agosto/2007 se o preço é nacional, quero salário igual! · campanha salarial unificada durante o...

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Se o preço é nacional, quero salário igual! Foto: Valter Bittencourt Metalúrgicos durante a marcha de 27 de junho, em São Paulo Metalúrgicos acampam e marcham em Brasília de 13 à 15 de agosto CNM/CUT - 1 milhão de metalúrgicos por um Brasil melhor para todos Foto: Raquel Camargo Conheça as principais reivindicações da CNM/CUT Lançada no dia 13 de junho, durante a realização do 7º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a pesquisa ‘Do Salário às Compras’ prova que a desigual- dade salarial é grande para um custo de vida semelhante em todo o país. O estu- do foi elaborado pela subseção Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). A pesquisadora do Dieese-CNM/CUT, Adriana Marcolino, diz que ‘a desculpa por menores salários devido às diferenças do custo de vida de determinadas regiões caiu por terra’, depois que foram realiza- dos estudos em todas as regiões brasi- leiras que possuem empresas do ramo metalúrgico. (veja alguns exemplos no quadro ao lado). Isso se deve ao fato de que as as em- presas se aproveitam das negociações que são feitas de forma regional com os sindicatos, causando uma enorme dife- rença salarial e de renda para trabalha- dores que exercem funções similares em diferentes pontos do Brasil. Por isso, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) realizou grandes manifestações, no dia 27 de ju- nho em São Paulo e em 25 de julho em Belo Horizonte, para entregar aos patrões a pauta de reivindicações do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. Agora, os patrões que têm ganhado muito dinheiro nos últimos anos, precisam dar uma res- posta às nossas pautas. ‘Do Salário às Compras’: pesquisa mostra enormes diferenças salariais para um custo de vida igual Entre os dias 13 e 15 de agosto os metalúrgicos brasileiros chegarão em peso na capital do país e montarão um acampamento para exigir o Contrato Coletivo Nacional de Tra- balho, a redução da jornada, lutar contra o fa- tor previdenciário, pela ratificação do artigo 158 da OIT (contra a demissão imotivada, para com- bater a rotatividade) e contra o interdito proibitório (que é usado pelos patrões para ata- car o direito de greves dos trabalhadores). Jun- tos, vamos realizar uma grande manifestação. Cerca de três mil metalúrgicos estarão na Esplanada dos Ministérios. As ações contam com o apoio da CUT, que além de se manifestar em conjunto com os metalúrgicos, organiza a marcha à Brasília e contará com a presença massiva de outras ca- tegorias, também em 15 de agosto, no Dia Na- cional de Lutas. Este ato em Brasília acontece no momento em que o Congresso nacional volta do recesso e que as pressões para encontrar um substitutivo à Emenda 3 vinda dos empresári- os, retornarão ao cenário! A hora da mobilização é agora: a CNM/ CUT, que representa 1 milhão de metalúrgicos no país, afirmará de 13 à 15 de agosto em Brasília, a força do movimento sindical e popu- lar; ‘A iniciativa da CUT ao estabelecer em 15 de agosto, o Dia Nacional de Lutas, vem de encontro à luta dos metalúrgicos de todo o país. Essa consonância entre a CUT e a Confedera- Grandes caravanas com trabalhadores metalúrgicos partem de todas as regiões do Brasil • Contrato Coletivo Nacional de Trabalho para os metalúrgicos; • Piso de R$ 1.300,00 para os tra- balhadores metalúrgicos • Redução da jornada do traba- lho metalúrgico de 44h para 40h semanais; • Redução da Jornada para 33,6h semanais para trabalha- dores em turnos initerruptos; • Ratificação da Convenção 158 da OIT; • Manutenção do veto do Presi- dente Lula à Emenda 3; • Direito Irrestrito de Greve e Contra o Interdito Proibitório; • Por uma Previdência Pública para todos e que amplie direi- tos; ção Nacional dos Metalúrgicos materializa-se no nosso acampamento que pretende, além de defender nossas bandeiras históricas, en- grossar a luta dos trabalhadores de todos os ramos’, disse Carlos Alberto Grana, presiden- te da CNM/CUT. Metalúrgicos marcham a favor das reivindicações em Brasília, em 2004 Agosto/2007

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Page 1: Agosto/2007 Se o preço é nacional, quero salário igual! · Campanha Salarial Unificada Durante o 7º Congresso da CNM/ CUT, foram reafirmadas e aprovadas pe-los metalúrgicos as

Se o preço é nacional,quero salário igual!

Foto: Valter Bittencourt

Metalúrgicos durante a marcha de 27 de junho, em São Paulo

Metalúrgicos acampam e marchamem Brasília de 13 à 15 de agosto

CNM/CUT - 1 milhão de metalúrgicos por um Brasil melhor para todos

Foto: Raquel Camargo

Conheça as principaisreivindicações

da CNM/CUT

Lançada no dia 13 de junho, durantea realização do 7º Congresso Nacionaldos Metalúrgicos da CUT, a pesquisa ‘DoSalário às Compras’ prova que a desigual-dade salarial é grande para um custo devida semelhante em todo o país. O estu-do foi elaborado pela subseção Dieese daConfederação Nacional dos Metalúrgicosda CUT (CNM/CUT).

A pesquisadora do Dieese-CNM/CUT,Adriana Marcolino, diz que ‘a desculpa pormenores salários devido às diferenças docusto de vida de determinadas regiõescaiu por terra’, depois que foram realiza-dos estudos em todas as regiões brasi-leiras que possuem empresas do ramometalúrgico. (veja alguns exemplos noquadro ao lado).

Isso se deve ao fato de que as as em-presas se aproveitam das negociaçõesque são feitas de forma regional com ossindicatos, causando uma enorme dife-rença salarial e de renda para trabalha-dores que exercem funções similares emdiferentes pontos do Brasil.

Por isso, a Confederação Nacionaldos Metalúrgicos (CNM/CUT) realizougrandes manifestações, no dia 27 de ju-nho em São Paulo e em 25 de julho emBelo Horizonte, para entregar aos patrõesa pauta de reivindicações do ContratoColetivo Nacional de Trabalho. Agora, ospatrões que têm ganhado muito dinheironos últimos anos, precisam dar uma res-posta às nossas pautas.

‘Do Salário às Compras’:pesquisa mostra enormes

diferenças salariais para umcusto de vida igual

Entre os dias 13 e 15 de agosto osmetalúrgicos brasileiros chegarão em peso nacapital do país e montarão um acampamentopara exigir o Contrato Coletivo Nacional de Tra-balho, a redução da jornada, lutar contra o fa-tor previdenciário, pela ratificação do artigo 158da OIT (contra a demissão imotivada, para com-bater a rotatividade) e contra o interditoproibitório (que é usado pelos patrões para ata-car o direito de greves dos trabalhadores). Jun-tos, vamos realizar uma grande manifestação.Cerca de três mil metalúrgicos estarão naEsplanada dos Ministérios.

As ações contam com o apoio da CUT, quealém de se manifestar em conjunto com osmetalúrgicos, organiza a marcha à Brasília econtará com a presença massiva de outras ca-tegorias, também em 15 de agosto, no Dia Na-cional de Lutas.

Este ato em Brasília acontece no momentoem que o Congresso nacional volta do recessoe que as pressões para encontrar umsubstitutivo à Emenda 3 vinda dos empresári-os, retornarão ao cenário!

A hora da mobilização é agora: a CNM/CUT, que representa 1 milhão de metalúrgicosno país, afirmará de 13 à 15 de agosto emBrasília, a força do movimento sindical e popu-lar; ‘A iniciativa da CUT ao estabelecer em 15de agosto, o Dia Nacional de Lutas, vem deencontro à luta dos metalúrgicos de todo o país.Essa consonância entre a CUT e a Confedera-

Grandes caravanas com trabalhadores metalúrgicos partem de todas as regiões do Brasil • Contrato Coletivo Nacional deTrabalho para os metalúrgicos;

• Piso de R$ 1.300,00 para os tra-balhadores metalúrgicos

• Redução da jornada do traba-lho metalúrgico de 44h para40h semanais;

• Redução da Jornada para33,6h semanais para trabalha-dores em turnos initerruptos;

• Ratificação da Convenção 158da OIT;

• Manutenção do veto do Presi-dente Lula à Emenda 3;

• Direito Irrestrito de Greve eContra o Interdito Proibitório;

• Por uma Previdência Públicapara todos e que amplie direi-tos;ção Nacional dos Metalúrgicos materializa-se

no nosso acampamento que pretende, alémde defender nossas bandeiras históricas, en-

grossar a luta dos trabalhadores de todos osramos’, disse Carlos Alberto Grana, presiden-te da CNM/CUT.

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Metalúrgicos marcham a favor das reivindicações em Brasília, em 2004

Agosto/2007

Page 2: Agosto/2007 Se o preço é nacional, quero salário igual! · Campanha Salarial Unificada Durante o 7º Congresso da CNM/ CUT, foram reafirmadas e aprovadas pe-los metalúrgicos as

Milhares de Metalúrgicos marcharam em São Pauloe BH pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho’

CNM/CUT – www.cnmcut .org.br

Metalúrgicos de São Paulo e Minas Gerais marcharam a favor da pauta nacional de reivindicações

Foto: Roberto ParizottiEm uma grande demonstração de unida-

de e força, milhares de metalúrgicos brasilei-ros estiveram juntos no dia 27 de junho, nacidade de São Paulo, para entregar a pauta dereivindicações do Contrato Coletivo Nacional deTrabalho, nas sedes da Fiesp, Anfavea eSindipeças. Este foi apenas o primeiro de umasérie de grandes atos que acontecerão em todoo país nos próximos meses.

A entrega foi precedida por um ato comtrabalhadores metalúrgicos em frente à sededa Fiesp. ‘Espero que a receptividade de comoreceberam as pautas se transforme em nego-ciações bem sucedidas e em acordos’, afir-mou Valmir Marques, o Biro Biro, presidenteda FEM-CUT/SP.

Os representantes dos patrões receberama pauta da campanha nacional dos metalúrgicose o estudo do Salário às Compras. Ele dá todaa argumentação para as reivindicações da cam-panha nacional, como piso salarial unificado eredução da jornada de trabalho.

Já no período da tarde, os milhares de tra-balhadores metalúrgicos de todo o Brasil parti-ram da sede da CNM/CUT e seguiram a mar-cha pela Avenida Indianópolis, na zona sul dacapital. A primeira parada foi na sede da Anfavea,onde o presidente da CNM/CUT, Carlos AlbertoGrana, junto de dirigentes de federações e sin-dicatos, entregaram a pauta nacional, com asreivindicações da categoria. Em seguida, osmetalúrgicos também entregaram a pauta dereivindicações no Sindipeças.

Minas Gerais – No dia 25 de julho, foi avez de Belo Horizonte: A pauta de reivindica-ções para o setor foi protocolada na Federa-

ção das Indústrias do Estado de Minas Gerais(FIEMG). Antes da entrega, pela manhã, lide-ranças metalúrgicas da CNM/CUT e FEM-MG,além de representantes de São Paulo, Rio deJaneiro, Espírito Santo, entre outros, partici-param de um café com parlamentares na sededo Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Hori-zonte e Contagem, na Cidade Industrial, emContagem.

De lá, eles seguiram em caminhada até aempresa Arcelor, onde também entregaram apauta de reivindicações para o setor siderúrgi-co. ‘O dia 25 de julho ficará marcado para sem-

pre na história do sindicalismo de Minas Ge-rais. Foi impressionante o número de trabalha-dores que foram às ruas apoiar a luta pelo Con-trato Coletivo Nacional de Trabalho’, disseCarlos Alberto Grana, presidente da CNM/CUT.

Ainda segundo Grana, o acordo nacionalvisa a estabelecer um novo patamar de rela-ções do trabalho, já que as diferenças salari-ais não são ruins apenas para os trabalhado-res. ‘As indústrias perdem porque ao tratar ostrabalhadores de forma diferenciada estabele-cem entre si um concorrência desleal e preda-tória’, afirmou.

Presidente - Carlos A. Grana (ABC)Vice-Presidente - Marino Vani (ERECHIM)1º Vice - Roque Tarugo (CANDEIAS)Secretaria Geral - Valter Sanches (ABC)Secret. Adm Finaceira - José Wagner Oliveira (TIMOTEO)Secretaria Organização - Ubirajara Freitas (BH/ CONTAGEM)Secretaria de Política Sindical - Geordeci Menezes de Souza (NATAL)Secretaria de Pol.Sociais - Eremi Fátima Melo Fragoso (CAXIAS DO SUL)Secretaria de Formação - Paulo Cayres (ABC)Secretaria de Saúde - Edson C. R. Silva (NITERÓI)Secretaria da Mulher - Maria Ferreira (BH/ CONTAGEM)Secretaria Nacional - Milton Viário (SÃO LEOPOLDO)Secretaria Nacional - Marcelo Toledo (OPOSIÇÃO SÃO CAETANO)

Executiva - Claudir Nespolo (PORTO ALEGRE)Executiva - João Evangelista (SOROCABA)Executiva - Emília Valente (MANAUS)Executiva - Aldemir Miranda de Brito (MANAUS)Executiva - Catia Maria Mestrinho O. Braga (MANAUS)

Executiva - Ednaldo Fernandes da Silva (ESPÍRITO SANTO)Executiva - Genivaldo Ferreira (JOINVILLE)Executiva - Vilmar Cisino Garcia (JARAGUÁ DO SUL)Executiva - Edemilson Pereira Dias (PONTA GROSSA)Executiva - Marcelino O. Rocha (BETIM)Executiva - Michele Ciciliato (TAUBATÉ)Executiva - Maria Estela Mathias Guerime (SÃO LEOPOLDO)Executiva - Josiel Galvão de Souza (PERNAMBUCO)Executiva - Edilon Melo Queiroz (MANAUS)Executiva - Adenir Jardim da Silva (CAXIAS DO SUL)Executiva - Alberto Alves dos Santos (PERNAMBUCO)

Conselho Fiscal - José Quirino (JOÃO MONLEVADE)Conselho Fiscal - Paula Dutra (TAUBATÉ)Conselho Fiscal - Francisco Will Pereira e Silva (CEARÁ)

Supl. Conselho Fiscal - Dorival J. Nascimento Jr. (ITU)Supl. Conselho Fiscal - Ana Nice (ABC)Supl. Conselho Fiscal - Marli do Nascimento (CAMPINA GRANDE)

Direção CNM/CUT 2007-2010

Presidente: Carlos Alberto Grana foireeleito para o mandato 2007-2010

CNM/CUT em defesa daCampanha Salarial Unificada

Durante o 7º Congresso da CNM/CUT, foram reafirmadas e aprovadas pe-los metalúrgicos as medidas para a umacampanha nacional em defesa da unifica-ção das datas-base dos setoresmetalúrgicos para o mês de setembro.Hoje, as datas-base da categoria iniciamem janeiro e vão até dezembro. ‘Com aunificação vamos fortalecer a nossa orga-nização e o poder de negociação na defe-sa de mais e melhores direitos e conquis-tas para toda a categoria junto aos pa-trões. Vamos intensificar nossa luta e nãodescartamos a realização de greves eparalisações em todos os setores parafazer valer o nosso direito’, disse ValterSanches, recém reeleito secretário-geralda CNM/CUT.

Você sabia?• Em 2003, éramos 1,3 milhão de metalúrgicos.Hoje, somos 1,8 milhão no país;• A indústria siderúrgica brasileira faturou 24,9bilhões de dólares em 2006• Nos últimos quatro anos, a produção dasmontadoras aumentou 46%• Só neste ano, o aumento foi de 24%• Em 2006, as montadoras faturaram US$ 41bilhões, equivalente a 14,5% do PIB• Cada novo emprego em montadoras, gera21 empregos no conjunto da economia;• Mensalmente, circulam R$ 3 bilhões oriun-dos de salários de metalúrgicos;• A cada 1% de aumento real são lançadosmais de R$ 30 bilhões na economia;• A limitação das horas extra criariam 150 milnovos empregos;• A redução da jornada, de 44h para 40h, cri-aria cerca de 135 mil empregos no setor

O que é o Contrato ColetivoNacional de Trabalho?

O Contrato Coletivo Nacional de Tra-balho é um objetivo que, há muito tempo,o movimento sindical cutista, em particu-lar, os metalúrgicos perseguem. Debates,estudos e deliberações sobre o tema têmsido freqüentes nos congressos da CUTou nos fóruns deliberativos dos ramos eco-nômicos.

Muito se avançou até aqui, mas oContrato Coletivo Nacional de Trabalho sóserá uma realidade se todos juntos, nósmetalúrgicos do Brasil, lutarmos e cons-truirmos este desafio’, disse Marino Vani,vice-presidente da CNM/CUT.

O CCNT busca estabelecer uma basemínima de direitos nacionais, ao mesmotempo em que respeita as negociações eacordos específicos e locais.

Metalúrgicos aprovam pauta de reivindicações durante o 7º Congresso da CNM/CUT

Foto: Roberto Parizotti

7º Congresso da CNM: metalúrgicos da CUTelegem direção para o mandato 2007-2010

Entre os dias 12 e 15 de junho, 400 dele-gados representando os trabalhadores de 96sindicatos metalúrgicos filiados à CUT e querepresentam uma base de 1 milhão de traba-lhadores, participaram do 7º Congresso daConfederação Nacional dos Metalúrgicos(CNM/CUT), na cidade de Guarulhos-SP sob otema ‘Desenvolvimento, Emprego, Renda eSoberania Nacional’. O presidente da Repúbli-ca, Luiz Inácio Lula da Silva compareceu àabertura e 40 delegados internacionais que vi-eram do Canadá, Suécia, Alemanha, Itália,França, Argentina, Angola e EUA entre outrospaíses, também participaram das atividades.

Durante os quatro dias de Congresso, oscompanheiros participaram de oficinas e de-bates para definir o futuro da luta metalúrgicano país. O Contrato Coletivo Nacional de Tra-balho foi consolidado como a principal luta dosmetalúrgicos do Brasil, principalmente após adivulgação, durante o Congresso, da pesquisa‘Do Salário às Compras’, realizada em parce-ria pela CNM/CUT e o Dieese, em que cai porterra a alegação dos patrões de que pagamsalários diferentes porque o custo de vida dostrabalhadores também é diferente em cada re-gião.

No último dia, os delegados reelegeram ometalúrgico do ABC paulista, Carlos AlbertoGrana, para a presidência da CNM/CUT. Gra-na e todos os demais companheiros eleitosconduzirão a entidade até 2010. A nova direto-ria, foi formada por Chapa Única com 35 mem-bros de diversas regiões do país que represen-tarão trabalhadores dos setores automotivo,eletro-eletrônico, bens de capital, siderúrgico,alumínio, naval e aeroespacial. (veja os no-mes no quadro).

Pauta de reivindicações - Osmetalúrgicos reunidos no 7º Congresso Nacio-nal da categoria dividiram-se em grupos e dis-cutiram propostas que foram aprovadas em ple-nária. Das propostas que foram apresentadaspara a mobilização dos trabalhadores, visandoo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho(CCNT), é consenso entre os grupos que seunifique a data base em setembro e que sejanegociado um piso salarial nacional unificado,com salário igual para trabalho igual.

Entre as diversas reivindicações, os tra-balhadores do setor siderúrgico querem a re-

dução da jornada para 33,6 horas semanais eo fim da fixação de turnos. Já os trabalhadoresdo setor aeroespacial querem a criação deescolas de formação profissional.

No setor automotivo, a redução da jorna-da para 40h e a criação de um piso nacionalde salário foram temas prioritários. Os traba-lhadores do setor de bens de capital querem acriação de um comitê nacional dos trabalha-dores. E nos setores eletrônico e naval, osmetalúrgicos propuseram a qualificação demão-de-obra, que acompanhe o avançotecnológico.

Expediente: Jornal Brasil Metal é uma publicação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos(CNM/CUT). Presidente: Carlos Alberto Grana. Dirigente Responsável: Marino Vani. Diagramação:Interarte Comunicação. Textos: Valter Bittencourt com colaborações de Tânia Trento, FEM-CUT/SP eSindicato dos Metalúrgicos do ABC. Fotos: Valter Bittencourt, Roberto Parizotti e Raquel Camargo.Jornalista Responsável: Valter Bittencourt Mtb 48.562 – Site: www.cnmcut.org.br – e-mail:[email protected]