agromineirais para o brasil

303
agrominerais para o Brasil Editores: Francisco Rego Chaves Fernandes Adão Benvindo da Luz Zuleica Carmem Castilhos agrominerais para o Brasil Editores: Francisco Rego Chaves Fernandes Adão Benvindo da Luz Zuleica Carmem Castilhos

Upload: debora-de-carvalho

Post on 10-Aug-2015

210 views

Category:

Documents


13 download

TRANSCRIPT

agrominerais

para o

Brasil

agromineraisEditores: Francisco Rego Chaves Fernandes Ado Benvindo da Luz Zuleica Carmem Castilhos

para o

BrasilEditores: Francisco Rego Chaves Fernandes Ado Benvindo da Luz Zuleica Carmem Castilhos

CAPTULO 1

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEE PERSPECTIVASYARAKULAIF1

IntroduoOobjetivodestecaptuloapresentarumpanoramaatualeperspectivasdomercadodosagrominerais noBrasilnoinciode2010,inserindoseempesquisarealizadanombitodoprojetoEstudoProspectivo RelativoaosAgromineraiseSeusUsosnaProduodeBiocombustveisLquidoscomVisodeLongoPra zo(2035). Sendoosagromineraisparteintegrantedacadeiaprodutivadosfertilizantesminerais,iniciasecomuma apresentao desta cadeia, relacionando produtos e setores econmicos de modo a proporcionar um quadromaisclarodadiversidadedoscomponentesdessaindstriaesuacomplexidade. AseguirsoanalisadasascaractersticasgeraisdessaindstrianoBrasilenomundoefazseumabreve revisodeseuhistrico,comofimdebuscarconexeseoentendimentodasquestesatuais. Finalmente,enfocamseasrecentesmodificaesnomercadoprodutordosagromineraiseasperspecti vasquesevislumbramnestemomentodegrandesdesafios,sejadoladodaoferta,comasaquisiesde empresasnoBrasileexterior,sejadodademanda,comapujanaapresentadapelopasnaproduoe exportaodegrosedeoutrosprodutosagrcolascomoosbiocombustveis.

CadeiaprodutivadoNPKOschamadosagromineraissoaquelesprodutosdaindstriaextrativamineralquefornecemoselemen tosqumicosparaaindstriadefertilizantesouparautilizaodiretapelaagricultura.Compreendemas commoditiesmineraisdeenxofre,fosfato,potssioeocalcriodolomticoutilizadoparacorretivodaaci dezdossolos.Nessetrabalhoenfocaremossomenteostrsprimeirosemaisoramorelacionadoaospro dutosnitrogenadosquesoabastecidospelaindstriadegsnaturalepetrleo. Aindstriaprodutoradefertilizantesmineraissolveisenvolveumgrandenmerodeetapaseprodutos ataelaboraodosfertilizantesemsuaformafinal,ouseja,aquelaemqueconsumidapelosproduto resagrcolas. AFigura1apresentaacadeiaprodutivadosfertilizantesnoBrasil.Essacadeiaseconstituidecincoelos, iniciandose com o das matriasprimas bsicas, passando pelas matriasprimas intermedirias, pelos fertilizantesbsicos,fertilizantesNPKe,finalmente,oelodeseuconsumonaagricultura.

1 2

D.Sc.UniversidadedeSoPaulo(USP).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected] D.Sc.UniversidadedeSoPaulo(USP).CentrodeTecnologiaMineral(CETEM/MCT).Email:[email protected]

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

FRANCISCOREGOCHAVESFERNANDES

2

CAPTULO 1

Fonte:Elaboradopelosautores.

Figura1CadeiaprodutivadaindstriadefertilizantesnoBrasil.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Ostrsprimeiroseloscompemachamadaindstriadebasedosfertilizantes. OprimeiroencontrasenombitodasIndstriasExtrativas,maisespecificamenteadeExtraodeMine raisNoMetlicosedeExtraodePetrleoeGs.Aquelaforneceasmatriasprimasbsicas,oconcen tradoderochafosftica,ossaisdepotssioeumapequenapartedoenxofre,oobtidocomosubproduto damineraodexistobetuminoso.Asegundaproduzogsnaturalquesustentaoramodosfertilizantes nitrogenados.Nesteprimeiroelo,odasmatriasprimasbsicas,apareceaindaumsegmentodaIndstria deTransformao,queodeProdutosdoRefinodePetrleo,quefornece,comosubstitutosdogsna tural,subprodutosdoprocessoderefinoquetambmalimentamplantasdeobtenodaamniaanidra. Asrefinariasdepetrleo,adaptadasparaextraodosgasessulfurososdoscombustveis,principalmente dodiesel,produzemtambmenxofreelementar,porexignciasdeespecificaestcnicasdalegislao ambiental. Oeloseguintedacadeia,odasmatriasprimasintermedirias,jtodoinseridonasIndstriasdeTrans formao,formadopelossegmentosdosProdutosQumicosInorgnicoseodaMetalurgiadeMetais NoFerrososeresponsvelpelofornecimentodosprodutoscidosulfrico,cidofosfrico,cidontri coeamniaanidra,comumapartedocidosulfricosendocoprodutodametalurgiadecobre,nquele zinco,almdamineraodeouro. Oprximoelo,odosfertilizantesbsicos,temcomoprodutososuperfosfatosimples(SSP),osuperfosfa totriplo(TSP),osfosfatosdeamnio(MAPeDAP),onitratodeamnio,osulfatodeamnio,aureia,o cloretodepotssio,ostermofosfatosearochafosfticaparcialmenteacidulada.Estesprodutosemsua maiorpartesoconsumidospelaindstriademisturasdoprximoelo,pormtemtambmumconsumo realizadopeloelodaAgricultura. Os fertilizantes compostos e complexos NPK so os produtos do quarto elo e inseremse no segmento produtordeAduboseFertilizantes,tambmsubordinadoIndstriadeProdutosQumicosInorgnicos. Oelofinal,odeconsumo,localizasenograndesetordaAgricultura.Eleconsometodaaproduodoelo anterior,odosfertilizantesNPKe,ainda,umapartemenordoelodosfertilizantesbsicos,quepodemser misturadosnapropriedadeagrcolaouaplicadosseparadamente.Oconsumodefertilizantesnestesetor dividese,conformeapresentadonaFigura1,em35%parasoja,21%milho,14%canadeacar,6%caf e24%paraoutrasculturas.

CaractersticasgeraisdaindstriadefertilizantesOstraoscaractersticosdaorganizaodessaindstriaapresentamumarelaodiretacomasdinmicas organizacionaisdecadasegmentoprodutivo. Umaprimeiracaractersticaaserapontadaquetodososelossocompostosporprodutosconsiderados commodities com valor internacional, propiciando a existncia de importantes transaes de comrcio exterior. Umasegundaquestosedemfunodeque,dosfatoresdeproduorelacionadoscadeiacomoum todotecnologia,custodeinvestimentoematriasprimasomaisrestritivooterceiro,apesardeos outrosseremimportantes,comoaseguirsedetalha. Com relao tecnologia, esta bastante difundida nos vrios segmentos, estando as inovaes mais relacionadasdiminuiodeemissesdegaseseresduoseaotimizaesgerenciaisdevriasordens. Navariveltecnolgica,aexistnciadeeconomiasdeescalatpicadasindstriasdecommoditiesmine rais e qumicas, resultando em investimentos iniciais de grande porte e longos perodos de maturao, configurandoseestaumaimportantebarreiraentradadenovoscompetidores. Porm, as maiores barreiras entrada localizamse na produo das matriasprimas bsicas minerais. Todaselas,gsnatural,enxofre,rochasfosfticasepotssicas,nosoabundantesetmumadistribui

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Poroutrolado,devesereferirqueasazonalidadedoconsumo,quenocasodosfertilizantesseconcentra nosmesesmaisquentesdoano,implicaemmaisaltoscustosdeestocagemecapacidadeociosa,coma consequentediminuiodarentabilidade. Constataseassimqueumasriedefatoresestruturaistendeatornaromercadoprodutordosfertilizan tes concentrado e de concorrncia imperfeita. A estrutura empresarial tpica resultante, encontrada in ternacionalmente,caracterizadaporgrandesinvestimentosnaglobalizaodasoperaes,pelaconcen trao em poucos produtores, frequentemente envolvidos em fuses e aquisies, verticalizao das empresascomaformaodegrandesconglomeradosediversificaoparaoutrosramosprodutivos,bem comoparaoutrosinsumoseprodutosagrcolas. OBrasiloquartoconsumidormundialdefertilizantesNPK,atrsdaChina,ndiaeEUA,cadaumrepre sentando48%,23%,20%e9%,respectivamente.Quandoseanalisapormoposicionamentodospases comrelaoacadanutriente,ressaltaopesodoBrasilnoconsumodepotssio.OBrasiloterceirode maiorconsumidordeK2O,com23%dototalmundial.Nohdvidaportantodanecessidadedeateno dopasparapolticasdegarantiadeabastecimentoparaestesinsumos.

HistricodaindstriadefertilizantesnoBrasilAhistriadaindstriabrasileiradefertilizantesmarcadapormomentosemquemudanasinstitucionais edepolticassetoriaisconformaramsuasdiferentesconfiguraes.Embreveretrospecto,emtrabalhos anteriores de Kulaif (1997; 1999a; 1999b) encontrase que o desenvolvimento dessa indstria pode ser divididoemfases,queseriamdelimitadaspelasprincipaismudanasestruturaisnoambienteeconmico nacional(Figura2). A primeira fase, com os primrdios dessa indstria no Brasil, desenvolveuse at 1966. Esse perodo, quando as primeiras minas de rochas fosfticas e fbricas de produtos intermedirios fosfatadosforam implantadas, caracterizouse por uma indstria de fertilizantes incipiente, com uma produo nacional muitopequena,umconsumoemnveismuitobaixos(menosde160miltoneladasanuais),nohavendo portantonecessidadedeserecorreraexpressivasimportaes. Na segunda fase, de 1967 a 1973, a demanda por fertilizantes aumentou rapidamente como efeito de umapolticaagrcoladosgovernosmilitaresvisandoaoestabelecimentonoBrasildeumfortesetoragr cola exportador. Em funo disso, importantes investimentos no aumento da capacidade produtiva das matriasprimaseprodutosintermediriosfertilizantesserealizam.Oquadrogeraldoperododeuma produointernaaindainsuficiente,comamaiorpartedosuprimentosendorealizadopormeiodeim portaes. Nafaseseguinte,de1974a1979,concretizaseumaumentomuitorpidodaproduonacionalapartir dolanamentodoIProgramaNacionaldeFertilizanteseCalcrioAgrcolaIPNFCA.Esteprograma,que objetivouimplantarumapolticadesubstituiodeimportaesparaosetordefertilizantes,construiu umaforteindstrianacionaldematriasprimasbsicaseintermedirias,todaassentada,nesseprimeiro momento,emcapitaisestatais.3

Oenxofreanicamatriaprimamineralquetendeaseafastardessepadroemfunodocrescimentodopesodachamada produoinvoluntria,ouseja,aobtidapelaextraodesseelementodoscombustveis,porrazesambientais.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

oespacialprimria(geolgica)bastantelimitada3.caractersticaespecficadaindstriaextrativami neral, que a oferta de seusprodutos dependa da existncia do recurso geolgico, que em algunscasos podesermuitoraro.Paralelamente,oacessolegalaessesrecursospodeserlimitadoumavezqueesses, porestaremnosubsolo,dependemdelegislaoeregulaesgovernamentaisespecficas.Quandoessa atividadereguladoranoeficiente,entreoutrosproblemas,podeocorrerque,apesardosrecursosesta rem no subsolo, estes se encontrem sob o domnio de poucas empresas que em mercados no concorrenciaispodemnoterinteresseemdesenvolvlos,criandoassimrestrionaofertaaomercado.

CAPTULO 1

CAPTULO 1

Fonte:KULAIF(1997;1999a).

Figura2Produo,consumoaparenteecomrcioexteriordefertilizantesfosfatadosnoBrasil1950/95. Aquartafase,quefoide1980a1988,podeserentendidacomoafasedeconsolidaodaindstriana cionaldefertilizantes,aqualatingiuentoaautossuficinciaplenacomrelaomaiorpartedosprodu tosdosegmentodosfosfatados,emrespostaaosmaciosinvestimentosdoperodoanterior.Estaautos suficincia, porm, nunca conseguiu se concretizar para os fertilizantes nitrogenados e potssicos que, parcialmenteparaosprimeirosequasetotalmenteparaossegundos,forameaindasoabastecidospe lascomprasexternas. Afasede1989a1995marcadaporumamudananosparadigmasdapolticaeconmicagovernamen tal,privilegiandoaliberalizaoeconmicaeasadadoscapitaisestataisdossetoresprodutoresdemat riasprimas,quedeixaramdeservistoscomoestratgicosparaopas.Surgementonovoscenriospara aindstriadefertilizantesnacional,comoosdainternacionalizaodosmercadosedaprivatizaodas empresasdematriasprimas. EmpresascomoaPetrobraseaFosfertiltiverametmpapelfundamentalnaestruturaodosetorde fertilizantes. A Petrofrtil, subsidiria da Petrobras, foi criada em 1976 e incorporou sucessivamente as empresasdecapitalestataldosetoratque,em1983,todaselas(Ultrafrtil,Nitrofrtil,Goiasfrtil,Fos fertileICC)passaramaoseucontroledireto.Comadecisodeprivatizarosetor,em1994,elafoiextinta. AFosfertilfoicriadaem1977comoumasubsidiriadaPetrofrtil,comoobjetivodeoperaraminade Patos de Minas/MG, um projeto gerenciado desde o seu incio, em 1974, pela CPRM, e que estava em operaoexperimentaldesde1976.Em1979,aCVRD,queestavadesativandoasuareadefertilizantes, passouparaaFosfertilaValefrtil(complexoqumicoparaproduodefertilizantessolveis),enoano seguinteaValep(mineradoraderochafosfticaemineroduto),estaltimajemoperaodesdejaneiro de1979.AssimaFosfertilcomoresultadodafusodastrsempresaspassouaserumcomplexoindustri alsemiverticalizado,solidamenteapoiadoemreservasderochafosftica,sendoque,athojeamaior empresadefertilizantesdaAmricaLatina(Kulaif,1997;1999a). AsFiguras3e4detalhamasituaodasempresasdoGrupoPetrofertil,antesedepoisdoprocessode privatizaodosetor.ForamprivatizadasasempresasFosfertil(agostode1992),Goiasfrtil(outubrode 1992),Ultrafrtil(junhode1993),almdasparticipaesnaIndageArafrtil,vendidasemfevereirode 1992eabrilde1994,respectivamente.ANitrofrtil,apesardetersidoincludanodecretodoPrograma NacionaldeDesestatizao,foiposteriormenteexcluda,tendosido,emdezembrode1993,incorporada

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Petrobras4.AICCfoiliquidadaemfevereirode1994,umavezqueaavaliaoeconmicofinanceirarea lizadanaempresaconcluiupelasuainviabilidadeoperacional.

CAPTULO 1

Fonte:KULAIF(1997;1999a).

Figura3ComposioacionriadasempresasdogrupoPetrofrtil,antesdasprivatizaes. ComexceodasparticipaesdaArafrtileIndag,queforamadquiridaspelosoutrosacionistas,ogran devencedordosleilesfoioconsrciodaFertifs,estaumaempresaholdingconstitudaespecificamente paraparticipardoprocessodeprivatizao,equeeraintegradapelasprincipaisempresasprodutorasde fertilizantessimplesemisturasdosanos1993e1994.Estacomposiodecapitaisprivadosfoiprincipal mentegestadaesustentadaporclusulasdoprprioprocessodeprivatizaoqueemumprimeiromo mentorestringiramaparticipaonosleilesdegruposdecapitalestrangeiro5.Haviatambmrestries amudanasdecapitalacionrioporumperododecincoanosapsaprivatizao. 4

Asrazesparaissoestiveramligadasaointeressedosetorpetroqumicodequeassuasmatriasprimascontinuassemsobocon trole estatal e possvel falta de experincia do setor privado brasileiro na produo de fertilizantes nitrogenados (Kulaif, 1997; 1999a).

Essasclusulasestabeleciamqueoinvestidorestrangeironopoderiaadquirirmaisdoque40%docapitalvotante,salvoautoriza olegislativaemcontrrio.Apartirde1993,apsavendadaGoiasfrtiledaFosfertil,porm,foipermitidaaparticipaodocapi talestrangeiroemat100%docapitalvotantedasempresas(KULAIF,1997;1999a).

5

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Fonte:KULAIF(1997;1999a).

Figura4Composioacionriadasempresasdefertilizantesapsaprivatizao. Apartirde1998,entretanto,iniciaseumprogressivoprocessodeaquisiesnoqualtrsgrandesgrupos internacionais,Bunge,CargilleNorskHydropassamaadquirirocontroleacionriodasempresasqueha viamsereunidonoconsrcioFertifs. ABunge,pocaaindacomadenominaodeSerrana,tradicionalempresaprodutoraderochafosftica e matriasprimas intermedirias no Brasil, adquire paulatinamente as empresas, Ipiranga Serra na/Fertisul,Manah,IAP,adivisodefertilizantesdaEleikeirozepartedocapitaldaTakenaka.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

ACargilladquiriuasempresasSolorricoeFertiza,repassandoestesativosparaaMosaicem2004,quando estafoiconstitudaatravsdauniocomaIMCGlobal,importanteprodutoraderochafosfticadosEsta dosUnidos.NoBrasil,ondeaIMCnotinhaativos,aMosaicassumiuaestruturadaCargillFertilizantes, isto,umafbricadefertilizanteslquidosemMonteAlto/SP,umaunidadeindustrialemCandeias/BAe asduasempresasrecentementeadquiridas. OgrupoNorskHydro,decapitalnoruegus,ldermundialnofornecimentodefertilizantesmineraisehoje denominado Yara International ASA, adquiriu em 2000 a empresa Adubos Trevo que, segundo Kulaif (1999b),at1994,eraamaiorprodutoradefertilizantesmistosNPK.Estaempresachegouadeternaque leano14%domercadobrasileiro,comunidadesprodutivasemtodasasregiesdopas.Aautoraressal ta,porm,queaolongodoanode1995,aTrevotevesuasituaofinanceiracomprometidaporumas riedefatores,ligadostantoaproblemasfinanceirosquantoademercadodaempresa. Destasempresasadquiridas,somenteaTrevonoestavanaFertifs.Dequalquermodo,tantoaMosaic quantoaYaracompraramaesdaFosfertil,estaltimaatravsdacompradaFertibrs. AEVOLUOPORNUTRIENTE Grficoscomaevoluodosdadosdeconsumo,produoecomrcioexteriordosagromineraiseseus produtos(Figuras5a9)mostramque,apsasprivatizaesdosetor: emtodosossegmentos,enquantoaproduosemanteveemnveisestveisoudepequenocresci mento,oconsumocresceusustentadamente,puxandoasimportaesparanveisbastantealtos. osegmentodosfosfatadosnoBrasiltemumcomportamentoumpoucodiferenciado,pormnose afastadosdemaisparaoperodo.AnalisandoseaFigura6emconjuntocomaFigura2,constatase queoconcentradoderochafosfticaeosfertilizantesfosfatadossoosnicosemqueaproduo nacionalacompanhouademandainterna,masque,porumalgicaeconmicadasempresasproduto rashduasdcadasistonotemseconcretizado. tPANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Fonte:SMB(2010);MME/DNPM(2009);MINERALdata(2009).

Figura5Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodeenxofre(t).

CAPTULO 1

Nota:aproduoapartirdeoutrasformasaobtidanasplantasindustriaisdeCu,Zn,NieAuFigura6Evoluodasfontespara obtenodoenxofrenoBrasil(t). Fonte:MINERALdata(2009)/dadosprimriosdoSMB. PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Figura6Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodosegmentodefosfatados. 1000tdeP2O5 Fonte:AnurioANDA,1988a2009.

Figura7Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodosegmentodepotssicos.

CAPTULO 1

Figura7 Fonte:SMB(2010);MME/DNPM(2009). PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Figura8Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodosegmentodenitrogenados. 1000tdek20 Fonte:AnuriosANDA,1988a2009.

Figura9Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodefertilizantespotssicos.

CAPTULO 1

Fonte:AnuriosANDA,1988a2009.

Figura10Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodecloretodepotssio.

Fonte:AnuriosANDA,1988a2009.

Figura11Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodosfertilizantesnitrogenados.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

tde(K2O)

CAPTULO 1

Fonte:AnuriosANDA,1988a2009.

Figura12Evoluodoconsumo,importao,produoeexportaodosfertilizantesfinaisNPK. Poroutrolado,ocomportamentodospreosdosltimosvinteanostambmpodedarindicaesdeco moaconfiguraodessaindstriatemserefletidonasuaeficinciaeconmica. AsFiguras13a16apresentamcurvasdepreosdeprodutosselecionados,contendotantopreosinter nacionaisquantoospraticadosnomercadobrasileiro.Considerandoqueasdiferenasmdiasdosvalores seriamdevidasaoscustosdeinternaodosprodutosimportadoseadmitindoseque,defato,ospreos praticadosnoBrasilestariamreferenciadospelosinternacionais,caberiaumacomparaoparaaveriguar sehouveumamudananessacorrespondnciaantesedepoisdasprivatizaesdosetor.

Fonte:AnuriosANDA,1989a2008.

Figura13PreosdeconcentradosderochafosfticainternacionaleBrasil.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Fonte:AnuriosANDA,1989a2008.

Figura14Preosdeconcentradocidofosfrico(100%deP2O5)internacionaleBrasil.

Fonte:AnuriosANDA,1989a2008.

Figura15PreosdeamniaAnidrainternacionaleBrasil.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Fonte:AnuriosANDA,1989a2008.

Figura16PreosdecloretodepotssiointernacionaleBrasil Usandose para esta comparao as linhas de tendncia das curvas dos grficos, constatase que, com exceo da amnia anidra vendida pela Petrobras no mercado interno, em todas as curvas a diferena entreosvaloresnacionaiseinternacionaisaumentou.Comoestadiferenadevida,comoditoanterior mente,aoscustosdeinternao,cabeconsiderarduashipteses:ouestescustosaumentaramaolongo doperodoouaumentaramasmargensdelucropraticadaspelasempresasnomercadointerno. Oaumentodemargensdelucrogeralmenteocorrequandoexistealgumpoderdemercadodasempresas produtorasnafixaodospreos.Estepoderadvmoudeumaconcentraodaproduonasmosde umaoumaisempresas,oquegerariaumaestruturadeoligoplio,oudeprticasdeconluioentreasem presasvisandoafixarpreos,comaformaodecartis.Devesepesquisarassimaconfiguraodomer cadoprodutor.

VisodacadeiaprodutivahojeAconfiguraoatualdaofertadefertilizantesnoBrasilestfortementecalcadanasmudanasocorridasa partirdoinciodadcadade90passada,quandosedeuoprocessodeprivatizaodasempresasdema triasprimas.Apartirdaprivatizao,comavendadasempresasestataisparaoconsrciodeempresas consumidorasdosprodutosdaquelasprivatizadas,omercadoprodutordefertilizantesnoBrasilpassoua tercomoprincipalplayeraholdingFertifs,detentoradocontroleacionriodasgrandesprodutorasde matriasprimasefertilizantessimples,asaber,Fosfertil,UltrafertileGoiasfertil,comsuassciasdetendo aproximadamente37%domercadodemisturas.AFigura17mostracomoestavaadivisodomercado paraosdiversosprodutosdacadeiaem1995.Afiguramostraamesmacorcinzaescuraemcadacolu na/produtocomasporcentagensdefatiasdomercadorelativasaogrupoFertifs.Estasfatiasvariavam entre37%nosfertilizantesfinaisat100%emprodutoscomoMAPeDAP.Comonohaviabarreirastari friassimportaes,admitiase,comoathoje,queoconsumidorpoderiaoptarpelacompranomerca doexterno,oquetornariaasituaodeconcentraonomercadonacionalpoucorelevante.Opreono mercadointernoestariaentototalmentevinculadoaodomercadointernacional.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Fonte:KULAIF(1997;1999a)/dadosAnurioANDA1996eAMABRASIL.

Figura17CapacidadeinstaladadeproduoporempresanoBrasil(%),em1995. Asituaoat2009passouaserBungedetendo52,3%daFertifs,aMosaic,33,4%eaYara,12,8%na Fertifse8,2%diretamentedaFosfertil,conformeesquematizadonaFigura18aseguir.

Nota:Mercadocomcercade3.100acionistas(fundosdeinvestimento,pessoasfsicasejurdicas). Fonte:CVM/IANFosfertil(2008)/;CVM/ITRYaraBrasilFertilizantesS/A(2009).

Figura18ComposioacionriaFosfertileFertifosat2009. AFigura19apresentaadistribuiodacapacidadeinstaladausualdasempresasporproduto,emtermos percentuais.AFigura20detalhaadistribuioemporcentagemdomercadodemisturas,calculadaindi retamente,apartirdedadosdeimportaodepotssio6.

6

OsdadosdeimportaodecloretodepotssioforamfornecidospelaAMABRASIL,emmarode2010,

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Fonte:AnurioANDA2009,dadosde2008;SIACESP;AMABRASIL.

Figura19CapacidadeinstaladadeproduoporempresanoBrasilporproduto(%),em2008. 100% 90% 80% 70% 60% Yara 50% Heringer 40% Mosaic 30% 20% Bunge 10% 0% 2006 2007 2008 ADM Fertipar

OutrasProdutorasNPK(68)OutrasProdutorasNPK(68)

ADM Fertipar Yara Heringer Mosaic Bunge

Fonte:SIACESP;AMABRASIL.

Figura20DistribuiodomercadodemisturasNPKnoBrasil2009calculadoapartirdedadosdeim portaodepotssio(20062008).

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

SomandoseasempresasdogrupoBungecomaFosfertil,naqualestegrupoeramajoritrio,at2009, tinhasesobseudomniocercade73%darochafosftica,68%docidosulfrico,78%docidofosfrico, 100%donitratodeamnia,100%daproduodoDAP,89%doMAP,80%dosuperfosfatotriplo,55%da produodosuperfosfatosimplesnaregiocentraldopase,juntamentecomaPetrobrs,detm100% daproduodeamniaanidra.AVale,apesardeproduzir100%docloretodepotssiodopas,temparti cipaodiminutanomercado,menosde10%.

CAPTULO 1

Doisindicadores,ondicedeconcentrao(CR)eondiceHerfindahlHirschman(HHI)soutilizadospor analistasparamedirograudeconcentraodemercadodeumdeterminadosetordaatividadeeconmi ca,fornecendosubsdiosparaanlisedaconcorrncia. OndicedeConcentrao(CR)medeaparticipaopercentualacumulada(marketshare)dasempresas deumdeterminadosetor.Usualmenteutilizamseapenasasquatromaioresempresasnaproduototal daquelesetoreconmicoeondicedenotadoporCR4.Quantomaisoresultadoobtidoseaproximarde 100,maiorograudeconcentraodosetor,edessaforma,omercadopodeestarprximoaprticasoli gopolsticas.Joresultadoprximode0,significaqueomercadoestmaisprximodaconcorrnciaper feita.Omercadopodeserclassificadoemseistipos:altamenteconcentrado,quandooCR4maiorque 75%;altaconcentrao,quandovariaentre65%e75%;concentraomoderada,quandovariaentre 50%e65%;baixaconcentraoquandovariaentre35%e50%;"ausnciadeconcentrao,quandose encontraabaixode35%eclaramenteatomstico,quandoseencontraemtornode2%. OndiceHerfindahlHirschman(HHI)calculadopormeiodasomadosquadradosdasparticipaesdas empresas(marketshares)emrelaoaototaldosetoranalisado.OHHI4,ndicecalculadoparaasquatro maioresempresasvariade0a10.000.Emummercadodeconcorrnciaperfeita,ovalordaparticipao decadaempresanomercadoinsignificanteeoHHItendeazero.Noextremooposto,sobregimede monoplio,comumanicaempresa,suaparticipaode100%eoHHIcorrespondente10.000(1002). Costumaseclassificarosmercados,atravsdefaixasdevaloresparaoHHI,considerandoseumaconcen traobaixaquandoovalorestabaixode1.000,moderadaquandoseencontraentre1.000e1.800e altaquandosuperiora1.800(SchmidteLima,2002). NoBrasil,aSecretariadeAcompanhamentoEconmicodoGovernoFederaldetmcritriosparaidentifi carseaconcentraogeraocontroledemercado.Admitesequeumaconcentraogeraocontrolede mercadosuficientementealtoparaviabilizaroexercciocoordenadodopoderdemercadosempreque:a concentraotornarasomadaparticipaodemercadodasquatromaioresempresas(C4)igualousupe riora75%. O HHI4 das quatro principais produtoras de fertilizantes finais no Brasil em 2008 de 1281, apontando concentraomoderadadomercadodemisturas. Pormestecontrolemaisvisveleforteporqueseestendestradingcompanies,pertencentesous cias dos mesmos grupos fertilizantes, mas que comercializam tambm os produtos agrcolas, os gros, sendo,osextoelodacadeiadoNPK,osprodutoresagrcolas,clientesdosmesmosgruposcontroladores simultaneamentenasduaspontasdacadeia,commoditiesagrcolasefertilizantes. Ofaturamentodasempresasdosetorcresceuemflechanosltimosquatroanos,passandodeUS$3,4 bilhesem2004paraUS$5,5bilhesem2005,US$5,6bilhesem2006,atingindo,em2007,US$9,0 bilhes,dosquais,US$4,5bilhesreferemseavendasdeprodutosfertilizantesimportados.Comparan docomofaturamentodetodaaindstriaqumica,quefoideUS$103,5bilhesem2008,de9%aparti cipaodaindstriadefertilizantes. Quantoaofaturamento,ficamtambmpatentesosresultadosdagrandeconcentraodosetor.Segundo dadosconsolidadosdebalanosdasempresas2008(ABIQUIM,2009),aBungeteveumfaturamentode R$2,3 bilhes e a Fosfertilde R$ 1,5bilho, as duas juntas comR$3,8 bilhes, representando 84% do faturamentodasempresasprodutorasnacionais. Em valores monetrios, as importaes de matriasprimas (fosfato, potssio e enxofre) e produtos in termediriosNPKatingiram,em2008,US$11,3bilhes,quandoem2007eramdeUS$5,1bilhes,ambas cifrasdegrandeexpresso(ANDA,2009).

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

RecentesmudanaseperspectivasNo Brasil, tem sido noticiada recente atuao prativa do governo federal, em ao coordenada pelas pastas do MAPA Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e MME Ministrio de Minas e Energia,almdoDNPM,juntosempresasdaindstriadefertilizantesparaumaretomadadosinvesti mentos,colocandoseoBNDEScomemprstimosdisponveis. Falasedeummarcoregulatrioespecficoparaosetor,trazendoosnecessriosinstrumentoslegaispara umaatuaoeficaz,visandoadiminuirrapidamenteadependnciadeimportaesdopas,quegerou, em2008e2009,umdispndiodedivisasnocomercioexterioreaindaumadrenagememreaisdosren dimentosdosagricultores. Aindacomrelaoaosdireitosminerrios,foioficialmenteanunciadoqueoDNPMcontrolaregerencia rmaisestreitamenteestesttulos,principalmentequantoaconcessesdelavrarelacionadascomnovos empreendimentoseampliaodacapacidadedeproduoparaminasematividadeereservascompro vadas.Hmuitasminascomimensasreservasoutorgadas,quesenoforemexigidosnovosempreendi mentos para viabilizarem a sua colocaono mercado, duraro mais de 100 anos, sendo difcil explicar essasdecisessociedadecivileaosagricultorescarentesdenutrientes.Seosubsolodistintodapro priedadeprivadadosolo,unicamenteporqueexistemriquezasmineraisnosmesmosquedevemserdis sociadasdosproprietriosdosolo,comoentopermitirapropriedadeimprodutivadosubsolosemade quaodosvolumesdesuaextraoaoportedassuasreservas? Hannciodenovosprojetose/ouampliaodosjexistentes: emfertilizantesfosfatadosesuaintegraoverticalemplantasdecidossulfricoefosfricoeDAP, MAPeTSPentreoutros,principalmentepelaBungeeFosfertiletambmpormdiosinvestimentos pela Galvani e Itafs/ MBAC Fertilizers Corporation. O recente anncio da sada da Anglo American destesetornoBrasil,comacorrespondentevendadeseusimportantesativosnaCopebrs,podeaju darnofuturooBrasilnoimpulsionamentodenovosprojetos,principalmenteemGois7. emfertilizantespotssicos,pelaVale,emdoisnovosprojetosemSergipe.Emoutubrode2009,not ciaspreliminaresdocontadapossibilidadedaValeviralideraraexploraodaminadeclassemun dialdeNovaOlindadoNorte,noAmazonas. nos fertilizantes nitrogenados h novos projetos anunciados no incio de 2009, pela Petrobras, com expressivosaumentosdaproduo.AnnciorecentedaFosfertildepossibilidadefuturadeumnovo projeto,queestariasendoaindaestudadoquantoaogsnatural. noenxofredependeprincipalmentedasmedidasambientaisqueexigemdaPetrobrasumcombustvel maislimpo,aexemplodoquejpraticadonosEstadosUnidosenaUnioEuropia,almdagrande expansoprogramadapelamesma,paraosprximoscincoanos,norefinodepetrleoeextraode gsnatural. importanteobservar,porm,quealgunsdestesannciosdenovosprojetosforamfeitosem2008,sem maioresconfirmaesdosmesmosaolongode2009,eque,nosfertilizantesfosfatados,asempresasins taladasnoBrasilqueospropemsoasmesmasqueoperammundialmenteetmemexecuooutros projetos de implantao de unidades industriais de produtos fertilizantes, ainda inacabadas, em vrios pases.OcasodaBungeemblemtico,poisanunciouem2009quepodevirafecharinstalaesjexis tentesenadadeclarasobreosnovosmegaprojetosqueanunciouem2008equefiguramnacontabilida degovernamentalparatiraropasdadependncia.Finalmente,oBNDESveiodepblicosinalizarefetivo suporteaofinanciamentodosinvestimentosparaaindstriadefertilizantes. 7

Emoutubrode2009foinoticiadoopotencialinteressededuasempresasnosativoscolocadosvendapelaAngloAmerican,locali zadosemGoisonibio,deinteressedaCBMMCiaBrasileiradeMetalurgiaeMinerao,e,nosfertilizantes,ointeressedaVale. Namesmaocasio,em23deoutubrode2009,opresidentemundialdaBungeCo.anunciouaojornalEstadodeSoPauloapossibi lidadedevirafecharinstalaesindustriaisnoBrasil.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 1

Seconfirmadastodasessasoperaes,Bunge,MosaiceYaracontinuamaoperarnoBrasilmasfocadasna fabricaodasmisturasNPKevendasaoconsumidorfinal.NestemercadoaBungelder,commaisde 30%. Sendoassim,comoresultadodessasoperaes,aVale,depoisdegastosdecercadeUS$6,0bilhes,pas saadeter78,9%docapitaldaFosfertil(99,81%dasaesordinriase68,24%daspreferenciais).Ointe ressante que esta empresa comprou de volta ativos que foram dela quando ainda era uma empresa estatalequeforamrepassadosPetrofrtilem1979/1980,conformeacimadestacado. NessanovaconfiguraoaValepassaaseramaiorprodutoranacionaldematriasprimasdefertilizantes fosfatados,juntocomaPetrobras,quecontinuanaproduodenitrogenados(Figura21).

Fonte:AnurioANDA2009,dadosde2008;Vale(2010);Fosfertil(2010).

Figura 21 Capacidade instalada por produto e empresa no Brasil (%), com as mudanas de capital de 2010. Ooutroprodutorimportantenareadefosfatados,aCopebrs,dogruposulafricanoAngloAmerican, estvendadesdeoanopassado. Noplanointernacionaltambm2010trouxemodificaes.Emfimdefevereirodesteano,agigantenoru eguesaYaraInternationalASAacertouacompradaempresaamericanadefertilizantesTerraIndustries, proprietriadeseisplantasdefertilizantesnitrogenadosnosEUA.Onegcio,maisumcaptulodacon centrao no setor mundial de fertilizantes, dar Yara economia de custos de combustveis nos EUA, alargandosuafatianomercadoamericano.

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

Em27dejaneirode2010,aBungeanunciouquefirmouumacordocomumacontroladadaVale,aMine raoNaque,devendadeseusativosrelacionadosproduodematriasprimaseprodutosintermedi riosdefertilizantesnoBrasil,incluindosuaparticipaonaFosfertil.Logoaseguir,noinciodefevereiro, a Vale adquiriu tambm as participaes direta e indireta da norueguesa Yara e da americana Mosaic, almdasfatiasmenoresdaHeringeredaFertiparnaFosfertil.AValetambmacertou,nosmesmosacor dos,contratocomaMosaicparacompradeumaunidadedeprocessamentodesuperfosfatosimpleslo calizadaemCubato,noestadodeSoPaulo,oprojetodaYaraeBungedeexploraodefosfatoemAni tpolis,SantaCatarinaeosdemaisativosmineraisdaBungeFertilizantesnopas.

CAPTULO 1

Finalmente,comrelaoaomercadointerno,cabeperguntar:Oquemuda? O complexo produtor de matriasprimas e produtos intermedirios do Brasil responde apenas por 1/3 dasnecessidadesdoPas.OrestoimportadoeassimpermaneceratqueValeePetrobrascompletem seusplanosdeexpanso. Quais as vantagens que o controle sobre a produo da indstria de base de fertilizantes nas mos da Valeapresenta?Capacidadedeinvestimento?Conhecimentodosetorpoisestnoramodepotssioej foiaproprietriadaFosfertilatofimdosanos70?Temalogstica? Pareceinquestionvelqueopotencialdaagriculturabrasileiraenorme.Ademandamundialdealimen tostambmindicapreosascendentesparaascommodities. Sehouveroaumentodaofertanomercadodasmatriasprimasfertilizantes,atendnciaquehajaum fortalecimentodoelodacadeiafinal,odosmisturadoresedistribuidoresdoNPK. Oqueopoderpblicodevebuscardequalquermaneiragarantirquehajaumprogressivoaumentona concorrncianosvrioselosdacadeia,queoqueirgarantiramelhoralocaodosrecursosemelho raraeficinciadacadeiaprodutivacomoumtodo.PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

RefernciasbibliogrficasABIOVE. Produo responsvel no agronegcio soja. So Paulo: Associao Brasileira das Indstrias de leos Vegetais, 2007. Disponvel em: www.abiove.com.br/sustent/sustenta_agronegocio_soja_br. pdf/.Acessoem20fev.2010. ABIQUIM.AnuriodaIndstriaQumicaBrasileira.AssociaoBrasileiradaIndstriaQumicaABIQUIM. SoPaulo,2009. AMB.AnurioMineralBrasileiro.DepartamentoNacionaldaProduoMineralDNPM.Vriosnmeros desdeonmero1em1972ealtimapublicaoem2006.Anobase2005.Braslia.Disponvelem: .Acessoem15jul.2009. ANDA.Anurioestatsticodosetordefertilizantes.AssociaoNacionalparaDifusodeAdubosANDA. Vriosnmerosdesdeonmero1.SoPaulo,2009. CNAE2.0:Subclasses.CNAEWeb.RiodeJaneiro:IBGE,2009.Disponvelem:www.cnae.ibge.gov.br/.A cessoem22fev.2010. CVM/IAN.Informaesanuais.Fosfertil.ComissodeValoresImobiliriosCVM.SoPaulo,2008. CVM/ITR.Informaestrimestrais.31/03/2009:YaraBrasilFertilizantesS/A.ComissodeValoresMobili riosCVM.SoPaulo.2009. FOSFERTIL.Site,2010.Disponvelem:.Acessoem2mar.2010. KULAIF,Yara.AnovaconfiguraodaindstriadefertilizantesfosfatadosnoBrasil.n.42.CentrodeTec nologiaMineralCETEM.SrieEstudoseDocumentosSED.RiodeJaneiro,1999a. KULAIF,Yara.AindstriadefertilizantesfosfatadosnoBrasil:perfilempresarialedistribuioregional.n. 43.CentrodeTecnologiaMineralCETEM.SrieEstudoseDocumentosSED.RiodeJaneiro,1999b. KULAIF,Yara.AnovaconfiguraodaindstriadefertilizantesnoBrasil.Dissertao(Mestrado)Escola Politcnica,UniversidadedeSoPaulo,SoPaulo,1997. LACERDA,MaraPaes.Porqueosfertilizantessubiramtanto?HortifruttiBrasil.maro,2009. MINERALDATA.Srieshistricasdosetormineralbrasileiro.CentrodeTecnologiaMineralCETEM.Riode Janeiro,2009.Disponvelem:.Acessoem3jul.2009.

CAPTULO 1

MME/DNPM.Prviadaindstriamineral20092008.MinistriodeMinaseEnergiaMME.Departamen to Nacional da Produo Mineral Braslia DNPM, 2009. Disponvel em: . Acesso em 02ago.2009.PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

SAAB,AliAldersi;PAULA,RicardodeAlmeida.OmercadodefertilizantesnoBrasil:diagnsticoepropos tasdepolticas.ApresentadoaoGTdeFertilizantes.MME/DNPM/CRRM.Braslia.2008. SCHMIDT, Cristiane Alkmin Junqueira; LIMA, Marcos Andr (2002). ndices de concentrao. Central de documentos,SecretariadeAcompanhamentoEconmicoSEAE,MinistriodaFazendaMF.Braslia, 2002. Disponvel em: .Acessoem6ago2009. SMB.SumrioMineralBrasileiro.DepartamentoNacionaldaProduoMineralDNPM.Vriosnmeros, desdeonmero1,em1970ealtimapublicaoem2008,anobase2007.Braslia.Disponvelem: .Acessoem01marl.2010. VALE.Site,2010.Disponvelem:.Acessoem2mar.2010.

CAPTULO 1

PANORAMADOSAGROMINERAISNOBRASIL:ATUALIDADEEPERSPECTIVAS

CAPTULO 2

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVASANTONIO FERNANDO DA SILVA RODRIGUES EUDESPARAHYBA4

; D A V I D S I Q U E I R A F O N S E C A 2; M A T H I A S H I D E R 3; R I C A R D O 5 EVANESSAM.M.CAVALCANTE AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

1

IntroduoOestudoatmseaoSetorPrimriodaEconomia,especificamenteaoextrativismo mineral,nasdimen ses da geodiversidade, disponibilidade primria de recursos agrominerais, aspectos de mercado, rela esdedependnciaesustentabilidadeentreoagronegcioemineralnegcio. Aexpectativaquecontribuaparaainstrumentalizaoeaconvergnciadepolticaspblicasminerale agrcola,bemcomodefiniodeestratgiasdeplanejamentosetorial,condiofundamentalparaante ver vulnerabilidades e assegurar as condies de competitividade, rentabilidade e sustentabilidade do mineralnegcioedoagronegcio,sobumaperspectivaemambientedecriseeconmicamundial.

SobreadinmicadofluxodedireitosminerriosAanlisedadinmicadefluxodeprocessonoDNPM,naperspectivadehabilitaoconcesso/outorga dedireitosminerriosdiplomaslegaisdeacessoexploraoeexplotao(lavra)demineraistorna evidenteaconvergnciadepartesignificativadosrequerimentosdepesquisamineralparaaquelassubs tnciasusadasnafabricaodefertilizantes. DOMNIODAAMAZNIA Oimpactopositivodomaiorfluxoderequerimentosseapresenta,maisnotadamente,naAmaznia,cujos alvospreferenciaissoosdepsitosdeevaporitosdomdiorioAmazonas,emreasdoentornodasjazi das de silvinita de Arari e Fazendinha, sob titularidade da PETROBRAS, situadas nos domnio poltico administrativodosmunicpiosdeItacoatiaraeNovaOlindadoNorte,estadodoAmazonas(Figura1). Destacamsecomoprincipaisinversoresosseguintesgrupos/empresas:PetrobrasS.A.,FalconMetaisLtda., AmariloMineraodoBrasil,PotssiodoBrasilLtda.,PotssioOcidentalMineraoLtda.eSERGAMLtda. DOMNIOSDOSEMIRIDOEDAPLATAFORMACONTINENTAL EstadodeAlagoas O estado de Alagoas apresenta o seguinte mapa reas oneradas com requerimentos e autorizaes de pesquisadesaisdepotssio(Figura2).

1 2 3 4 5

M.ScGelogo(UNICAMP).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected] Gelogo(UnB).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected] EngenheirodeMinas(UnB).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected] Gelogo(UnB).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected] M.ScGeloga,(UFC).DepartamentoNacionaldeProduoMineral(DNPM/MME).Email:[email protected]

CAPTULO 2

Figura1Amazonas:fluxoderequerimentosdepesquisamineral.

Fonte:DNPM.

Figura2Alagoas:fluxoderequerimentosdepesquisamineral.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2 Fonte:DNPM Fonte:DNPM. AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

Figura3Bahia:FluxodeRequerimentos. EstadodaBahia

Figura4Bahia:Principaisempresas.

Na Bahia o fluxo converge para a plataforma continental, em particular no domnio geomorfolgico do RecncavoBaiano.(Figuras3e4) AempresaITAFSLtda.lideraemnmerodereasrequeridas(1.389),seguidapelaMinriosMara(5), MineraoItaituLtda.(2),MinriosMetalrgicosdoNordesteLtda.(1)eMISAPEL(1). EstadodoPiau NoPiauaPANBrazilianaMineraoLtda.requereuquatroreaselogrouobterdoisAlvarsdePesquisa. EstadodeSergipe EmSergipe,pelosantecedentesdemineraodepotssio,registraseexpressivofluxodenovosrequeri mentosnoentornodaminadeTaquariVassouras,inclusivenodomniodaplataformacontinental(Figura 5).

CAPTULO 2

Fonte:DNPM

Figura5Sergipe:Fluxoderequerimentodepesquisamineral. DestacamseentreosprincipaisentrantesnoMineralnegciodopotssioemSergipe:RIOUNALtda(28), FalconMetaisLtda.(26)eITAFSLtda.(17reasrequeridas). TemseilustrativamentenaFigura6osprincipaisprospectoseminasderochasfosfatadasesaisevapor ticosmineralizadosempotssionoPas.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

Fonte:DNPM,2010.

Figura6Brasil:Espacializaodosprincipaisprospectoseminasdefosfatoepotssio. Oquadroabaixoconsolidaasreservasbrasileirasdeagrominerais. Tabela1Agrominerais:disponibilidadeeproduoprimria

AGROMINERAIS(10 t)Calcrio3

BrasilReservasMedida (R) Indicada Total

MundoProduo(P) ... 2.100 513 6.300 4532

BrasilParticipao % RM % PM ... ... ... 2,11 14,63P

p

Reservas(RM) Abundante Abundante ... 16.000.000 8.500.000

Produo(PM) ... 152.000 70.300 158.000 25.000

45.318.712 27.733.114 73.051.826 865.805 48.506 231.986 935.466 364.413 207 105.420 308.138 1.230.218 48.713 337.406 1.243.604

... 1,38 0,73 3,99 1,81

GipsitaEnxofre1 Fosfato2 Potssio31

Notas: Produoderivadadesulfetos,petrleo/folhelhobetuminoso(PR); Concentrado:35%(P2O5);3K2Oequivalente. Prelimi (...) nar; Indisponveloutabulaoinadequada. Fonte:DNPM,2009.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

SobreadisponibilidadeprimriadosagromineraisCALCRIO:RECURSOS/RESERVASEPRODUOAGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

A extenso continental (8,5 Mkm) e a geodiversidade do Brasil, associados a expressivos domnios de ambientescrsticos(Karst),condicionamumaabundnciarelativadadisponibilidadeprimriaderochas calcrias,namedidaemqueessesrecursos,independentementedascaractersticasmineralgicas(calc ticaemagnesiana),podemserabsorvidoscomoinsumospelasmodernastcnicasagrcolasnacorreo daacidezdosolo(rochagem/calagem),emprevalncia. Aconsolidaocontbildasreservas(medida+indicada+inferida),declaradasaoDNPM(2007anobase 2006),apontarecursossuperioresaordemde97,3Btdecalcrio(calcticoedolomtico).Admitindosea irrelevncia de eventual variao nos anos mais recentes na participao das macrorregies brasileiras, exerccios de proporcionalidade (2006) resultam no ranking que segue: Sudeste (35,5%), CentroOeste (30,5%),Nordeste(19,0%),Sul(12,7%)eNorte(2,2%),conformeFigura7.

Fonte:DIDEM/DNPM,2009.

Figura7Macrorregies:rankingdedisponibilidadeprimriadecalcrio. Advertese,contudo,queostrabalhosdepesquisamineraleRALsRelatrio(s)Anual(is)deLavraenca minhadosaoDNPMso,emprevalncia,deempresasquecompemacadeiaprodutivadaindstriaci menteiranacional.Ademais,conformedispostonaLein.6.567/1978,nocasodeempreendimentosvol tadosproduodecalcrioparaempregocomocorretivodesolos,ostitularesdedireitosminerrios podero optar pelo Regime de Licenciamento (Lei n 6.567/78), o que significa a dispensa de pesquisa mineralprviaelavraimediatadessesrecursos. Comefeito,emrazododispositivolegalacimareferido,grandepartedosrecursosdecalcriofogeao controlecontbildoDNPM,podendoseadmitirqueasreservasoficiaisestomuitoaqumdorealpo tencialqueaGeodiversidadedoPasencerra.Contudo,adespeitodessefato,considerandoseapenaso conceitomneroempresarialdereservaslavrveisincorporadoaoAMBAnurioMineralBrasileiro(ano base 2006), projetamse como principais detentores desse recurso mineral: Minas Gerais com 8,7 Bt (62,3%doSudeste);MatoGrossodoSulcom5,6Bt(46,5%doCentroOeste);Parancom4,7Bt(93,1% doSul);Bahiacom1,9Bt(25,1%doNordeste);eParcom489,9Mt(56,1%dasreservaslavrveisdaregi o Norte). Compete registrar, que oficialmente, at o ano de 2007, no se contabilizavam reservas de calcrionosEstadosdoAcre,AmapeRoraima(Tabela2).

CAPTULO 2

Tabela2Calcrio:recursosereservasdoBrasil2007(anobase2006).

Reservas2007/06BRASILNortePA RO TO AM1

CALCRIO(t)Medida Indicada Inferida Diponibilidade Lavrvel 39.461.753.879 873.962.909489.937.445 219.930.810 100.197.783 63.896.871

Part.%AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

45.318.711.610 27.733.114.470 24.236.183.036 97.288.009.116 863.640.388505.095.943 173.241.424 101.197.783 84.105.238

100,00 2,2156,06 25,16 11,46 7,31

459.868.256222.200.284 94.507.862 35.621.533 107.538.577

398.071.925219.894.511 90.336.602 43.840.812 44.000.000

857.940.181442.094.795 184.844.464 79.462.345 151.538.577

NordesteBA CE RN PB SE PE MA PI AL

8.167.775.2851.979.533.699 2.555.800.757 1.529.838.767 807.849.922 644.649.467 240.734.430 289.416.050 58.738.147 61.214.046

4.964.908.732881.735.153 1.913.597.253 1.364.879.043 267.834.714 277.814.141 167.200.587 523.284 78.108.557 13.216.000

4.344.782.398 17.477.466.415775.146.582 1.607.011.498 1.028.084.908 621.462.400 185.244.189 114.495.741 0 121.080 13.216.000 3.636.415.434 6.076.409.508 3.922.802.718 1.697.147.036 1.107.707.797 522.430.758 289.939.334 136.967.784 87.646.046

7.498.855.4631.885.261.072 1.873.544.260 1.382.510.278 910.206.718 643.080.733 318.618.824 289.939.334 134.093.006 61.601.238

19,0025,14 24,98 18,44 12,14 8,58 4,25 3,87 1,79 0,82

CentroOeste 17.051.303.868 15.335.542.690 13.594.502.709 45.981.349.267MS MT GO DF 9.743.303.180 5.001.626.298 2.171.390.827 134.983.563 5.924.784.617 7.650.883.847 1.735.038.891 24.835.335 5.698.490.514 7.533.409.048 331.451.392 31.151.755 21.366.578.311 20.185.919.193 4.237.881.110 190.970.653

12.043.047.6135.600.378.084 4.228.685.252 2.172.963.078 41.021.199

30,5246,50 35,11 18,04 0,34

SudesteMG SP RJ ES

14.009.190.6778.786.605.214 2.375.487.522 1.923.841.139 923.256.802

5.984.815.0813.493.843.868 1.656.135.727 522.808.803 312.026.683

4.315.242.818 24.309.248.5763.700.196.768 541.947.199 53.150.637 19.948.214 15.980.645.850 4.573.570.448 2.499.800.579 1.255.231.699

14.028.072.7488.743.844.625 2.561.792.121 2.016.570.544 705.865.458

35,5562,33 18,26 14,38 5,03

SulPR RS SC

5.226.801.3924.726.561.498 277.748.548 222.491.346

987.979.711811.168.428 161.670.160 15.141.123

1.583.583.1861.443.545.517 135.352.769 4.684.900

7.798.364.2896.981.275.443 574.771.477 242.317.369

5.017.815.1464.671.159.624 275.240.712 71.414.810

12,7293,09 5,49 1,42

Notas:rankingreferentesreservaslavrveis.NoAcreeRoraimanohregistrosdereservasnobancodedadosdoDNPM. Fonte:DIDEMDNPM,2009.

Produo Noanode2008,aproduobrasileiradecalcrio,foide114Mtedessa,cercade74Mtforamdestinadas indstriacimenteira,23Mtproduodecalcrioagrcola,12Mtproduodecaleorestanteaos demaissetoresdaindstria,inclusiveproduodebrita(Figura8).9% 21% 66% 4%

CimentoFonte:DNPM,2009.

Agricultura

Cal

Outros

Figura8Perfildosconsumidoresdecalcrio(%)2008.

CAPTULO 2

ConformeosdadosdeproduoecomercializaoobtidosjuntosABRACALeaoMAPA,observaseque houveumperfeitoequilbrioentreaproduoeademandainternabrasileiradecalcrioagrcolanoper odoestudado,(Figura9),equeaproduoreverteu,em2007,comumatendnciadeclinanteobservada apartirde2005.Asprojeessobreovolumedaproduopara2008indicamamanutenodosmesmos nveisalcanadosem2007. AcomposiodaproduonacionalapresentaaregioSudestecomoresponsvelpelaproduode33% docalcrioagrcola,seguidodoCentroOestecom32%,doSulcom26%,doNortecom5%edoNordeste com4%.Nestecontexto,observaseque,em2007,77%daproduodecalcrioagrcoladerivoudoses tadosdeMinasGerais,Paran,MatoGrosso,GoiseSoPaulo;seconsideradosaindaMatoGrossodo Sul,TocantinseRioGrandedoSul,aparticipaoalcanaaordemde93%docalcrioagrcolaproduzido noPas.30.000,00 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 anos CONSUMO APARENTE PRODUO 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte:ABRACAL,MAPA.

Figura9Evoluodaproduoxdemandadecalcrioagrcola(1000t). Em2007poucomaisde80%daproduodecalcrioagrcolanopasfoicomercializadanombitodos estadosprodutoreseaparcelarestantede20%,foicomercializadacomoutrosestados,semprenaobser vnciadoraioeconmicoentreaminamercadoconsumidor. OParandestacousecomooestadoquemaiscomercializoucalcrioparaforadesuasfronteiras,40%do totalinterestadualcomercializadoe38%desuaproduo,seguidoporMinasGerais quecomercializou 24% de sua produo, o correspondente a 28% do comercializado externamente e o Tocantins, com a particularidadedequeesseestadoexportouparaoutrasunidadesfederadas70%desuaproduo,ten do,portantonoanoconsumido30%doqueproduziu. AsunidadesdafederaoqueexpressivamentemaisconsumiramcalcriodeoutrasunidadesforamSo Paulo,queimportoucalcriodoParanedeMinasGerais;MatoGrossodoSuleSantaCatarinaqueab sorveramparcelaconsiderveldaproduodoParan;eaBahia,queconsumiu36%daproduodoTo cantins. CALCRIOBIOCLSTICOMARINHO Osgranuladosbioclsticosmarinhosousimplesmentecalcriomarinho,soareiasecascalhosinconsoli dados constitudos por fragmentos de algas coralneas (algas vermelhas) ramificadas e macias ou em concrees, artculos de Halimeda (algas verdes), moluscos, briozorios, foraminferos bentnicos e quartzo.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

1000 ton.

CAPTULO 2

Osdepsitosviveisparaexploraoeconmicasoareiasecascalhosinconsolidados,constitudospor fragmentosdealgascoralneasramificadasemaciasouemconcrees,artculosdeHalimeda,moluscos, briozorios, foraminferos bentnicos e quartzo, em que predominam os depsitos formados por algas coralneas. IvanSantana,emtrabalhopublicadoem1999,estimoureservasdaordemde1,011milhodetoneladas decarbonatoparaamargemcontinentalnordesteelestedoBrasilataalturadeCaboFrio,consideran doumaespessuramdiaparaestesdepsitosde5metros,correspondendo,napoca,amaisde50vezes areservaestimadadocontinente. Ogranuladobioclsticoumrecursoimportantedevidoasuautilizaocomofertilizante,suplementode raoanimal,nutriohumana,farmacologia/cosmtica,biotecnologiae,ainda,comofiltrosparatrata mentodeguaeesgotosdomsticoseindustriais.Omaiorexemplodeutilizaodessesgranuladosest naFrana,comomerl,termousadoparadesignarumsedimentomarinhoconstitudoporalgascoral neas,muitosemelhanteaosexistentesnoBrasil,dragadonaplataformacontinentalfrancesa,comprodu oexpressiva,entre500e700toneladas/ano.importantefrisarquenosetratadeumsubstitutopara ocalcriocontinentalusadocomocorretivodesoloesimumfertilizantenaturalqueaumentaarentabili dadedosfertilizantesqumicos,havendopesquisascientficascujosresultadosindicamqueessesgranu ladospodemsubstituir40%doNPK,comganhosdeat20%emprodutividade. A semelhana entre o calcrio de origem continental e o granulado bioclstico se limita basicamente a algunselementosqumicoscomunsaambos.Ovastonmerodeelementosfundamentaisnutriocon tidosnasalgas,masinexistentesnoscalcriosdolomticose/oucalcticosesuaexcepcionalestruturafsi cadiferenciamtotalmenteocalcriobiognicomarinhodequalqueroutroproduto.Ocalcriocontinen talexploradocomocorretivodesolos,narealidade,umarochametamrficaeosedimentoquelhedeu origem passou por muitas transformaes ao longo de milhes de anos, transformando os elementos originaisnaredecristalinadosmineraisquecompemarocha,e,dessaforma,noestofacilmentedis ponveis.Entreasprincipaiscaractersticasquediferenciamocalcriomarinho,ricoemalgas,doconti nental,esto: um grande nmero de elementos so facilmente disponibilizados, pois esto apenas adsorvidos nas paredesdasclulas,sendofacilmenteabsorvidospelosorganismos,ouseja,altamentebiodisponvel paraasculturas,osanimaiseossereshumanos. devidoasuaestruturadeorigemorgnicaealtaporosidade(40%),eleseincorporarapidamentea biota,contribuindosignificativamenteparaareduodacontaminaoambientalresultantedalixivi aodosfertilizantesqumicosbasedeNPKedefensivosagrcolasapartirdosolo. devidoaoseupodertampoelepotencializaaprodutividadeagrcolaporquemantmopHdosolona faixaidealdeabsorodenutrientes(5,5a6,5). Nosltimosanoshouveumincrementonosrequerimentosdepesquisanaplataformacontinentalbrasi leira,havendohojemaisde260ttulosemvigor,sendoquedestes,155reasforamrequeridasparapes quisadegranuladosbioclsticos,nosestadosdoMaranho,Bahia,EspritoSantoeSantaCatarina.Porm, atagora,apenasumaconcessodelavraencontraseemoperaonaporosuldaplataformaconti nentaldoEspritoSanto,devidoaumasriedeproblemasquevemimpedindoaconsolidaodosetor mineralmarinhonoBrasil.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

Aplataformacontinentalbrasileirarepresentatalvezomaislongoecontnuoambientededeposiocar bontica do mundo, se estendendo desde o rio Par (lat. 00 30S), at as proximidades de Cabo Frio (lat.23S),sendoconstitudaporsedimentosrecentes,representadosporrecifes,areiasecascalhoscar bonticoseconcheiros.Estessedimentos,demodogeral,ocupamaporomdiaeexternadaplatafor ma,muitasvezesemprofundidadesmaioresque30m,dificultandoaexplotaopormtodostradicio naisdedragagem.

CAPTULO 2

OBrasil,lderemvriossetoresdamineraomundial,mesmocommaisde4,5milhesdequilmetros quadradosdemarsobsuajurisdio,aindanoconseguiusefirmarnamineraomarinha,atividadeque realizadaamaisde50anosnaEuropaeestamplamentedisseminadanasia,fricaeOceania. Comacrescentedependncianacionaldosfertilizantesimportados,quepoderviraseconstituiremum entrave ao desenvolvimento do agronegcio, o aproveitamento dos depsitos marinhos de granulados bioclsticos,fosforitaeoutrosinsumospoderreduzirsignificativamenteasimportaesou,quemsabe, tornaroBrasilautosuficienteemfertilizantes. GIPSITA(GESSO):RECURSOS/RESERVASEPRODUO Aexemplodocalcrio,osrecursosglobaisdegipsitasoconsideradosabundante(Tabela3).NoBrasilas formaesgipsticasestoassociadassbaciassedimentaresAmaznica(AmazonasePar);doParnaba (Maranho eTocantins); Potiguar (Rio Grande do Norte); do Araripe (Piau, Cear e Pernambuco); e do Recncavo (Bahia). Nestes domnios geolgicos, trs Estados concentram 97,6% das reservas medidas: Camamu, na Bahia (53,3%), Araripe, em Pernambuco (22,4%) e Aveiro, no Par (21,9%), com destaque paraasvantagensqualitativasdasjazidassituadasnachapadadoAraripe,tradicionalplogesseiroper nambucano,emfaseevolutivaparaAPLBaseMineral.

Tabela3Brasil:recursosereservasdegipsita2008.

RECURSOS&RESERVASDEGIPSITA2008pMedida(t)

Estados Brasil

Partic.% UFs

Indicada(t)

Total(t)

Partic.%UFs

865.804.446

100,0

364.413.078 1.230.217.524

100,0 45,1 20,8 32,0 1,4 0,3 0,1 0,2

Bahia Pernambuco Par Maranho Cear Tocantins Outros

461.343.861 194.060.024 189.619.891 15.822.954 3.755.895 671.581 530.240

53,3 22,4 21,9 1,8 0,4 0,1 0,1

93.997.000 61.946.204 204.119.355 2.007.437 0 186.211 2.156.871

555.340.861 256.006.228 393.739.246 17.830.391 3.755.895 857.792 2.687.111

Nota:dadospreliminares. Fonte:AnurioMineralBrasileiroAMBDIDEMDNPM,2009.

Asreservas(medida+indicada)oficiaisdegipsita,contabilizadaspeloDNPMatoanobase2008,apro ximamsedaordemde1,2bilhot(Bt).Considerandoseapenasasreservasmedidasmaisconservadoras paraefeitodeplanejamentodelavra,essesrecursosficamreduzidosaopatamarde866milhest(Mt).

Fonte:DNPM,2009.

Figura10Reservasmedidasdegipsita:participaodosestados(2008).

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

Produo Nocontextomundial,anaturezacosmopolitadogypsumofatordeterminanteaoregistrodeproduo (152Mt,em2009),emmaioroumenorescala,emmaisde80pases(MCSUSGS,2010).Adespeitodeo Brasilocuparmodestaposionorankingmundialdeprodutores,podeseadmitirqueadisponibilidade primriadegipsitaabundanteequeaproduo,aindaqueemparteinformal,asseguraaprovisode insumobasemineralparaaindstriacimenteiraedeinsumosagrcolas(Tab.3). Comefeito,considerandoseosvaloresmaisconservadoresdereservasmedidas(RM)de866Mtdegipsi ta e simplismo do exerccio matemtico da relao reservas/produo (RM=865.804.446t/2.100.000t), podeseestimarqueaprovisodademandadomsticanacionalestasseguradapormaisde400anos (ceterisparibus). ENXOFRE:RECURSOS/RESERVASEPRODUO Osrecursosmundiaisdeenxofreelementarestoassociados,emprevalncia,adepsitosevaporticose vulcanognicos, aos hidrocarbonetos (petrleo, gs natural, petrleo, areias e folhelhos betuminosos), assimcomoaossulfetosmetlicos,estimandoseumadisponibilidadeprimriadaordemde5bilhesde toneladas.Admitesequeumaabundnciarelativadoenxofrecontidonagipsita(gesso)eanidrita,quase ilimitadanacrostaterrestre.Calculaseemcercade600bilhesdetScontidonocarvoefolhelhobetu minoso,contudocustosedesenvolvimentoderotastecnolgicassoosprincipaisfatoresimpeditivos recuperaodeenxofreapartirdestasfontes(USGS,2010).NoBrasil,adespeitodasdificuldadesemcon tabilizarrecursosereservasdeenxofre,declaraesdasempresasnosRALsapontamreservasmedidasda ordemde48,3Mt,distribudasporquatrounidadesdafederaoconformeTabela4,abaixo: Tabela4ReservasdeenxofrenoBrasil. UF MG BA SC PR Reservamedida Minrio 10.747.576 39.016.150 118.872.000 3.018.104.102 Teor (%) 1,59 0,40 1,56 1,52 Contido 118.658 621.895,00 475.488 47.082.424 48.298.465 Reservaindicada Minrio 5.604.787 2.761.100 0 8.365.887 Teor (%) 2,15 0 2,48 Contido 147.935 59.428 0 207.363 Reservainferida Minrio 15.435.289 5.118.831 0 20.554.120 Teor (%) 2,81 0 1,40 Total (Contidoda Contido Medida+Indicada) 144.218 143.620 0 287.838 266.593 681.323 475.488 47.082.424 48.505.828

Total 3.186.739.828

Fontes:Empresaserelatrioanualdelavra.

Asreservasdeenxofresoassimdistribudas: associadasaopetrleoegsnaturalAreservasnoestodimensionadas,hajavistaque,aexemplo donitrognio,suacontabilizaocomplicada,poisoteordeenxofrecontidonopetrleoenogs naturalvarivel.Aproduonacionaldeenxofrederivadoprocessoderefinodepetrleoegsda Petrobrs. associadasaosfolhelhospirobetuminososNoestadodoParanoenxofreocorreassociadoaosfolhe lhospirobetuminososdaFormaoIrati,daBaciadoParan.Essesfolhelhoscontmreservasdeleo, gscombustveleenxofre,exploradospelaPetrobrsatravsdeummtodoporeladesenvolvidode nominadoPetrosix. associadasaocarvonosuldoBrasilNosuldoBrasil,principalmentenoestadodeSantaCatarina, existemdepsitosdepirita(FeS2),associadosaosdepsitosdecarvodaBaciadoParan,cujosrejei tos resultantes do beneficiamento de carvo podem conter at 75% de pirita contra 25% de carvo mineral.Advertese,contudo,quefaceinviabilidadeeconmicaessesrejeitosdelavradecarvocom

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

sulfetosestohmuitotempoestocadose,atualmente,apenasaempresaCarbonferaMetropolitana realizaseuaproveitamento. comosubprodutodesulfetosNoestadodeMinasGeraisexistemreservasassociadasaossulfetosde zinco(esfaleritaZnS)existentesnomunicpiodeParacatueaossulfetosdenquelecobredeFortale zadeMinas,ambasexploradasatualmentepelaempresaVotorantimMetais.EmParacatu,nochama doMorroAgudo,ossulfetossoencaminhadosparaaunidadedaVotorantimlocalizadaemTrsMa rias onde produzido cido sulfrico. J em Fortaleza de Minas, no chamado Morro do Nquel, a mineralizaocompostaporpirrotita(FeS),pentlandita(FeNi)9S8ecalcopirita(CuFeS2)eaplantade cidoficanamesmalocalidade. OutrafontedeenxofrenoestadodeMinasGeraisoassociadoaossulfetosdaminadeourodenomina daCuiab,nomunicpiodeSabar,cujaexploraorealizadapelaempresaAngloGoldAshanti.Aplanta decidoSulfrico,denominadadeQueiroz,localizaseemMunicpiovizinho,deNovaLima. NoestadodaBahiaoenxofreencontraseassociadoaossulfetosdecobreeaproveitadodesdeoanode 1978pelaempresaMineraoCarabaS/AnoValedoRioCuraa,municpiodeJaguari,queenviaocon centrado para a empresa Caraba Metais S/A, que produz e comercializa cobre eletroltico tendo como subprodutoocidosulfrico. enxofrenativooutrorecursodeenxofre,nocomputadoacima,adeenxofrenativolocalizadaem Castanhal, municpio de Siriri, estado de Sergipe, cujas pesquisas realizadas em 1978 pela extinta PETROMISA(PETROBRSMineraoS.A.),subsidiriadaPETROBRS,revelaramaexistnciadedep sitosemsedimentosestratiformes.Emboraestessejamfontespromissorasdeenxofre,comumteor mdiode7,1%,nofoipossvel,atomomento,realizareconomicamentesuaextraoutilizandose osmtodosdelavraatualmenteconhecidos,umavezqueoenxofreocorredeformadescontnuanas camadassedimentares. Produo ConformeestatsticasdoUSGS(2010),osEUA(9.800MtS)mantmahegemoniainternacionalnaprodu odeenxofre,seguidopeloCanad(9.300MtS),China(8.500MtS)eRssia(7.200MtS),em2009. O Brasil produziu em 2008 um pouco mais de 513 mil t, correspondendo a apenas 0,74% da produo mundial,sendoinsuficienteparaabasteceromercadointerno.EstimativasindicamqueoBrasilnecessita entre2,5e3Mtanuaisdeenxofre,ouseja,opasproduzentre15a20%desuanecessidade.Estade mandavisaatenderdiversosprocessosindustriais,maisnotadamenteodefertilizantes. OenxofreproduzidonoBrasilprovmdetrsfontes:folhelhopirobituminoso,beneficiamentodopetr leoeprocessodeustulaodesulfetosmetlico,cujaparticipaonototaltemsido,emmdia,de5%, 30%e65%,respectivamente. AproduoapartirdofolhelhopirobetuminosoocorrenomunicpiodeSoMateusPRdesdeoanode 1971atravsdetecnologiadesenvolvidapeloPetrobrs.Em2008foramproduzidasnessaunidade18.200 tdeenxofre APetrobrsproduzecomercializatambmoenxofrerecuperadodopetrleoegsnaturalquerepresen taquase30%doenxofreproduzidonopas.Em2008foramproduzidas135.354t. No estado de Santa Catarina h a recuperao de enxofre contido no rejeito piritoso da minerao de carvo.Em2008,houveaproduobrutade5.090tdeScontido.Estaproduonoseencontracompu tadanogrficoabaixodevidoaoseubaixovolume. AproduoapartirdesulfetosrealizadapeloGrupoVotorantimnoestadodeMinasGerais(sulfetosde zincoemParacatuesulfetosdenquelemFortalezadeMinas,etambmpelaempresaAngloGoldAshan ti(sulfetosdeouroemSabar),naBahia,pelaempresaMineraoCaraba(sulfetosdecobreemCaraba, enviadosparaaCarabaMetais,localizadanomunicpiodeCamaari,Bahia),emGois,pelaempresaYa

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

mana(sulfetosdeCobreeOuroemAltoHorizonte,partedoconcentradotambmenviadoparaaCaraba Metais,naBahia)epelaValenoPar(sulfetosdecobreeouro,emCarajs,partedoconcentradotam bmencaminhadasparaaCarabaMetais).Em2008,aproduodeenxofrecomosubprodutodesulfe tosrespondeupor359.586t.AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

t

Fonte:DNPM/DIDEM.

Figura11Enxofre:evoluohistricadaproduobrasileira.(2009).

. Fonte:DNPM/DIDEM,ANDAeAMA.

Figura12Localizaodasminaseusinasdeenxofreecidosulfrico.

CAPTULO 2

FOSFATO:RECURSOS/RESERVASEPRODUO ConformeexercciosestimativosdoUSGSMineralCommoditySummary2010,osrecursosmundiaisde fosfatoaproximamsedaordemde16bilhodet(Bt)(anobase2009).Orankingderecursos/pasapre sentaaseguinteordem:1Marrocos(36,5%),2China(23,7%),3Jordnia(9,6%),4fricadoSul(9,6%) e5EUA(7,0%). No Brasil, as reservas (rocha fosftica) oficialmente aprovadas pelo DNPM (ano base 2008), montam a casados4,76Btdeminrio.Dessemontante,cercade2,51Btrepresentamasreservasmedidase1,1Bt asindicadas,com232Mte104,6Mt,respectivamente,emtermosemP2O5contido,somando,portanto, 337MtP2O5contido,oquesignifica2,15%dasreservasglobaisdefosfato,ocupandoa6posionoran kingmundialdepases. Estas reservas (medidas + indicadas) esto concentradas, principalmente, nos estados de Minas Gerais com 67,9% desse total, seguido de Gois com 13,8%, So Paulo com 6,1%, que juntos participam com 87,8%dasreservasdoPas.SantaCatarina,Cear,Pernambuco,Bahia,ParabaeTocantinscompartilham os12,2%restantes. Entreasprincipaisempresasenvolvidasnosetordefertilizantesedetentorasdedireitosminerriossobre jazidase/ouminasderochasfosfticasdestacamse:Fosfrtil/Ultrafrtil,BungeFertilizantesS/AeCope bras,quejuntasdetmmaisde80%dasreservasacimareferidas.Galvani,ItafsMineraoLtda.,Socal S/A,IndstriadeFosfatadosCatarinenseIFC,CBPM,CPRMeNORFERTILS/A,compartilhamos20%res tantes. Tabela5Reservasdefosfatoporestado2008.UF Minrio PB PE CE MG BA SP TO SC GO PI Total 9.693.081 21.467.344 89.178.080 1.640.374.838 17.102.416 138.810.270 31.206.630 240.818.000 320.526.223 1.425.428 2.510.602.310 Reservamedida Teor% 11,93 21,09 11 9,06 18,43 6,93 11,24 6,12 11,42 18,5 12,57 Contido 1.156.764 4.528.309 9.809.589 148.591.613 3.151.727 9.622.414 3.507.625 14.740.506 36.614.193 263.704 231.986.444 Minrio 10.278.705 6.496.584 3.806.723 700.109.428 814.590 192.630.000 0 0 193.606.955 184.954 1.107.927.939 Reservaindicada Teor% 11,29 12,94 11 9,72 17,73 5,16 0 0 11,82 18,5 9,82 Contido 2.317.221 840.492 418.740 68.032.200 144.406 9.933.295 0 0 22.879.672 34.216 104.600.242 Totaldo Contido 3.473.985 5.368.801 10.228.329 216.623.813 3.296.133 19.555.709 3.507.625 14.740.506 59.493.865 297.920 336.586.686

Fonte:DNPM/DIDEM.

Produo ConformeregistrosestatsticosdoMCS(USGS,2010),aproduomundialderochasfosfticassodaor demde157,7Mt.Orankingmundialdepasesprodutoresdefosfatoobedeceseguinteordem:1)Chi na (34,88%),2)EUA(17,25%),3)Marrocos (15,22%),4 Rssia (5,71%),5 Tunsia(4,44%) e 6 Brasil (3,99%).Nota:Parafinsdesseexercciocontbildeproduoestimouseaproduobrasileiraem6,3Mt deconcentradodoP2O5. .

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

Quantoproduo,em2008,emtornode83,6%daproduomundialderochafosfticaesteveconcen tradaemsetepases,destacandoseaChina,osEstadosUnidos,Marrocos,Rssia,Tunsia,BrasileJord nia.Oscincoprimeirospasesforamresponsveispor76,5%dototalde167milhesdetoneladasdero chaproduzidasnomundo.AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

NoBrasiloparqueIndustrialdeFertilizantesocupouem2008,a6colocaodentreosprodutoresmun diaisdeconcentradoderochafosftica,com4%departicipao,produzindoaindacidofosfrico,vrios produtosintermediriossendoqueem2008,tratouemsuasplantasdeproduo38,4milhesdetone ladasdeROM(runofmine)produzindo6,727Mtdeconcentradocomcercade34a37%deP2O5.Amaior produtoranacionalem2008foiaempresaFosfrtil,com33%domercado,seguidapelasempresasBunge (24,7%),AngloAmerican/Copebrs(19,21%)eUltrafrtil(15,22%).Juntas,essasempresasdetm92%da produo de fosfato no Brasil. Outras empresas que participaram da produo foram Galvani, Itafs e Socal.Essaproduocontinuaconcentradanoscomplexosalcalinocarbonatticoslocalizadosnosmunic piosdeTapira,AraxeCatalo.103t

Figura13Rochasfosfticas:evoluodaproduobrasileira.

CAPTULO 2

Nota:Noconstaoenxofrenemocidosulfrico,jvisualizado,masquetambmfazempartedestacadeia.Outrosdepsitosde fosfatojconhecidos,masquenoseencontramemproduo,almdodeAnitpolis,so:Maicuru,noPareSantaQuitria,no Cear. Fonte:DNPM/DIDEM,ANDAeAMA.

Figura14Estruturadacadeiaprodutivanacionaldofosfato(excetoenxofreecidosulfrico). Potssio:recursos/reservaseproduo Conforme as estatsticas consolidadas pelo MCSUSGS (Potash, 2010) as reservas mundiais de potssio (anobase2009)sodaordemde8,5MtdeK2Oequivalente,apresentandooseguinteordenamentono rankingdepases:1Canad(52,0%),2Rssia(21,3%),3Bielorrssia(8,9%),4Alemanha(8,4%)e5 Brasil(3,5%). NoBrasil,asreservasoficiaisdesaisdepotssiosodaordemde13Bt(silvinitaecarnalita),decompon dose em reservas medida (72,6%) e indicada (27,3%). Essas reservas esto localizadas nos estados de Sergipe(BaciadeSergipeAlagoas)edoAmazonas(BaciadoAmazonas). EmSergipe,asreservasoficiaisdepotssiototalizaram,noanode2008,489Mtdesilvinita(medida),com teormdiode9,7%deK2O,e11,541Btdecarnalita(medida+indicada),comteormdiode8.3%deK2O, localizadasnassubbaciasevaporticasdeTaquariVassouraseSantaRosadeLima,municpiosdeRosrio do Catete, Carmpolis, Santa Rosa de Lima. Embora esses recursos apresentem considervel ordem de

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

RessaltesequeaproduoseconcentraemumasminaTaquariVassourasequeasdemaisjazidas,em Sergipe e Amazonas, ainda no entraram em produo, com o fator agravante da descontinuidade de investimentos necessrios reposio estratgica de reservas nacionais, nos ltimos 3040 anos. Ade mais,asexpressivasreservasoficiaisdecarnalita(KCl.MgCl2.6H2O),bloqueadasnodomniodabaciaeva porticadeSergipe,carecemdemaioresestudoscomvistasaoseuaproveitamento(mtododelavrae rotatecnolgicaderecuperaodopotssio). Nessa perspectiva a VALE, arrendatria dos direitos minerrios da PETROBRAS herdeira oficial dos ati vos/passivosdaextintaPetromisadesenvolveemnveldeprojetopilotovisandodefiniodeviabili dadetcnicaeeconmicadasreservasdecarnalitaporprocessodedissoluo(minesolution).Admitese queaopodelavraporminesolutionalmdeenvolvermenorcustooperacionalemaiorrecuperao deminrioinsitu,deverreduzirotimededesenvolvimentodaminaeinciooperacional,quandocom paradalavrasubterrneaconvencional(cmarasepilares). Tabela6ReservasoficiaisbrasileirasdesaisdepotssioporEstado2008Medida UF Minrio Contido (k2o) 222.011 47.691 665.764 935.466 Teor (k2o) 23,49 9,74 8,31 Indicada Minrio 63.020 3.529.900 3.592.920 Contido (k2O) 14.803 293.335 308.138 Total Minrio (medida+indicada) 1.008.096 489.639 11.541.500 13.039.235 Total Contido (medida+indicada) 236.815 47.691 959.099 1.243.605

AM(1) 945.076 SE(1) 489.638 SE(2) 8.011.600 Total 9.446.315Notas: Silvinita(*) (1)

CarnalitaUnidade:t.

Fonte:DNPM/DIDEM.

Produo ConformeestatsticasdoUSGS,adespeitodasignificativaquedanaproduoregistradaem2009,oCa nadcomumaproduode6,5Mt(quedade38,1%emrelaoa2008)mantmahegemoniaprodutiva liderandoorankingmundialdepasesprodutoresdepotssio,seguidopor:Rssia,Bielorrssia,Chinae Israel(Figura29). A produo de potssio no Brasil, iniciada em 1985, est restrita ao complexo mina/usina Taquari Vassouras, no Estado de Sergipe, operado pela Companhia Vale do Rio Doce (VALE). A produo se d atravsdelavrasubterrneaconvencional,sendoominriosilvinita,lavradoatravsdomtodocmaras epilaresretangulares,combeneficiamentoatravsdeflotao.Emfunodomercado,aproduoem Taquari/VassourastemsidodistribudaentreostiposStandard(0,2a1,7mm)eGranular(0,8a3,4mm). OComplexomina/usinaTaquariVassourasestproduzindoaplenacarga,observandosequeaproduo nosltimosanosesteveacimadacapacidadenominalprevistanoprojetobase(500milt/anodeKCl).

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

grandeza, as reservas efetivamente explotveis (lavrveis) so substancialmente inferiores. Assim, em TaquariVassouras, quando da elaborao do Plano de Aproveitamento Econmico, pela extinta PETROMISA,comvistasimplantaodaunidadeprodutoradecloretodepotssionaquelaregio,traba lhosdereavaliaodereservasdefiniramcomoreservaminervel,insitu,129,6Mtdesilvinita,enquanto queasreservasoficiais,definidasquandodoProjetoPotssio,executadopeloDNPM,eramdaordemde 425Mt.Essareduodeveseintroduodeparmetrosdeminerabilidade,sobaobservnciadendi cesdeabatimentogeolgico.Dessasreservasjforammineradascercade33,95Mtdeminrio,noper odode19852007.Poroutrongulo,observasequenaprtica,facedomtododelavrautilizado(cma rasepilares),ataxaderecuperaodeminrio,emTaquariVassouras,ficaemtornode50%dareserva lavrvel.

CAPTULO 2

Comonicafontedomsticadepotssiofertilizante,aunidadeprodutoradeTaquari/Vassouras,mesmo produzindoacimadacapacidadenominal,previstanoprojetobase(500milt/anodeKCl),estdistante desuprirademandainternapeloproduto.Em2008,aproduoatingiu606,71miltdeKCl,correspon dendoa383,26milt.deK2Oequivalente,tendosido,essaproduo,inferiorobservadanoanoanterior, quandoforamproduzidas670,97miltdeKCl,correspondendoa423,85milt.deK2Oequivalente. Apesardaquedaobservadanosltimosanos,houveumincrementonaproduointernatendocrescido de289miltdeKCl,em1993,paraospatamaresobservadosnosltimosanos.Aindaassim,em2008,a produodomsticadeKClrepresentouapenasde8,66%doconsumointernoaparente. Conforme informaes da VALE a produo de minrio bruto (ROM(*)) em 2009, em Sergipe, foi de 2.570.481tdesilvinita(KCl+NaCl),quesubmetidaaprocessodebeneficiamentoporflotaodecloreto depotssioresultounaproduofinalde754.495tKCl,queconvertidasignifica452,7tK2O(**) equiva lente.ImportaregistrararetomadanocrescimentodaproduonaminadeTaquariVassouras(+18,1%), quandocomparadaaoanoimediatamenteanterior.AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

Notas: (*)ROMRunofmine;

(**)UsaseconvencionalmenteaunidadeK2Oequivalenteparaexpressaropotssiocontidonoconcentradodeminrio(K contido),emboraestaunidadenorepresenteacomposioqumicadasubstncia.Fatoresdeconverso:KCIpurox0,63177=K2O equivalenteK2Ox0,83016=K. Fonte:DIDEMDNPM,2010.

Figura14Evoluodaproduodepotssio(60%deK2O). Admitindose a capacidade instalada da minausina de beneficiamento, calculase uma vida til para a minadesilvinitadeTaquariVassourasde78anos,prevendose,portanto,suaexaustoem2016/2017 (ceterisparibus).

CAPTULO 2CONSIDERAESCOMPLEMENTARES:TENDNCIASEPERSPECTIVASSOBREOPOSICIONAMENTO ESTRATGICODOSETORDEFERTILIZANTESBRASILEIRO

ageodiversidadedoBrasilapresenta355Mkmdesolocomaptidogeoagrcola.Admitese,contudo, queapenas20%dasterrasagriculturveissoutilizados.Essepotencialdossolos,associadoaoclima tropical, com chuvas regulares e energia solar abundante, destacamse como principais vantagens comparativasdoAgronegcio,quecontribuisignificativamenteparaaformaodoPIBnacional. oBrasilsituaseentreosquatromaioresconsumidoresdefertilizantes,representandocercade6,2% da demanda mundial, liderada pela China, ndia e EUA. Entretanto, a taxa de crescimento anual da demandabrasileiratemsuperadoamdiamundial,oqueagravaadependnciaexternadeagromine rais, conforme srie histricoestatstica de fertilizantes entregues ao consumidor final: 2005 (20,2 Mt);2006(21,0Mt),2007(24,6Mt);2008(22,4Mt)e2009(22,5Mt)(ANDA,2010). aelevadavulnerabilidadeexternatemimplicadoemsignificativaevasodedivisascomimportaode agromineraiseprodutosderivados.Em2009asimportaesdePotssioimplicaramnasadadeUS$ 2,1bilhes(3,4MtdeKCl)eUS$18,6milhes(30,3miltK2O). Mesmo considerando a menor vulnerabilidade externa do Pas haja vista que o parque mnero extrativistaatendemaisdo70%dademandainternadeconcentradodeP2O5asimportaesdema triasprimasfosfatadasimplicaramnumaevasodedivisasdaordemdeUS$70,5milhesem2009,mais de50%oriundosdoMarrocos.Ficaaquesto:aindaqueoBrasilalcanceaautosuficncianomdioprazo (concentradodefosfato),adependnciadeprodutosmaiselaboradoscontinuariapesandonegativamen tenaformaodabalanacomercialdeagrominerais?Evidentequeainstrumentalizaodepolticasde desenvolvimentoindustrialedetecnologiamineralserfatordeterminantemudanadessaperspectiva nosmdioselongosprazos. Asdescobertasrecentesdemegacamposdepetrleoegsemestratosgeolgicosprsalnaplatafor macontinentalbrasileira,permiteodesenhodeumhorizontebastantefavorvelparaoPasnoquese refereasseguraraprovisodademandadomsticadeenxofreparaaagriculturaeoutrosfinsindustriais. Entretanto, o impacto das importaes dessa matriaprima muito significativo, registrandose uma evasodedivisasdeUS$196,5milhes,em2009. Ocomponentecustoderecuperaodenitrognio(amniaeuria),dadaarelaoUS$/m3gs,ainda apresentasecomoaprincipaldesvantagemcomparativadoBrasilnaproduodenitrogniodegsnatu raldepetrleo,quandocomparadoaoscustosdeoutrospasescomoaRssiaeArbiaSaudita.Em2009, asimportaesdeamniaeuriaatingirampatamaresdeUS$188,7milheseUS$512,5milhes,res pectivamente. AdisponibilidadeprimriaderecursosagromineraiseograudevulnerabilidadeexternadoBrasilsocr ticas,namedidaemqueaprovisodademandadefertilizantesbsicos(uria,cloretodepotssio,sulfato de amnia e fosfato reativo) pelo agronegcio apresenta forte dependncia de importaes: K(92%), N (75%),P(48%)eS(82%).

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

Identificadaseavaliadasasrelaesdedependnciaedesustentabilidadesetoriais,enumeramsease guirvulnerabilidadesevantagenscomparativasdoBrasil,naperspectivadeinstrumentalizarpolticasp blicasedasinergianoplanejamentoestratgicodoagronegcioedomineralnegcio.

CAPTULO 2MacronutrientesNitrognio(N) FontesPrimriasGNPGsNaturalPetrleo (AmniaAnidra) BaciadeCamposRJ RochasFosfticas: Sedimentares:Marrocos gneas:Carbonatitos,AraxMG ProdutosIntermedirios: cidoFosfrico cidoSulfrico

MneroIndstriaIndstriasPetroqumicas: Petrobrs;Brasken; Fosfrtil;Proquigel Indstrias: BungeCopebrasFosfertilGalvani Profertil/Roullier Misturadoras: CibrafertilFosparHeringer MosaicYara VALE (Cia.ValedoRioDoce)

FertilizantesDerivadosUria SulfatodeAmnio NitratodeAmnio DAP/MAP SuperfosfatoTriplo SuperfosfatoSimples Termofosfato FosfatosNaturais K 2O KCl(Potassium Chloride)Legenda: VulnerabilidadeExterna

DependnciaRelativaProduoNacional Importaes

%25 75 100

Fsforo(P)

ProduoNacional Importaes

52 48 100

Potssio(K)

SaisEvaporticos Mineralminrio:Silvinita,Carnalita. Mina'TaquariVassouras'SE.

ProduoNacional ImportaesMdia Elevada

8 92 100

Fonte:ANDA,2008;DNPM,2008.

Figura15Fertilizantes(NPK):perfilestruturaldaindstrianoBrasil. Tendnciaseperspectivas Oagronegciobrasileiroexperimentaumvigorosoprocessodeexpansoassociadofatoresexternoein terno.Oprimeirorefleteaoboomdomercadointernacionaldecommoditiesagrcolas,atribuindoseao crescimentodademandadosemergentes:China,ndiaeRssia.Aofatordeterminantedomsticoassoci amseoaumentodarendafamiliareaampliaodademandaporbiocombustveis(etanol); AsvantagenscomparativaseainserocompetitivadoBrasilnomercadointernacionaldoagronegcio estoestreitamenterelacionadasaoequacionamentodaprovisodeagrominerais,namedidaemquea produonacionalfertilizantesbsicos(NPK)limitouse8,5Mt(2005),8,8Mt(2006),9,8Mt(2007),8,9 Mt(2008)e8,4Mt(2009)respondendo,portanto,porapenas37,3%doconsumodomsticoem2009; Poroutrongulo,ainstabilidadedemercado,associadavolatilidadepreosdosinsumosagrominerais nos anos recentes so fenmenos que implicam na menor rentabilidade do agronegcio e aumento de preosdosalimentos;

Fonte:SecexMDIC,DNPM,ANDA.

Figura16Fertilizantes:volatilidadepreo19952009.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

CAPTULO 2

Adespeitodacriseeconmicainternacional,exercciosdetendnciasecenriosapontamumfortecres cimentodademandamundialdepotssio,vistoaestreitadependnciadasmodernastcnicaagrcolasde insumosagrominerais,emparticulardatrilogiademacronutrientes:NPK.

Figura17Potssio:tendnciamundialdoconsumo2013.

AgradecimentosAogegrafongelodosSantos,aoDesenhistaAlencarMoreiraBarretoegelogaInaraOliveiraBarbo sa,nossosagradecimentospeloempenhoevaliosacontribuioaotrabalho.

RefernciasbibliogrficasANDA Associao Nacional para a Difuso de Adubos. Estatsticas. Disponvel em .Acessoem:08mar2010. BERTOLDO, A. O conhecimento geolgico no Brasil. Rio de Janeiro: CPRM, 2006. Disponvel em .Acessoem:01mar2010. DNPMDepartamentoNacionaldeProduoMineral.CalcrioAgrcola.In:EconomiaMineraldoBrasil. Braslia:DNPM/CidadeGrficaeEditoraLtda.2009.536545p. .Fosfato.In:EconomiaMineraldoBrasil.Braslia:DNPM/CidadeGrficaeEditoraLtda.2009.546 568p. . Potssio. In: Economia Mineral do Brasil. Braslia: DNPM/Cidade Grfica e Editora Ltda. 2009. 546568p. .Enxofre.In:EconomiaMineraldoBrasil.Braslia:DNPM/CidadeGrficaeEditoraLtda.2009.577 590p. .AgronegcioeMineralnegcio:relaesdedependnciaesustentabilidade.Braslia:InformeMi neral: Desenvolvimento & Economia Mineral (2 Semestre2008). v.7. p. 2846. Disponvel em . Rochas fosfticas. Informe Mineral: Desenvolvimento & Economia Mineral (2 Semestre2008). v.7.p.2846.Disponvelem.

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

.Enxofre.Braslia:SumrioMineral(20012009).Braslia.Disponvelem. . Fosfato. Braslia: Sumrio Mineral (20012009). Braslia. Disponvel em .

CAPTULO 2

USGSUnitedStatesGeologicalSurvey.Phosphaterock.Washington:USGS.MineralCommoditySumma ries2010.Disponvelem. .Potash.Washington:USGS.MineralCommoditySummaries2010.Disponvelem. . Sulfur. Washington: USGS. Mineral Commodity Summaries 2010. Disponvel em .

AGROMINERAIS:RECURSOSERESERVAS

.Potssio.Braslia:SumrioMineral(20012009).Braslia.Disponvelem

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARA AOBTENODEFERTILIZANTESARTHURPINTOCHAVES1

CAPTULO 3

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARAAOBTENODEFERTILIZANTES

IntroduoDesdetemposimemoriais,esterco,restosdeplantasedeanimais,tortasdegrosvegetais(resduoda extraodoleo),farinhadeossosedeconchas,cinzas,entreoutrosmateriais,sofontesimportantes de fertilizantes. Modernamente, a compostagem de lixo revestese de importncia fundamental, tanto comosoluoparaoproblemadolixodomsticoquanto,comofontedeadubo:osvolumesdelixogera dosnascidadessoenormeseasuadisposioumproblemaacompostagemtransformaosemadu bos,dandoumadestinaomaisadequadaaeles.importanteressaltarentretantoqueaadubaotem duasfunesdiferentes: forneceraosoloosnutrientesdequeeledeficiente; adequarscondiesfsicasdeventilao,drenagemeproliferaodemicroorganismos. Esterco,tortasecompostoorgnicosexercemestasegundafuno.Noaportamoselementosqumi cosnecessrios. Asplantas,comoseresvivosqueso,precisamdediferenteselementosqumicosparasuasfunesvitais. Nitrognio,fsforoepotssiosoessenciaisparaavida.Clcioemagnsiosonecessriosemdosesrela tivamenteelevadas.Poristo,estegrupodeelementoschamadodemacronutrientes.Oclcio,omagn sioeoenxofretambmatuamcomocorretivosdesolos.Jozinco,ferro,mangans,cobre,boro,molib dnioeclorosonecessriosemquantidadesmenoreseporistosochamadosdemicronutrientes. Todosesteselementosprecisamseradicionadosaosoloeistofeitoatravsdosadubos.Asmatrias primasparaestesprodutossoosfertilizanteseumadasvertentestecnolgicassoosfertilizantessol veis,queaportamobrigatoriamenteN,PeKefrequentementeosdemaisnutrientes,emreceitasprepa radasdeacordocomasnecessidadesespecficasdosoloqueiroadubar.Asfontesdefsforomaisco munssoosfertilizantesfosfatados,apresentadosemnveisdealtaebaixaconcentrao. Osfosfatossolveisdebaixaconcentraosupersimples(SSP),eofosfatoparcialmenteacidulado(FPA) sofabricadosfazendoreagiroprodutodobeneficiamento,concentradofosfticocomocidosulfrico, emreaesdelongotempodedurao(curadeproduto).Osfosfatosditosdealtaconcentrao(mono amnio fosfato, MAP, triamnio fosfato, TAP, superfosfato triplo, TSP, e triplo simples, TSP) so feitos reagindoomesmoconcentradofosfticocomcidofosfrico,paraaobtenodeprodutocomaltocon tedodofsforo. Outravertente,queserexaminadaadiantesofertilizantesdebaixasolubilidade,comoostermofosfa tos. Opotssioadicionadonaformadecloretodepotssio. AFigura1esquematizaacadeiaprodutiva,asmatriasprimaseosprodutosaquenosreferimos.

1D.ScProfessorEscolaPolitcnica(USP)DepartamentodeEngenhariadeMinasePetrleo.Email:[email protected]

CAPTULO 3

Fonte:IBAFOS(1991).

Figura1Redeprodutivadefertilizantes. O primeiro produtoda rotaqumica a fabricao de cido fosfrico,H3PO4, onde o teor de P2O5 de 72,5%.Ocidofosfricopodeserfabricadoporviametalrgica,reduzindoofsforoemfornoseltricos dereduo,hidratandooemseguida,ouporviaqumica,medianteoataquedarochaporumcidoque desloque o on fosfato. Todos os fertilizantes fosfatados de alta solubilidade so produzidos apartir do cidofosfrico.

MatriasprimasOnitrogniopodeserobtidoapartirdoar.Comogselementareleinerteeporistoprecisasertrans formado em amnia. O gs natural a fonte do hidrognio, que passado sobre catalisador de nquel paraserretirado.Onitrogniodoarinjetadonumaautoclaveonde,napresenadeoutrocatalisador

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARAAOBTENODEFERTILIZANTES

feitaasntesedaamnia.Onitrogniopodeserutilizadonaformadenitratodeamnia,nitratodesdio, nitrofostatos,fosfatodeamniaeuria. Asntesedauriafeitapelareao CO2+NH3=CO(NH2)2+H2O quefeitaemautoclaves,aaltatemperaturaepresso. [1]

CAPTULO 3

Onitratodeamniaobtidopelacombustodaamnia,oqueproduzcidontrico,seguidadareao destecidocomaamnia: [2] 2O2+NH3=HNO3+H2O [3] NH3+HNO3=NH4NO3 Osulfatodeamnioobtidopelareaodocidosulfricocomaamnia: NH3+H2SO4=(NH4)SO4 [4]

Afluorapatitaoprincipalmineraldeminriodasrochasfosfticas.SuacomposioCa5(PO4)3(F).Nota sequeoteordefsforogeralmenteexpressoemP2O5,entidadequenemsequerfiguranestafrmula, cujoteordeP2O5de42%. Oflorpodesersubstitudoporhidroxila(hidrxiapatita)ouporcloro(cloroapatita).OCapodesersubs titudoparcialmenteporMg,Na,Mneoutros.muitofrequenteapresenadeU3O8naredecristalinada apatita. Aapatitaocorreemminriosdeorigemgnea,ondeosgrosgeralmenteestomelhorcristalizadosepor istosomaispuros,eemminriosdeorigemsedimentar,ondeosgrossomistoscomcalcita,dolomita, limonitaseargilas.Nestesacristalizaopioresvezes,criptocristalina,eominriochamadodecolo fanita. Sendocristalizada,aapatitatembaixasolubilidade.Paraqueofsforocontidonelapossaseraproveitado pelasplantas,eleprecisasercolocadonumaformasolvel.Istofeitodeduasformas: pirometalurgicamente,isto,fundindoasapatitaseresfriandoasrapidamente,demodoaimpedira recristalizao; quimicamente,sintetizandoumoutrofosfatodealtasolubilidade. Jacolofanitamaissolvelepodeseraplicadadiretamenteaosolo.Amaiordiferenapareceestarna substituiodonionPO43porCO32,quedesestabilizaaestruturacristaloqumica,aumentandoasolubi lidade,nocasodofosfatodeorigemsedimentar. Aquiapareceumdetalheimportante:quemnarealidadesolubilizaofosfatopresentenosolonoa gua,masoscidoshmicos.Isto,asrazeslanamnosolocidosorgnicoscapazesdedissolverosele mentosqumicosdosquaisovegetalsenutre.Poristoexistemdoisparmetrosdeavaliao:asolubilida deemguaeasolubilidadeemoutrassolues,comoporexemplo,asoluodecidoctricoa2%,que representammelhorocomportamentodofertilizantenosolo. Opotssioobtidoprincipalmentedocloretodepotssio,queocorrenanaturezanaformademinrios emdepsitossedimentares.NoBrasilexisteapenasumaminaeimportamos95%daquantidadeconsu mida. Alternativamente, minerais contendo potssio, como os verdetes e feldspatos, vm sendo utilizados na aplicaodireta.Comosetratamdesilicatosdepotssio,esteelementofazpartedaestruturamolecular do mineral, sendo necessrio quebrla para trazlo a uma forma de solubilidade elevada. A primeira idiafazloporaberturacomcidofluordrico,entretantooscustossoproibitivos.Asrotasmetalrgi cassoalternativasatraentes,sejanatcnicadefabricaodetermofosfatos,sejaatravsdafusocom cloretosdemetaisalcalinoterrososesolubilizaodocloretodepotssioformado(Lacombe,2009).

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARAAOBTENODEFERTILIZANTES

QuestionamentodomodelodefertilizaoadotadonoBrasilAFigura2mostraomapadaTerracomalinhadoEquadoreostrpicosdeCncereCapricrnio.Verifica sequeasterrasdohemisfrionorteestomuitomaisaonortedoqueestoaosulasterrasdohemisf rio sul. Especialmente, vrios pases europeus e norteamericanos esto em latitudes mais altas que as brasileiras.Nohemisfriosul,ospasesdesenvolvidosArgentina,fricadoSuleAustrlia,tambmesto emlatitudesmaisaltas(maisaosul)queoBrasil.

CAPTULO 3

Figura2OBrasileospasesdesenvolvidosemrelaolatitude. Poristo,oclimabrasileirodiferentedodospasesdesenvolvidos.Seoclimaafetaotemperamentodos povos,acultura,oshbitosdevestir,aarquitetura,osrelacionamentossociais,afetatambmossolosea agricultura. Comefeito,naslatitudeselevadas,existemquatroestaesbemdefinidas,oinvernofrioeovero quente. Na maior parte doBrasil, situadaentre oEquador e o Trpico de Capricrnio, existem apenas duasestaesumaquenteesecaeoutraquenteemida.Astemperaturasmdiassomuitomaisele vadasquenospasesdesenvolvidoseaprecipitaoatmosfrica,muitomaisintensa. Outrossim,naestaomida,chovemuito.Ubatuba,SP,recebe2.400mmanuaisdeprecipitao,toda ela na forma de chuvas. E estas costumam ser torrenciais no auge da estao chuvosa, modelo que se repeteportodooBrasil.Istoimportanteparaanossaconsideraoporquenaslatitudesaltas,apreci pitaopredominantenaformadeneve:estacai,acumulasesobreosoloounoaltodasmontanhas,e derretese lentamente, mantendo o solomido e o suprimento de gua (a partirdas geleiras ou neves eternas),bastanteregularduranteorestodoano. Como resultado, nas regies quentes, como a em que o Brasil est, os minerais, especialmente os dos solos,solixiviados,dissolvidos,remobilizadosealteradoscomintensidademuitomaiorquenasregies temperadas,ondeestoospasesdesenvolvidos. Emconseqncia,ossolosadquiremcaractersticasbemdefinidasebastantediferentes,comomostraa Tabela1.Emprincpio,portanto,asprticasagrcolasedemanejodossolosprecisamsernecessariamen tediferentes. Aatividadeagrcolabrasileira,otofestejadoagrobusiness,extremamenteimportanteparaaeconomia nacionaleparaobalanocomercial.Elatotalmentedependentedacorreodossolosedaadubao,

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARAAOBTENODEFERTILIZANTES

Tabela1Principaiscaractersticasdesolostropicaletemperado(apudObaetal.,2000). Tropicais predomniodecaulinita maisprofundos pequenacapacidadedetrocadec tions maispobreemSi maisricoemAleFe poucafixaodeKeNH4 elevadacapacidadedefixarP maiscido frivel maisgrumosoemestadonatural decomperapidamenteamatriaor gnica raramenteacumulahmus possuimicrovidamuitoativa sofrefacilmenteerosoporchuvas torrenciais sofresuperaquecimento necessitaproteocontrainsolao direta baixacapacidadederetenodegua Temperados predomniodemontmorilonita maisrasos elevadacapacidadedetrocadections maisricoemSi maispobreemAleFe aprecivelcapacidadedefixarKeNH4 pequenacapacidadedefixarP menoscido pegajoso estruturamenosgrumosa decompelentamenteamatriaorgnica podeacumularhmusemquantidade possuimicrovidapoucoativa raramenteocorreerosopelaschuvasfracas muitofrio necessitaseraquecido altacapacidadederetenodegua

Aprimeiraidiaquevemnossamenteaquelajapresentadaempublicaesanteriores,dequese "transplantouomodelodasindstriasexistentesnospasesdesenvolvidos,todoseleslocalizadosemre giestemperadas.Estemodelo,evidentemente,atendescondiesdesuasmatriasprimas,climase solos,noasnossas.Ouseja,importouseummodeloestrangeirosemumareflexomaisdetidasobrea suaaplicabilidaderealidadebrasileira!"(ChaveseOba,2004,Obaetal.,2000). OsaudosoProf.Valarelli(Valarellietal.,1999)comentavaqueaproduodefertilizantesfosfatadosno Brasilfoimontadanosmoldesdasindstriasexistentesemzonastemperadas,cujosprocessosesolosso distintos dos que ocorrem em climas tropicais e onde os minrios so diferentes (a origem sedimentar predominaparaasmineralizaesnaturais,enquantonoBrasilaorigemgnearespondepormaisde90% dasreservasedaproduo),eaestariaaorigemdemuitosdosproblemasdeperdasdefsforonasv riasetapasdasuautilizao,desdealavraatobeneficiamentoeaplicaodosfertilizantes. Destasituaoadvmproblemaseconmicoscomoodesperdciodeminrio(apenascercade8%dofs foropresentenosminriosassimiladopelasplantas,segundoRieder,1986eFusaroetal.,1987,ambos apudBarros,1997)eambientaiscomoaeutrofizaoepoluiodecorposdguaetambmapoluio desolos(porumlado,aperdadegrandepartedofsforonosfertilizantescausaoaumentodesequilibra dodeseusteoresnasguas,eutrofizandoas;poroutrolado,elementosnocivosemcertostiposdeapati

ROTASTECNOLGICASCONVENCIONAISEALTERNATIVASPARAAOBTENODEFERTILIZANTES

tantoorgnicacomoqumica.Atradioagronmicabrasileiraadeusodefertilizantesfosfatadosde elevadasolubilidadeemguaerpidaliberaodenutrientes.Exceoaestemodelosoascolniasja ponesas,principalmentenoEstadodeSoPaulo,quedoprefernciaaostermofosfatos.Lembrandoque oJapoumpasdereconhecidatradioagronmicaequeosdescendentesdejaponesesnoBrasil,no imaginriocomum,estointimaeindissoluvelmenteassociadosatividadeagrcola,desequestionaro porquedestaprticadiferenciada.

CAPTULO 3

tas so tambm liberados no meio ambiente com a dissoluo dos fertilizantes, causando aumento de seusteorestantonoscorposdguacomonossolos). Ousointensivodosfertilizantesfosfatados,comoocorrenoBrasil,eascaractersticasnaturaisdosmin rios brasileiros obrigam a aplicao de processos complexos e caros para obeneficiamentoda matria prima,almdecausarimpactosaoambienteededesprezarenormesquantidadesdematerialcomteores nosuficientementealtosdeP2O5,masquepoderiamseraproveitadosporviasalternativas. Oobjetivodestacolocaoprovocarumameditaomaisdetidaacercadestasafirmaeserefletirso breaaplicabilidadedefertilizantesaossolosbrasileiros,dentrodumaperspectivamaisamplaqueamera produtividade agrcola imediata. Isto feito tomando em considerao as colocaes do Prof. Alfredo ScheidLopesemparecersolicitadopelaANDAAssociaoNacionalparaDifusodeAdubosarespeito denossasconsideraesanteriores(Lopes,2005). OsargumentoscolocadoscontraautilizaodefertilizantesdealtasolubilidadenoBrasilsoprincipal menteosseguintes: afabricaodestesfertilizantesexigeconcentradosfosfticosdeteorelevadodeP2O5edebaixosteo resdeSiO2,Fe2O3eAl2O3.Istomarginalizamuitasjazidaseviabilizaapenasalgumas,assimmesmo custadegrandesperdasdemineraldefosfatoduranteoprocessodeconcentrao.Ouseja,grandes volumesdasreservasestodestinadosaseremrejeitosdebeneficiamentoouentosoconsiderados estreisouminriosmarginais,nopassveisdeaproveitamento. asuafabricaoimplicanaimportaodeenxofreoucidosulfricocomevidentenusparaabalan acomercial.OBrasilimporta90%doenxofrequeusa,sendo70%aparcelautilizadanafabricaode cidosulfricoparaatendersindstriasdefertilizantes(PinieChaves,2001). afabricaodecidofosfrico,principalinsumodafabricaodefertilizantessolveis,temelevado