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AGOSTO 2003 ANO XVIII Nº 578 seg 4 ter 5 qua 6 qui 7 sex 8 sáb 9 dom 10 sintufrj.org.br [email protected] Assembléia Geral Dia 4 de agosto, segunda-feira, às 10h, no pilotis do HU PAUTA: Informes e avaliação da greve Reunião ampliada do Comando Nacional de Greve Caravana a Brasília Foto: Niko Júnior No cenário da Mata Atlântica, manifestantes inovaram com protesto no caminho para o Cristo Redentor Governo negocia com servidores Marcha nacional vai ocupar Brasília Projeto será votado quarta-feira Páginas 3, 4 e 5 Mudanças na Previdência

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Page 1: AGOSTO 2003 ANO XVIII Nº 578 seg 4 ter 5 qua 6 qui 7 sex 8 ... · O Urso Branco vai voltar às estradas. Com a dedicação dos funcionários da Divisão de Transportes, o ônibus

AGOSTO 2003 ANO XVIII Nº 578 seg 4 ter 5 qua 6 qui 7 sex 8 sáb 9 dom 10 sintufrj.org.br [email protected]

Assembléia GeralDia 4 de agosto, segunda-feira, às 10h, no pilotis do HU

PAUTA:Informes e avaliação da greveReunião ampliada do Comando Nacional de GreveCaravana a Brasília

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No cenário da Mata Atlântica,manifestantes inovaram com protesto no

caminho para o Cristo Redentor

Governo negocia com servidores Marcha nacional vai ocupar Brasília Projeto será votado quarta-feira

Páginas 3, 4 e 5

Mudanças naPrevidência

Page 2: AGOSTO 2003 ANO XVIII Nº 578 seg 4 ter 5 qua 6 qui 7 sex 8 ... · O Urso Branco vai voltar às estradas. Com a dedicação dos funcionários da Divisão de Transportes, o ônibus

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JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Simone Silva, Vera Lúcia Vieira Barradas e Antonio Gutemberg Alves do Traco / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem:Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. Estagiário: João Paulo Malerba / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Caio Souto e Luís FernandoCouto / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko/ Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidadedo Conselho Editorial: Simone Silva, Antonio Gutemberg Alves do Traco, Agnaldo Fernandes, Ana Maria Ribeiro, Neuza Luzia e Vera Barradas / Correspondência:aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels: 2560-8615/2590-7209 ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-61

Doispontos

A Mesa Nacional Perma-nente de Negociação entre ogoverno e as entidades repre-sentativas dos servidores pú-blicos começou a dar resul-tados. As regras do descontode consignações no contra-cheque do funcionalismo daUnião serão alteradas peloMinistério do Planejamento.O objetivo é permitir redu-ções dos juros no financia-mento da casa própria e nosempréstimos com institui-ções financeiras. O decretoserá assinado pelo presiden-

Alterações: Governo modifica regras de descontos para facilitar financiamento imobiliário

Mudança no contrachequete da República, Luiz Inácioda Silva, e a expectativa é ade que as mudanças já pode-rão entrar em vigor no mêsque vem. A mesa foi instituí-da para discutir reajustes sa-lariais, incentivos à carreira eoutras reivindicações.

Pelo decreto, a Secretariade Recursos Humanos doMinistério do Planejamentopassa a considerar as parce-las de financiamento de imó-veis por instituições financei-ras oficiais como consigna-ção de caráter obrigatório.

Este tipo de consignação tempreferência no desconto nafolha de pagamento: o siste-ma prioriza e retém preferen-cialmente as consignaçõesobrigatórias. Só depois, como saldo da margem, são de-duzidos os demais débitos.Segundo o governo, a priori-dade no desconto aumenta asegurança dos bancos queemprestam dinheiro para acompra da casa própria.Como o risco é menor, os ju-ros ficam mais baixos.

A assessoria do ministé-

O Urso Branco vai voltaràs estradas. Com a dedicaçãodos funcionários da Divisãode Transportes, o ônibus quejá rodou por todo o país eestava parado há mais de trêsanos foi reformado e poderánovamente servir a comuni-dade da UFRJ. Na próximasexta-feira, dia 9, o ônibusserá reinaugurado e estará ro-dando pelo campus do Fun-dão durante todo o dia – comuma faixa comemorativa do-ada pelo SINTUFRJ. No co-mando estará o mesmo fun-

NOTAS

Delegados de BaseA reunião dos delegados de base prevista para o dia 6

foi adiada por causa da Marcha a Brasília. A próxima reu-nião será avisada com antecedência. Os delegados estãoconvocados para integrarem o Comando Local de Greve,que tem reuniões diárias (às 15h) na sede do Sindicato.

3,17% em folha suplementarA assistente do secretário de Recursos Humanos do

Ministério do Planejamento, Luís Fernando Silva, FátimaXimenez, informou que a segunda parcela do 3,17% sairáem folha complementar este mês.

rio informou que o objetivodo governo com isso é pre-parar o campo para lançarprogramas habitacionais pa-ra os servidores, em especialos de renda mais baixa. Osempréstimos imobiliários,por serem de prazo muitolongo – pelo menos 15 anos–, precisam de segurança ain-da maior.

Plano de saúdeAlém da casa própria, o de-

creto inclui como consignaçãoobrigatória o desconto de pla-no de saúde complementar

AposentadosReunião dos aposentados e pensionistas será nesta

quarta-feira, 6 de agosto, ás 10h, no EspaçoCultural do Sindicato.

A volta do Urso Brancocionário que inaugurou o UrsoBranco em 1985, Libânio Brazdos Santos, o mais antigo mo-torista da divisão ainda na ati-va. Também estará no ônibusum funcionário explicando ahistória do ônibus. Já no dia10, o ônibus recuperado esta-rá partindo para Itatiaia comos estudantes do Instituto deGeociências.

João Francisco Souza,motorista e diretor da Divi-são de Transportes, contaque o Urso Branco e maisdois outros ônibus foram

condenados pela direçãoanterior e estavam destina-dos ao leilão. “Já dirigimuito esses ônibus. Quan-do assumi a direção, per-cebi que poderiam ser re-cuperados”, afirma João.Depois do esforço da dire-ção e do apoio do gabinetedo Reitor e da Coppe, osônibus puderam voltar àsestradas. No momento,dois já estão em trabalhode campo, em Ponta Gros-sa e Minas Gerais. Agorasó falta o Urso Branco

contratado por servidores eminstituições sem fins lucrati-vos. Com a modificação, a fal-ta de margem deixará de im-pedir o desconto da parcela doplano e vai evitar transtornoscomo perda da cobertura e dacarência. O governo federaltambém liberou os ministé-rios que quiserem oferecerplano de assistência médicacomplementar aos servido-res públicos a contratar aGeap sem licitação, uma vezque é plano de autogestão,sem fins lucrativos.

Auxilio-alimentaçãoA Secretaria de Recursos Humanos do MPOG vai reajus-

tar os valores do auxílio-alimentação dos servidores,de acordo com o secretário Luís Fernando Silva. Como

se sabe, há grandes disparidades nos valores do benefício.O objetivo, segundo o secretário, é conceder reajuste smaiores para quem recebe valores mais baixos.

Reunião da VigilânciaDia 13 de agosto (quarta-feira), às 14h, no Espaço Cultural.

Pauta: eleição de delegados para oXIV Seminário Nacional de Segurança.

Foto: Niko Júnior

FGTS:Listagem dos integrantes da ação do FGTS com os nú-

meros PIS/PASEP e carteiras de trabalho pedida pela CEFfoi elaborada pela SR-4 e entregue ao advogado

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Representantes deentidades nacionais dosservidores e o governofinalmente abriram umcanal para negociações paraque o movimento interfiraefetivamente no debate dareforma da Previdênciaenviada pelo governo aoCongresso. Contribuiu paraisso a sistematização depontos concretos denegociação pelas entidadessindicais e a pressãoprovocada pela crescentemobilização contra areforma. O presidente daCâmara, João Paulo Cunha(PT-SP), disse em audiênciacom representantes dasentidades, no dia 31, que atéo último minuto é possívelnegociar pontos do projetoda reforma da Previdênciaque interessem a sociedadee não quebrem a lógica daproposta do governo. Novarodada de negociaçõesacontece nesta segunda-feira, praticamente àsvésperas da Marcha Brasília,na quarta-feira.

Os acenos de João Paulo,admitindo a possibilidade deserem revistos alguns pontospolêmicos da proposta, nãoalteram o calendário de mo-bilização, que tem na mani-festação nacional do dia 6 umgrande termômetro da luta. AFasubra reafirma a necessi-dade de conseguir a aprova-ção do seu substitutivo glo-bal e a manutenção das mo-bilizações de massa. A mar-cha, nesta quarta-feira, pro-mete mostrar a força dos ser-vidores contra a Reforma daPrevidência.

“Não há qualquer decisãode retrocedermos. A marchaacontecerá e será um grandefator de pressão. Deixamosisso bem claro para o gover-no”, afirma o coordenador-geral da Fasubra, Vicente

Governo admite negociarNeto, que participou da audi-ência juntamente com o co-ordenador-geral, EdvaldoRosas.

AvançoUm grande avanço na

proposta do governo, segun-do as entidades, foi o anún-cio feito na reunião pelo de-putado José Pimentel (PT-CE), isto é, sua disposição demanter parte do texto daemenda 20, no que se refere àintegralidade para os atuaisservidores. No texto do rela-tório votado na semana pas-sada, vários critérios tinhamsido criados para concessãoda integralidade, o que estrei-tava bastante o número deservidores que teriam acessoa este direito.

“O texto aprovado na Co-missão Especial já sofreu pe-quena alteração. É pequenana redação, mas grande noconteúdo para nós, pois vaiincorporar emenda 20 quemantém os direitos adquiri-dos. Houve avanço”, afirmaVicente. Na segunda-feira, 4,os servidores reúnem-se como relator e parlamentares, às14h, para discussão técnica dorelatório, e às 18h, fazem umareunião política com líderesgovernistas. Nessas reuniõesos servidores confrontarãosuas reivindicações com aspropostas do governo

Na primeira discussãocom o governo, os servidoresapresentaram cinco pontos:integralidade e paridade; teto;desconto dos inativos; fundosde pensão; e regras de transi-ção. E criticaram a posição dogoverno, que até então nãohavia se disposto a negociar.A audiência teve a presençado relator José Pimentel, dolíder do PT, Nelson Pellegri-no, do líder do PCdoB, InácioArruda, dos deputados Wal-ter Pinheiro (PT-BA), Ivan Va-lente (PT-SP), João Fontes(PT-SE), Antonio Fleury(PTB-SP), deputadas AlicePortugal e Jandira Feghalli(ambas do PCdoB) e DeniseMota, da CUT-Nacional.

Veja o que estásendo negociado

CARTAS NA MESA: Nova rodada com parlamentares acontece hoje

Bancada do PT cria comissão para negociar A bancada do partido na Câmara, após reunião com petistas ligados a centrais

sindicais, dia 30, decidiu criar uma comissão para tentar abrir diálogo com o governo paraas alterações defendidas pelo movimento dos servidores. Para um dos participantes doencontro, a decisão da bancada reflete o sentimento de que o governo não pode apenasnegociar com o Poder Judiciário e não discutir com os demais servidores as suas reivindi-cações. “Se atendeu lá em cima, tem que atender quem está embaixo”, afirmou o deputadoWalter Pinheiro (PT-BA), ao ser referir à possibilidade de um acordo do governo com osmagistrados sobre a reforma da Previdência. O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino(PT-BA), foi enfático: “Não há possibilidade de acordo com o Judiciário que não envolva aabertura de negociação com o conjunto dos servidores.”

Integralidade e paridade Teto Desconto dos inativos Fundos de pensão Regras de transição

PROTESTO. Servidores em greve no Rio de Janeiro ocuparam gabinete do INSS no Centro

Foto: Niko Júnior

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ilhares de servidoresde todos os cantos dopaís vão ocupar a Es-

planada dos Ministérios emBrasília para pressionar o go-verno contra o projeto de re-forma da Previdência. O Co-mando Nacional Unificadode Greve aposta que a Mar-cha a Brasília nesta quarta-feira vá duplicar o número demanifestantes em relação àprimeira marcha, em 11 dejunho passado, quando cer-ca de 30 mil pessoas foramprotestar na Capital Federal.Do Rio de Janeiro vão partirpelo menos 40 ônibus (nú-mero divulgado até o fecha-mento desta edição, na noitede sexta-feira) lotados de ser-vidores. Na marcha de junho,o Rio mandou apenas 15 ôni-bus. O SINTUFRJ vai enviartrês ônibus com mais de 100funcionários – os ônibus têmsaída prevista para as 11h deamanhã (terça-feira). A Mar-cha a Brasília faz parte da es-tratégia dos servidores – emgreve desde 8 de julho – dedar visibilidade ao movi-mento e de pressionar os par-lamentares que vão votar asmudanças no sistema previ-denciário brasileiro. A mar-cha também vai coincidir coma chegada ao plenário da Câ-mara do projeto, depois deter sido discutido na Comis-são Especial. O vice-líder dogoverno, Professor Luizinho(SP), disse que o relatório deveser votado mesmo na quarta-feira, conforme tinha pleneja-do o governo. Na última quin-ta-feira (31), chegou-se a co-gitar, na Câmara, que a vota-ção do relatório de José Pi-mentel (PT-CE) aconteceria sóno dia 12 de agosto, em fun-ção da votação da nova Lei deFalências. O governo desistiu,e o presidente Luiz Inácio Lulada Silva cancelou viagem pro-gramada para África paraacompanhar do Palácio doPlanalto a primeira votaçãoem plenário.

VOTAÇÃO: Governo confirma votação da PEC para o mesmo dia da marcha

Pressão em BrasíliaNa Câmara

6/86/86/86/86/8 – Votação em 1º tur-no no plenário. Para apro-vação é preciso o voto depelo menos 308 dos 513deputados. Se aprovada,volta à Comissão Especialpara redação e, após 5 ses-sões, depois ao plenáriopara o 2º turno.

Fim de agostoFim de agostoFim de agostoFim de agostoFim de agosto – Vota-ção em 2º turno, exigindoos mesmos 60% de votosdos deputados.

No SenadoInício de setembro –Início de setembro –Início de setembro –Início de setembro –Início de setembro –

Chega ao Senado e vaipara a Comissão de Cons-tituição e Justiça, que tematé 30 dias para emitirparecer. Caso haja emen-das, o prazo pode serprorrogado por mais 30dias. O governo vai tra-balhar nesse sentido.

Meados de outubroMeados de outubroMeados de outubroMeados de outubroMeados de outubro –Texto vai ao plenário paravotação em 1º turno, tam-bém requerendo 60% dosvotos, ou seja, 54 dos 81senadores. O 2º turno érealizado a partir do quin-to dia útil após o 1º turno.

FiFiFiFiFimmmmm de outubro de outubro de outubro de outubro de outubro – Vo-tação em 2º turno. Se nãohouver alteração, seguepara promulgação. Se hou-ver mudança, volta para aCâmara dos Deputados.

UNIVERSIDADES EM GREVE

NORTE: UFAC, FCAP, UFAM, UFPANORDESTE: UFAL, UFPI, UFRPE, UFPE, UFBA, UFC,UFRN, UFPB, UFMA, UFSCENTRO-OESTE: UFMT, UFG, UnB, UFMSSUDESTE: UFOP, UNIRIO, UFV, UFMG / CEFET-BH,UFLA, UFF, UFU, UFES, UFSCAR, UFRRJ, UFJF,FMTM, UFRJ, UNIFEISUL: UFSC, UFPR / CEFET-PR, UFRGS, FURG,UFPEL, UFSM

Das 42 instituições federais da base da Fasubra, 40estão em greve, com um percentual de 90% de adesão.

ATO. Funcionários da universidade participam de ato no início da semana na 13 de Maio

ASSEMBLÉIA. Funcionários votam no auditório do CT

Cronograma deCronograma deCronograma deCronograma deCronograma devotaçãovotaçãovotaçãovotaçãovotação

Fotos: Niko Júnior

M

Na UFRJ, apesar da fortemobilização nacional, ten-tativas de prejudicar a gre-ve dos docentes tem parti-do de ações isoladas de se-tores da categoria. Circulouna Internet, semana passa-da, um abaixo-assinadoque prega o fim da greve. Adiretora da Associação dosDocentes, Cleusa Santos,afirma que os professores

P P P P Prrrrrofessorofessorofessorofessorofessores: ações isoladases: ações isoladases: ações isoladases: ações isoladases: ações isoladas

signatários do abaixo-assi-nado não respeitam os fó-runs da categoria e tampou-co levam suas críticas às as-sembléias. Por isso, descon-sidera o debate.

Posição“Nós tomamos conheci-

mento desta iniciativa, masnão estamos promovendonenhuma medida pois essa

questão não se colocou for-malmente no fórum de de-cisão - a assembléia - e nãofoi encaminhada para a Adu-frj, que é a entidade repre-sentativa dos professores”.Cleusa Santos pondera queposições como estas são im-portantes para deixar evi-dentes certas tendênciasque renegam a posição domovimento na UFRJ.

Cleusa diz que críticas devem ser levadas às assembléias

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MOVIMENTO

s servidores do Riode Janeiro escolhe-ram uma forma ori-

ginal e bem carioca de pro-testo contra o projeto da re-forma da Previdência em tra-mitação no Congresso Nacio-nal: na manhã nublada de in-verno da última sexta-feirasubiram ao Cristo Redentor.Embalados por várias pala-vras de ordem, como “Da lutaeu não corro, eu subo o mor-ro”, os trabalhadores apro-veitaram o cenário de cartão-postal e depois de uma cami-nhada de mais de dois quilô-metros, iniciada nas Painei-ras, chegaram ao pé do mo-numento mais famoso dopaís. Participaram da mobili-zação as 45 entidades que in-tegram o Fórum Fluminenseem Defesa da PrevidênciaPública, incluindo categoriasestaduais e municipais.

A maioria dos sindicatosprovidenciou condução paralevar os manifestantes. O pon-to de encontro foi as Paineiras,e ali, sob a generosa sombradas árvores, foi realizado umpequeno ato. Os técnicos-ad-ministrativos da UFRJ, sob aliderança do SINTUFRJ, esta-vam lá. O único fato inespera-do foi a ausência da faixa de 15

No Cristo, contra oprojeto do governo

Os representantes do go-verno na Comissão Temáticasobre Direitos Sindicais con-firmaram, na reunião do dia30 de julho com os dirigentesda Coordenação Nacional deEntidades de Servidores Fe-derais (Cnesf), a decisão decortar o ponto dos servido-res em greve. O corte de pon-to está oficializado no ofício-circular nº 22/SRH/MP.

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO

• 6/8 – Marcha Nacional contra a PEC 40

• 7/8 – Encontro das Três Esferas (Indicativo)

• 13/8 – Marcha Unificada às capitais dos Estados

Governo confirma corte de pontoOs servidores repudia-

ram a decisão do governo edecidiram por unanimidade,ainda na reunião, se retirarda comissão de Direitos Sin-dicais até que o governo vol-te atrás e se disponha a ne-gociar os dias parados. Asreuniões da Comissão Te-mática sobre Direitos Sindi-cais estão suspensas provi-soriamente.

Os representantes da Cnesfvão encaminhar essa discus-são à Mesa Nacional de Ne-gociação e irão pedir que oassunto seja incluído comopauta a ser tratada diretamen-te com o governo.

UFRJUFRJUFRJUFRJUFRJ – A direção do Sindi-cato esteve na semana passa-da com o chefe de gabinete,questionando a posição daReitoria sobre o assunto. Foi

colocado pelo chefe de gabi-nete que a Andifes irá tomaruma posição conjunta, e que

x 30 m, com a inscrição “Grevee Não à Reforma”, que seriacolocada sob o pedestal doCristo, voltada para a LagoaRodrigo de Freitas. Mas faltou

O

recursos para os servidores doIBAMA – que pretendiam rea-lizar a façanha – providenciarsua confecção. A faixa foi orça-da em R$ 5 mil. CAMINHADA. Manifestantes caminharam nas Paineiras

COM FÉ. Trabalhadores da UFRJ na manifestação de sexta

Fotos: Niko Júnior

a postura da UFRJ nesta ques-tão é de não encaminhar ne-nhuma retaliação à greve.

De acordo com informação do chefe de gabinete , a Reitoria terá postura de não retaliação

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UNIVERSIDADE

PROVIDÊNCIA: Gabinete do reitor diz que vai realizar investigação interna no hospital

HU: auditoria à vistachefe de gabineteda Reitoria, JoãoEduardo Fonseca,

informou que nestaterça-feira haveráuma reunião coma Coordenação deAuditoria da Rei-

toria. Na pauta, arealização de au-

ditoria no Hos-pital Clementi-no Fraga Filho

e em outrasunidades. A

auditoria noHU foi propos-

ta pelo Conselhode Administra-

ção da pró-

pria unidade e recebeu o referendoda Congregação da Faculdade de Me-dicina. O SINTUFRJ e a comunidadedo HU sempre defendeu a medidacomo forma de apuração da existên-cia de possíveis erros gerenciais e ad-ministrativos que mergulharam aunidade numa crise sem preceden-tes na sua história, em prejuízo doatendimento à população e ao ensi-no e pesquisa da Universidade.

A informação da Reitoria anteciparesposta ao memorando do coorde-nador da Auditoria Interna da UFRJ,Adauto Antunes Jorge, enviado ao rei-tor no dia 14 de julho solicitando umareunião para reordenação do calen-dário das auditorias previstas nas oitounidades hospitalares da Universi-dade. Segundo João Eduardo, a audi-toria no HU continua sendo uma prio-ridade.

ProblemasO indicativo de que a crise no

HU tem a ver com má adminis-tração foi reforçado com o de-

sencontro de contas da mo-vimentação financeira de2002. As contas acabaramsendo aprovadas, numa ma-nobra que não convenceu acomunidade. O ConselhoAdministrativo do hospitalreuniu-se para isso na sexta-feira de carnaval deste ano.O SINTUFRJ, que participa-va como ouvinte no Con-

A política de assistência ao es-tudante na UFRJ se encontra em xe-que. Resolução do CEG de 4 de ju-nho de 2003 modifica as normasdo Programa de Apoio à FormaçãoAcadêmica de Graduação (Profag)– que passará a se chamar BolsaApoio –, reduzindo o valor da bol-sa de R$ 260,00 para R$ 241,51, equi-valente a uma bolsa de iniciaçãocientífica. A resolução força os pro-jetos a terem cunho acadêmico emantém a obrigatoriedade de o alu-no apresentar freqüência para re-

Bolsa Apoio em xequeceber a bolsa, além de proibir o acú-mulo de bolsas. As modificaçõesdeixaram descontentes os estudan-tes do Alojamento.

Desde sua implantação, o Pro-fag foi alvo de diversas críticas. An-tes da implantação do Programa,os alunos do alojamento tinham di-reito a uma bolsa de auxílio-mora-dia no valor de R$ 260. Na gestãoVilhena, essa bolsa foi suprimida esubstituída, meses depois, peloProfag. Os alunos passariam a terque estagiar 20 horas semanais, em

diversos setores da universidade,para receber o benefício. Docentese alunos do Alojamento afirmamque diversos projetos do Profagnão têm cunho acadêmico e so-mente substituem o trabalho de téc-nicos-administrativos.

Desde a resolução que modificao PROFAG, alunos do alojamentoprotestam contra mudanças. A ses-são do CEG do dia 16 de julho ins-tituiu uma comissão composta porquatro representantes do aloja-mento, da Escola de Serviço Social,

O selho, não foi convocado. Em parale-lo à polêmica das contas, uma enfer-maria inteira e até um CTI foram fe-chados pelo diretor do hospital,Amâncio Paulino, que também redu-ziu as atividades ambulatoriais e ten-tou entregar à iniciativa privada o La-boratório de Virologia. Paulino igno-rou as queixas dos estudantes daUFRJ, afetados no seu aprendizado, enão levou em conta as necessidadesda população menos favorecida, aten-dida pelo hospital.

IntimidaçãoMas a postura autoritária do dire-

tor não parou por aí. Recentemente adireção do hospital levou a uma Co-missão de Sindicância dois funcio-nários, o enfermeiro Álvaro RobertoDias Costa, eleito para a bancada dostécnicos-administrativos no Conse-lho Universitário, e sua companhei-ra, a enfermeira Fátima Collete. Ab-surdos dos absurdos, o "pecado" deÁlvaro foi defender o pagamento desalários de cooperativados que esta-vam com os salários atrasados. Seusacusadores (Romildo Antunes, ex-as-sessor da Coordenação de ServiçosGerais, e Geremias Reis, ex-chefe daSeção de Zeladoria) serviram aos pro-pósitos da direção do hospital, inte-ressada em desgastar a liderança dorepresentante dos funcionários noConselho Universitário. Este é o ce-nário de obscuridade imposto hojeno hospital.

da SR-1, DAE e CEG para criação deuma proposta alternativa. A Comis-são já se reuniu na semana passa-da, mas a representação dos alu-nos do alojamento foi questionadapor membros do CEG que alega-ram que deveria ser dois homens eduas mulheres. No CEG de 29 dejulho decidiu-se apenas uma "re-comendação para que seja dois decada sexo". Nova reunião da co-missão acontecerá ainda esta se-mana e o assunto retornará à pautado CEG.

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UNIVERSIDADE

A II Conferência Inter-nacional Reformandoas Reformas, que reu-

niu economistas (nacionais eestrangeiros), representantedo governo, um senador daRepública e jornalistas espe-cializados na Praia Vermelha,foi mais um passo para o pro-jeto do Centro de Ciências Ju-rídicas e Econômicas (CCJE)e o Instituto de Economia daUFRJ: a construção de um ob-servatório de acompanha-mento e formulação de polí-ticas econômicas alternativaspara os países sul-america-nos. São países que na déca-da de 90 adotaram o receitu-ário do “Consenso de Wa-shington” e pagaram caro poressa opção (veja nota no péda página).

O reitor Aloísio Teixeiradisse na abertura da confe-rência que o evento coloca aUFRJ no centro do debate daspolíticas econômicas. O de-cano do CCJE, Alcino Ferrei-ra Câmara Neto, coordena-dor do projeto em nível na-cional, explicou que a inicia-tiva prevê a construção de umvínculo internacional perma-nente com o pensamento queaponte para propostas demodelos alternativos.

IDÉIAS: UFRJ cria fórum de acompanhamento de políticas econômicas nos países sul-americanos

Busca de alternativasAlcino informou que a

idéia é constituir um grupofixo para realização de ativi-dades na forma de seminá-rios, workshops, debates viaInternet e outros meios quepermitam a troca de informa-ções e análise. O objetivo é aapresentação de soluçõesque reduzam a vulnerabili-dade dos países da regiãodiante do sistema financeirointernacional.

O debateA conferência foi dividida

em dois blocos. Pela manhãfoi discutido o tema “Que po-lítica monetária deveriamadotar os países em desen-volvimento?”. O debate foimediado pelo jornalista LuizNassif, da Folha de S. Paulo, eteve como convidado princi-pal o chefe da Assessoria Eco-nômica do Ministério do Pla-nejamento, José Carlos Mi-randa. À tarde, o tema foi:“Existe alternativa ao Consen-so de Washington?”, com me-diação da jornalista MarcelaSanchez, do Washington Post.

O senador petista Eduar-do Suplicy estava presente. OBNDES mandou o diretor daÁrea de Comércio Exterior dobanco, Luis Eduardo Mellin.

Plano do governoO representante do Minis-

tério do Planejamento infor-mou que no dia 29 de agostoo presidente Lula anunciaráo plano de desenvolvimentodo seu governo para o paísaté 2007, o PPA (Plano Plu-rianual de Investimentos).“Com este plano o governoinaugura um novo modelode investimentos que não é ode Estado interventor. Mas de

O superávit primário do setor pú-blico — dinheiro que o governo eco-nomiza para pagar os juros da dívi-da — chegou a R$ 40 bilhões no pri-meiro semestre do ano, o equiva-lente a 5,41% do PIB (Produto Inter-no Bruto).

Esse superávit é o maior da histó-ria e supera em R$ 5,5 bilhões a metafirmada com o FMI (Fundo Monetá-rio Internacional) para o primeiro se-mestre do ano, que é de um superávitprimário de R$ 34,5 bilhões (4,25% do

• Consenso de Washington foi como ficou conhecida a doutrina que prevaleceu na década de 90 e que tem como conceito básico a redução da capacidade de intervenção do Estadona economia, transferindo esse poder para o setor privado. Essa política, definida no plano político como neoliberal, resultou na devastação econômica e social dos países do continente.

Superávit é o maior da história

desenvolvimento com inclu-são social”, disse. SegundoJosé Carlos Miranda, a opçãodo governo Lula de não mu-dar a política econômica foinecessária para o governo re-cuperar a credibilidade per-dida no último ano do gover-no FHC: “O governo mante-ve a política fiscal, o controleda inflação e contingenciouverba de R$ 14 bilhões do or-çamento.”

Investimentos públicosCom base em um diag-

nóstico de que todos os seto-res produtivos do país foramdilapidados nos últimosanos, o diretor da Área de Co-mércio Exterior do BNDES in-formou que o banco se pro-põe a ser o financiador da re-construção da infra-estrutu-ra destruída, mas em parce-ria com o capital privado ouatravés de contratos de con-cessão. “Esse seria o gatilhopara o novo ciclo de cresci-mento econômico brasileiro,e esse investimento públicorepresentaria de 5 a 6% doPIB para os próximos quatroanos,” afirmou. Segundo LuisEduardo Mellin, do ponto devista da economia real a pro-posta do BNDES não temnada de fantasiosa, sendouma alternativa ao desem-prego. Para ele, o país só cres-ce se houver investimentopúblico.

Professores de universi-dades americanas e analistasde cenários mundiais parti-ciparam da conferência.

EXCELÊNCIA. O debate no auditório Pedro Calmon, atraiu muita gente à Praia Vermelha

PIB). Em fevereiro, o governo fez umcorte de R$ 14,1 bilhões no Orçamen-to do Poder.

O que é“Superávit primário” é um termo

usado pelos economistas para definiro dinheiro que um governo economi-za para pagar os juros de sua dívida.Esse dado é um dos principais termô-metros observados pelo investidoresestrangeiros para medir a capacidadede um país pagar sua dívida em dia.

Quanto maior o superávit, maior ocorte nos gastos públicos. Ou seja, ogoverno “aperta o cinto” para que so-bre mais dinheiro para quitar os débi-tos com o mercado. O dinheiro obti-do pelo governo vem do contribuinte,que paga impostos, contribuições eoutros tributos.

Na prática, obter um superávit ele-vado significa ter menos dinheiro parainvestir. O caixa do governo fica commenos recursos para programas, in-clusive sociais.

Foto: Niko Júnior

Page 8: AGOSTO 2003 ANO XVIII Nº 578 seg 4 ter 5 qua 6 qui 7 sex 8 ... · O Urso Branco vai voltar às estradas. Com a dedicação dos funcionários da Divisão de Transportes, o ônibus

Úl t ima p á g i n a

O reitor da UFRJ vai im-plantar já em 2004 um projetopiloto para garantir o acessode estudantes da rede públicaà universidade. Na sua opi-nião, só a eliminação do ves-tibular pode garantir a demo-cratização integral do acessoàs universidades públicas.Nesta entrevista ao Jornal doSINTUFRJ, Aloísio tambémfalou sobre o sistema de cotaspara negros, planejamento desua gestão e autonomia. Parao reitor, o atual momento dopaís exige ousadia. “O Brasilvive hoje um momento emque a gente tem que ter ousa-dia na proposta. Se não fizer-mos isso agora, estaremosperdendo a oportunidade”,sentencia.

Projeto pilotoO reitor planeja fazer um

projeto piloto a partir de umgrupo de escolas da rede pú-blica para implantar um siste-ma de avaliação e acompa-nhamento, com o objetivo deabsorver de forma qualitativao estudante de renda maisbaixa e da rede pública de en-sino.

Uma comissão formularáestratégias e diretrizes paraconstituir a proposta. Será fei-to um levantamento sobre asituação socioeconômica doestudante, as causas da eva-são e sugeridas políticas deapoio. O objetivo é manter oestudante na universidade atéo fim de seus estudos. A van-tagem da proposta, segundoo reitor, é a de que ela vai criarvetores de melhoria no ensi-no público.

Aloísio calcula que no pra-zo de 60 dias a proposta jáserá discutida nas unidades enos conselhos de graduação,sendo encaminhada ao Con-selho Universitário. Paralela-mente, o reitor estará conver-sando com as outras univer-sidades do Rio (as públicasprincipalmente), a prefeiturae o governo do Estado.

Se a proposta for aprova-da ele espera iniciar em 2004o acompanhamento e a avali-ação. “Talvez em 2005 a gente

“Temos que ter ousadia”Foto: Niko Júnior

REITOR: Aloísio Teixeira quer consolidar projeto piloto até o fim de sua gestão no comando da UFRJ

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“Enquanto o professor ganhar a miséria que“Enquanto o professor ganhar a miséria que“Enquanto o professor ganhar a miséria que“Enquanto o professor ganhar a miséria que“Enquanto o professor ganhar a miséria queele ganha, é impossível imaginar que você váele ganha, é impossível imaginar que você váele ganha, é impossível imaginar que você váele ganha, é impossível imaginar que você váele ganha, é impossível imaginar que você vámelhorar qualitativamente a qualidade domelhorar qualitativamente a qualidade domelhorar qualitativamente a qualidade domelhorar qualitativamente a qualidade domelhorar qualitativamente a qualidade doensino público como um todoensino público como um todoensino público como um todoensino público como um todoensino público como um todo”””””

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tenha um primeiro conjuntode estudantes selecionadospor essa forma”, vislumbra.Futuramente, o objetivo é ex-pandir o período de avalia-ção, incluindo o ensino fun-damental, e em uma últimaetapa incorporar escolas darede privada.

Fim do vestibularPara Aloísio, a democrati-

zação é a eliminação do ves-tibular e a constituição de umsistema de ingresso na Uni-versidade que garanta iguaiscondições a estudantes po-bres e ricos, aos da rede pú-

blica e aos da rede particular,aos que sejam afrodescenten-des etc. Segundo o reitor, ameta é buscar a melhoria doensino público e uma lógicade ingresso na universidadeque leve em conta o desem-penho escolar ao longo detodo o período pré-universi-tário e criar uma rede de as-sistência ao estudante.

“Você só terá uma soluçãodefinitiva da questão do en-sino fundamental e médio pú-blicos quando essa for umaatividade social importantepara a sociedade e para o Es-

tado brasileiro. Enquanto oprofessor ganhar a misériaque ele ganha, é impossívelimaginar que você vá melho-rar qualitativamente a quali-dade do ensino público comoum todo”, diz o reitor daUFRJ.

Cotas raciaisAloísio disse pessoalmen-

te não ser favorável ao siste-ma de cotas raciais. E fez al-gumas ressalvas. Segundoele, de forma isolada, é insu-ficiente para enfrentar o pro-blema da democratização doacesso porque o sistema de

ingresso permanece intoca-do. Outro aspecto é que, porsi só, as cotas raciais nãoeliminam o estigma contrao estudante pobre, o estu-dante negro. E mais: enten-de que o sistema de cotasintroduz um vetor culturalcomplicado porque o estu-dante negro vai disputar avaga com outro estudantenegro.

O ex-reitor em exercício,Sérgio Fracalanzza, criouuma comissão para organi-zar um seminário sobre po-lítica de ações afirmativasnas universidades públicas.Aloísio Teixeira confirma arealização deste seminário:“A idéia permanece de pé. Auniversidade tem esse papele deve discutir esta questãocom a maior abertura.”

Recursos eplanejamento

O reitor vai encaminharao Consuni proposta de mi-nirreforma do estatuto paraconstituir uma área de pla-nejamento dentro da Uni-versidade. “Hoje não existe,e nós consideramos que issoé vital para o êxito desta ges-tão”, afirma. Os recursos sãoescassos, reconhece o reitor.“Mas isso não pode nos pa-ralisar, e o que precisamos éplanejarmos dentro de umorçamento real.” Aloísio afir-ma que, paralelamente a umplanejamento, a universida-de tem que continuar a sualuta para ampliar a partici-pação dos recursos públicosno custeio – que vem sendosistematicamente reduzida -e para que haja recursos parao investimento.

Para administrar a ver-ba, o reitor considera a au-tonomia vital. Para ele, épreciso que a universidadetenha liberdade de gestãopara fazer remanejamentode seus recursos e poderdefinir o seu orçamento.Além de poder também ge-rar e administrar recursospróprios, através da utiliza-ção do patrimônio imobi-liário como fonte de recur-sos, por exemplo.