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Nº17 junho 2015 1 € ISSN 1646-6411 Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior Viana do Castelo

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Nº17junho 20151 €

ISSN

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Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior Viana do Castelo

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junho 2015 | Na Maior! |

A scientia que os gregos designavam ejpisthvmh (conhecimento), em oposição ao senso comum, é uma das modalidades privilegiadas que assume o conhecimento humano, enquanto conhecimento fundamentado, verdadeiro e universal.

Porém, se toda a ciência é conhecimento, o inverso já não é verdadeiro. Isto significa que há outras formas de saber e de dizer a realidade. O discurso filosófico, o discurso religioso, o discurso estético, o discurso político são formas de outras formas de dizer o real.

Ao celebramos os 500 anos do

nascimento de Frei Bartolomeu dos Mártires sentimos que estamos, concomitantemente, a celebrar 500 anos de conhecimento.

Nesse pedaço de tempo, muitos acontecimentos marcaram a humanidade.

Num percurso retrospetivo, fatalmente incompleto, olhar com novos olhos a realidade é ver outras realidades. E vemos, ainda hoje, como foram determinantes algumas das decisões do Concílio de Trento (1545-1563) em que Bartolomeu dos Mártires participou de modo interventivo e notável; como antes disso a invenção da imprensa (1440) revolucionou definitivamente as mentalidades, facilitando o desenvolvimento do Renascimento, das Reformas e a disseminação do conhecimento.

Revolucionados os conceitos antigos, o humanismo acrescentou as bases de um novo método científico, estimulando e alargando a evolução do conhecimento.

Com os progressos matemáticos nos quais Pedro Nunes teve um papel decisivo, a astronomia renovou-se. O movimento dos astros contestou definitivamente o geocentrismo e autenticou o pensamento de Copérnico. O desenvolvimento da física fez surgir conhecimentos que se ligam intimamente ao grande século das ciências (XVII) no qual Galileu e Descartes se afirmaram.

É então o tempo de António Vieira, cujas prodigiosas palavras fizeram antever o iluminismo, o berço da promulgação dos Direitos do Homem (1789) e de uma nova pujança intelectual.

Com Darwin, o século XIX acrescentou uma nova geração de jovens naturalistas e biólogos futuros que, elegendo os organismos como objeto de estudo científico, revolucionaram o paradigma da ciência e alargaram o anterior modelo da racionalidade científica: pela sua singularidade, os organismos não

Editorial

Índice|2| Editorial | Índice | Ficha técnica |3| O Agrupamento está em festa! |4| Vale ou não vale a pena estudar |5| A nossa escola está de parabéns! - Acesso ao ensino superior | Prémios de Mérito |6| O Agrupamento que antes de o ser já o era... |7| Liceu - gratas recordações |8| A minha escola | Uma escola com alegria e... Música |9| Diário do Frei | Entre os escritos de Bartolomeu dos Mártires | Laços Afetivos |10| Um olhar sobre a escola | Física a Brincar! | Mobilidade sustentável, cidade saudável | AMO-TEatro 11| Matemática na Maior! |12| Cursos Profissionais |13| Um olhar sobre a História | KLeio Abril |14| Semana Maior |15| Semana Maior |16| ESPAÇO (com) SENTIDO |17| Um olhar sobre a escola | Escrever depois de LER JORNAIS |18| Celebrar as palavras |19| Celebrar as palavras |20| Celebrar as palavras |21| Celebrar as palavras |22| Português Para Todos | Diálogo Intercultural |23| Filosofia |24| ‘Um olhar sobre a escola | Semana da Leitura | Concurso Nacional de Leitura |25| Parlamento dos Jovens |26| XIX Colóquios Juvenis de Arte |27| Flash Natureza - Um outro olhar | A Natação está na Maior

são reduzíveis à sua dimensão externa, objetivável e quantificável.

Criada a emergência das Ciências Sociais e Humanas, o homem é agora, ele próprio, o objeto de estudo, facto este que reclama um estatuto epistemológico com base na especificidade e na maior complexidade humana relativamente à natureza. Na segunda metade do século XX, o homem dá o pequeno grande passo na superfície da lua e inicia-se a terceira grande revolução, alicerçada nas novas tecnologias e sucessora da anterior revolução do livro, quinhentos anos atrás, e, muito antes desta, em 4000 a. C., a da invenção da escrita.

Em plena era digital, o modo como utilizamos o conhecimento é já outro. A ciência moderna não é agora a única explicação possível da realidade e não há sequer qualquer razão científica para a considerar melhor que as explicações alternativas da metafísica, da astrologia, da religião, da arte ou da poesia. É uma revolução imensa que Serres (2012) metaforicamente identifica como a ‘geração do pequeno polegar’, em que o conhecimento se libertou dos suportes físicos e modificou o modo como aprendemos ou comunicamos. O grande desafio que se nos depara parece ser agora a capacidade de dar sentido ao próprio conhecimento.

A atividade jornalística desta escola completa 70 anos. É certo que não chega à quinta parte dos 500 anos de conhecimento que na Semana Maior comemorámos mas, ainda assim, pretende ser um suporte para a reorganização da escola que na contemporaneidade se impõe.

Como nos ensinam as poesias de Camões, o conhecimento será uma espécie de utopia construída e desconstruída na experiência de existir.

Mas não foi este, afinal, o equivalente desafio que Bartolomeu dos Mártires se reclamou, dando absoluto sentido, na sua prática de vida, às palavras que poderosamente defendia e pregava?

Ainda bem! É também por isso que o Agrupamento

está em festa!

Ficha técnicaTítulo Na Maior! (nº17, 2ª série)ISSN 1646-6411Tiragem 1000 exemplaresPublicação junho 2015Escola Secundária de Santa Maria MaiorRua Manuel Fiúza Junior - 4901-872 Viana do CasteloTelef. 258800020 Fax 258800029Email [email protected] Http://www.esmaior.comGrupo coordenador Ana Bela Afonso, Isabel LimaProdução e digitação de textos Professores e alunos participantes no projeto “Na Maior!”Fotografia e Ilustração Catarina Dias, Dio-go Ferreira, Miguel Teodoro, Luisa CoelhoArranjo Gráfico Grupo Coordenador, Profa

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Andreia Coutinho, Catarina Dias, Diogo Ferreira, Luisa Coelho, Margarida Coelho , Miguel TeodoroCapa Miguel Teodoro

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O Agrupamento está em festa!

Este é o ano de Frei Bartolomeu dos Mártires.

Talvez não seja nada exagerado afirmar que os vianenses consideram Frei Bartolomeu uma das suas mais destacadas figuras de sempre. É verdade que não nasceu aqui mas tomou a decisão de cá viver os últimos anos de vida, precisamente aqueles em que abdicou do seu poderosíssimo cargo de arcebispo de Braga (Viana do Castelo, Bragança e Miranda). Enquanto figura pública a sua ação teve muita relevância na História de Portugal e da Igreja Católica. Por isso as comemorações nacionais dos 500 anos do seu nascimento tiveram início solene no dia 9 de maio de 2014 na Academia das Ciências de Lisboa onde o Professor Adriano Moreira e D. Manuel Clemente referiram como o seu perfil de entrega caritativa e a sua forte sensibilidade ética anteciparam a ação pastoral do Papa Francisco.

Este é o ano da Frei. Eis algumas das razões para este ser o ano

da Frei. Queremos reconhecer e dar brilho à figura do nosso patrono que se preocupou com as questões do seu tempo e deu uma atenção preferencial aos mais frágeis. Por isso a Frei se engalanou e resplandeceu. O Agrupamento está pois em Festa. No dia 8 de setembro, a abertura oficial do ano letivo no nosso Agrupamento foi celebrada no Convento de S. Domingos, fundado por Frei Bartolomeu e primeira sede (1853) do liceu de Viana do Castelo, tendo o Sr. Bispo da Diocese, D. Anacleto Oliveira, proferido uma palestra alusiva.

O nosso Agrupamento apresentou publicamente, no dia 24 de setembro, um programa rico e significativo para todo o ano letivo 2014-2015. Algumas iniciativas merecem destaque: a FESTA do FREI/Feira quinhentista que animará o Largo de S. Domingos na tarde e noite do dia 5 de Junho. A concretização de um importante Ciclo de Conferências ‘Memória e Conhecimento’ incidindo sobre assuntos e temas relevantes para uma revisitação do tempo de Frei Bartolomeu situando os 500 anos de conhecimento. A realização de exposições com trabalhos dos alunos, dramatizações, filmes, entrevistas,

roteiros históricos, concursos, leituras, programas de rádio, projeto LER+, livros pertinentes. A promoção de exposições de ciência, instrumentos de navegação e nós de marinharia e jogos, a arte e a cultura no tempo de Frei Bartolomeu.

A comunidade educativa – pais, alunos, professores, assistentes técnicos e operacionais das três escolas que compõem o nosso Agrupamento – aceitou este grande desafio de honrar a figura ilustre de Frei Bartolomeu e está a trabalhar em sintonia na realização de múltiplas atividades criativas.

A celebração final terá lugar num espaço significativo da cidade – os claustros do convento de S. Domingos onde, no dia 5 de junho, um espetáculo multimédia Frei Bartolomeu dos Mártires – 500 anos, 500 olhares fará brilhar para sempre a sua figura.

Mensagem de Benjamim Moreira - Diretor do Agrupamento

Equipa Diretiva: Professores Cristina Morais; Paula Pereira; António Gonçalves; Benjamim Moreira; Lia Faria; Conceição Caldas; José Lima (da esquerda para a direita)

Tomada de Posse, junho 2014

Sessão Solene 2015

Entrega de Prémios, equipa desportiva Maior

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É com muito gosto que, uma vez mais, me associo a esta cerimónia de abertura da “Semana Maior” na qualidade de Presidente da Associação de Pais da ESSMM e este ano também na qualidade de Presidente do Conselho Geral do Agrupamento. A Escola Secundária Santa Maria Maior e agora o agrupamento, organiza anualmente uma “semana” de celebração do conhecimento, da arte e da liberdade - a “Semana MAIOR”. Este ano a semana tem como tema “500 anos de conhecimento” evocando o quingentésimo aniversário do nascimento do Frei Bartolomeu dos Mártires.

Frei Bartolomeu dos Mártires está intimamente associado a este agrupamento, não só por ser o patrono de uma das suas escolas (Escola Frei Bartolomeu dos Mártires), mas igualmente por aquando a criação do Liceu em Viana do Castelo em 1853 (faz este ano 162 anos) o seu primeiro espaço físico ter funcionado numa única sala do extinto convento de S. Domingos (que foi em 1560 fundado por Frei Bartolomeu dos Mártires). Pregar e reformar - partindo da transformação da sua própria vida e do conhecimento sempre renovado do Evangelho e da sua vasta diocese - foi a missão e a paixão deste grande bispo dominicano. Vem tudo estampado no seu lema episcopal: “Arder e iluminar - Não se conformar com o estado atual do mundo.” Foi um homem que “não conformado com este mundo”, dizia “porque não há corpo fraco onde o coração é forte”. Apesar da sua notável craveira intelectual (ele próprio professor, com o grau académico de Doutor em Teologia), como homem modesto, não deixou de exercer com empenho e abnegação uma ação notável de assistência aos mais necessitados, imagem que deixaria para a história. Considerando a ignorância a maior das pobrezas, o Arcebispo tudo fez para lhe pôr remédio. Deixou um legado nos diferentes ramos do saber mas muito em especial na Teologia, pela qualidade do ensino, pelos valores que incutiu aos alunos e pelos excelentes resultados na produção de conhecimento. É impossível dissociar conhecimento de educação/escola/ensino/estudo.

Valter Hugo Mãe escreveu: “As escolas

não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se”. Paulo Freire, dizia que formar um(a) aluno(a) é muito mais que treinar e depositar conhecimentos simplesmente. Falava igualmente da esperança e do otimismo necessários para mudanças e da necessidade de nunca se acomodar, pois “somos seres condicionados, mas não determinados”. Assim, a educação assume-se como uma forma muito importante de intervenção no mundo, sendo o seu debate atual e pertinente. Vale ou não vale a pena estudar?

Um agrupamento como o nosso que está atento à importância do desenvolvimento cívico dos alunos, promove a participação cívica e o respeito pelos valores da tolerância e da convivência democrática, com diferentes atividades e com o seu envolvimento nos órgãos de administração e gestão, em que é fomentado o espirito de solidariedade, a responsabilidade pelo bem-estar dos outros e o sentido e partilha são cultivados, tem um ambiente propício às aprendizagens. Neste agrupamento as expetativas relativamente ao futuro são elevadas, tanto por parte da maioria dos alunos, como

dos pais e encarregados de educação. O agrupamento tem assegurado a resposta a estas expetativas e às características do contexto socioeconómico, com uma excelente percentagem dos alunos que terminam o 12º ano a entrar no ensino superior e com a criação dos cursos profissionais.Um recente artigo que li do Prof Doutor Luís Cabral (docente da Universidade de Nova Iorque) dizia que “é importante que a atual situação conjetural não nos faça perder uma importante conquista das últimas décadas: a expansão fenomenal do acesso ao ensino superior (há uns anos, menos de 10% dos jovens entravam para a universidade, hoje em dia, a percentagem é superior a 30%). Na maior parte dos casos, o curso superior é um investimento economicamente rentável; e isto para não falar no valor global da educação que vai muito para lá da rentabilidade económica”.

Em nome dos Pais/E.Educação dirijo, à comunidade educativa deste agrupamento, uma sentida palavra de agradecimento por tudo que fazem pelos nossos educandos enquanto promotores do conhecimento.Quero felicitar, de forma muito calorosa, todas as pessoas envolvidas na “Semana Maior” (alunos, professores, funcionários, pais) pelo certamente árduo trabalho que iremos apreciar. O agrupamento está em festa! (como diz o programa da Semana Maior).

Desejo a todos e a todas uma plena semana de conhecimento, partilha e sã convivência.

Vale ou não vale a pena estudar?

Mensagem de João Ferreira - Presidente do Conselho Geral

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A nossa escola está de parabéns!

Acesso ao ensino superior

189 alunos da nossa escola entraram em 2014 para o ensino superior, tendo 93% sido colocado logo na 1ª fase.

No processo de candidatura os alunos indicaram, por ordem de preferência, 6 opções Curso/ Universidade pretendidas.

No caso dos nossos alunos, a maioria ( 51%) ficou colocada na 1ª opção (ver gráfico).

No universo dos cursos escolhidos, Gestão ocupa destacadamente o primeiro lugar, seguindo-se de Medicina, Economia, Turismo, Engenharia.

Prémios de Mérito

Em 24 de Janeiro, regressaram à se-cundária os alunos que concluíram o 12º ano no ano letivo passado. A cerimónia, que decorreu no auditório repleto, con-tou também com atuações musicais, dança e magia protagonizadas por alunos e ex-

alunos. Foram entregues os Diplomas do Ensino Secundário (Cursos Científico Humanísticos e Profissionais) e, também, os Prémios de Mérito e Excelência: TOP TEN; Prémio Eng.º Gilberto Ranhada, de Matemática; Prémio Associação de Pais/

Areal Editores, para o melhor aluno em Português; Prémio Associação de Pais/Caixa de Crédito Agrícola, para o melhor aluno em Economia A.

Melhor Aluna dos Cursos Cientifico-Humanísticos

Marta Isabel Sousa Faria Afonso

Turma E

Classificação Final 20 val.

Melhor Aluna dos Cursos Profissionais

Jéssica Neiva Meira

Turma N

Classificação final 17 val.

Melhor Aluna na Disciplina de Economia A

Daniela Soares Martins

Turma J

Classificação Exame 19 val.

Prémio Ser Pessoa na Maior

Diogo Miguel Borges Ferreira

Turma 12º F

Delegado de Turma

Representante dos Alunos no Conselho Geral

Melhores Alunos na Disciplina de Matemática

Ana Catarina Torres Silva

Turma B

Classificação Final 20 val.

Diogo Luís Neves dos Santos Pires

Turma C

Classificação Final 20 val.

Marta Isabel Sousa Faria Afonso

Turma E

Classificação Final 20 val.

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As minhas primeiras lembranças da escola remontam aos tempos em que mal sabia ler ou escrever. Contudo, já era muito semelhante à pessoa que sou hoje: tímida, teimosa, defensora das minhas ideologias, com uma atitude muito introspetiva e sempre pronta a ajudar os outros.

Em setembro de 2003, entrei na Escola primária do Carmo.

São inúmeras as memórias felizes que tenho destes tempos!

Lembro-me de conviver mais com os rapazes do que com as raparigas (daí que tenha sido uma verdadeira jogadora de futebol), de jogar à macaca, de construir casinhas para formigas, de procurar pelo que chamávamos de totobolas (pequenos bichos que cada vez que lhe tocávamos, encolhiam o corpo parecendo uma bola), de fazer pinhas com comida para os pássaros, de realizar escavações no terreno da escola à procura de ossos (daí que uma das minhas preferências profissionais seja seguir arqueologia), das imitações que fazíamos das WINX (desenhos animados que consistiam num grupo de fadas muito divulgado na televisão), dos jogos com o hula-hula, dos conflitos com as raparigas com puxões de cabelos e aos gritos, das caças ao tesouro, da minha primeira praga de piolhos e da minha primeira carta de amor.

Em setembro de 2007, começo a minha vida escolar na Frei Bartolomeu dos Mártires.

Foram tempos de novas experiências, desde a participação nos corta-matos e nos torneios de voleibol, à descoberta de novas disciplinas e de estar num escola maior e com mais alunos...

Também foi nesta escola que passei uma fase importante na vida de um adolescente: a puberdade, ou como dizia a minha professora de Geografia: "a idade do armário"… Deixei de conviver tanto com os rapazes e a passar a estar mais com as raparigas, comecei a maquilhar-me, recebi a minha primeira declaração de amor...

Para além disto, lembro-me das reuniões que fazíamos entre amigos no polivalente, do convívio no Parque do Gil (um pequeno parque que havia na escola), dos jogos de ping-pong no recreio, das minhas participações em teatros e espetáculos musicais, da semana das línguas

em que comíamos comida típica de França, Espanha, Alemanha e Inglaterra, das festas à noite na escola.

Foi também neste tempo que, a pouco e pouco, comecei a conhecer-me a mim mesma e a traçar as minhas preferências ao nível das disciplinas.

Por fim, em setembro de 2012, entrei na escola secundária de Santa Maria Maior.

Foram tempos de renovação que aqui passei e ainda estou a passar pois foi nesta altura que comecei a perceber a importância e a seriedade da escola.

Já não era mais aquela criança que brincava na escola, mas sim uma mulher que se tinha de concentrar nos estudos para atingir os seus objetivos.

Nesta escola vivenciei experiências novas: os testes ‘impossíveis’ de física e química, as aulas nos laboratórios, os exames nacionais, as preocupações, o stress e o facto de ter de pensar sobre o meu futuro.

No entanto, também há diversão, claro, como as festas organizadas pela associação de estudantes, as campanhas eleitorais para a AE, o desporto escolar e, como não poderia deixar de referir, a famosa Semana na Maior, semana de festas, danças e alegria em toda a escola.

Enfim, três escolas, um Agrupamento, uma fase maravilhosa da minha vida que ficará gravada nas minhas memórias mais felizes e nas daqueles que, tal como eu, passaram por estas experiências e que tiveram o privilégio de percorrer estas três escolas agora designadas como Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior.

Vivenciei, afinal, este Agrupamento, mesmo antes que ele existisse…

Um Agrupamento que, antes de o ser, já o era!...

Luana Alves, 12ºC

O Agrupamento que antes de o ser já o era...

E.B. 1 do Carmo

Escola de Frei Bartolomeu dos Mártires

E.B. 1 do Carmo

Semana Maior 2015

Escola de Santa Maria Maior

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A meia dúzia de meses da conclusão do secundário dou por mim a ver o ‘filme’ da minha passagem pela Maior.

Desde os 7 anos que queria vir para aqui. A minha irmã era aqui aluna e esta escola parecia-me o Colégio da Barra, a escola representada na série televisiva “Morangos com Açúcar”.

Quando comecei o 10º ano, estava muito entusiasmada e algo ansiosa. Recordo-me perfeitamente do primeiro dia na escola nova! A primeira impressão que tive da turma foi que as pessoas se agrupavam de acordo com os colegas do básico. A escola pareceu-me enorme e apesar de hoje já não a achar assim tão grande, confesso que ainda tenho algumas dificuldades em orientar-me, principalmente no piso zero, com as escadas!...

Com o passar do tempo, tudo se tornou familiar. Logo chegou a semana da eleições para a AE com as listas cheias de iniciativas - vinda de artistas, música e comida - contagiando a escola com um espírito de competitividade benéfica.

Porém, o auge do ano letivo foi sempre a Semana na Maior, a semana que todos aguardámos ansiosamente. A música, a dança, as atividades laboratoriais

e o “gelado de azoto”, as salas dedicadas às diversas disciplinas transformavam a escola, acrescentando-lhe alegria e entusiasmo, tal como acontece cada ano. Toda a comunidade escolar se diverte e há uma energia muito positiva e contagiante. Mas sou interrompida:

- Em que estás a pensar? – questiona-me a minha mãe.

- Na escola. - Ainda vais ter saudades – faz-se ouvir

a voz de quem por ali passou há 30 anos. E, de imediato, a nostalgia aparece…

– Tenho muitas recordações do meu tempo. Estou agora a lembrar-me de um final de período, em que se costumava jogar uma partida de futebol entre professores e alunos. Já ia o jogo animado no resultado, alunos em vantagem, quando, sem se saber como, irrompeu campo dentro um motociclista a fazer cavalinhos seguindo a trajetória da bola. Ora acelerava, ora travava, causando o pânico, era o meu professor de história! Tinha chegado atrasado porque não tinha conseguido arranjar uns ténis e não deixava que o jogo continuasse até que alguém lhe arranjasse uns, pois também queria jogar…

É engraçado ouvir estes relatos, fazem-nos refletir sobre as situações dos dias de hoje, será que houve uma evolução

Liceu - gratas recordações

positiva ou não? Às vezes tento imaginar como seria estudar noutra época…

- Conta-me mais histórias do teu tempo, peço-lhe curiosa.

- Tenho saudades daqueles rebuçados dos Arcos que comprávamos ao Sr. Lima, eram enormes, e tinham um sabor azedo, cada vez que os comíamos jurávamos que nunca mais, mas no dia seguinWte, à saída, lá estávamos nós a cumprir o ritual… Se ainda houver, hás de trazer-me um, qualquer dia. É incrível como o senhor ao fim de tantos anos lá continua ao pé da escola… É como se já fizesse parte dela.

É verdade, já sou a segunda geração cá de casa que passa pelo “Liceu,”como ainda teimamos em chamar a esta nossa escola!

Quantas memórias, quantas amizades, quantos caminhos diferentes que a vida nos oferece e, pelo que ouço, passados trinta anos, perduram gratas recordações!

Rita Martins, 12ºD

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Ao longo deste ano letivo a “Música” esteve imparável na nossa escola! O nosso dia da Música foi fantástico: além de haver atividades especiais neste dia, as comemorações duraram todo o mês!

Foram-nos apresentados os projetos que teríamos de escolher. Entre o karaoke, um rap, a escrita de um pequeno texto ou desenho acerca da Música… a escolha foi bastante difícil.

Já no Natal, o que se fez não foi muito diferente, à exceção da decoração e das atividades. No Natal todas as turmas da escola tiveram a possibilidade de participar. Na cantada, turmas como as dos sextos anos cantaram, menos os do 6ºE, pois como são da academia cada um deles pôde mostrar o seu talento tocando um instrumento, dançando ou até lendo. Mas temos de admitir que a decoração do polivalente foi ótima.

Agora falando das aulas… Os professores são ótimos. No meu caso posso falar bem do meu professor. Quando aprendemos novos instrumentos, deixa-nos ver vídeos dos mesmos e até tocá-los, quando damos matéria nova ouve sempre as nossas dúvidas antes de avançarmos para a próxima matéria e se nos portarmos bem até podemos ouvir uma música da nossa preferência nos últimos minutos da aula.

Agora, do que eu queria mesmo falar é da preparação da festa histórica, dia 5 de junho, pela qual estou muito entusiasmada. A atividade irá ser no Largo de São Domingos, onde as escolas do Carmo, Frei e Santa Maria Maior irão participar… Vai ser uma ótima festa! Não Faltem!

Marta Barros, Nº 15, 6º C

Uma escola com alegria e…Música!

A minha escola

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Viana do Castelo, 3 de março de 1576

Meu caro diário,este dia fica marcado por um

acontecimento insólito e extemporâneo! Algo de espantoso e inesperado preencheu a minha viagem pastoral diária pelas localidades da arquidiocese. Para espanto desta alma que já tanto viu nesta terra de Deus, a minha jornada de hoje conduziu-me a um tempo distante, num longínquo futuro, e que, de forma inexplicável, me foi dado visitar.

Percorri a bela cidade de Viana neste dia que háde ser 3 de março do ano da Graça de 2015, viajando cinco séculos num tempo que tantas mudanças espantosas e até perturbadoras hão de trazer. Indo eu na companhia da minha fiel mula, fui abordado por um grupo de jovens que com entusiasmo me disseram que frequentavam uma escola com o meu nome, Escola Frei Bartolomeu dos Mártires, a qual faz parte de um Agrupamento de Escolas que engloba a Escola do Carmo e a Escola de Santa Maria Maior.

Mas para meu maior espanto, os meus olhos viram algo que nunca imaginaria poder ser visto… Todos eles usavam uma pequena caixa mágica a que chamavam “telemóvel” mas que, pela forma tão intensa como a usavam, mais me parecia ser uma extensão dos seus próprios braços!... E de que outro modo poderia ser, se aquele admirável objeto

possuída poderes prodigiosos? Recebia e parecia perceber as suas palavras, trazia a voz de pessoas que não estavam connosco, mostrava imagens doutras paragens e guardava o que eles diziam ser “fotografias” e “selfies”… Oh! Tantos avanços e maravilhas esperam as gerações do futuro!

Também me espantaram ao dizerem-me que nesse ano decorriam comemorações nacionais dos 500 anos do meu nascimento e que no seu Agrupamento têm lugar, ao longo do ano, diversas atividades que pretendem ser um reconhecimento dos valores e ideais que defendo. Perguntei-lhes quais as causas da sua época. Explicaram-me que, apesar dos inimagináveis progressos, nas áreas da ciência, saúde, educação, e outras, o homem ainda não tinha conseguido resolver questões essenciais como o problema das guerras, da pobreza e das injustiças sociais e económicas.

Nas preces deste meu extraordinário dia, peço a Deus que ilumine o coração destes jovens e de todos os jovens das gerações futuras para que o discernimento, a bondade e a sabedoria orientem as suas escolhas e ações, na construção de um mundo sempre melhor, numa vertente humanista e defensora de todos os valores que dão sentido à vida!

Catarina de Alcobaça Vieira, 10ºA

Diário do Frei

Entre os escritos de Frei Bartolomeu dos MártiresHá vários vianenses da zona da Ribeira

que têm como padrinho de batismo Frei Bartolomeu dos Mártires.

Os laços afetivos ao “Santo Arcebispo” são muitos e os caminhos íntimos de comunhão são diversificados.

Assim, sublinhamos que na figura teológica do Arcebispo Conciliar, de Braga e Viana do Castelo, se entrelaçam hoje vivências e emoções que apontam rumos de novos olhares pelo Convento de São Domingos e pelo Convento de São Salvador da Torre, onde o Arcebispo repousava e contemplava a Serra d’Arga dos pastores.

O ardor apostólico, a generosidade, a simplicidade e a santidade fizeram dele um pastor exemplar para todos os tempos incluindo os nossos.

É de recordar que, no encerramento do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI ofereceu a todos os bispos a obra “Estímulo dos Pastores” da autoria de Frei Bartolomeu dos Mártires.

J. Rodrigues Lima, investigador e ex-professor da Maior

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Selfie com Bartolomeu dos Mártires

Laços Afetivos

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Um olhar sobre a escola

Física a Brincar!

É um projeto que une alunos de Física das turmas A e B do 12º ano e alunos finalistas da Escola Frei Bartolomeu dos Mártires. No Fórum, há experiências deslumbrantes! A Física, uma ciência tão velhinha, tem afinal uma faceta igualmente divertida!

Numa visita de estudo aos laboratórios

da Escola Secundária, os alunos do agrupamento deixam-se entusiasmar com os prodígios da Física.

É com experiências científicas e ao vivo que os alunos finalistas do Ensino Secundário motivam os seus colegas mais novos para o estudo da Física.

É para dizer: a brincar se aprende a sério!

Profs.: Helena Sousa, J. Lima, A.Lourenço

Mobilidade sustentável, cidade saudável

Em Fevereiro, durante a aula de Geografia eu e a minha turma, 11º I, do curso Línguas e Humanidades, fomos visitar a exposição ”Mobilidade sustentável, Cidade saudável” cedida pelo CMIA de Viana do Castelo, que se encontrava na nossa escola. A temática da MOBILIDADE integra um conjunto de questões relacionadas com o desenvolvimento das sociedades, o impacte que os transportes induzem no Homem e no meio ambiente, o peso dos transportes em matéria de custos para a sociedade e ainda as estratégias a desencadear para a gestão do espaço público e das acessibilidades.

“A Mobilidade Sustentável é a capacidade de dar resposta às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder, comunicar, negociar e estabelecer relações, sem sacrificar outros valores humanos e ecológicos hoje ou no futuro”. (in: W. B. C. S. Development)

Inês Fidalgo, 11ºI

Teatro em caixa - Eu sou o Outro

A principal razão da importância do teatro, para aqueles que o fazem, reside na possibilidade da descoberta de nós próprios. A natureza humana guia-nos para a originalidade e o teatro é a forma mais expressiva de arte, o que o torna na maneira ideal de deixar fluir a criatividade, a auto-expressão e a introspeção. Tudo isto nos ajuda a trilhar o caminho para a compreensão do porquê da nossa existência. É por isto que o teatro é tão importante, pois apresenta uma visão refletida de uma vida que é vastamente mais fascinante e entusiasmante do que aquela a que estamos permanentemente presos.

Para os espetadores desta forma de arte, o teatro pode sempre remeter-nos para a luta do ser humano contra a tirania, a opressão, a injustiça. Este, enquanto espetador, analisa e julga o Homem na sua situação social, defendendo o direito e o dever do ser humano de transformar o mundo em que vive. Por isso, o teatro leva o espetador a reagir criticamente, a tomar uma posição e a libertar-se da passividade, pois é preferível o desalento advindo da consciência do que a aparente felicidade criada pela ignorância.

João Sousa, 12ºC (elemento do ORTAET, grupo de Teatro da Maior)

AMO-TEatro

Teatro em Caixa, Eu sou o OutroCentro Dramático de Viana,Gato das Botas Teatro em Caixa, Eu sou o Outro

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Matemática na Maior!

Ao longo de várias semanas houve animação na sala 2.09 nas tardes de quinta-feira. Todos os alunos da escola foram convidados para vir jogar. Os mais entusiasmados foram ficando.

Com a coordenação da profª Amélia Correia e do prof. Amaro Filipe, os alunos tomaram conhecimento dos jogos destinados ao ensino secundário – o Avanço, o Produto e o Sesqui. Jogaram, treinaram, apuraram estratégias e divertiram-se. Na fase de apuramento lutaram… a seleção era difícil, só podiam ficar três. No fim os apurados foram: Bruno Gomes, do 10º A, para o Avanço; a Mariana Pereira, também do 10º A, para o Produto; o Francisco Parente, do 11º A, para o Sesqui.

Na sexta-feira, dia 6 de março, foi preciso levantar cedo; o autocarro partiu para Vila Real às 7h. Chegados à UTAD, onde decorreu o Campeonato, os nossos finalistas e representantes da Maior envolveram-se no ambiente mágico e colorido de cerca de 1500 jovens de todo o país, desde o primeiro ciclo até ao secundário, representando mais de 400 escolas, todos realizando os

jogos destinados à sua idade. O Bruno, a Mariana e o Francisco competiram, participaram, conviveram. E a Juliana apoiou como boa irmã gémea da Mariana. Ainda assistiram a uma sessão de Robótica e outra de Ciência e Magia, e fizeram um percurso de orientação pelo campus universitário, proporcionados pela organização do Campeonato.

Parabéns aos finalistas!

E para o ano há mais. Começa já a preparar-te!...

Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos

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Cursos Profissionais

Um dia no Melhor Destino Europeu!...

Os alunos do 10º ano do Curso Profissional Técnico de Turismo, acompanhados pelos professores João Gonçalves e Patrícia Mareco, deslocaram-se, mesmo no final do 1º período, ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao Palácio da Bolsa, com o objetivo de conhecerem as potencialidades e a riqueza patrimonial que a cidade do Porto possui em termos turísticos.

Vestidos a rigor, como verdadeiros profissionais de turismo – de acordo com as regras protocolares da área – voaram para o aeroporto, em Pedras Rubras, onde visitaram locais unicamente acessíveis a profissionais da ANA (Aeroportos de Portugal).

No aeroporto, vislumbraram a lufa-lufa diária de um terminal aeroportuário, bem como a beleza e magia dos profissionais que, perante a diversidade de turistas e visitantes, permanecem com o glamour e o acolhimento únicos e marcantes do nosso Portugal.

Após a visita ao aeroporto, rumou-se ao centro do Porto onde se efetuou um breve tour na respetiva cidade e onde os alunos tomaram conhecimento de alguns dos principais pontos de interesse turístico: Café Majestic; Estação de São Bento; Palácio da Bolsa.

Neste último, tiveram uma visita guiada, na qual puderam vislumbrar a riqueza histórica e cultural que este palácio possui, sem descurar a diversidade de estilos arquitetónicos e a importância comercial que o mesmo detém. Não podia ter corrido melhor!

Para ano, voltaremos a voar para o Aeroporto e a deambular pela cidade eleita como melhor destino europeu em 2014 pela European Consumer Choice!

Prof.s.J. Gonçalves e Patrícia Mareco

Visita de estudo à Maia

O Entreposto da Sonae, na Maia, recebeu, em janeiro, a visita dos alunos do 10º K do Curso Profissional de Técnico de Comércio. Integrada no âmbito da disciplina ‘Comercializar e Vender’, esta saída serviu para observar o processo de armazenagem e perceber como são os procedimentos logísticos, de um grande, ou melhor, muito grande, armazém de distribuição.

Preparado para abastecer os diferentes hipermercados Continente, o pólo logístico da Maia emprega cerca de 546 trabalhadores e funciona como

fornecedor das lojas. Com mais de 21 300 artigos diferentes da área alimentar e 222 clientes, todos os dias e durante 24 horas se trabalha para que, na hora certa e no local certo, nada falte.

À tarde, e depois do almoço no MAR Shopping, foi a vez de conhecer a unidade industrial gráfica da Porto Editora e acompanhar de perto as várias etapas do processo de fabrico do livro.

Foi um dia cheio e bem passado. A ideia de Rigor, Disciplina, Responsabilidade e Colaboração ficou clara para quem quer alcançar o sucesso. Obrigado!

Elisabete Balinha, Profª da Maior

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Um olhar sobre a História

Abril fez-se pela Liberdade e pela Justiça Social, fez-se pela Democracia e pela Igualdade.

Num Tempo tão conturbado como o que vivemos, estes valores tornam-se cruciais para construir a Paz que todos desejamos mas que, muitos de nós, não edificamos.

Para que a Paz exista, é preciso que todos no geral, e cada um em particular, viva num Mundo livre, livre de coação e livre de opressão.

É preciso ainda que se viva, de facto, em equidade, num Mundo onde a Justiça olhe e veja, porque uma Justiça cega não é Justiça.

É preciso ainda que a Democracia seja o verso que diz que “O Povo é quem mais ordena” porque um Estado sem o seu Povo é um território vazio.

E que seja verdade também o

“nascermos iguais”, iguais perante a Lei, mas também perante uns aos outros, iguais quando reconhecemos no Outro alguém igual a nós mesmos.

No ano em que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril é importante evidenciar a importância dos valores da Revolução dos Cravos para a Paz. “Aqui, ali, em qualquer lugar”.

Porque a Paz só tem existência entre homens livres e justos, entre homens que dão ao outro o poder de ser e de dizer, ou seja, um Homem Igual.

Viaduto de St.º António, 10G, 2013/14

K.Leio Abril

E isto é verdade, “AQUI, ALI, EM QUALQUER LUGAR”.

K.Leio, 2015

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Semana Maior

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Semana Maior

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ESPAÇO (com) SENTIDO

Cabeças em chama

É quente, reconfortante, escura e acolhedora, segura sem nada de extravagante, uma realidade para muitos inovadora. Há quem viva em família, sem preocupações, mas são ambiciosos e adoram tentações. Uns lutam sem olhar para trás, tudo fazendo para ao topo chegar sem ver quem estão a pisar.Outros aguardam pacientes na escuridão, observam o espetáculo e aprendem por observação, sabem que os fracos ficam e só os fortes de verdade aguentarão e há, então, uma sobreposição, todos de pernas para o ar com a cabeça a raspar no chão, pois só assim aprendem a verdadeira lição.

Vivem todos no mesmo mundo, referido no início desta narração, o tal mundo escuro, extravagante e sem organização, acolhedor e sem qualquer tipo de preocupação. Vou dar-lhe outra designação: será uma caixa de fósforos, aí está uma exemplificação desta pequena realidade repleta de ambição, onde quem está dentro quer sair mas quando sai não tem opção, é usado e, assim, acaba com a sua missão.

Agora fiquem com a decisão, pensem na metáfora, quase personificação, onde nós somos os fósforos e a escolha está na nossa mão, onde a vida tem um prazo e uma missão, onde o mundo sempre foi a caixa onde só os fortes resistirão.

José Mano,11ºB

Ela, a riqueza da vida

É um facto que cada dia é constituído por 86400 segundos, o que perfaz 31536000 segundos por ano. Dizem que o tempo traz a experiência e que esta acarreta a sabedoria. Tal significa que quando a vida não nos sorri, temos de aprender a encarar cada obstáculo como um desafio e não um precipício. E quem melhor para nos erguer a cabeça, para nos limpar as lágrimas, para nos fazer rir, senão os amigos?

Ela é das melhores pessoas que alguma vez já conheci. É sensível, preocupa-se com os outros, é demasiado generosa. Sabe ouvir, sabe fazer-me rir. É a minha base, sem o seu apoio não seria quem sou hoje. Somos demasiado parecidas e por vezes damos por nós a dizer coisas exatamente iguais.

No entanto, sou obrigada a admitir que ela também tem os seus defeitos. Ela é demasiado realista e eu demasiado sonhadora. Ela é demasiado extrovertida e eu demasiado introvertida. Gera-se um equilíbrio entre as duas que fortalece a nossa relação, tornando-a inquebrável. A nossa amizade já ultrapassou a fronteira dos 7 anos. São 220752000 segundos de troca de impressões. Viver não é sempre uma tarefa fácil, mas todo o esforço é compensado pela presença de pessoas assim, na nossa vida. Não é esta, afinal, a verdadeira riqueza da vida?

Margarida Sá, 11ºB

Violência no namoro A violência é um tema atual na família,

na escola, na rua, nos estádios... Também entre os jovens a violência

está a tomar proporções dramáticas, mesmo no namoro, um espaço que deveria ser, basicamente, um espaço de refúgio e de equilíbrio afetivo. É durante o namoro na adolescência que acontecem os primeiros sinais de violência. Muitas vezes são impercetíveis e os adolescentes tendem a ignora-los, na ilusão de que esses comportamentos violentos venham a desaparecer.

A violência no namoro é não só física, mas maioritariamente psicológica. Os agressores assumem uma posição de controlo perante o companheiro que interpreta estas formas de agressão como amor em demasia ou preocupação excessiva: “Tu sabes que eu só faço isto porque te amo...”; “Deixa-me ver as tuas mensagens, se não tens nada a esconder!”.

Qualquer forma de violência vivida no namoro só revela insegurança e desequilíbrio por parte do agressor. Por isso, concordamos inteiramente com Benedetto Croce, filósofo e político italiano:

“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas uma força destruidora.”

Marta Nascimento, Rita Macedo,12ºC

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Um olhar sobre a escola

O Dr. Eduardo Madureira, diretor pedagógico do Público na Escola, deslocou-se à nossa escola e brindou-nos, uma vez mais, com uma palestra, desta vez sobre o mundo dos media.

Apresentações feitas, despertou logo no auditório um forte interesse pelo mundo do jornalismo. Entre os jornais que apenas nos emocionam e aqueles que verdadeiramente nos informam, o nosso olhar distribui-se de forma seletiva nas páginas de um jornal, mesmo que disso não tenhamos consciência.

O Dr. Eduardo Madureira alertou-nos para esta e muitas outras questões fundamentais, recorrendo aos inúmeros jornais diários com que se fez acompanhar nesse dia 26 de fevereiro e com que nos ilustrou todas as suas preciosas informações.

Partilhou ainda connosco episódios da sua vida forte e apaixonadamente ligada ao jornalismo, alguns com muito sentido de humor.

Foi, de resto, neste ambiente de boa disposição que refletimos sobre assuntos tão sérios como os que estão na base da seleção e escolha de um jornal.

Desafiou-nos ainda com perguntas que nos fizeram ver o que até então não tínhamos reparado e, neste diálogo, também nós tivemos oportunidade de lhe colocar muitas questões.

Encerrou-se esta palestra com uma visita à sala do nosso jornal e a oferta, ao Dr. Eduardo Madureira, de ilustrações relativas ao atentado ao Charlie Hebdo, da autoria dos alunos do 12º ano de Artes.

Obrigado, Dr. Eduardo Madureira, pelas suas palavras que claramente nos deram a ver o que os jornais nos dão a ler!

Luísa Coelho, Miguel Teodoro, 12º F

Escrever depois de LER JORNAIS

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Celebrar as palavras

Não escrevemos poesia,Vivemos a poesia.Nem poetas somos,Apenas cinzas da alma de Deus.

Ascendemos por debaixo de uma ponteSobre o rio dos Infernos...Vivemos como mendigos implorando palavras,Como pão para a boca.

Bebemos whisky da garrafa do DiaboE caminhamosentre anjos no chão do paraíso...Assaltamos os portõesE deixamos os loucos entrarPorque trazem as mulheresDe orgasmos barulhentosE o azul nos olhos,Tal filha de Lúcifer...

Damos passeios através dos jardinsEnquanto fumamos e sofremos...Estamos a viver poesia!Somos cinzas da alma de Deus!

Márcio Luís Lima, 11ºB

O futuro com que sonheiAmbições que tendem a desaparecerInfelicidade que nunca pensei terE estas pesadas lágrimas a escorrer…

Olhos enxaguadosOmbros de reconfortoAos Homens mal julgadosUma palavra de conforto.

Todos me dizem para lutarMas e se não consigo?Desistir é que pela minha cabeça não pode passarPor isso, fica comigo…

Beatriz Barreiras, 11ºD

Viver a poesia Fica comigo

Anástrofe é catástrofe Metástase da inteligência pura, Mãe, não passas de um apóstrofe, É apenas tinta na leitura. “A lua não é Lua, Tem que ter conotação” Se eu digo que a lua é só lua Ninguém me diz que não! É como se agora tudo fosse Geometria e equações E quando esperas arroz-doce Dão-te a aletria das aliterações! Qual polissíndeto?! Qual sinestesia?! Quero voltar a sentir as coisas Como em criança sentia. Todos os livros que li,Tudo o que possa ter imaginado, É-me pelos pés cortado. Tudo o que antes escrevia, Faço-o agora com cuidado Com medo que alguém me diga: “estás errado!” Não sei que mais diga. Perdi a paixão. O que antes da boca saía, Agora guardo no coração. Tão simples quanto isto: Estou farto, desisto!

Margarida Coelho, 12ºF

Português virou matemática

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Celebrar as palavras

Mastigo da brisa que te envolve do silêncio tumultuoso da tua pele e do fogo dormente com que me batizas – insone.

Encolho-me nas madrugadas repletas de medocorro por este corpo adentro atrás do choro longíquo das folhas que se perderam nos pinhais (ardem-me os ossos de te sentir)

Pendem sóis das tuas costas e ao mesmo tempo a tua voz começa a fundir-se com os gritos de clemência do corpo ausentee irrompes da tempestade de jardins que te acariciam as pálpebras. Provo o sabor amargo e salgado das manhãs e perco-me por entre memóriasque o norte levou.

Bebo mais um pouco e o mundo torna-se o marulhar das ondas no cais.As minhas mãos sabem a terra molhadae os pássaros continuam a voar num jogo de espelhos percorrendo as linhas das tuas veias – não te ouso tocar.Finjo amar ou morrer à medida que me desfaço no sono.Adormeço e ainda aqui não estás.

Toda a vida o meu olharPercorreu espaçosOs meus lugares…PorémParei nas cicatrizes, nas feridasEsbatidas pela PrimaveraMas não desaparecidas.EntãoVoltei-me para o vazioAbracei a escuridãoE prisioneira do tédioDesci estas montanhasComo um mar enraivecidoMas o ventoUma brisa no meu rostoDespertou em mimA procura da felicidade,E finalmente compreendoEntre as folhasQue me procurava em mim.

Inês Carvalho,12º C

Insone

Cândida Sousa, 12º D 1º prémio Correntes

d’Escritas 2015

Entre as folhas

A Luz

A luz é tão grande quanto pequena é a solidão.A luz suga as almas dos que se transcendem.A luz é tão quente pelo frio que a inunda.A luz, veloz, esvoaça pelo vazio do universo tão repleto de vidas.A luz é uma flecha que trespassa corações de vidro, abandonados na eternidade.A luz é a sede do conhecimento dos energúmenos iluminados.A luz abraça o mundo das minúsculas existências que por ela sofrem.A luz assalta as assombradas visões.A luz é um beijo de despedida que recorda saudades passadas.A luz é o livro que salva a sabedoria.A luz dá cor à descolorada imensidão do espaço.A luz é uma fonte de preconceito que se apodera dos diferentes iguais.

A luz é sangue, é vida em nós.A luz é amor, é paixão, é o que sustenta o nosso coração A luz é ser tudo.

Catarina Araújo; Rodolfo Lopes, 10ºF

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Nur mit einem Blick, als ich dein Gesicht sah, verliebte ich mich.

Du hast eine Minute gebraucht, und mein Herz zu stehlen.

Es gibt keinen anderen Ort,Wo ich liebe wäre,Als genau hier mit Dir, heute Abend.Ich stecke meinen Kopf in deine Brust,Und wir können hier bleiben.Für immer.

Ana Barbosa e Beatriz Barreiros, 11ºG

Verbotene Liebe,Bevorzugte Liebe,Versteckte Liebe.Ihr Geheimnis ist Strafe.Aber lieben muss man.

Maria João Novo, 11ºG

Auf Reise durch die Deutsche Sprache Hablamos Español!

Celebrar as palavras

! Trim, trim, trim…Uf, ¡qué sueño!Desayuno, ducha, ropa, ¡en fin!No sé por qué me empeño En despertarme tan tarde…Abrigo, llaves, móvilUf, me enfrento al tráfico que arde…Po, po, po…Pi, pi, pi…Ay, ¡qué vida tan indócil!No llego, no llego: es tarde. Pero si realmente está en mi mano: ¿Por qué no me acuesto temprano?Parking, monedas, plim, plim¡Qué pesadilla sin fin!Escaleras, pasillos, mi mesa¿Qué es esto que me pesa?Son los ojos, la cabeza…Y otro día que empieza…

Núcleo de Estágio de Espanhol da ESSMM

Madalena Martins

La Sensibilización a Español

¡Siete!

DIE ERSTE LIEBE

Lieben muss man

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Speakers’ Corner

We were all invited by Giorgios Smoothiakous to a party at his English manor house - a theater performance presented by the Avalon Theatre Company in our school. At the beginning Giorgios told us that he knew all about the scandals and secrets of his guests, who were famous personalities in society. When the famous personalities arrived at the manor, he started blackmailing them, saying that if they did not pay a huge amount of money, he would reveal the secrets of every guest in the manor. Unfortunately Giorgios was murdered by one of his guests and many students were called by the theatre company to unravel the clues and discover the killer. The students who were called, were dressed up with different clothes by the company and many scripts were delivered for them to play several roles.

In a completely different way, we had an English class without any type of books or even grammar. We definitely improved our English skills, because we had contact with English native speakers, who were so talented and particularly funny and creative. The school should promote more activities like this one, because they bring the students new experiences and more

enthusiasm to study foreign languages.

Márcia Cruz Bernardino, 12ºG

En français, s’il vous plaît!

Celebrar as palavras

C’ est être capable d’accepter l’autreTel qu’ il est.C’ est pouvoir comprendreQu’ il est différent.C’ est avoir le courageDe lui raconterNos plus profonds secrets.C’ est vivre dans un mondeOu’ la jalousie, la méchanceté,La haine, le mensongeSont juste un cauchemar.

Raphaël Dias e Raphael Rodrigues, 12ºJ

It is a week full of enthusiasm, fun, joy, adrenaline, and, above all, companionship and mutual support among the students of Santa Maria Maior Secondary School. During this week students and teachers work together to create a unique environment, in order to animate and inspire anyone, especially the ninth graders who visit the school throughout the week. Students work to show what each different course involves and has to offer through interactive games, presentations, or even pieces of work of art. They can also show their talents, such as singing, dancing, or even playing instruments, in the several events of the “Semana na Maior”, contributing in this way to an even more remarkable and eventful week. This is, indeed, a magical period of the year, in which everybody is invited to have a good time, but, at the same time, not to forget the primary goal of our school – to continuously learn and become a better citizen.

Afonso Lima, 12ºG

À travers la fenêtre, je m’aperçoisQue la nature se réveilleEt que les petits oiseauxSe réchauffent au soleil.

Bientôt, de l’hiver rigoureux,Il ne restera plus qu’un doux souvenir,Car les arbres sortiront leurs feuillages

[luxueuxEt le vent ne sera qu’un léger soupir…

Vivement la vie !Vivement le printemps !

Maria Soares, 10ºJ

Murder at the Manor! What it is like to live the “Semana na Maior”

Aimer…

C’est le printemps!

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Português Para Todos

Diálogo Intercultural

Foi um dia inesquecível, esse dia em que comemorámos na nossa escola a Semana da Tolerância. Da iniciativa da Câmara Municipal, do CLAII, do nosso Agrupamento, entre outras instituições, esta semana contou com diversas atividades das quais destacamos o Diálogo Intercultural. Nesta festa participaram todos os alunos imigrantes do curso Português para Todos da nossa escola, bem como alunos de diferentes anos do ensino regular, proporcionando-se, assim, um encontro intergeracional e intercultural cheio de alegria e muitas e boas surpresas.

Num contexto de imigração, Portugal tem vindo a tornar-se um país cada vez mais multilingue e multicultural e, na nossa escola, muitos imigrantes têm oportunidade de aprender a língua e a cultura portuguesas. Nesta festa houve uma grande reciprocidade nas diferentes apresentações: enquanto os alunos portugueses apresentaram atividades nas línguas estrangeiras que aqui estudamos – o castelhano, o francês, o inglês e o

e mesmo a música de cada país. Estes eventos, além de enriquecedores, são extremamente importantes no processo de integração social e no desenvolvimento da consciência cívica de cada um.

Inês Moreira, 12ºC

espanhol, os alunos estrangeiros (alemães, ingleses, franceses, escoceses, ucranianos, angolanos, brasileiros, russos, marroquinos) espantaram-nos com o domínio que já têm da nossa língua e com tudo o que nos mostraram dos seus países.

Foi uma celebração marcada por uma grande alegria, partilha de conhecimento e de experiências e em que pudemos viajar um pouco por todo o mundo, através dos relatos, das fotos e dos filmes que ilustraram tradições, lendas, costumes

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Filosofia

Leituras com Filosofia

Para celebrar o Dia Mundial da Filosofia, realizámos na biblioteca da Maior “Leituras com Filosofia” uma atividade bem desafiante proposta nas aulas de Filosofia às turmas A, C e D do 11º ano.

Como preparámos essa celebração? Primeiramente pesquisámos textos que nos sensibilizassem para o questionamento de temas com que nos confrontamos no dia a dia.

Depois, partilhámos as nossas escolhas e reflexões com os colegas que constituíam o nosso auditório - turmas do 10º ano. Lemos poemas, contos, notícias de jornais. Fizemos intervenções musicais e pequenas dramatizações. Salientámos a importância do olhar crítico sobre o que acontece no mundo e nos interpela. A família, a guerra, a amizade, o amor e a liberdade foram alguns dos temas de reflexão a que demos voz, corpo e muita emoção!

É bom crescermos na escola… e com muita Filosofia!...

Carolina Silva e Joana Cruzeiro, 11º C

Oficina de EstéticaAconteceu no âmbito da comemoração

do Dia Mundial da Filosofia, uma palestra interativa com o título “Oficina de Estética”.

Um dos aspetos mais positivos foi o facto de os alunos terem partilhado os seus pensamentos relativos aos mais diversos assuntos do quotidiano. Escrevemos as nossas opiniões num post-it e, conjuntamente com um adereço estético do critério do grupo autor da frase, afixamo-lo num placar.

Imaginam qual foi o resultado final?Um magnífico lenço dos namorados

contemporâneo e tridimensional! Algumas das frases propostas (que

tinham que ter a forma de interrogações)

eram bem significativas: “Será que as gerações futuras não têm direito ao mesmo que nós tivemos?”, “Será que no amor e na guerra vale tudo?” e “Será a paz mundial alcançável?”.

Esta experiência testemunhou a incrível capacidade de interação recíproca entre professores e alunos e permitiu a interiorização dos conceitos abordados, nomeadamente o subjetivismo dos valores consoante os indivíduos e as sociedades, bem como os temas do amor, da natureza, da paz e da guerra. No final, o balanço foi muito positivo, tendo este evento representado uma experiência enriquecedora para todos os participantes!

Nuno Olavo, 10ºC

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Um olhar sobre a escola

Semana da LeituraLER É UMA ALEGRIA!

(Rui Zink)

Porque ‘ler é uma alegria’, a Semana da Leitura, decorrida em fevereiro, integrou diversas atividades multidisciplinares das quais se destacam:

Leituras com Filosofia: atividade de dramatização e leitura expressiva de textos dinamizada pelo 11º C no âmbito da disciplina de Filosofia.

Animação "Palavras em Obras" pelos atores Alexandre Martins e Francisco Pires: através da voz, da gestualidade e da música, os atores interpretaram uma seleção de textos de autores estudados no percurso escolar dos alunos.

LTR

SEMANA

23 a 27 de fevereiro

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SANTA MARIA MAIOR

da

UAEI

Reiterando uma já tradicional atividade anual na disciplina de Português, realizou-se em janeiro a prova de verificação de leitura para apuramento dos representantes escolares no Concurso Nacional de Leitura.

Participaram neste evento uma centena de alunos do 10º ano da escola secundária. No término da prova, o entusiasmo e a boa disposição eram dominantes.

Corrigidas as provas, apuram-se três alunas que irão defender as cores da Maior na fase distrital, em local e data ainda por designar. Assim, a responsabilidade da árdua tarefa caberá às seguintes alunas:Ana Margarida Calheiros e Inês Amorim (10ºD), Natacha Lima (10ºA).

Concurso Nacional de Leitura

Encontro com Afonso Reis Cabral: o escritor foi recebido com música e com a leitura de excertos do seu livro O Meu Irmão, vencedor do prémio Leya 2014.

O autor contou-nos como começou a escrever poesia aos 10 anos e como conseguiu concretizar o sonho de ser escritor aos 24 anos.

Esta atividade também se realiza no ensino básico com forte participação dos alunos. Na Frei, inúmeros alunos do terceiro ciclo empenharam-se na prova escrita e na prova oral, atingindo muito bons resultados. Os alunos que irão representar o Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior nesta faixa etária serão o António Bezerra (9ºA), o João David Martins (8ºA) e a Matilde Silva (8ºC).

Pela sua prestação, o aluno Rúben Adão, do 9º B, foi selecionado como concorrente suplente e poderá participar na fase distrital do concurso. Parabéns a todos pela participação!

Profs. Arlette Gaião e Joaquim Oliveira

Escola de Frei Bartolomeu dos Mártires

Escola de Santa Maria Maior

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Parlamento dos Jovens

O nosso Agrupamento participou, uma vez mais, no projeto de âmbito nacional, “Parlamento dos Jovens”, desenvolvido em parceria com a Assembleia da República e o IPDJ. A Escola Frei Bartolomeu dos Mártires aderiu ao concurso, dinamizado pelas professoras Alexandrina Castilho e Teresa Pereira que coordenaram as várias etapas, tendo como tema de debate Como combater o insucesso escolar? Na Escola de Santa Maria Maior, todos os alunos do 11º ano, orientados pelos seus professores de Português e coordenados pelas responsáveis Anabela Parente e Ilda Correia, se debruçaram-se sobre a problemática Ensino público e privado: que desafios?

Concluídas as várias fases, apuraram-

se os deputados que, entretanto, já participaram a nível distrital. Assim, na Frei, foram eleitos Lucas Esteves (8º E), Rita Domingues (8º C) e Rui Dantas (8º D, suplente) e, para a presidência da mesa, a nível distrital, o candidato eleito foi Afonso Oliveira (8º E). Em Santa Maria Maior, as deputadas foram Ana Correia (11º G), Micaela Ferreira (11º M) e Filipa Veiga (11º B). Como suplente, ficou Ana Ribeiro (11º F) e, para presidente da Mesa Distrital, foi votada Eva Lima (11º B).

O Parlamento dos Jovens ainda não findou. Decorridas a 2 e 3 de março as sessões distritais (do secundário e básico), Santa Maria Maior foi apurada para defender as suas propostas em maio

próximo, na Assembleia da República, juntamente com as escolas Secundárias de Ponte de Lima e Sidónio Pais de Caminha. Apesar de os alunos da Frei não terem passado à fase Nacional, desempenharam brilhantemente o seu papel com muita responsabilidade e empenho.

Resta dar os parabéns às vencedoras, tal como a todos os discentes do Agrupamento que participaram neste “Parlamento dos Jovens” 2015, pelo trabalho e entusiasmo que demonstraram. Desejamos que a etapa nacional nos seja favorável!

Prof.as Teresa Pereira e Ilda Correia

A British Pancake Race at FREI SCHOOL

(runners, quizzers and cheering up squads among other cool & crazy performances)

An amazing Pancake Race was set up, on the past 4th March, in Frei playground open space, involving the students of 5th, 6th and 7th grades, all together more than 250 children.

This activity has to do with the British pancake races performed in many communities to celebrate Throve Tuesday (Carnival Tuesday). At our school it is a tradition which has been being carried out since several years now. The participants in this competition must perform multiple tasks: racing with frying pans, tossing

into the air carton pancakes and catching them in the pan, answering quizzes on British and American cultural aspects and performing as cheering up squads (showing off their singing, dancing and suitably dressing up skills).

This year, once again, we were proud to notice the great commitment of all the participants and the enthusiastic cheerful ambience of this event. Very well done, kids!

Matilde Sousa, 8ºC

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XIX Colóquios Juvenis de Arte

O que já vem sendo tradição na nossa Escola, é a participação das turmas de Arte, nos Colóquios Juvenis de Arte.

Este evento anual, reúne várias Escolas a nível nacional, cujo denominador comum é a Arte.

Este ano, não foi exceção e a turma do 12º F, com 19 alunos, acompanhados pelas professoras Andreia Coutinho, Elisa Azevedo e Isabel Silva, participou no Colóquio Juvenil de Arte, na Covilhã, promovido pela Escola Secundária Campos de Melo, com o apoio da Universidade da Beira Interior de 11 a 13 de Fevereiro, com o tema “ Os fios que tecem a Arte- Reinventar a nossa herança cultural”.

Foram 3 dias muito bem passados, no convívio, interação e partilha de experiências e aprendizagens, com cerca de 7 Escolas participantes.

O programa foi cheio e intenso, na promoção e divulgação de novas formas estéticas e linguagens. Desde workshops simultâneos, a palestras com oradores na área do Design, Arquitetura, História da Arte, à visita a Museus da região, ao jantar convívio entre Escolas, à diversão noturna, à apresentação dos trabalhos de cada Escola. O alojamento no centro da cidade, permitiu- nos a vivência e o reconhecimento dos espaços públicos, o subir e descer as ruas íngremes, em diversos percursos, numa visita guiada à Street Art ao vivo.

Foi com prazer que vimos e partilhamos a experiência de mostrar os nossos trabalhos e o seu reconhecimento, pela criatividade, diversidade e qualidade assim como tomar conhecimento do que se faz a nível artístico, noutras Escolas, dentro do programa do Ensino Secundário.Partilhou-se experiências, abriram-se portas e janelas, à curiosidade e à novidade, descortinaram-se caminhos e possibilidades para o futuro.

Ficamos com a sensação de que iremos repetir a experiência, com o mesmo entusiasmo e dedicação no próximo ano letivo.

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Flash Natureza - Um outro olhar

O grupo de Biologia e Geologia, da Escola Secundária de Santa Maria Maior promoveu o Concurso de fotografia “Flash Natureza – Um outro olhar”, tendo como tema o Ecossistema da Escola – aspetos geológicos e biológicos do espaço envolvente ao edifício escolar.

Esta atividade pretendia desenvolver a capacidade de observação da geologia, fauna e flora da escola Secundária de Santa Maria Maior, sensibilizar os participantes para a importância da preservação dos ecossistemas e incentivar o desenvolvimento e valorização de competências técnicas e de criatividade no âmbito da fotografia.

Após a análise dos 26 concorrentes, o júri atribuiu o 1º e 2º lugar, respetivamente, aos trabalhos dos seguintes alunos: Ana Rodrigues e Ana Calheiros (10ºD) – “O meu ser são ramificações dos seus galhos”; Eduarda Ramalho e Gabriela Soares (10ºD) –“Antítese da natureza”.

1º lugar“O meu ser são ramificações dos seus galhos”

Concurso de Fotografia

Fantástica! Assim foi a participação do Agrupamento nos Campeonatos Nacionais Escolares (Natação).

Mariana Silva e Rui Costa, vice-

A Natação está na Maior!

campeões nos 100m livres; Rui Costa, 3° classificado nos 50m costas; João Carvalho, aluno da Frei ; Mónica Alves, Carolina Cameira, Lara Vaz e Catarina

Ferreira, estafeta feminina campeã nacional dos 4X50 estilos; Francisco Antas, 3º classificado nos 200m livres.

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