agrupamento de escolas antÓnio feijÓ · serviço de psicologia e orientação 26 8.4....
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
PROJETO EDUCATIVO
“PONTE DE LIMA, PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL”
2013.2016
Agrupamento de Escolas António Feijó – Ponte de Lima
Rua Dr. Luís Gonzaga, nº 49 - Apartado 7 - 4990-114 Ponte de Lima
Telefone: 258 90 90 70 – Telefone/ Fax Secretaria: 258 90 90 79
Email: [email protected] |Página Web http://agvaf.edu.pt
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
2 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
ÍNDICE Pág.
1. Introdução 3 2. Fundamentação 6 3. Caracterização do meio 7
3.1. Património Natural 8 3.2. Património Material 10 3.3. Património Imaterial 12
4. Apresentação do Agrupamento 13 4.1. Atividades de Animação e de Apoio à Família na Educação Pré-Escolar/
Atividades de Enriquecimento Curricular e Componente de Apoio à Família no 1.º CEB
14
4.1.1. Atividades de Animação e de Apoio à Família 14 4.1.2. Atividades de Enriquecimento Curricular no 1.º CEB 15 5. Demografia e população 15
5.1. Pirâmide etária 2011 15 5.2. Nível de instrução / educação 16 5.3. Famílias 16
6. Contexto educativo 17 6.1. Recursos humanos 18
6.2. Docentes da EPE, 1.º, 2.º e 3.º CEB e Educação Especial 18 6.3. Recursos humanos não docentes 18 6.4. Alunos 19 6.5. Turmas 19 6.6. Alunos com medidas de Educação Especial 19
6.7. Crianças apoiadas no âmbito da Intervenção precoce na Infância 19 7. Estabelecimentos 20
7.1 Escola Básica António Feijó - Escola Sede do Agrupamento 20 7.2. Jardins de Infância 21
7.2.1. Jardim de Infância de Serdedelo 21 7.3. Escolas Básicas 21
7.3.1. Escola Básica de Igreja - Ribeira 21 7.3.2. Escola Básica de Feitosa 21 7.3.3. Escola Básica de Gandra 22 7.3.4. Escola Básica do Trovela 22 7.3.5. Escola Básica de Ponte de Lima 23 7.3.6. Escola Básica de Ribeiro - Rebordões-Souto 23 8. Serviços e Recursos Educativos 24
8.1. Bibliotecas Escolares 24 8.2. Educação Especial 25 8.3. Serviço de Psicologia e Orientação 26 8.4. Intervenção Precoce 27 8.5. Regime Articulado da Música 28
9. Parcerias e Protocolos 29 10. Princípios e Valores orientadores da ação educativa 30 11. Metas Educativas 33
11.1. Áreas de Melhoria 34 11.2. Metas Educativas 34 11.3. Domínios Prioritários 35
12. Plano de Ação 35 13. Divulgação e Avaliação 43
13.1. Meios de divulgação do Projeto Educativo 43 13.2. Avaliação 43
15. Bibliografia 44
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1. INTRODUÇÃO
A Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto que introduz a segunda alteração à Lei de Bases do
Sistema Educativo (Lei 46/86 de 14 de Outubro), renumerando-a na sua totalidade e
republicando-a, determina no seu Artigo 2º - Princípios Gerais - o seguinte:
1 - Todos os portugueses têm direito à educação e à cultura, nos termos da Constituição
da República.
2 - É da especial responsabilidade do Estado promover a democratização do ensino,
garantindo o direito a uma justa e efetiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso
escolares.
3 - No acesso à educação e na sua prática é garantido a todos os portugueses o respeito
pelo princípio da liberdade de aprender e de ensinar, com tolerância para com as escolhas
possíveis, tendo em conta, designadamente, os seguintes princípios:
a) O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo
quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas;
b) O ensino público não será confessional;
c) É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.
4 - O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade social,
contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos,
incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e
valorizando a dimensão humana do trabalho.
5 - A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista,
respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões,
formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se
integram e de se empenharem na sua transformação progressiva.
No que concerne aos princípios organizativos, a Lei de Bases do Sistema Educativa refere
no seu Artigo 3º que o sistema educativo se organiza de forma a:
a) Contribuir para a defesa da identidade nacional e para o reforço da fidelidade à
matriz histórica de Portugal, através da consciencialização relativamente ao património
cultural do povo português, no quadro da tradição universalista europeia e da crescente
interdependência e necessária solidariedade entre todos os povos do mundo;
b) Contribuir para a realização do educando, através do pleno desenvolvimento da
personalidade, da formação do carácter e da cidadania, preparando-o para uma reflexão
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consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos e proporcionando-lhe um
equilibrado desenvolvimento físico;
c) Assegurar a formação cívica e moral dos jovens;
d) Assegurar o direito à diferença, mercê do respeito pelas personalidades e pelos
projetos individuais da existência, bem como da consideração e valorização dos diferentes
saberes e culturas;
e) Desenvolver a capacidade para o trabalho e proporcionar, com base numa sólida
formação geral, uma formação específica para a ocupação de um justo lugar na vida ativa que
permita ao indivíduo prestar o seu contributo ao progresso da sociedade em consonância com
os seus interesses, capacidades e vocação;
f) Contribuir para a realização pessoal e comunitária dos indivíduos, não só pela
formação para o sistema de ocupações socialmente úteis mas ainda pela prática e
aprendizagem da utilização criativa dos tempos livres;
g) Descentralizar, desconcentrar e diversificar as estruturas e ações educativas de modo
a proporcionar uma correta adaptação às realidades, um elevado sentido de participação das
populações, uma adequada inserção no meio comunitário e níveis de decisão eficientes;
h) Contribuir para a correção das assimetrias de desenvolvimento regional e local,
devendo incrementar em todas as regiões do País a igualdade no acesso aos benefícios da
educação, da cultura e da ciência;
i) Assegurar uma escolaridade de segunda oportunidade aos que dela não usufruíram na
idade própria, aos que procuram o sistema educativo por razões profissionais ou de promoção
cultural, devidas, nomeadamente, a necessidades de reconversão ou aperfeiçoamento
decorrentes da evolução dos conhecimentos científicos e tecnológicos;
j) Assegurar a igualdade de oportunidade para ambos os sexos, nomeadamente através
das práticas de coeducação e da orientação escolar e profissional, e sensibilizar, para o efeito,
o conjunto dos intervenientes no processo educativo;
l) Contribuir para desenvolver o espírito e a prática democráticos, através da adoção de
estruturas e processos participativos na definição da política educativa, na administração e
gestão do sistema escolar e na experiência pedagógica quotidiana, em que se integram todos
os intervenientes no processo educativo, em especial os alunos, os docentes e as famílias.
Dos princípios enunciados anteriormente importa desde já salientar o enfoque colocado
na formação de cidadãos capazes de intervir de forma crítica e construtiva no meio em que se
inserem, de modo a provocarem a sua progressiva transformação.
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De acordo com o estabelecido na alínea a) do art.º 9º do Decreto-lei nº 137/2012 de 2
de julho, o Projeto Educativo deve ser entendido como “o documento que consagra a
orientação educativa do agrupamento de escolas (…), elaborado e aprovado pelos seus órgãos
de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios,
os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas (…) se propõe
cumprir a sua função educativa.”
O grupo de trabalho nomeado pelo Conselho Pedagógico, no âmbito das competências,
estabelecidas na alínea a) do art.º 33º do DL nº 137/2012 de 2 de julho, desencadeou as
estratégias necessárias à elaboração participada de uma proposta de Projeto Educativo, como
documento estratégico orientador das grandes linhas de ação a desenvolver no período a que
se destina.
Neste sentido, importa salientar que a construção de um Projeto Educativo tem,
inevitavelmente, de ter em conta a realidade social, cultural e económica do meio em que se
integra o Agrupamento, de modo a que as opções, os objetivos e as estratégias a implementar
tenham como finalidade última a transformação do meio envolvente, influenciando as
mudanças nas diferentes áreas atrás enunciadas e contribuindo para o surgimento de
melhores condições de vida de todos os cidadãos.
Pretende-se que este seja um documento de fácil consulta e apropriação por parte da
comunidade educativa, estando nele consagrados alguns dos elementos mais relevantes do
Agrupamento, desde a sua caraterização, passando pelo tema aglutinador, pelos pontos
fortes, pelos aspetos que necessitamos de melhorar e pelas metas que se pretendem alcançar
nos próximos três anos.
Pelo seu carácter dinâmico, o Projeto Educativo, elaborado a partir desta proposta de
trabalho, deverá estar em constante atualização e aberto à participação da comunidade
educativa.
Pretendemos criar um instrumento que nos ajude a melhorar a gestão deste
Agrupamento, para que a articulação entre as várias escolas básicas/jardins de Infância e
outras entidades propicie o desenvolvimento de processos pedagógicos e de interação social,
tendo em conta a globalidade das ações dos intervenientes nas escolas e a articulação das
atividades de todos os níveis de ensino com o meio e com os princípios estabelecidos nos
currículos nacionais.
O Projeto Educativo de Agrupamento constitui-se como uma referência para a
organização do presente e do futuro, proporcionando um enquadramento e um sentido para
as ações individuais. Ao definir as políticas educativas da instituição e ao apontar para perfis de
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mudança, implica processos de negociação entre os diferentes protagonistas, esperando-se a
sua participação na expressão dessas opções.
2. FUNDAMENTAÇÃO
Para além das características específicas do agrupamento, fruto da realidade social,
cultural e económica dos alunos que o compõem, as opções que estiveram na base da
elaboração do presente documento têm como principais fundamentos:
- Continuidade e consolidação de práticas bem sucedidas em anos anteriores;
- Pontos Fortes e Áreas de Melhoria identificadas pela Inspeção Geral da Educação no
âmbito da Avaliação Externa;
- Princípios, programas e projetos de âmbito internacional, nacional e local;
- Plano de Intervenção do Diretor.
Assim, no que respeita à continuidade e consolidação de boas práticas, o trabalho em
torno de temas aglutinadores de projeto, uma prática que conta já com cinco anos de
experiência, tem vindo a contribuir para uma certa homogeneidade de trabalho nos diferentes
estabelecimentos, departamentos e níveis de ensino do agrupamento, conferindo-lhe, deste
modo, identidade. A existência de temas de trabalho comuns revela-se particularmente útil
em agrupamentos geograficamente dispersos e com elevado número de estabelecimentos de
ensino, alunos e professores, pois promove o trabalho colaborativo e unifica práticas,
consolidando a consciência de agrupamento. Com efeito, a existência de projetos comuns
como forma de promoção da articulação interdepartamental foi um dos aspetos apontados
como ponto forte, pela IGE, aquando da Avaliação Externa.
O tema do presente Projeto Educativo, decidido em reunião de Conselho Pedagógico
de 5 de setembro, parte essencialmente deste pressuposto, pois tratando-se de um tema
abrangente, poderá ser “desmembrado” em subtemas que enformarão os temas
aglutinadores de projeto de cada um dos três anos letivos. Assim, para 2013-2014, apresenta-
se como subtema “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial: SustentARTE no Campo”,
com particular incidência sobre aspetos relacionados com o património rural do concelho,
visando o conhecimento e a valorização de atividades, produtos, materiais e saberes ligados ao
campo. Esta temática encontra-se em consonância com as diretrizes internacionais da
UNESCO, que declarou 2014 como Ano Internacional da Agricultura Familiar1. O facto de
1 O Ano Internacional da Agricultura Familiar será celebrado em 2014 por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas em
reconhecimento à contribuição da agricultura familiar para a segurança alimentar e para a erradicação da pobreza no mundo. O principal objetivo do evento é promover em todos os países políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento sustentável de sistemas de produção agrícola baseados em unidades familiares, fornecer orientações para pôr em prática essas políticas,
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termos em consideração diretrizes de âmbito internacional, princípio que já vem sendo
assumido na delineação de projetos aglutinadores, confere, de algum modo, globalidade ao
trabalho a desenvolver e permite integrar subprojetos e/ou programas daí decorrentes, quer
sejam de âmbito internacional, nacional ou local.
Por outro lado, o tema favorece a articulação entre os vários níveis de ensino,
possibilitando uma maior coerência de trabalho e a já referida homogeneidade de práticas,
enquadrando-se ainda noutros projetos já existentes (SOBE, PNL, PASSE…) e permitindo a
continuidade de parcerias já estabelecidas. A temática é ainda propícia ao envolvimento dos
diferentes agentes educativos, favorecendo a abertura da escola à comunidade. Com efeito, a
existência de iniciativas abrangentes direcionadas à comunidade educativa foi outro dos
aspetos valorizados pela IGE, aspeto que consolida ainda o tema do último projeto educativo
“Uma escola para todos, com o envolvimento de todos”.
3. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO
Ponte de Lima situa-se geograficamente a aproximadamente 24 Km de Viana do Castelo.
Tem vias rápidas que facilitam o acesso a concelhos como Viana do Castelo (A27), Arcos de
Valdevez e Ponte da Barca, Valença, Braga e Porto (A3).
Ponte de Lima é uma vila antiga, medieval, rodeada por uma ruralidade bucólica. Esta
vila pitoresca é rodeada por uma mancha verdejante marcada por uma rica topografia de
grandes irregularidades e por terrenos rústicos de minifúndio. As casas brasonadas proliferam
na vila e nas suas imediações. A arquitetura tradicional carateriza-se pela construção em
blocos de granito em que sobressaem as entradas e as fachadas bem típicas.
Do ponto de vista histórico, esta localidade é marcada por uma presença humana
significativa desde a ocupação Romana. Na época Medieval, a vila recebeu um Foral de D.
Teresa em 1125, antes dos acontecimentos fundadores da Pátria Portuguesa. No século XIV, o
rei D. Pedro I envolveu a localidade de muralhas e edificou um conjunto de torres, de que
subsistem hoje duas. Destaca-se a ponte do Rio Lima, em parte de feição Romana e em parte
de traça Medieval.
incentivar a participação de organizações de agricultores e despertar a consciência da sociedade civil para a importância de apoiar a agricultura familiar. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_Internacional_da_Agricultura_Familiar)
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A população encontra-se distribuída, predominantemente, ao longo das margens do rio
Lima e das áreas atravessadas pela rede viária nacional, onde se localizam as freguesias com
maior densidade populacional.
O parque habitacional é razoável e tem vindo a sofrer importantes alterações qualitativas e
quantitativas nos últimos anos, embora ainda apresente algumas carências no que respeita a
infraestruturas, principalmente nas zonas mais afastadas da sede do concelho.
As principais atividades económicas no concelho de Ponte de Lima são a agricultura (de
subsistência), a pecuária e o comércio. O cultivo das vinhas e a produção de vinho contribui para a
economia familiar. Quanto ao setor industrial, está representado por pequenas unidades de
tratamento de madeiras, exploração de granito e pela fábrica de componentes para automóveis. Os
serviços têm vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante na economia concelhia,
estando mais desenvolvidos na sede do concelho. A atividade turística tem vindo a ganhar grande
relevância, quer ao nível do comércio e da restauração, quer ao nível do acréscimo da sua
visibilidade e imagem externa, favorável por exemplo, para a captação de iniciativas de
investimento empresarial.
Para a importância turística do concelho contribuem o património natural, histórico e
cultural, as infraestruturas de apoio como o campo de golfe ou o centro hípico que ficam
situados numa das freguesias da área geográfica do Agrupamento e, ainda, outras que
permitem a prática de vários desportos como a natação, ténis, canoagem, caça e pesca.
Em todo o concelho de Ponte de Lima há uma riqueza de património natural, imaterial
(rico em tradições, em lendas, em etnografia) e de um conjunto patrimonial edificado.
3.1 . PATRIMÓNIO NATURAL
A história de Ponte de Lima está intimamente ligada ao rio. O rio Lima foi uma via de
comunicação ativa ligando a vila aos vários centros urbanos circundantes. É atravessado por
uma ponte medieval, construída a partir de uma romana, que estabelecia os contactos entre
as duas margens, tendo muitas vezes servido como passagem obrigatória dos peregrinos que
se dirigiam a Santiago de Compostela.
Atualmente o rio continua a ser um elemento polarizador da identidade vincada de
todos os que pretendem manter e preservar a herança cultural, patrimonial e natural
sustentando um equilíbrio entre ecossistemas e as atividades humanas.
Ponte de Lima é a capital do Turismo de Habitação, pela beleza natural do seu idílico
Vale da Ribeira Lima e pelos seus magníficos e inúmeros solares. A ruralidade e rusticidade,
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aliadas a um conservadorismo saudável, têm vindo a tornar esta zona numa zona turística com
oferta de alojamento em casas de turismo rural. Este turismo de qualidade desenvolve-se em
três categorias: Agroturismo, Turismo de Habitação e Turismo em Espaço Rural.
Inserida no mesmo património natural destaca - se a Área de Paisagem Protegida das
Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos com uma área total de 350 hectares, encaixada num
ambiente deslumbrante; esta área de terrenos alagadiços é rica em espécies de vegetação,
pastagens naturais e zonas de veigas. Destacam-se os amieiros, carvalhos, salgueiros e
vidoeiros, potenciando habitats para várias espécies de fauna. Dispõe de um Centro de
Interpretação Ambiental (composto por administração, auditório, sala polivalente e
mediateca), que é o ponto de partida ideal para quem quer saber tudo sobre as principais
características e valores desta área protegida e zona húmida de importância internacional.
Insere-se nesta Área a Quinta de Pentieiros que dispõe de um conjunto de
equipamentos e serviços disponíveis ao longo do ano: Quinta Pedagógica, Parque de
Campismo, Albergue, Bungalows e a casa da Árvore.
O Serviço Educativo da Área Protegida visa, por um lado, a consciencialização para a
importância da salvaguarda e valorização do ambiente e do mundo rural e, por outro lado, a
criação/incremento de hábitos e de atitudes de iniciativa, no dia-a-dia, a favor de um
desenvolvimento sustentável.
Para cumprir com estes objetivos o Serviço Educativo do Município de Ponte de Lima
desenvolve, anualmente, um conjunto de ações/eventos de (in) formação e de educação
associadas à temática do Ambiente e do Mundo Rural, direcionadas para a população em geral
e, em particular, para a população escolar na qual se incluem as crianças/alunos das escolas
que constituem este Agrupamento.
Na Quinta Pedagógica é dinamizado o Núcleo de Produção Vegetal, com várias projetos,
horta pedagógica, campo de plantas aromáticas e medicinais, pomares, vinha, centro de
demonstração de compostagem, estufa e viveiros. No Núcleo de Produção Animal são
dinamizadas atividades que permitem um contato mais direto com os animais.
Ainda neste âmbito, constituindo uma mais-valia para as escolas do concelho, situa-se o
Jardim do Arnado, na margem direita do rio Lima, proporcionando uma viagem pela história da
arte no jardim. No interior do Jardim do Arnado podemos encontrar um Jardim Romano, um
Jardim da Renascença e um Jardim Barroco, uma estufa e um horto botânico.
O Festival Internacional de Jardins apresenta-se como uma das marcas turísticas desta
centenária Vila. Conciliar a arte ao espaço urbano, ao espaço rural e ao património é a missão
deste evento anual, que de ano para ano atrai cada vez mais a atenção do público,
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sensibilizando para o valor criativo, ambiental e paisagístico dos espaços verdes em contexto
urbano.
Ao longo das margens verdejantes do rio Lima existe um conjunto de ecovias para peões
e cicloturistas. Todas elas seguem paralelamente ao rio Lima e têm como principais pontos de
interesse as vinhas, os campos de cultivo da região, a paisagem natural e vários moinhos.
Existe ainda uma ecovia na Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro
d’Arcos, com uma extensão de 22km e que inclui seis percursos diferentes. O verde da terra e
a frescura da água ao longo das ecopistas são um convite à tranquilidade.
Num local privilegiado, inserido no verde da paisagem minhota, surge o Golfe de Ponte
de Lima para os amantes da modalidade. Inserido no campo e perto da vila encontra-se o
Centro Equestre do Vale do Lima, que desenvolve atividades equestres, organiza eventos e
atrai outra forma de turismo.
3.2 . PATRIMÓNIO MATERIAL
O património edificado do Concelho é vasto, bem conservado e ligado a uma
religiosidade enraizada nas populações. Salientamos o Património Edificado da Vila.
Ponte sobre o Rio Lima: apenas utilizada por peões, é formada por dois troços, um
romano, outro medieval; Torres de S. Paulo e da Cadeia- estas duas torres e o pequeno pano
de muralhas existente entre elas são dos poucos vestígios que restam das muralhas medievais;
Albergaria de S. João de Deus- o edifício é de 1659 e serve de sede aos Bombeiros Voluntários;
Paços do Concelho - o edifício original é do séc. XVI; Pelourinho de Ponte de Lima- de
construção manuelina; Chafariz do Largo de Camões- construído entre 1575 e 1603; Biblioteca
Municipal do séc. XVII; Parte do antigo Hospital da Praça do século XVI; Igreja Matriz- edifício
do séc. XV, sobre uma construção anterior; Igreja da Misericórdia- o edifício atual foi
reconstruída em 1744, embora a sua construção seja do século anterior; Convento de Santo
António (do séc. XV) e Igreja da Ordem Terceira construção do séc. XVIII; Igreja de N. Sra. da
Guia: construída no séc. XVII; Igreja da Lapa do séc. XVIII; Capela de N. Sra. da Penha de França
mandada construir por João Lourenço, junto à antiga cadeia, para que os presos pudessem
ouvir a missa; Capela do Anjo da Guarda do séc. XIII; Capela de N. Sra. da Misericórdia das
Pereiras de 1525, num local onde já existira uma pequena ermida.
Solares Limianos: os magníficos solares, quintas e casas senhoriais, legados de famílias
antigas, marcam de forma distinta a paisagem local. São exemplo disso os solares de
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Bertiandos e de Calheiros. Enquanto algumas se mantêm como propriedades particulares,
outras foram sabiamente transformadas em acolhedoras casas de turismo de habitação.
Museu do Brinquedo Português: a exposição permanente representa brinquedos
portugueses desde os finais do século XIX até 1986. No espaço informal do museu é ainda
possível visitar o espólio em restauro; na oficina Rocha Brito e na Sala das Brincadeiras a
cidade dos sete comboios delicia todos os visitantes.
O Museu dos Terceiros: encontra-se instalado em duas casas religiosas associadas à
ordem Franciscana: o extinto Convento de Santo António dos Capuchos e o edifício da Ordem
Terceira de São Francisco. É possível visitar grande parte do edifício com um valioso espólio de
arte sacra. Destacam-se as coleções de escultura, pintura e ourivesaria cuja cronologia
remonta ao século XV, data da fundação do convento. Nos edifícios contrasta a arte medieval
e a sobriedade monacal com o barroco da Ordem Terceira de S. Francisco.
O Museu Rural de Ponte de Lima: dá vida às mais antigas tradições do concelho. Desde
2001 que o espaço mostra aos visitantes as formas mais tradicionais da exploração agrícola de
outros tempos. Está dotado com quatro espaços de exposições. Os espaços a visitar são: a
tulha com exposição sobre o linho e exposições temporárias de pintura, a cozinha com forno e
lareira, a adega com lagar e tonéis e outros utensílios relativos ao vinho, e o celeiro com
exposição de alfaias agrícolas, sobretudo ligadas ao milho.
A Biblioteca Municipal: tem o seu espólio num edifício de valor histórico e patrimonial,
onde primitivamente funcionou o Hospital da Santa Casa da Misericórdia. Trata-se de uma
construção do século XVII, com dois pisos e aproveitamento da cobertura. O seu serviço
educativo disponibiliza apoio às Bibliotecas Escolares, Biblioteca Itinerante e visitas das Escolas
ao espaço da Biblioteca.
O Arquivo Municipal: recolhe, inventaria, preserva e divulga o património documental e
histórico do Município. Promove visitas e sessões para o público-alvo dos Jardins de Infância e
Escolas.
O Teatro Diogo Bernardes: foi construído em 1893 no estilo italiano, e inaugurado em
1896, que foi completamente remodelado e renovado em 1999. Uma interessante agenda
cultural traz a este magnífico teatro eventos importantes.
O Parque de Exposições EXPOLIMA: atrai a Ponte de Lima muitas pessoas, desde locais a
internacionais, tendo sido concebido para Feiras Temáticas; Concurso Internacional de
Saltos/Equitação (com 2 picadeiros e piso preparado para alta competição); apoio a eventos;
realização de grandes Concertos; realização de Festivais.
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O Auditório Rio Lima: espaço recentemente requalificado e de grande interesse para o
desenvolvimento de atividades dos alunos do Agrupamento.
Ao nível desportivo, destacam-se vários equipamentos: os pavilhões e piscinas
municipais, cortes de ténis, clube de golfe, clube náutico, Parque do Arnado, campo de futebol
e Centro Equestre do Vale do Lima.
3.3 . PATRIMÓNIO IMATERIAL
O património imaterial faz parte da identidade de uma comunidade, transmite-se de
geração em geração e é dinâmico, na medida em que é recriado ao longo dos tempos, numa
interação do indivíduo/comunidade com o ambiente, a natureza e a história.
“Pelo seu posicionamento geográfico, pelo papel de charneira e de atração regional que
ocupou ao longo dos tempos, como lugar de passagem e como local de feira, Ponte de Lima
apresenta-se como uma montra privilegiada de tradições culturais, económicas e espirituais de
todo o Minho” (in Património Imaterial de Ponte de Lima).
Tendo sido Ponte de Lima um local de passagem dos peregrinos no Caminho para
Santiago de Compostela desde tempos medievais, também por aqui circularam ideias, artes,
saberes, crenças. De sinalizar a revalorização deste Caminho com passagem pelo Albergue dos
Peregrinos.
Em termos culturais este é um concelho rico de tradições, de lendas e de história,
cruzando-se a oralidade, a musicalidade, os saberes e o imaginário. Tem sido preservado ao
longo de gerações. A música popular, as concertinas e os cavaquinhos são uma imagem de
marca da vila de Ponte de Lima. As festas das Feiras Novas são o melhor exemplo da
preservação das tradições e atraem muita gente a esta vila.
Do imenso património imaterial do concelho de Ponte de Lima podemos definir:
Rica literatura oral: música e dança, cantares ao desafio, lendas, contos, rezas e
preces, ditados populares.
Festas de ciclo anual: romarias (algumas ancestrais), Compasso Pascal, Corpo de
Deus, Vaca das Cordas, etc.
Cultura agrária dos vales, com predomínio do milho e do vinho: vindimas,
esfolhadas, arte da rega, técnicas e utensílios agrícolas diversos.
Saberes ancestrais: os homens no trabalho da pedra e da madeira, a folha-de-
flandres, cestaria; as mulheres na tecelagem, na arte dos bordados com motivos herdados dos
antepassados, na rica gastronomia.
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13 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
Os trajes tradicionais de tecidos artesanais de linho e lã, outrora produzidos
nesta área, que são exibidos com orgulho nos nossos dias.
As Associações Culturais, os Grupos Etnográficos, as Bandas de Música, bem como
criadores em várias áreas, desde a pintura à escultura, da literatura ao design, garantem um
manancial considerável de produção cultural que é necessário preservar.
No domínio dos valores culturais, importa referir as pessoas e tudo aquilo que elas
transmitem de geração em geração - o artesanato, as romarias, a gastronomia (que assume
um importante papel na cultura limiana), as tradições orais, o trabalho do campo - que
importa preservar, pois não há futuro sem a preservação das referências culturais do passado.
O Município organiza diversas atividades, desenvolve e dinamiza projetos,
nomeadamente no Museu dos Terceiros, na Biblioteca Municipal e no Arquivo Municipal, que
estão disponíveis para a participação de todas as escolas do concelho. A Expolima tem vindo a
tornar-se num importante centro de atividades culturais, de feiras, exposições, espetáculos.
Ponte de Lima é, sem sombra de dúvidas, pelo muito que pode oferecer em qualquer
recanto, cultura na mais rica significação do conceito.
4. APRESENTAÇÃO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas António Feijó foi constituído no ano letivo de 2003.2004,
situando-se a Escola sede do Agrupamento na vila de Ponte de Lima.
A sua área de intervenção pedagógica estende-se pela margem esquerda do rio Lima
abrangendo um total de 16 freguesias: Anais, Arca, Beiral do Lima, Boalhosa, Feitosa,
Gemieira, Gondufe, Ponte de Lima, Queijada, Rebordões Souto, Rebordões Santa Maria,
Ribeira, S. Martinho da Gandra, Santa Cruz do Lima e Serdedelo. O Agrupamento recebe ainda
alunos de outras freguesias de Ponte de Lima e de outros concelhos.
Fazem parte do Agrupamento diferentes níveis de educação e ensino, desde a educação
Pré-Escolar ao 3º CEB. Com a reorganização do parque escolar as crianças e alunos que
frequentavam estabelecimentos de ensino mais isolados foram deslocados para os Centros
Educativos próximos das suas residências.
Atualmente, integram o Agrupamento as Escolas Básicas de Ribeira, Feitosa, Gandra e
Trovela com a oferta da Educação Pré-Escolar e 1º CEB. Mantém-se o Jardim de Infância de
Serdedelo, sendo que os de Ponte de Lima e Rebordões Souto passam a integrar as Escolas
Básicas de Ponte de Lima e de Rebordões Souto, respetivamente. Se o Jardim de Infância de
Rebordões Souto se situa no mesmo espaço físico das instalações do 1º CEB, já o de Ponte de
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
14 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
Lima continua a funcionar no anterior edifício, tendo sido inaugurada, no início do presente
ano letivo, a nova Escola do 1º CEB.
Todos os estabelecimentos, com exceção do Jardim de Infância de Ponte de Lima,
dispõem de um espaço próprio para a Biblioteca Escolar. Ao nível dos espaços para a prática
de atividades de Expressão Físico-Motora, a exceção é a Escola Básica de Rebordões Souto,
uma vez que se prevê a abertura, a curto prazo, dos polidesportivos da Ribeira e da Feitosa.
Para além dos espaços mencionados anteriormente, todos os estabelecimentos têm
parque infantil, cantina com refeitório e, salas destinadas às reuniões de trabalho dos
docentes.
4.1 . ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO E DE APOIO À FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR/
ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR E COMPONENTE DE APOIO À
FAMÍLIA NO 1.º CEB
A Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, consagra os objetivos da educação pré-escolar e
prevê a articulação do horário do Jardim de Infância com as necessidades das famílias.
O Despacho nº 9625-B/2013, de 15 de julho define as normas a observar no período de
funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino público nos quais funcionem a
Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico, bem como na oferta das Atividades de
Animação e de Apoio à Família (AAAF), da Componente de Apoio à Família (CAF) e das
Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC).
4.1.1. AS ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO E DE APOIO À FAMÍLIA
As Atividades de Animação e de Apoio à família são implementadas pelo Município, o
qual também afeta os recursos humanos (Despacho nº 9625-B/2013, de 15 de
julho).Consideram-se Atividades de Animação e de Apoio à Família as que se destinam a
assegurar o acolhimento no período da manhã, o serviço de almoço nas cantinas, o
prolongamento de horário, em salas próprias, após as atividades educativas. Compreende
também os períodos de interrupção letiva bem como o período após terminarem as atividades
letivas, terminando em 31 de julho.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
15 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
4.1.2. AS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º CEB
As Atividades de Enriquecimento Curricular assumem grande importância na formação
integral dos alunos nas vertentes da intervenção cultural, desportiva, artística, lúdica, e da
aprendizagem da cidadania. A contratação de docentes/técnicos para orientar as atividades é
realizada através do portal da Direção Geral da Administração Escolar (DGAE). No
Agrupamento de Escolas António Feijó, contemplam a Atividade Física e Desportiva, a
Educação Musical, o Inglês e as Expressões Artísticas. Pela primeira vez, no presente ano
letivo, o Agrupamento é entidade promotora. Anteriormente era o Município que procedia à
contratação dos técnicos.
O recrutamento de técnicos obedece ao estipulado no art.º 11 do Despacho nº 9265-
B/2013 de 15 de julho, e a planificação das atividades é sujeita à aprovação do Conselho
Pedagógico. A duração diária das AEC é aprovada em Conselho Geral, mediante proposta do
Conselho Pedagógico, devendo ser adaptada ao contexto de cada escola, sem prejuízo da
normal duração semanal e diária das atividades curriculares.
5. DEMOGRAFIA E POPULAÇÃO
Analisando os dados relativos ao total da população residente no concelho de Ponte de
Lima registados em 2001 e 2011 (44.343 e 43.498 habitantes, respetivamente),verifica-se uma
variação populacional de -1,9%, que em números absolutos se traduz numa diminuição de 845
indivíduos residentes no concelho. Esta variação negativa vem contrastar com os valores
verificados anteriormente, entre 1991/2001, intervalo que apresentou um crescimento
populacional de 2,1%. Estamos assim perante um processo acelerado do envelhecimento
aliado ao declínio da fecundidade devido às transformações económicas e sociais.
5.1. PIRÂMIDE ETÁRIA 2011
Da análise da distribuição da população residente no concelho de Ponte de Lima por
grupos etários conclui-se que, a população idosa (65 ou mais anos) (19,9%) é superior à
população jovem (0-14 anos) (15,5 %). Este facto demonstra que a população do concelho
tende para um progressivo envelhecimento, uma vez que a percentagem de idosos aumentou
de 16,9 %, em 2001, para 19,9 %, em 2011. Por outro lado, a população jovem diminuiu no
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
16 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
concelho, no período intercensitário de 2001/2011, passando de 18,1 %, em 2001, para 15,5
%, em 2011.
5.2. NÍVEL DE INSTRUÇÃO/EDUCAÇÃO
Tendo em conta os valores globais dos concelhos do Minho-Lima, Ponte de Lima
encontra-se num contexto de escolaridade baixa. Isto é, a percentagem de pessoas sem
qualquer nível de escolaridade e a percentagem de pessoas com apenas o 1º CEB representam
50% da população do concelho.
Quanto às taxas relativas à escolaridade básica do 2.º e 3º CEB, Ponte de Lima
apresenta-se alguns pontos percentuais acima da média do Minho-Lima. Contudo, é relativo às
taxas de nível de escolaridade mais elevadas, a partir do secundário, que o concelho vê as suas
taxas baixar. Sendo que a taxa a nível do ensino superior é bastante inferior à média do
Minho-Lima.
Constata-se que a taxa de analfabetismo de Ponte de Lima encontra-se em 2011 nos
7,1%, sendo que a média dos concelhos do Minho-Lima se situa ligeiramente abaixo, nos,6,9%.
Destacando-se pela negativa concelhos como Arcos de Valdevez e Paredes de Coura.
Contrariamente, apresentam-se Caminha e Viana do Castelo com as taxas mais baixas. De
referir a diminuição significativa em relação à anterior década (2001) onde a taxa de
analfabetismo de Ponte de Lima se situava nos 12%.
Relativamente ao abandono escolar, Ponte de Lima destacava-se pela negativa em 2001,
apresentando o valor mais elevado no Minho-Lima (3,7%). Contudo, em 2011 registou uma
taxa de abandono relativamente inferior, de 1,2%, apresentando-se assim com a terceira taxa
mais baixa do Minho-Lima, logo a seguir Melgaço e Vila Nova de Cerveira. Todavia, a taxa de
abandono escolar no nosso Agrupamento é de 0%.
5.3. FAMÍLIAS
Numa análise às famílias clássicas, entre 2001/2011 Ponte de Lima verificou um
aumento de 8,9% no seu total. Em relação à sua dimensão é visível uma predominância das
famílias compostas por 2 pessoas, e logo depois também com grande expressão as famílias
compostas por 3 pessoas. Quanto aos outros tipos de família existentes no concelho é possível
verificar a existência de 11,6% de famílias clássicas unipessoais, que serão as famílias clássicas
constituídas por apenas uma pessoa. Com 11,3% apresentam-se os núcleos familiares
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
17 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
monoparentais, núcleos familiares que integram apenas um dos progenitores, pai ou mãe,
com filho (s). Apenas 7,61% são famílias clássicas de pessoas com 65 anos ou mais.
Segundo os dados definitivos dos Censos de 2011, cerca de 43,2% da população
residente no concelho de Ponte de Lima, em idade ativa encontra-se empregada,
correspondendo a um total de 16.544 indivíduos. Sendo que assim, a taxa de desemprego se
apresenta pelos 11,9%.
6. CONTEXTO EDUCATIVO
O Agrupamento de Escolas António Feijó integra no presente ano letivo oito
estabelecimentos de educação: seis Escolas Básicas com Educação Pré-escolar e 1º Ciclo:
Ribeira, Gandra, Feitosa. Ponte de Lima, Rebordões Souto e Trovela, um Jardim de Infância:
Serdedelo, e a Escola Básica António Feijó com 2º e 3º Ciclo.
A população escolar é composta por 2156 crianças e alunos, distribuídos da seguinte
forma:
- 364 na educação pré escolar - 17 grupos;
- 743 no 1º CEB - 35 turmas;
- 470 no 2º CEB - 17 turmas;
- 580 no 3º CEB - 23 turmas;
A maioria dos alunos reside na área de influência do Agrupamento, embora haja um
número considerável que é oriundo de freguesias do concelho de Ponte de Lima que integram
áreas de intervenção pedagógica de outros agrupamentos de escolas, bem como de freguesias
de concelhos limítrofes.
A educação e o ensino são assegurados por 143 docentes, dos quais 88% pertencem ao
quadro do Agrupamento, distribuídos da seguinte forma:
- Educação Pré-escolar - 19 docentes, sendo 17 titulares e duas Educadoras de Infância
que desempenham outras funções;
- 1º CEB - 43 docentes, sendo 35 titulares de turma e os restantes 8 que desempenham
funções de apoio educativo e de coadjuvação.
- 2º CEB – 43 docentes
- 3º CEB - 46 docentes
- Educação Especial - 9 docentes de Educação Especial, 2 dos quais desempenham
funções na Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e
Surdocegueira Congénita.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
18 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
- Intervenção Precoce - 4 educadoras de infância asseguram o apoio a crianças dos 0 aos
6 anos no âmbito da Intervenção Precoce na Infância, nos concelhos de Ponte de Lima, Ponte
da Barca e Arcos de Valdevez. O Agrupamento António Feijó foi constituído como
Agrupamento de Referência para a Intervenção Precoce na Infância a partir do início do ano
letivo de 2012.2013, abrangendo os concelhos anteriormente mencionados.
6.1. RECURSOS HUMANOS
6.1.1. DOCENTES DA EPE, 1º, 2º E 3º CEB E EDUCAÇÃO ESPECIAL
ESTABELECIMENTO DOCENTES
DOCENTES DE APOIO
EDUCATIVO E COADJUVAÇÃO
DOCENTES DE
EDUCAÇÃO ESPECIAL
COORDENADORES DE
ESTABELECIMENTO
DOCENTES COM
OUTRAS FUNÇÕES
JI SERDEDELO 1
EB R. SOUTO EPE 1
1º CEB 2
EB PONTE DE LIMA
EPE 5
1º CEB 1 3 1a) + 2b) 1
EB FEITOSA 10 2 1c) 1
EB GANDRA 4 1
EB RIBEIRA 7 1 1d)
EB TROVELA 9 1 1e) 1
EB ANTÓNIO FEIJÓ 83 4 2
TOTAIS 123 8 9 1 4
a) Também apoia alunos com NEEcp na EB de Feitosa; b) Unidade Especializada de apoio a alunos com Multideficiência; c) Também apoia alunos com NEEcp no JI de Ponte de Lima; d) Também apoia alunos com NEEcp no JI de Rebordões Souto. e) ……
6.1.2. RECURSOS HUMANOS NÃO DOCENTES
ESTABELECIMENTO ASSISTENTES
OPERACIONAIS ANIMADORAS SÓCIO-
EDUCATIVAS ASSISTENTES
ADMINISTRATIVOS
JI SERDEDELO 1 1
EB1 REBORDÕES SOUTO EPE 1 1 1º CEB 1
EB PONTE DE LIMA
EPE 4 3 1º CEB 7 UAEEAM 2
EB FEITOSA 5 2 EB GANDRA 3 1 EB RIBEIRA 4 2 EB TROVELA 5 1 EB ANTÓNIO FEIJÓ 24 9 TOTAIS 57 11 9
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
19 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
6.2. ALUNOS
ESTABELECIMENTO IDADE ANO DE ESCOLARIDADE
3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
JI SERDEDELO 3 2 6 EB REBORDÕES SOUTO 7 7 4 14 7 11 2 EB PONTE DE LIMA 37 44 41 74 67 74 77 EB FEITOSA 12 12 39 16 44 33 35 EB GANDRA 15 6 12 17 19 16 24 EB RIBEIRA 11 14 22 21 26 19 30 EB TROVELA 21 28 21 25 30 32 32 EB ANTÓNIO FEIJÓ 216 254 210 201 169
TOTAIS 106 113 145 167 193 185 200 216 254 210 201 169
364 745 470 580
6.3. TURMAS
6.4. ALUNOS COM MEDIDAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
ESTABELECIMENTO IDADE ANO DE ESCOLARIDADE
3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
JI SERDEDELO 0 0 0 EB REBORDÕES SOUTO 0 0 0 0 0 0 0 EB PONTE DE LIMA 0 0 1
EB FEITOSA EB GANDRA EB RIBEIRA EB TROVELA 1 EB 2,3 ANTÓNIO FEIJÓ 6 8 6 4 8
TOTAIS 1 0 1 0 0 0 0 6 8 6 4 8
1 0 14 18
6.5. CRIANÇAS APOIADAS NO ÂMBITO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA
CONCELHO LOCAL DE APOIO IDADE
1ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 E + ANOS
PONTE DE LIMA
DOMICÍLIO 1 1 2 1 AMA CRECHE 4 JARDIM DE INFÂNCIA IPSS 3 1 1
PONTE DA BARCA
DOMICÍLIO AMA CRECHE JARDIM DE INFÂNCIA IPSS 2
ARCOS DE VALDEVEZ
DOMICÍLIO 1 AMA CRECHE 1 1 JARDIM DE INFÂNCIA IPSS 1 1 1
Educação Pré-Escolar 1º CEB 2º CEB 3º CEB TOTAIS
IDADE/ANO 3
Anos 4
Anos 5
+Anos 1º
Ano 2º
Ano 3º
Ano 4º
Ano 5º
Ano 6º
Ano 7º
Ano 8º
Ano 9º
Ano Nº Alunos 106 113 145 165 193 185 200 216 254 210 201 169
Total alunos 364 743
470 580 2157
1050 Nº Turmas 17 35 17 23 92
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20 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
7. INSTALAÇÕES ESCOLARES
7.1. ESCOLA BÁSICA ANTÓNIO FEIJÓ - ESCOLA SEDE DO AGRUPAMENTO
A Escola Básica António Feijó localiza-se na
sede do concelho, na rua Dr. Luís Gonzaga. Foi
criada em 9 de Setembro de 1968, como Escola
Preparatória e entrou em funcionamento nesse
mesmo ano letivo, na Rua Vasco da Gama.
Em 1982 foi transferida para o espaço
atual e em 1 de Setembro de 1995 passou a designar-se Escola EB 2,3 António Feijó, até ao
final do ano letivo anterior.
Inicialmente era uma C24 (24 salas) com dois blocos de aulas, 1 bloco administrativo e 1
bloco social com bufete e cantina. Em Setembro de 1996 foi construído um novo bloco de
aulas equipado com 12 salas, onde são geralmente lecionadas as aulas do 3º CEB. No ano 2000
teve início a construção do Pavilhão Gimnodesportivo, inaugurado em Janeiro de 2002.
Atualmente esta escola dispõe de 35 salas de aula distribuídas da seguinte forma:
Bloco Administrativo: Funcionam os serviços administrativos, a reprografia, a biblioteca, a
direção, o gabinete do Diretor, a sala de estudo, a sala TIC, o gabinete dos Serviços de Psicologia
e Orientação (SPO), a sala de professores e gabinete dos Diretores de Turma;
Bloco 1: Fazem parte 7 salas de aula, 2 salas de EV/ET, 2 salas de Ciências, gabinete de
apoio;
Bloco 2: Fazem parte 10 salas de aula, 2 Laboratórios de Ciências e Físico-química, sala
ACEI, gabinete de apoio;
Bloco 3: Fazem parte 7 sala de aula, auditório com capacidade para 90 lugares, sala de
educação musical, sala de educação Visual / Artes;
Bloco 4: Sala de educação tecnológica;
Bloco Social: Engloba o serviço de bar, cantina /refeitório, papelaria, espaço de convívio e
lazer dos alunos.
Existe ainda um pavilhão gimnodesportivo e um campo de jogos onde se desenvolvem as
atividades no âmbito da Educação Física.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
21 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
7.2. JARDINS DE INFÂNCIA
7.2.1. JARDIM DE INFÂNCIA DE BARREIRA - SERDEDELO
O Jardim de Infância de Serdedelo fica
situado a cerca de 6 Km de Ponte de Lima.
Dispõe de duas salas de atividades, cantina,
refeitório, ginásio, instalações sanitárias e
parque infantil.
7.3. ESCOLAS BÁSICAS
7.3.1. ESCOLA BÁSICA DE IGREJA - RIBEIRA
A Escola Básica da Ribeira é composta
pelo antigo edifício (Plano Centenário) com
quatro salas de aula, as quais são utilizadas
como biblioteca e sala de professores. Há
outro edifício construído de novo, integrado
no mesmo espaço, com seis salas de aula para
o 1º CEB, duas salas para o Jardim-de-Infância,
uma sala onde decorrem as atividades de animação e apoio à família e um laboratório. Tem
uma cantina com refeitório, um polivalente para diferentes usos (desportivo, cultural…),
balneários, zona de receção com hall de entrada, amplos corredores e zona de recreio
totalmente fechada. Na parte exterior, existe um campo desportivo polivalente, espaços
verdes totalmente relvados, dois espaços de recreio com cobertura e um parque infantil com
baloiços e escorregas. Encontra-se em fase conclusão o pavilhão gimnodesportivo.
7.3.2. ESCOLA BÁSICA DE FEITOSA
A Escola Básica da Feitosa tem oito salas de
aula (uma das salas é utilizada para atividades de
enriquecimento curricular) para o 1º CEB, três
salas para o Jardim-de-Infância e uma sala onde
decorrem as atividades de animação e apoio à
família. É constituída por dois blocos de casas de
banho, sendo uma adaptada, duas salas para os
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
22 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
docentes, uma Biblioteca, cozinha com refeitório, espaço livre coberto e parque infantil, sala
polivalente e zonas de apoio complementar. No exterior está a ser concluído um pavilhão
desportivo polivalente.
7.3.3. ESCOLA BÁSICA DE GANDRA
A Escola Básica de Gandra é um edifício
construído de raiz para dois níveis de ensino: a
Educação Pré-Escolar e o 1º CEB, com uma
utilização comum dos seguintes espaços:
Biblioteca, refeitório, sala polivalente, recreio
coberto, e salas de professores. Dispõe de três
salas para a Educação Pré-escolar e uma sala
onde decorrem as atividades de animação e apoio à família. Existem seis salas para o 1º Ciclo.
Há ainda duas salas para pessoal auxiliar (uma com balneário), sala para professores, sala de
arrumos, cozinha com refeitório, sala polivalente, gabinete médico, biblioteca escolar e
instalações sanitárias para crianças e adultos. Existe uma zona de recreio coberto utilizada
para a prática de algumas atividades desportivas e parque infantil. Anexo ao Centro Educativo
a freguesia dispõe ainda de um Polidesportivo com balneários o qual é utilizado pelas
crianças/alunos deste estabelecimento de ensino.
7.3.4. ESCOLA BÁSICA DO TROVELA
A Escola Básica do Trovela foi
construída de raiz para dar uma resposta
educativa às freguesias de Fornelos, Queijada
e Anais. É constituída por três salas destinadas
à Educação Pré-Escolar, oito salas de aula
destinadas ao 1º CEB, uma sala destinada ao
prolongamento de horário, sete gabinetes de trabalho, sala de funcionários, sala de
professores, sala de apoio médico, um espaço polivalente, cantina, refeitório, átrio de receção,
biblioteca, três dispensas, um pavilhão gimnodesportivo anexo e parque infantil destinado a
recreio.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
23 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
7.3.5. ESCOLA BÁSICA DE PONTE DE LIMA
A Escola Básica de Ponte de Lima integra,
a partir do presente ano letivo, os
estabelecimentos do 1º CEB e da Educação Pré-
Escolar. Com efeito, por decisão das estruturas
do MEC, estes dois estabelecimentos de ensino
passam a ter apenas um coordenador, embora
se situem em edifícios diferentes e distem cerca
de quatrocentos metros um do outro. A nova Escola do 1º CEB dispõe de doze salas de aula,
biblioteca/ centro de recursos, arrumos individuais para material didático, salas de trabalho
para os docentes, cantina com refeitório, recreio, pequeno campo de jogos e nela foi integrada
a Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e
Surdocegueira Congénita. A proximidade das Piscinas e do Pavilhão Municipais permite a
utilização destes espaços pelos alunos.
O Jardim-de-Infância de Ponte de Lima
funciona em edifício próprio, dispõe de cinco
salas de atividades, refeitório, cantina e
parque infantil. As atividades de animação e
apoio à família realizam-se em salas próprias.
Possui ainda dois conjuntos de
instalações sanitárias, uma casa de banho
adaptada e um polivalente.
7.3.6. ESCOLA BÁSICA DE RIBEIRO – REBORDÕES SOUTO
A Escola Básica de Rebordões Souto integra, a
partir do presente ano letivo, os
estabelecimentos do 1º CEB e da Educação Pré-
Escolar.
A EB1 de Rebordões Souto funciona num
edifício com quatro salas de aula. Existe um
espaço de recreio, a biblioteca, quatro casas de
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24 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
banho e a sala de professores.
O Jardim-de-Infância, situa-se num edifício existente no mesmo espaço. Dispõe de
uma sala de atividades, instalações sanitárias, refeitório com cantina, sala de arrumos e parque
infantil.
8. SERVIÇOS E RECURSOS EDUCATIVOS
8.1. BIBLIOTECAS ESCOLARES
Partindo do pressuposto enunciado nos documentos orientadores da Biblioteca
Escolar, que a apresenta como um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um
recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem, a Biblioteca Escolar do nosso
agrupamento orienta o seu trabalho no sentido de dar resposta a esta missão. Assim, são
contemplados quatro domínios de intervenção: Apoio ao desenvolvimento curricular; Leitura e
Literacias; Projetos, parcerias e atividades livres e de abertura à comunidade; Gestão da
Biblioteca Escolar.
Para operacionalizar, são delineados, pela equipa, e sujeitos à aprovação do Conselho
Pedagógico, anualmente, temas aglutinadores de projeto, transversais aos vários ciclos e
departamentos, com propostas de articulação centradas essencialmente no desenvolvimento
de competências de leitura e literacia da informação. Estes temas estão na base da seleção de
obras que enformam subprojectos de leitura orientada e leitura em família, de acordo com as
orientações do Plano Nacional de Leitura e das Metas Curriculares de Português,
nomeadamente do domínio da Educação Literária. São ainda desenvolvidos projetos de escrita
criativa que pretendem integrar atividades de pesquisa orientada com recurso a diferentes
suportes e a ferramentas da web 2.0, visando a formação do aluno / leitor / cidadão do século
XXI, um cidadão crítico, reflexivo e interventivo.
Paralelamente, é preocupação da Biblioteca Escolar, dotar os docentes de ferramentas
que lhes permitam operacionalizar os projetos delineados, visando a melhoria dos resultados
académicos dos alunos, através de formação específica, em modalidades que vão desde o
workshop formativo à formação creditada.
Por outro lado, procura-se desenvolver a coleção das várias bibliotecas escolares do
agrupamento (num total de sete) de acordo com critérios que têm por base as diferentes áreas
curriculares e a componente literária e estética das obras, tendo como objetivo a formação do
aluno, ao nível das competências de literacia e de cidadania, numa perspetiva de bem comum.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
25 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
O Agrupamento de Escolas de António Feijó assume a Biblioteca Escolar como
estrutura pedagógica de pleno direito e como polo dinamizador da escola, apoiando as
iniciativas propostas. Este serviço é considerado como centro disseminador da informação,
promovendo, através dos seus projetos e programas específicos, dinâmicas de apoio ao
currículo formal, com vista a facilitar a existência de aprendizagens diversificadas,
possibilitando o acesso a recursos documentais e tecnológicos complementares da sala de aula
e a atividades que contribuem para a formação global do aluno em áreas como a literacia da
informação, a literacia cientifica, a educação ambiental, a promoção cultural e formação de
leitores capazes de ler o mundo.
8.2. EDUCAÇÃO ESPECIAL
O grupo de Educação Especial do Agrupamento António Feijó é constituído por nove
docentes do Grupo 910 e quatro Educadoras de Infância colocadas para exercer funções no
âmbito da Intervenção Precoce na Infância. Duas docentes desempenham funções na Unidade
de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdocegueira
Congénita.
Estes docentes promovem o apoio a crianças/alunos com necessidades educativas
especiais de caráter permanente, com vista à construção de uma escola inclusiva, visando a
concretização da igualdade de oportunidades, colaborando sempre com a comunidade
educativa de forma a incrementar e desenvolver harmoniosamente os objetivos explicitados
no Projeto Educativo.
As principais metas do grupo de Educação Especial são:
- Garantir uma cobertura de apoios no âmbito da Educação Especial de 100%, aos alunos
cujo perfil de funcionalidade se enquadre no Decreto-lei 3/2008, de 7 de janeiro;
- Elaborar e implementar um Programa Educativo Individual, por aluno.
- Assegurar as respostas educativas adequadas a todos os alunos em função das suas
necessidades.
- Analisar e avaliar todas as referenciações recebidas pelos serviços, ao longo de cada
ano letivo.
- Assegurar o apoio especializado (direto) a todos os alunos com currículo específico
individual, contemplando o desenvolvimento de competências funcionais;
- Elaborar os programas individuais de transição, perspetivando a integração dos alunos
no mercado de trabalho ou em atividades ocupacionais.
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26 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
Tendo presentes os objetivos da Educação Especial, o trabalho desenvolvido assenta em
estratégias de diferenciação pedagógica, através de uma intervenção especializada,
respondendo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações ou
incapacidades decorrentes de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, ao nível das funções
ou das estruturas do corpo, recorrendo sempre que necessário à utilização de materiais
didáticos adaptados e de tecnologias de apoio.
Pretende-se promover os pressupostos da escola inclusiva, contribuindo para a criação
de condições que assegurem a todos os alunos a participação plena na vida escolar e social, o
acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, assim como a promoção
da igualdade de oportunidades, e a preparação para o prosseguimento de estudos.
8.3. SERVIÇOS DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO - SPO
O Decreto-lei nº 190/91, de 17 de maio criou, no âmbito do Ministério da Educação, os
Serviços de Psicologia e Orientação. São estruturas especializadas de apoio e de orientação
educativa, integradas na rede escolar, conforme previsto no artigo 26º da Lei de Bases do
Sistema Educativo.
A existência destes serviços constitui um fator essencial para a concretização da
igualdade de oportunidades, para a promoção do sucesso educativo e para a aproximação
entre a família e a escola, melhorando a rede de relações recíprocas indispensáveis ao
desenvolvimento pessoal, interpessoal e comunitário no contexto escolar.
Os Serviços de Psicologia e Orientação do Agrupamento funcionam desde 2007/2008 e
integram, apenas, uma psicóloga que trabalha em estreita relação com os Diretores de Turma,
Conselhos de Turma, docentes titulares de turma no 1º Ciclo, Educadores de Infância,
docentes de Educação Especial, alunos e encarregados de educação, no sentido de possibilitar
a adequação das respostas educativas às necessidades dos alunos. No âmbito das suas
atribuições, estes serviços asseguram o acompanhamento do aluno individualmente ou em
grupo, ao longo do seu percurso educativo, bem como o apoio.
São competências do SPO:
a) Colaborar com os educadores e professores, prestando apoio psicopedagógico às
atividades educativas;
b) Identificar e analisar as causas de insucesso escolar e propor medidas tendentes à sua
eliminação;
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27 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
c) Proceder à avaliação global de situações relacionadas com problemas de
desenvolvimento, com dificuldades de aprendizagem, com competências e potencialidades
específicas e prestar o apoio psicopedagógico mais adequado;
d) Colaborar na elaboração dos programas educativos individuais, ouvidos os restantes
intervenientes no processo educativo, e acompanhar as situações de elegibilidade para a
Educação Especial;
e) Articular modalidades de complemento pedagógico, de compensação educativa e de
educação especial, tendo em vista, tanto a individualização do ensino e a organização de
grupos de alunos, como a adequação de currículos e de programas;
f) Propor, de acordo com os pais e em colaboração com os serviços competentes, o
encaminhamento de alunos com necessidades especiais e dificuldades de
aprendizagem/necessidades educativas para modalidades adequadas de resposta educativa;
g) Colaborar, na sua área de especialidade, com os órgãos de direção, administração e
gestão da escola em que se inserem;
h) Colaborar em todas as ações comunitárias destinadas a eliminar e prevenir a fuga à
escolaridade obrigatória, o abandono precoce e o absentismo sistemático;
i) Articular a sua ação com outros serviços especializados, nomeadamente das áreas da
saúde e de segurança social, de modo a contribuir para o correto diagnóstico e avaliação sócio-
médico-educativa de crianças e jovens com NEE e dificuldades de aprendizagem/necessidades
educativas, planear as medidas de intervenção mais adequadas;
j) Estabelecer articulações com outros serviços de apoio educativo a alunos necessários
ao desenvolvimento de planos educativos individuais;
k) Colaborar em ações de formação e participar na realização de experiências
pedagógicas;
l) Propor a celebração de protocolos com diferentes serviços, empresas e outros agentes
comunitários a nível local;
m) Na educação pré-escolar e no 1º e 2º ciclo de ensino básico, desenvolver ações de
informação e sensibilização dos pais e encarregados de educação e da comunidade em geral
no que respeita às condicionantes do desenvolvimento e da aprendizagem;
n) Apoiar os alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu
projeto de vida;
o) Planear e executar atividades de orientação vocacional, nomeadamente através de
programas a desenvolver com grupo de alunos ao longo do ano letivo, e de apoio individual ao
seu processo de escolha;
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28 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
p) Realizar ações de informação escolar e profissional sob modalidades diversas,
garantindo a participação ativa dos alunos na exploração das técnicas e materiais utilizados;
q) Colaborar na planificação e acompanhamento de visitas de estudo, experiências de
trabalho, estágios e outras formas de contacto dos alunos com o meio e o mundo das
atividades profissionais;
r) Colaborar com outros serviços, designadamente o Instituto do Emprego e Formação
Profissional, a Associação Empresarial de Ponte de Lima, a Associação de Amigos da Pessoal
Especial Limiana (AAPEL) e a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente
Mental (APPACDM) da região na organização de programas de informação e orientação
vocacional;
s) Desenvolver ações de informação e sensibilização dos pais e da comunidade em geral
no que respeita à problemática que as opções escolares e profissionais envolvem;
t) Orientar e supervisionar estágios profissionais e curriculares.
8.4. INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA - IPI
A Intervenção Precoce na Infância pressupõe um conjunto de medidas de apoio
integrado centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e
reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da ação social, de forma a prevenir o
aparecimento ou agravamento dos problemas da criança e reforçar as competências familiares
para que, de forma mais autónoma, consiga lidar com a problemática da criança.
O Agrupamento António Feijó foi constituído como Agrupamento de referência para a
Intervenção Precoce na Infância no ano letivo 2012.2013, tendo sido destacadas quatro
educadoras de infância para o exercício de funções naquele âmbito. Estas educadoras de
infância apoiam crianças dos 0 aos 6 anos em domicílios, amas, creches e jardim-de-infância da
rede solidária (IPSS), nos concelhos de Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
A Intervenção Precoce na Infância abrange as crianças entre os 0 e os 6 anos, com
alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas atividades
adequadas à respetiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de
desenvolvimento, procurando responder às suas necessidades através de um conjunto de
medidas de apoio integrado, centrado na criança e na família.
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29 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
8.5. ENSINO ARTICULADO DA MÚSICA
O Agrupamento António Feijó reconhece a importância da Educação Musical na
formação integral dos alunos, tendo sido estabelecido, desde 2009/2010, um protocolo com a
Academia de Musica Fernandes Fão de Ponte de Lima.
Desde então, tem vindo a aumentar o número de turmas cujos alunos frequentam
Cursos Básicos de Música em regime articulado.
O ensino articulado é uma forma de frequentar o ensino da música em que a Academia
e o Agrupamento se articulam entre si, de forma a aliviar a carga horária do aluno e não
duplicar disciplinas. Através desta modalidade, o aluno frequenta um plano de estudos
especificamente adaptado, em que as disciplinas da Academia são integradas na matriz
curricular da escola regular.
O Decreto-Lei nº 139/2012, de 5 de julho estabelece os princípios orientadores da
organização e da gestão dos currículos do ensino básico, reforçando, entre outros aspetos, a
autonomia pedagógica e organizativa das escolas. Introduziu-se uma maior flexibilidade na
organização das atividades letivas, designadamente na definição da duração, no tempo a
atribuir a cada disciplina, dentro de limites estabelecidos.
9. PARCERIAS E PROTOCOLOS
Os desafios colocados hoje à escola, dificilmente encontram resposta sem a mobilização
e parcerias de diferentes instituições/associações e recursos da comunidade. A escola está
entre os principais agentes de mudança, que juntamente com outros intérpretes sociais
articulam e colaboram, rentabilizando recursos e espaços no sentido de permitir uma
prestação de um serviço educativo mais eficaz.
Tem sido uma preocupação constante ao longo dos anos de funcionamento desta escola,
a sua integração plena na comunidade educativa onde se insere e por consequência o saber
articular e colaborar com outras instituições e agentes locais.
A ligação da escola ao meio tem vindo a acentuar-se através da colaboração, da troca de
experiências, cedência de instalações, recursos materiais e técnicos, apoio e participação em
atividades, ações desenvolvidas com as instituições reforçando parcerias necessárias e
envolvendo as instituições que a seguir passamos a enumerar:
Câmara Municipal de Ponte de Lima
Juntas de Freguesia
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Associações de Pais
Academia de Música Fernandes Fão- AMFF
Clube Náutico de Ponte de Lima
Biblioteca Municipal de Ponte de Lima
Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos
Museu dos Terceiros
Museu do Brinquedo
Arquivo Municipal
Espaço Internet
Piscina Municipal
Centro de Saúde de Ponte de Lima
Associação Empresarial de Ponte de Lima
Centros Paroquiais e Sociais
Instituto Português da Juventude de Viana do Castelo
Bombeiros Voluntários, P.S.P. e G.N.R.
Comissão de Proteção de crianças e Jovens de Ponte de Lima
Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta de PL
Comissão de Festas das Feiras Novas
Rádios/ imprensa local e regional
Grupos Folclóricos do Concelho
Escola Desportiva Limiana
Associação Desportiva “Os Limianos”
Clube de Basquetebol Limarense
Associação Luso-Britânica de Ponte de Lima
Associação Cultural Unhas do Diabo
Dupla Face – Grupo de Teatro
Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana – AAPEL
Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM
Associação Limiana dos Amigos dos Animais de Rua - ALAAR
Associação Florestal do Lima
Associação de Amigos do Autismo
Outras Associações Culturais e Desportivas
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10. PRINCÍPIOS E VALORES ORIENTADORES DA AÇÃO EDUCATIVA
Os princípios da democraticidade, participação e descentralização estão consagrados na
Lei de Bases do Sistema Educativo, no seu artigo 43º, sendo que os mesmos só são possíveis de
operacionalizar através do Projeto Educativo da Escola.
Em 1998, através da publicação do Decreto-lei nº 115-A/98, de 4 de maio, estabeleceu-
se o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos da educação pré-
escolar e dos ensinos básico e secundário.
Volvidas quase duas décadas, a publicação do Decreto-lei nº 75/2008, de 22 de abril,
recentemente republicado pelo Decreto-lei nº 137/2012 de 2 de julho veio permitir um maior
envolvimento das famílias e da comunidade local na direção estratégica dos estabelecimentos,
assim como o sentido da necessidade de criação de lideranças fortes e capazes de conduzirem
a escola através do seu projeto e da sua autonomia.
Constitui-se, assim, o Projeto Educativo como um fator de realização da autonomia de
cada Agrupamento de Escolas/Escola não agrupada, não fazendo sentido estandardizar um
modelo igual para todos. Importa garantir o preenchimento do espaço de autonomia, através
de projetos educativos contextualizados com a implicação de todos os interessados no
processo educativo.
A escola enquanto organização educativa deve desenvolver a sua ação tendo como
referência princípios e valores orientadores em que a comunidade escolar/educativa se reveja
e onde todos se sintam respeitados nos seus direitos e comprometidos nos seus deveres.
Considera-se da maior importância que a população escolar esteja consciente dos seus direitos
mas também das suas responsabilidades, enquanto cidadãos.
Numa lógica de envolvimento educativo que resulta num comprometimento com a
transformação social, com a preservação do ambiente e com a valorização de competências
cognitivas e relacionais, direitos e deveres assumem um papel de complementaridade, não
podendo deixar de estar associados à formação de cidadão responsáveis e envolvidos nas suas
comunidades, tendo em vista a transformação das mesmas de modo a construir uma
sociedade mais justa e solidária.
No que respeita à autonomia, administração e gestão dos Agrupamentos de Escolas, o
Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de abril republicado pelo Decreto-lei nº 137/2012 de 2 de julho,
define no ponto 1 do artigo 4.º um conjunto de princípios orientadores e objetivos de que importa
salientar os seguintes:
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32 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
a) Promover o sucesso e prevenir o abandono escolar dos alunos e desenvolver a qualidade
do serviço público de educação, em geral, e das aprendizagens e dos resultados escolares, em
particular;
b) Promover a equidade social, criando condições para a concretização da igualdade de
oportunidades para todos;
c) Assegurar as melhores condições de estudo e de trabalho, de realização e de
desenvolvimento pessoal e profissional;
d) Cumprir e fazer cumprir os direitos e os deveres constantes das leis, normas ou
regulamentos e manter a disciplina.
Assim, para além dos valores consagrados constitucionalmente e de todos os outros
inerentes a uma Escola, definimos os seguintes Princípios Pedagógicos Orientadores:
- Promover uma Escola centrada no desenvolvimento das crianças e dos jovens, aberta a
todos e respeitadora de todas as conceções filosóficas e ideológicas, enriquecendo-se através
do intercâmbio de ideias e diferentes convicções;
- Promover uma escola em que a educação constitui um meio para melhorar as
possibilidades das crianças e alunos, acreditando no seu progresso pela cultura e formação da
personalidade, numa dimensão humanista e democratizante;
- Potenciar uma Escola que não limite a sua ação a uma mera transmissão e acumulação
de saberes disciplinares, mas que consiga criar diferentes situações de aprendizagem, numa
perspetiva de articulação vertical e horizontal;
- Proporcionar aos alunos atividades de descoberta e resolução de problemas,
confrontando-os com diferentes pontos de vista e relações interpessoais, visando o seu
desenvolvimento pessoal e social, numa perspetiva da educação para os valores, para a
cidadania e promoção da inclusão;
-Assumir a escola como um local privilegiado de partilha, de cooperação através de boas
práticas de cidadania ativa que possam ser aprendidas a par dos conteúdos curriculares;
- Promover ambientes de aprendizagem que encarem o aluno/criança como um ser
singular com características físicas, emocionais e psicológicas muito próprias;
- Valorizar saberes, atitudes e realizações efetivamente conseguidos por alunos com
NEE;
- Conceber e implementar políticas educativas integradas, destinadas a assegurar a
igualdade de acesso e sucesso para todos;
- Promover a oportunidade de desenvolver um percurso de aprendizagem ao longo da
vida, transformando a escola num dos instrumentos primordiais de coesão social, de formação
dentro dos valores democráticos e da cultura da paz;
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33 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
- Assegurar a toda a comunidade educativa do Agrupamento uma formação integral que
lhes garanta a descoberta e o desenvolvimento dos seus interesses e aptidões, promovendo o
seu desenvolvimento pleno e harmonioso;
- Suscitar o compromisso de todos os parceiros para que contribuam ativamente na
criação de uma Escola entendida como Comunidade Educativa, adaptada a um mundo em
constante mudança.
Todos estes princípios orientadores da ação pedagógica assentam em valores como:
- Solidariedade, valorizando a convivência escolar pacífica, favorecendo a cooperação e
responsabilidade como uma mais-valia para si próprio e para a comunidade educativa,
rejeitando o uso da força, da violência e da imposição perante os mais frágeis e resolvendo os
conflitos através do diálogo, do acordo e da negociação em igualdade e liberdade;
- Critérios de valor relacionados com a coerência, a solidariedade e o compromisso
pessoal e social, dentro e fora da escola;
- Inclusão, numa perspetiva de aceitação e de valorização da diferença;
- Direitos Humanos, promovendo a sua prática e conhecimento, estimulando uma
atitude crítica, solidária e comprometida perante situações do quotidiano que violem esses
direitos;
- Democracia, educando para a cidadania e para a tarefa de melhorar a sociedade em
que vivemos, procurando aplicar na vida diária os valores da solidariedade e da justiça;
- Promoção da Saúde, adotando medidas conducentes à promoção da saúde no meio
escolar, cumprindo o protocolo entre o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde e
promovendo junto da comunidade escolar hábitos alimentares saudáveis e regras de higiene;
- Cooperação, desenvolvendo técnicas de ajuda, de comunicação e de escuta;
- Responsabilização, numa atitude de reflexão, implicação e desejo de atuar;
- Liberdade, respeitando a autonomia de si próprio e dos outros na diversidade de cada
pessoa ao longo da vida;
- Sentido de justiça, no respeito por si próprio, pelo outro e pelo ambiente;
- Respeito Mútuo, fomentando a tolerância e a compreensão como aspetos
fundamentais e indissociáveis das interações estabelecidas na comunidade escolar;
- Igualdade de Oportunidades, criando condições para a concretização da igualdade de
oportunidades para todos de uma forma justa, formando pessoas autónomas, capazes de
tomar decisões sobre a sua própria vida e de participar de maneira autónoma na vida social
com responsabilidade e capacidade crítica.
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34 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
11. METAS EDUCATIVAS
Partindo da análise/ reflexão do Relatório sobre a Avaliação Externa, da experiência
profissional dos docentes do Agrupamento, e tendo sido identificadas as áreas de melhoria
onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente, foram estabelecidas as metas educativas.
11.1. ÁREAS DE MELHORIA
- A identificação dos fatores inerentes aos processos de ensino e de aprendizagem que
concorrem para a diminuição do sucesso em português, a partir do 2º ciclo, de modo a
adequar as práticas pedagógicas e melhorar os resultados.
- A monitorização dos procedimentos de articulação curricular para se conhecer o seu
impacto no sucesso académico.
- A sistematização da prática experimental, contribuindo para o desenvolvimento da
curiosidade e do espirito cientifico das crianças e dos alunos e para a melhoria das
aprendizagens nas ciências.
- A monitorização e a avaliação da eficácia das medidas de promoção do sucesso
escolar, possibilitando a rendibilização dos recursos educativos e do tempo de aprendizagem
dos alunos.
- A consolidação do processo de autoavaliação através da construção de dispositivos
avaliativos mais abrangentes da organização e da prestação de serviço educativo, com
particular enfoque na melhoria do sucesso académico dos alunos.
11.2. METAS EDUCATIVAS
1. Consolidar as práticas de monitorização dos progressos e aprendizagens das
crianças/ alunos, garantindo todas as condições para a sua formação integral e sucesso
académico;
2. Ampliar as aprendizagens e melhorar os resultados, utilizando metodologias
diferenciadas de modo a respeitar os diversos ritmos de aprendizagem;
3. Valorizar e promover os níveis de literacia como ferramenta privilegiada de
comunicação, socialização e aquisição de conhecimentos;
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35 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
4. Sistematizar a prática experimental, contribuindo para o desenvolvimento da
curiosidade e do espírito científico das crianças e dos alunos e para a melhoria das
aprendizagens nas ciências;
5. Consolidar práticas de articulação curricular vertical e interdisciplinar;
6. Sensibilizar para a educação ambiental e respeito pelo património cultural;
7. Conhecer, valorizar e preservar o património material e imaterial, enquanto
memória coletiva que tem sobrevivido ao tempo;
8. Reviver e respeitar a memória da herança, os saberes, usos, costumes e tradições
do concelho;
9. Garantir que a educação e a cidadania se configurem como áreas transversais
visando a aceitação do valor da igualdade dos direitos e dos deveres para todos, consolidando
uma cultura de respeito, participação e responsabilização dos alunos;
10. Promover a disciplina e a segurança;
11. Melhorar as relações interpessoais, desenvolvendo o apreço pelos valores da
cidadania e o nível de participação dos alunos na vida da escola, respeitando e valorizando a
diferença;
12. Promover a Escola como uma instituição inclusiva, assegurando aos jovens com
NEE condições adequadas ao seu pleno desenvolvimento e aproveitamento das suas
capacidades;
13. Intensificar a cooperação efetiva de toda a comunidade na qualidade educativa;
14. Incrementar o envolvimento das famílias no processo educativo e na vida da
comunidade escolar;
15. Otimizar os recursos humanos, aprofundando a cooperação entre todos e a
lealdade organizacional na ação educativa;
16. Valorizar os recursos humanos através da formação e da autoavaliação do pessoal
docente e pessoal não docente;
17. Adequar a formação às necessidades da comunidade escolar de modo a tornar os
intervenientes mais capazes no ato educativo.
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11.3. DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS
Para o triénio 2013/2016 definiram-se como principais domínios prioritários a desenvolver
no Agrupamento, os seguintes:
Aprendizagens e sucesso educativo;
Valorização do património cultural, arquitetónico e ambiental;
Promoção de atitudes e valores: cultura de responsabilidade e cidadania;
Participação dos pais/encarregados de educação na vida do Agrupamento;
Gestão de recursos humanos e materiais: organização da Escola para a qualidade;
Qualidade da ação educativa: Formação e Profissionalidade.
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12. PLANO DE AÇÃO
Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
Ap
ren
diz
age
ns
e s
uce
sso
ed
uca
tivo
- Consolidar as práticas de monitorização dos progressos e aprendizagens das crianças/ alunos, garantindo todas as condições para a sua formação integral e sucesso académico. - Ampliar as aprendizagens e melhorar os resultados, utilizando metodologias diferenciadas de modo a respeitar os diversos ritmos de aprendizagem. - Valorizar e promover os níveis de literacia como ferramenta privilegiada de comunicação, socialização e aquisição de conhecimentos. - Sistematizar a prática experimental, contribuindo para o desenvolvimento da curiosidade, do espírito científico das crianças/ alunos e para a melhoria das aprendizagens nas ciências. - Consolidar práticas de articulação curricular vertical e interdisciplinar.
- Melhorar a prestação dos diversos intervenientes no processo educativo. - Articular os documentos estruturantes da ação educativa. - Manter ou melhorar a média dos resultados escolares de cada ciclo. - Assegurar o apoio às aprendizagens dos alunos nos seus contextos educativos. - Consolidar os padrões de desempenho tendo como referência os indicadores de qualidade definidos pelo ME e as metas assumidas pela escola. - Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a aquisição de conhecimentos, a compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer. - Promover a atividade experimental. - Apoiar a prática de utilização de informação, independentemente da natureza e do suporte, tendo em conta as formas de comunicação no seio da comunidade. - Articular verticalmente entre ciclos.
- Dinamizar e atividades no âmbito do PAA que favoreçam a partilha de experiências. - Ocupar o tempo escolar dos alunos tendo em vista a melhoria de sucesso escolar e educativo. - Fomentar a monitorização sobre os progressos nos resultados escolares do/as alunos/turmas. - Assegurar as Atividades de Animação e Apoio à Família/ Atividades de Enriquecimento Curricular. - Otimizar o trabalho colaborativo docente com vista à gestão eficaz dos processos de ensino/aprendizagem e das interações na sala de aula. - Diversificar as metodologias indo de encontro à diversidade dos alunos. - Diversificar as estratégias, nomeadamente através da utilização de recursos tecnológicos e educativos (biblioteca/sala de estudo) de modo a promover o sucesso e a qualidade. - Promover o desenvolvimento cognitivo, o trabalho autónomo e a criatividade dos alunos. - Estimular a dinâmicas dos conselhos de turma/departamento na elaboração e concretização dos PTT/PCG, incrementando o trabalho interdisciplinar. - Desenvolver atividades experimentais em articulação entre ciclos/ níveis de ensino, explorando materiais com apoio dos laboratórios. - Estimular a participação em exposições/divulgação dos trabalhos dos alunos na escola e exterior, envolvendo a participação dos alunos do Agrupamento de forma transversal aos diferentes níveis de ensino. - Promover o reconhecimento público do mérito. - Promover a utilização correta da língua portuguesa. - Apoiar, através da BE / Centro de Recursos, alunos e professores no uso eficaz de vários recursos da informação. - Promover a formação sistemática do utilizador da BE. - Articular com os diferentes departamentos, áreas curriculares não disciplinares, AEC,PTE, no sentido de planificar em conjunto atividades e trabalhos baseados na informação, que apoiem o projeto educativo.
- Taxa de crescimento do número de atividades intra e pluridisciplinares. - Taxa de crescimento das atividades de planificação conjunta em trabalho colaborativo. - Taxa de utilização de recursos tecnológicos em contexto da aula. - Taxas de transição/aprovação por disciplina. - Grau do desvio da diferença entre a classificação interna final e a de exame (CIF-CE). - Taxa de frequência dos alunos na sala de estudo e biblioteca. -Avaliação formativa na EPE: registos de avaliação individual trimestral; registos individuais/coletivos; autoavaliação. - Inquéritos por amostragem (anos terminais de ciclo).
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Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
Val
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zaçã
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o p
atri
mó
nio
cu
ltu
ral,
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o e
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- Sensibilizar para a educação ambiental e respeito pelo património cultural. - Conhecer, valorizar e preservar o património material e imaterial, enquanto memória coletiva que tem sobrevivido ao tempo. - Reviver e respeitar a memória da herança, os saberes, usos, costumes e tradições do concelho.
- Participar ativamente/ articular as atividades do Agrupamento. - Vivenciar tradições da comunidade. - Promover o respeito pela diversidade e identidade cultural. - Fomentar na comunidade escolar um claro sentido de pertença e preservação do património. - Desenvolver temáticas relacionadas com a cultura local e características naturais da região.
- Promover a cultura tradicional e popular em todas as suas expressões: musica, dança, rituais, tradições orais, saberes partilhados de geração em geração. - Fomentar a literatura oral, musica e dança, cantigas, lendas, contos enquanto espaços de lazer. - Valorizar a produção agrícola, relação com a terra, em que os valores da natureza assegurem um desenvolvimento sustentado. - Realizar visitas de estudo que permitam um conhecimento mais aprofundado do meio local. - Promover comportamentos amigos do ambiente, corresponsabilizando toda a comunidade escolar. - Fomentar a divulgação dos trabalhos / projetos dos alunos através do jornal escolar “Despertar” e dos órgãos de comunicação locais.
- Taxa de crescimento de ações/atividades promovidas pela escola. - Taxa de participação dos alunos nas atividades. - Avaliação formativa na EPE. - Inquéritos por amostragem (anos terminais de ciclo).
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Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
Pro
mo
ção
de
ati
tud
es
e v
alo
res:
cu
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ra d
e r
esp
on
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ilid
ade
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idad
ania
- Garantir que a educação e a cidadania se configurem como áreas transversais visando a aceitação do valor da igualdade dos direitos e dos deveres para todos, consolidando uma cultura de respeito, participação e responsabilização dos alunos. - Promover a disciplina e a segurança. - Melhorar as relações interpessoais, desenvolvendo o apreço pelos valores da cidadania e o nível de participação dos alunos na vida da escola, respeitando e valorizando a diferença. - Promover a Escola como uma instituição inclusiva, assegurando aos jovens com NEE condições adequadas ao seu pleno desenvolvimento e aproveitamento das suas capacidades.
- Valorizar as regras de convivência. - Defender os interesses de toda a comunidade num espirito de convergência de atitudes/valores. - Aumentar a participação cívica dos alunos nas atividades não letivas da vida escolar. - Estabelecer o compromisso de todos os membros da comunidade para com os valores da pessoa humana, da democracia e da responsabilidade.
- Promover o trabalho de equipa. - Divulgar documentos orientadores do Agrupamento. - Realizar reuniões com diretores de Turma a fim de definir estratégias comuns de atuação. - Colaborar com outras entidades protegendo crianças e jovens em situação de perigo. - Realizar ações concretas que promovam a saúde, o ambiente, desporto escolar. - Assegurar o cumprimento das regras instituídas, nomeadamente o estatuto do aluno e Regulamento interno. - Desenvolver atividades/projetos interdisciplinares. - Garantir um ambiente educativo sem qualquer discriminação pelas diferenças culturais, físicas ou de outra natureza. - Assegurar um bom clima de trabalho, emocionalmente equilibrado e intelectualmente exigente e estimulante em todo o espaço escolar. - Preservar a expressão da diferença, quer dos saberes quer das culturas, num contexto de respeito mútuo. - Promover condições para o exercício de atividades curriculares e extracurriculares conducentes à consciencialização para valores, atitudes e práticas de cidadania, incluindo atividades culturais, desportivas e lúdicas que favoreçam a integração dos alunos. - Promover na Escola um bom clima social e práticas exemplares no âmbito da saúde, ambiente e segurança. - Formalizar a criação de um grupo representativo de delegados de turma com acréscimo de competências e responsabilidades.
- Taxa de crescimento de ações/atividades promovidas pela escola. - Taxa de participação dos representantes dos alunos nos órgãos e estruturas da escola. - Taxa de participação dos alunos nas atividades. - Taxa de ocorrências de carácter disciplinar. - Avaliação formativa na EPE: registos de avaliação individual trimestral; autoavaliação. - Inquéritos por amostragem (anos terminais de ciclo).
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Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
Par
tici
paç
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- Intensificar a cooperação efetiva de toda a comunidade na qualidade educativa; - Incrementar o envolvimento das famílias no processo educativo e na vida da comunidade escolar.
- Implicar a família e a sociedade no desenvolvimento físico, intelectual, cultural e cívico dos jovens. - Implementar de forma sistemática processos participativos que levem ao envolvimento de toda a comunidade educativa no conhecimento dos documentos orientadores do Agrupamento. - Privilegiar parcerias com as AP/EE. - Consciencializar para a importância do contacto regular com o respetivo estabelecimento de ensino. - Acompanhar os educandos no seu percurso escolar. - Envolvimento na participação e dinamização de atividades que integram o PAA. - Criar condições para a apropriação do Projeto Educativo pela comunidade.
- Desenvolver iniciativas de aproximação à escola de Pais e Encarregados de Educação e a sua implicação no Projeto Educativo da Escola. - Intensificar os processos de comunicação com os Pais e Encarregados de Educação, privilegiando o papel do Educador de Infância/Professor/Diretor de Turma, como agentes de mediação, bem como através de outros recursos, nomeadamente a página eletrónica da escola. - Assegurar a presença ativa dos Pais e Encarregados de Educação nos órgãos previstos pela legislação. - Levar a cabo iniciativas conjuntas com as Associações de Pais / Encarregados de Educação em prol do sucesso escolar e educativo. - Desenvolver atividades e projetos transversais a todos os níveis de ensino, em contexto de sala de aula e em contexto familiar. - Intensificar a utilização da Plataforma para o acesso generalizado à informação para toda a comunidade educativa. - Ampliar parcerias e protocolos existentes com os agentes socioeconómicos e culturais da região promovendo, sempre que possível, projetos conjuntos. - Divulgação das atividades ou projetos realizados pelas crianças/ alunos e envolvimento dos pais/EE através de reuniões, palestras, exposições, festas, saraus, convívios, teatros.
- Número de contactos entre o professor/diretor de turma e Pais/Encarregados de Educação por ano e turma. - Taxa de participação dos representantes dos Pais/ Encarregados de Educação nos órgãos da escola. - Taxa de participação dos Pais/Encarregados de Educação nas atividades dinamizadas em colaboração com os pais. - Taxa de crescimento de protocolos e parcerias com organizações exógenas à escola. - Inquéritos por amostragem (anos terminais de ciclo).
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
41 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
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- Otimizar os recursos humanos, aprofundando a cooperação entre todos e a lealdade organizacional na ação educativa.
- Garantir o empenhamento de todos na nossa comunidade de trabalho, rentabilizando os recursos humanos. - Rentabilizar os recursos humanos/ materiais. - Rentabilizar os recursos humanos não docentes de forma a melhorar a resposta ao nível da segurança. - Gerir percursos curriculares alternativos (PIEF). -Aumentar os recursos humanos para apoio educativo ao nível do 1º CEB e de alunos com NEE. - Acompanhar os alunos em disciplinas que evidenciam mais dificuldades. - Dinamizar a planificação das atividades de forma a otimizar os recursos da biblioteca escolar no apoio ao desenvolvimento curricular (leitura e literacia, projetos e atividades). - Rentabilizar os recursos humanos resultantes da mais-valia dos professores na sala de estudo e biblioteca.
- Rentabilizar recursos humanos através das Associações de Pais e Instituições da comunidade. - Desenvolver o trabalho colaborativo nos vários departamentos grupos de docência, conselhos de turma/ docentes e nas equipas técnicas. - Otimizar procedimentos organizacionais. - Celebrar protocolos de cooperação com instituições que permitam a integração na vida ativa de alunos com NEE. - Incentivar os alunos a frequentar a sala de estudo e / ou a biblioteca escolar. - Gerir os recursos humanos/ materiais com a Autarquia – atividades de animação e apoio à família. - Promover a adequada sequencialidade e complementaridade das aprendizagens através de atividades de articulação interdepartamental – PNL/Projeto Saber Mais/Equipa de Articulação entre Ciclos. - Apresentar aos alunos os documentos orientadores do Agrupamento, tendo em conta o seu nível etário.
- Taxa de crescimento da população escolar. - Taxa de execução do Plano Anual de Atividades. - Taxa de satisfação dos membros da comunidade educativa relativamente a processos organizacionais. -Monitorização dos percursos de transição para a vida ativa dos alunos com NEE com currículo específico individual. - Inquéritos por amostragem (anos terminais de ciclo).
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ
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Domínios Prioritários
Metas Objetivos Estratégias Instrumentos de
Avaliação/Indicadores
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- Valorizar os recursos humanos através da formação e da autoavaliação do pessoal docente e pessoal não docente. - Adequar a formação às necessidades da comunidade escolar de modo a tornar os intervenientes mais capazes no ato educativo.
- Conceber e operacionalizar um plano de formação interno com base na autoavaliação. - Proceder à oferta de formação no âmbito do Centro de formação. - Valorizar a atualização profissional em áreas prioritárias. - Promover um maior número de ações de formação centrada na escola e necessidades dos intervenientes. - Reforçar a articulação entre os diferentes níveis de ensino. - Promover a participação assertiva de todos na vida escolar e estruturas de orientação educativa de acordo com o previsto na lei.
- Promover a responsabilidade profissional na promoção do desenvolvimento integral dos alunos. - Promover uma cultura de valorização profissional do pessoal docente e não docente. - Apoiar o desenvolvimento de projetos de inovação. - Rentabilizar os recursos humanos existentes na escola com competências formativas certificadas. - Identificar as principais áreas/interesses de formação. - Desenvolver ações para tornar a escola uma instituição com identidade própria. - Incentivar o desenvolvimento de projetos/ clubes que valorizam a comunidade escolar. - Identificar as necessidades de formação do pessoal docente e elaborar o respetivo plano Anual de Formação. - Criação de planos de formação para pessoal docente e pessoal não docente. - Operacionalização de procedimentos com os centros de formação.
- Número de ações de formação certificadas e/ou creditadas frequentadas por docentes. - Número de ações de formação certificadas e/ou creditadas frequentadas por pessoal não docente. - Inquéritos por amostragem para aferir o grau de satisfação do pessoal docente e não docente relativamente à formação realizada.
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13. DIVULGAÇÃO E AVALIAÇÃO
13.1 MEIOS DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO
O Projeto Educativo do Agrupamento é um referencial comum assumido e
implementado por todos os membros da comunidade educativa. Após a aprovação pelo
Conselho Geral será divulgado através dos seguintes meios:
- À comunidade educativa na página Web do Agrupamento;
- Aos alunos através dos docentes titulares de turma e dos Diretores de Turma;
- Aos docentes através dos Coordenadores de Departamento e dos Coordenadores de
Estabelecimento;
- Aos assistentes administrativos e operacionais através dos seus representantes no
Conselho Geral e no Conselho Pedagógico;
- Aos Encarregados de Educação através das Associações de Pais/Encarregados de
Educação, dos Diretores de Turma, dos docentes titulares de turma e dos Coordenadores de
Estabelecimento;
- Às entidades com parcerias e/ou com protocolos com o Agrupamento: Autarquias
(Município e Juntas de Freguesia), Empresas, pelo Conselho Geral e pelo Diretor, através da
página Web do Agrupamento;
O Projeto Educativo estará também disponível para consulta, em suporte de papel, em
todos os estabelecimentos do Agrupamento.
13.2. AVALIAÇÃO
De acordo com o estabelecido na alínea a) do Artigo 33º do Decreto-lei nº 137/2012 de
2 de julho compete ao Conselho Pedagógico “elaborar a proposta de projeto educativo a
submeter pelo diretor ao conselho geral ”.
O Projeto Educativo, entendido como uma referência e um instrumento para a
construção contínua da mudança, para a clarificação das intencionalidades educativas, formas
de as concretizar e para a articulação das participações dos diversos intervenientes, integra em
si mesmo uma dimensão avaliativa.
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44 Projeto Educativo - “Ponte de Lima, Património Material e Imaterial” - 2013.2016
De acordo com o estabelecido na alínea c) do nº 1 do artigo 13º do Decreto-Lei nº
137/2012 de 2 de julho, compete ao Conselho Geral “aprovar o projeto educativo e
acompanhar e avaliar a sua execução”.
Este Projeto Educativo orienta toda a ação educativa do Agrupamento ao longo do
próximo triénio de 2013-2016. Articula-se com o Regulamento Interno e será operacionalizado
através do Plano Anual de Atividades, do Projeto Curricular de Agrupamento e dos Projetos
Curriculares de Grupo/ Planos de Trabalho de Turma.
A avaliação do Projeto Educativo implica a análise global do funcionamento do
Agrupamento e o cumprimento dos objetivos nele enunciados.
O Relatório de Autoavaliação constitui o documento que procede à identificação do grau
de concretização dos objetivos fixados no Projeto Educativo, à avaliação das atividades
realizadas pelo Agrupamento, organização e gestão, no que diz respeito aos resultados
escolares e à prestação do serviço educativo.
A avaliação será contínua e periódica, elaborada pela Equipa de Autoavaliação que
fornecerá informações sob a forma de relatório final o qual será apresentado ao Conselho
Geral, de modo a que este possa dar cumprimento ao disposto na alínea c) do nº 1 do artigo
13º do Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de julho.
14. BIBLIOGRAFIA
Relatório de Avaliação Externa da IGEC - 2013
Município de Ponte de Lima (2007). Património Imaterial de Ponte de Lima, Ponte de Lima.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_Internacional_da_Agricultura_Familia
http://www.cm-pontedelima.pt/
http://www.lagoas.cm-pontedelima.pt/
http://www.anossaterra.pt/
http://cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Aprovado em reunião do Conselho Pedagógico realizada no dia 19 de março de 2014, segundo o estipulado na alínea a), do Artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, que altera e republica o Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril. Aprovado em reunião do Conselho Geral realizada no dia 07 de abril de 2014, segundo o estipulado na alínea c), do n.º1, do Artigo 13.º do supracitado normativo
O Presidente do Conselho Pedagógico A Presidente do Conselho Geral
José António Fernandes da Silva Teresa de Jesus Coutinho de Sousa