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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA PREVIDENCIÁRIA DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CIDADE-UF.
NOME DA PARTE, já cadastrado
eletronicamente, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, por meio de seus procuradores, com
fundamento nos artigos 522 e 523 do CPC, interpor o
presente
AGRAVO RETIDO
em face da decisão proferida no Evento XX,
consubstanciado nas razões que seguem anexas.
REQUER o Agravante, com fulcro no § 2º do art. 523 do CPC, que após a
manifestação da parte contrária, seja reconsiderada e reformada a respeitável decisão
recorrida. Em caso de manutenção da decisão, o que só se admite hipoteticamente, requer
seja o presente recurso retido aos presentes autos e remetido ao Egrégio Tribunalad quem,
para que dele o conheça como preliminar de eventual recurso de apelação.
Nesses termos,
Pede Deferimento.
Local e Data.
ADVOGADOOAB/UF
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PROCESSO : XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
AGRAVANTE : NOME DA PARTE
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS)
ORIGEM : VARA FEDERAL PREVIDENCIÁRIA DE XXXXXXXXXXXX
MINUTA DO AGRAVO RETIDO
Egrégio Tribunal;
Eméritos Julgadores.
I – SÍNTESE DO PROCESSO E DA DECISÃO RECORRIDA
Trata-se de processo previdenciário com pedido de concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição e conversão do tempo de serviço especial em comum dos períodos de
XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX e de XX/XX/XXXX até XX/XX/XXXX, os quais o Autor, ora
Agravante, trabalhou em obras de XXXXXXXXXXX na função de XXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
O Agravante apresentou formulários fornecidos pela empresa (Evento XX) no momento
do requerimento administrativo. Além disso, solicitou a produção de prova pericial quando do
ajuizamento da ação, pedido este que foi deferido pelo magistrado.
No laudo pericial acostado aos autos (Evento XX), o Perito concluiu que “o Autor não
trouxe dados para fracionar as tarefas executas, delimitando o tempo gasto de cada uma”.
Sendo assim, considerando que a empresa já encerrou as atividades
(XXXXXXXXXXXXX), o Autor solicitou a produção de prova testemunhal para comprovar a
habitualidade do desempenho da atividade de detonação de rochas, haja vista que já foi
apresentada toda a documentação disponível junto à empresa sucessora
(XXXXXXXXXXXXXX).
Não obstante, o pedido de produção de prova testemunhal foi indeferido (Evento XX),
sob a alegação de que “a comprovação da atividade especial deve se dar por meio de perícia
ou prova documental”.
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Com o devido respeito, tal decisão cerceia o direito à produção de provas, motivo pelo
qual não deve prosperar.
II – DO MÉRITO
Pela análise dos formulários XXXX acostados aos autos (Evento XX), é possível
depreender que o Agravante desempenhava, entre outras atividades, a função de
XXXXXXXXXXXXXXXX. Vale conferir:
COLACIONAR FORMULÁRIO OU DOCUMENTO PERTINENTE
Entretanto, o Perito designado pelo Juízo optou por não determinar o tempo de
exposição com base nestes documentos e nas informações prestadas pelo Autor. Tal
conclusão se mostra evidente no seguinte trecho do laudo (Evento XX):
TRANSCREVER TRECHO DO LAUDO PERTINENTE
De fato, se os formulários XXX não apresentam informações suficientes para averiguar
o tempo de exposição à periculosidade decorrente da detonação de rochas, torna-se
necessária a produção de outro meio de prova. Ocorre que o Agravante trabalhou na empresa
XXXXXXXXXXXXX, a qual já encerrou as suas atividades. Perceba-se que os próprios
formulários XXXXX foram preenchidos pela empresa sucessora – XXXXXXXXXXXXX, a qual
já forneceu toda a documentação que dispunha referente aos períodos controversos.
Sendo assim, não se pode exigir da empresa sucessora documentação além da que já
foi acostada aos autos, pois o tempo de exposição seria descrito sem base documental e
desvinculada da realidade da época, diferentementedo que ocorrerá caso sejam ouvidos os
colegas de trabalho e o superior hierárquico do Agravante.
Ademais, é importante destacar que o Autor solicitou a produção de prova testemunhal
apenas para identificar o tempo aproximado do desenvolvimento de cada atividade
(XXXXXXXXXXXXXX), mas a atividade desenvolvida já está comprovada por meio dos
formulários fornecidos pela empresa.Não se pretende, portanto, impugnar informações
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destes documentos, mas apenas suprir omissões referentes às condições do ambiente
de trabalho.
Em síntese, a prova testemunhal deve ser valorada no presente caso por dois motivos:
1) É necessário apenas complementar as informações descritas nos formulários acostados
aos autos, haja vista que o Autor pretende somente elucidar alguns aspectos da sua atividade
para comprovar que esteve exposto à periculosidade de forma habitual;
2) A empresa em que o Agravante trabalhou encerrou as atividades e a sucessora não dispõe
da documentação da época, motivo pelo qual não há outra forma de esclarecer o tempo de
exposição aos agentes nocivos.
Nesse aspecto, é de se destacar que são justamente nesses dois casos que a
jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região permite a produção de prova
testemunhal para a comprovação das atividades especiais desenvolvidas . Veja-se:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. PROVA PERICIAL E TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. DEFERIMENTO. Embora caiba ao juiz aferir a necessidade ou não de determinada prova, o seu poder instrutório, assim como o seu livre convencimento, devem harmonizar-se com o direito da parte à ampla defesa. Havendo impugnação, pelo próprio autor, sobre o único elemento probatório constante dos autos acerca da especialidade da atividade laboral exercida em determinado período - perfil profissiográfico previdenciário -, o indeferimento de prova pericial implica cerceamento à ampla defesa. Embora a prova testemunhal não se preste para revelar detalhadamente os aspectos técnicos da atividade laboral ao ponto de, por si só, caracterizar a prejudicialidade e ou periculosidade do trabalho, impõe-se deferir sua produção diante potencial de, mesmo indiretamente, elucidar aspectos concernentes aos tipos de tarefas e rotinas exercidas bem como as condições de trabalho, além de não implicar onerosidade desarrazoada a qualquer das partes.(TRF4, AG 5010301-83.2011.404.0000, Quinta Turma, Relator p/ Acórdão Rogerio Favreto, D.E. 12/09/2011, grifos acrescidos).
EMENTA: AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. EMPRESA INATIVA. PROVA TESTEMUNHAL PARA COMPROVAÇÃO DAS ATIVIDADES EXERCIDAS. 1. Tendo em vista a inexistência de outros documentos, além da cópia da CTPS, em virtude do fato de as empresas não estarem mais ativas, mostra-se necessária a produção de prova testemunhal, a fim de verificar quais as atividades desenvolvidas pelo demandante no período laborado junto à empresa Semag Equipamentos Agrícolas Indústria Ltda.(TRF4, AG 5001473-64.2012.404.0000, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 26/04/2012, grifos acrescidos).
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Por outro lado, é necessário utilizar o bom senso para que o Autor não seja prejudicado
por informações incompletas fornecidas pela empresa sucessora, e que podem ser supridas
facilmente por meio da oitiva de colegas de trabalho e, principalmente, pelo superior
hierárquico.
Nesse contexto, deve-se privilegiar o princípio da verdade real, a fim de que sejam
avaliadas as atividades efetivamente desempenhadas pelo Agravante.
Dessa forma, mostra-se imperiosa a produção de prova testemunhal no presente caso,
sob pena de cerceamento de defesa.
III- PEDIDOS
FACE DO EXPOSTO, caso seja mantida a decisão do Ínclito Juízo de primeiro grau e
interposto Recurso de Apelação, REQUER desde já o conhecimento do presente Agravo
Retido, pela Egrégia Turma do Tribunal ad quem, preliminarmente ao mérito da Apelação, para
que acolham e dêem provimento ao presente agravo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data.
ADVOGADO
OAB/UF