de Projecto …………………………………………………………………………………. 26
2.2.3.1.1. Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 27
2.2.3.2. Estudo Acompanhado ………………………………………………………………………… 28
2.2.3.2.1. Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 28
2.2.3.3. Formação Cívica …………………………………………………………………………………. 28
2.2.3.3.1 Perfil do Professor ……………………………………………………………………………… 29
2.2.4. Competências do Ensino Secundário ………………………………………………… 29
2.2.5. Orientações/Critérios para de distribuição de serviço docente e de
horários ……………………………………………………………………………………………..
30
2.2.6. Critérios para a constituição de turmas ……………………………………………. 31
Projecto Curricular do Agrupamento 3
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.7. Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares …………………………… 32
2.2.8. Orientações para a elaboração de Projectos Curriculares de Turma 34
2.2.9. Plano de Formação dos Docentes ……………………………………………………. 35
2.2.10. Estruturas de Orientação Educativa ………………………………………………… 35
2.2.11. Apoio e Complementos Educativos …………………………………………………. 35
2.2.11.1. Modalidades de Apoio Educativo …………………………………………………….. 36
2.2.11.2. Serviços Especializados de Educação Especial ……………………………….. 39
2.2.12. Actividades de Enriquecimento do Currículo …………………………………. 40
2.2.12.1. Organização e Gestão das Actividades de Animação e apoio à
Família ……………………………………………………………………………………………..
40
2.2.12.2. Organização e Gestão das Actividades de Enriquecimento
Curricular (AEC) …………………………………………………….………………..……..
41
2.2.13. Projectos e Clubes Escolares …………………………………………………………… 42
2.2.13.1. Projectos em Desenvolvimento no Agrupamento …………………………… 43
2.2.13.1.1. Bibliotecas Escolares ………………………………………………………………………… 43
2.2.13.1.2. Centro de Aprendizagem …………………………………………………………………… 44
2.2.13.1.3. Plano da Matemática II ……………………………………………………………………. 44
2.2.13.1.4. Plano Nacional de Leitura ………………………………………………………………… 45
2.2.13.1.5. Projecto Tecnológico da Educação ………………………………………………….. 46
2.2.13.1.6. Educação para a Saúde e Educação Sexual …………………………………… 46
2.2.13.1.7. Desporto Escolar ……………………………………………………………………………… 47
2.2.13.1.8. Parlamento Jovem ……………………………………………………………………………. 47
2.2.13.1.9. Parlamento Jovem Europeu …………………………………………………………….. 48
2.2.13.1.10. Projecto Gatil Simãozinho ………………………………………………………………… 48
2.2.13.1.11. Projecto PASSE ………………………………………………………………………………… 48
2.2.13.1.12. Programa Eco-Escola ……………………………………………………………………….. 49
2.2.13.1.13. Projecto “O 4.º no 5.º” ……………………………………………………………………. 49
2.2.13.2. Clubes/Actividades Escolares …………………………………………………………. 50
2.2.13.2.1. Clube Robótica ………………………………………………………………………………… 50
2.2.13.2.2. Clube Santuna ………………………………………………………………………………….. 50
2.2.13.2.3. Clube de Teatro ……………………………………………………………………………….. 50
2.2.13.2.4. Clube dos Porquês …………………………………………………………………………… 51
Projecto Curricular do Agrupamento 4
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.2.5. Clube Moral em Alta ……………………………………………………………………… 51
2.2.13.2.6. Escola em Movimento …………………………………………………………………… 51
2.2.13.2.7. Feira Orienta-te …………………………………………………………………………….. 51
2.2.13.2.8. Arraial do Fim do ano Lectivo ……………………………………………………….. 51
2.2.13.2.9. Anuário do Agrupamento …………………………………………………………….. 52
2.2.13.2.10. Comissão Disciplinar ……………………………………………………………………. 52
2.2.14. Subtemas do Projecto Educativo …………………………………………………. 52
2.2.14.1. Áreas de incidência prioritária ao longo do quadriénio ………………. 52
2.2.14.1.1. Educação para o Ambiente - Ano lectivo 2009/2010 ………………….. 53
2.2.14.1.2. Educação para as Artes - Ano lectivo 2010/2011 ………………………. 54
2.2.14.1.3. Interculturalidade – Guimarães 2012 Ano lectivo 2011/2012 …… 55
2.2.14.1.4. Ano lectivo 2012/2013 - Património Local e as suas Tradições
Históricas ………………………………………………………………………………………
56
Capítulo 3. Avaliação dos Alunos ….…………………………………………………………... 57
3.1. Explicitação dos Mecanismos de Avaliação …………………………………. 57
3.1.1. Avaliação na Educação Pré-Escolar …………………………………………….. 57
3.1.2. Avaliação dos Ensinos Básico e Secundário ………………………………… 58
3.1.2.1. Planificação do processo de avaliação …………………………………………. 58
3.1.2.2. Procedimentos a adoptar nos momentos de avaliação ………………. 59
3.1.2.3. Registos informativos de avaliações ……………………………………………. 62
3.1.2.4. Instrumentos de avaliação ………………………………………………………….. 62
3.1.2.5. Informações ao Director de Turma/Encarregados de Educação … 63
3.1.2.6. Avaliação no final de cada período lectivo ………………………………….. 64
3.1.2.7. Critérios de avaliação nas Áreas Curriculares Não Disciplinares .. 66
3.2. Perfil do aluno à saída de cada ciclo ……………………………………………. 67
3.2.1. Perfil da criança à saída da Educação Pré-escolar ……………………… 67
3.2.2. Perfil do aluno à saída do 1.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 68
3.2.3. Perfil do aluno à saída do 2.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 70
3.2.4. Perfil do aluno à saída do 3.º Ciclo do Ensino Básico ………………… 71
3.2.5. Perfil do aluno à saída do Ensino Secundário …………………………….. 72
3.2.6. Perfil do aluno à saída dos Cursos Profissionais ………………………… 73
Capítulo 4 Avaliação do Projecto Curricular …………………..………………….…. 74
Referências legislativas
Projecto Curricular do Agrupamento 5
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
INTRODUÇÃO
O Decreto-Lei 6/2001 de 18 de Janeiro, no seu art.º 2, ponto 3, define que “as
estratégias de desenvolvimento do currículo nacional, visando adequá-lo ao contexto
de cada Escola, deverão ser objecto de um projecto curricular de escola, concebido,
aprovado e avaliado pelos respectivos órgãos de administração e gestão”. O
documento denominado Projecto Curricular de Agrupamento constitui um dispositivo,
em que os agrupamentos, tendo por base as orientações da reorganização curricular,
inferem “que o papel da escola e dos professores não se situe, essencialmente, no
terreno da execução, mas sim nos da decisão e da organização”.
Partindo do propósito que o Projecto Educativo define a política educativa para
o Agrupamento, englobando as grandes intenções e ambições educativas, devemos
entender o Projecto Curricular como o documento de acção curricular estratégica,
no qual estão definidas as opções assumidas pelo Agrupamento no domínio das
práticas de ensino-aprendizagem, sendo que o desenvolvimento do Projecto
Curricular de Agrupamento se efectua através do Projecto Curricular de cada turma,
adequado à realidade da mesma.
Deste modo, o Projecto Curricular do Agrupamento assume-se como o
documento global orientador de opções educativas, escolhas pedagógicas, definidor
de um modelo curricular e de uma linha de acção para a consecução dos objectivos
nele definidos, visando:
Dar respostas aos problemas reais do Agrupamento, integrando e
generalizando a acção dos diversos intervenientes e valorizando as relações
interpessoais;
Tornar a acção pedagógica mais informada e esclarecida;
Promover a aquisição de aprendizagens e o desenvolvimento de
competências;
Promover a criação de percursos educativos integradores e a articulação
entre os diversos níveis e ciclos que compõem o agrupamento;
Promover a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais.
O Projecto Educativo delineado para o quadriénio 2009/2013 - Educação para a
Cultura - define os princípios orientadores, valores e finalidades do Agrupamento,
encaminhando-nos para uma escola como lugar de decisão e de gestão curricular
mais reflexiva e dialogante donde deverá emergir uma cultura escolar que valorize
ainda mais as dimensões do ser, do estar, do fazer, do conviver, do comunicar, do
aprender e do fazer aprender, uma escola onde se desenvolvem comportamentos
Projecto Curricular do Agrupamento 6
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
assertivos para que os jovens cresçam duma maneira saudável. A reflexão e análise
de questões relacionadas com os processos de ensino/aprendizagem, a emergência
de uma cultura de equipa e de partilha e a reflexão sobre os diversos contextos e
especificidades do agrupamento são os pressupostos subjacentes à elaboração deste
Projecto Curricular.
Perspectivado para um horizonte de quatro anos irá ser levado a cabo através
dos subtemas Educação para o Ambiente (2009-2010), Educação para as Artes
(2010-2011), Interculturalidade – Guimarães 2012 (2011-2012) e Património Local e
as suas Tradições (2012-2013).
É nesta óptica que o Projecto Curricular de Agrupamento define o conjunto de
processos/acções de construção colectiva que concretizam as orientações
curriculares de âmbito nacional em propostas globais de intervenção pedagógico-
didácticas, adequando-as ao contexto do Agrupamento. Este processo de construção
e de adequação do currículo ao contexto específico do Agrupamento, tendo em conta
as necessidades dos alunos, realiza-se nos departamentos curriculares/grupos
disciplinares pela articulação e sequencialidade dos conteúdos, dando origem a
aprendizagens significativas, numa perspectiva integrada e interdisciplinar de
saberes. Para que esta forma de desenvolvimento seja realmente concretizada,
importa garantir alguns aspectos fundamentais para a construção de situações
significativas e que devem nortear a acção do professor, ou seja, que os alunos:
Compreendam e apliquem o que estão a aprender;
Se sintam implicados nas situações de aprendizagem e participem na
escolha de actividades, de temas e de materiais;
Sejam estimulados a realizar com sucesso as aprendizagens;
Sejam implicados no processo de avaliação das suas aprendizagens.
Importa, ainda, esclarecer que a concretização do Projecto Curricular do
Agrupamento, para além de ter subjacente os princípios gerais do Projecto Educativo,
assenta, também, juntamente com os normativos, no Currículo Nacional do Ensino
Básico, na Lei de Bases do Sistema Educativo, nas orientações programáticas e
currículos disciplinares para todos os níveis de ensino uma vez que, em conjunto,
definem as aprendizagens que os alunos devem realizar, o modo como estão
organizadas, o lugar que ocupam e o papel que desempenham no percurso escolar
dos alunos. Neles estão implícitos os conceitos, os conteúdos e os objectivos da
acção educativa e, também, toda a operacionalização didáctica (estratégias,
metodologias e materiais/recursos), bem como o processo avaliativo, enquanto
instrumento regulador do ensino/aprendizagem.
Projecto Curricular do Agrupamento 7
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
CAPÍTULO 1. ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO
1.1. Desenhos Curriculares
1.1.1. Matriz Curricular da Educação Pré-Escolar
Na Educação Pré-Escolar não existe um currículo formal, pois as Orientações
Curriculares, não constituindo um currículo explícito, são “um conjunto de princípios
orientadores para apoiar o educador nas suas decisões sobre a sua prática (...)”.
Às crianças em idade pré-escolar são proporcionadas experiências de
aprendizagens, organizadas em áreas de conteúdo que constituem as referências
gerais consideradas no planeamento e avaliação das situações e oportunidades de
aprendizagem e que são as seguintes:
Área de formação pessoal e social;
Área de expressão/comunicação:
a) Domínio das expressões com diferentes vertentes – expressão motora,
expressão dramática, expressão plástica e expressão musical;
b) Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita;
c) Domínio da matemática.
Área de conhecimento do mundo.
Tempos
Lectivos Áreas de Conteúdo
Actividades de
Animação e de Apoio à
Família (a)
25
Ho
ras s
em
an
ais
Área de Formação Pessoal e Social
Área de Expressão e Comunicação:
Domínio da Expressão Motora Domínio da Expressão Dramática
Domínio da Expressão Plástica Domínio da Expressão Musical Domínio da Linguagem oral e Abordagem à escrita Domínio da Matemática
Área do Conhecimento do Mundo
Dança
Educação Física
Expressão Dramática
2 horas semanais (tempo de estabelecimento)
Planificação/supervisão das actividades de animação e apoio à família
(a) Estas áreas são desenvolvidas uma vez por semana, 60’ cada área.
Projecto Curricular do Agrupamento 8
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
1.1.2. Matriz Curricular do 1.º Ciclo do Ensino Básico
O Despacho n.º 19 575/2006, de 25 de Setembro, tem definido os tempos
mínimos semanais para a leccionação dos programas e o desenvolvimento dos
currículos das áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio, tendo em
vista o reforço dos saberes básicos, o desenvolvimento das aprendizagens e das
competências essenciais no final de ciclo.
(a) Estas áreas devem ser desenvolvidas entre si e com as áreas disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as tecnologias de informação e comunicação, educação para a cidadania e
educação sexual e constar explicitamente do Projecto Curricular da Turma.
1.1.3. Matriz Curricular do 2.º Ciclo do Ensino Básico
A organização e a gestão curricular do 2º ciclo do Ensino Básico efectuam-se
segundo os princípios orientadores estabelecidos pelo DL n.º 6/2001, de 18 de
Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de
Outubro.
Ed
ucação
para a
Cu
ltu
ra
Áreas Curriculares Disciplinares
Língua Portuguesa 8h
Matemática 7h
Estudo do Meio 5h
Expressões artísticas e físico-motoras 5h
Formação Pessoal e Social
Áreas curriculares não disciplinares (a)
Área de Projecto
Estudo Acompanhado
Formação Cívica
Total 25h
Actividades de
Enriquecimento Curricular
Ensino do Inglês (2x45’ 1.º 2.º anos; 3x45’ 3.º e 4.º anos)
Actividade Física e Desportiva (3x45’)
Artes Plásticas (3x45’ 1.º 2.º anos; 2x45’ 3.º e 4.º anos)
Apoio ao Estudo (2x45’)
2 horas semanais
(tempo de estabelecimento)
Supervisão pedagógica das actividades de enriquecimento curricular (planificação, articulação e observação)
Projecto Curricular do Agrupamento 9
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
MATRIZ CURRICULAR DO 2º CICLO
Componentes do Currículo
Carga Horária Semanal (x 90 min.)
5º ano 6º ano Total
Ed
ucação
para a
Cid
ad
an
ia
Áreas curriculares disciplinares
Línguas e Estudos Sociais:
Língua Portuguesa LE – Inglês História e Geografia de Portugal
(5)
2 1,5 1,5
(5,5)
2,5 1,5 1,5
10,5
Matemática e Ciências:
Matemática
Ciências da Natureza
(3,5)
2 (2,5)
1,5
(3,5)
2 (2,5)
1,5
7
Educação Artística e Tecnológica:
Educação Visual e Tecnológica Educação Musical
(3)
2 1
(3)
2 1
6
Educação Física 1,5 1,5 3
Form
ação P
essoal e
Socia
l
Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 1
Áreas Curriculares Não Disciplinares:
Área de Projecto Estudo Acompanhado
Formação Cívica
(3)
1 1
1
(2,5)
1 1
0,5
5,5
Total 16 (16,5) 16 (16,5) 32 (33)
A decidir pela escola 0,5 (Mat.) 0,5 (Mat.) 1
Máximo Global 17 17 34
Actividades de enriquecimento O Curso Básico de Música obedece ao plano de estudos criado pela Portaria n.º 691/2009, de 25 de Junho.
MATRIZ CURRICULAR DO 2º CICLO – Curso Básico de Música
Componentes do Currículo Carga Horária Semanal (x 90 min.)
5º ano 6º ano Total
Ed
ucação
para a
Cid
ad
an
ia
Áreas curriculares disciplinares
Línguas e Estudos Sociais:
Língua Portuguesa LE – Inglês História e Geografia de Portugal
(5)
2 1,5 1,5
(5)
2 1,5 1,5
10
Matemática e Ciências:
Matemática Ciências da Natureza
(3,5)
2 1,5
(3,5)
2 1,5
7
Educação Artística e Tecnológica:
Educação Visual e Tecnológica
Formação Vocacional:
Formação Musical Instrumento
Classe de Conjunto
(1)
1
(3,5)
1,5 1
1
(1)
1
(3,5)
1,5 1
1
(2)
(7)
Educação Física 1,5 1,5 3
Form
ação
Pessoal e S
ocia
l Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 1
Áreas Curriculares Não Disciplinares:
Área de Projecto
Formação Cívica
(1,5)
1
0,5
(1,5)
1
0,5
3
Total 16 (16,5) 16 (16,5) 32 (33)
Máximo Global 16,5 16,5 33
Actividades de enriquecimento
Projecto Curricular do Agrupamento 10
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
1.1.4. Matriz Curricular do 3. º Ciclo do Ensino Básico
A organização e a gestão curricular do 3º ciclo do Ensino Básico efectuam-se
segundo os princípios orientadores estabelecidos pelo DL n.º 6/2001, de 18 de
Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de
Outubro.
MATRIZ CURRICULAR DO 3º CICLO
Componentes do Currículo Carga Horária Semanal (x 90 min.)
7º ano 8º ano 9º ano Total
Ed
ucação
para a
Cid
ad
an
ia
Áreas curriculares disciplinares
Línguas e Estudos Sociais:
Língua Portuguesa
LE I – Inglês
LE II – Espanhol/Francês
(5)
2 (2,5)
1,5
1,5
(4,5)
2 (2,5)
1
1,5
(4,5)
2
1,5
1
14
Ciências Humanas e Sociais:
História
Geografia
(2)
1
1
(2,5)
1
1,5
(2,5)
1,5
1
7
Matemática 2 2 (2,5) 2 6
Ciências Físicas e Naturais:
Ciências Naturais
Físico-Química
(2)
1
1
(2)
1
1
(2,5)
1.25
1.25
6,5
Educação Artística:
Educação Visual
Oferta da escola: Teatro
(2)
1
1
(2)
1
1
(1,5)
1,5
-
5,5
Educação Tecnológica 1 1 -
Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5
Int. às Tec. de Informação e Comunicação - - 1 1
Form
ação P
essoal e S
ocia
l
Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 0,5 1,5
Áreas Curriculares Não Disciplinares:
Área de Projecto
Estudo Acompanhado
Formação Cívica
(2,5)
1
1
0,5
(2,5)
1
1
0,5
(2)
1
0,5
0,5
7
Total 17 (17,5) 17 (17,5) 17,5 (18) 51,5
(53)
A decidir pela escola 0,5 (Port.) 0,5 (Mat.) - 1
Máximo Global 18 18 18 54
Actividades de enriquecimento
Projecto Curricular do Agrupamento 11
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
1.1.5. Matrizes Curriculares do Ensino Secundário
As matrizes curriculares do Ensino Secundário cumprem os princípios
orientadores da organização e da gestão curricular estabelecidos pelo Decreto-Lei nº
272/ 2007 de 26 de Julho.
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO
Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Componentes de Formação
Disciplinas Carga semanal (x 90 minutos)
10º 11º 12º
Geral
Português
Língua Estrangeira I, II ou III
Filosofia
Educação Física
2
2
2
2
2
2
2
2
2
-
-
2
Sub-total 8 8 4
Específica
Matemática A 3 3 3
Opções
Física e Química A
Biologia e Geologia
3,5
3,5
3,5
3,5
-
-
Biologia
Química
-
-
-
-
3,5
3,5
Sub-total 10 10 10
Área Curricular Não Disciplinar
Área de Projecto - - 2
Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1
Total 18 (19) 18 (19) 19 (17)
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO
Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades Componentes
de Formação Disciplinas
Carga semanal (x 90 minutos)
10º 11º 12º
Geral
Português Língua Estrangeira I, II ou III Filosofia Educação Física
2 2 2 2
2 2 2 2
2 - - 2
Sub-total 8 8 4
Específica
História A 3 3 3
Opções
Matem. Aplicada às C. Sociais Geografia A
3 3
3 3
- -
Sociologia
Psicologia B
-
-
-
-
3
3
Sub-total 9 9 9
Área Curricular Não Disciplinar
Área de Projecto - - 2
Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1
Total 17 (18) 17 (18) 15 (15,5)
Projecto Curricular do Agrupamento 12
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO
Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais
Componentes de Formação
Disciplinas Carga semanal (x 90 minutos)
10º 11º 12º
Geral
Português
Língua Estrangeira I, II ou III
Filosofia
Educação Física
2
2 2 2
2
2 2 2
2
- - 2
Sub-total 8 8 4
Específica
Desenho A 3,5 3,5 3,5
Opções
Geometria Descritiva A
Matemática B
História da Cultura e das Artes
3 3 3
3 3 3
- - -
Oficina das Artes
2ª opção (por definir)
-
-
-
-
3
3
Sub-total 9,5 9,5 9,5
Área Curricular Não Disciplinar
Área de Projecto - - 2
Educação Moral e Religiosa (disciplina de frequência facultativa) 1 1 1
Total 17,5
(18,5) 17,5
(18,5) 15,5
(16,5))
1.1.6. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais
As matrizes curriculares dos Cursos Profissionais de Técnicos de:
1) Turismo Ambiental e Rural;
2) Gestão de Equipamentos Informáticos;
3) Gestão;
4) Apoio à Infância;
5) Turismo;
6) Informática de Gestão;
7) Multimédia.
estruturam-se segundo as orientações das portarias que os regulamentam e
encontram-se em anexo a este projecto curricular.
Projecto Curricular do Agrupamento 13
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
1.1.7. Referenciais Gerais de Formação dos Cursos de Educação e
Formação de Adultos
Os Cursos de Educação e Formação de Adultos - EFA- habilitação escolar,
promovidos por esta entidade formadora são os seguintes:
1) Nível básico e nível 2 de formação – B3;
2) Nível secundário - nível 3 de formação.
e respeitam o regime jurídico definido pela Portaria n.º 230/2008 de 7 de Março,
encontrando-se, em anexo, a gestão das horas referentes à formação de base.
CAPÍTULO 2. FINALIDADES DO PROJECTO CURRICULAR
2.1. Conceitos
2.1.1. Conceito de Currículo
Que ensinar?
ou seja, como adequar o currículo nacional aos contextos
reais e à diversidade do público escolar, de modo a que as
aprendizagens se revistam de significado para os alunos?
(Roldão, M. C., 2003)
O Decreto-Lei 6/2001, de 18 de Janeiro, no seu artigo 2.º, ponto 1, diz que o
currículo nacional é “o conjunto de aprendizagens e competências a desenvolver
pelos alunos ao longo do ensino básico, de acordo com os objectivos consagrados na
Lei de Bases do Sistema Educativo para este nível de ensino, expresso em
orientações aprovadas pelo Ministro da Educação”. Importa referir que são essas
orientações que definem “o conjunto de competências consideradas essenciais e
estruturantes no âmbito do desenvolvimento do currículo nacional” (ponto 2 do
citado artigo). Embora as estratégias de desenvolvimento e concretização do
currículo apontem para a adequação aos contextos escolares e estando na presença
de um currículo nacional, quase que a leitura deste normativo nos sugere adoptar
práticas contextuais de maneira uniformizada.
O currículo não pode ser visto como um plano estruturado porque está rodeado
de decisores na sua contextualização pois, e segundo Gimeno (1992), o currículo é
uma prática que resulta da intersecção de várias práticas e essas práticas situam-se
a vários níveis, por exemplo, político, sistema educativo, de produção de meios, de
conteúdos, de investigação, de participação do sistema cultural, organizativo, etc.
Projecto Curricular do Agrupamento 14
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
O design curricular, afirma Gimeno (1988:339), “agrupa uma acumulação de
decisões que dão forma ao currículo e à acção. É a ponte entre a intenção e a acção,
entre a teoria e a prática”.
Perfilhamos a concepção de currículo assente num plano de melhoria da acção
diária em contexto de sala de aula, num processo permanente de reflexão e de
revisão de forma a possibilitar a construção de uma autêntica autonomia curricular.
Neste contexto, o papel do docente é preponderante, quer individualmente,
quer enquanto membro de um grupo de docência a quem compete planificar o
currículo através de um processo de programação. O professor assume inúmeras
competências curriculares que suportam tomadas de decisão, posturas de parceria e
de liderança e de uma nova cultura curricular baseada no empenhamento e co-
responsabilização.
2.1.2. Conceito de Competência
Antes de mais cumpre clarificar o termo competência que surge no Currículo
Nacional do Ensino Básico (CNEB) - Competências Essenciais, “ como muito próximo
do conceito de literacia. A cultura geral que todos devem desenvolver como
consequência da sua passagem pela educação básica pressupõe a aquisição de um
certo número de conhecimentos e apropriação de um conjunto de processos
fundamentais mas que não se identifica com o conhecimento memorizado de termos,
factos e procedimentos básicos, desprovido de elementos de compreensão,
interpretação e resolução de problemas”. (pg.9).
O CNEB inclui uma formulação de três níveis de competências que todos os
alunos devem ter oportunidade de desenvolver no seu percurso ao longo do ensino
básico: competências gerais, competências transversais e competências essenciais.
Será importante tomar em consideração alguns pressupostos que estão por detrás
desta formulação. Reconhece-se aqui uma noção ampla de competência que integra
conhecimentos, capacidades e atitudes e que pode ser entendida como o saber em
acção.
As competências formuladas devem ser entendidas como referências nacionais
para o trabalho dos professores, apoiando a escolha das oportunidades e
experiências de aprendizagem que se proporcionam a todos os alunos, no seu
percurso de desenvolvimento gradual ao longo do ensino básico.
O CNEB enuncia as competências consideradas essenciais, fazendo a distinção
entre as que são gerais, correspondendo ao perfil do aluno à saída da educação
básica, e as que são específicas de cada área curricular ou disciplina.
Projecto Curricular do Agrupamento 15
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Com a designação de transversais pretende-se evidenciar que estas
competências atravessam todas as áreas de aprendizagem propostas pelo currículo,
ao longo dos vários ciclos de escolaridade, sendo igualmente susceptíveis de se
tornar relevantes em diversas outras situações da vida dos alunos. Com efeito, a
capacidade e o gosto pela pesquisa, a aptidão e a predisposição para procurar
informação em vários suportes e contextos ou a tendência para desenvolver um
pensamento autónomo e, ao mesmo tempo, para cooperar com outros, constituem
exemplos de aspectos centrais da aprendizagem que não podem ser vistos como
obra do acaso ou de experiências de que alguns alunos beneficiam em ambientes
extra-escolares, mas sim, como elementos fundamentais do currículo.
Pelo facto de se tratar de competências transversais a todas as áreas do
currículo, não deve inferir-se que os aspectos específicos da natureza das diferentes
disciplinas são irrelevantes. Os métodos de estudo, o tratamento da informação, a
comunicação, a construção de estratégias cognitivas ou o relacionamento
interpessoal e de grupo têm, naturalmente, muito em comum nos vários ambientes
de aprendizagem mas envolvem também características, modalidades e
concretizações diferenciadas. É importante assumir de modo explícito tanto os
aspectos comuns como as especificidades de cada disciplina. A articulação entre as
competências transversais e as competências essenciais em cada área disciplinar
constitui um elemento fulcral do desenvolvimento do currículo.
2.2. - Orientações Curriculares
2.2.1. Educação Pré-Escolar – Objectivos Pedagógicos
A Lei-quadro da Educação Pré-Escolar estabelece como princípio geral que “a
educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de
educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com
a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o
desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na
sociedade como ser autónomo, livre e solidário”.
Este princípio fundamenta todo o articulado da lei e dele decorrem os objectivos
gerais pedagógicos definidos para a educação pré-escolar que são:
a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em
experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
Projecto Curricular do Agrupamento 16
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela
pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da
sociedade;
c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o
sucesso da aprendizagem;
d) Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas
características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens
significativas e diferenciadas;
e) Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas
como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão
do mundo;
f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
g) Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança,
nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;
h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e
promover a melhor orientação e encaminhamento da criança;
i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer
relações de efectiva colaboração com a comunidade.
2.2.2. Princípios e Valores Orientadores do Currículo
A Lei de Bases do Sistema Educativo define um conjunto alargado de
finalidades e objectivos para a Educação Básica que transcendem o campo do saber
“disciplinar”, situando-se, pela sua natureza e especificidade, no terreno
transdisciplinar, isto é, não pertencendo especificamente a qualquer “disciplina ou
área disciplinar”, integram o campo do trabalho pedagógico de todas elas e o
projecto educativo de cada escola.
Entendendo-se Currículo Nacional como o conjunto das aprendizagens e
competências a desenvolver pelos alunos ao longo dos ensinos básico e secundário,
e de acordo com os objectivos consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo,
são definidas as competências essenciais para cada um dos ciclos do ensino básico,
as competências gerais do final da educação básica e os tipos de experiências
educativas a proporcionar aos alunos.
É de salientar que a distribuição dos tempos lectivos – das diferentes áreas
curriculares – será equilibrada ao longo da semana e que o professor titular de
turma/disciplina elaborará um sumário diário das actividades desenvolvidas.
Assim, a noção de competência, relacionada com um saber em acção, envolve
o desenvolvimento integrado de conhecimentos, capacidades e atitudes e, por
Projecto Curricular do Agrupamento 17
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
conseguinte, proporciona a todos os alunos a aquisição de conhecimentos e de
aprendizagens imbuídas de significado, sustentando-se nos seguintes valores e
princípios implícitos na Lei de Bases do Sistema Educativo:
A construção e a tomada de consciência da identidade pessoal e social;
A participação na vida cívica de forma livre, responsável, solidária e crítica;
O respeito e a valorização da diversidade dos indivíduos e dos grupos
quanto às suas pertenças e opções;
A valorização de diferentes formas de conhecimento, comunicação e
expressão;
O desenvolvimento da curiosidade intelectual, do gosto pelo saber, pelo
trabalho e pelo estudo;
A construção de uma consciência ecológica conducente à valorização e
preservação de património natural e cultural;
A valorização das dimensões relacionais da aprendizagem e dos princípios
éticos que regulam o relacionamento com o saber e com os outros.
2.2.2.1. Competências para o Ensino Básico
Considera-se como objectivo fundamental do Ensino Básico a formação de base
comum a todos os alunos constituída pelos saberes e competências estruturantes
ligadas ao ser, ao saber, ao pensar, ao fazer e ao aprender a viver juntos.
Clarifica-se, de seguida, o conjunto de competências gerais e a sua
operacionalização, bem como, a exemplificação de acções que os professores podem
adoptar para levar a cabo a respectiva operacionalização transversal, deixando em
aberto, intencionalmente, a operacionalização específica. Entende-se, pois, que esta
deverá ocorrer em dois momentos: por um lado, poderá ser estabelecida
genericamente ao nível dos departamentos curriculares; por outro, deverá ser posta
em prática ao nível dos conselhos de turma e dos professores titulares de turma, no
contexto real dos projectos curriculares de turma (através da planificação
conjunta das actividades das áreas disciplinares e áreas curriculares não
disciplinares para grupos específicos de alunos).
2.2.2.1.1. Articulação das Competências Gerais, Transversais e
Específicas
Assim, no final do percurso do ensino básico, e de acordo com as Competências
Gerais preconizadas pelo Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências
Essenciais - e os objectivos definidos no art.º 7 da Lei de Bases do Sistema
Projecto Curricular do Agrupamento 18
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Educativo, pretende-se que os alunos tenham realizado aprendizagens e sejam
capazes de:
1) Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a
realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;
Operacionalização Transversal
Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e
curiosidade;
Conhecer e questionar outras realidades;
Questionar a realidade observada;
Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e
curiosidade;
Analisar acontecimentos na perspectiva histórica, social e geográfica;
Identificar e articular saberes e conhecimentos para compreender uma
situação ou problema;
Pôr em acção procedimentos necessários para a compreensão da
realidade e para a resolução de problemas;
Avaliar a adequação dos saberes e procedimentos mobilizados e
proceder a ajustamentos necessários.
Papel do professor
Desenvolver actividades que permitam a análise de acontecimentos e
situações respeitando a realidade que lhe está subjacente;
Abordar os conteúdos da área do saber com base em situações e
problemas;
Rentabilizar as questões emergentes do quotidiano e da vida do aluno;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,
dando atenção a situações do quotidiano;
Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas,
instrumentos e formas de trabalho diversificados;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas à observação e ao questionamento da realidade e à integração
de saberes;
Organizar actividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para a
integração e troca de saberes;
Desenvolver actividades integradoras de diferentes saberes.
Projecto Curricular do Agrupamento 19
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2) Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural,
científico e tecnológico para se expressar;
Operacionalização Transversal
Reconhecer, confrontar e harmonizar diversas linguagens para a
comunicação de uma informação, de uma ideia, de uma intenção;
Utilizar formas de comunicação diversificadas, adequando linguagens e
técnicas aos contextos e às necessidades;
Comunicar, discutir e defender ideias próprias mobilizando
adequadamente diferentes linguagens;
Traduzir ideias e informações expressas numa linguagem para outras
linguagens;
Valorizar as diferentes formas de linguagem.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo a utilização de linguagens de comunicação
diversificadas;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos em que são
utilizadas linguagens específicas;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
diferenciadas de comunicação e de expressão;
Rentabilizar os meios de comunicação social e o meio envolvente;
Rentabilizar as potencialidades das TIC no uso adequado de diferentes
linguagens;
Apoiar o aluno na escolha de linguagens que melhor se adeqúem aos
objectivos visados, em articulação com os seus interesses.
Desenvolver a realização de projectos que impliquem o uso de diferentes
linguagens.
3) Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada
e para estruturar pensamento próprio;
Operacionalização Transversal
Valorizar e apreciar a língua portuguesa, quer como língua materna,
quer como língua de acolhimento;
Projecto Curricular do Agrupamento 20
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Usar a língua portuguesa de forma adequada às situações de
comunicação criadas nas diversas áreas do saber, numa perspectiva de
construção pessoal do conhecimento;
Usar a língua portuguesa no respeito de regras do seu funcionamento;
Promover o gosto pelo uso correcto e adequado da língua portuguesa;
Auto-avaliar a correcção e a adequação dos desempenhos linguísticos,
na perspectiva do seu aperfeiçoamento.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo situações de reflexão e de uso da língua
portuguesa, considerando a heterogeneidade linguística dos alunos;
Promover a identificação e a articulação dos contributos de cada área do
saber com vista ao uso correctamente estruturado da língua portuguesa;
Organizar o ensino valorizando situações de interacção e de expressão
oral e escrita que permitam ao aluno intervenções personalizadas,
autónomas e críticas;
Rentabilizar os meios de comunicação social e o meio envolvente na
aprendizagem da língua portuguesa;
Rentabilizar as potencialidades das tecnologias de informação e de
comunicação no uso da língua portuguesa.
Desenvolver a realização de projectos que impliquem o uso de diferentes
linguagens.
4) Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do
quotidiano e para apropriação de informação;
Operacionalização Transversal
Compreender textos orais e escritos em línguas estrangeiras para
diversificação das fontes dos saberes culturais, científicos e
tecnológicos;
Interagir, oralmente e por escrito, em línguas estrangeiras, para alargar
e consolidar relacionamentos com interlocutores/parceiros estrangeiros;
Usar a informação sobre culturas estrangeiras disponibilizada pelo meio
envolvente e, particularmente, pelos meios de comunicação social e
internet, com vista à realização de trocas interculturais;
Auto-avaliar os desempenhos linguísticos em línguas estrangeiras
quanto à adequação e eficácia.
Projecto Curricular do Agrupamento 21
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo o recurso a materiais pedagógicos em
língua estrangeira;
Rentabilizar o recurso a informação em língua estrangeira acessível na
internet e outros recursos informáticos;
Organizar actividades cooperativas de aprendizagem em situações de
interacção entre diversas línguas e culturas;
Promover actividades de intercâmbio presencial ou virtual, com
utilização, cada vez mais intensa, das tecnologias de informação e
comunicação;
Promover a realização de projectos em que seja necessário utilizar
línguas estrangeiras.
5) Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem,
adequadas a objectivos visados;
Operacionalização Transversal
Exprimir dúvidas e dificuldades;
Planear e organizar as suas actividades de aprendizagem;
Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho;
Confrontar diferentes métodos de trabalho para a realização da mesma
tarefa;
Auto-avaliar e ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender
e aos objectivos visados.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas,
instrumentos e formas de trabalho diversificados;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas à expressão e ao esclarecimento de dúvidas e de dificuldades;
Organizar actividades cooperativas de aprendizagem;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,
adequados às diferentes formas de aprendizagem;
Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua
aprendizagem;
Projecto Curricular do Agrupamento 22
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Identificar situações problemáticas que estimulem o levantamento de
questões;
6) Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em
conhecimento mobilizável;
Operacionalização Transversal
Pesquisar, seleccionar, organizar e interpretar informação de forma
crítica em função de questões, necessidades ou problemas a resolver e
respectivos contextos;
Rentabilizar as tecnologias da informação e comunicação nas tarefas de
construção de conhecimento;
Comunicar, utilizando formas diversificadas, o conhecimento resultante
da interpretação da informação;
Auto-avaliar as aprendizagens, confrontando o conhecimento produzido
com os objectivos visados e com a perspectiva de outros.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo a pesquisa, selecção e tratamento de
informação e a utilização de fontes de informação diversas e das TIC;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas à expressão e ao esclarecimento de dúvidas e de dificuldades;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados,
adequados às diferentes formas de aprendizagem;
Promover actividades integradoras dos conhecimentos, nomeadamente
a realização de projectos.
7) Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de
decisões;
Operacionalização Transversal
Seleccionar informação e organizar estratégias criativas face às questões
colocadas por um problema;
Debater a pertinência das estratégias adoptadas em função de um
problema;
Projecto Curricular do Agrupamento 23
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Confrontar diferentes perspectivas face a um problema, de modo a
tomar decisões adequadas;
Propor situações de intervenção, individual e/ou colectiva, que
constituam tomadas de decisão face a um problema, em contexto.
Papel do professor
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades que
permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, encontrar
caminhos e resolver problemas;
Organizar o ensino prevendo a utilização de fontes de informação
diversas e das TIC para o desenvolvimento de estratégias de resolução
de problemas;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades de
simulação e jogos de papéis que permitam a percepção de diferentes
pontos de vista;
Promover a realização de projectos que envolvam a resolução de
problemas e a tomada de decisões.
8) Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;
Operacionalização Transversal
Realizar tarefas por iniciativa própria;
Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho, numa perspectiva
crítica e criativa;
Responsabilizar-se por realizar integralmente uma tarefa;
Valorizar a realização de actividades intelectuais, artísticas e motoras
que envolvam esforço, persistência, iniciativa e criatividade;
Avaliar e controlar o desenvolvimento das tarefas que se propõe realizar
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo a realização de actividades por iniciativa do
aluno;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas à experimentação de situações pelo aluno e à expressão da sua
criatividade;
Organizar actividades cooperativas de aprendizagem rentabilizadoras da
autonomia, responsabilização e criatividade de cada aluno;
Projecto Curricular do Agrupamento 24
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados que
favoreçam a autonomia e a criatividade do aluno;
Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua
aprendizagem e na construção da sua autonomia para aprender;
Criar na escola espaços e tempos para intervenção livre do aluno;
Valorizar, na avaliação da aprendizagem do aluno, a produção de
trabalhos livres e concebidos pelo próprio.
9) Cooperar com outros em tarefas comuns;
Operacionalização Transversal
Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas,
regras e critérios de actuação, de convivência e de trabalho em vários
contextos;
Manifestar sentido de responsabilidade, de flexibilidade e de respeito
pelo seu trabalho e pelo dos outros;
Comunicar, discutir e defender descobertas e ideias próprias, dando
espaços de intervenção aos seus parceiros;
Avaliar e ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender, às
necessidades do grupo e aos objectivos visados.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo e orientando a execução de actividades
individuais, a pares, em grupos e colectivas;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas para o trabalho cooperativo, desde a sua concepção à sua
avaliação e comunicação aos outros;
Propiciar situações de aprendizagem conducentes à promoção da auto-
estima e da autoconfiança;
Fomentar actividades cooperativas de aprendizagem com explicitação de
papéis e responsabilidades;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados
adequados a formas de trabalho cooperativo;
Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua
aprendizagem em interacção com outros;
Desenvolver a realização cooperativa de projectos.
Projecto Curricular do Agrupamento 25
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
10) Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva
pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida;
Operacionalização Transversal
Mobilizar e coordenar os aspectos psicomotores necessários ao
desempenho de tarefas;
Estabelecer e respeitar regras para o uso colectivo de espaços;
Realizar diferentes tipos de actividades físicas, promotoras de saúde, do
bem-estar e da qualidade de vida;
Manifestar respeito por normas de segurança pessoal e colectiva.
Papel do professor
Organizar o ensino prevendo a realização de actividades em que é
necessário estabelecer regras e critérios de actuação;
Organizar o ensino prevendo a realização de jogos diversificados de
modo a promover o desenvolvimento harmonioso do corpo em relação
ao espaço e ao tempo;
Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades
dirigidas à apropriação de hábitos de vida saudáveis e à
responsabilização face à sua própria segurança e à dos outros;
Organizar actividades diversificadas que promovam o desenvolvimento
psicomotor implicado no desempenho de diferentes tarefas;
Organizar actividades cooperativas de aprendizagem e projectos
conducentes à tomada de consciência de si, dos outros e do meio;
Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados.
2.2.2.1.2. Competências Específicas
No desenvolvimento de cada uma das competências específicas é indispensável
estabelecer, com clareza, metas de desenvolvimento por ciclo de escolaridade (e não
por ano de escolaridade), assegurando, ao mesmo tempo, a continuidade do
processo ao longo dos três ciclos da educação básica.
A articulação das competências essenciais por ciclo, com os respectivos
conteúdos disciplinares (programas) incluindo as etapas e metas a atingir, é definida
pelos departamentos curriculares/grupos disciplinares e são alvo de documentos
próprios.
Projecto Curricular do Agrupamento 26
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.2.1.3. Competências Transversais
Atendendo ao diagnóstico de problemas e às linhas orientadoras do Projecto
Educativo Educação para a Cultura define-se, nestas áreas, como prioritário o
desenvolvimento das seguintes competências transversais:
Ter hábitos e métodos de estudo e trabalho que proporcionem o
desenvolvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam uma maior
autonomia na realização das aprendizagens, tendentes ao sucesso escolar,
nomeadamente, a utilização das tecnologias da informação e comunicação e
o uso regular da biblioteca escolar (nas escolas onde existam) como apoio
às actividades lectivas;
Cumprir normas e princípios básicos com vista a uma boa convivência social
entre todos;
Manifestar hábitos correctos na alimentação e na higiene;
Revelar apreço pelas diferentes manifestações culturais e artísticas;
Participar responsavelmente, com espírito de iniciativa e autonomia, em
actividades de enriquecimento curricular, de natureza recreativa, cívica e
cultural.
2.2.3. Áreas Curriculares não Disciplinares
O Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, nos pontos 15 e 16, define que
o trabalho a realizar em cada uma das áreas curriculares não disciplinares deve
obedecer a uma planificação que deverá constar no respectivo Projecto Curricular
de Turma, com a identificação das competências a desenvolver, as experiências de
aprendizagem e a respectiva calendarização. Ainda, segundo o referido despacho, o
trabalho desenvolvido em cada uma dessas áreas deve ser objecto de uma
avaliação participada e formativa, no contexto da turma e, ainda, de uma avaliação
global no final do ano lectivo, a realizar pelo Conselho Pedagógico, da qual deverá
resultar um relatório, no qual deve constar:
a) Recursos mobilizados;
b) Modalidades adoptadas;
c) Resultados alcançados.
2.2.3.1. Área de Projecto
Embora instituída pelo Decreto-Lei n.º6/2001, de 18 de Janeiro, a Área de
Projecto é uma área curricular não disciplinar que visa “a concepção, realização e
avaliação de problemas, através da articulação de saberes de diversas áreas
Projecto Curricular do Agrupamento 27
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção, de
acordo com as necessidades e os interesses dos alunos”. No entanto, o Despacho
n.º 19308/2008, de 21 de Julho, vem condicionar as referidas necessidades e
interesses dos alunos ao desenvolvimento de competências, nos seguintes domínios:
a) Educação para a saúde e sexualidade de acordo com as orientações do
Despacho n.º 25995/2005, de 28 de Novembro, do Despacho n.º 2506/2007, de 23
de Janeiro e, também, da Lei n.60/2009, de 3 de Agosto;
b) Educação ambiental;
c) Educação para o consumo;
d) Educação para a sustentabilidade;
e) Conhecimento do mundo do trabalho e das profissões e educação para o
empreendorismo;
f) Educação para os Direitos Humanos;
g) Educação para a igualdade de oportunidades;
h) Educação para a solidariedade;
i) Educação Rodoviária;
j) Educação para os media;
k) Dimensão europeia da educação.
De acordo com as orientações do Despacho n.º 16149/2007, de 25 de Julho, no
8.º ano de escolaridade, a Área de Projecto deve destinar um tempo lectivo de
noventa minutos à utilização das tecnologias da informação e da comunicação (TIC).
2.2.3.1.1. Perfil do Professor
Atendendo aos objectivos e ao carácter transdisciplinar desta área, o professor
deve possuir e desenvolver as seguintes competências:
Ser conhecedor dos alunos e do seu meio envolvente;
Ser conhecedor dos seus problemas e expectativas de futuro;
Ser promotor de projectos que respondam aos interesses dos alunos e que
favoreçam o seu desenvolvimento pessoal e social;
Ser promotor de estratégias que contribuam para o trabalho de equipa, a
cooperação e a solidariedade;
Ser promotor de actividades que envolvam a consciência cívica dos alunos
através de actividades de participação na vida da escola;
Ser estimulador de iniciativas que promovam a relação escola - meio;
Ser estimulador do trabalho de equipa entre os professores e da
interdisciplinaridade.
Projecto Curricular do Agrupamento 28
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.3.2. Estudo Acompanhado
Esta área curricular não disciplinar visa “a aquisição de competências que
permitam a apropriação pelos alunos de métodos de estudo e de trabalho e
proporcionem o desenvolvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam uma
cada vez maior autonomia na realização das aprendizagens”.
Assim, segundo o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, e tendo em conta
a diversidade de experiências vividas nas escolas e a sua importância para a
promoção da melhoria das aprendizagens, a área de Estudo Acompanhado pode
integrar, entre outras, as seguintes modalidades:
a) Desenvolvimento de planos individuais de trabalho e estratégias de
pedagogia diferenciada de modo a estimular alunos com diferentes
capacidades;
b) Programas de tutoria para apoio a estratégias de estudo, orientação e
aconselhamento do aluno;
c) Actividades de compensação e de recuperação;
d) Actividades de ensino específico de Língua Portuguesa para alunos
oriundos do estrangeiro.
2.2.3.2.1. Perfil do Professor
Segundo o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, esta área deve ser
assegurada pelo professor titular de turma, no caso do 1.º ciclo, e,
preferencialmente, pelos grupos de recrutamento de Língua Portuguesa e de
Matemática, nos 2.º e 3.º ciclos.
2.2.3.3. Formação Cívica
O Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, consagra a Educação para a
Cidadania como uma área de formação transdisciplinar, estabelecendo, no entanto,
na alínea c), do ponto 3 do art.º 5.º, a área curricular não disciplinar Formação
Cívica como espaço privilegiado para o seu desenvolvimento, “visando o
desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no
processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes,
com recurso, nomeadamente ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos, e
à sua participação, individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da
comunidade”. A educação para a cidadania deve construir-se, no dia a dia da
escola, através da procura dos valores da liberdade e da justiça, em reflexão
aberta, em trabalho individual e em grupo e pela cidadania activa.
Projecto Curricular do Agrupamento 29
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Neste âmbito, o Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho, determina que ao
longo do ensino básico, em Formação Cívica, à semelhança de Área de Projecto,
devem ser desenvolvidas competências nos seguintes domínios:
a) Educação para a saúde e sexualidade de acordo com as orientações dos
Despachos n.º 25995/2005, de 28 de Novembro, n.º 2506/2007, de 23 de
Janeiro e, também, da Lei n.º 60/2009, de 3 de Agosto;
b) Educação ambiental;
c) Educação para o consumo;
d) Educação para a sustentabilidade;
e) Conhecimento do mundo do trabalho e das profissões e educação para o
empreendorismo;
f) Educação para os Direitos Humanos;
g) Educação para a igualdade de oportunidades;
h) Educação para a solidariedade;
i) Educação Rodoviária;
j) Educação para os media;
k) Dimensão europeia da educação.
2.2.3.3.1. Perfil do Professor
A leccionação da Formação Cívica compete, no 1.º Ciclo, ao professor titular
de turma e, nos restantes ciclos, ao director de turma. Segundo o Despacho n.º
19308/2008, de 21 de Julho, o seu tempo curricular deverá ser utilizado para,
através da participação dos alunos, regular os problemas de aprendizagem e da
vida da turma, bem como, para desenvolver projectos no âmbito da cidadania e
participação cívica.
2.2.4. Competências para o Ensino Secundário
No final do percurso do ensino secundário, e de acordo com os objectivos
definidos no art.º 9 da Lei de Bases do Sistema Educativo, pretende-se que os
alunos:
Manifestem capacidade de raciocínio, de reflexão e de curiosidade
científica no sentido do aprofundamento dos elementos fundamentais de
uma cultura humanística, artística, científica e técnica que constituam
suporte cognitivo e metodológico apropriado para o eventual
prosseguimento de estudos ou para a inserção na vida activa;
Projecto Curricular do Agrupamento 30
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Compreendam manifestações estéticas e culturais que possibilitem o
aperfeiçoamento da sua expressão artística;
Apliquem um saber cada vez mais aprofundado, assente no estudo, na
reflexão crítica, na observação e na experimentação;
Manifestem interesse pela realidade concreta da vida regional e nacional, e
apreço pelos valores permanentes da sociedade em geral, e da cultura
portuguesa, em particular, revelando-se jovens interessados na resolução
dos problemas do país e sensibilizados para os problemas da comunidade
internacional;
Articulem os conhecimentos adquiridos com o mundo do trabalho e a vida
activa;
Possuam formação técnica e tecnológica que permita a entrada no mundo
do trabalho;
Dominem hábitos de trabalho, individual e em grupo que favoreçam o
desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica, de abertura de espírito
de sensibilidade e de disponibilidade e adaptação à mudança.
2.2.5. Orientações/Critérios de distribuição de serviço docente e de
horários lectivos
De acordo com o ponto 1 do artigo 10.º do Despacho n.º 19117/2008,
considera-se importante que se constituam equipas pedagógicas de docentes que
acompanhem os alunos ao longo do ciclo de ensino (Pré-escolar, 1.º Ciclo, 2.º
Ciclo, 3.º Ciclo, Cursos de Educação Formação, Ensino Secundário e Cursos
Profissionais).
A distribuição de serviço deve pautar-se por critérios de rentabilização dos
recursos disponíveis, aproveitando a formação de docentes. Sempre que possível, a
distribuição não deve ultrapassar os três níveis de ensino por cada docente e mais
do que seis turmas para que o trabalho possa ser otpimizado.
No caso do 2.º ciclo, as indicações são no sentido de se atribuir a um mesmo
professor as disciplinas de áreas afins – Língua Portuguesa/História e Geografia de
Portugal, Língua Portuguesa/Inglês, Matemática/Ciências Naturais.
Quanto às áreas curriculares não disciplinares, definem-se as seguintes
orientações:
Formação Cívica - prioridade ao Director de Turma na sua atribuição;
Estudo Acompanhado - 2.º e 3.º ciclos - prioridade aos professores
de Língua Portuguesa e Matemática;
Projecto Curricular do Agrupamento 31
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Área de Projecto - 2.º e 3.º ciclos - será atribuída a professores da
área de expressões que poderão fazer par pedagógico com os
professores de qualquer disciplina.
Estas orientações não são aplicadas quando a componente lectiva dos
professores e as cargas horárias das disciplinas o não permitirem.
Em relação à atribuição de cargos, atende-se às orientações legislativas em
vigor (Despacho n.º 19117/2008, artigo 7.º, ponto 1).
O cargo de Director de Turma deverá ser atribuído tendo em conta:
- Continuidade na função e na turma;
- Capacidade de interacção com a turma;
- Capacidade para coordenar o trabalho entre os docentes da turma;
- Coordenação do processo de aprendizagem com vista ao sucesso educativo
dos alunos da turma;
- Boa comunicação e trabalho de parceria com os pais e encarregados de
educação.
A componente não lectiva de estabelecimento será de duas horas semanais e
será utilizada para a ocupação plena dos tempos escolares dos alunos, cargos
pedagógicos, apoios educativos e acompanhamento de alunos. No pré-escolar
destinam-se à supervisão, organização e planificação das Actividades de Animação
e Apoio à família e no 1.º Ciclo ao Apoio ao Estudo e supervisão pedagógica das
Actividades de Enriquecimento Curricular.
As horas de horário superveniente serão utilizadas exclusivamente para apoio
aos alunos, nomeadamente, actividades de compensação/aula de apoio pedagógico
acrescido, apoio ao estudo e/ou hora de estudo, apoio individualizado na disciplina,
programas de tutoria, actividades de enriquecimento (frequência de clubes
escolares) e aulas complementares.
2.2.6. Critérios para a constituição de turmas
A constituição dos grupos e turmas do Agrupamento, nos diferentes níveis de
ensino, devem pautar-se pelo cumprimento das normas legais em vigor, em cada
ano lectivo de vigência do actual Plano Curricular de Agrupamento.
Na constituição das turmas e na distribuição de serviço são definidos critérios
a ter em conta:
- A garantia da qualidade do ensino;
- A continuidade, sempre que possível, do grupo de alunos na constituição de
turmas e tendo em conta as indicações resultantes dos docentes titulares de turma
e de conselhos de turma;
Projecto Curricular do Agrupamento 32
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
- O equilíbrio do nível etário, de género e número de retenções;
- A continuidade pedagógica;
- A atribuição de apoios educativos nas horas de horário superveniente aos
docentes do segundo e terceiro ciclos e ensino secundário: duas horas para os
docentes com vinte e duas, vinte e dezoito horas lectivas, uma hora para os
docentes com dezasseis e catorze horas lectivas.
2.2.7. Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares
O Despacho n.º 19117/2008, de 17 de Julho, determina, no seu artigo 13.º, a
obrigatoriedade da existência de um plano de serviço docente destinado a
assegurar a ocupação plena dos tempos escolares dos alunos dos ensinos básico e
secundário durante o seu horário lectivo na situação de ausência de docentes.
Na Educação Pré-Escolar são estabelecidos os seguintes princípios:
O Educador de Infância titular de turma que vier a ausentar-se
temporariamente durante o seu horário lectivo deve deixar no Jardim-de-
infância a planificação correspondente a esse período e o material
necessário para a sua concretização;
Em caso de ausência do docente titular e, que o disposto do número
anterior não possa ser cumprido, as actividades deverão ser organizadas
pelo Educador que o irá substituir;
O Educador de Infância é o responsável por elaborar material a colocar
num dossier de forma a ser utilizado na ausência imprevista de um
educador;
O Educador de Infância que assegure a ocupação dos períodos de ausência
lectiva deve assinar o livro de ponto da respectiva sala e registar a
ausência das crianças no diário de frequência;
No 1.º Ciclo do Ensino Básico são estabelecidos os seguintes princípios:
O docente titular de turma que vier a ausentar-se temporariamente
durante o seu horário lectivo deve deixar na escola a planificação
correspondente a esse período e o material necessário para a sua
concretização;
Em caso de ausência do docente titular, em que o disposto no número
anterior não possa ser cumprido, as actividades deverão ser organizadas
pelo professor que o irá substituir de acordo com materiais disponibilizados
para o efeito na escola;
Projecto Curricular do Agrupamento 33
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
O professor que assegure a ocupação dos períodos de ausência lectiva
deve assinar o livro de ponto da respectiva sala e registar a ausência das
crianças;
Como prioridade, a turma será ocupada por um docente do Apoio
Educativo, e, quando isso não for possível, os alunos serão distribuídos
pelas outras turmas.
Na escola sede do Agrupamento, o plano rege-se pelos seguintes princípios:
- Deverá ser dada prioridade à permuta de aulas entre professores da mesma
turma, em caso de previsão de falta por parte de um docente;
- Na ausência de um docente, sem ter ocorrido troca, efectuar-se-á a
ocupação dos tempos escolares, obedecendo ao seguinte:
A substituição do professor em falta por um docente com habilitação
para leccionar a disciplina;
Rotatividade dos professores constantes na bolsa de docentes
disponíveis para cada segmento;
O docente, que prevê faltar a uma aula, terá que deixar plano de aula
(e o número de cópias do material necessário ao desenvolvimento da
aula) no dossiê de recursos, com a devida antecedência, para utilização
pelo professor que irá ocupar os seus alunos. Um exemplar do plano
deverá ser entregue na Direcção Executiva;
Em caso de ausência do docente titular da turma em que o disposto no
número anterior não possa ser cumprido proceder-se-á a actividades
de enriquecimento e complemento curricular que possibilitem a
ocupação educativa dos alunos;
Qualquer outro tipo de actividade educativa de ocupação,
nomeadamente, que esteja prevista no ponto 8 do artigo 13.º do
Despacho n.º 19117/2008, de 17 de Julho, carece de autorização
mediante proposta e respectiva análise da Direcção Executiva;
Quando o docente ausente pertencer ao grupo de Educação Física, este
deve ser prioritariamente substituído por um docente do mesmo grupo
que desenvolverá o plano da aula deixado, antecipadamente, pelo
professor titular da disciplina decorrendo esta no pavilhão. O grupo de
Educação Física deverá ter disponíveis, no dossier de recursos,
materiais/fichas de trabalho (teóricos) para prever situações em que a
sua substituição não possa ser assegurada por um professor do grupo;
Projecto Curricular do Agrupamento 34
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Não serão permitidas, em circunstância alguma, como forma de
ocupação de tempos escolares, actividades desportivas ou jogos de
cartas;
Cada D.T. será responsável pela organização e actualização do dossiê
de recursos pedagógicos da respectiva turma.
Este plano será dado a conhecer a conhecer pelos seguintes meios:
- Aos professores: será afixado na sala de professores;
- Aos alunos: será afixado nas vitrinas de informação dos alunos e estará
disponível na Internet, na página da escola;
- Aos pais / encarregados de educação: estará disponível para consulta, na
página da escola, na Internet. Os directores de turma informarão os respectivos
encarregados de educação pelas vias normais de comunicação.
2.2.8. Orientações para Elaboração de Projectos Curriculares de
Turma
A elaboração do Projecto Curricular de Turma é da responsabilidade do
docente titular de turma, na Educação Pré Escolar e no 1.º Ciclo, e do Conselho de
Turma, nos restantes níveis de ensino, tendo como referência os Projectos Curricular
e Educativo do Agrupamento e, apoiando-se na planificação dos processos de ensino-
aprendizagem, na articulação de saberes e preocupação com a sequencialidade das
aprendizagens ao nível do trabalho pedagógico. Deve ter em consideração as
características específicas dos alunos do grupo/turma e deve conseguir um bom nível
de articulação horizontal entre as áreas curriculares e conteúdos programáticos.
É neste contexto, que o Projecto Curricular de Turma assume “a forma
particular como, em cada turma, se reconstrói e se apropria um currículo face a uma
situação real, definindo opções e intencionalidade próprias e construindo modos
específicos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das
aprendizagens que integram o currículo para os alunos concretos daquele
contexto” (Roldão, 1999).
O Projecto Curricular de Turma é um instrumento de diferenciação necessário
para a adequação do currículo às diferentes turmas e aos diferentes alunos de cada
turma, devendo focar a caracterização da turma e dos alunos, os problemas
diagnosticados e as estratégias de resolução, a planificação (explicitando o trabalho
a desenvolver nas áreas curriculares não disciplinares), as actividades a desenvolver
e a avaliação dos alunos e do projecto curricular de turma.
Projecto Curricular do Agrupamento 35
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.9. Plano de Formação dos Docentes
O Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões e o Centro de Formação
Francisco Holanda desenvolvem, em conjunto, o processo de formação contínua
dos docentes no sentido de melhorar o desempenho individual e,
consequentemente, o desempenho das nossas escolas. Entende-se que a formação
contínua constitui um direito profissional e é também um dos pilares estratégicos
na promoção de práticas inovadoras e no reforço da qualidade da educação. A
formação contínua deve ir ao encontro dos contextos de trabalho, deve estar em
estreita ligação com os problemas identificados no Projecto Educativo e com as
estratégias/projectos curriculares daí decorrentes, de modo a responder às
necessidades/interesses reais dos docentes e dos alunos. De acordo com o percurso
de formação dos docentes dos Agrupamento e Escolas não Agrupadas, o Centro de
Formação Francisco Holanda elabora um plano de formação para cada ano lectivo.
2.2.10. Estruturas de Orientação Educativa
Como definido pelo Decreto-lei nº 75/2008, de 22 de Abril, as estruturas de
orientação educativa, como estruturas de organização intermédia, asseguram a
coordenação pedagógica, a articulação curricular, o acompanhamento do percurso
escolar dos alunos em ligação com os pais e encarregados de educação, a acção
cooperativa dos docentes entre si e destes com os órgãos de administração e
gestão da escola, adequando o processo de ensino/aprendizagem às características
e necessidades dos alunos deste Agrupamento.
As estruturas de orientação educativa encontram-se definidas no
Regulamento Interno.
2.2.11. Apoio e Complementos Educativos
A gestão de medidas de apoio e complemento educativo procura assegurar as
condições necessárias à promoção do sucesso escolar e educativo de todos os
alunos garantindo o princípio de igualdade numa escola que se quer democrática e
inclusiva. O serviço de apoios e complementos educativos constituiu uma das
metas estabelecidas pelo agrupamento no seu projecto educativo – prestação de
apoio à aprendizagem dos alunos – e a sua dinamização e operacionalização
contribuirá para a consecução de duas outras metas, a da melhoria progressiva dos
resultados escolares e a da prevenção do abandono escolar.
Os apoios e complementos educativos são aplicados prioritariamente na
escolaridade básica obrigatória e dividem-se entre actividades de apoio destinadas
Projecto Curricular do Agrupamento 36
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
a alunos com dificuldades de aprendizagem pontuais e actividades de apoio
especializado destinadas a alunos com necessidades educativas especiais
permanentes.
Para os alunos com dificuldades de aprendizagem temporárias e pontuais, o
agrupamento disponibiliza um conjunto de medidas e modalidades de apoio e
complemento educativo. Compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, do
ensino básico, e aos professores da respectiva turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino
básico e no ensino secundário e no ensino profissional identificar os alunos com
dificuldades de aprendizagem e decidir a modalidade de apoio mais adequada,
dando conhecimento à direcção da escola e ao respectivo encarregado de educação
mencionando para o efeito o horário e o plano de apoio elaborado para o aluno.
Para os alunos dentro da escolaridade obrigatória, com plano de acompanhamento,
de recuperação e de desenvolvimento, a frequências das medidas de apoio tem um
carácter obrigatório, tal como determinado no Despacho Normativo 50/2005.
Todas as propostas de apoio e complemento educativo são acompanhadas
obrigatoriamente por um plano de acção, com a identificação das dificuldades de
aprendizagem, das competências e/ou conteúdos a desenvolver, da modalidade de
apoio a aplicar e proposta de actividades a trabalhar.
A avaliação do apoio educativo prestado é realizada trimestralmente pelo
professor apoiante em relatório próprio para o efeito. Estes relatórios são
posteriormente analisados pelo professor titular de turma no 1.º ciclo, no ensino
básico, pelos professores dos 2.º e 3.º ciclos, e pelos restantes professores no
ensino secundário e profissional, que decidem da eficácia das medidas e
modalidades de apoio aplicadas. Trimestralmente, em sede de Conselho Pedagógico,
procede-se a uma análise relativa à eficácia dos apoios e complementos educativos
disponibilizados e implementados no agrupamento.
2.2.11.1. Modalidades de Apoio Educativo
Pedagogia diferenciada na sala de aula
A pedagogia diferenciada na sala de aula constitui uma modalidade de apoio
desenvolvida pelo professor titular e/ou professores curriculares, em contexto da
sala de aula. Tem por pressuposto as características individuais e a diversidade de
referências culturais e intelectuais de cada jovem. Por isso, pode incluir, por este
motivo e de acordo com as dificuldades/necessidades, especificidades das
diferentes disciplinas e áreas curriculares, as seguintes actividades:
acompanhamento do trabalho do aluno, no sentido de o orientar na aquisição de
hábitos de utilização correcta do caderno diário e do manual escolar; incentivo e
Projecto Curricular do Agrupamento 37
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
controlo do trabalho de casa; elaboração de exercícios diferenciados de
consolidação dos conteúdos; valorização da participação do aluno na sala de aula;
reforço das competências da oralidade; realização de actividades para o exercício
do raciocínio lógico/abstracto e para a promoção do desenvolvimento da
atenção/concentração e da capacidade de memorização; promoção de situações de
ensino individual e elaboração de materiais específicos de ajuda na superação das
dificuldades.
Programas de Tutoria
Esta modalidade de apoio implica a existência de um professor tutor. Este tipo
de programa pode ser aplicado em situações de dificuldades de aprendizagem
provocadas por falta de motivação, dificuldades de relacionamento e integração e
indisciplina, tendo como objectivo ajudar os alunos a superar esta situação. O
programa de tutoria, tendo em conta a natureza das dificuldades/necessidades
diagnosticadas, pode ter as seguintes dimensões: orientação disciplinar e
comportamental, orientação e acompanhamento no estudo e nas tarefas escolares
e apoio, assim como, integração na turma e na escola. O professor tutor deve
desenvolver um conjunto de iniciativas multifacetado, como por exemplo, recolher
todos os dados pessoais do aluno (percurso escolar, dados familiares, interesses,
motivações, atitudes, dificuldades de aprendizagem, planos de apoio) a fim de
sobre ele ter um conhecimento aprofundado.
Estudo dirigido e/ou orientado e/ou autónomo a desenvolver no
Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca
Esta medida de apoio é aplicada a alunos que apresentem dificuldades, como
por exemplo, ausência de hábitos e métodos de estudo e de trabalho, de
organização do material e das matérias escolares, falta de concentração/atenção e
de empenho. Por isso, o aluno é encaminhado pelo professor ou por determinação
do conselho de turma para o Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca, com um
plano de apoio elaborado, onde será acompanhado por um professor.
Integra-se também nesta modalidade o estudo autónomo para alunos cuja
dificuldade diagnosticada se prenda com a falta de estudo ou para alunos com
capacidades excepcionais de aprendizagem. É também exercida nos espaços do
Centro de Aprendizagem e/ou Biblioteca e pode não necessitar de um professor
orientador.
Projecto Curricular do Agrupamento 38
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Aulas de recuperação
As aulas de recuperação aplicam-se nos casos em que, por qualquer razão –
colocação tardia de docente/ausência prolongada do docente, ou outra – se regista
um atraso na leccionação dos conteúdos programáticos previstos, que é necessário
recuperar, com aulas extraordinárias. No ensino básico e secundário, as aulas de
recuperação são também utilizadas para, em momentos oportunos, preparar os
alunos para as avaliações externas.
Actividades de compensação – aulas de apoio pedagógico acrescido
As actividades de compensação incluem as aulas de apoio pedagógico
acrescido para alunos com dificuldades de aprendizagem pontuais e temporárias.
Aprendizagem cooperativa ou ensino mútuo
Constituiu uma modalidade de diferenciação pedagógica. Aplicada na sala de
aula aproveitam-se os alunos com capacidades excepcionais de aprendizagem para
apoiar os seus colegas, especialmente, os que apresentam dificuldades de
aprendizagem.
Estudo Acompanhado
A área curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado é utilizada e gerida
pelo agrupamento para a superação do insucesso escolar e poderá, na consecução
desse objectivo, ser usada no desenvolvimento do Plano da Matemática e/ou no
Plano Nacional da Leitura.
Actividades de ensino específico da Língua Portuguesa para alunos
oriundos de países estrangeiros
Esta modalidade de apoio destina-se apenas a alunos do agrupamento que
não têm o Português como língua materna. O objectivo principal desta modalidade
de apoio é proporcionar a estes alunos condições equitativas que permitam a sua
plena integração no meio escolar, social e cultural. As actividades de ensino da
Língua Portuguesa a desenvolver para estes alunos oriundos de países estrangeiros
devem ter em conta as orientações determinadas no Programa para integração dos
alunos que não têm o português como língua materna, do Ministério da Educação.
Adaptações programáticas e/ou curriculares
As adaptações programáticas estão previstas no Despacho n.º 50/2005 para
situações de alunos com insucesso escolar repetido. Estas adaptações podem incluir
supressões, alterações ou modificações do programa das disciplinas. Devem ser
Projecto Curricular do Agrupamento 39
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
elaboradas de forma séria e cuidadosa, com base na definição das aprendizagens
básicas essenciais do currículo, ou seja, as que devem ser proporcionadas a todos
os alunos sem excepção, distinguindo-as das não essenciais, de desenvolvimento
ou aprofundamento. Em relação às primeiras – aprendizagens essenciais definidas
neste Projecto Curricular da Escola – não pode haver quaisquer reduções,
supressões ou alterações ao nível dos conteúdos e dos objectivos, podendo a acção
dos professores incidir apenas sobre as estratégias/actividades/metodologias.
Quanto às aprendizagens não essenciais, para além da flexibilidade ao nível das
estratégias/actividades/metodologias, também os conteúdos e objectivos podem
ser alvo de intervenção e diferenciação, por parte do professor, no sentido de os
adequar às características dos alunos, mormente daqueles que revelem ao longo do
tempo grandes dificuldades de aprendizagem.
2.2.11.2. Serviços Especializados de Educação Especial
O Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, “vem enquadrar as respostas
educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às
necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível
da actividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de
alterações funcionais e estruturais de carácter permanente e das quais resultam
dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade,
da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.” (Educação
Especial, Manual de Apoio à Prática, p. 11). O presente decreto pressupõe a
referenciação de crianças e jovens que possam vir a necessitar de respostas
educativas no âmbito da educação especial.
Ao Serviço de Educação Especial do agrupamento cabe determinar essas
medidas educativas, adequadas aos alunos com necessidades educativas especiais,
podendo incluir:
Apoio pedagógico personalizado
Reforço de estratégias e competências específicas necessárias à
aprendizagem.
Adequações curriculares individuais
Adequações no âmbito curricular que não põem em causa o currículo comum.
Adequações no processo de matrícula
Permitem condições especiais de matrícula e percurso escolar.
Adequações no processo de avaliação
O processo de avaliação pode sofrer alterações/adequações (instrumentos
de avaliação, tipo, formas e meios de comunicação).
Projecto Curricular do Agrupamento 40
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Currículo específico individual e tecnologias de apoio
Alteração significativa no currículo comum numa perspectiva funcional,
tendo como objectivo facilitar o desenvolvimento de competências, pessoais,
sociais e de autonomia do aluno, numa variedade de contextos de vida.
2.2.12. Actividades de Enriquecimento do Currículo
2.2.12.1. Organização e Gestão das Actividades de Animação e Apoio à
Família
De acordo com a Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, e em consonância com o
estipulado na Lei-quadro da Educação Pré-Escolar, em articulação com o Decreto-
Lei n.º 147/97, de 11 de Junho, a planificação das actividades de animação e de
apoio à família, tendo em conta as necessidades das famílias, é da responsabilidade
da direcção, ou das associações de pais, em articulação com a Câmara Municipal,
envolvendo os educadores responsáveis pelo grupo.
As decisões de natureza organizacional relativas às actividades de animação e
de apoio à família aplicam-se a todos os Jardins-de-infância do Agrupamento. A
gestão dos recursos humanos e materiais é função comum a todos os
intervenientes, cabendo-lhes também promover a formação de pessoal.
A supervisão pedagógica e o acompanhamento da execução das actividades
de animação e de apoio à família são da competência dos educadores responsáveis
pelo grupo. A supervisão pedagógica realiza-se após as cinco horas lectivas diárias,
no âmbito da componente não lectiva de estabelecimento, e compreende, nos
termos do Despacho n.º 12591/2006, de 16 Junho a programação das actividades,
o acompanhamento das actividades através de reuniões com os respectivos
dinamizadores, a avaliação da sua realização e reuniões com os encarregados de
educação. A planificação das actividades de animação e apoio à família deve ser
comunicada aos encarregados de educação no início do ano lectivo.
O desenvolvimento das diferentes actividades de animação e apoio à família,
terão sempre em conta as actividades/estratégias constantes no Projecto Educativo
do Agrupamento e projecto curricular de grupo.
Apresenta-se, de seguida, os conteúdos a trabalhar nas actividades de
animação e de apoio à família facultadas no Agrupamento:
Dança
Actividades rítmicas expressivas;
Exploração individual/pares/grupos do movimento;
Coreografias.
Projecto Curricular do Agrupamento 41
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Educação Física
Perícia e manipulação;
Deslocamentos e equilíbrios;
Jogos;
Actividades Físicas;
Expressão Dramática
Jogos de exploração;
Jogos dramáticos;
Representação de pequenas peças de teatro.
2.2.12.2. Organização e Gestão das Actividades de Enriquecimento Curricular
(AEC)
O Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, no seu artigo 11.º, refere que
compete às escolas, no desenvolvimento da sua autonomia e no âmbito do seu
Projecto Educativo, conceber, propor e gerir medidas específicas de diversificação
de oferta curricular, entre outras, tendentes a combater o insucesso escolar.
Estas actividades, de carácter facultativo e lúdico, visam proporcionar aos
alunos um suplemento de condições favoráveis à sua formação integral como
cidadãos livres, participativos e responsáveis.
O Despacho n.º 14460/2008, de 26 de Maio, esclarece que as actividades de
enriquecimento curricular devem oferecer um tempo pedagogicamente rico e
complementar das aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas.
Assim, em todos as escolas do 1.º Ciclo do Agrupamento, as crianças têm ao
seu dispor actividades diferentes que lhes proporcionam uma boa ocupação dos
tempos livres: Ensino do Inglês, Actividade Física e Desportiva, Artes Plásticas e
Apoio ao Estudo.
A supervisão pedagógica destas actividades é da competência dos professores
titulares de turma e a articulação horizontal (programação das actividades),
decorre nas reuniões de articulação entre docentes do 1.º ciclo e docentes das AEC.
Descreve-se, de seguida, os objectivos das AEC no Agrupamento:
Ensino do Inglês
Sensibilizar para a diversidade linguística e cultural;
Promover o desenvolvimento da consciência da identidade linguística e
cultural através do confronto com a língua estrangeira e a(s) cultura(s)
por ela veiculada;
Fomentar uma relação positiva com a aprendizagem da língua;
Projecto Curricular do Agrupamento 42
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Fazer apreciar a língua enquanto veículo de interpretação e comunicação
do/com o mundo que nos rodeia;
Promover a educação para a comunicação, motivando para valores como
o respeito pelo outro, a ajuda mútua, a solidariedade e a cidadania;
Contribuir para o desenvolvimento equilibrado de capacidades cognitivas
e sócio-afectivas, culturais e psicomotoras da criança;
Proporcionar experiências de aprendizagem significativas, diversificadas,
integradoras e socializadoras;
Favorecer atitudes de auto-confiança e de empenhamento no saber-
fazer;
Estimular a capacidade de concentração e de memorização;
Promover o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem;
Fomentar outras aprendizagens.
Actividade Física e Desportiva
Melhorar o nível geral da resistência e velocidade, de reacção, da
aceleração, do controlo espacial, do ritmo e da agilidade;
Desenvolver a capacidade de empenho em realizar as acções com
correcção e oportunidade;
Desenvolver o espírito de cooperação aplicando as regras definidas e
interacção com os companheiros.
Artes Plásticas
Apropriação das linguagens elementares das artes;
Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação;
Desenvolvimento da criatividade;
Compreensão das artes no contexto.
Apoio ao Estudo
Realização de trabalhos de casa;
Consolidação das aprendizagens;
Acesso a recursos escolares educativos diversificados;
Apoio e acompanhamento por parte dos professores do agrupamento.
2.2.13. Projectos e Clubes Escolares
No Projecto Educativo do Agrupamento foram definidas como prioridades a
mobilização da comunidade educativa em torno da melhoria progressiva dos
resultados escolares, o desenvolvimento de capacidades e competências, a
Projecto Curricular do Agrupamento 43
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
promoção da qualidade do ensino, a redução do abandono escolar, a prestação dum
apoio eficaz às aprendizagens dos alunos, através de uma política direccionada para
os valores culturais e de cidadania e dinamização das relações com a comunidade.
Para que tudo isto se torne possível, as estruturas do Agrupamento
desenvolvem actividades diversificadas, implicando os diferentes níveis de ensino e
intervenientes da comunidade escolar, com o objectivo de promover uma cultura de
Agrupamento. Ou seja, defende-se que, com um projecto articulado e planificado,
se desenvolve e se interioriza a ideia de cultura de Agrupamento, contribuindo para
uma integração mais eficaz dos vários grupos. Como consequência, e sentindo o
espaço escola como sua pertença, a integração dos discentes, docentes e não
docentes torna-se num processo natural, influenciando positivamente as
aprendizagens dos alunos, pois podem acontecer num processo contínuo de
desenvolvimento de competências.
Os clubes são espaços de desenvolvimento de actividades e aprendizagem de
vida associativa, onde alunos e docentes, em função das suas afinidades, vocações
e motivações, se encontram para a concretização de projectos específicos.
2.2.13.1. Projectos em Desenvolvimento no Agrupamento
2.2.13.1.1. Bibliotecas Escolares
No Agrupamento existem quatro bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares
(EB2,3/S Santos Simões, EB1/JI Serzedo, EB1/JI Cruz d’ Argola e Centro Escolar de
Infantas) que, sendo também conhecidas como Centro de Recursos Educativos,
constituem espaços de livre acesso, com mobiliário e equipamento adequados e
bem equipados com recursos informáticos e multimédia.
A coordenação e gestão das bibliotecas escolares está a cargo de uma
coordenadora na EB2,3/S e uma professora bibliotecária nas EB1/JI, tendo-se
tornado uma inevitável preocupação orientar a sua actividade no sentido de
motivar os alunos e professores à utilização deste recurso educativo. Foi, também,
constituída uma equipa de trabalho com formação adequada colaborando no
envolvimento de todos os docentes no projecto das bibliotecas escolares.
Os projectos das bibliotecas escolares enquadram-se nas restantes
actividades dos estabelecimentos de ensino, não só numa vertente curricular,
constituindo um serviço de apoio às actividades lectivas, um espaço isolado de
aprendizagem, como também, um espaço de ocupação de tempos livres. A
Biblioteca escolar constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo
um recurso fundamental para o ensino e para aprendizagem, na medida em que se
Projecto Curricular do Agrupamento 44
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
pretende que haja uma colaboração entre os professores e a equipa da Biblioteca
no sentido de fomentar uma aprendizagem efectiva dos alunos.
As Bibliotecas Escolares assumem um papel central no processo educativo,
fomentando competências a nível da literacia, da comunicação e informação, do
ensino/aprendizagem, tendo em vista o aprofundamento da cultura cívica,
científica, tecnológica e artística, de forma a criar utilizadores da informação nos
vários suportes e meios de comunicação, pensadores críticos e cidadãos
responsáveis.
O plano de acção das Bibliotecas Escolares é elaborado baseado nos
objectivos do Projecto Educativo. Esse plano é elaborado por quatro anos em que,
em cada ano lectivo, será escolhido um domínio, alvo de uma auto avaliação a ser
incorporada na avaliação da escola.
2.2.13.1.2. Centro de Aprendizagem
O Centro de Aprendizagem apresenta-se como uma estrutura de apoio ao
estudo com o acompanhamento e apoio de docentes de várias disciplinas que
possibilitam ao aluno adquirir métodos de estudo e autonomia face às suas
aprendizagens, combater as suas dificuldades, cooperar com outros colegas e
aprender a utilizar as novas tecnologias na perspectiva de uma aprendizagem
autónoma.
2.2.13.1.3. Plano da Matemática II
Constitui um projecto transversal que envolve todo o ensino básico com o
objectivo da melhoria dos resultados escolares dos alunos. É desenvolvido um
conjunto de estratégias, tais como, estabelecer assessorias de docentes de
Matemática na disciplina de Estudo Acompanhado nos 7.º, 8.º e 9.º anos, optimizar
os resultados nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos e nos exames do 9.º ano,
atribuir apoios pedagógicos com grupos de nível para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos
e disponibilizar um conjunto de materiais e jogos matemáticos para todos os alunos.
Este projecto visa, assim, desenvolver um conjunto de acções que permitam
superar as dificuldades mais relevantes na aprendizagem da Matemática,
favorecendo um clima de trabalho cooperativo e envolvendo não só os professores
e alunos mas as famílias/encarregados de educação. O PM II é, ainda, uma
importante alavanca na implementação do novo Programa de Matemática em curso
no 1.º Ciclo.
Projecto Curricular do Agrupamento 45
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.1.4. Plano Nacional de Leitura
O Plano Nacional de Leitura (PNL) é um projecto promovido pelo Ministério da
Educação em articulação com o Ministério da Cultura e com o Gabinete do Ministro
dos Assuntos Parlamentares, que procura aumentar os níveis de literacia e
promover o gosto pela leitura. Desenvolve-se através dos Coordenadores do PNL do
2.º e 3.º Ciclos, numa interligação com a biblioteca escolar, em articulação com os
docentes das disciplinas de Língua Portuguesa e Estudo Acompanhado desses
mesmos ciclos.
Relativamente ao pré-escolar e 1.º Ciclo, os docentes definem as obras a
trabalhar em contexto de sala de aula, nos respectivos departamentos curriculares
e em articulação com a professora bibliotecária.
Este plano vem dotar o Agrupamento de recursos que permitirão melhorar os
níveis de literacia dos alunos, na transversalidade dos vários ciclos de estudo. Neste
sentido, são definidas estratégias para a realização de leitura diversificada de obras,
com base nos interesses e nas necessidades dos alunos das diferentes
turmas/Grupos, expressos nos seus Projectos Curriculares de Turma/Grupo no
âmbito do Plano Nacional de Leitura, com vista a atingir os objectivos deste
projecto:
Promover o gosto pela leitura, enquanto factor de crescimento individual e
colectivo;
Criar um ambiente favorável à leitura, introduzindo-a no quotidiano dos
alunos;
Criar instrumentos e actividades que estimulem o prazer de ler;
Consolidar e ampliar o papel da Biblioteca Escolar no desenvolvimento de
hábitos de leitura.
Partilhando das preocupações patentes no PNL, no que se refere aos baixos
níveis de literacia da população, pretendemos dinamizar diversas acções de
promoção de leitura, estimulando o prazer de ler e da descoberta, associando às
palavras outras formas de linguagem: a expressão musical, a expressão plástica e
a expressão corporal.
Conscientes do papel fundamental da leitura na formação individual do aluno,
pretende-se desenvolver um projecto que visa criar e desenvolver hábitos de leitura
continuada. Aliando os livros às diferentes formas de expressão artística, procura-
-se incutir nos alunos o gosto e o hábito da leitura, combater o iletrismo, estimular
a criação literária e fomentar o espírito crítico.
Projecto Curricular do Agrupamento 46
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.1.5. Projecto Tecnológico da Educação
Este Projecto, constituindo um dos principais desafios, tem como objectivo a
utilização das novas tecnologias nas escolas do Agrupamento.
A equipa responsável coordena a instalação e manutenção dos equipamentos,
a formação interna do pessoal docente e não docente nas várias valências, a
produção de conteúdos multimédia e a gestão da plataforma Moodle e página Web
do Agrupamento.
Com a implementação deste projecto, a escola sede mantém e gere o serviço
de cartão electrónico dentro do estabelecimento, a gestão documental e respectivos
programas de gestão escola e promove a ligação permanente à Internet, por toda a
comunidade escolar.
A existência de 7 quadros interactivos, 35 projectores e de computadores em
todas as salas obriga a uma dinâmica de gestão dum parque de cerca de 200
máquinas que se encontram em pleno funcionamento.
As escolas do 1.º ciclo possuem computadores, impressoras e um quadro
interactivo em todas as salas, por escola. No entanto, a sua manutenção e gestão
está a cargo da Câmara Municipal.
2.2.13.1.6. Educação para a Saúde e Educação Sexual
Um dos principais vectores de actuação deste projecto centra-se na
“promoção de hábitos saudáveis de vida” e na “melhoria das relações interpessoais,
inter e intra - pares” inserido e de subsequente concretização nos Projectos
Curriculares e Turma.
Neste sentido, as temáticas da educação para a promoção da saúde fazem
parte do programa das disciplinas de Ciências da Natureza (6.º ano) e Ciências
Naturais (3.º Ciclo), Educação Física (2.º e 3.º Ciclos), Estudo do Meio (1.º Ciclo) e
na Área do Conhecimento do Mundo (Pré-Escolar). Os temas a desenvolver e os
conteúdos a trabalhar serão, também, transversais às Áreas Curriculares não
Disciplinares de Formação Cívica, Área de Projecto e, ainda, no Desporto Escolar.
Áreas de intervenção /temas a desenvolver:
- Alimentação e exercício físico
- Higiene pessoal, social e postural
- Violência em meio escolar
- Sexualidade
- Infecções Sexualmente Transmissíveis
- Consumo de substâncias psicoactivas
Projecto Curricular do Agrupamento 47
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.1.7. Desporto Escolar
Este projecto tem como objectivo proporcionar a todos os alunos, dentro da
escola, actividades desportivas de carácter recreativo/lúdico, de formação, ou de
orientação desportiva, tendo em vista a aquisição de competências físicas, técnicas
e tácticas, na via de uma evolução desportiva e da formação integral do jovem.
Os alunos deverão, ao longo do seu processo de formação, conhecer as
implicações e benefícios de uma participação regular nas actividades físicas e
desportivas escolares, valorizá-las do ponto de vista cultural e compreender a sua
contribuição para um estilo de vida activo e saudável.
Nas actividades do Desporto Escolar deverá ser observado o respeito pelas
normas do espírito desportivo, fomentando o estabelecimento, entre todos os
participantes, de um clima de boas relações interpessoais e de uma competição leal
e fraterna.
O projecto desenvolve-se nos 2.º e 3.º ciclos, a partir de grupos – equipas -
masculinos e femininos, que dizem respeito às diferentes modalidades desportivas
a oferecer, que são: basquetebol, BTT, voleibol e atletismo.
A competição entre equipas com outras escolas será desenvolvida através do
estabelecimento de protocolos e de campeonatos organizados pelo Gabinete de
Desporto Escolar.
Paralelamente o grupo de educação física promoverá a actividade interna do
desporto escolar com o envolvimento de todos os docentes da área, permitindo
uma transversalidade da acção e a motivação dos alunos pelo desporto.
2.2.13.1.8. Parlamento Jovem (Ensino Básico e Secundário)
O Projecto Parlamento dos Jovens surge como uma iniciativa institucional da
Assembleia da República todos os anos. A escola sede, pela importância de que se
reveste esta actividade, participa nas suas duas vertentes:
• Uma Sessão destinada aos alunos do ensino secundário;
• Uma Sessão destinada aos alunos do 2.º e 3.ºciclos do ensino básico.
O projecto, desenvolvido em diferentes fases, envolve os alunos que propõem
medidas, posteriormente defendidas em debates na escola e nos círculos distritais,
culminando com a realização anual de duas Sessões Nacionais na Assembleia da
República, no caso dos alunos do ensino secundário.
Os objectivos do Programa encontram-se direccionados para a educação da
cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política, assim como, dar a
conhecer a Assembleia da República e as regras do debate parlamentar, promover
Projecto Curricular do Agrupamento 48
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de
formação das decisões.
2.2.12.1.9. Parlamento Jovem Europeu (Ensino Secundário)
Projecto desenvolvido na cidade de Guimarães em parceria com as cidades
geminadas, promovido pela Associação Intermunicipal de âmbito europeu.
Pretende-se arquitectar uma réplica do processo democrático parlamentar onde os
vários representantes das escolas secundárias e profissionais apresentam e
debatem trabalhos e/ou medidas, procedendo-se, posteriormente, a uma votação
do melhor trabalho ou equipa que assume a representação do Município de
Guimarães.
2.2.13.1.10. Projecto Gatil Simãozinho
O Gatil Simãozinho representa um projecto pedagógico dado que se pretende,
através do contactar e cuidar dos gatos, educar para a cidadania, desenvolver
valores, como o respeito por todos os seres vivos, contribuindo para a formação de
melhores cidadãos.
Pretende-se que os alunos sejam sensibilizados para o aspecto cívico do
abandono e maus-tratos a que os animais estão sujeitos, responsabilizando-os pelo
seu bem-estar e limpeza. O aluno tem um papel de cuidador activo no tratamento,
alimentação, saúde e necessidades de um outro ser que depende deste aspecto.
2.2.13.1.11. Projecto PASSE
O “PASSE” é um projecto denominado Programa de Alimentação Saudável em
Saúde Escolar que tem como objectivo promover uma alimentação saudável em
crianças do 1.º ciclo.
Numa primeira fase aplicar-se-á aos 2.º e/ou 4.º anos e, posteriormente, para
os restantes alunos. É um projecto que se desenvolve em parceria com o Centro de
Saúde e que visa promover hábitos de alimentação saudável e o combate à
obesidade.
Os problemas de saúde ligados à alimentação, nomeadamente, mal nutrição,
colesterol, obesidade e cárie dentária são sentidos na nossa escola/comunidade.
As crianças não nascem com a capacidade de escolher alimentos em função
do seu valor nutricional, ganham os seus hábitos alimentares através da
experiência, observação e educação. Assim, a escola tem um papel inquestionável.
Projecto Curricular do Agrupamento 49
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.1.12. Programa Eco-Escola
O Programa Eco-Escolas é uma iniciativa de âmbito europeu sob a
responsabilidade da Fundação para a Educação Ambiental (FEE) destinado
fundamentalmente às escolas do ensino básico e que visa encorajar acções e
reconhecer o trabalho desenvolvido pela Escola em benefício do Ambiente (ABAE).
O Programa está orientado para a implementação da Agenda 21 ao nível local e
visa a aplicação de conceitos e ideias de educação ambiental à vida quotidiana da
escola e da comunidade que a rodeia bem como à das famílias. Pretende, ainda,
estimular junto das futuras gerações o hábito de participação nos processos de
decisão e a tomada de consciência da importância do ambiente no dia-a-dia da sua
vida pessoal e familiar.
Este Programa tenta encorajar acções e premiar o trabalho desenvolvido pelas
escolas, na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e
sensibilização da comunidade na adopção de comportamentos sustentáveis no
quotidiano. No Programa são abordados os temas base (água, resíduos, energia) e
temas complementares (biodiversidade, agricultura biológica, espaços exteriores,
ruído, transporte). A EB1/JI Cruz d’ Argola, inscrita no programa desde o ano 2000
(ainda a pertencer ao Agrupamento Horizontal de Escolas de Belos Ares) tem vindo
a ser reconhecida com a Bandeira Verde pelo facto de seguir a metodologia
proposta e realizar actividades no âmbito dos temas base e do tema do ano, tendo
partilhados as experiências com os restantes estabelecimentos de ensino.
No âmbito deste projecto desenvolvem-se, ainda, em todos os
estabelecimentos de ensino a recolha de materiais (tampinhas, rolhas de cortiça,
óleos usados, pilhas), dando resposta a proposta de projectos do Agrupamento.
2.2.13.1.13. Projecto “O 4.º no 5.º”
A transição para um novo ciclo, com as mudanças a ela inerentes, provoca
sempre nas crianças alguma ansiedade que, desde logo, deverá ser prevenida.
Assim, no mês de Junho proporciona-se a todos os alunos do 4.º ano, um conjunto
de actividades das AEC que lhes permitem experienciar “a vida no 2.º Ciclo”.
Este projecto é organizado pelo Coordenador de Educação Física da escola
sede, os professores da Actividade Física e Desportiva e os professores titulares de
turma do 4.º ano de todos os estabelecimentos de ensino do agrupamento.
Os alunos das escolas mais distantes da escola sede fazem a viagem em
transportes públicos, de forma a identificarem as paragens de entrada e saída e os
horários das camionetas. Os alunos das escolas mais perto fazem o percurso a pé.
Projecto Curricular do Agrupamento 50
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Chegados à escola são recebidos por “alunos-guias” do 5.º ano que os
encaminham para todas as actividades que se vão realizar na escola. Durante toda
a manhã participam em actividades desportivas, tomam banho nos balneários,
lancham no bar, almoçam na cantina, visitam a escola, e os principais serviços que
vão utilizar, tendo ainda contacto com o cartão e a sua utilização.
Este projecto tem tido resultados muito positivos e é muito apreciado pelos
alunos.
2.2.13.2. Clubes/Actividades Escolares
2.2.13.2.1. Clube da Robótica
Pretende proporcionar aos alunos um novo olhar sobre a ciência e tecnologia,
despertar de forma lúdica conceitos leccionados em várias disciplinas, e em
particular nas disciplinas de Electrónica e Ciências Físico-Químicas, e sensibilizar a
comunidade para a associação da ciência e tecnologia com as preocupações sociais
de forma a colaborar na formação de cidadãos responsáveis e interventivos.
2.2.13.2.2. Clube Santuna
Este clube fundado no ano lectivo de 2006/2007, pretende criar um espaço de
são convívio entre os diferentes membros da comunidade escolar, constituindo um
meio de motivação dos alunos relativamente à escola. Santuna foi o nome dado à
Tuna onde é bem visível o empenhamento e a participação activa de docentes e
alunos de diferentes idades. Os objectivos, para além de educar para a cidadania e
divulgar a cultura musical, prendem-se também com o desenvolvimento da
autonomia, auto-estima e sentido de responsabilidade dos discentes.
2.2.13.2.3. Clube de Teatro
Este clube pretende fomentar e desenvolver as capacidades artísticas das
discentes reveladas na disciplina de Oficina de Teatro. É um espaço dedicado a
todos os alunos, incluindo os do secundário, dado que estes, não possuindo
nenhuma área relacionada no seu currículo, manifestam vontade de ocuparem os
seus tempos livres no aprofundamento desta forma de arte.
Projecto Curricular do Agrupamento 51
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.13.2.4. Clube dos Porquês
Criação de um espaço em que as concepções das disciplinas de Ciências
Físico-Químicas e Naturais sejam desestruturadas, promovendo-se a aprendizagem
assim como, despertar, nos alunos, interesse pela ciência, ilustrando, para tal, e de
forma lúdica muitos dos conceitos leccionados nas disciplinas. Pretende-se também
sensibilizar a comunidade para a importância e necessidade de seguir a política dos
três R’s (Reduzir, Reciclar e Reutilizar).
2.2.13.2.5. Clube Moral em Alta
Este clube assume um cariz relacionado com a cultura e a fé, em que se
pretende dar a conhecer e analisar realidades em que a dignidade humana é
colocada em causa; no fundo, um espaço em que se promove um olhar construtivo
e humano sobre a realidade, questões éticas e em que cada um aprende a respeitar
o outro.
2.2.13.2.6. Escola em Movimento
Iniciativa anual onde se mostram diversas potencialidades dos alunos do
agrupamento em actividades amplamente participadas por toda a comunidade
educativa. Na semana dedicada a esta iniciativa acontecem iniciativas diversificadas,
exposições várias, laboratórios abertos, feiras, palestras e ainda a apresentação de
representações teatrais dos alunos (no Café Teatro) e outras actividades culturais
(no Sarau Cultural).
2.2.13.2.7. Feira Orienta-te
Feira de orientação educativa organizada pela autarquia vimaranense que
pretende mostrar a oferta escolar na cidade de Guimarães em que o Agrupamento
participa. A idealização e montagem do stand na feira surgem dum trabalho em
conjunto de docentes e alunos, sobretudo discentes da área de artes.
2.2.13.2.8. Arraial do Fim do Ano Lectivo
Este acontecimento parece adoptar o significado de encerramento das
actividades lectivas. Com representações teatrais, dança, canto, entre outras
iniciativas dos alunos, docentes, não docentes e pais e encarregados de educação,
este momento reveste-se de alegria, de expectativa, até de brincadeira para
Projecto Curricular do Agrupamento 52
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
aqueles alunos que, montando um espaço de venda dos seus trabalhos, consideram
ter alcançado o seu grande objectivo: mostrar as suas capacidades. Bancas típicas
de restauração contribuem, também, para o saudável convívio entre os
intervenientes da comunidade educativa do Agrupamento, no final de cada ano
lectivo.
2.2.13.2.9. Anuário do Agrupamento
Edição anual, desde a fundação do Agrupamento, que pretende ser um registo
de toda a comunidade escolar e das actividades realizadas em cada ano lectivo e
que conta com a colaboração de alunos, professores e funcionários para a sua
elaboração.
2.2.13.2.10. Comissão Disciplinar
Monitorizar o fenómeno da indisciplina, orientar os alunos no respeito pelos
outros e na alteração de comportamentos desajustados é uma preocupação da
Direcção do Agrupamento.
A disciplina na escola e, especificamente, na sala de aula é uma condição
determinante para a promoção de um clima favorável à aprendizagem.
Consequentemente, assume um papel central na melhoria das aprendizagens, dos
resultados escolares e do ambiente da própria escola.
A criação de uma Comissão Disciplinar tem como principais objectivos:
Monitorizar o fenómeno da indisciplina na escola;
Gerir conflitos;
Orientar os alunos na mudança de atitudes;
Levar o aluno a reflectir sobre o seu comportamento;
Colaborar com os Directores de Turma na despistagem de casos de
indisciplina;
Apoiar o pessoal não docente na prevenção da indisciplina;
Contribuir para a melhoria do clima da escola.
2.2.14. Subtemas do Projecto Educativo
2.2.14.1 Áreas de incidência prioritária ao longo do quadriénio
Da análise da realidade e do contexto em que se insere o Agrupamento e na
sequência das intenções do Projecto Educativo Educar para a Cultura e dos
Projecto Curricular do Agrupamento 53
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
subtemas a aprofundar, resulta um conjunto de factores a ter em conta na
definição do trabalho a desenvolver, ao longo deste quadriénio.
Assim, torna-se pertinente o aprofundamento da ideia de Agrupamento e a
sua ligação ao Meio procurando responder aos seus desafios e necessidades, a
formação integral e integrada dos discentes respeitando a diversidade de cada
indivíduo, numa ampla visão de educação para a cidadania.
2.2.14.1.1. Educação para o Ambiente - Ano lectivo 2009/2010
Na actual sociedade de características eminentemente consumistas, onde
quase tudo é descartável e efémero, também a questão do Ambiente poderá ser
objecto de uma abordagem enquadrada no mero espírito da moda, se não tiver
tratamento profundo que a sua importância assume para toda a vida do Planeta. É
uma questão incontornável, por dela depender a vida humana. Não se poderá
tratar com seriedade esta problemática, se, ao mesmo tempo, não se estiver
imbuído de um apurado espírito crítico.
Para toda a comunidade educativa é essencial que o tema Ambiente se
discuta e se identifiquem as causas do desequilíbrio ambiental, e não se fique
apenas pela constatação dos seus efeitos.
De forma um pouco mais localizada, poder-se-á dizer que, na área do
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões, não existem graves problemas
ambientais. Todavia, pelas implicações e complexidade do tema, reconhece-se que,
em toda a parte, a pertinência da questão ambiental se mantém nem que seja por
atitude preventiva, que é o nosso caso.
Os pequenos cursos de água poluídos, a progressiva destruição de área de
floresta, o desaparecimento dos campos agrícolas e a sua ocupação por
desordenado crescimento urbano, a ausência de espaços arborizados entre os
prédios que se comprimem, as questões alimentares ligadas à industrialização, o
tráfego automóvel desmesurado, a adopção de modelos culturais incorrectos por
influência dos “media”, são alguns dos muitos motivos de reflexão para a nossa
comunidade educativa.
Assim, focalizar os temas contidos nos programas através da reflexão sobre o
que se passa em termos ambientais na área de implantação do Agrupamento,
articulando esta particular incidência com outras preocupações mais gerais, afigura-
-se a forma adequada de abordar esta problemática.
Pretende-se um projecto que aborde problemas de ordem ambiental capaz de
evoluir em várias vertentes, de encontro aos interesses dos alunos e professores,
capaz de envolver toda a comunidade educativa e fundamentalmente capaz de
Projecto Curricular do Agrupamento 54
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
abordar situações práticas e objectivas, para as colocar ao serviço de uma acção
eficaz e real ao longo da vida dos alunos.
As prioridades de Acção são:
Reconhecer que pertencemos a um mundo onde todos vivem em união e
partilha de situações e espaços, que se pretendem cada vez mais
saudáveis;
Criar situações que promovam o convívio, o respeito entre todos, tornando
o mundo que os rodeia mais atractivo e são;
Sensibilizar para o desenvolvimento sustentável;
Consciencializar para um ambiente limpo e saudável, bem como, para a
preservação dos espaços verdes na cidade;
Alertar para os perigos da poluição;
Envolver as diferentes entidades na resolução de situações e problemas.
2.2.14.1.2. Educação para as Artes - Ano lectivo 2010/2011
A educação artística é elemento essencial para o crescimento intelectual,
social, físico e emocional dos jovens. É com base neste princípio basilar da Lei de
Bases do Sistema Educativo que, para o ano lectivo de 2010/2011, a área de
incidência deste projecto curricular, agregadora e transversal a todos os ciclos,
níveis de ensino e cursos, convergirá na educação para as artes, componente
essencial, indispensável na formação integral dos alunos do século XXI.
O objectivo primordial é desenvolver e consolidar as competências culturais
e artísticas, que promovam a compreensão, fruição, produção e criação de objectos
e conteúdos artísticos.
A escolha desta área granjeará também honrar o patrono do agrupamento
Joaquim Santos Simões, que se notabilizou na cidade de Guimarães como distinto
pedagogo, homem da ciência, das artes e da cultura e, em simultâneo, sensibilizar
toda a comunidade escolar para a participação activa, como actores e agentes, no
grande evento da cidade de Guimarães a realizar no ano de 2012 – Capital
Europeia da Cultura.
Por outro lado, pretende-se ainda motivar os jovens para a cultura e as
artes quer na dimensão estética quer na dimensão económica. Entenda-se que a
cultura e as artes devem ser encaradas como eixo de desenvolvimento da Cidade,
pelo que o projecto curricular de escola deve especial enfoque ao que de relevante
acontece, mostrando nichos de mercado, ofertas de desenvolvimento, interesses
novos e inovadores.
As Prioridades de acção são:
Projecto Curricular do Agrupamento 55
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Contribuir para o desenvolvimento da nossa comunidade e cultura
vimaranense através da promoção das competências da literacia artística –
comunicar e interpretar significados usando as linguagens artísticas;
Participar e cooperar com as entidades locais, regionais e nacionais em
realizações artísticas e culturais;
Impulsionar a prática da interdisciplinaridade;
Promover a assistência a espectáculos/exposições/instalações e outros
eventos artísticos;
Colaborar para o desenvolvimento de uma consciência multicultural
através do contacto com diferentes referências culturais e estéticas;
Desenvolver o conhecimento e a valorização do património artístico e
cultural local, de uma forma activa e interventiva;
Criar parcerias com instituições culturais e artísticas locais – Museu Alberto
Sampaio, Cineclube de Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, Sociedade
Martins Sarmento, permitindo deste modo a dinamização cultural da
escola e a sua projecção na comunidade local.
2.2.14.1.3. Interculturalidade – Guimarães 2012 – Ano lectivo 2011/2012
Os conceitos de interculturalidade e de educação constituem uma necessidade
e uma exigência da sociedade actual onde a globalização, migração, minorias e
tentativas de hegemonia são realidades. Por isso, a escola não pode abstrair-se
desta situação em que ela se encontra necessariamente envolvida, representando
um meio de desenvolvimento de valores de cidadania, de tolerância e de educação
multicultural.
Tendo presente o papel da escola e a escolha da cidade de Guimarães para
Capital Europeia da Cultura 2012, o Projecto Educativo do Agrupamento teria, e
dado a actualidade do mesmo, de incluir o aspecto Interculturalidade – Guimarães
2012, até porque a vertente cultura constitui uma característica dos projectos que
se têm vindo a desenvolver e em que os discentes fazem questão de se envolverem.
Sendo Portugal um destino turístico, não é menos verdade que Guimarães é
uma referência obrigatória para todos os visitantes, representando um espaço
aberto ao mundo, de permanente diálogo secular que acompanhou a diáspora
portuguesa e, mais contemporaneamente, com os povos europeus que se deixam
cativar pelo ambiente vivido em cada recanto da cidade.
Projecto Curricular do Agrupamento 56
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
2.2.14.1.4. Património Local e suas Tradições Locais – Ano lectivo 2012/2013
A Escola, na sua vocação de formar os homens e as mulheres de amanhã,
tem todo o interesse em levar, junto dos alunos, uma sensibilização e uma
informação adequadas ao conhecimento do património local e ao respeito pelo meio
ambiente, para que a sua intervenção no espaço público, seja em volta dessas
temáticas.
Ao promovermos o conhecimento, a formação e a sensibilização dos alunos,
sobre a forma de proteger e de defender o património local e um ambiente
saudável, estamos certamente a participar no processo de formação e
desenvolvimento de cidadãos conscientes e intervenientes na sociedade e na
criação de melhores condições de vida e de saúde das populações.
O conhecimento do património local é, para nós, o conhecimento do contexto,
actual e passado, em que se movem as populações e das características que as
rodeiam: história, etnografia, arquitectura, flora, fauna, água e ar que se respira.
Este conhecimento passa por apreender as suas características, o seu passado e a
sua evolução futura e é uma condição “sine qua non” para que amanhã, os nossos
alunos de hoje, possam ser os futuros cidadãos activos e conscientes que poderão
influenciar um desenvolvimento não contrário aos interesses das populações e do
planeta.
Património local, tem certamente a ver com as “pedras” e a sua história – que,
é verdade, nos podem dar o estatuto de património da humanidade – mas, pela
parte que nos toca, o património local que nos mobiliza, será esse e mais aquele
que a natureza nos oferece e que, tantas vezes, nós destruímos ou desrespeitamos,
umas vezes por falta de respeito, outras por falta de uma informação adequada.
Desta forma é, sem dúvida, o conhecimento do património local, na sua
globalidade, que nos interessa e que pode ajudar a entender melhor um passado
comum a todos os que vivem num mesmo território para construir, amanhã, uma
sociedade mais respeitadora dos valores culturais, sociais e do meio ambiente que
nos cerca.
Conhecer o contexto em que nos inserimos, formar e mobilizar os futuros
cidadãos que participem e sejam actores do desenvolvimento local e que deverão
ser os nossos alunos, é a tarefa que a nós nos fixamos e que pensamos estar
adaptada à procura das necessárias respostas aos desafios que se nos deparam na
escola.
Sendo esta região, território geográfico de uma nação com mais de 800 anos,
possui um incomensurável património que, de forma organizada pode estar ao
Projecto Curricular do Agrupamento 57
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
serviço dos homens e das suas instituições. Sobretudo pode e deve ser utilizado
pelas instituições que formam as futuras gerações – as crianças e os jovens.
As prioridades de Acção são:
Valorização e conhecimento do património do concelho;
Conhecimento da cultura e tradições do concelho;
Reconhecimento da importância das nossas raízes:
Sensibilização para a importância de Guimarães como Património da
Humanidade;
Descoberta de actividades centradas no local, na época medieval.
CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
3.1. Mecanismos de Avaliação
3.1.1. Avaliação na Educação Pré-Escolar
A avaliação é um elemento fundamental do processo de ensino/aprendizagem.
Avaliar consiste em recolher dados, ao longo do processo, que permitam obter
informação acerca da forma como se está a desenvolver o processo, de modo a
poder ajustar a intervenção educativa.
A avaliação deverá referir-se tanto à forma como as crianças estão a aprender,
como à revisão do procedimento do educador. Assim, o educador avalia o processo
de ensino/aprendizagem, a sua própria actuação e o desenvolvimento das
capacidades de cada criança em função das finalidades da educação de infância.
Importa, assim, saber o que avaliar, como avaliar e quando avaliar.
O educador deve reflectir sobre o grau de aprendizagem que pretende que as
crianças obtenham e para isso deve transformar os objectivos gerias em indicadores
a avaliar. Esses indicadores, que são como que uma especificação dos objectivos,
ajudam a ajustar o processo de ensino/aprendizagem e a dar melhor resposta aos
ritmos pessoais de cada criança.
Ao serem elaborados os critérios de avaliação para a educação pré-escolar,
deverão, os mesmos, incidir nas três áreas de conteúdo, apontadas nas Orientações
Curriculares. São elas:
Área de Formação Pessoal e Social;
Área de Expressão e Comunicação – que compreende três domínios:
a) Domínio das Expressões – com diferentes vertentes: Expressão Motora,
Expressão Dramática, Expressão Plástica e Expressão Musical;
Projecto Curricular do Agrupamento 58
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
b) Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita;
c) Domínio da Matemática.
Área de Conhecimento do Mundo
Na educação Pré-escolar a avaliação deve ser global, contínua e formativa. A
sua principal técnica é a observação directa e sistemática devidamente registada.
Esta deverá fornecer dados suficientes para que se possa informar os encarregados
de educação acerca do desenvolvimento dos seus educandos.
A avaliação é feita ao longo do processo, através da reflexão sobre a forma
como este se desenrola e a forma de actuação do educador, servindo para reajustar
a metodologia e fazer as correcções oportunas na sua planificação, assim como
verificar as evoluções e mesmo retrocessos na aprendizagem das crianças.
Esta reflexão/avaliação será transmitida aos encarregados de educação, em
ficha de avaliação.
3.1.2. Avaliação dos Ensinos Básico e Secundário
Todos sentimos e sabemos que a escola é, antes e acima de tudo, lugar e
tempo de crescer, construir, formar, ensinar e aprender. Aqui cabe também,
inevitavelmente, como consequência deste processo natural, a componente avaliar.
De acordo com as orientações e disposições consagradas no Decreto-Lei n.º
6/2001, de 18 de Janeiro e no Despacho n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, os aspectos
que se seguem devem permitir que cada etapa se possa realizar adequadamente,
numa perspectiva formadora e construtiva, como parte integrante de um trabalho
global, que se deseja cada vez melhor e mais gratificante.
3.1.2.1. Planificação do processo de avaliação
No início do ano escolar, os grupos disciplinares/conselhos de ano procedem,
para cada disciplina/área curricular e nível, à planificação das actividades lectivas,
incluindo nomeadamente:
a sequenciação e a temporização dos conteúdos a leccionar em cada
período;
a definição das competências, métodos e recursos educativos;
a selecção dos instrumentos de avaliação a adoptar em cada unidade
didáctica ou conjunto de unidades;
Projecto Curricular do Agrupamento 59
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
a aferição destes instrumentos de avaliação, particularmente no que se
refere à estrutura dos testes, sua terminologia de classificação e
respectivos critérios gerais de correcção;
a definição dos critérios de avaliação correspondentes à disciplina/área
curricular.
Os critérios de avaliação, depois de aprovados em reunião de Conselho
Pedagógico, serão transmitidos por cada professor aos seus alunos, encarregados
de educação no caso do 1.º Ciclo, no decorrer do primeiro período, fazendo registo
dessa acção no sumário/acta.
Cada Director de Turma/Professor Titular de Turma deverá informar os
Encarregados de Educação dos critérios gerais.
Nos cursos profissionais, a avaliação é modular e incide sobre as
aprendizagens previstas no programa das disciplinas de todas as componentes de
formação, no plano da Formação em Contexto de Trabalho e ainda sobre as
competências identificadas no perfil de desempenho à saída do curso. A avaliação
sumativa integra, no final do 3.º ano do ciclo de formação, uma Prova de Aptidão
Profissional (PAP). A avaliação de cada módulo exprime a conjugação da auto e
heteroavaliação dos alunos e da avaliação realizada pelo professor, em função da
qual este e os alunos ajustam as estratégias de ensino-aprendizagem e acordam
novos processos e tempos para a avaliação do módulo.
No caso dos alunos de Educação Especial, o Conselho de Turma, em conjunto
com o professor de Educação Especial, define os critérios e formas de avaliação
adaptadas aos alunos em questão.
3.1.2.2. Procedimentos a adoptar nos momentos de avaliação
A avaliação no final de cada período lectivo deverá traduzir o trabalho do
aluno, desde o início do ano até esse momento específico de avaliação, tendo por
finalidade informar o aluno, o encarregado de educação e o próprio professor, da
aquisição dos conhecimentos e desempenho definidos.
De acordo com o n.º 6, do art.12.º e o n.º 1 do art. 13.º, do Decreto-Lei n.º
6/2001, de 18 de Janeiro, a avaliação constitui um processo regulador das
aprendizagens, orientador do percurso escolar e certificador das diversas
aquisições realizadas pelo aluno, compreendendo as modalidades de avaliação
diagnóstica, de avaliação formativa e de avaliação sumativa.
No início de cada ano lectivo, realiza-se a avaliação diagnóstica. Pretende-se
a articulação com estratégias de diferenciação pedagógica, de superação de
Projecto Curricular do Agrupamento 60
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de
apoio à orientação escolar e vocacional.
A avaliação formativa assume um carácter contínuo e sistemático e visa a
regulação do ensino e da aprendizagem. São registados os elementos relevantes,
recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo
com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem.
A avaliação sumativa realiza-se no final de cada período, através das
informações recolhidas na avaliação formativa e traduz-se na formulação de um
juízo globalizante sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos.
No caso do 1.º Ciclo, o Departamento Curricular definiu os seguintes critérios
de avaliação, por anos de escolaridade:
1.º e 2.º Anos
A avaliação tem em conta a socialização e a integração da criança no grupo.
O comportamento e o respeito pelas regras estabelecidas contribuem para a
sua socialização.
É respeitado o ritmo de trabalho de cada aluno.
O interesse, o empenho, a autonomia e a iniciativa do aluno demonstrados na
realização das tarefas serão considerados importantes para o seu desempenho.
O desenvolvimento de hábitos e métodos de trabalho e de estudo resultarão
numa melhor organização e apresentação do caderno diário.
Em Língua Portuguesa, o aluno deverá apresentar um conhecimento
satisfatório ao nível da leitura e da escrita.
No Estudo do Meio, o aluno deverá apresentar um conhecimento satisfatório
sobre os temas relacionados com a descoberta de si mesmo e do meio próximo.
Em Matemática, deverá apresentar um conhecimento satisfatório ao nível do
sentido de número, cálculo mental e na resolução de problemas do seu quotidiano.
Na Educação Artística, o aluno deverá ter um domínio progressivo das
possibilidades do corpo e da voz, do cumprimento de regras, de destreza manual e
do controlo de postura.
3.º e 4.º Anos
A assiduidade e a pontualidade serão consideradas, bem como, o
empenhamento, o grau de responsabilidade, a autonomia, o espírito de iniciativa e
o interesse demonstrados.
A socialização é considerada através das relações interpessoais estabelecidas,
assim como, o comportamento do aluno.
Projecto Curricular do Agrupamento 61
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Em Língua Portuguesa, o aluno deverá apresentar um conhecimento
satisfatório ao nível das capacidades de comunicação oral, de comunicação escrita e
do funcionamento da língua – análise e reflexão.
No Estudo do Meio, o aluno deverá apresentar um conhecimento satisfatório
sobre os temas desenvolvidos ao longo do ano. É valorizado o desenvolvimento de
uma atitude crítica e fundamentada face aos temas em análise.
Em Matemática ,deverá apresentar um conhecimento satisfatório ao nível do
sentido de número e operação, do sentido espacial e das grandezas e medida.
Saber ler e interpretar dados, bem como organizar dados recolhidos, serão de
considerar na avaliação do aluno. Será, também, considerado o desenvolvimento
satisfatório das capacidades transversais.
No final do ano lectivo, o aluno fará a auto-avaliação que deve conter
informações relativas à aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes.
Sempre que se realizar a avaliação sumativa, compete ao professor titular de
turma, em articulação com o Departamento do 1.º Ciclo, reavaliar o Projecto
Curricular de Turma, com vista à introdução de eventuais reajustamentos no ano
em curso ou apresentação de propostas para o ano lectivo seguinte.
Compete ao professor titular de turma coordenar o processo de tomada de
decisões relativas à avaliação sumativa e garantir o respeito pelos critérios de
avaliação. Segundo o Despacho Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro,
compete ao professor titular de turma, no final do 1.º período ou no decurso do 2.º
período, nomeadamente até à Interrupção do Carnaval, elaborar um Plano de
Recuperação para os alunos que revelem dificuldades de aprendizagem em
qualquer área curricular disciplinar ou não disciplinar. No final do ano lectivo, o
professor titular de turma elaborará um relatório dos alunos que foram submetidos
a um Plano de Recuperação. Os alunos que, em resultado da avaliação sumativa
final, fiquem retidos serão alvo de um Plano de Acompanhamento a aplicar no ano
escolar seguinte.
Quando um aluno que já foi retido em qualquer ano de escolaridade não
possuir as condições necessárias à sua progressão, deve o mesmo ser submetido a
uma avaliação extraordinária que ponderará as vantagens educativas de uma nova
retenção. A proposta de retenção ou progressão do aluno está sujeita à aprovação
do Conselho Pedagógico, com base em relatório que inclua: processo individual do
aluno; apoios, actividades de enriquecimento curricular e planos aplicados;
contactos estabelecidos com os encarregados de educação, incluindo parecer destes
sobre o proposto; parecer do Serviço de Psicologia e Orientação; proposta de
encaminhamento do aluno para um plano de acompanhamento, percurso
Projecto Curricular do Agrupamento 62
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
alternativo ou cursos de educação e formação, nos termos da respectiva
regulamentação.
No decorrer da avaliação sumativa do 1.º período, quando existir algum
aluno que revele capacidades excepcionais de aprendizagens será elaborado um
Plano de Desenvolvimento pelo Professor Titular de turma que o submete ao
Director.
Nos cursos profissionais, a avaliação sumativa ocorre no final de cada
módulo, com a intervenção do professor e do aluno, e em reunião do Conselho de
Turma após a conclusão do conjunto de módulos de cada disciplina.
Atendendo à lógica modular dos cursos profissionais, a notação formal de
cada módulo, a publicar em pauta, só terá lugar quando o aluno atingir a
classificação mínima de 10 valores. O professor emitirá uma pauta a ser rubricada
pelos alunos que concluíram ou não o módulo.
Os momentos de realização da avaliação sumativa, no final de cada módulo,
resultam do acordo entre cada aluno ou grupo de alunos e o professor da disciplina.
O aluno pode requerer, no início de cada ano lectivo e em condições fixadas
pelo Conselho Pedagógico, a avaliação dos módulos não realizados no ano lectivo
anterior (Épocas de Recuperação de Módulos).
Os alunos podem fazer a recuperação dos módulos aos quais se
inscreveram, de acordo com o previsto na planificação da respectiva disciplina.
Ao longo do ano lectivo, devem ser promovidos com os alunos momentos de
auto-avaliação e reflexão.
3.1.2.3. Registos informativos de avaliações
Sendo a avaliação um processo contínuo resulta necessariamente de uma
multiplicidade de registos informativos ao longo do ano lectivo pelo docente e pelos
alunos.
Cada área disciplinar deve seleccionar os diversos registos de informação a
utilizar ao longo do ano. Como instrumentos de avaliação consideram-se
intervenções orais e escritas dos alunos durante as aulas, registos de observação,
trabalhos individuais ou de grupo, trabalhos de casa, testes escritos e portfolios de
evidências de aprendizagem individual.
3.1.2.4. Instrumentos de avaliação
No caso específico do 1.º Ciclo os instrumentos de avaliação nas áreas
curriculares disciplinares e não disciplinares são os seguintes: fichas de diagnóstico,
Projecto Curricular do Agrupamento 63
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
registos do professor, realizações diárias (escritas e orais), questionários, fichas de
avaliação formativa, relatórios, trabalho experimental, desempenho motor (área
psicomotora), grelhas de observação, auto e hetero-avaliação.
Nos ensinos básico e secundário é obrigatória a realização de
provas/trabalhos escritas e/ou outras práticas de avaliação, a sugerir pela área
disciplinar.
Os docentes com livro próprio deverão registar as datas de realização das
provas escritas e/ou práticas no livro de sumários da turma.
Só a título excepcional poderão realizar-se mais de uma prova escrita e/ou
práticas de avaliação no mesmo dia.
É obrigatória a entrega das provas escritas e/ou práticas de avaliação
devidamente corrigidas e classificadas, sendo a sua entrega obrigatória antes de
cada respectivo momento de avaliação.
No caso do 1.º Ciclo, em termos de notação, nos testes e nas produções
escritas e orais, com significado relevante nos aspectos evolutivo e das dificuldades
nas áreas disciplinares curriculares, adopta-se os seguintes níveis, tomando como
ponto de partida, a valoração quantitativa apenas como referência para a tradução
em menção qualitativa: 0 a 46% - Não Satisfaz, 47 a 50% - Satisfaz Pouco, 51 a
69% - Satisfaz, 70 a 89% - Satisfaz Bastante e 90 a 100% - Excelente.
No caso do 1.º Ciclo, no domínio cognitivo das competências desenvolvidas
e nos conhecimentos adquiridos a avaliação terá uma ponderação de 75% e no
domínio das capacidades, atitudes e valores uma ponderação de 25%, conforme
documento elaborado no departamento do primeiro ciclo.
No Ensino Básico a classificação das provas escritas é de 0% a 100%, e no
Ensino Secundário é de 0 a 20 valores.
A correcção e entrega de cada teste escrito são efectuadas antes da
realização do teste seguinte.
Os resultados de todos os instrumentos de avaliação devem ser dados a
conhecer aos alunos antes do final das actividades lectivas do período lectivo em
questão.
Os professores deverão proceder à apresentação, perante os alunos, da
correcção das provas escritas de avaliação, de forma oral ou por escrito.
3.1.2.5. Informações ao Director de Turma/Encarregados de
Educação
Os professores titulares de turma no 1.º Ciclo elaboram as Fichas de
Informação da avaliação dos alunos, as quais serão entregues, no final de cada
Projecto Curricular do Agrupamento 64
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
período, aos encarregados de educação em reunião marcada para o efeito, ficando
cópia no processo do aluno.
Para que todos os Directores de Turma possam dispor de elementos
informativos tão objectivos e completos quanto possível, relativamente aos alunos
da sua direcção de turma, é obrigatório o preenchimento da ficha informativa, por
cada professor da turma, pelo menos uma vez em cada período lectivo.
O Director de Turma é responsável pela sua distribuição entre os professores
da turma e deverá fazê-lo no momento que considerar mais apropriado, tendo em
conta o direito à informação que assiste aos encarregados de educação. Por sua vez,
compete a cada docente entregar a ficha devidamente preenchida ao director de
turma, com a maior brevidade possível.
Nos Cursos Profissionais, no final de cada período lectivo, o director de
turma fornecerá aos pais uma ficha de informação com elementos sobre: módulos
leccionados, módulos concluídos e respectivas classificações, módulos em que o
aluno não obteve sucesso, faltas justificadas ou não, comportamento e
aproveitamento em cada disciplina, apreciação global do trabalho realizado e
dificuldades evidenciadas pelo aluno.
3.1.2.6. Avaliação no final de cada período lectivo
Nas reuniões de avaliação de Conselho de Estabelecimento, para todos os
anos de escolaridade, no final de cada período, será feito o registo do
desenvolvimento das aprendizagens do aluno, em todas as áreas curriculares,
através de uma apreciação qualitativa/descritiva, com a menção Satisfaz ou Não
Satisfaz. No final de cada ano de escolaridade a avaliação exprime-se em Transitou
ou Não Transitou, exceptuando-se no 4.º ano que se exprime em Aprovado ou Não
aprovado.
Nas reuniões de avaliação, o conselho de turma deverá avaliar cada aluno
relativamente ao desenvolvimento das competências gerais do currículo e
específicas de cada área disciplinar, nas áreas curriculares disciplinares ou não
disciplinares.
Nas reuniões dos Conselhos de Turma, é da responsabilidade dos seus
membros alertar para eventuais discrepâncias nas classificações propostas,
devendo estas situações ser objecto de ponderação acrescida, antes de ser decidida
a classificação a atribuir.
Nas reuniões de avaliação, os professores deverão trazer consigo todos os
elementos de avaliação relativos aos alunos para eventual análise pelo Conselho de
Turma.
Projecto Curricular do Agrupamento 65
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
No ensino secundário, as subidas e descidas de mais de dois valores nas
classificações dos alunos, relativamente ao período anterior, devem ser ponderadas
em Conselho de Turma e devidamente justificadas.
A fim de clarificar as decisões relativas à progressão/retenção dos alunos,
nas reuniões dos Conselhos de Turma para apuramento das classificações finais,
recomenda-se que sejam observadas as seguintes orientações no ensino básico:
Nos anos não terminais de ciclo (2.º, 3.º, 5.º, 7.º e 8.º anos), a decisão
de retenção de um aluno só pode ser tomada se, tendo por referência as
competências essenciais de final de ciclo, o aluno demonstrou estar a
uma grande distância de as desenvolver em tempo útil, isto é, até ao fim
do respectivo ciclo;
A decisão de progressão de um aluno é uma decisão pedagógica tomada
pelo Conselho de Turma/Professor Titular de Turma que tem,
obrigatoriamente, de considerar que as competências demonstradas pelo
aluno permitem o desenvolvimento das competências essenciais definidas
para o final do ciclo.
O que é relevante nessa decisão é a análise global das aprendizagens feitas e
conducentes ao desenvolvimento de competências e não o número de níveis
negativos, nem a natureza das disciplinas ou das áreas curriculares disciplinares e
não disciplinares.
A menção qualitativa “Não Satisfaz” na de Área de Projecto é considerada um
nível negativo.
Não se constituindo as propostas para os efeitos da avaliação sumativa a
seguir anunciadas como um “receituário”, competirá ao conselho de turma analisar
todas as situações, tendo em conta a legislação em vigor. Estas propostas
pretendem, sobretudo, evitar discrepância nas decisões dos diferentes conselhos de
turma.
Anos
Disciplinas com Nível Inferior a Três a)
EFEITOS
PRESUMÍVES
5.º
, 7
.º e
8.º
an
os L. Port. + Mat. Progressão
Disc. A + Disc. B + Disc. C Progressão
L. Port. + Mat.+ Disc. A Retenção
L. Port. ou Mat. + Disc. A + Disc. B Retenção
Disc. A + Disc. B + Disc. C + Disc. D Retenção
Projecto Curricular do Agrupamento 66
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
As decisões de transição/retenção devem ser fundamentadas, caso os alunos
apresentem um perfil enquadrado por estes exemplos.
No caso do 1.º Ciclo, o aluno, ao longo do seu percurso, deverá ter
desenvolvido as competências necessárias para prosseguir com sucesso os seus
estudos no 2.º Ciclo. De acordo com o disposto nas alíneas a) e b) do n.º 49, do
Despacho n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, o Departamento Curricular definiu os
seguintes critérios de progressão:
a) Progridem os alunos que, no mínimo, fizeram aquisições de aprendizagens que
lhes permitem o desenvolvimento das competências essenciais definidas para o
final de ciclo, nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática;
b) Progridem os alunos com uma retenção que, no mínimo, fizeram aquisições de
aprendizagens que lhes permitem o desenvolvimento das competências
essenciais definidas para o final de ciclo, na área de Língua Portuguesa e que
revelem o conjunto de atitudes definidas no Registo de Avaliação (assiduidade,
interesse, bom comportamento, empenho,...);
c) Progridem os alunos com NEE que fizeram as aquisições de aprendizagens
definidas no respectivo PEI;
d) Progridem para o 2.º Ciclo os alunos com NEE, com idade igual ou superior a 12
anos, mesmo não tendo cumprido as aquisições de aprendizagem definidas no
PEI (com a anuência do encarregado de educação).
Nos anos terminais de ciclo (4.º, 6.º e 9.º anos), a decisão de
progressão/retenção é tomada de acordo com o Despacho Normativo n.º 1/2005,
de 5 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelos Despachos Normativos n.º
18/2006, de 14 de Março e n.º 5/2007, de 10 de Janeiro.
Os despachos normativos acima mencionados, bem como o Despacho
Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro assumem a retenção dos alunos como
uma medida pedagógica de última instância na lógica de ciclo e de nível, depois de
esgotado o recurso a actividades de recuperação ao nível da turma e da escola.
A nomenclatura a usar nos testes de avaliação sumativa nos 2.º e 3.º ciclos
do Ensino Básico, de acordo com indicações do Conselho Pedagógico, será a
seguinte: de 0% a 19% - Reduzido, de 20% a 49% - Não Satisfaz, de 50% a 69%
- Satisfaz, de 70% a 89% - Satisfaz Bastante e de 90% a 100% - Excelente.
3.1.2.7 Critérios de avaliação nas Áreas Curriculares Não
Disciplinares
Ao abrigo do Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro e do Despacho
Normativo n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, são definidos os seguintes critérios:
Projecto Curricular do Agrupamento 67
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Critérios de Avaliação
ÁREA D
E P
RO
JEC
TO
Fase de Concepção/Fase de Realização (80%):
Criatividade; Empenho e interesse; Pesquisa, recolha e selecção de materiais/informação; Organização do trabalho;
Cooperação/cumprimento de regras; Rigor na execução de projectos; Assiduidade e pontualidade;
Fase de Avaliação (20%):
Apresentação do trabalho; Divulgação;
Capacidade de auto e hetero-avaliação; Assiduidade e pontualidade;
ESTU
DO
ACO
MPAN
HAD
O Assiduidade e pontualidade;
Organização/Método de Trabalho; Interesse e empenho; Recolha e selecção de informação; Autonomia;
Craiatividade; Cooperação; Capacidade de auto e hetero-avaliação;
FO
RM
AÇÃO
CÍV
ICA
Assiduidade e pontualidade; Cumprimento de normas e regras;
Empenho e interesse;
Cooperação.
Para o ensino secundário, a avaliação quantitativa é obrigatória, enquanto, no
profissional, estão previstas a quantitativa e a qualitativa. A nomenclatura a usar
nos testes de avaliação no Ensino Secundário é a seguinte: de 1 a 9,9 –
Insuficiente, de 10 a 13,9 – Suficiente, de 14 a 16,9 – Bom e de 17 a 20 - Muito
Bom.
3.2. Perfil do aluno à saída de cada ciclo
3.2.1. Perfil da criança à saída da Educação Pré-escolar
O aluno, como resultado do seu percurso escolar, deverá:
Integrar-se e colaborar na organização e quotidiano do grupo;
Aceitar e seguir as regras de convivência e de vida social;
Planear e terminar as suas tarefas;
Aceitar a diferença manifestando atitudes de tolerância;
Demonstar curiosidade de saber e compreender porquê;
Ter consciência da importância de uma educação ambiental;
Interpretar código simbólico;
Projecto Curricular do Agrupamento 68
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Diferenciar escrita convencional do desenho;
Compreender e utilizar vocabulário básico adequado ao seu nível etário;
Relatar acontecimentos, ideias ou histórias de forma organizada e
contextualizada;
Ser capaz de classificar, seriar e ordenar;
Fazer correspondência associando o número à quantidade;
Adquirir noção de espaço e tempo;
Revelar capacidades nas tarefas de motricidade fina e global;
Adquirir noção de lateralidade;
Ter realizado aprendizagens básicas ao nível da matemática;
Utilizar diferentes técnicas de experiências e diferentes materiais;
Participar no jogo simbólico;
Desenvolver actividades que permitam à criança produzir sons e ritmos
com o corpo, a viz e instrumentos musicais;
Desenvolver capacidades de escuta e de apreciação musical.
3.2.2. Perfil do aluno à saída do 1.º Ciclo do Ensino Básico
O aluno, como resultado do seu percurso escolar, ao terminar o 1.º ciclo
deverá possuir:
Os conhecimentos basilares que permitam o prosseguimento de estudos;
Uma formação que lhe garanta a descoberta e o desenvolvimento dos
seus interesses e aptidões, capacidades de raciocínio, memória, espírito
crítico, criatividade, sentido moral e sensibilidade estética, promovendo a
sua realização em harmonia com os valores da solidariedade social;
A consciência nacional aberta à realidade concreta numa perspectiva de
humanismo universalista, de solidariedade e de cooperação internacional;
O conhecimento e o apreço pelos valores característicos da identidade,
língua, história e cultura portuguesa;
Maturidade cívica e sócio-afectiva, atitudes e hábitos positivos de relação
e cooperação, quer no plano dos seus vínculos de família, quer no da
intervenção consciente e responsável na realidade circundante;
Responsabilidade e ser interveniente na vida comunitária;
Gosto por uma constante actualização de conhecimentos;
Um desenvolvimento físico-motor, tanto nas actividades manuais como na
educação artística;
Uma formação equilibrada e relacionada entre o saber e o saber fazer, a
teoria e a prática, a cultura escolar e a cultura do quotidiano;
Projecto Curricular do Agrupamento 69
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
As competências específicas de cada área curricular.
O aluno, ao longo do seu percurso curricular no 1.º Ciclo, deverá ter
desenvolvido as aprendizagens e competências necessárias para prosseguir com
sucesso os seus estudos no 2.º Ciclo e ser capaz de:
► Na área curricular de Língua Portuguesa
Clareza, iniciativa, espontaneidade e coerência do discurso;
Usar um vocabulário diversificado e adequado;
Organizar as ideias nas frases e/ou textos que produz;
Narrar acontecimentos com sequência lógica;
Apresentar correcção ortográfica;
Usar adequadamente sinais, convenções ortográficas e concordâncias
gramaticais;
Ler com fluência, clareza e boa dicção;
Localizar a informação no texto lido;
Aplicar conhecimentos gramaticais (classe das palavras: nomes, verbos,
adjectivos, e pronomes e determinantes, elementos fundamentais da frase,
tipos e formas de frase, tipos de texto).
► Na área curricular de Matemática
Explicar ideias, processos e justificar resultados matemáticos;
Argumentar as suas ideias;
Formular e testar conjecturas relativas a situações matemáticas simples;
Interpretar informação e ideias matemáticas representadas de diversas
formas;
Expressar ideias e processos matemáticos, oralmente e por escrito,
utilizando linguagem matemática;
Revelar proficiência em cálculo mental;
Revelar conhecimento e capacidade de utilização do sistema de
numeração decimal, bem como das grandezas;
Saber ler, interpretar e organizar dados recolhidos.
► Na área curricular de Estudo do Meio
Apresentar espírito crítico e interventivo;
Respeitar o ambiente que o rodeia;
Pesquisar, seleccionar e organizar informação e dados recolhidos;
Aplicar os conhecimentos adquiridos (sobre si, sobre o meio social, físico e
preservação da natureza, do património histórico, cultural e ambiental);
Aplicar processos simples de conhecimento da realidade;
Projecto Curricular do Agrupamento 70
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Compreender o mundo que o rodeia, quer ao nível do conhecimento
histórico, quer ao nível da ciência e do domínio experimental.
► Nas áreas de Expressões Artísticas
Criatividade;
Empenho;
Cooperação;
Participação;
Experimentar e explorar técnicas e materiais;
Explorar capacidades e potencialidades.
► Áreas Curriculares não Disciplinares
Participar de forma activa nos projectos da turma e da escola;
Revelar métodos de trabalho e organização do estudo;
Respeitar regras e normas da escola e da sala de aula, bem como
respeitar o outro;
Desenvolver trabalho cooperativo;
Revelar espírito crítico e emancipatório, demonstrando um grau crescente
de autonomia.
3.2.3. Perfil do aluno à saída do 2.º Ciclo do Ensino Básico
O aluno no final 2.º Ciclo deverá ser capaz de:
Manifestar interesse e curiosidade por situações e problemas, questionando
a realidade e intervindo no sentido de a compreender, mobilizando e
articulando saberes e conhecimentos adquiridos de forma adequada, quer
por iniciativa própria quer por orientação;
Compreender textos orais e escritos assimilando as ideias globais e usar,
correctamente, a Língua Portuguesa para estruturar o pensamento e
comunicar de forma adequada;
Comunicar fazendo uso adequado de diferentes linguagens culturais,
científicas, tecnológicas e artísticas, e de linguagem não verbal;
Participar de forma activa, empenhada e organizada nas actividades
lectivas;
Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho;
Organizar as suas actividades de aprendizagem, pesquisando,
seleccionando e estruturando informação para a transformar em
conhecimento mobilizável;
Compreender e utilizar o raciocínio matemático em situações reais;
Utilizar técnicas de produção sonora a nível vocal e instrumental;
Projecto Curricular do Agrupamento 71
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Compreender textos simples, orais e escritos, em língua inglesa;
Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas de
segurança pessoal e colectiva, regras, critérios de actuação, de convivência
e de trabalho em vários contextos, manifestando sentido de
responsabilidade e respeito pelo seu trabalho e o dos outros, e atitudes de
entreajuda e solidariedade;
Mobilizar e coordenar os aspectos psicomotores necessários ao
desempenho de tarefas;
Manifestar atitudes de responsabilidade e postura activa face à preservação
do ambiente;
Se Auto-avaliar e ajustar métodos de trabalho à sua forma de aprender.
3.2.4. Perfil do aluno à saída do 3.º Ciclo do Ensino Básico
O aluno no final do 3.º Ciclo deverá ser capaz de:
Manifestar interesse e curiosidade por situações e problemas, questionando
a realidade e intervindo no sentido de a compreender, mobilizando e
articulando saberes e conhecimentos adquiridos de forma adequada, quer
por iniciativa própria quer por orientação;
Concretizar procedimentos pretendendo a compreensão da realidade e
resolução de problemas;
Compreender e utilizar o raciocínio matemático procedendo à modelização
do real;
Comunicar com uso adequado e capacidade de transferência entre diferentes
linguagens culturais, científicas e tecnológicas e artísticas;
Participar de forma activa, empenhada e organizada nas actividades lectivas,
expressando dúvidas e dificuldades, demonstrando persistência, esforço,
iniciativa e criatividade;
Discutir e defender, de forma fundamentada e argumentada, ideias, dando
espaços de intervenção aos outros;
Aplicar, correctamente, a língua portuguesa para comunicar de forma
adequada e para estruturar o pensamento, respeitando as regras do seu
funcionamento;
Compreender e produzir textos orais e escritos e interagir de forma oral e
escrita em língua inglesa, francesa ou espanhola;
Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho, organizando as suas
actividades de aprendizagem;
Projecto Curricular do Agrupamento 72
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em
conhecimento mobilizável, rentabilizando as tecnologias de informação e
comunicação nas tarefas de construção do conhecimento;
Manifestar sensibilidade e percepcionar estéticas da cultura do universo
visual e das várias expressões artísticas;
Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de
decisões, propondo-se intervir no confronto de diferentes perspectivas;
Participar em actividades interpessoais e de grupo, respeitando normas de
segurança pessoal e colectiva, regras, critérios de actuação, de convivência
e de trabalho em vários contextos, manifestando sentido de
responsabilidade e respeito pelo seu trabalho e o dos outros, e atitudes de
entreajuda e solidariedade;
Realizar diferentes tipos de actividades físicas promotoras do bem-estar, da
saúde e da qualidade de vida;
Determinar e respeitar regras para o uso colectivo de espaços;
Manifestar atitudes de responsabilidade e postura activa face à preservação
do ambiente;
Auto-avaliar as suas aprendizagens confrontando o conhecimento adquirido
com os objectivos propostos;
3.2.5. Perfil do aluno à saída do Secundário
Após a conclusão deste nível de ensino, pretende-se que o aluno consiga:
Actuar autonomamente, sabendo gerir pessoalmente e de forma eficaz
os seus objectivos, iniciativas e opções;
Articular a sua autonomia com a autonomia dos outros;
Manifestar segurança e uma auto-positiva nos seus comportamentos;
Ser capaz de desempenhar papéis sociais em contextos diferentes;
Comportar-se no quadro das regras sociais;
Estabelecer relações interpessoais satisfatórias de diversos tipos;
Consolidar uma cultura pessoal integradora que lhe permita reflectir
sobre as realidades do mundo actual;
Dominar competências de natureza técnico-científica que o habilitam a
intervir eficazmente numa sociedade cada vez mais tecnológica;
Dominar as competências comunicativas;
Demonstrar capacidades de compreensão, vivência e fruição da
realidade em que está inserido, nas suas diversas dimensões;
Projecto Curricular do Agrupamento 73
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Organizar os seus saberes e experiências, em sistemas interpretativos
coerentes, mas críticos e flexíveis;
Revelar capacidade de reconversão, actualização e incorporação de
novos elementos, face a novas situações;
Adquirir capacidade de actualizar competências técnico-científicas
adquiridas;
Desenvolver uma perspectiva de interesse face aos problemas do
grupo/sociedade;
Assumir juízos de valor pessoais sobre factos, pessoas, situações;
Preocupar-se com a qualidade, como factor de desenvolvimento das
pessoas e das sociedades;
Manifestar respeito, abertura e capacidade de diálogo face a
perspectiva/valores diferentes dos seus.
3.2.6. Perfil do aluno à saída dos Cursos Profissionais
Nos cursos profissionais, o perfil de desempenho à saída do curso encontra-se
definido na portaria de criação de cada curso que, do mesmo modo, enquadra os
cursos nas respectivas famílias profissionais e áreas de educação e formação.
Projecto Curricular do Agrupamento 74
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
4. AVALIAÇÃO DO PROJECTO
O presente Projecto Curricular de Agrupamento será objecto de uma
avaliação constante de forma a perspectivar um contínuo aperfeiçoamento das
práticas.
Será a partir da reflexão e do confronto entre o proposto e o realizado que se
irá progredindo, ajustando e avançando com novas propostas, definindo-se assim
as etapas seguintes.
Esta avaliação deve ser contínua, participativa, e os resultados devem ser
partilhados com todos os intervenientes da comunidade educativa, obedecendo a
momentos distintos, tais como:
Uma avaliação contínua no âmbito dos Projectos Curriculares de Turma, e como
tal, uma reformulação permanente das aprendizagens propostas, resultante das
necessidades e das características dos alunos;
No final de cada período lectivo, elaborada pelos Departamentos
Curriculares;
No final de cada ano lectivo, aprovada em Conselho Pedagógico;
No final do período de vigência, aprovada em Conselho Pedagógico.
Projecto Curricular do Agrupamento 75
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS
Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro (Currículos do ensino básico)
Decreto-Lei n.º 209/2002 (alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2001)
Despacho Normativo n.º 1/2005, de 5 de Janeiro (princípios e procedimentos na
avaliação das aprendizagens e competências)
Despacho Normativo n.º 3/2005, de 10 de Fevereiro (rectifica o Desp. Norm. n.º
1/2005)
Despacho Normativo n.º 18/2006, de 14 de Março (altera Desp. Norm. n.º 1/2005)
Despacho Normativo n.º 25/2006, de 21 de Abril (rectifica o Desp. Norm. n.º
18/2006)
Despacho Normativo n.º 50/2005, de 8 de Novembro
Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março (Org. e Gest. dos currículos do E.
Secundário)
Decreto Rectificativo N.º 44/2004, de 25 de Maio (rectifica o Dec. Lei n.º 74/2004)
Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro – (altera o Dec. Lei n.º 74/2004)
Decreto Rectificativo n.º 23/2006, de 7 de Abril - rectifica o Dec. Lei n.º 24/2006)
Portaria n.º 550-D/2004 (Org., Func. e avaliação do Ensino Secundário – CCH)
Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março – (altera a Portaria n.º 550-D/2004)
Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de Julho – (reajustamento nos planos dos CCH)
Decreto Rectificativo n.º 84/2007, de 22 de Agosto – (rectifica ao Decreto-Lei n.º
272/2007)
Portaria n.º 1322/2007, de 4 de Outubro – (alterações introduzidas na
regulamentação dos CCH, reajustados pelo Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de
Julho)
Portaria 550-A/2004, de 21 de Maio (Org., Func. e avaliação do E. Secundário –
CT)
Portaria n.º 260/2006, de 14 de Março – (altera a Portaria n.º 550-A/2004)
Portaria n.º 207/2008, de 25 de Fevereiro – (altera a Portaria n.º 550 A/ 2004)
Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio (Org., Func. e avaliação do E. Secundário –
CP)
Portaria n.º 797/2006, de 10 de Agosto – (altera a Portaria n.º 550-C/2004)
Portaria n.º 1283/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Apoio à
Infância)
Portaria n.º 1288/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Turismo)
Portaria n.º 1287/2006, de 21 de Novembro (Criação de Curso P. T. de Tur. Amb. e
Rural)
Projecto Curricular do Agrupamento 76
___________________________________________________________________________________
Agrupamento Vertical de Escolas Santos Simões
Portaria n.º 913/2005, de 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de Inform. de
Gestão)
Portaria n.º 897/2005, 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de G. E.
Informáticos)
Portaria n.º 899/2005, de 26 de Setembro (Criação de Curso P. T. de Gestão)
Despacho n.º 14 758/2004, de 23 de Julho (funcionamento dos C.P. nas E. Sec.
Públicas)
Despacho Normativo n.º 36/2007, de 8 de Outubro (Regulamenta o processo de
reorientação do percurso formativo dos alunos, através dos regimes de
permeabilidade e equivalência entre disciplinas)
Despacho Normativo n.º 29/2008, de 5 de Junho (Altera o Desp. Norm. n.º
36/2007)
Despacho n.º 19308/2008, de 21 de Julho (Princípios orientadores da organização e
gestão do currículo)
Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto (Estabelece o regime de aplicação da educação
sexual em meio escolar)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALP; Casa do Professor; AMORIM, M.C.; Virgo (2002). Competências,
Currículo e Planificação do 1.º Ciclo. Braga: Editora Nova Educação
Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências essenciais. Departamento
da Educação Básica: Ministério da Educação
GIMENO, José (1988). El curriculum: una reflexión sobre la práctica. Madrid:
Morata
ROLDÃO, Maria do Céu (1999) Fundamentos e Práticas. Lisboa: Ministério da
Educação
Educação Especial – Manual de Apoio à Prática (2008). Lisboa: Ministério da
Educação – DGIDC.