afo material - professor erick

Upload: priscilanunesreis

Post on 05-Apr-2018

250 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    1/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    1

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS

    Estimados(as) Concurseiros(as),

    Sou Erick Moura, moro em Braslia e tenho 40 anos. Estou noservio pblico federal desde fevereiro de 1988, quando ingressei na Marinhado Brasil, por meio de concurso pblico prestado para o Colgio Naval.Graduei-me em Cincias Navais, pela Escola Naval, no ano de 1994.

    Nesses mais de 24 anos de servio pblico, o estudo sempre foipresente em minha vida. Assim, no poderia deixar de ser diferente o gostopelo desafio dos Concursos Pblicos nos quais colecionei sucessos ao longo deminha trajetria.

    Atualmente, aps alguns concursos prestados, estou naControladoria-Geral da Unio - CGU, onde exero o cargo de Analista deFinanas e Controle, considerado um dos melhores e mais respeitadoscargos do servio pblico federal.

    Aps algum tempo em exerccio na CGU, decidi contribuir para aspessoas que ainda no obtiveram xito em alcanar a aprovao em umconcurso pblico.

    Desta forma, iniciei trabalhos de coordenao em renomadoscursos preparatrios de Braslia e do Rio de Janeiro, onde convivi comcandidatos e professores, muitos destes autores de livros nos quais estudei.

    Neste convvio aprendi muito com todos, principalmente com osalunos, e vi o quanto importante o auxlio de algum que queiraefetivamente contribuir.

    Durante essa experincia gratificante, recebi da famlia, dosamigos, dos alunos, dos professores e dos diretores de cursos um grande

    incentivo para iniciar uma nova trajetria: ministrar aulas.Assim, avalio que chegada a nossa hora de fazermos um trabalho

    de colaborao, em uma via de duas mos, onde estaremos juntos na buscade um objetivo: aprender a fazer prova.

    Isso mesmo! Concurseiro(a) no precisa aprender a matria,precisa aprender a FAZER A PROVA DE DETERMINADA MATRIA!

    bom que o(a) Concurseiro(a) se conscientize de outra regrabsica: NO PODE BRIGAR COM A BANCA! Torne-a sua amiga.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    2/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    2

    Veja suas tendncias de abordagens. No seja teimoso em deixarque sua viso seja a mais brilhante de todas, pois preciso ter humildade aose fazer uma prova de concurso pblico.

    Ento, humildemente me proponho a iniciar um trabalho com vocsem ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA - AFO PARAANALISTA E FINANAS E CONTROLE DA CGU CONHECIMENTOSESPECFICOS COMUM A TODAS AS REAS.

    Aceitam o convite?

    Nosso Curso ser baseado no ltimo edital de AFC da CGU eabranger os conhecimentos relacionados a todas as reas do concurso de

    2008.Considero esse curso como de nvel intermedirio, pois foi uma

    disciplina exigida em comum para todas as reas, mas que atende tambmaos iniciantes no assunto.

    No concurso passado, tivemos 15 questes, sendo que o pesoatribudo para a disciplina foi 2,0.

    Em 2008, o concurso disponibilizou vagas para as seguintes reas:

    Auditoria e Fiscalizao/Sade Auditoria e Fiscalizao/Obras Pblicas

    Auditoria e Fiscalizao/Estatstica e Clculos Atuariais

    Auditoria e Fiscalizao/Controle Interno

    Correio

    Tecnologia da Informao/Infra-Estrutura de TI

    Tecnologia da Informao/Desenvolvimento de Sistemas da

    Informao

    Desenvolvimento Institucional

    Preveno da Corrupo

    Em razo de dispositivos legais, a Banca do Concurso a ESAF.Alm disso, o concurso para a CGU no se submete s restries da legislaoeleitoral.

    Erick, esse curso abrange a parte de Conhecimentos

    Especializados para a rea de Auditoria e Fiscalizao/Controle

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    3/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    3

    Interno?

    De certa forma, esse curso d uma boa base para o entendimentomais profundo do que ser cobrado na parte de ORAMENTO PBLICO queinteressa para a rea de Controle Interno.

    A sequncia do material se adequou melhor didtica paracompreenso do assunto. E para melhorar nosso curso, inclumos algunstemas em funo dos editais mais recentes da ESAF.

    Desta forma, espero colaborar para a aquisio de umconhecimento compatvel para esse concurso.

    Ao todo sero oito captulos cuja sequncia ser a seguinte:

    CAPTULO 1 Conceitos Bsicos de AFO. Conceito, estgios eclassificao econmica da Receita Pblica.

    CAPTULO 2 - Conceito, estgios e classificao econmica da Despesapblica.

    CAPTULO 3 - Fundamentos de AFO na CF, Conceitos de OramentoPblico. Oramento Pblico: elaborao, acompanhamento e fiscalizao.Crditos adicionais, especiais, extraordinrios, ilimitados e suplementares.

    CAPTULO 4 - Oramento segundo a Constituio de 1988: PlanoPlurianual - PPA, Lei de Diretrizes Oramentrias e Financeiras - LDO e LeiOramentria Anual - LOA.

    CAPTULO 5 - Processo oramentrio. Mtodos, tcnicas e instrumentosdo Oramento Pblico. Normas legais aplicveis ao Oramento Pblico.

    CAPTULO 6 - Consideraes sobre a Execuo Oramentria eFinanceira.

    CAPTULO 7 - Receita pblica: fontes; dvida ativa. Despesa pblica:Suprimento de fundos, Restos a Pagar, Despesas de exerccios anteriores. Aconta nica do Tesouro. SIDOR, SIAFI.

    CAPTULO 8 - Princpios oramentrios. Lei de Responsabilidade Fiscal(Lei Complementar n. 101/2000): princpios, objetivos, efeitos noplanejamento e no processo oramentrio; limites para despesas de pessoal;limites para a dvida; mecanismos de transparncia fiscal.

    Todos prontos? Ento vamos nessa!

    Antes, uma pequena introduo.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    4/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    4

    INTRODUO

    Erick, afinal, do que a disciplina ADMINISTRAOFINANCEIRA E ORAMENTRIA AFO trata?

    Vamos definir o que AFO antes de iniciarmos o assunto?

    Ento...

    Em sntese, a disciplina AFO intrinsecamente relacionada aoDireito Financeiro e s atividades financeiras do Estado.

    Erick, do que Direito Financeiro trata?

    Segundo Luiz Emydio F. da Rosa Jnior, ele o "ramo do Direito

    Pblico que estuda o ordenamento jurdico das finanas do Estado e asrelaes jurdicas decorrentes de sua atividade financeira e que seestabeleceram entre o Estado e o particular".

    Outra tica a de que ele representa o estudo dos princpiosjurdicos da atuao estatal relativos obteno de recursos financeiros para ofinanciamento das despesas pblicas.

    A autonomia do Direito Financeiro no Brasil reconhecida naCF/88, tendo em vista o disposto no art. 24, incisos e pargrafos, no art. 30, I

    e II, e nos arts. 145 a 169.Ok, ERICK, mas e a Atividade Financeira do Estado?

    Bem, o Estado necessita de numerrio para atender s suasnecessidades de realizar obras e prestar servios sociedade, certo?

    Da, em uma tica inicial, a atividade financeira do Estado, que sedesdobra em receita, despesa, oramento e crdito pblico, consiste em obter,aplicar, criar e gerir o dinheiro indispensvel s necessidades, cuja satisfao oEstado assumiu.

    Ela no objetiva diretamente satisfao de uma necessidadecoletiva do Estado, mas cumpre uma funo instrumental de grande valia. Seudesenvolvimento regular condio indispensvel para o desempenho dasdemais atividades.

    H mais conceitos e estudos que aprofundam essa definio, masque no nos interessam para a prova.

    Coloquei nessa Aula Demonstrativa um tema recorrente em provas

    de concursos. Ele ser revisto e ampliado posteriormente, mas me permiti

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    5/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    5

    antecip-lo, pois um assunto que nos d uma viso razovel da disciplina.

    A seguir, um pequeno quadro sobre a Atividade Financeira doEstado que facilita e fundamenta boa parte de nossa disciplina.

    Erick, e a tal disciplina de FINANAS PBLICAS?

    Apesar de no constar no edital, muitos alunos me perguntam parapassar um conceito geral sobre a disciplina de FINANAS PBLICAS, que serelaciona, em parte, com AFO.

    Em sntese, a disciplina FINANAS PBLICAS trata dos gastos do

    setor pblico, bem como das formas de financiamento desses gastos.Sob um vis econmico, as finanas pblicas so materializadas na

    chamada poltica fiscal que se constitui, sem dvida, em um dos principaisinstrumentos disponveis pelo governo para intervir na atividade econmica.

    Caracteriza-se principalmente pelo aumento ou corte das despesasdo governo e pelo aumento ou reduo do nvel de impostos.

    H mais conceitos e estudos que aprofundam essa definio, masque no nos interessam para a prova.

    DESPESAPBLICA

    (APLICARRECURSOS)

    ORAMENTOPBLICO

    (GERIR

    RECURSOS)

    CRDITOPBLICO

    (CRIARRECURSOS)

    RECEITAPBLICA

    (OBTERRECURSOS)

    ATIVIDADEFINANCEIRA

    DOESTADO

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    6/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    6

    CAPTULO 1

    1 - Conceitos Bsicos de AFO. Conceito, estgios e classificaoeconmica da Receita Pblica.

    A primeira parte deste captulo, sobre os conceitos bsicos de AFO,j foi apresentada na introduo, ok?

    Em relao aos temas relacionados Receita Pblica, vamos iniciarcom algumas consideraes.

    Como esse assunto amplo vamos abordar esse tpico na linha da

    classificao das Receitas e Despesas Pblicas segundo a finalidade, a naturezae o agente.

    1.1 - RECEITAS PBLICAS - CONCEITOS

    Iremos iniciar a abordagem deste curso pelo conceito e pelasclassificaes de RECEITAS PBLICAS, segundo a doutrina.

    Segundo o Manual de Procedimentos de Receitas Pblicas da STN:

    1.1.1 - CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Receita um termo utilizado mundialmente pela contabilidade paraevidenciar a variao positiva da situao lquida patrimonial resultante doaumento de ativos ou da reduo de passivos de uma entidade.

    Por esse enfoque, as receitas podem ser classificadas em:

    Receitas Pblicas aquelas auferidas pelos entes pblicos;

    Receitas Privadas aquelas auferidas pelas entidades privadas.

    1.1.2 - CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Receita, pelo enfoque oramentrio, so todos os ingressosdisponveis para cobertura das despesas pblicas, em qualquer esferagovernamental.

    1.1.3 - CLASSIFICAES DA RECEITA PBLICA

    De acordo com a doutrina, a Receita Pblica pode ser classificadanos seguintes aspectos: quanto natureza, quanto ao poder de tributar,quanto coercitividade, quanto afetao patrimonial e quanto

    regularidade.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    7/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    7

    1.1.3.1 - Quanto natureza:

    a classificao que estabelece a utilizao ou no para ofinanciamento dos dispndios do setor pblico.

    a) Receitas Extraoramentrias:conforme nico do art. 3 daLei n 4.320/64, a melhor definio seria a de que so entradascompensatrias no ativo e no passivo financeiros. Alm desta definio,podemos considerar que elas so ingressos financeiros de carter meramentetemporrio e que no tenham como foco o financiamento da execuo dedespesas pblicas.

    Ex. de Receitas Extraoramentrias: caues recebidas em

    dinheiro; recebimento de depsitos judiciais; emisses de papel-moeda;ingressos provenientes de antecipao de Receita Oramentria (ARO).

    b) Receitas Oramentrias: simplificando o assunto, seriam asque no so extraoramentrias. No apenas o conceito de que so as queesto no oramento, mas sim a ideia de que todo e qualquer ingresso quetem como objetivo o financiamento dos dispndios oramentrios.

    Observe que no Art. 57 da Lei n 4.320/64 definiu-se queRessalvado o disposto no pargrafo nico do artigo 3 desta lei sero

    classificadas como receita oramentria, sob as rubricas prprias,todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaesde crdito, ainda que no previstas no Oramento.

    Ex. de Receitas Oramentrias: Receitas Tributrias, Receitasde Contribuies, Receitas Patrimoniais (essas 3 na categoria econmicaCorrente), bem como as Receitas de Alienao de Bens e as Receitas deOperaes de Crdito (essas 2 na categoria econmica de Capital).

    IMPORTANTE!

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias (e no asReceitas Pblicas) so classificadas em Categorias Econmicas, ouseja, Receita Oramentria/Intra-oramentria Corrente e ReceitaOramentria/Intra-oramentria de Capital.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    8/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    8

    Ok Erick, mas o que so receitas Intra-oramentrias?

    Esse conceito adveio de uma definio nova adotada pelaPortariaInterministerial STN/SOF n 338, de 26 de abril de 2006.

    As receitas intra-oramentrias so ingressos provenientes dopagamento das despesas realizadas na aplicao direta devido a uma eventualoperao entre rgos, fundos e entidades integrantes dos Oramentos Fiscale da Seguridade Social.

    Assim, ao se consolidarem as contas pblicas, essas despesas ereceitas so identificadas, a fim de se evitarem as duplas contagensdecorrentes de sua incluso no oramento.

    Esse artifcio contbil faz com que as classificaes intra-oramentrias no constituam novas categorias econmicas dereceita.

    Na verdade, tm a mesma funo da receita original, s que sediferem pelo fato de se destinarem ao registro de receitas provenientes dergos que pertencem ao mesmo oramento.

    Exemplificamos para vocs:

    Suponhamos que a Imprensa Nacional publique determinado editalde licitao do Ministrio da Defesa no Dirio Oficial da Unio. Esse servio cobrado, claro.

    Quando ela recebe pelo servio prestado ao Ministrio, estamosdiante de uma receita intra-oramentria para a Imprensa Nacional. De outrolado, a contrapartida uma despesa intra-oramentria por parte do Ministrioda Defesa.

    1.1.3.2 - Quanto ao poder de tributar:

    Referem-se s Receitas Pblicas de acordo com o PODER DETRIBUTAR previsto na CF/88, ou seja, abrangem as Receitas Pblicas conformea competncia tributria de cada ente da Federao. Dividem-se em:

    a) Federal. Ex.: Imposto sobre importao de produtosestrangeiros (II), Imposto sobre produtos industrializados (IPI), Contribuiode interveno no domnio econmico, etc.

    b) Estadual. Ex.: Imposto sobre a propriedade de veculosautomotores (IPVA), Imposto sobre operaes relativas circulao de

    mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    9/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    9

    intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes seiniciem no exterior (ICMS), etc.

    c) Municipal. Ex.: Imposto sobre a propriedade predial eterritorial urbana (IPTU), Contribuio, na forma das respectivas leis, para ocusteio do servio de iluminao pblica, etc.

    1.1.3.3 - Quanto coercitividade ou classificao Alem ouquanto origem:

    a classificao de Receitas Pblicas que decorre do poder decoero do Estado, ou seja, do seu Poder de Imprio. Dividem-se em:

    a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pblica ou

    Receitas de Direito Pblico: so as que derivam do poder impositivo dasoberania do Estado sobre o patrimnio alheio, ou seja, unilateral e obriga oparticular a contribuir e pagar determinado valor.

    Nesta classificao, Estado e particular se encontram empatamares distintos, onde a coercitividade do Estado prevalece.

    Para reforar essa classificao, o Art. 9 da Lei n 4.320/64,reafirma essa classificao ao dizer que: Tributo a receita derivadainstituda pelas entidades de direito publico, compreendendo os

    impostos, as taxas e contribuies nos termos da constituio e dasleis vigentes em matria financeira, destinado-se o seu produto aocusteio de atividades gerais ou especificas exercidas por essasentidades.

    Ex.: Receitas provenientes de impostos, de emprstimoscompulsrios e de contribuies sociais.

    b) Receitas Originrias ou Receitas de Economia Privada ouReceitas de Direito Privado:so as que se originam de atos negociais, ondeo Estado no exerce o seu Poder de Imprio, pois Estado e particular seencontram em um mesmo patamar.

    Em sntese, tambm so as Receitas Pblicas originadas do uso debens e de empresas de propriedade do Estado, em sua atuao como produtorde bens e servios.

    Ex.: Receitas provenientes da alienao de bens e de aluguisrecebidos pelo Estado.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    10/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    10

    1.1.3.4 - Quanto afetao patrimonial:

    a classificao que observa se houve ou no alterao nasituao lquida patrimonial do Estado.

    a) Efetivas:so as Receitas Pblicas em que o Estado enriqueceem razo de um ingresso no qual no h contrapartida de aumento do passivoou de reduo do ativo, o que faz o patrimnio estatal alterar positivamentesua situao lquida.

    Ex.: ingressos provenientes de impostos, de aluguis, de multas.

    b) No-Efetivas ou por permutao patrimonial ou pormutao patrimonial: neste caso, so as que no alteram a situao lquida

    de determinado patrimnio estatal, ou seja, so meras permutaes contbeisrelacionadas ao ingresso de disponibilidades no Caixa pblico.

    As Receitas Pblicas No-Efetivas correspondem a ingressos oualteraes nas partes que constituem o patrimnio lquido do ente estatal eque nada acrescentam na situao lquida patrimonial.

    Ex.: ingressos provenientes da contratao de operaes de crdito(entrada de $ no Caixa, mas gerou-se uma obrigao, que uma dvida),venda de um bem pblico (entrada de $no Caixa, mas gerou-se a perda do

    bem), etc.

    1.1.3.5 - Quanto regularidade ou durao:

    Classificao que se refere disposio de tempo simtrica ou noem relao a um exerccio financeiro.

    a) Ordinria: a Receita Pblica que se obtm regularmente emcada exerccio financeiro, com caractersticas de continuidade e quecorrespondem a ingresso permanente de valores nos cofres pblicos.

    Ex.: Receitas de tributos.

    b) Extraordinria: aquela obtida de forma excepcional,espordica e que no apresentam carter de continuidade.

    Ex.: Receitas de alienao de bens, receitas obtidas de doaes.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    11/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    11

    IMPORTANTE!

    Receita Pblica. Qual o seu sentido principal?Encontramos com o Prof Dvila a informao de que, segundo a

    doutrina dois so os principais sentidos do termo Receita Pblica: Amplo (oulato sensu) e Restrito (ou strictu sensu).

    AMPLO = simples entradas, ingressos ou recolhimentos dedisponibilidades nos cofres do Estado com ou sem contrapartida nopassivo ou devoluo por parte de terceiros.

    RESTRITO = entradas de disponibilidades ou direitos, sem existir a

    devoluo a posteriori, o que faz se incorporar de forma definitiva aopatrimnio.

    CAIU NA PROVA !

    1- (ESAF/APO/MPOG/2008) A Receita da Administrao Pblica pode serclassificada nos seguintes aspectos: quanto natureza, quanto ao poder detributar, quanto coercitividade, quanto afetao patrimonial e quanto regularidade. Quanto sua regularidade, as receitas so desdobradas em:

    a) receitas efetivas e receitas por mutao patrimonial.

    b) receitas oramentrias e receitas extraoramentrias.

    c) receitas ordinrias e receitas extraordinrias.

    d) receitas originrias e receitas derivadas.

    e) receitas de competncia Federal, Estadual ou Municipal.

    Comentrios:O gabarito da questo a alternativa (c).

    A questo queria verificar os aspectos que classificam as ReceitasPblicas no Brasil segundo a doutrina.

    Conforme o que explicamos at aqui, segue um quadro resumo dacorrespondncia entre a alternativa e a classificao:

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    12/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    12

    OPO CLASSIFICAO DA RECEITA QUANTO (AO):

    (a) afetao patrimonial

    (b) natureza

    (d) coercitividade ou Alem ou origem

    (e) poder de tributar

    2 - (ESAF/CGU/2006) No que diz respeito receita pblica, indique a opofalsa.

    a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pblica em oramentria e extra-oramentria, sendo que esta apresenta valores que no constam dooramento.

    b) A receita oramentria divide-se em dois grupos: correntes e de capital.

    c) As receitas correntes compreendem as receitas tributrias, de contribuies,

    patrimoniais, agropecurias, industriais, de servios, de alienao de bens, detransferncias e outras.

    d) A receita pblica definida como os recursos auferidos na gesto, que serocomputados na apurao do resultado financeiro e econmico do exerccio.

    e) A receita extra-oramentria no pertence ao Estado, possuindo carter deextemporaneidade ou de transitoriedade nos oramentos.

    Comentrios:O gabarito a alternativa (c).

    Esta uma questo que mescla AFO, Contabilidade Pblica e FinanasPblicas.

    Vamos logo ao erro da alternativa (c):

    Receitas de alienao de bens so RECEITAS DE CAPITAL. Para sermais preciso ainda (mesmo que isso no seja uma regra para a ESAF), mais

    correto dizer TRANSFERNCIAS CORRENTES e OUTRAS RECEITASCORRENTES.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    13/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    13

    Segundo o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, as RECEITASCORRENTES compreendem:

    RECEITA TRIBUTRIA

    Impostos

    Taxas

    Contribuies de Melhoria

    RECEITA DE CONTRIBUIES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECURIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIOS

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    DICA

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:TCPAISTransOu

    Por fim, o mesmo pargrafo 4 do art. 11 define como RECEITAS DACAPITAL:

    OPERAES DE CRDITO

    ALIENAO DE BENS (DE CAPITAL)

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOSTRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    DICA

    Outro bizu para ajudar a guardar:

    AOAmorTransOu

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    14/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    14

    A opo (a) tem um conceito perigoso que pode confundir oentendimento do concurseiro. O fato de no estarem no oramento, por si sno configura se so ou no receitas extraoramentrias. uma alternativamenos errada, se compararmos com a (c).

    Vejamos o que diz o art. 57 da Lei n 4.320/64:

    Art. 57. Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo3 desta lei sero classificadas como receita oramentria, sob asrubricas prprias, tdas as receitas arrecadadas, inclusive asprovenientes de operaes de crdito, ainda que no previstas

    no Oramento.E o que diz mesmo o art. 3 e seu nico da Lei n 4.320/64 ?

    Art. 3 A Lei de Oramentos compreender tdas as receitas,inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei.

    Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo asoperaes de credito por antecipao da receita, as emisses depapel-moeda e outras entradas compensatrias, no ativo epassivo financeiros.

    Esta parte destacada serve como um mantra para entendermos o queso as receitas e despesas extraoramentrias (entendidas estas comosadas compensatrias, no ativo e passivo financeiro).

    Para a opo (b) basta lembrar que:

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias(e no as Receitas Pblicas) so classificadas em CategoriasEconmicas, ou seja, Receita Oramentria/Intra-

    oramentria Corrente e Receita Oramentria/Intra-oramentria de Capital.

    A opo (d), decorre da interpretao dos 2 conceitos de RECEITAPBLICA apresentados aqui, ou seja:

    CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Termo utilizado mundialmente pela contabilidade para evidenciar avariao positiva da situao lquida patrimonial resultante do aumento deativos ou da reduo de passivos de uma entidade.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    15/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    15

    Receitas Pblicas aquelas auferidas pelos entes pblicos

    CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Todos os ingressos disponveis para cobertura das despesas pblicas, emqualquer esfera governamental.

    Na alternativa (e), basta conjugarmos o art. 57 com o nico do art.3 da Lei n 4.320/64, como transcrevemos no comentrio da opo (a).

    3 - (ESAF/CGU/2004) A receita da administrao pblica pode serclassificada quanto natureza, ao poder de tributar, coercitividade, quanto afetao patrimonial e quanto regularidade. Marque a opo falsa.

    a) Quanto afetao patrimonial, as receitas so classificadas emoramentrias e extra-oramentrias.

    b) Quanto ao poder de tributar, a receita dividida conforme a discriminaoconstitucional das rendas, em federal, estadual e municipal.

    c) Quanto coercitividade, as receitas podem ser divididas em originrias ederivadas.

    d) Quanto regularidade, as receitas podem ser desdobradas em ordinrias eextraordinrias.

    e) Na classificao quanto natureza, diz-se que as receitas tributrias e asreceitas de contribuies so exemplos de receitas correntes.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (a).

    As Receitas Pblicas de classificam, quanto sua natureza, emReceitas Extraoramentrias e Receitas Oramentrias.

    Novamente (e parece mesmo um mantra da banca), temos que:

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias (e noas Receitas Pblicas) so classificadas em Categorias Econmicas, ouseja, Receita Oramentria/Intra-oramentria Corrente e ReceitaOramentria/Intra-oramentria de Capital.

    Como vimos nas dicas do comentrio da questo anterior, asRECEITASCORRENTES compreendem e se subclassificam em: TCPAISTransOu e

    as RECEITAS DA CAPITAL: AOAmorTransOu.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    16/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    16

    4 - (ESAF/ATRFB/2009) A respeito da classificao oramentria da receita, correto afirmar:

    a) alienao de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda emreceita de capital.

    b) receitas de contribuies integram as receitas de capital quando oriundas deinterveno no domnio econmico.

    c) as receitas agropecurias se originam da tributao de produtos agrcolas.

    d) as receitas intraoramentrias decorrem de pagamentos efetuados porentidades integrantes do Oramento Fiscal e da Seguridade Social.

    e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependemda inexistncia de receitas de capital no exerccio.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (d).

    Vamos comentar cada uma das alternativas.

    Item (a) a alienao de BENS DE CAPITAL que redunda em RECEITADE CAPITAL.

    Erick, o que so BENS DE CAPITAL?

    De forma sinttica, bens de capital so aqueles capazes de produziremoutro bem, ou seja, so bens que geram riqueza.

    Temos como exemplos clssicos as mquinas e os equipamentos.

    Voltando alternativa (a), temos o erro no fato de nem todos osbens

    de qualquer natureza integrantes do ativo podem gerar uma um receitade capital quando de sua alienao.

    Erick, pode me dar um exemplo?

    Vamos imaginar uma ovelha nascida em decorrncia das atividades depesquisa da EMBRAPA.

    Ao ser eventualmente alienada ela no ir resultar em uma RECEITAL DECAPITAL, pois a ovelha no um bem de capital.

    Captaram ?

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    17/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    17

    Vamos adiante.

    Item (b) como destacamos antes, as receitas de contribuiescorrespondem a uma RECEITA CORRENTE.

    Relembremos de nosso bizu:

    RECEITAS CORRENTES

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:

    TCPAISTransOu

    Item (c) receitas que derivam da tributao so as RECEITASTRIBUTRIAS.

    As RECEITAS AGROPECURIAS decorrem das receitas auferidas daatividade agropecuria do Estado, tais como a receita decorrente daproduo vegetal e a receita decorrente da produo animal e seusderivados.

    Item (d) a alternativa polmica, pois o art. 1 da PORTARIAINTERMINISTERIAL STN/MPOG N 338/2006 assim estabelece:

    Art. 1o Definir como intra-oramentrias as operaes queresultem de despesas de rgos, fundos, autarquias, fundaes,empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dosoramentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisio demateriais, bens e servios, pagamento de impostos, taxas econtribuies, quando o recebedor dos recursos tambm for rgo,fundo, autarquia, fundao, empresa estatal dependente ou outraentidade constante desses oramentos, no mbito da mesma esfera degoverno.

    J o Manual Tcnico do Oramento - MTO coloca o seguinte:

    Ingressos Intra-Oramentrios:

    So receitas oriundas de operaes realizadas entre rgose demais entidades da Administrao Pblica integrantes dooramento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera degoverno.

    A discusso ficou em relao ao texto da alternativa (d) que noconstava o termo entre, mas sim por.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    18/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    18

    A est um tpico exemplo de QUESTO DA ESAF. Aparentemente, todosos itens esto incorretos.

    Mas voc quer brigar com a Banca ou sentar na baia da CGU prxima amim?

    NO BRIGUEM COM A BANCA!

    A alternativa (d), apesar de incompleta, no est errada, pois ela quisdizer que somente as entidades integrantes do Oramento Fiscal e daSeguridade Social que podem efetuar pagamentos de naturezaintraoramentria.

    Para a alternativa ser completa, poderia estar descrito que as receitas

    intraoramentrias ocorrem entre entidades integrantes doOramento Fiscal eda Seguridade Social.

    Assim, no h a possibilidade de receita intraoramentria para umaentidade que no integre tais oramentos.

    Captaram?

    Item (e) Pessoal, no confundam com o conceito da Regra de Ouro queveremos ao longo de nosso curso.

    No falaremos agora desta Regra, mas gostaria apenas que fixassem aseguinte idia:

    Receitas Correntes para serem aplicadas em despesa de capitalINDEPENDEM da inexistncia de receitas de capital no exerccio.

    Alis, o que mais se observa nas esferas de governo, a aplicao deRECEITAS CORRENTES em gastos com despesas de capital, como, porexemplo, a construo de uma escola municipal em um Municpio X.

    Um Municpio, em regra, no consegue auferir receitas de capitalsuficientes para arcar com as despesas na construo de uma escola.

    As receitas correntes dos Municpios, especialmente as Tributrias, quevo dar base para a construo da hipottica escola.

    1.2 ESTGIOS OU FASES OU ETAPAS DA RECEITA

    Em relao s Receitas Pblicas na esfera federal, devemos observar queo Banco do Brasil o agente financeiro da Secretaria do Tesouro Nacional, aqual recolhe o valor arrecadado junto Conta nica do Tesouro (Princpio

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    19/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    19

    da Unidade de Caixa, conforme art. 56 da Lei n 4.320/64).

    Para registrar, de acordo com a doutrina e com o MTO 2012, osestgios ou fases da receita so a Previso, o Lanamento, aArrecadao e o Recolhimento, mnemnico PLAR,ou ainda, de acordocom os arts. 53, 55 e 56 da Lei n 4.320/64, o Lanamento, a Arrecadaoe o Recolhimento, mnemnico PLAR.

    Cabe ressaltarmos que o MTO 2012 considera a Fase da Previsocomoparte do Planejamento e as Fases do LAR(Lanamento, Arrecadao eo Recolhimento) com parte integrante da Execuo da Receita.

    No quadro a seguir, destrinchamos as respectivas Fases com conceitos

    fundamentais sobre cada uma delas.

    P reviso planejar e estimar a arrecadao das receitas que constar naproposta oramentria;

    L anamento ato da repartio competente, que verifica a procedncia docrdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta (art.56 da Lei n 4.320/64);

    A rrecadao ato em que os contribuintes comparecem junto aos agentes

    arrecadadores e liquidam seus compromissos perante ao Tesouro (arts. 35e 55 da Lei n 4.320/64);

    R ecolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem o produtoda arrecadao Conta nica do Tesouro, tornando-o disponvel para oTesouro.

    Vamos adiante com a exemplificao de como ocorre o processo, no quese refere s Receitas.

    A SOF, entre outras informaes, prev, junto com os subsdiosapresentados pela RFB, a receita de determinado exerccio financeiro e acoloca na proposta oramentria anual.

    Iniciado o exerccio, a RFB faz o lanamento, por exemplo, do IR devidode determinado contribuinte. Este vai ao banco (na prtica retido na fonte)para concretizar a arrecadao da receita pblica.

    Por fim, o banco deste contribuinte encaminha o valor desta receitapblica arrecadada Conta nica do Tesouro.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    20/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    20

    Comentrios adicionais sobre estgios da receita:

    Lanamento

    - o ato administrativo que busca liquidar a obrigao tributria, pormeio da identificao do fato gerador ocorrido, onde se determina o sujeitopassivo, mensura-se a base de clculo e se verifica a aplicao de alquota;

    - Desta forma, individualizam-se os contribuintes e se discriminam aespcie, o valor e o vencimento do imposto de cada contribuinte.

    Arrecadao

    - Ocorre quando os contribuintes comparecem junto aos agentesarrecadadores (pblicos ou privados), com vistas liquidao de suasobrigaes perante o Estado;

    - Corresponde ao recebimento do imposto do contribuinte pelasreparties competentes e est sob a imediata fiscalizao das respectivaschefias. Manifesta-se em forma de dinheiro, conforme previsto nas leis e nosregulamentos em vigor.

    - um procedimento em que, aps o estgio do lanamento dosrespectivos tributos, ocorre o recolhimento aos cofres pblicos;

    - Consiste basicamente em cobrar os tributos, receb-los e guardar onumerrio respectivo;

    - Os tipos de arrecadao se classificam em:

    => Direta: por coleta, por unidades administrativas e por via bancria.

    => Indireta: arrendamento, reteno na fonte e estampilha.

    Recolhimento

    - Ocorre quando os agentes arrecadadores (pblicos ou privados) fazem

    diariamente a entrega do que fora arrecadado para a Conta nica do TesouroNacional;

    - a remessa das receitas arrecadadas pelos agentes administrativos oupelos bancos autorizados ou Banco do Brasil para crdito do na Conta nica doTesouro Nacional.

    Pessoal, queria registrar uma alterao importante que o MTO-2012trouxe em relao Receita Pblica, especialmente em relao a seusestgios.

    Os Estgios ou Fases da Receita, do ponto de vista ORAMENTRIO,

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    21/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    21

    segundo o MTO-2012, so os seguintes:

    Ressalte-se que nem todas as referidas Etapas da Receita iro ocorrerpara os tipos existentes de receitas oramentrias.

    Por exemplo, na hiptese de ocorrer uma doao em espcie para algumente pblico, estaramos diante da arrecadao de uma receita que no foiprevista, ou seja, que no passou pela etapa da previso, assim como tambmno foilanada.

    De qualquer forma, para a doutrina, os estgios permanecem comosendo o PLAR e o prprio MTO-2012 ratifica isso.

    Podemos dizer que o LANAMENTO corresponde a umPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DO FISCO, pois, de acordo com o art.142 do Cdigo Tributrio Nacional - CTN, tal Etapa da Receita corresponde aoprocedimento administrativo que:

    verifica a ocorrncia do fato gerador da obrigao

    correspondente determina a matria tributvel

    calcula o montante do tributo devido

    identifica o sujeito passivo

    prope a aplicao da penalidade cabvel, se for o caso

    Com base no estabelecido nos arts. 142 a 150 do CTN, podemos verificarque a referida Etapa se encontra inserida no conjunto que constitui o crdito

    tributrio, ou seja, abarca impostos, taxas e contribuies de melhoria.De acordo com o que vimos anteriormente, podemos observar que as

    receitas patrimoniais (Ex.: as oriundas de concesses e permisses) e asreceitas empresariais (Ex.: venda de produtos agrcolas e pecurios) no sesujeitam Etapa do lanamento, pois so receitas entram diretamente naEtapa da Arrecadao.

    No entanto, as receitas tributrias e de contribuies necessitam dorespectivo procedimento administrativo antes de ingressarem no estgio da

    arrecadao.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    22/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    22

    Os estgios da receita sob o aspecto oramentrio, conforme previsto noMTO, possuem os conceitos que traremos no quadro a seguir.

    ESTGIOS DA RECEITA, SEGUNDO O MTO-2012 => PLAR

    ESTGIO CONCEITO MTO 2012

    PREVISO

    corresponde ideia de planejar e estimar a arrecadao dasreceitas que ser inserida na proposta oramentria

    tem que se realizar em consonncia com as normas tcnicas elegais correlatas, especialmente, de acordo com asdisposies constantes na LRF

    Na Unio, a metodologia que se utiliza para projetar receitas

    serve para assimilar o comportamento da arrecadao dedeterminada receita em exerccios anteriores, com o intuito deprojet-la para o perodo seguinte, mediante a utilizao demodelos estatsticos e matemticos

    A busca do modelo adequado depende do comportamento dasrie histrica de arrecadao, assim como de informaesfornecidas pelos rgos oramentrios ou pelas unidadesarrecadadoras envolvidos no processo

    Corresponde etapa anterior fixao do montante dedespesas que constar nas leis de oramento

    a base para se estimar as necessidades de financiamento dogoverno e para se fixar a despesa oramentria

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    23/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    23

    Erick, e na prova?

    Voc deve seguir comando da questo para que saiba qual oentendimento pedido pela Banca, ok?

    Se for De acordo com a Lei n 4.320/64..... o PAR, se for Deacordo com a doutrina..... ou De acordo com o MTO..... o PLAR.

    LANAMENTO

    Corresponde ao ato da repartio competente, que verifica aprocedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora einscreve o dbito desta

    procedimento administrativo que:

    verifica a ocorrncia do fato gerador da obrigaocorrespondente

    determina a matria tributvel

    calcula o montante do tributo devido

    identifica o sujeito passivo

    prope a aplicao da penalidade cabvel, se for o caso

    uma etapa que se aplica a impostos, taxas e contribuiesde melhoria

    Os objetos de lanamento as rendas com vencimentodeterminado em lei, regulamento ou contrato

    ARRECAD

    AO

    a entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional peloscontribuintes ou devedores, por meio de:

    agentes arrecadadores; ou

    instituies financeiras autorizadas pelo ente

    Ressalte-se que pertencem ao exerccio financeiro as receitasnele arrecadadas, ou seja, que representa a adoo doregime de caixa para o ingresso das receitas pblicas

    RECOLHIMENTO

    Refere-se transferncia dos valores arrecadados contaespecfica do Tesouro Nacional, responsvel pelaadministrao e controle da arrecadao e pela programao

    financeira, observando-se o princpio da unidade de tesourariaou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei n 4.320/64

    apenas nesse estgio que ocorre a efetiva entrada dosrecursos financeiros arrecadados nos cofres pblicos

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    24/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    24

    Pessoal, antes de seguirmos, trago um pequeno resumo sobre ascategorias das Receitas Oramentrias.

    Vamos praticar.....

    5 (CESGRANRIO/AUDITOR DA FUNASA/2009) Considerando o dispostona legislao vigente e ainda o adotado pela doutrina majoritria, os estgios

    da receita pblica denominam-se:a) fixao; empenho; liquidao; pagamento.

    b) oramento; arrecadao; recolhimento; registro.

    c) oramento; lanamento; pagamento; recolhimento.

    d) previso; registro; liquidao; pagamento.

    e) previso; lanamento; arrecadao; recolhimento.Comentrios:

    O gabarito da questo a alternativa (e).

    A questo queria verificar os aspectos que classificam os estgios dasReceitas Pblicas no Brasil, segundo a doutrina.

    Dessa forma, como visto anteriormente, De acordo com a doutrina.....os estgios so os que compem nosso mnemnico PLAR PLANEJAMENTO LANAMENTO ARRECADAO - RECOLHIMENTO.

    RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

    Receita Tributria

    Receita de Contribuies

    Receita Patrimonial

    Receita Agropecuria

    Receita Industrial

    Receita de Servios

    Transferncias Correntes

    Outras Receitas Correntes

    Operaes de Crdito

    Alienao de Bens

    Amortizao de Emprstimos

    Transferncias de Capital

    Outras Receitas de Capital

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    25/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    25

    6 (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO TCE-RO/2007) Asreceitas correntes do setor pblico so recursos financeiros oriundos dasatividades operacionais do setor pblico. Fazem parte do conjunto de receitas

    correntes as receitas:

    a) tributrias, de juros e alocativas.

    b) tributrias, de contribuies e patrimoniais.

    c) de juros, industriais e de operaes de crdito.

    d) de alienao de bens, patrimoniais e transferncias de capital.

    e) de contribuies, amortizao de emprstimos e industriais.

    Comentrios:O gabarito da questo a alternativa (b).

    Vimos nessa aula que, quanto Classificao em Categorias Econmicas,o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, estabelece que as RECEITASCORRENTES compreendem (destaque para as que constam na questo):

    RECEITA TRIBUTRIA

    Impostos

    TaxasContribuies de Melhoria

    RECEITA DE CONTRIBUIOES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECURIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIOS

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    Relembrem nosso mnemnico:

    RECEITAS CORRENTES

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:

    TCPAISTransOu

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    26/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    26

    Dessa forma, as seguintes receitas que constam na questo soRECEITAS DE CAPITAL:

    OPERAES DE CRDITO

    ALIENAO DE BENS

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS

    TRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    RECEITAS DE CAPITAL

    Outro bizu para ajudar a guardar:

    AOAmorTransOu

    Por fim, as Receitas Alocativas correspondem a uma inveno da Banca.

    7 (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO TCE-RO/2007) Osestgios da receita pblica so:

    a) deliberao, estruturao, recebimento e utilizao.

    b) previso, lanamento, arrecadao e recolhimento.

    c) fixao, empenho, arrecadao e recebimento.

    d) fixao, aprovao, recolhimento e liquidao.

    e) proviso, alocao, recolhimento e distribuio.

    Comentrios:O gabarito da questo a alternativa (b).

    Observem como as questes se repetem....

    Dessa forma, os estgios so os que compem nosso mnemnicoPLAR PLANEJAMENTO LANAMENTO ARRECADAO -RECOLHIMENTO.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    27/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    27

    A respeito da administrao financeira e oramentria, julgue o itemque se segue.

    8 (CESPE/POLCIA FEDERAL/2009) O estgio de execuo da receitaclassificado como arrecadao ocorre com a transferncia dos valoresdevidos pelos contribuintes ou devedores conta especfica doTesouro.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: ERRADA.

    A assertiva no se coaduna com o conceito do estgio da arrecadao,pois quando ocorre a transferncia dos valores devidos pelos contribuintes ou

    devedores conta especfica do Tesouro estamos diante do estgio doRECOLHIMENTO.

    Observe que a Banca no colocou o estgio do Recolhimento na questoe nem precisvamos saber se ela pedia o enfoque da Lei, do MTO ou dadoutrina, ok?

    Com base na doutrina e nas legislaes oramentria e financeira

    pblicas, julgue os itens.9 (CESPE/ANALISTA JUDICIRIOSTF/2008) Receitas imobilirias e devalores mobilirios constituem receita patrimonial, que se classifica comoreceita corrente, para qualquer esfera da administrao.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: CERTA

    Segundo o Manual da Receita Nacional da STN, Receitas Patrimoniaisso as referentes ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentosdo ativo permanente, de aplicaes de disponibilidades em operaes demercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.

    Desta forma, receitas imobilirias e as de valores mobilirios soclassificadas como Receitas Oramentrias em suacategoria econmicaReceitas Correntes.

    Lembrem-se do nosso mnemnico: TCPAISTransOu.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    28/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    28

    10 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Quanto natureza, a receita Pblica classificada como

    a) corrente e de capital.

    b) oramentria e extra-oramentria.

    c) ordinria e extraordinria.

    d) originria e patrimonial.

    e) financeira e patrimonial.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Vamos montar um quadro com a correspondncia das classificaes.

    OPO CLASSIFICAO

    A ECONMICA

    B QUANTO NATUREZA

    C QUANTO REGULARIDADE OU DURAO

    D ORIGINRIA: QUANTO COERCITIVIDADE

    PATRIMONIAL: ECONMICA (RECEITA CORRENTE)

    E FINANCEIRA: ECONMICA ( A RECEITA DE JUROS QUE UMA RECEITA CORRENTE)

    PATRIMONIAL: ECONMICA (RECEITA CORRENTE)

    11 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Quanto regularidade, a receita pblica arrecadada permanentemente pelo tesouro doestado classifica-se como

    a) derivada.

    b) oramentria.

    c) ordinria.

    d) corrente.

    e) originria.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    29/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    29

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (c).

    Quanto REGULARIDADE OU DURAO, as RECEITAS PBLICAS seclassificam em:

    a) Ordinria

    b) Extraordinria

    12 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Areceita pblica obtida pelo Estado, resultante do seu poder de tributar o

    patrimnio da coletividade, segundo a classificao doutrinria, denomina-se:a) derivada.

    b) ordinria.

    c) originria.

    d) patrimonial.

    e) industrial.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (a).

    Em relao ao coercitividade ou classificao Alem ouclassificao quanto origem, as receitas pblicas se classificam em:

    a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pblica ou Receitas deDireito Pblico

    so as que derivam do poder impositivo da soberania do Estadosobre o patrimnio alheio, ou seja, unilateral e obriga o particular a

    contribuir e pagar determinado valor.

    b) Receitas Originrias ou Receitas de Economia Privada ou Receitasde Direito Privado

    so as que se originam de atos negociais, onde o Estado no exerce oseu Poder de Imprio, pois Estado e particular se encontram em ummesmo patamar.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    30/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    30

    13 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Oprocedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato geradorda obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o

    montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso,propor a aplicao da penalidade cabvel, corresponde ao estgio da receitapblica denominado

    a) recolhimento.

    b) arrecadao.

    c) previso.

    d) lanamento.

    e) fixao.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (d).

    Observe que esta banca j colocou o Lanamento como sendo umprocedimento administrativo, sendo que, no comando da questo, considerou-o como sendo estgio, ou seja, adotou a linha de pensamento doutrinriosobre o tema. Relembrando....

    ESTGIOS DA RECEITA PBLICA

    P reviso o planejado pela Fazenda Pblica;

    L anamento ato da repartio competente, que verifica aprocedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora einscreve o dbito desta (art. 56 da Lei n 4.320/64);

    A rrecadao ato em que os contribuintes comparecem junto aos

    agentes arrecadadores e liquidam seus compromissos perante aoTesouro (arts. 35 e 55 da Lei n 4.320/64);

    Recolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem oproduto da arrecadao Conta nica do Tesouro, tornando-odisponvel para o Tesouro.

    A etapa da FIXAO se refere a um dos ESTGIOS DA DESPESAPBLICA, que veremos mais adiante.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    31/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    31

    14 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRF 5 REGIO/2008) A Receitapblica classifica-se em dois grupos denominados receitas:

    a) correntes e de capital.

    b) oramentria e extra-oramentria.

    c) patrimonial e extra-oramentria.

    d) patrimonial e tributria.

    e) oramentria e de capital.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    No item (a), as Receitas Correntes e de Capital correspondem classificao econmica das receitas oramentrias.

    No item (b), em termos doutrinrios, a Banca adotou o pensamentominoritrio de Joo Anglico que classifica a RECEITA PBLICA em 2 grupos:

    RECEITA ORAMENTRIA

    RECEITA EXTRAORAMENTRIA

    Nos demais itens, vamos classificar sinteticamente cada uma das

    receitas.

    PATRIMONIAL: Receita Corrente, ou seja, classificaoeconmica das receitas oramentrias

    TRIBUTRIA: Receita Corrente, ou seja, classificaoeconmica das receitas oramentrias

    DE CAPITAL: Classificao econmica das receitasoramentrias

    15 - (FCC/TCNICO DE ORAMENTO/MPU/2007) Os estgios da receitapblica so, em ordem cronolgica,

    a) lanamento, previso, recolhimento e arrecadao.

    b) lanamento, previso, arrecadao e recolhimento.

    c) previso, lanamento, recolhimento e arrecadao.

    d) previso, lanamento, arrecadao e recolhimento.

    e) arrecadao, lanamento, previso e recolhimento.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    32/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    32

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (d).

    Os estgios da receita so o PLAR(de acordo com a doutrina) ou LAR(de acordo com os arts. 53, 55 e 56 da Lei n 4.320/64) ou PAR (de cordocom o MTO).

    Observe que se a Banca colocou 4 estgios, significa dizer que ela quis oenfoque da doutrina, ok?

    Assim, temos, na sequncia cronolgica, Previso => Lanamento =>Arrecadao => Recolhimento

    16 - (FCC/TCNICO JUDICIRIO/TRF 1 REGIO/2006) A receitapblica percorre fases claramente identificadas de procedimentosadministrativos e contbeis. Pode-se afirmar que a proposio est

    a) parcialmente correta, visto que, embora existam etapas, no soclaramente identificadas.

    b) correta, sendo que as fases so: lanamento, arrecadao e recolhimento.

    c) correta, pois a receita percorre a etapa de liquidao, contribuio e

    recolhimento.

    d) incorreta, dado o fato que o regime de caixa o que determina acontabilizao da receita.

    e) parcialmente incorreta, pois as fases distinguem-se contabilmente e noadministrativamente.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Os ESTGIOS DA RECEITA PBLICA correspondem a atosadministrativos com reflexos contbeis.

    Observe que a Banca nesta questo adotou os estgios previstos na Lein 4.320/1964.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    33/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    33

    17 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRE RN/2005) A receita pblica classificada em dois grupos:

    a) patrimonial e servios.

    b) patrimonial e tributria.

    c) servios e tributria.

    d) oramentria e tributria.

    e) oramentria e extra-oramentria.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (e).

    Observe mais uma vez que a FCC adotou o pensamento minoritrio deJoo Anglico que classifica a RECEITA PBLICA em 2 grupos:

    RECEITA ORAMENTRIA

    RECEITA EXTRAORAMENTRIA

    18 - (FCC/ASSESSOR JURDICO/TCE PI/2002) A respeito de receitapblica correto afirmar que as receitas

    a) correntes so as provenientes de realizao de recursos financeiros oriundos

    de constituio de dvidas.

    b) derivadas so as provenientes de receitas tributrias, patrimonial,agropecuria, industrial e de servios.

    c) derivadas advm da explorao, pelo Estado, da atividade econmica.

    d) originrias caracterizam-se pelo constrangimento legal para suaarrecadao, como exemplo, os tributos.

    e) podem ser compreendidas como todo o ingresso de recursos financeiros ao

    tesouro nacional, com ou sem contrapartida no passivo e independentementede aumento de capital.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (e).

    Observe a troca de conceitos em cada alternativa.

    Antes, cabe o registro de que no item (e) temos associado o conceito deRECEITAS ORAMENTRIAS E EXTRAORAMENTRIAS.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    34/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    34

    CORREO DOS ITENS

    ITEM CORREO

    A DE CAPITAL so as provenientes de realizao de recursosfinanceiros oriundos de constituio de dvidas.

    B CORRENTES so as provenientes de receitas tributrias,patrimonial, agropecuria, industrial e de servios.

    C ORIGINRIAS advm da explorao, pelo Estado, da atividadeeconmica.

    D DERIVADAS caracterizam-se pelo constrangimento legal parasua arrecadao, como exemplo, os tributos.

    19 - (FCC/SUBPROCURADOR/TCE SE/2002) No que concerne classificao da receita pblica, correto afirmar que na Lei n 4.320/64

    a) a receita tributria instituda pelas entidades estatais e autrquicas,compreendendo os impostos, as taxas e as tarifas.

    b) so receitas correntes as receitas tributrias, patrimonial, industrial ediversas.

    c) so receitas correntes as provenientes de recursos financeiros oriundos deconstituio de dvida.

    d) so receitas de capital as receitas tributrias, de contribuies, patrimonial,agropecuria, industrial, de servios e outras.

    e) so receitas correntes as provenientes da converso, em espcie, de bens edireitos.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Vamos corrigir os itens:

    Item (a) Receita Tributria aquela instituda pela Unio, pelosEstados, Distrito Federal e Municpios, compreendendo os impostos, astaxas e contribuies de melhoria, nos termos da Constituio e das leis

    vigentes em matria financeira.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    35/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    35

    Item (b) As Receitas Correntes correspondem ao nosso mnemnicoTCPAISTransOu, onde DIVERSAS, no contexto da questo, corresponde aOUTRAS RECEITAS CORRENTES.

    Item (c) As RECEITAS DE CAPITAL so as provenientes de realizaode recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas

    Item (d) So RECEITAS CORRENTES as receitas tributrias, decontribuies, patrimonial, agropecuria, industrial, de servios e outras.

    Item (e) - So RECEITAS DE CAPITAL as provenientes da converso,em espcie, de bens e direitos.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    36/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    36

    CAPTULO 2

    2 Conceito, estgios e classificao econmica da Despesa pblica

    2.1 - DESPESAS PBLICAS - CONCEITOS

    Agora, passaremos a abordar o conceito e as classificaes deDEPSESAS PBLICAS, segundo a doutrina.

    Segundo o Manual de Despesa Nacional (1 Edio) da STN:

    2.1.1 - CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Despesas so decrscimos nos benefcios econmicos durante o

    perodo contbil sob a forma de sada de recursos ou reduo de ativos ouincremento em passivos, que resultem em decrscimo do patrimnio lquido eque no sejam provenientes de distribuio aos proprietrios da entidade.(Definio baseada na Resoluo do CFC 1.121/2008).

    Relembra-se que, de acordo com os princpios da Contabilidade,registra-se a despesa quando ocorrer do seu fato gerador, ocorrendo ou no oseu pagamento.

    Desta forma, segundo o Manual a despesa pblica sob o enfoque

    patrimonial pode ser assim classificada:

    a) Quanto entidade que apropria a despesa:

    - Despesa Pblica aquela efetuada por entidade pblica.

    - Despesa Privada aquela efetuada pela entidade privada.

    b) Quanto dependncia da execuo oramentria:

    - Despesa resultante da execuo oramentria aquela quedepende de autorizao oramentria para acontecer. Exemplo: despesa comsalrio, despesa com servio, etc.

    - Despesa independente da execuo oramentria aquela queindepende de autorizao oramentria para acontecer. Exemplo: constituiode proviso, despesa com depreciao, etc.

    2.1.2 - CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Importante destacar que oramento representa o fluxo deingressos e aplicao de recursos em determinado perodo, o que o torna um

    instrumento fundamental de planejamento para qualquer entidade, pblica ou

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    37/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    37

    privada.

    Assim, Despesa ou Dispndio oramentrio pode ou no diminuir asituao lquida patrimonial, em razo do fluxo que deriva da utilizao decrdito consignado no oramento da entidade.

    De acordo com o Manual, a despesa oramentria pode ser assimclassificada:

    a) Quanto s entidades destinatrias do oramento:

    - Despesa Oramentria Pblica aquela executada porentidade pblica e que depende de autorizao legislativa para suarealizao, por meio da Lei Oramentria Anual ou de Crditos

    Adicionais, pertencendo ao exerccio financeiro da emisso dorespectivo empenho.

    - Despesa Oramentria Privada aquela executada por entidadeprivada e que depende de autorizao oramentria aprovada por ato deconselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecuo.

    b) Quanto ao impacto na situao lquida patrimonial:

    - Despesa Oramentria Efetiva aquela que, no momento da sua

    realizao, reduz a situao lquida patrimonial da entidade. Constitui fatocontbil modificativo diminutivo.

    - Despesa Oramentria No-Efetiva aquela que, no momento dasua realizao, no reduz a situao lquida patrimonial da entidade e constituifato contbil permutativo. Neste caso, alm da despesa oramentria, registra-se concomitantemente conta de variao ativa para anular o efeito dessadespesa sobre o patrimnio lquido da entidade.

    2.1.3 - OUTROS CONCEITOS DE DESPESA PBLICA

    Conforme J. Teixeira Machado Jnior:

    EM SENTIDO LATO: obrigaes a se assumirem quando seadquirirem bens e servios por empenhos, a fim de se aplicarem nasatividades que sero desenvolvidas ou executadas nas diversas reas deatuao governamental.

    EM SENTIDO ESTRITO: consumo efetivo dos bens e servios quese destinam s atividades executadas ou desenvolvidas nas diversas reas deatuao do governo, ou seja, trata-se de despesa real ou custo efetivamente

    incorrido.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    38/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    38

    Em um vis mais voltado para Finanas Pblicas, Alberto Deodatodefine assim:

    o gasto da riqueza pblica autorizado pelo poder competente,com o fim de socorrer a uma necessidade pblica.

    2.2 - ESTGIOS DA DESPESA PBLICA

    Como havamos comentado sobre os estgios da receita pblica emnossa AULA DEMONSTRATIVA, cabe aqui tambm descrevermos as fases ouestgios da despesa pblica que so oFELP (de acordo com a doutrina) ouELP (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei n 4.320/64).

    Nada melhor do que resumirmos em um quadro.

    ESTGIOS DA DESPESA PBLICA

    Fixao a estimativa que o Poder Pblico faz de quanto serdestinado para um fim especfico, em cada quantia consignada emoramento ou em crdito adicional para fazer frente a determinada despesa;

    Empenho o ato emanado de autoridade competente que cria

    para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento decondio (art. 58 da Lei n 4.320/64);

    Liquidao consiste na verificao do direito adquirido pelocredor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivocrdito (arts. 63 da Lei n 4.320/64);

    Pagamento efetuado quando ordenado aps sua regularliquidao (arts. 62 da Lei n 4.320/64).

    Antes de comentar mais algumas questes de prova, queria alertarque os tpicos dessa aula so cobrados de forma repetida nos ltimosconcursos.

    A ideia fazermos as questes resolvidas, eventualmente deoutras Bancas, pois assim iremos economizar tempo de estudo e verificarmosque as Bancas tm trazido os mesmas abordagens.

    Isso mesmo, como me ensinaram os grandes mestres que tive, amelhor coisa fazermos questes resolvidas !

    De qualquer forma, ao final das aulas, iremos deixar as questeslimpas para os que ainda no se adaptaram poderem testar essa

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    39/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    39

    metodologia. Claro, no final, teremos o gabarito, sem os comentrios.

    Dito isso, vamos em frente.

    CAIU NA PROVA !20 (FCC/MPE-SE/2009) De acordo com a doutrina majoritria, soestgios da despesa oramentria:

    a) previso, lanamento, empenho e pagamento.

    b) fixao, reserva, empenho e liquidao.

    c) previso, empenho, fixao e pagamento.

    d) fixao, liquidao, pagamento e cancelamento.

    e) fixao, empenho, liquidao e pagamento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (e).

    As fases ou estgios da despesa pblica que so oFELP (de acordocom a doutrina) ou ELP (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei n4.320/64).

    21 - (FCC/TCNICO DE CONTROLE INTERNO I - TCE-MG/2007) Adespesa pblica processada na seguinte ordem:

    a) ordem de pagamento, empenho, pagamento e liquidao.

    b) empenho, liquidao, ordem de pagamento e pagamento.

    c) liquidao, empenho, pagamento e ordem de pagamento.

    d) ordem de pagamento, liquidao, pagamento e empenho.

    e) pagamento, liquidao, empenho e ordem de pagamento.Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (b).

    o que preveem, respectivamente, os arts. 58, 63, 64 e 62 da Lei n4.320/64. No falamos antes, mas a ordem de pagamento o despachoexarado por autoridade competente, o qual determina que a despesa sejapaga.

    Mnemnico: ELP ou FELP a depender do comando da questo oudas alternativas disponveis.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    40/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    40

    22 - (FCC/TCNICO DE CONTROLE INTERNO MPU/2007) Os estgiosda despesa pblica so, em ordem cronolgica,

    a) fixao, liquidao, empenho e pagamento.

    b) previso, lanamento, empenho e pagamento.

    c) previso, empenho, fixao e liquidao.

    d) fixao, empenho, liquidao e pagamento.

    e) arrecadao, lanamento, previso e recolhimento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (d).

    Observemos que o enfoque foi outro para o tema. Como h a previsoem uma das alternativas, a banca explorou nosso mnemnico FELP(enfoque doutrinrio).

    2.3 - CLASSIFICAES DA DESPESA PBLICA

    A doutrina classifica a Despesa Pblica da seguinte forma: quanto natureza, quanto afetao patrimonial e quanto regularidade.

    2.3.1 - Quanto natureza:

    a que se relaciona autorizao ou no por parte do PoderLegislativo, a fim de se financiarem os dispndios pblicos.

    a) Despesas Extraoramentrias: em adaptao ao pargrafonico do art. 3 da Lei n 4.320/64, seriam as sadas compensatrias no ativoe no passivo financeiros, decorrentes de receitas extraoramentrias.

    Tambm podemos definir como dispndios que NO DEPENDEM

    de autorizao legislativa, ou seja, cuja execuo corre fora da lei dooramento.

    Outro enfoque seria que, geralmente, so valores devolvidos peloEstado em razo de estarem temporariamente em poder estatal. Assim,quando o Estado desembolsa ou devolve os valores que se classificaramcomo receitas extraoramentria, estaremos diante de uma DESPESAEXTRAORAMENTRIA.

    Ex. de Despesas Extraoramentrias: devoluo de caues,

    saques de depsitos judiciais, resgates de operaes de ingresso provenientes

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    41/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    41

    de antecipao de Receita Oramentria (ARO).

    b) Despesas Oramentrias:so as que no podem se efetivarsem crdito oramentrio correspondente e que DEPENDEM de autorizao doPoder Legislativo para sua realizao.

    Diz-se que no oramento pblico a Despesa fixada por estardeterminada neste instrumento de planejamento.

    Outra definio transversa de Despesa Oramentria a que dizno ser uma Despesa Extraoramentria, em razo da definio desta.

    Ex. de Despesas Oramentrias: despesa de custeio, juros eencargos da dvida (essas na categoria econmica Despesa Corrente),

    assim como as Despesas de Investimento e as Despesas de InversesFinanceiras (classificadas na categoria econmica Despesa de Capital).

    IMPORTANTE!

    Somente as Despesas Oramentrias e Intra-oramentrias soclassificadas quanto s Categorias Econmicas, ou seja, DespesaOramentria/Intra-oramentria Corrente e DespesaOramentria/Intra-oramentria de Capital.

    Vamos a um quadro que resume as Despesas Correntes e asDespesas de Capital.

    DESPESASCORRENTES

    PeJOu

    Pessoale Encargos Sociais

    Juros e Encargos da Dvida

    Outras Despesas Correntes

    DESPESAS DECAPITAL

    IIA

    Investimentos

    Inverses Financeiras

    Amortizao da Dvida

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    42/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    42

    MNEMNICO

    A Despesa do PeJOu, ele IIA

    Colocaremos as definies, segundo a Lei n 4.320/64 e a PortariaInterministerial n 163/2001, de cada uma dessas despesas.

    DESPESAS CORRENTES

    PESSOAL E

    ENCARGOSSOCIAIS(PORTARIA)

    Despesas de natureza remuneratria decorrentes:

    do efetivo exerccio de cargo, emprego oufuno de confiana no setor pblico

    do pagamento dos proventos de aposentadorias,reformas e penses

    das obrigaes trabalhistas de responsabilidadedo empregador, incidentes sobre a folha desalrios, contribuio a entidades fechadas deprevidncia, outros benefcios assistenciaisclassificveis neste grupo de despesa

    de soldo, gratificaes, adicionais e outros

    direitos remuneratrios, pertinentes a estegrupo de despesa, previstos na estruturaremuneratria dos militares

    do ressarcimento de pessoal requisitado

    das despesas com a contratao temporriapara atender a necessidade de excepcionalinteresse pblico

    das despesas com contratos de terceirizao demo-de-obra que se refiram substituio deservidores e empregados pblicos, ematendimento ao disposto no art. 18, 1 , LRF

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    43/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    43

    JUROS E

    ENCARGOS DADVIDA(PORTARIA)

    Despesas com o pagamento:

    de juros, comisses e outros encargos de

    operaes de crdito internas e externascontratadas

    da dvida pblica mobiliria

    OUTRASDESPESAS

    CORRENTES(PORTARIA)

    Despesas com:

    aquisio de material de consumo

    pagamento de:

    dirias

    contribuies

    subvenes

    auxlio-alimentao

    auxlio-transporte

    outras despesas da categoria econmica"Despesas Correntes" no classificveis nos

    demais grupos de natureza de despesa

    DESPESAS DECUSTEIO

    (LEI N 4.320)

    Dotaes para:

    manuteno de servios anteriormentecriados

    atender a obras de conservao e adaptaode bens imveis

    TRANSFERNCIASCORRENTES

    (LEI N 4.320)

    Dotaes para:

    despesas as quais no correspondacontraprestao direta em bens ou servios

    contribuies e subvenes destinadas aatender manifestao de outras entidadesde direito pblico ou privado

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    44/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    44

    Em relao s Despesas de Capital, temos o seguinte quadro:

    DESPESAS DE CAPITAL

    INVESTIMENTOS(PORTARIA E LEI

    N 4.320/64)

    Despesas com:

    o planejamento e a execuo de obras

    e tambm com a aquisio de imveisconsiderados necessrios realizao dasobras

    aquisio de instalaes, equipamentos ematerial permanente

    programas especiais de trabalho - PET

    constituio ou aumento do capital deemprsas que no sejam de cartercomercial ou financeiro

    INVERSESFINANCEIRAS

    (PORTARIA E LEIN 4.320/64)

    Despesas com:

    aquisio de imveis ou bens de capital jem utilizao

    aquisio de ttulos representativos docapital de empresas ou entidades dequalquer espcie, j constitudas, quando aoperao no importe aumento do capital

    constituio ou aumento do capital deempresas que visem a objetivos comerciaisou financeiros, inclusive operaes

    bancrias ou de seguros

    AMORTIZAO DADVIDA

    (PORTARIA)

    Despesas com:

    pagamento e/ou refinanciamento doprincipal e da atualizao monetria oucambial da dvida pblica interna e externa,contratual ou mobiliria

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    45/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    45

    TRANSFERNCIASDE CAPITAL

    (LEI N 4.320/64)

    Dotaes para:

    investimentos ou inverses financeiras que

    outras pessoas de direito pblico ouprivado devam realizar,independentemente de contraprestaodireta em bens ou servios, constituindoessas transferncias auxlios oucontribuies, segundo derivemdiretamente da Lei de Oramento ou de leiespecialmente anterior

    amortizao da dvida pblica

    CAIU NA PROVA !

    23 (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANA / 2009) Considerada acategorizao da despesa pblica, classificam-se como investimentos asdespesas com o:

    a) planejamento e a execuo de obras.

    b) aquisio de imveis ou bens de capital j em utilizao.

    c) aquisio de ttulos representativos do capital de empresas ou entidades dequalquer espcie, j constitudas, quando a operao no importe aumento docapital.

    d) constituio ou aumento do capital de empresas.

    e) pagamento de contribuies e subvenes.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (a).

    Observem que a Banca procurou verificar os conceitos previstos na Lein 4.320/64 mesclados com os da Portaria Interministerial n 163/2001.

    Alm disso, temos no art. 12, 4, da Lei n 4.320/64, a seguintedefinio sobre INVESTIMENTOS.

    Classificam-se como investimentos as dotaes para o planejamentoe a execuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveis

    considerados necessrios realizao destas ltimas, bem como para osprogramas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos e

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    46/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    46

    material permanente e constituio ou aumento do capital de emprsas queno sejam de carter comercial ou financeiro.

    Vamos comentar cada uma das alternativas.

    Itens (b), (c) e (d) so hipteses de INVERSO FINANCEIRA, previstasno art. 12, 5, I, da Lei n 4.320/64, transcrito a seguir:

    Classificam-se como Inverses Financeiras as dotaes destinadas a:

    I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao;

    II - aquisio de ttulos representativos do capital de emprsas ouentidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao noimporte aumento do capital;

    III - constituio ou aumento do capital de entidades ou emprsasque visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaesbancrias ou de seguros.

    Observem que nosso quadro resumo j nos facilitou bastante.

    Item (e) os pagamentos da alternativa se referem a TransfernciasCorrentes, segundo o art. 12, 2, da Lei n 4.320/64, transcrito a seguir:

    Classificam-se como Transferncias Correntes as dotaes para

    despesas as quais no corresponda contraprestao direta em bens ouservios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manifestao de outras entidades de direito pblico ou privado.

    No entanto, a definio da Portaria 163 a que facilita a resoluo daquesto.

    Outras Despesas Correntes so despesas com aquisio de material deconsumo, pagamento de dirias, contribuies, subvenes,auxlioalimentao, auxlio-transporte, alm de outras despesas da categoriaeconmica "Despesas Correntes" no classificveis nos demais grupos denatureza de despesa.

    ERICK, voc pode falar sobre o que so Despesas Intra-oramentrias?

    Ento... Da mesma forma que as receitas intra-oramentrias, esseconceito de despesas intra-oramentrias decorreu da Portaria InterministerialSTN/SOF n 338, de 26 de abril de 2006.

    Ocorrem despesas intra-oramentrias quando rgos, fundos,

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    47/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    47

    autarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outras entidadesintegrantes do oramento fiscal e da seguridade social efetuam aquisies demateriais, bens e servios, realizam pagamento de impostos, taxas e

    contribuies, alm de outras operaes.

    Para ser intra-oramentria, o recebedor dos recursos do outrolado tem que ser tambm rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa estataldependente ou outra entidade constante do oramento fiscal e da seguridadesocial, no mbito da mesma esfera de governo.

    Basta lembrarmo-nos do exemplo que comentamos antes paravocs:

    Para o Ministrio da Defesa publicar determinado edital de licitaono Dirio Oficial da Unio, ele realizar uma despesa intra-oramentriasimultaneamente a uma receita intra-oramentria junto Imprensa Nacional.

    Quando esta recebe pelo servio prestado ao Ministrio, estamosdiante de uma receita intra-oramentria para a Imprensa Nacional. De outrolado, a contrapartida uma despesa intra-oramentria por parte do Ministrioda Defesa.

    Assim, guardemos que ao ocorrer uma despesa intra-oramentria,

    obrigatoriamente ocorrer uma receita intra-oramentria em rgo integrantedo Oramento Fiscal e Seguridade Social.

    Os registros dessas receitas e despesas intra-oramentrias noocorrero no mesmo momento, em razo de se reconhecer a despesa nomomento da apropriao e a receita na hora da arrecadao.

    Seguindo adiante.....

    2.3.2 - Quanto afetao patrimonial:

    Na mesma linha da receita pblica, nesta classificao que seobserva se houve ou no alterao na situao lquida patrimonial do Estado.

    a) Efetivas: so as Despesas Pblicas em que o Estadoempobrece em razo de um dispndio no qual no h contrapartida deaumento do ativo ou de reduo do passivo, o que faz o patrimnio estatalreduzir sua situao lquida.

    Ex.: despesas de pessoal, juros da dvida pblica, etc.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    48/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    48

    OBSERVAO

    As despesas correntes, em regra, so despesas efetivas, j quereduzem o patrimnio lquido estatal.

    Exceo se faz para os dispndios efetuados na aquisio demateriais para a formao de estoques, pois este fato permutativo, ou seja,sai $, mas entra material no estoque (desculpem-me os contabilistas, mas s para facilitar o raciocnio).

    b) No-Efetivas ou por permutao patrimonial ou pormutao patrimonial: no mesmo raciocnio, so as despesas que noalteram a situao lquida de determinado patrimnio estatal, ou seja, someras permutaes contbeis relacionadas a um dispndio pblico.

    Correspondem a sadas ou alteraes compensatrias nas partesque constituem o patrimnio lquido do ente estatal, ou seja, so fatospermutativos e em nada acrescentam na situao lquida patrimonial.

    Ex.: emprstimos concedidos, aquisio de bens, pagamento doprincipal da dvida pblica, aquisio de material de consumo, etc.

    OBSERVAO

    As despesas de capital, em regra, so despesas no-efetivas, poisno acarretam decrscimo no patrimnio lquido do Estado.

    Exceo: nas Transferncias de Capital para outras instituies (uma espcie do gnero Despesa de Capital). o que ocorre quando a Uniotransfere, por Convnio, recursos para determinado Municpio construir umhospital municipal.

    Como o hospital passa a ser do Municpio, essa despesa de capital uma Despesa Efetiva, pois no gerou, para a Unio, uma contrapartida denatureza patrimonial, mas contribuiu para um decrscimo no patrimniolquido federal.

    2.3.3 - Quanto regularidade ou durao:

    Refere-se constncia ou no de uma Despesa Pblica ao longo de umexerccio financeiro.

    a) Ordinria: a que se obtm constantemente em cada exerccio

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    49/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    49

    financeiro, com caractersticas de continuidade e que correspondem adispndios de valores nos cofres pblicos que se repetem em todos osexerccios.

    Ex.: Despesas com servios prestados por terceiros, despesas compessoal.

    b) Extraordinria: obtida esporadicamente e que noapresentam carter de continuidade, pois surgem de circunstnciasexcepcionais.

    Ex.: Despesas extraordinrias decorrentes de calamidade pblica.

    CAIU NA PROVA!

    24 (ESAF / AUDITOR TCE-GO / 2007) De acordo com a Lei n. 4.320, de1964, assinale a opo que representa uma transferncia corrente.

    a) Juros da Dvida Pblica.

    b) Despesa com servios de terceiros.

    c) Despesa com pessoal civil.

    d) Servios em regime de programao especial.

    e) Concesso de emprstimos.Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (a).

    Observem que a Banca procurou verificar os conceitos previstos na Lein 4.320/64.

    Alm disso, nosso quadro apresentado anteriormente nos servir comoum mantra para resolvermos questes dessa abordagem.

    Temos no art. 12, 2, da Lei n 4.320/64, a seguinte definio sobreTRANSFERNCIAS CORRENTES.

    Classificam-se como Transferncias Correntes as dotaes paradespesas as quais no corresponda contraprestao direta em bens ouservios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manifestao de outras entidades de direito pblico ou privado.

    No entanto, somente com o previsto na Portaria n 163 quepoderamos matar a questo.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    50/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    50

    Ela define Juros e Encargos da Dvida como sendo as despesas como pagamento de juros, comisses e outros encargos de operaes de crditointernas e externas contratadas, bem como da dvida pblica mobiliria.

    Observe que a Portaria interpretou a Lei n 4.320/64, sendo que estadefine Transferncias Correntes, em sntese, como sendo as que no soDespesas Correntes de Custeio.

    Em razo disso, o PAGAMENTO DOS JUROS DA DVIDA PBLICA considerada uma TRANSFERNCIA CORRENTE.

    Vamos comentar cada uma das alternativas.

    Itens (b) e (c) so hipteses de DESPESAS DE CUSTEIO

    Observem que nosso quadro resumo j nos facilitou bastante.

    Item (d) o art. 13 da Lei n 4.320/64 classifica os Servios em regimede programao especial como sendo um INVESTIMENTO, ou seja, umaDESPESA DE CAPITAL.

    Cabe um destaque para falarmos sobre o regime de programaoespecial, mais conhecido como PROGRAMA ESPECIAL DE TRABALHO PET.

    A Lei n 4.320/64 estabelece o conceito do PET em seu art. 20, nico,conforme a seguir trancrito.

    Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, nopossam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuoda despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre asDespesas de Capital.

    Exemplo de um programa especial de trabalho: despesas de carteremergencial para as vtimas das enchentes em Santa Catarina.

    Neste exemplo, no h como se prever no oramento uma tragdia. Emrazo disso, as despesas que a Unio efetuar em socorro s vtimas noobservam o rito normal e so denominadas PETs.

    Item (e) concerder emprstimos uma despesa de capital, conformeconsta no rol do art. 13 da Lei n 4.320/64.

  • 7/31/2019 AFO Material - Professor ERICK

    51/333

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOSCURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURACURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    51

    25 (ESAF / AUDITOR TCE-GO / 2007) A dotao oramentria destinadaa amortizao da dvida pblica externa classifica-se como

    a) transferncia corrente.

    b) transferncia de capital.

    c) inverso financeira.

    d) despesa de custeio.

    e) investimento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (b).

    De acordo com o rol do art. 14 da Lei n 4.320/64, AMORTIZAO DADVIDA uma TRNASFERNCIA DE CAPITAL.

    Vamos resumir o rol dos artigos 13 e 14 que consta na Lei n 4.320/64.

    ROL DAS DESPESAS CORRENTES ART. 13 LEI N 4.320/64

    DESPESAS DECUSTEIO

    o Pessoal Civil

    o Pessoal Militar

    o Material de Consumo

    o Servios de Terceiros

    o Encargos Diversos

    TRANSFERNCIASCORRENTES

    o Subvenes Sociais

    o Subvenes Econmicas

    o Inativos

    o Pensionistas

    o Salrio Famlia e Abono Familiar

    o Juros da Dvida Pblica

    o Contribuies de Prev