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Agenda Cultural
J U L H O / A G O S T O / S E T E M B R O 2 0 1 6
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Editorial
Quando ambicionamos a criação da Agenda Cultu-ral da Cidade de Bissau, tínhamos consciência do enorme desafio a que nos colocávamos, pelo facto das atividades culturais no nosso país não gozarem de uma tradição de programação atempada, mas também devido aos constragimentos de mobilização de recursos financeiros para a sua concretização.Todavia, abordamos essas complexidades como oportunidades para encarar a promoção da cultura enquanto uma dimensão construtiva da nossa ex-periência editorial. Deste modo, assumimos que a Agenda Cultural constituiria um espaço de apresen-tação da cultura como mecanismo de formação, do conhecimento e do enriquecimento dos nossos valo-res, contextos representações e enfim, da nossa tra-jetória histórica e das nossas memórias do futuro.Assim, nesta terceira edição da Agenda Cultural, para além da divulgação dos eventos dos centros culturais da capital, propusemo-nos trazer o tema da Sobera-nia Cultural como elemento central, aproveitando dois efemérides importantes: - o memorial do Massa-cre de Pindjiguiti, a 3 de Agosto e a celebração da festa da Independência Nacional, a 24 de Setembro.O nosso propósito enquanto editora, é um objeti-vo conjugado entre todos os que estão envolvidos nesta iniciativa: despolitização, despartidarização e a apropriação coletiva dos processos histórico-i-dentitários que contribuíram e contribuem para a consolidação da ideia da nação guineense, edificada na cultura e na cidadania ativa e plena.
É por isso que nesta edição procuramos articular três ideias fundamentais: a) O resgate e atualização da história e memória;b) A (re)criação das estórias que estiveram associa-
das na criação dos bairros populares de Bissau e favorecer o acesso aos mitos que foram cons-truídos e popularizados acerca desses bairros, como por exemplo são casos de Bandim; ou en-tão da demonstração dos traços de sofrimento perpetuado pelo colonialismo, como foi o caso da construção de Coburnel;
c) Fazer dialogar as gerações com os espaços e os tempos vividos e não vividos, através da produ-ção de um roteiro de cultura e lazer à volta das principais praças de Bissau: Titina Silá, Heróis Nacionais, Mártires de Pindjiguiti e Che Gue-varra, por constituírem uma herança histórico--arquitectónica do tempo colonial, e porque o co-nhecimento da história é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Um povo sem história é um povo sem memória.
Sendo assim, o desafio foi traçar um guia que nos faz viajar do passado ao presente através da his-tória da edificação de cada uma das praças, do seu simbolismo, da sua reabilitaçao e das suas novas funções sociais e culturais.Com este ânimo, a Corubal acredita que podemos contribuir para promoção cultural de outra forma, através do resgate da nossa memória individual e coletiva, autoestima e reconhecimento do nosso pa-trimonio historico-cultural que permitam elaborar novas formas expressivas e dar novos significados mais adequados ao momento que a cidade de Bissau e o país vive.
Miguel de Barros e Tony Tcheka
coordenação Miguel de Barrosconselho técnico Corubal | Direção Geral da Cultura | CMB | CCP | CCBGB | CCFBG | CCJCSsupervisão geral Amélia Costa Injairedacção António Spencer Embaló, Amélia Costa Injai, Frederico Cabral, Edison Ferreira, Fábio Sousa, Hosper Garba, Minhone Nancanha Seidiparticipação especial Afonso Té, David Afonso, Fernando Perdigão, Juca Delgado, Leopoldo Amado e Tony Tchekaconcepção gráfica Diogo Lencastrelogística Carlos José Mendonçaimpressão INACEP - EPtiragem 1000 exemplaresedição Corubaldistribuição Gratuitafinanciamento Câmara Municipal de Bissau | CAMÕES - Instituto da Cooperação e da Línguacontactos [email protected]
JULHO DE 2016
Agenda Culturalfinanciadores
patrocinadores
parceria
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Calendário
30/JUN A 09/JUL
“FOTOGRAFAR É DAR VIDA!”
07 E 08/JUL
CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MEDICINA TRADICIONAL E MODERNA
09/JUL, MANHÃ
ARTES PLÁSTICAS
12/JUL, 18H00
FILME: “5 CRIANÇAS, 5 DIREITOS”
14/JUL, 16H30
TERTÚLIA: “O QUE É A ARTE?”
21/JUL, 17H00
TRÊS LANÇAMENTOS: REVISTA SORONDA/30 ANOS DO INEP; WEBSITE DO INEP; LIVRARIA DO INEP
26 E 27/JUL, 14H00
WORKSHOP: “COMO FAZER INVESTIGAÇÃO EM JORNALISMO?”
03/AGO, 11H00
POESIA: ÁRVORE DA PAZ
16/AGO A 16/SET
ARTE: HIPER-REALISMO, KEVIN LIMA
19 A 24/SET
JORNADA COMEMORATIVA DO 24 DE SETEMBRO
20/SET, 20H00
TEATRO: O INOMINÁVEL, DE SAMUEL BECKETT
22/SET A 01/OUT
FEIRA CULTURAL
23/SET, 16H30
TERTÚLIA: A METAFÍSICA DAS IMAGENS
23/09, 21H00
DEBATE: SOBERANIA CULTURAL
24/SET, 16H00
1º EDIÇÃO DE FESTIVAL DE GUINENDADI “GUINÉ-BISSAU KU ROSTO NOBU”
28/SET
LANÇAMENTO DO LIVRO: “BATISMO PÁTRIO”
29/SET, 19H00
LIVRO: ATRAVÉS DA CHUVA, DE MIGUEL GULLANDER
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Objetivo Geral:Contribuir para a construção de um espaço de reflexão, concertação e coordenação entre os atores de ambas as medicinas para garantir a implementação de políticas públicas coerentes no sector de saúde.
Objetivos específicos:1. Identificar pontos de convergência e
divergência para melhorar as futuras colaborações entre ambas as medicinas;
2. Favorecer a recolha de contribuições sobre aspectos ligados à regulamentação da prática da Medicina Tradicional;
3. Recolher subsídios para a elaboração e aplicação de um código de ética e conduta para os praticantes da medicina tradicional;
4. Exortar a observação do código de ética e conduta comunitários adotados pelos praticantes da medicina moderna;
5. Demonstrar a necessidade de nova legislação e/ou melhoria das leis existentes no país;
6. Promover o debate sobre a importância dos aspectos ligados a conservação de plantas e animais medicinais, bem como aplicação de convenções nacionais e internacionais sobre a biodiversidade e espécies em perigo.
07 E 08/JUL
CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MEDICINA TRADICIONAL E MODERNA PARA UM SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL AO BEM ESTAR DA POPULAÇÃOLOCAL: ANFITEATRO DO INASA/ ENTERRAMENTO ORGANIZAÇÃO: INASA- INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE
DIA 07.07.2016
Exposição das plantas medicinais, medicamentos genéricos, posters e publicações sobre a matéria
10h30-10h45: Sistema nacional de saúde e o lugar da medicina tradicional
10h45-11h00: As plantas medicinais da GB e a farmaco-peia nacional e regional
12h00-12h30: Plantas medicinais da GB: principais indicações e evidencias de sucesso terapêutico
12h30-13h00: Desafios para a afirmação da medicina tradicional na GB
14h30-14.45: Aplicação da Medicina Natural no tratamento do Paludismo
14h45-15h.00: As farmácias e controle da qualidade dos medicamentos na GB: proveniências e os sistemas de conservação dos fármacos e aspetos reguladores
16h00-16h30: Experiência dos serviços ortopédicos nacionais na gestão dos casos tratados pela medicina tradicional e vice versa;
16h30-16h50: Experiência dos serviços clínicos nacio-nais na gestão dos casos de VIH tratados na medicina tradicional e vice versa;
16h50-17h10: Experiência de utilização do Moringa na GB
DIA 08.07.2016
09h15-09h30: Experiência da PROMETRA Internacional no domínio da colaboração entre a Medicina Moderna e Tradicional
09h30-10h30: Que integração funcional a estabelecer entre os dois subsistemas para o reforço do SNS ?
12h00-12h15: Que quadro legal existente e necessário para um funcionamento integral do sistema
12h15-12h30: A promoção do uso das plantas medici-nais e seu impacto na preservação da biodiversidade vs impacto da exploração florestal e desmatação na disponibilização e conservação das plantas medicinais ?
16h00-17h00: Encerramento oficial
AGENDA
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30/JUN A 09/JUL
“FOTOGRAFAR É DAR VIDA!”CCP
Durante três semanas, 25 mulheres, mães e líderes comunitárias, felupes, utilizaram a fotografia para exprimirem o que pensam sobre a sua comunidade: O que é ser mãe? O que é necessário para garantir a saúde? Quem é responsável pela educação? Como é que se garante a higiene? Exposição do workshop de fotografia participativa, realizado em Suzana e Varela, no projecto Anhacanau Adjanhau, da ONGD VIDA, Camões I.P. e Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria
com Bag a b a g a Studios e Eyes of the Street.
09/JUL, MANHÃ
ARTES PLÁSTICASCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
Alunos do curso de Artes Plásticas fazem apresentação e exposição dos seus trabalhos ao Público acompanhados pela Rádio Voz de Alemanha sob orientação do professor e artista Felisberto Pereira Cá (BOTODJO).
12/JUL, 18H00
FILME: “5 CRIANÇAS, 5 DIREITOS”CCP
A FEC e o Leitorado de Português do Camões IP realizam em julho um debate sobre os direitos das crianças na GuinéBissau e no mundo. Os filmes "5 crianças, 5 direitos", gravados em cinco tabankas da GuinéBissau, são o pretexto para tomar consciência da realidade quotidiana de negação de direitos, vivida e contada por cidadãos guineenses.
JULHO
ARBORIZAÇÃO CMB/ ONG MONTE
14/JUL, 16H30
TERTÚLIA: “O QUE É A ARTE?”CCP
Com o grupo Teatro Experimental de Bissau e o Leitorado de Português do Camões IP em Bissau, continuação do debate sobre a criação artística. O que precede e determina a arte é a tecnologia e a técnica ou será apenas a invenção? A arte do homo sapiens é relativa no seu contexto tecnológico e ideológico de organização social ou é absoluta e evolutiva? Há arte nacional ou apenas padrões universais de criação?
A CMB vai celebrar o mês de Julho como o mês da Arvore. Vão ser realizadas atividades de replantação nas avenidas: Avenida Osvaldo Vieira, Rua Eduardo Mondalane, Av. Amilcar Cabral. Por outro lado, serão iniciadas as plantações no parque Nbatonha que se encontra em fase de construção.
Final idade/objetivo: Esta atividade vem na sequência do abate das arvores senescentes ou decadentes que já representavam perigo para os citadinos. Pretendese recriar o ambiente natural alterado, proporcionando o equilíbrio ambiental, nomeadamente a purificação do ar, propiciar sombra, diminuir a poluição sonora, diminuir o impacto das chuvas e ainda contribuir para o embelezamento da nossa cidade.
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21/JUL, 17H00
TRÊS LANÇAMENTOS: REVISTA SORONDA/30 ANOS DO INEP; WEBSITE DO INEP; LIVRARIA DO INEPAUDITÓRIO MANUEL NASSUM / LIVRARIA DO INEP
ENTRADA: LIVRE
Lançamento da Revista Soronda / 30 anos do INEP que contará com a participação especial dos vários autores que integram este número especial da Revista Soronda. Lançamento e apresentação do Website oficial do INEP. Abertura da Livraria do INEP, onde se poderão encontrar publi
cações do INEP, bem como outras publicações de autores e editoras nacionais e internacionais. Participação de artistas e músicos durante os lançamentos.
CONTACTO: [email protected] 955884961 https://web.facebook.com/inep.guinebissau
26 E 27/JUL, 14H00
WORKSHOP: “COMO FAZER INVESTIGAÇÃO EM JORNALISMO?”CCP
Com o jornalista Nuno Andrade Ferreira, do jornal Expresso das Ilhas (Cabo Verde) e da Rádio Morabeza, o Centro Cultural Português organiza uma oficina de dois dias sobre investigação em jornalismo e sobre os problemas de ética que lhe estão associados. Destinase a profissionais e estudantes de comunicação social. As inscrições estão abertas até dia 25 de julho, por email: [email protected].
DURANTE MÊS JULHO
FÉRIAS DE VERÃOCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
Férias de Verão dinâmico e ao vivo, marca o centro com programas lúdicos e de entretenimento, com concursos de cultura geral dirigidos para os estudantes e comunidades dos vários bairros da nossa cidade.
DURANTE MÊS DE AGOSTO: SEX E SAB
NOITE AFRICANACENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
As tardes e noites vão ter concurso de beleza e cultura. Na terra onde a beleza abunda a cultura só pode ser rica. Muitas novidades te esperam! Venha e participe! Entrada Lvre!
DE JULHO A SETEMBRO
CAMPEONATO DE DEFESO
Atividade principal: torneio de futebol onze nos bairros e entre os bairros de BissauEsta atividade que se repete anualmente tem
como objetivo fundamental reduzir a delinquência juvenil, ocupar os tempos livres ocasionadas pelas férias grandes.
AGENDA
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16/AGO A 16/SET
ARTE: HIPER-REALISMO, KEVIN LIMACCP
03/AGO, 11H00
POESIA: ÁRVORE DA PAZCCP/ BISSAU VELHO
Interpretação e apresentação mural pública do poema “Árvore da Paz”, de Atcho Express, em parceria com a Casa dos Direitos. Tratase de um ensaio, em forma de poesia, sobre o impacto da modulação da voz humana na prevenção de conflitos.
DURANTE MÊS DE SETEMBRO
COMEMORAÇÕES DA INDEPENDÊNCIA NACIONALCENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
ENTRADA LIVRE
Exposições de obras arte e visionamento de filmes de realizadores guineenses alusivos às comemorações da independência nacional.
CICLO DE CONFERÊNCIAS DO INEP
2º Ciclo de Conferências do INEP 2016, sob patrocínio do PNUD e da UNIOGBIS privilegiará uma abordagem com incidência na dissecação de várias reformas, pelos seus principais eixos, de molde a que possam estas configurar uma perspetiva sectorial mais aprofundada por um lado e, por outro, possam igualmente suscitar uma maior participação e interação com o públicoalvo, a partir de clara opção por temáticas que se irão alternar interactivamente no seu processo de sua execução, como se destacam:1. Reforma do sistema político Bissauguineense (28
de Julho)2. Reforma do sistema económico (14 de julho)3. Reforma sistema Fiscal (11 de agosto)4. Reforma do sistema políticopartidário na Guiné
Bissau, a (perspetiva científica) (01 de setembro)5. Reforma do sistema políticopartidário na Guiné
Bissau (a voz dos partidos) (15 de setembro)
CONTACTO/RESERVAS: [email protected] // 955884961 // https://web.facebook.com/inep.guinebissau
ENTRADA LIVRE
O hiperrealismo é pouco frequente na arte africana, pelo que a singularidade do trabalho de Kevin Lima justifica a exposição. Tratase, no entanto, de um dos movimentos artísticos com mais impacto na evolução da estética global desde os anos 1970: de tal modo interroga e refaz a função da arte figurativa da realidade, sobretudo depois da fotografia, que também poderia chamarse de suprarealismo.
20/SET, 20H00
TEATRO: O INOMINÁVEL, DE SAMUEL BECKETTCCP
Interpretação pelo Teatro Experimental de Bissau do texto de 1953 do escritor irlandês Samuel Beckett. Tratase de um monólogo situado em ponto e tempo indeterminados da consciência, que apresenta essa noção de “estar a ser” na sua natureza essencialmente discursiva – por consequência disso, expõe a representação mental que fazem os seres humanos da realidade, através do pensamento e do ego, confinada na linguagem. A personagem do Inominável tenta contrariar esse limite e aproximarse de outra identidade da consciência, que pudesse exprimirse para além da linguagem. Mas será isso possível?
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19 A 24/SET
JORNADA COMEMORATIVA DO 24 DE SETEMBROBAIRRO DE ANTULA/ BAIRRO ÁFIA/BAIRRO MILITAR
Atividades: culturais; desportiva; palestras/debates
22/SET A 01/OUT
FEIRA CULTURAL GRUPO SCORPION E ASSOCIAÇÃO MORADORES QUARTEIRÃO LUSÓFONO
Comemoração do 24 de Setembro. Palestras alusivas a data; sessões de djumbai em diferentes bairros (Antula, Tchon de Pepel; Tchada); ações de saneamento e sensibilização; Torneio de futebol “velhas Guardas”; Desfile de moda; concurso culinário; exibição de filmes alusivos à independência;
23/09, 21H00
DEBATE: SOBERANIA CULTURALCCP
A extensão da soberania dos Estados, diferente das identidades nacionais, decorre de alguns fatores objetivos de poder geopolítico. A cultura nacional e a capacidade de projeção de cultura são dois desses factores. Com o tema da “soberania cultural”, o CCP promove mais um debate público sobre a identidade guineense: Quais os fatores de soberania cultural do país? E quais as oportunidades de projeção cultural? De que forma contribuem para a afirmação da soberania da GuinéBissau?
Há imagens que podem servir como signos em linguagens nãoverbais simbólicas. O que diferencia uma linguagem simbólica de uma linguagem verbal é, sobretudo, permitir a comunicação universal inteligível de significados que são também, ao mesmo tempo, inteiramente subjetivos porque dependem do sistema de valores e referências ontológicas de cada pessoa. Essa universalidade e profundidade de representação nenhuma linguagem verbal consegue conciliar. Por esta razão, os símbolos representaram, e servem ainda, um último código de regras mínimas para a
comunicação pacífica e para a organização social entre os seres humanos. Mas servem também para usos mais complexos, como a construção de representações míticas do mundo: entre os
mitos mais conhecidos estão os que fundaram e justificaram através do tem
po as identidades nacionais, cujos processos – no que têm de positivo ou funcional como de negativo ou
tendencialmente hostil a outras identidades – são totalmente
suportados por símbolos, em percursos cumulativos. Para assinalar o dia 24 de setembro, o grupo Teatro
Experimental de Bissau e o Leitorado de Português do Camões IP em Bissau analisam e debatem alguns processos de construção dos
símbolos e das nações.
23/SET, 16H30
TERTÚLIA: A METAFÍSICA DAS IMAGENSCCP
AGENDA
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24/SET, 16H00
1º EDIÇÃO DE FESTIVAL DE GUINENDADI “GUINÉ-BISSAU KU ROSTO NOBU”CENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
INSCRIÇÃO GRATUITA ATÉ FINAIS DE AGOSTO
1º Edição de Festival de Guinendadi “Guiné Bissau ku rosto nobu” Com objetivo de promover novos talentos da música nacional, terá lugar a 1ª Edição dofestival de guinendadi. Os vencedores serão premiados com a gravação de um disco no estúdio “Boka ki Papia” do mesmo centro.
28/SET
LANÇAMENTO DO LIVRO: “BATISMO PÁTRIO”CENTRO CULTURAL JOSÉ CARLOS SCHWARZ BÔR, RUA SPORTING
AUTOR: HILÁRIO INSAME JÚNIOR
O Batismo Pátrio é um livro que que se revelou critico com recados latentes doanterior livro O Recado do jovem escritor guineense Hilário Insame Júnior publicada em Outubro de2014 (falta editora).Através da poesia, o autor manifesta o seu verdadeiro amor à Pátria que o viu nascer e a esperança a de ver “Batizada” essa pátriamãe.Esse Batismo, consiste na luta incessante para conquista de uma nova independência nacional (mudança de mentalidades), para que novos rumos possam ser desenhados, novos caminhos possam conduzir a uma paz efetiva e ao desenvolvimento sustentável.
29/SET, 19H00
LIVRO: ATRAVÉS DA CHUVA, DE MIGUEL GULLANDERCCP
ENTRADA LIVRE
CURSOS DO CCP
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESANíveis I, II e III. Duração 9 meses. Custo 10.000 Xof por trimestre. Informação e inscrições no CCP, sala de aula da AJALV, todos os dias a partir das 14h.Curso de Língua Portuguesa para EstrangeirosDiversos níveis. Informação e inscrições com a Professora Sandra Mula. Email: [email protected]
CURSO DE GUITARRANível de iniciação. Com professor Demba Baldé. Informação e inscrições na Secretaria CCP e por telefone (+245955307733), entre as 8h e as 16h, ou por email ([email protected]).
CURSO DE KORANível de iniciação. Com professor Demba Galissa. Informação e inscrições na Secretaria CCP e por telefone (+245955307733), entre as 8h e as 16h, ou por email ([email protected]).
Apresentação do romance “Através da Chuva”, do escritor Miguel Gullander. Relato do tempo do senhor Svart, criptozoólogo que desperta de um estranho coma em Estocolmo com um único objetivo: avistar uma palanca negra gigante no coração de Angola. Enquanto conta a história de Svart num país complexo, talvez imaginado, o escritor percorre um universo que é um sistema total de
i n t e r depend ê n cias, onde o fluxo do verbo consciente sobre a matéria pode determinar cada combinação seguinte mas nunca resolver o sofrimento humano fundamental: do desejo incessante até à imortalidade do ego de fixar uma realidade impermanente. Mas o livro sugere também outro caminho para a vontade.
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Efeméride
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Os acontecimentos de 03 de Agosto de 1959: sentindose os trabalhadores guineenses do cais
de Pindjiguiti injustiçados nos seus mais elementares direitos explorados e sujeitos a condições de trabalho infrahumanas, revoltamse com uma greve que não apenas paralisou toda atividade portuária, por sinal, importantíssima para a economia colonial, como também gerou uma situação bastante tensa nas discussões havidas entre os estivadores e os e os altos funcionários da casa Gouveia. Esta situação que já havia potenciadotensões anteriores contribuiurapidamente para situações de violência indiscriminada, protagonizada esta, inicialmente, pelo reduzido número de autoridades ai presentes, ao que estivadores ripostaram com recurso a todos os estratagemas para se defenderem como podiam: cenas de pugilato com o recurso de remos, barras ferro e outros meios existentes. Chamados os reforços militares, por sinal, desproporcionais, entraram a matar com disparos indiscriminados, resultando num total de 24 mortes e o dobro de feridos (segundo alguns testemunhos presenciais portugueses e ainda relatórios oficiais das autoridades coloniais),enquanto para alguns sobre
viventes de Pindjiguiti e os movimentos de libertação que procederam a ulterior apropriação política da ocorrência, a ordem de grandezas era estimada em cerca de 50 mortes e 25 feridos.Mas para lá da guerra de números de vitimas (mortos e feridos), o massacre de Pindjiguiti emergiu no panorama da luta de libertação nacional como o culminar da longa tradição de resistência guineense a ocupação colonial que, grosso modo, se esboçou desde os finais do século XIX até aos inícios da década de “50” do século XX, portanto, num momento em que o incipiente e mesmo idílico e ainda difuso nacionalismo guineense se apresentava mais amadurecido.Contudo, é hoje inquestionável a importância e o alcance históricos de Pindjiguiti no contexto da luta de libertação, sobretudo à montante da ocorrência, não apenas pelo ensinamento de que a guerra de libertação nacional requeria uma mobilização geral ancorada no campesinato e nos meios rurais, como de resto veio a acontecer, mas também a certeza de que era indispensável que a apropriação política de Pindjiguiti se fizesse acompanhar de uma meticulosa propaganda nacional e internacional, capaz de desacreditar a política
MASSACRE DE PINDJIGUITIENTRE A MEMÓRIA E A EVOCAÇÃO HISTÓRICA
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colonial do Governo português de então. Com efeito, não foi por acaso que depois de Pindjiguiti o PAIGC logrou atingir uma assinalável mobilização geral que, no limite, permitiu o desencadeamento da luta armada em1963. Não é também por acaso que, no decorrer da guerra colonial/ guerra de libertação, invariavelmente, o PAIGC normalmente assinalava a efeméride com ataques simultâneos a várias localidades, (inclusivamente aos centros urbanos), sobretudo a partir de 1968.No fundo, a apropriação política de Pindjiguiti e o objectivo substantivo que Amílcar Cabral perseguia com o mesmo estavam
em perfeito alinhamento com a necessidade de obtenção da legalidade e da atmosfera internacional propícia ao desencadeamento da guerra e, consequentemente, ao isolamento diplomático internacional de Portugal colonial, segundo o postulado que ele próprio definiu como o “supremo recurso”, ou seja, o direito de recurso a todos os meios possíveis, inclusive os violentos, para erradicar o colonialismo. Aliás, se por um lado Pindjiguiti foi decisivo para guindar os movimentos de libertação na/da então Guiné Portuguesa, por outro, não é menos verdade que a ação ulterior protagonizado por aqueles tivesse sido igualmente decisivo, sobretudo as realizadas em torno da sua importância simbólica, para que Pindjiguiti tivesse sido catapultado ao estatuto de um efetivo ato de bravura e de resistência anticolonial, em suma, uma reivindicação de vulto e um importante marco histórico.Finalmente, importa assinalar que Pindjiguiti é o cumulativo de acontecimentos intrinsecamente encadeados que sem sombra de dúvidas, guindou a luta de libertação a patamares mais altos, além de ainda hoje permanecer, com assinalável longevidade, no imaginário coletivo bissauguineese.
“... para lá da guerra de números de vitimas, o massacre de Pindjiguiti emergiu no panorama da luta de libertação nacional como o culminar da longa tradição de resistência guineense...”
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bairros populares
Bissau era reino dos papéis. As forças invasoras tentavam a todo o custo instalarse. Todas as estratagemas eram utilizadas, desde as mais refinadas astúcias negociais até as investiduras militares com toda a supremacia que lhes eram conhecidasNestas andanças, uma enorme fortificação fora projetada desde finais do séc.: XVII. Tratavase da fortaleza de São José d`Amura, cuja conclusão da obra foi várias vezes adiada devido às investidas das populações que se rebelaram contra a presença colonial.Como forma de reforçar a segurança sobre à volta da construção d`Amura, homens militarmente treinados foram trazidos de outras paragens, na sua maioria angolenses, com a missão de aniquilar a resistência.A custa de pesadas e importantes baixas nas forças coloniais, Amura acabaria por ser concluída, e os angolenses ganharam o direito ao regresso e também à livre circulação pelo território da Guiné. Uma parte considerável desse grupo acabaria por ficar, mesmo com os navios veleiros atracados no porto, no meio da estupefacção dos colonos. Como consequência, mais de uma centena de milícias angolenses que ficaram optaram por deserção e foram viver em comunidades nativas que lhes acolheu, em alguns casos por terem já constituído família.Aos angolenses foram cedidos terrenos
para a construção das suas casas e mais terras para cultivarem as suas machambas. Entretanto, sentindose em vias de perder a confiança das milícias angolenses a favor dos seus cunhados nativos da Guiné, a administração colonial passou a fornecerlhes víveres vindo da metrópole. Mutas vezes o zelo era tanto que a população autóctone passou a desconfiar de alguma trama contra ela, fazendo com que fossem vítimas de hostilidades vindas das florestas.Desde então, os colonos foram negociando tréguas e conseguindo tempos de paz precária. Depois da edificação de Bissau Velho, a tabanca de Angola era o assentamento populacional mais setentrional na projeção da cidade de Bissau em direção ao norte da ilha grande. Nesta fase, foram concedidas mais terras de exploração à outros grupos como caboverdianos e sãotomenses ao ponto de levar a uma nova configuração populacional e desaparecimento da célebre da tabanca de Angola.Hoje, como vestígio desse passado, dos nomes das tabancas restam agora apenas nomes de ruas – Rua Angola, Rua CaboVerde, Rua Moçambique, Rua São Tomé... e mesmo de “Bassao Nan Dô” constituído por vários reinos, resta apenas um bairro, dos mais antigos da capital Bairro de Chão de Papel
CHÃO DOS PAPEIS
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Construído nos primeiros anos da década de 1960, através de um despacho da administração colonial que ordenara a edificação de um novo bairro, em Bissau, para os funcionários dos Correios (Iª fase), a população nativa que tinha atingido o esta tuto de “civilizado” e que habitava nos bairros periféricos, em particular o Pilum que tinha sido devastado por um incêndio (IIª fase) e outros funcionários públicos (IIIª fase).Sob a vigilância da milícia colonial e liderados pelo Administrador Guerra Ribeiro, o recrutamento da mãodeobra foi feita numa base obrigatória e o trabalho realizado sob chicote, onde os operários eram prisioneiros de delito comum e os que supostamente não cumpriam leis de circulação na cidade, como o simples facto de andar descalço, ou de circular depois de uma certa hora na cidade de Bissau ou nas imediações. Foram construídas assim 140 casas entre 19651968.
Coburnel marcou profunda e definitivamente a consciência dos jovens de Bissau na altura, e foi assim que nos anos 70, através da história da N`tchanga – mulher que trabalhava nas obras e que não pode amamentar o seu filho até este falecer, sob pena de ser castigada – o pioneiro da música moderna guineense, José Carlos Schwarz, imortalizou a história dramática da construção em regime escravocrata do conhecido hoje Bairro D`Ajuda.
BAIRRO COBURNEL
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Bande era é um Regulado que fazia parte do Reino de Bissau. Habitado pela etnia Papel. A sua edificação no quadro da resistência global oferecida pela população da grande Bissau à presença colonial portuguesa confundese com o seu “modus vivendi” pois constituiuse no escopo da resistência da cultura predominante na altura, da etnia papel, aos diferentes reinos précoloniais e coloniais e as duas grandes religiões monoteístas (as invasões mandigas e fulas e toda a época colonial bem como a implantação do Islão e do Cristianismo).De Insinha Té, Rei de Bissau, (16961746) AHU, ao Jerry Napenac (Ndepnak) Régulo de Bande (1845), , Bande respondeu a todas as solicitações da resistência e produziu atos de resistência contra a presença colonial, que vão das guerras de Bissau aos conflitos de grumetes de que foi aliado inúmeras vezes. Com a transferência da capital, de Bolama para Bissau em 1941, o Regulado transformouse no maior Bairro periférico da nova Capital que, em termos de tamanho, só viria a ser destronado pelo Bairro Militar, depois da independência. A sua cultura de resistência acabou por criar o mito de que “Bande i tchon sagradu” quando se tem problemas com o poder colonial, basta entrar no Bairro de Bande para que esse poder cessasse a sua perseguição. Assim, vêse que essa cultura da resistência passava de geração em geração até o massacre de Pindjiguiti em 1959, 3 de Agosto. Nesta data, alguns dos corpos de marinheiros mas
sacrados pelo poder colonial, foram parar aos tarafes de Bande e os seus habitantes adultos: homens e mulheres, participaram no resgate dos mesmos e muitos dos sobreviventes desse massacre nadaram até Bande onde se refugiaram. Os marinheiros, habitantes de Bande, tanto os que estavam como os que não estavam presentes nesse dia, no porto de Pindjiguiti, dirigiramse ao Bairro e deslocaram os seus familiares para a “Prasa di Bande”, tendo sido alguns acolhidos e albergados por um grande “djambakus” chamado Nfalye.As reuniões clandestinas multiplicaramse em diferentes localidades de Bande, animadas pelos quadros da resistência PAIGC. Nos anos subsequentes, muitos jovens do Bairro, tanto os de “Bande di Riba” como os de “Bande de Bas” aderiram a luta de libertação, com destaque para Rafael Barbosa, um dos principais líderes da clandestinidade e animador das reuniões de resistência, cuja aderência foi feita por vagas: a primeira entre 19591960 com Osvaldo Vieira como figura de proa, a segunda entre 19621965, com José da Silva a destacar e a última vaga começou com a política da Guiné Melhor do Governador Spínola, (19691973), na qual participaram muitos jovens da então Escola Técnica de Bissau..Bandé ou Bandim como é também designado, é sobretudo conhecido na atualidade por albergar o maior estádio de futebol do país “24 de Setembro”, o porto de pesca artesanal e pelo nome que dá a um dos maiores agrupamentos culturais do país, “Netos de Bandim”.
BAIRRO DE BANDE
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roteiro das praças
PRAÇA DOS HERÓIS NACIONAIS
NOME ORIGINAL: Praça do Império
ANO DE CONSTRUÇÃO: 1945
ARQUITETO: João Aguiar/Gallardo Zilão
Ano de Transferencia de nome: Em janeiro de 1975 a Praça do Império passa a denominarse Praça dos Herois Nacionais
RESUMO HISTORICO: A Praça dos Heróis Nacionais está implantada no planalto superior da cidade aproveitando a cota mais elevada e tem como propósito inicial proporcionar ao Palácio do Governo uma localização sombreira.
DATA DE REABILITAÇÃO: 2015
UTILIZAÇÃO ATUAL: Recentemente reabilitada, o Império, como ainda é vulgarmente conhecida foi sempre, no passado e no presente a praça dos jovens e das crianças. A Partir das 17h é o local ideal para os jovens cavaquearem enquanto a criançada correr, brinca, anda de bicicleta, patins, trotinete etc.
Serve ainda como um local de encontro, sobretudo porque se localiza no centro da cidade tendo à sua volta e nas imediações alguns dos principais edifícios de representação dos poderes, políticos, económico e religioso.
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PRAÇA DOS MÁRTIRES DE PINDJIGUITI
NOME ORIGINAL: Praça Nuno Tristão
ANO DE CONSTRUÇÃO: 1978
ARQUITETO: Nikola Arsenic (Arquiteto integrante do grupo de técnico jugoslavos afeto ao Ministério das Obras Publicas)
ANO DE TRANSFRENCIA DE NOME: 1975
RESUMO HISTORICO: A Praça Mártires de Pindjiguiti, vulgarmente conhecida por “Mon di Timba”, era de início no dizer popular, “ Punho N´kronhadu” é um testemunho presencial do último marco de ação reivindicativa e pacifica que deu lugar à decisão política, de pouco tempo depois o PAIGC proclamar o início da Luta Armada de Libertação Nacional. A data de 03 de Agosto assinala o dia em que os marinheiros inconformados com o salario e excesso de horas de trabalho protestaram junto do patronato. Os protestos terminaram com uma repressão policial que custou a vida a mais de 50 marinheiros do cais de Pindjiguiti.
DATA DE REABILITAÇÃO: 03 de Agosto de 2015
UTILIZAÇÃO ATUAL: Atualmente a Praça de Pindjiguiti apresentase como o mais pequeno parque existente na nossa cidade. Utilizado por todas as camadas juvenis, esta praça tem diversas ofertas de atividades ao ar livre, nomeadamente equipamentos de ginástica ao arlivre, um café esplanada, pequena biblioteca, um pequeno parque infantil, e espaço ideal para atividades de jogging, skate, trotinete, bicicleta etc...
Esta praça com iluminação solar é ainda o local privilegiado para concertos ao ar livre, atividades de sensibilização, palestras e demais atividades lúdicas e culturais.
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PRAÇA TITINA SILÁ
NOME ORIGINAL: Largo “Os Lusíadas”
ANO DE CONSTRUÇÃO: 1976
ARQUITETO: Min. Obras Públicas
ANO DE TRASNFERENCIA DE NOME: A 21 de Fevereiro de 1975 o largo passa a denominarse Praça Titina Silá
RESUMO HISTORICO: A primeira designação atribuída pelo “governo colonial” tinha por base e analogia, o facto de ter sido decidido criar nesse espaço o ensino secundário de Bissau, refirase o Liceu e a Escola Industrial e Comercial, vulgarmente conhecida pela “Escola Técnica”. Um antigo reitor do Liceu Honório Barreto, Dr. Brandão ainda chegou de avançar com uma proposta para que alterasse o nome do Largo para “Honório Barreto”, mas o pedido não teve anuência das autoridades de então.
DATA DE REABILITAÇÃO: 30 de Janeiro de 2015
UTILIZAÇÃO ATUAL: A praça Titina Silá é por excelência a praça dos estudantes. Rodeada por Liceus é o palco ideal para os jovens estudantes ocuparem os tempos livres entre as aulas.
A reabilitação feita no final do ano de 2015 onde se erigiu uma estátua da heroína Titina Silá no centro do jardim é uma homenagem à combatente da luta pela independência aquando do 42º aniversário da sua morte.
Porque é um jardim para os estudantes na sua reabilitação houve a preocupação de colocar iluminação solar e internet de acesso livre para que os estudantes pudessem benefeciar dela 24 horas por dia.
PRAÇA CHE-GUEVARA
NOME ORIGINAL: Praça Honório Barreto
ANO DE CONSTRUÇÃO: 1956/1957
ARQUITETO: Vasco Pereira da Conceição
ANO DE TRANSFERENCIA DE NOME: Janeiro de 1975
RESUMO HISTORICO: Na época colonial, as autoridades decidiram homenagear Honório Barreto um guineense que tinha ocupado vários cargos públicos, com destaque para as funções de governador de Cacheu. Atribuíram o seu nome a uma Praça de Bissau e abriram um concurso público para conceção de uma estátua que foi ganho pelo arquiteto português Vasco Pereira da Conceição. O “governador da província na época era o comandante Peixoto Correia.
DATA DE REABILITAÇÃO:
UTILIZAÇÃO ATUAL: Hoje é uma Praça esquecida que muitas pessoas chamam de praça de Baiana, um café que ali existiu já no período pós independência, entretanto encerrado.
A comunidade cubana residente em Bissau celebra as suas data históricas nesse local, com discursos e manifestações culturais, ao que se associam antigos alunos guineenses em Cuba. Chegou de ser noticiado a edificação de uma estátua de Che Guevara, mas tal nunca aconteceu.
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